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Questão 1

Vem Morena
Luiz Gonzaga
Vem, morena, pros meus braços
Vem, morena, vem dançar
Quero ver tu remechendo
Resfulego da sanfona
Inté que o sol raiar
Esse teu suor sargado
É gostoso e tem sabor
Pois o teu corpo suado
Com esse cheiro de fulô
Tem um gosto temperado
Dos tempero do amor
Disponível em: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/68172/ (adaptado) Acesso em: 17/02/2022

No gênero textual letra de música, é muito comum o eu lírico do texto usar uma linguagem com
marcas de um registro popular e/ou regional, seja para adequar seu discurso ao contexto da música,
seja para atingir o interlocutor de maneira direta. Diante disso, retire do trecho acima 2 (duas)
palavras que confirmem esse registro e identifique a que região do Brasil elas pertencem. Além disso,
escreva o nome desse tipo de variação linguística.
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Resposta: “Inté” / “sargado” – Região Nordeste – Variação Diatópica.
Questão 2
Texto I Texto II

Disponí
v el em: https://www.estudopratico.com.br Acesso em:

19/02/2022

Disponível em: http://www.cataphora.com.br Acesso em: 19/02/2022

Texto III
Disponível em: https://aminoapps.com/ Acesso em: 19/02/2022

Com base nos textos acima, explique, por meio de seu pensamento crítico, a diferença entre língua, linguagem e
fala.

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R: Língua: é uma forma de linguagem. A língua é baseada em palavras, ou seja, em uma comunidade,
um determinado grupo de indivíduos usa a linguagem verbal. Como exemplo, duas falas estrangeiras são
línguas diferentes. Fala: os sinais utilizados pelo indivíduo é a linguagem oral.

Questão 3

Quanto às regras, explique a acentuação gráfica das palavras língua, comentário e


literário.

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R: São paroxítonas terminada em ditongo crescente.

Questão 4

Leia o titular e identifique os fenômenos fonéticos.

“Governo de Boris Johnson barrará imigrantes


não qualificados e que não falem inglês”
Disponível em: https://brasil.elpais.com/ Acesso em: 19/02/2022

Circule a sílaba tônica das palavras sublinhadas e justifique o porquê devem ser acentuadas de acordo com
as regras de acentuação gráfica.
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R: Deve-se circular as sílabas “RÁ” e “glês”. As palavras destacadas devem ser acentuadas por seres agudas
terminadas em vogal.

Questão 5

Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma
calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-
me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de
moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta
que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio
fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que
dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros
femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste
crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns
200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil
futuras mães, que, além do mais, ficarão presas à mentalidade depressiva e propensa aos
exibicionismos rudes e extravagantes.

Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.

O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em


abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de
mostram que seu texto foi elaborado em linguagem:

a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.


b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.

QUESTÃO 6

De domingo

 — Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
—É.
— O que que tem?
—Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é.Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é óbice.
— “Ônus.
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que
usa “outrossim”.

(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto  Alegre: LP&M, 1996).

No  texto, há uma  discussão  sobre o uso de  algumas  palavras da língua portuguesa. Esse uso 
promove o (a)

(A) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.

(B) tom humorístico, ocasionado  pela ocorrência de  palavras empregadas em  contextos 
formais.

(C) caracterização da identidade linguística dos  interlocutores, percebida pela recorrência de


palavras regionais.

(D) distanciamento entre os  interlocutores, provocado pelo  emprego de palavras com 
significados poucos  conhecidos.

(E) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por  parte de 
um dos   interlocutores do  diálogo.

Questão 7

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral
dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo
nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical.
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes
do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece
impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O
pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos
sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu… Já os
paraibanos trocam o l  pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de
pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se

a) na fonologia.

b) no uso do léxico.

c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.

e) na estruturação morfológica.

Questão 8

A palavra SANGUESSUGA possui 11 letras, 8 fonemas e 3 dígrafos; DEMOCRACIA tem 10


letras, 1 encontro consonantal e 1 hiato. Relacione as duas colunas a seguir e depois
assinale a alternativa com a sequência correta.

1. república 4. candidatos

2. hábito 5. corrupção

3. reeleição 6. excessivo

( ) 9 fonemas, 1 dígrafo

( ) 7 fonemas, 2 dígrafos

( ) 8 fonemas, 1 dígrafo, 1 encontro consonantal

( ) 9 fonemas, 1 encontro consonantal

( ) 9 fonemas, 2 ditongos, 1 hiato

( ) 5 fonemas

a) 6 – 4 – 1 – 5 – 3 – 2

b) 2 – 4 – 5 – 6 – 3 – 1

c) 5 – 1 – 6 – 4 – 2 – 3

d) 4 – 6 – 5 – 1 – 3 – 2

e) 3 – 5 – 2 – 6 – 4 – 1
Questão 9

Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de televisão.

Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais.

Guardar: na gaveta. Salvar: no computador. Salvaguardar: no Exército.

Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi.

Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele.

DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014 (adaptado).

O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada considerando-
se a(s)

A alternâncias na sonoridade.

B adequação às situações de uso.

C marcação flexível das palavras.

D grafia da norma padrão da língua.

E categorias gramaticais das palavras.

Questão 10

Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?


Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda
tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente,


observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido:
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

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