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ACE OBRAS E COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA – EPP

CNPJ 15.149.245/0001-52
INSCRIÇÃO ESTADUAL – 242.624.847

Ofício nº ____ / 2021

A
Prefeitura Municipal de Pariconha

ASSUNTO: REQUERIMENTO DE REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO


REF.: Contrato nº 883/2020

A empresa ACE OBRAS E COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA - EPP,


empresa atuante no ramo de construções, estabelecida na Rua Projetada, Nº 1108, Quadra 103
Lote 1, bairro Novo 01, Delmiro Gouveia - AL. CEP: 57480-000. CNPJ nº 15.149.245/0001-52,
vem através deste, REQUERER o REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO referente ao
contrato nº 883/2020, Procedimento licitatório na modalidade tomada de preços sob nº 003/2020,
cujo o objeto é a CONTRATAÇÃO PARA A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE REFORMA E
AMPLIAÇÃO DE ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE
PARICONHA – AL.
LOTES:
III - ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA CÔNEGO NICODEMOS – POV.
MARCAÇÃO.
VI - ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA MONSENHOR SEBASTIÃO
ALVES BEZERRA – POV. OURICURI

Documentação em anexo:

1. Justificativa (3 fls)
2. Curva ABC ( __ fls)

____________________________________
SANDRO DOS ANJOS XAVIER TAVARES
Representante Legal

CNPJ: 19.037.895/0001-67 Insc. Est.: 242.941737


Av. Alberto Santos Dumont, S/N - Centro - CEP: 57.120-000 Satuba – AL – (82) 9192-7431
E-mail: construcoeshl@hotmail.com
ACE OBRAS E COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA – EPP
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JUSTIFICATIVA

I – DO MOTIVO

A empresa ACE OBRAS E COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA - EPP,


empresa atuante no ramo de construções, estabelecida na Rua Projetada, Nº 1108, Quadra 103
Lote 1, bairro Novo 01, Delmiro Gouveia - AL. CEP: 57480-000. CNPJ nº 15.149.245/0001-52,
ora requerente, foi vencedora do certame licitatório na modalidade Tomada de preços nº
003/2020, para CONTRATAÇÃO PARA A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE REFORMA E
AMPLIAÇÃO DE ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE
PARICONHA – AL. Com o fornecimento de materiais e mão de obra.
Ocorre que, a crise ocasionada pelo Covid-19 tem causado grandes impactos na
economia do país, resultando em instabilidade e oscilações nos preços dos produtos,
especialmente nos insumos como: bloco cerâmico, cimento, madeira, aço, fiação, alumínio,
cerâmica, argamassa dentre outros (em anexo segue a curva ABC da planilha orçamentária
detalhando a relevância dos insumos citados), impossibilitando a execução dos serviços pelos
preços registrados nas bases de empreitada global como o SINAPI e ORSE que, devido ao
COVID-19, encontram-se totalmente desatualizados e fora do preço real do mercado.
Em razão disso, fomos surpreendidos ao realizarmos pedidos junto a nossos
distribuidores nos últimos dias com o grande aumento no preço de alguns produtos, o que torna
inviável o fornecimento dos mesmos, sem um reequilíbrio dos preços. Cumpre salientar que nos
últimos 10 (dez) meses decorridos da pandemia alguns itens tiveram alta de preços substancial
e imprevistas em toda cadeia produtiva e de distribuição conforme matérias.

II - DOS FUNDAMENTOS

A título de contextualização inicial da matéria em liame, importante se faz, esclarecer que,


no âmbito das contratações públicas, a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das
avenças é direito do Contratado, conforme se depreende das disposições contidas no art. 37,
inc. XXI, da Constituição da República (CR), o qual submete, indistintamente, todos os Poderes,
e todos os entes federativos, observe- se:

“XXI - ressalvados os casos especificados na


legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
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obrigações de pagamento, mantidas as condições


efetivas da proposta, nos termos da lei...” (sem grifos no
original).

Assim, ocorrendo fatos que afetem o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, caberá


à Administração promover a respectiva manutenção do mesmo, somente podendo se negar
a tanto nas seguintes situações: ausência de vínculo de causalidade entre o evento ocorrido e a
majoração dos encargos do Contratado; e, ainda, culpa do Contratado pela majoração dos
encargos (o que inclui a previsibilidade da ocorrência do evento).
Existem formas diversas da Administração Pública promover o equilíbrio econômico-
financeiro: repactuação, reajuste (em sentido estrito), Revisão (Reequilíbrio econômico em
sentido estrito).
No caso concreto, nos interessa o instituto da Revisão (ou reequilíbrio econômico-
financeiro em sentido estrito), o qual tem fundamento no art. 65, inc. II, al. ‘d’, e §5º, da Lei
8.666/93, e destina-se à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
administrativos, quando seu desequilíbrio originar-se de fatos inerentes à álea econômica
extraordinária, imprevisíveis ou previsíveis, mas de consequências incalculáveis. Sua
concessão não depende de previsão em edital e contrato, dada sua imprevisibilidade, e,
por essa mesma razão, IGUALMENTE NÃO DEPENDE DO TRANSCURSO DE UM PERÍODO
DE TEMPO ESPECÍFICO. O referencial para a modificação do valor contratual a ser realizado
diz com os reflexos, no contrato, do fato que tenha gerado o desequilíbrio, não havendo que se
falar na utilização de índices oficiais.
Subsumindo-se o disposto no art. 65, II, “d”, da Lei 8.666/93, com as variadas hipóteses
de materialização do desequilíbrio econômico-financeiro em razão da pandemia do COVID-19,
é possível identificar os elementos autorizadores do reequilíbrio:

a) Fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis – a pandemia


declarada pela OMS foge de qualquer exercício de previsibilidade, além de, no
momento, consubstanciar-se em fato superveniente ao contrato, incalculável,
retardador ou impeditivo da execução do ajustado.
b) Caso de força maior – por tratar-se de evento imprevisível e inevitável.
c) Fato da Administração ou Fato do Príncipe – nas hipóteses em que há alteração
unilateral do contrato ou determinação legal que importe em modificações das condições
iniciais e desequilibrem a equação econômico-financeira.

Aplica-se, portanto, nestes casos, a teoria da imprevisão, cujos requisitos são:

(1) imprevisibilidade;
(2) fato alheio à vontade das partes;
(3) Inevitabilidade;
(4) Desequilíbrio com grande impacto no contrato.

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Partindo da premissa de que a manifestação de vontade das partes está inserida num
cenário específico, a alteração repentina e substancial desse contexto pode ser vista como
mudança das próprias obrigações pactuadas. Isso prestigia a comutatividade dos contratos e a
justiça contratual, no que se costuma chamar de “teoria da imprevisão”.
A teoria da imprevisão é plenamente aplicável aos contratos públicos tradicionais, o que
encontra guarida no artigo 65, II, da Lei Federal n° 8.666/93, consectário lógico da exigência
constitucional de garantir seu equilíbrio econômico-financeiro, insculpida na disposição de que
serão “mantidas as condições efetivas da proposta” (artigo 37, XXI).
Portanto, caracterizando-se os elementos e requisitos acima listados e havendo a
demonstração inequívoca da relação de causa (pandemia) e efeito (desequilíbrio
econômico-financeiro) que impede ou retarda a execução contratual é dever da
Administração promover o reequilíbrio, por meio do realinhamento ou revisão dos preços
contratados, com todas as evidências e justificativas apensas no processo.

III – DO PEDIDO

Por todo o exposto acima, solicitamos o recebimento do presente requerimento para


aceitar o pedido de reequilíbrio econômico-financeiro de preços de 60% para todos os
insumos que serão medidos de hoje em diante, tendo em vista que os insumos tiveram
um aumento maior que 80% em sua maioria. Deixando claro que os insumos fazem parte de
50% do total da ata de registro de preços e a mão de obra fazem referência aos outros 50%.

Nestes termos,

Pede deferimento.

____________________________________
SANDRO DOS ANJOS XAVIER TAVARES
Representante Legal

CNPJ: 19.037.895/0001-67 Insc. Est.: 242.941737


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E-mail: construcoeshl@hotmail.com

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