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Aula 03

História p/ ENEM - 2019

Rosy Ellen Freire Viana Santos, Sergio Henrique


Rosy Ellen Freire Viana Santos, Sergio Henrique
Aula 03

SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2


1. Idade Média................................................................................................................... 3
1.1. O Império Bizantino (Império Romano do Oriente. Séc. IV ao XIV) ........................................... 3
1.2. O mundo Árabe e o surgimento do Islamismo ........................................................................... 4
1.3. A expansão islâmica ................................................................................................................... 5
1.4. O Reino Franco e o Império de Carlos Magno............................................................................ 5
1.5. O Feudalismo .............................................................................................................................. 6
1.6. As relações sociais no feudalismo .............................................................................................. 7
2. O Renascimento Comercial e Urbano. ............................................................................ 8
2.1. As Cruzadas e a decadência do Feudalismo ............................................................................... 8
2.2. O Renascimento Urbano e Comercial ........................................................................................ 8
2.3. A Crise do Século XIV .................................................................................................................. 9
3. Resumo e Mapa Mental. .............................................................................................. 10
4. Exercícios. .................................................................................................................... 12
5. Considerações Finais. ................................................................................................... 88

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00. BATE PAPO INICIAL.


Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
história. Estuda as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das
coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos
poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante
você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não
importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos.
Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. IDADE MÉDIA.
Ao fim do Império Romano, um dos últimos imperadores foi o Teodósio, que tentando
controlar a crise que tomava conta de Roma desde o século I, decidiu dividir Roma em duas partes
em 395: O Império Romano do Oriente, com capital em Roma e o Império Romano do Oriente,
com capital em Constantinopla (ou Bizâncio). Enquanto Roma ocidental entrava em decadência e
uma profunda ruralização da economia em razão das invasões germânicas, Roma oriental manteve
seu poder e esplendor por mais 1.000 anos. O império do ocidente entrou em decadência no
século IV quando definitivamente passou a ser controlado pelos germânicos, com destaque para os
Francos, e o Império oriental caiu no século XIV com a invasão e a tomada de Constantinopla pelos
Turcos Otomanos.

1.1. O IMPÉRIO BIZANTINO (IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE. SÉC. IV AO XIV)

Seu nome deriva do nome da capital Bizâncio. Foi um império expansionista e teocrático. O
Imperador era considerado o representante de deus na terra e ele era responsável pela escolha do
papa da Igreja Oriental. A essa submissão do poder religioso ao poder político chamamos de
cesaropapismo. Durante os séculos reconquistou muitos territórios que pertenciam até então ao
antigo Império. Era um império cristão (Roma antes da divisão transformou o cristianismo em
religião oficial) e lá desenvolveu o primeiro estilo de arte cristã e a construção de grandes templos,
como a catedral de Santa Sofia (mais tarde dominada pelos árabes islâmicos). O auge do Império
Bizantino ocorreu sob o governo de Justiniano, que além de
ampliar as fronteiras do território, foi o responsável pela compilação do Direito Romano,
conhecido como código de Justiniano que juntou, revisou e atualizou o direito.
A religiosidade católica oriental era bastante diferente da religiosidade ocidental, sobretudo
em dois aspectos, considerados heresias pela igreja ocidental:
 Monofisismo: Acreditavam que Jesus só possuía natureza divina.
 Iconoclastia: Eram quebradores de ícones, ou seja, imagens sacras, pois consideravam um
pecado grave.
Sobretudo diante destas diferenças, a Igreja Católica sofreu uma divisão: O cisma do
Oriente. A Igreja foi dividida em Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Ortodoxa, cada
qual com seu papa e liturgias próprias. Esta divisão existe até hoje. A Igreja ortodoxa é bastante
comum no Leste Europeu e Oriente Médio.

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1.2. O MUNDO ÁRABE E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO

Na região da atual Arábia Saudita surgiu no século VII a terceira (em termos cronológicos)
religião monoteísta, o Islamismo. Lá nasceu Maomé, numa época em que os árabes eram todos
povos tribais e semi-nômades, sem unidade política e eram politeístas. A cidade de Meca era um
grande centro religioso e de peregrinação até o templo da Caaba, que abrigava um meteorito em
seu interior, a pedra negra. Maomé ficou órfão na infância e foi adotado por um tio comerciante
da tribo coraixita, da qual fazia parte. Passou parte da vida viajando com as caravanas comerciais
conhecendo as culturas do oriente médio e entrou em contato pela primeira vez com o
monoteísmo Judaico e Cristão (religiões que influenciaram profundamente o Islamismo).
Maomé casou-se com uma comerciante e se tornou-se rico e poderoso. Passou a dedicar-se
a contemplação e a reflexão teológica até que de acordo com o Corão (livro sagrado do islamismo,
significa revelação/recitação) recebeu a anunciação do anjo Gabriel (o mesmo que anunciou Maria
como mãe de Jesus no cristianismo) que revelou o princípio do monoteísmo islâmic à só há um
deus Alá, e Maomé é seu único profeta à áà à à à à à à à à à à
islamismo com suas proibições e obrigações.

Proibições:
 Consumir álcool.
 Comer carne de porco (tais quais os judeus).
 Representar a imagem de Alá (e mais tarde de Maomé).

Obrigações:
 Orar 5 vezes ao dia em direção à Meca.
 Peregrinar ao menos uma vez na vida à Meca (desde que sua condição financeira e sua
saúde permitam).
 Jejuar no período do Ramadã (época que corresponde à Hégira).
 Caridade (dar esmolas).
 Jihad (esforço máximo de conversão. Devem professar a todo custo a fé islâmica inclusive
à à G à“ à à à à à à à

Maomé conquista vários fiéis, mas também vários inimigos. Vivia em Meca que era um
grande centro e peregrinações politeístas e pregava o monoteísmo. Seus opositores tentam
assassiná-lo e ele é obrigado a fugir à noite pelo deserto até a cidade de Yatreb (que mais tarde foi
batizada de Medida, ou seja, a cidade do profeta). A este episódio da fuga de Maomé de Meca
para Medina é que chamamos de Hégira, que aconteceu no ano de 622 e é o início do calendário
Islâmico.

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1.3. A EXPANSÃO ISLÂMICA

Maomé funda um exército e luta contra os opositores, conquistando a cidade de Meca e


tornando lá um centro de peregrinação monoteísta islâmico. Após o islamismo, os árabes se
convertem ao islamismo e as tribos são unificadas em um império em torno da religião. Após a
morte do profeta Maomé, o Islã se expande para o Oriente Médio até onde hoje fica o Paquistão e
para todo o norte da África. Passam a dominar a orla do mar mediterrâneo ao sul e mantêm seu
domínio até o fim da Idade Média monopolizando o comércio e a navegação no mar. Enquanto
isso, a Europa está em constante decadência comercial e com a economia processo de ruralização,
que foi influenciado pelo monopólio árabe na navegação do Mediterrâneo, que aprofundou a
decadência econômica na Europa, sendo uns fatores que influenciaram a formação do feudalismo.

1.4. O REINO FRANCO E O IMPÉRIO DE CARLOS MAGNO

O Império Romano do ocidente entra em decadência entre o século I e IV, com a crise do
escravismo, a ascensão do cristianismo e as invasões germânicas. Os reinos fundados pelos
germânicos (que até então viviam de forma tribal) foram de duração efêmera. O mais duradouro
deles foi o Reino fundado pelos francos. Clóvis unifica as tribos francas e conquista a Gália (região
da França) o que dá origem ao reino Franco, o mais poderoso da Europa ocidental no momento. O
rei converte-se ao cristianismo, o que significa a conversão de todo o reino (a religião do rei é a do
reino). Torna-se o defensor do cristianismo e se empenha na sua expansão. Após sua morte, seus
à à à à à à à à reis indolentes àÉà à à à
na nobreza muito importante, responsável pela administração do reino: O Major Domus (também
conhecido como prefeito do palácio). O major domus Pepino o breve, depõe o último rei da

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dinastia Merovíngia e inicia sob seu governo a dinastia Carolíngia, cujo maior representante foi
Carlos Magno.
Durante o governo de Carlos Magno o reino franco atinge seu auge. Era o primogênito de
Pepino o Breve, e dá continuidade à política expansionista do pai. Durante seu governo ocorreu
à à à à à à ‘ à C à à à
fundação de escolas palacianas e o estímulo ao monastério com os monges copistas, que copiam
obras da tradição clássica Greco-Romana. No ano 800 é coroado imperador pelo papa (o Estado se
submete à Igreja). Torna-se o defensor perpétuo do cristianismo e expande a fé pela Europa. O
império expande-se, e Carlos divide-o em centenas de pequenas unidades administrativas
autônomas chamadas feudos. O responsável pelo feudo era o senhor feudal, que formavam a
nobreza da época e possuía diferentes graus de hierarquia, como os condes, responsáveis pelos
condados (nobres militares de confiança responsáveis pela defesa do reino, que juravam fidelidade
ao rei). Após a morte de Carlos Magno seu reino é dividido entre seus filhos pelo Tratado de
Verdun. Tem início o período de desintegração da Europa, com uma profunda ruralização
econômica que dá origem ao feudalismo.

1.5. O FEUDALISMO

Durante os mil anos da Idade Média, a economia foi basicamente rural e autossuficiente. O
auge desta ruralização e autossuficiência foi o Modo de Produção Feudal, que teve o seu auge
entre os séculos IX e XII. Podemos afirmar que o feudalismo foi a fusão de duas culturas e modos
de produção: O Romano e o Germânico. Durante as invasões bárbaras (germânicas), os plebeus
passaram a refugiar-se nas terras dos Patrícios (a camada mais alta da sociedade, grandes senhores
de terras). Em troca de abrigo e proteção submetiam-se à servidão.
As principais características do sistema feudal são:
 Economia basicamente agrária.
 Autossuficiência dos feudos.
 Não ocorria comércio (ocorriam trocas muito pequenas nas cidades italianas banhadas pelo
mediterrâneo principalmente Gênova e Veneza). Conseguiam mercadorias árabes que eram
os grandes dominadores do mar durante o feudalismo europeu.
 Não havia circulação monetária considerável, apesar de existirem moedas em cada feudo.
 O direito era consuetudinário e Oral (baseado nos costumes e não havia leis escritas).

O solo por ser o recurso mais importante era cuidado na época através da rotação de
culturas.
Os servos habitavam as terras destinadas a eles (o Manso Servil) e cada um cuidava de um
trecho de terra (tenência). Viviam em condições bastante precárias e eram superexplorados com

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pesados impostos que deviam ser pagos através de trabalho e parte da produção. Os principais
impostos eram:
 Corveia: trabalho gratuito nas terras do Senhor Feudal. Em torno de três dias por semana.
 Banalidade: Imposto para a utilização dos equipamentos do feudo com o forno e o moinho.
 Talha: O servo deveria entregar metade da produção de suas terras.
 Tostão de Pedro: 10% da produção para a Igreja ou capela local.
 Mão morta: taxa para passar o trecho de terra do camponês em caso de morte, a seu
herdeiro.
Os padrões de desenvolvimento técnico eram muito precários e pouco produtivos. Todo
tipo de produto era escasso, como os tecidos. Este modo de produção vai entrar em decadência a
partir do século XII quando ocorrem as Cruzadas (guerras religiosas em que os cristãos queriam
expulsar os muçulmanos da cidade de Jerusalém, até então dominada por eles). Das expedições
militares ao Oriente Médio passou a ocorrer um grande fluxo de mercadorias provenientes do
mundo árabe, sobretudo especiarias.

1.6. AS RELAÇÕES SOCIAIS NO FEUDALISMO

Podemos dividir as relações entre verticais e horizontais. As relações verticais eram de


dominação da nobreza sobre os plebeus camponeses através de impostos e com o domínio de
todos que habitavam suas terras (feudos). As relações horizontais eram aquelas entre os membros
da própria nobreza, as chamadas relações de suserania e vassalagem. As relações de poder
baseavam se na fidelidade e todos os nobres eram guerreiros (os que não se dedicavam a vida
militar iam para o clero), que se aliavam a senhores mais poderosos que poderiam premiá-los
através da concessão de um novo feudo, ou parte do conquistado, ou seja, um senhor poderia
investir de poder outro nobre tornando-o também senhor feudal. Esta pratica é uma herança
germânica ao feudalismo denominada de comitatus. Aquele que cede o feudo é o suserano e o
que recebe é o vassalo. O vassalo deve fidelidade e proteção ao seu suserano. O rei é o único
nobre que não é vassalo de ninguém. Apesar de todos os nobres serem vassalos do rei o poder
dele é limitado ao mando no próprio feudo. É o que chamamos de monarquia descentralizada.

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2. O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO.

2.1. AS CRUZADAS E A DECADÊNCIA DO FEUDALISMO

No ano de 1096, o Papa Urbano II convocou a cristandade ocidental para lutar contra o infiel
que dominava a cidade sagrada de Jerusalém. Até hoje esta cidade é local de intensos conflitos,
pois é sagrada para as três grandes religiões monoteístas: Judaísmo, cristianismo e islamismo. Para
os católicos europeus era então uma cruzada pela fé cristã para expandi-la, dominar seus locais
sagrados no oriente, então foram enviadas várias expedições. Tiveram vários objetivos:
 Religioso: expandir a fé crista e tomar Jerusalém dos árabes islâmicos.
 Sociais: Diminuir o excedente populacional europeu. Nas duas primeiras cruzadas foram
enviados os mendigos e as crianças abandonadas.
 Comerciais: As cidades italianas financiaram expedições com o objetivo de realizar trocas
comerciais com as ricas cidades orientais. As expedições cruzadas, em nome da fé
saquearam muitas cidades islâmicas e levaram os produtos para comercializarem na
Europa.
Os católicos conquistaram Jerusalém e fundaram os reinos cristãos do oriente, e dominaram
a região por mais de um século. A resistência cultural e militar islâmica foi notória, e apesar do
mundo árabe ter sido destruído militarmente, conseguiram expulsar os europeus sob o comando
de Saladino no séc. XIII.
As cruzadas promoveram um intenso choque de civilizações que, de certa forma, percorreu
à à à à à à“ à à à à à à à renascimento
comercial à à à à à à à à à à à à à à
árabes. As cidades italianas de Gênova e Veneza foram pioneiras neste comércio e passaram a
deter o monopólio de navegação. Este momento foi decisivo para que o comércio se tornasse cadê
vez maior e desse início à gestação do sistema capitalista.

2.2. O RENASCIMENTO URBANO E COMERCIAL

Na medida em que o comércio se intensificava, os comerciantes circulavam através de


caravanas, que conforme o tempo passava, tornaram-se importantes rotas comerciais. Estas rotas
multiplicaram-se em seus entroncamentos, os primeiros comerciantes que se encontravam
passaram a realizar as trocas ali mesmo, dando origens a feiras medievais. Estas feiras cresceram
até dar origem as primeiras cidades, chamadas Burgos. O comerciante habitante do burgo era o
burguês. Assim nasce uma nova classe social, que será a dominante no sistema capitalista. Os

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burgos eram totalmente caóticos e não possuíam saneamento básico. Para a sua proteção eram
construídos grandes muros em formatos de anel. Para adentrarmo-nos na cidade tínhamos que
atravessar os seus portões. Conforme as cidades cresciam mais eram construídos novos anéis.
Sujas e sem circulação de ar e lotadas de ratos, eram locais muito propícios para a proliferação de
doenças, e epidemias eram frequentes. A mais famosa delas foi a peste negra. As cidades
começaram a crescer muito pois o servo que fugisse para um burgo, estaria liberto de suas
à à à à à à à à àD à à à à à Oà à à à
àá à à à à à à -se frequentes.

2.3. A CRISE DO SÉCULO XIV

O século XIV foi marcado por uma série de crises que acarretaram na decadência total do
Feudalismo. Foi um século marcados por crises de fome, guerras (guerra dos 100 anos e as guerras
camponesas e a peste negra).
 A peste negra atingiu a Europa de forma tão intensa que matou 1/3 da população ocidental.
Era a peste bubônica, transmitida pelo rato e de fácil e rápida contaminação. As condições
sanitárias europeias aumentavam as chances de contaminação, mas como não dominavam
como era transmitida a doença, não sabiam cuidar dela e atribuíam a epidemia a um castigo
de Deus.
 A fome se tornou constante. A alta mortalidade da população e fortes invernos fizeram as
colheitas declinarem. Isso provocou um grave conflito entre camponeses e nobreza, pois os
senhores além de aumentarem os impostos, aumentam muito a exploração e dominação.
Isso estimulou o aumento das fugas para os burgos
 A crise da servidão foi provocada pelo renascimento comercial e pela superexploração
feudal decorrente da diminuição da população. Os camponeses que permaneceram,
revoltaram-se contra a exploração e passaram a ocorrer guerras entre camponeses e
senhores cada vez mais violentas, além disso os reinos da Inglaterra e da França disputavam
sucessões no trono. A guerra dos 100 anos e as Jaquieries destruíram a organização feudal e
estimularam a centralização política que viria ao final da guerra dos 100 anos e a formação
do absolutismo Inglês e Francês.

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3. RESUMO E MAPA MENTAL.

Estes são os tópicos essenciais. Decore:

 Feudalismo (IX-XII).
 Herança Romana: Vilas, Catolicismo, Colonato.
 Herança Germânica: Comitatus, Beneficium, Direito Oral e Consuetudinário.
 Economia: agropastoril, subsistência, acomercial, amonetária.
 Sociedade: Estamental, suserania e vassalagem, exploração feudal.
 Impostos: Corveia (trabalho gratuito), Talha, Banalidades, Mão Morta, Tostão de
Pedro, mão morta.
 Estado descentralizado: O rei só manda no próprio feudo e cada senhor no seu
com próprio exército.
 Cruzadas: Guerra Santa, reabertura do mar Mediterrâneo, Renascimento Urbano-
Comercial.
 Renascimento Urbano: Rota -> Feiras -> Burgos, Feira de Champagne e Flandres,
Corporações de Ofício e Hansas.
 Crise do Século XIV: Peste Negra, Guerra dos 100 anos (França e Inglaterra).

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4. EXERCÍCIOS.

1. (ENEM 2015)
No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média no Ocidente nasceu com elas. Foi
com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial digamos
modestamente artesanal que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é
escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual
esse homem só aparecerá com as cidades.
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010

O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a):


A) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
B) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
C) importância organizacional das corporações de ofício.
D) progressiva expansão da educação escolar.
E) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
Comentários
O desenvolvimento urbano e o renascimento cultural promoveram transformações na sociedade,
como o surgimento de novas profissões urbanas, promovendo, também, uma nova divisão do
trabalho.
Gabarito: B

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2. (ENEM 2015)

Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção


de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e
cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do
calendário, apreende-se uma concepção de tempo:
A) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno.
B) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador.
C) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho.
D) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano.
E) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade.
Comentários
Nota-se, pelas imagens, que os homens medievais contavam seu tempo através dos ciclos
agrícolas, denotando, assim, uma concepção de tempo natural.
Gabarito: D

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3. (ENEM 2015)
A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros
combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada
uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo
gozar da paz.
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da
Costa, 1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um
objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente,
em:
A) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
B) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
C) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.
D) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
E) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.
Comentários
A ideologia apresentada no texto tem como objetivo reforçar a divisão estamental da Idade Média
uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham à Eà à à à à à
opuseram a isso foram as Revoltas Camponesas.
Gabarito: A

4. (ENEM 2014)
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.

Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos
templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de

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A) refinar o gosto dos cristãos.


B) incorporar ideais heréticos.
C) educar os fiéis através do olhar.
D) divulgar a genialidade dos artistas católicos.
E) valorizar esteticamente os templos religiosos.
Comentários
As imagens das igrejas católicas do Medievalismo serviam para ensinar os fiéis os perigos advindos
à à à à à à à à à à à à à àOà à U à
Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o
à à à à à à
Gabarito: C

5. (ENEM PPL 2014)


Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia
sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na
prática, era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na
à à à à à à E à à à à à à à
à à à à à à à XIà à Comerciantes venezianos
puderam negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se
relacionaram com mercadores do islã.
FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2004.
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como
Veneza, reflete o(a)
A) importância das cidades comerciais.
B) integração entre a cidade e o campo.
C) dinamismo econômico da Igreja cristã.
D) controle da atividade comercial pela nobreza feudal.
E) ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais.
Comentários
As chamadas cidades comerciais como Gênova e Veneza foram muito importantes para o
renascimento urbano-comercial e para a superação da crise agrícola do fim do Feudalismo. Nessas
cidades o comércio renasceu primeiro, a burguesia primeiro se formou, e as bases econômicas da
Era Moderna se fundaram.
Gabarito: A

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6. (ENEM PPL 2013)


Queixume das operárias da seda
Sempre tecemos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor [...]
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida [...]
Pois a obra de nossas mãos
Nenhuma de nós terá para se manter [...]
E estamos em grande miséria
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem trabalhamos
Grande parte das noites ficamos acordadas
E todo o dia para isso ganhar
Ameaçam-nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos
E assim, não nos atrevemos a repousar.
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Edições 70,
1992.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa Ocidental durante a Baixa
Idade Média, o texto apresenta a seguinte situação:
A) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal.
B) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades.
C) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento.
D) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas.
E) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu trabalho.
Comentários
Nas passagens estamos em grande miséria, mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem e ameaçam-nos de nos moer de pancada os membros quando descansamos
podemos notar a coerção dos trabalhadores durante o período retratado.
Gabarito: A

7. (ENEM 2011)
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um
profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo
modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por
portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al à “ àXIV-XV àIn: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa
Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

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As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com:
A) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
B) a migração de camponeses e artesãos.
C) a expansão dos parques industriais e fabris.
D) o aumento do número de castelos e feudos.
E) a contenção das epidemias e doenças.
Comentários
O final da Idade Média é caracterizado por um processo de transformações socioeconômicas que
envolveram as cidades. Se durante a Alta Idade Média a cidade manteve-se isolada, durante a
Baixa Idade Média ela tendeu a crescer, impulsionada por maior circulação de mercadorias
provenientes do oriente. O Renascimento, comercial e urbano, possibilitou o surgimento da
burguesia e das raízes do processo de acumulação de capitais.
Gabarito: A

8. (ENEM Cancelado 2009)


A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se instalou na Itália no século VII e era
considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma série de reparações pecuniárias
(composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A
à à à à à à à à à à à à à à à
de nossos antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a
dita composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por
terminada e mantenha- à à à
ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1976 (adaptado).
A justificativa da lei evidencia que
A) se procurava acabar com o flagelo das guerras e dos mutilados.
B) se pretendia reparar as injustiças causadas por seus antepassados.
C) se pretendia transformar velhas práticas que perturbavam a coesão social.
D) havia um desejo dos lombardos de se civilizarem, igualando-se aos romanos.
E) se instituía uma organização social baseada na classificação de justos e injustos.
Comentários
O Edito de Rotário (Edictus Rothari) foi promulgado pelo rei lombardo Rotário em 643. Com 388
artigos e redigido em latim, abrangia não somente a tradição nacional lombarda, mas também
outras legislações bárbaras e também o direito romano (justiniano e pré-justiniano).

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A maior novidade introduzida pela legislação de Rotário foi a abolição da faida, isto é, da vingança
privada, e sua substituição pelo guidrigildo, uma compensação em dinheiro do ofensor a quem
havia sofrido o dano (ou a seus parentes em caso de homicídio). O guidrigildo representava o valor
de uma pessoa e não era um valor fixo segundo a gravidade objetiva da ofensa sofrida, mas variava
segundo a condição jurídica e a função exercida pela pessoa que havia sofrido o dano.
Gabarito: C

9. (ENEM 2009)
A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e
reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o
Renascimento, esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre
o contexto histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo.
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é
A) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
B) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano
II.
C) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros
cristãos.
D) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de
poderes que tivera Carlos Magno.
E) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções
cinematográficas de Hollywood.
Comentários
A questão alude à inspiração de Hitler para a construção do III Reich, no Sacro Império Romano
Germânico, união de territórios de população predominantemente germânica da Europa Central
remanescente do Império de Carlos Magno que perdurou da Idade Média até o início da Idade
Contemporânea sob a autoridade do Sacro Imperador Romano (I Reich). O II Reich compreeende o
Império Alemão entre 1871 e 1914, resultante do processo de unificação da Alemnha iniciado em
meados do século XIX.
Gabarito: A

10. (ENEM 2008)


A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento
das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na
cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite,
e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias,

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cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram
tantos que todos achavam que era o fim do mundo."
Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky, The Black
Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações).

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa


durante parte do século XIV, sugere que
A) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
B) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico.
C) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram
poucas e identificáveis.
D) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.
E) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem
enterrados.
Comentários
O testemunho de Agnolo di Tura faz uma associação direta entre o enorme número de mortos
devido à Peste Negra e o fim do mundo. Essa associação expressa, por sua vez, uma visão
teocêntrica e dogmática medieval, que considerava que os diversos fenômenos simultâneos como
surtos de fome, a Guerra dos Cem Anos e a Peste Negra eram sinais da cólera de Deus, reforçando
a crença no final dos tempos.
Gabarito: A

11. (ENEM 2006)


Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas,
trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor,
o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá os cristãos tinham
sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes
celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza
ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a
escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele
lugar, tinha ficado sem sepultura.
J. F. Michaud. História das cruzadas. São Paulo: Editora das Américas, 1956 (com
adaptações).
Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj*
se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez
que falam nisso; seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles
guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante,

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desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as


mesquitas.
*franj = cruzados.
Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes. 2a ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com
adaptações).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das Cruzadas.
I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no período medieval -,
mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período
histórico.
II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante
a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum
entre adversários.
III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as
disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com
base na ideia do respeito e da tolerância cultural e religiosa.

É correto apenas o que se afirma em


A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
Comentários
As cruzadas foram expedições organizadas pela Igreja Católica e por reis europeus, que
pretendiam conquistar terras e riquezas no oriente próximo, baseadas num discurso de fanatismo
religioso. O confronto entre cristãos e muçulmanos durou cerca de dois séculos e envolveu
diferentes batalhas, nas quais não foram poupadas as vidas de mulheres e crianças.
Gabarito: D

12. (ENEM 2002)


O ano muçulmano é composto de 12 meses, dentre eles o Ramadã, mês sagrado para os
muçulmanos que, em 2001, teve início no mês de novembro do Calendário Cristão, conforme
a figura que segue.

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Considerando as características do Calendário Muçulmano, é possível afirmar que, em 2001,


o mês Ramadã teve início, para o Ocidente, em
A) 01 de novembro.
B) 08 de novembro.
C) 16 de novembro.
D) 20 de novembro.
E) 28 de novembro.
Comentários
O Calendário Islâmico é baseado no mês lunar, iniciado no dia seguinte ao da lua nova, que é
justamente o início da fase crescente. Baseado nesta informação, que não foi fornecida no
enunciado, concluímos que o mês do Ramadã se iniciou em 16 de novembro.
Gabarito: C

13. (ENEM 1999)


Considere os textos a seguir.
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para
que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão
que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as
relações entre fé e razão, 1998)

As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.


(São Tomás de Aquino-pensador medieval)
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino,
refletindo a diferença de épocas.

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B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão
natural acima da fé.
C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não
tem relação com o pensamento filosófico.
E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os
pensamentos sobre fé e razão.
Comentários
Interpretação de texto somada ao conhecimento geral. Desde a baixa idade média, época de
Tomás de Aquino, a Igreja Católica desenvolveu concepções de mundo que procuravam conciliar fé
e razão. Tomás de Aquino foi um dos precursores dessa corrente filosófica denominada, na época,
de escolástica. O texto do Papa, atual, é explicito quanto à essa opção.
Gabarito: E

14. (FGV 2016)


Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a
Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no
sul e princípios do XVI no centro e no norte.
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense,
2001, p. 46.
A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto afirmar que
A) a crise manifestara-se desde o século XI e caracterizou-se pela queda demográfica
acentuada e pela desorganização das atividades agrícolas e manufatureiras da Europa latina.
B) a falta de moedas e a ausência de minas na Europa provocaram a paralisação das
atividades mercantis e levaram à total desarticulação do feudalismo a partir do século XIV.
C) estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas são fatores que
explicam a depressão econômica que marcou a Europa ocidental a partir do século XIV.
D) a crise foi provocada pelas divisões internas da Igreja de Roma, às quais se somariam os
conflitos com o Sacro Império Romano Germânico, levando a uma desorganização política da
Europa ocidental.
E) a depressão econômica foi causada pela expansão muçulmana na Península Ibérica, uma
das áreas que haviam impulsionado o desenvolvimento econômico da cristandade ocidental.
Comentários
O excerto do historiador faz referência à Baixa Idade Média, século XI ao XV na Europa. Conforme
à à podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a Europa
Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no sul e

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à àXVIà à à à à àN à culo XIV ocorreram inúmeros problemas na Europa,


tais como, Grande Fome, a Peste Negra, a Guerra dos Cem Anos e as Revoltas Camponesas.
Gabarito: C

15. (FGV 2016)


E à à à à à à à à à à à à à à à
recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana,
provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta.
(...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas
africanas, (...) associava as histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina,
na existência de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século
XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à
tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de

(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)

Considerando o trecho e os conhecimentos sobre a história da África, é correto afirmar que:


A) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu
poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de
sofrer forte concorrência do cristianismo.
B) a presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em
ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos,
onde ocorreu violenta imposição religiosa.
C) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais
marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono
das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
D) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa
religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou
facilitou uma convivência relativamente harmônica.
E) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais
lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas,
não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.
Comentários
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete à expansão do Islamismo no continente
á àá à à à àM à à à à à à à à à à C à
à à àE à à à à àO à -750, com uma forte expansão para
à à à à à à à à àE à à à àá à à à à

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destronando os Omíadas. O Islamismo respeitava as culturas e religiões locais (conforme sugere o


texto). Havia acordos econômicos entre líderes islâmicos com as lideranças locais, atrativos
econômicos favoreciam o processo de conversão ao islamismo.
Gabarito: D

16. (FGV 2015)


A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o
antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p.
140.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse
respeito é correto afirmar:
A) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as
formações sociais dos guerreiros germânicos.
B) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de
intersecção com a sociedade romana.
C) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir
das invasões germânicas dos séculos IV a VI.
D) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que
permitiram a síntese social com os romanos.
E) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas
fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.
Comentários
A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi uma síntese entre dois tipos de relações
sociais anteriores: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa síntese resultou na servidão
feudal.
Gabarito: A

17. (FGV-RJ 2015)


Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica
possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo
apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o
que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes
participantes ultramontanos da luta anti-moura na Península.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros. Feudo-clericalismo e religiosidade
em Castela Medieval. São Paulo: Hucitec, 1990, p. 161.

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Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de:


A) um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações foram semelhantes
àquelas que estimularam a ação dos cristãos durante as Cruzadas.
B) um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos, interessados em se apropriar das
riquezas e rotas mercantis do mundo islâmico.
C) um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais cristãs e estimuladas
pelo avanço científico precoce da Península Ibérica.
D) uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o intuito de anexar a
Península Ibérica e reestruturar o antigo Império Carolíngio.
E) um movimento essencialmente religioso que visava a combater o fanatismo muçulmano e
estabelecer monarquias cristãs que respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica.
Comentários
“ à à àáà à àáà à à à G à à‘ àá à à
ideal da Guerra Santa, o Islamismo expandiu sobre o Oriente Médio, Norte da África, Mar
Mediterrâneo e Península Ibérica. Surgiu um conflito entre três civilizações: Católica na Europa,
Ortodoxa no Império Bizantino e a Árabe Islâmica. No contexto das Cruzadas, 1095-1270,
ocorreram conflitos dentro da Península Ibérica entre cristão e muçulmanos chamados de
G à à‘ à à à à à à ara reconquistar suas terras. As Cruzadas
à à à à à G à“ àC à“ à à à à à XV à à à
muçulmanos foram expulsos da região de Granada, na Espanha.
Gabarito: A

18. (FGV 2014)


[A crise] do feudalismo deriva não propriamente do renascimento do comércio em si mesmo,
mas da maneira pela qual a estrutura feudal reage ao impacto da economia de mercado. O
revivescimento do comércio (isto é, a instauração de um setor mercantil na economia e o
desenvolvimento de um setor urbano na sociedade) pode promover, de um lado, a lenta
dissolução dos laços servis, e de outro lado, o enrijecimento da servidão. (...) Nos dois
setores, abre-se pois a crise social.
(Fernando A. Novais, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. p. 63-4)
Segundo o autor,
A) a crise foi provocada pelo impacto do desenvolvimento comercial e urbano na sociedade,
pois, na medida em que reforça a servidão, origina as insurreições camponesas e, quando
fragiliza os vínculos servis, provoca as insurreições urbanas.
B) a crise do feudalismo nada mais é do que o marasmo econômico provocado pela queda da
produção, uma vez que há um número menor de camponeses livres, o que leva à crise social
do campo, prejudicando também a nobreza.

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C) a crise foi motivada por fatores externos ao feudalismo, isto é, o alargamento do mercado
pressiona o aumento da produção no campo e na cidade, o que leva à queda dos preços e às
insurreições camponesas e urbanas.
D) o desenvolvimento comercial e urbano em si não leva à crise, pois o que deve ser levado
em consideração é a crise social provocada pelo enfraquecimento dos laços servis, tanto no
campo como na cidade.
E) as insurreições camponesas e urbanas são as respostas para a crise feudal, pois a servidão
foi reforçada tanto no campo como na cidade, garantindo a sobrevivência da nobreza por
meio do pagamento de impostos.
Comentários
O texto deixa claro que o renascimento do comércio promoveu uma série de profundas mudanças
na Baixa Idade Média, dentre as quais o enfraquecimento das relações servis nos locais próximos
aos novos mercados e o enrijecimento das mesmas relações nos locais afastados dos novos
mercados. Esses fenômenos que provocaram uma série de revoltas, servis ou urbanas
contribuíram para a crise do sistema servil.
Gabarito: A

19. (FGV 2013)


Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade,
esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de
Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e
venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de
julho de 1099. Assistimos, então, à pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população.
Depois do regresso dos cruzados ao Ocidente, a posse de Jerusalém torna-se precária.
T àG à D à à à à à àO à à àO àI àá à M -B à D à à
outros, As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22.

O texto acima refere-se à:


A) terceira Cruzada e revela os interesses bizantinos nessa expedição.
B) Reconquista Ibérica e apresenta as motivações religiosas dessa empreitada.
C) sétima Cruzada e demonstra a forte presença da monarquia francesa.
D) primeira Cruzada e revela a forte religiosidade da peregrinação armada.
E) quarta Cruzada e revela a participação exclusiva dos fiéis franceses.
Comentários
A data pode ajudar na resposta à questão, porém é uma exigência superficial na medida em que os
estudantes devem lembrar que as cruzadas se iniciaram no século XI, mas não precisam decorar

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cada uma, sua numeração ou, muito menos, a data de realização. A Primeira Cruzada foi a única
que ocorreu neste século, já nos seus anos finais, conduzida por líderes religiosos católicos da
Europa, num momento marcado por forte sentimento religioso.
Gabarito: D

20. (G1 - ifsul 2016)


M à -se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida,
começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a

(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd.
p.58)
Em 622, ocorreu a Hégira, que significou para o mundo islâmico,
A) o nascimento de Maomé e a chegada dos muçulmanos na África.
B) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Yatreb.
C) o casamento de Maomé com Khadija e a retomada de Meca.
D) a ocupação da península Ibérica pelos muçulmanos.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. O excerto faz referência a algumas passagens da vida do
profeta Maomé (570-632). Este líder criou uma religião monoteísta denominada Islamismo dando
unidade política e religiosa aos árabes. Sendo perseguido pela elite de comerciantes de Meca,
Maomé, em 622, fugiu de Meca para Yatreb, uma pequena cidade próxima de Meca. Lá Maomé
converteu a cidade a sua nova religião. Hégira é o nome dado a esta fuga do profeta que marca o
início do calendário muçulmano.
Gabarito: B

21. (PUC-PR 2016)


O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário religioso
e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos de
moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os
muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os
muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo.
Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa força
poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto,
seus sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas
dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.

É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são:

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A) Monofisistas e nestorianos.
B) Monofisistas e maronitas.
C) Sunitas e xiitas.
D) Otomanos e assírios.
E) Xiitas e politeístas.
Comentários
A questão remete ao surgimento do Islamismo bem como suas disputas internas. Maomé fundou o
Islamismo tendo como base o catolicismo e o judaísmo. Esta religião monoteísta unificou as
diversas tribos árabes. Após a morte de Maomé em 632 o Islamismo perdeu a unidade surgindo
dois grupos que permanecem até hoje: Xiitas e Sunitas. Xiitas. Partidários de Ali, o jovem genro de
Maomé, casado com Fátima. Defendiam o Corão e que a família de Maomé (descendentes) deve
governar. Os xiitas são minoria entre os muçulmanos. Eles são maioria no Irã (90%) e Iraque
(60%da população). Sunitas defendiam o Suna (livro sobre Maomé) defendiam um Estado eleito
pelos crentes. Defendiam que o califa (escolhido por Deus) Abu Bahr, amigo de Maomé e mais
experiente, deveria governar e não o inexperiente Ali. Os sunitas são maioria entre os muçulmanos
(Arábia saudita, Síria, Egito, Tunísia, Paquistão, Jordânia). Os sunitas levam em consideração as
transformações que correram no mundo.
Gabarito: C

22. (UPE-SSA 1 2016)


Um texto bastante famoso produzido na Idade Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois e
dos cães à à à áà à à à à à à à à à à à à à à à
terra, a dos cães defender os carneiros e os bois. Se cada um cumprir sua missão, Deus
protegê-la-á. Do mesmo modo, fez com os homens: instituiu os Clérigos e os Monges para
que rezassem, plenos de doçura, como ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar
a subsistência, e os guerreiros para que defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os
à à à à à à à
(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1984, vol. 2, p.
10, adaptado).
Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade Feudal se dividia em três
ordens principais, registradas na alternativa
A) Os religiosos (os carneiros), os trabalhadores (os bois) e os guerreiros (os cães).
B) Os mercadores (os bois), os clérigos (os cães) e os guerreiros (os carneiros).
C) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e os nobres (os carneiros).
D) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e a corte (os carneiros).
E) Os homens (os cães), as mulheres (os carneiros) e os religiosos (os bois).

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Comentários
A questão aponta para a sociedade feudal europeia no período medieval. A Igreja católica era a
instituição mais importante que organizava e explicava a sociedade. O texto citado pelo historiador
Jacques Le Goff foi elaborado na Idade Média e retrata muito bem a função social de cada
estamento. O clero (carneiro) deve cuidar da parte espiritual, os servos (os bois) devem trabalhar e
os nobres (cães) guerrear.
Gabarito: A

23. (G1 - UTFPR 2016)


A produção feudal era agrícola, sendo a terra sua principal fonte de riqueza. O sistema
comunitário de cultivo reduzia o interesse por inovações técnicas, por isso, qualquer nova
forma de trabalhar a terra, exigia a aprovação de toda a aldeia. Além disso, todo aumento da
produção correspondia a mais tributos a serem pagos ao senhor feudal, desestimulando a
produção excedente pelos servos.

Entre os muitos impostos que estes pagavam, um deles era a corveia, que consistia em:
A) dias de trabalho no manso senhorial.
B) dias em que só se produzia artesanato.
C) parte dos alimentos produzidos no manso servil.
D) produção destinada à Igreja.
E) parte dos alimentos produzidos nos feriados e dias santificados.
Comentários
A questão remete ao sistema feudal que reinou na Europa ao longo da Idade Média. O Feudalismo
tinha como fonte de riqueza a posse da terra que estava nas mãos dos senhores feudais e da
Igreja. Desta forma Clero e Nobreza tinham privilégios. Os servos não tinham terras e estavam
sujeitos a trabalhar nas terras dos senhores feudais e pagar diversos impostos como a talha,
banalidades, mão morta, formariage, tostão de Pedro, etc. Todos os impostos eram pagos em
produtos, exceto a corveia que consistia em trabalho dos servos no manso senhorial alguns dias da
semana.
Gabarito: A

24. (UCS 2016)


Sobre a Igreja Católica, durante o Período Feudal, é correto afirmar que
A) a produção cultural, o comportamento e, sobretudo, a ordem social, através do controle
da fé, normatizava os costumes.

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B) a figura do Papa, líder político mais influente durante toda a Idade Média, garantia a
centralização do poder.
C) a unificação da religião no Oriente e no Ocidente foi uma imposição apoiada pelo regime
político em todo território.
D) a crença difundida era a de que as pessoas obtinham a salvação espiritual pela
predestinação, ou seja, desde o nascimento os fiéis estavam destinados à salvação ou à
condenação eterna, independente de suas obras no mundo material.
E) a necessidade da participação em apenas dois sacramentos, o batismo e a eucaristia, era
um preceito para seus milhares de seguidores.
Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão aponta para a relevância da Igreja católica
durante o medievo. Com as invasões bárbaras e a subsequente queda do império romano do
ocidente em 476, a Europa viveu um processo de ruralização ou êxodo urbano. A fusão de
romanos e os bárbaros não foi harmoniosa. Diante do caos que imperava na Europa, a Igreja
católica foi a única instituição capaz de organizar a sociedade através do controle da fé e dos
costumes colocando Deus (teocentrismo) em primeiro plano.
Gabarito: A

25. (UEMA 2015)


No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever sobre a fórmula da
fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis princípios:
proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção, quer dizer, nada deve
ser feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo. Segurança, nada em prejuízo da
residência onde ele habita ou de suas fortalezas nas quais ele possa se achar. Honra, quer
dizer, nada em detrimento de sua justiça ou do que possa sua honra depender. Interesse,
quer dizer, nada que possa prejudicar suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o
bem que o senhor possa fazer não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo
tornado impossível (...)
Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de produção
feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às relações
sociais entre
A) patrícios e plebeus na Antiguidade.
B) suseranos e vassalos na Idade Média.
C) proprietários de terras e escravos no Brasil Colonial.
D) burgueses e classe trabalhadora na sociedade industrial.

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E) latifundiários e camponeses na América Contemporânea.


Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a relação de suserania e vassalagem
ocorrido na Europa Feudal durante o Medievo. O nobre suserano doava terras a um nobre vassalo
e havia um juramento de fidelidade entre ambos, uma reciprocidade, um auxílio mútuo entre eles.
O próprio texto do século XI já aponta para o referido contexto histórico e menciona o
compromisso inerente ao ritual da relação de suserania e vassalagem, tais como: proteção,
segurança, honra, interesse, faculdade e liberdade.
Gabarito: B

26. (G1 - IFSP 2016)


Segundo o historiador Demant à à àM à à à à à à à
esposa e alguns amigos. Seu primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente para
irritar a elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada pela insistência
de Maomé em destruir as imagens dos deuses politeístas. A repressão contra essa pequena e
primeira comunidade muçulmana o levou a fugir com seus seguidores, no ano de 622 d.C,
para outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb, desde então nomeada de Al-
Medina (a Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte de Meca.
(DEMANT, Peter. O Mundo Muçulmano. São Paulo: Contexto, 2011, p. 26).

Com base na situação descrita sobre a fuga do fundador do islã, o Profeta Maomé, é correto
o que se afirma em:
A) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca o início do calendário
muçulmano.
B) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao dia) e marca o início do
calendário muçulmano.
C) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o início do calendário
muçulmano.
D) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã - mês de jejum, entendido como
purificação e ascese para Deus) e marca o início do calendário muçulmano.
E) Sua fuga é conhecida como a shahada (testemunho é a confissão que efetua a
conversão) e marca o início do calendário muçulmano.
Comentários
O texto narra a perseguição sofrida por Maomé em Meca e sua consequente fuga para Medina.
Esse episódio da história muçulmana ficou conhecido como hégira e marca o ano 1 do calendário
muçulmano.
Gabarito: C

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27. (Espcex (Aman) 2016)


Os fragmentos de texto abaixo foram extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem
à Igreja Medieval.
I àP à à à àI à à à à à à ária de terras da Idade
M à à à à à à à à
II. Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento em abadias e de votos
de castidade, pobreza e silêncio. Com o tempo, num mundo em que uma restrita minoria era
alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos principais centros da
cultura letrada.
III. Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a sociedade, a terra, a
administração e a exploração das riquezas.
IV. A proibição de casamento rigorosamente aplicada a partir do Século XI liberava os padres
dos compromissos conjugais e contribuía, além disso, para a manutenção do patrimônio
eclesiástico feudal, ao evitar a divisão entre possíveis herdeiros dos membros do clero.

Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao


A) poder temporal, clero secular, clero regular e celibato clerical.
B) celibato clerical, clero regular, clero secular e poder temporal.
C) clero secular, celibato clerical, poder temporal e clero regular.
D) poder temporal, clero regular, clero secular e celibato clerical.
E) clero regular, clero secular, poder temporal e celibato clerical.
Comentários
A questão remete ao mundo europeu durante o medievo. A sequência correta é:
[I] Poder Temporal
[II] Clero Regular
[III] Clero Secular:
[IV] Celibato Clerical
Gabarito: D

28. (Unesp 2016)


Oà à à à à à à à à à à à à à à
perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais
abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos

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avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de


um projeto de perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.
G àD à áà à à à à à àF à História da vida
privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)
áà à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à à :
A) valorizar a vida privada, participar ativamente da vida política e combater o mal.
B) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos
vivos.
C) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do
mundo.
D) identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar
a tradição escolástica e agir de forma ética.
E) reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos
fiéis e dos infiéis.
Comentários
A vida nos mosteiros era completamente fechada com relação ao mundo exterior, mas isso não
impedia os mosteiros de serem verdadeiras casas do saber, uma vez que cabia aos monges estudar
e aprimorar os preceitos da época e o latim.
Gabarito: C

29. (Unicamp 2016)


Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a
uma paróquia rural.
V à à à à à àI à à à à à à à à à à à
remissão dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que
há infelizes que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados
sortilégios: recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos,
à à à
(Fonte:
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php?option=co_content&view=article&id=1
397:sao-cesario-de-arles-sermao-13-parauma-paroquia-rural&catid=28: outros-
artigos&Itemid=285.)
A partir desse sermão, escrito no sul da atual França, é correto afirmar que:
A) A Igreja Católica assumia funções espirituais e deixava à nobreza o cuidado da saúde dos
camponeses, através de ordens religiosas e militares.

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B) O cristianismo tinha penetrado em todas as categorias sociais e era interpretado da


mesma forma através da autoridade dos bispos.
C) Práticas consideradas menos ortodoxas por Cesário de Arles ainda encontravam espaço
em setores da sociedade e a elite da Igreja tentava se afirmar como o único acesso ao
sagrado.
D) O avanço do materialismo estava afastando da Igreja os camponeses, que, com isto,
deixavam de pagar os dízimos eclesiásticos.
Comentários
As práticas consideradas não ortodoxas pela Igreja Católica como feitiçaria, encantos e videntes
foram, durante a Idade Média, usadas por parte da população, em especial na zona rural. Diante
disso, a Igreja tentava adentrar nesse meio para ampliar sua influência sobre a sociedade.
Gabarito: C

30. (PUC-SP 2016)


áà à à à à à à à à à à à
pesquisador atual as informações que ele busca claro que com um objetivo totalmente
diferente. Mas, enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes tive a impressão de
estar postado atrás dos juízes para espiar seus passos, esperando, exatamente como eles,
à à à à à à à à à à
Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 283-284.
Adaptado.
O texto aponta semelhanças entre a expectativa do inquisidor, que colhia os depoimentos
daqueles que eram julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do pesquisador, que, séculos
depois, analisa os processos inquisitoriais. O de cada um
deles pode ser assim caracterizado:
A) enquanto o inquisidor desejava salvar a alma do acusado, por meio da expiação de seus
pecados, o pesquisador consegue descobrir, no depoimento, a verdade completa e absoluta
sobre o período.
B) enquanto o inquisidor ampliava os limites da fé cristã, ao perdoar os erros do acusado, o
pesquisador consegue identificar a fé superior do membro da Igreja e os pecados cometidos
pelos réus.
C) enquanto o inquisidor pretendia obter, do acusado, uma confissão ou o reconhecimento
de culpa, o pesquisador deseja encontrar, no processo, indícios que o ajudem a compreender
aquela experiência histórica.
D) enquanto o inquisidor assumia uma atitude de tolerância e respeito perante o acusado, o
pesquisador penetra indevidamente na intimidade dessas duas pessoas.

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Comentários
A alternativa [C] é a única que está em consonância com o texto do pensador Carlo Ginzburg. Há
uma distância considerável entre o processo inquisitorial com a expectativa do inquisidor que
procurava arrancar a confissão do acusado em relação ao historiador que, séculos depois, estuda e
analisa os processos inquisitoriais em busca de uma compreensão daquele contexto histórico. O
pesquisador debruçado sobre sua fonte documental procura vislumbrar o passado, conhecer
aquela experiência histórica.
Gabarito: C

31. (Unesp 2016)


Examine a iluminura extraída do manuscrito Al-Maqamat, de Abu Muhammed al-Kasim al-
Hariri, 1237.

A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos desenvolvidos no mundo árabe-
islâmico durante a Idade Média e revela
A) a inexistência de instrumental médico nas sociedades islâmicas, que impediam qualquer
tipo de corte nos corpos.
B) a preparação do cadáver feminino para a cremação, principal culto funerário desenvolvido
nas sociedades islâmicas.
C) a condenação imposta pelas autoridades religiosas islâmicas às pessoas que cuidavam de
doentes e mulheres grávidas.
D) o desenvolvimento da medicina nas sociedades islâmicas, o que permitiu avanços, como a
descrição da varíola e o emprego de anestesia em cirurgias.
E) o repúdio, nas sociedades islâmicas, à representação do nu feminino, o que provocou
sucessivas punições civis e religiosas a artistas.

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Comentários
A sociedade islâmica desenvolveu uma apurada vocação para as ciências, em especial a Medicina.
Logo, houve uma série de descobertas e avanços medicinais durante a Alta Idade Média nos
lugares habitados pelos árabes.
Gabarito: D

32. (Unesp 2016)


Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O
primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo,
a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se
à à à à à à à à àD à à à à -se na
boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes muito simples e, por isso mesmo,
eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas os gestos
que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)

O texto e a imagem referem-se à cerimônia que


A) consagra bispos e cardeais.
B) estabelece as relações de vassalagem.
C) estabelece as relações de servidão.
D) consagra o poder municipal.
E) estabelece as relações de realeza.

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Comentários
O texto e a imagem descrevem a cerimônia que acontecia para que fosse estabelecido o laço da
nobreza mais importante do Feudalismo: o laço de suserania e vassalagem.
Gabarito: B

33. (Unesp 2015)


Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito
frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário,
para responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda
à à à à à
GOFF, Jacques Le. Em busca da Idade Média, 2008.
Segundo o texto, o sistema de feudos:
A) representa a unificação nacional e assegura a imediata centralização do poder político.
B) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável
para a destruição dos poderes políticos.
C) impede a manifestação do poder real e elimina os resquícios autoritários herdados das
monarquias antigas.
D) constitui um novo quadro de alianças e jogos políticos e assegura a formação de Estados
unificados.
E) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de
uma nova ordem política.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete ao poder político na Europa durante o
medievo. O texto do historia à àJ àL àG à à à à àOà à
defende que o feudalismo não se caracterizou pela destruição de poder. Ao contrário, a
feudalidade surgiu para preencher um vazio de poder que se deu com a queda do Império Romano
do Ocidente em 476 d.C. Com a queda de Roma, acabou a centralização do poder político surgindo
uma nova ordem social, econômica e política (conhecida como o sistema feudal) através da fusão
de romanos e germanos. Trata-se do surgimento da Civilização Cristã Ocidental no começo da
Idade Média. As demais alternativas estão incorretas.
Gabarito: E

34. (Unesp 2015)


Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e
que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes.
Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento

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regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de
organização.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)

O texto revela, em relação à Idade Média ocidental,


A) o prevalecimento de uma mentalidade fortemente religiosa, indicativa da força e da
influência do cristianismo.
B) a consciência da própria gênese e origem, resultante das pesquisas históricas e científicas
realizadas na Grécia Antiga.
C) o esforço de compreensão racionalista dos fenômenos naturais, base do pensamento
humanista.
D) a construção de um pensamento mítico, provavelmente originário dos contatos com povos
nativos da Ásia e do Norte da África.
E) a presença de esforços constantes de predição do futuro, provavelmente oriundos das
crenças dos primeiros habitantes do continente.
Comentários
Durante a Idade Média, a ideologia predominante era aquela criada e ditada pela Igreja Católica,
baseada no Cristianismo. Fundamentos como a terra ser o centro do Universo e a criação do
homem e da mulher por Deus faziam parte dessa ideologia.
O pensamento humanista é posterior e marca o início da Era Moderna.
Gabarito: A

35. (G1 - IFSP 2014)


Analisando as condições de trabalho da Europa medieval, o historiador Marc Bloch afirmou:
O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser humano que, fosse ele
para onde fosse, esse laço o seguia e se imprimia à sua descendência. Essas pessoas, para
com o senhor, não estavam obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços.
Deviam-lhe também auxílio e obediência, e contavam com a sua proteção.
(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-295. Adaptado)
De acordo com o texto, é correto afirmar que a servidão na Europa medieval
A) baseava-se na cobrança de taxas e no trabalho em troca de proteção e moradia.
B) organizava a produção monocultora de exportação que predominava no período.
C) proporcionava ampla mobilidade social para os servos e seus descendentes.
D) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos feudos.

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E) impedia a circulação dos trabalhadores nas lavouras dos territórios senhoriais.


Comentários
A prática da servidão surgiu na Idade Média a partir do princípio da proteção: os romanos
abastados ofereciam moradia e proteção (contra os bárbaros) aos romanos menos favorecidos em
troca de serviço. E, a partir disso, surgiram as obrigações servis (talha, corveia, banalidades, tostão
de Pedro).
Gabarito: A

36. (UFJF-PISM 1 2016)


Leia:
Oà à à à à à à à àP à à à à
antigo Império Romano, caracteres comuns (elementos de permanência), bem como, outros
que os individualizaram (elementos de ruptura). Houve a convivência entre o germano e o

(GUERRA MARTINS. M. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1997. p. 17.)

A partir da leitura do trecho acima, marque a opção CORRETA sobre o contexto do período
inicial da Idade Média (entre os séculos V e VII):
A) Igreja Católica teve sua influência política e socioeconômica enfraquecida devido a sua
forte relação com o Império Romano que não existia mais.
B) Os Estados organizados pelos invasores bárbaros se caracterizavam por uma forte
estabilidade política e por fronteiras territoriais bem definidas.
C) Com a diminuição de fatores que geravam o aumento da mortalidade, como guerras,
epidemias e fome, ocorreu uma alta demográfica populacional.
D) A sociedade vivenciou um processo de desmilitarização com a diminuição contínua da
importância dos exércitos controlados pelos grandes proprietários de terras.
E) A produção econômica concentrava-se fortemente em atividades rurais desenvolvidas em
grandes propriedades que visaram à autossuficiência.
Comentários
Uma característica econômica básica do Feudalismo foi a ruralização da economia com vistas à
subsistência, ou seja, a produção agrícola rural visando à autossuficiência.
Gabarito: E

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37. (Espcex (Aman) 2016)


Os últimos anos do século X foram marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das
invasões bárbaras e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram
estabilidade e crescimento demográfico. A partir do século XI, o continente experimentaria
profundas transformações que levariam ao que se conhece como Renascimento Comercial.

Com relação ao acima exposto, é correto afirmar que


A) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade material, o que levou ao
incremento de práticas comerciais.
B) o restabelecimento de rotas comerciais com a Oceania favoreceu o estabelecimento de
novas empresas de comércio na Europa.
C) os avanços tecnológicos elevaram a quantidade da produção agrícola e o excedente passou
a ser vendido.
D) as Cruzadas impediram a circulação de mercadorias entre o Ocidente e o Oriente.
E) a intensificação do comércio provocou o enfraquecimento de feiras regulares nos
cruzamentos das rotas comerciais.
Comentários
A questão remete ao início da Baixa Idade Média. O texto aponta para o fim das invasões bárbaras
na Europa no século X e ao crescimento demográfico que ocorreu em seguida, gerando a
à à à à à à àD à à à ‘ àá à à à
técnicas de plantio e desmatamento. Neste à à à ‘ àC à à
U à à à à àC à à à à à à à à
Gabarito: C

38. (UFJF-PISM 1 2016)


Observe a imagem a seguir.

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Sobre o desenvolvimento urbano e comercial no Ocidente Medieval entre os séculos XII e XIII,
marque a alternativa INCORRETA:
A) Existia uma grande multiplicidade de moedas que circulavam paralelamente entre si,
sendo o cambista a principal figura responsável pelas conversões nas feiras.
B) A sociedade que se estruturava no meio urbano reproduzia predominantemente as
relações de dependência típicas do meio rural, como a vassalagem e a servidão.
C) A regulamentação da produção artesanal realizada nos espaços urbanos aumentava com a
criação das Corporações de Oficio em diferentes setores produtivos.
D) Diversas cidades se desenvolveram a partir do aumento da circulação de comerciantes em
torno de entroncamentos de estradas e em muralhas de castelos importantes.
E) As grandes rotas de comércio marítimo se concentravam no Mar do Norte e no
Mediterrâneo, com mercadorias vindas inclusive do Oriente, como a seda.
Comentários
A sociedade que se estrutura no meio urbano que virá a originar a burguesia não reproduzia as
relações básicas do Feudalismo como a suserania e a vassalagem. Nas cidades, a base das
relações era o comércio.
Gabarito: B

39. (UFU 2016)


Mas o objetivo da produção, mesmo com meios modestos, não era um fim abstrato como
hoje, mas prazer e ócio. Esse conceito antigo e medieval de ócio não deve ser confundido
com o conceito moderno de tempo livre. Isso porque o ócio não era uma parcela da vida
separada do processo de atividade remunerada, antes estava presente, por assim dizer, nos
poros e nos nichos da própria atividade produtiva.
KURZ, Robert. A expropriação do tempo. Folha de São Paulo, 3 jan.1999. p. 5 (Adaptado).

A noção de tempo livre assumiu uma qualidade positiva distinta daquela de ócio, em função
de estar articulada a um conjunto de transformações socioeconômicas, localizadas a partir de
fins da Idade Média, e que se caracterizava
A) pelo incremento da produção agrícola para o mercado interno, responsável pelo chamado
renascimento feudal do século XV.
B) pela crescente mercantilização das terras da Igreja, cada vez mais alinhada com as
modernas concepções sobre o trabalho.
C) pela descentralização político-administrativa das emergentes monarquias nacionais, fator
de estímulo para o crescimento da produção mercantil.

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D) pela aceleração das atividades urbanas e comerciais, com o crescimento da produção


mercantil e das camadas burguesas da sociedade.
Comentários
Somente a alternativa [D] está correta. A questão aponta para algumas transformações estruturais
que ocorreram na Baixa Idade Média, tais como o surgimento da burguesia que dinamizou a
economia através do comércio, moeda e vida urbana, etc. Ocorreu também um processo de
centralização política nas mãos dos reis culminando na formação dos Estados Nacionais Modernos.
Gabarito: D

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da
mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa,
parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o
á à à à à à à à à à à
(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas
portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197)

40. (PUC-CAMP 2016)


Durante a Idade Média, havia um imaginário vinculado às cruzadas, pautado pela concepção
de que
A) O à à à à à à à à à à à à à à
após a tomada da Península Ibérica, vinham impondo violentamente sua crença e cobrando
altos impostos a toda a cristandade.
B) os vassalos deveriam morrer por meio do à à à à à à à
esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o sacrifício humano fortaleceria a fé católica e
o poder do Papa.
C) a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que os cristãos deveriam
enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e outros castigos divinos não voltassem a incidir
sobre o Ocidente.
D) a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim de recuperar a Terra
Santa, assegurariam, a todos os participantes, o perdão de seus pecados e a purificação de
suas almas.

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E) o enriquecimento obtido através de pilhagens deveria ser inteiramente destinado às


ordens mendicantes instaladas no Oriente e às famílias pobres muçulmanas como prova do
não apego aos bens materiais pela Igreja católica.
Comentários
As Cruzadas foram um movimento militar patrocinado e incentivado pela Igreja Católica. Usando
de sua grande influência sobre a sociedade, a Igreja convocou e convenceu os fiéis para pegarem
em armas para recuperar Jerusalém dos muçulmanos sob a promessa de que todos os seus
pecados seriam perdoados.
Gabarito: D

41. (UNESP 2015)

A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias


A) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas por portugueses e
espanhóis.
B) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante na erradicação do
protestantismo na Europa central.
C) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não tinha vínculo com a
perseguição e a punição dos hereges.
D) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de
serem encaminhados para a execução.
E) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos
romanos ou ortodoxos.

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Comentários
Os autos de fé, promovidos pela Inquisição Católica, visavam, além de punir os hereges e os infiéis,
criar exemplos aos cristãos acerca das condutas aceitas ou não pela Igreja Católica. Por isso, as
cerimônias eram públicas.
Gabarito: D

42. (UFJF-PISM 1 2015)


Observe as figuras abaixo.

Dentre os objetivos que impulsionaram os homens medievais a empreender viagens rumo ao


Oriente, podemos destacar, EXCETO:
A) A libertação da Palestina que estava sob domínio muçulmano desde o século VII, já que
todo cristão era um vassalo de Deus e, portanto, deveria jurar fidelidade e lutar contra os
à à à à
B) Apesar da conquista de riquezas por meio de pilhagens aos muçulmanos, as Cruzadas não
obtiveram sucesso no que diz respeito ao domínio de territórios, já que os cruzados nunca
conseguiram dominar a Cidade Santa (Jerusalém).
C) O interesse em obter mercadorias raras no Ocidente, principalmente os produtos
conhecidos como especiarias, através do controle das rotas de comércio no mar
Mediterrâneo.

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D) A necessidade de regular conflitos, desviando o espírito belicoso dos senhores feudais para
regiões sob ameaça do Islã, tal como observamos com o Império Bizantino, que recorre à
ajuda de cruzados para proteger suas fronteiras.
E) Os benefícios espirituais concedidos aos cruzados, tal como a indulgência plenária (perdão
dos pecados) dada àqueles que partissem em peregrinação rumo à Terra Santa para
combater os infiéis.
Comentários
As Cruzadas foram empreendidas pela vontade da reconquista da Terra Santa, então sob domínio
muçulmano. Durante a ocorrência das oito cruzadas, houve momentos em que os cristãos
dominaram a Terra Santa e momentos em que os muçulmanos tiveram esse domínio. Logo, a
alternativa [B] está errada.
Gabarito: B

43. (Fuvest 2015)


A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre
mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor,
frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos
à à à à à à à à à
GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.

O texto trata de um período em que:


A) os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e
econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
B) o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam
apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
C) o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores
urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
D) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição
da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
E) as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido
completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do
livre comércio.
Comentários
No final da Idade Medieval, quando o sistema feudal já vivenciava sua crise, as bases do
Feudalismo passaram a coexistir com o renascimento das cidades e o surgimento de uma nova

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classe social: a burguesia. Nesse contexto, quando o Feudalismo sucumbiu, no século XV, a
burguesia assumiu papel central nas transformações que marcariam o início da Idade Moderna.
Gabarito: A

44. (Mackenzie 2014)


Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu
sentimento de insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida
futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o concurso do
Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o
medo vencia a esperança. (Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.)
O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto
acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto.
A) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra constante, as invasões
bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de
punição divina aos pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval.
B) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval, levando a crenças
milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida ação da Igreja,
disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradicação das várias doenças que
afetam seus fiéis.
C) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu das guerras
constantes entre nobres suseranos e servos vassalos, contribuindo para a emergência
de teorias milenaristas no continente.
D) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a demonização de
algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refeições, adquirido, por sua vez,
no contato com povos bizantinos.
E) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos predominava na
mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período, eram constantes os autos de
fé da Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo.
Comentários
Os medos que circundavam a população europeia da Idade Média eram tanto materiais quanto
espirituais, e estão bem especificados na alternativa [A]. Esses medos ajudaram a configurar a
Idade Média socialmente, contribuindo para a formação das relações sociais entre nobres e servos
e para o alargamento do poder da Igreja Católica.
Gabarito: A

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45. (G1 - CPS 2014)


Durante a Idade Média houve uma grande circulação de viajantes entre a Europa e o Oriente
Médio. Algumas dessas viagens eram peregrinações religiosas a locais considerados sagrados
como, por exemplo, a cidade de Jerusalém.
No início do século XI, entretanto, essa cidade estava sob o domínio dos muçulmanos, o que
não correspondia aos interesses da Igreja Católica, por isso, em 1095, o Papa Urbano II fez um
apelo à cristandade para que nobres e camponeses libertassem Jerusalém.
De acordo com as informações citadas, é correto afirmar que o apelo do Papa Urbano II deu
origem:
A) ao Renascimento.
B) ao Protestantismo.
C) à Inquisição.
D) à Contrarreforma.
E) às Cruzadas.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. O famoso discurso do Papa Urbano II no Concílio de
Clermont em 1095 chamando os fiéis para lutar contra os muçulmanos infiéis. O texto faz
referência as Cruzadas. Os muçulmanos dominavam algumas regiões sagradas para o cristianismo
e o Papa Urbano II pediu apoio dos nobres e camponeses para libertar os lugares sagrados.
Ocorreram oito cruzadas oficiais entre 1095-1270. Somente a primeira teve relativo sucesso.
Gabarito: E

46. (Fatec 2014)


Nos séculos finais da Baixa Idade Média europeia, a economia de subsistência e de trocas
naturais tendia a ser suplantada pela economia monetária, a influência das cidades passou a
prevalecer sobre os campos, e a dinâmica de comércio levou à mudança e à ruptura das
corporações de ofício medievais.
(SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1988, p.5. Adaptado)

Analisando as transformações citadas, conclui-se, corretamente, que elas


A) evidenciaram o surgimento da nova classe social burguesa e a crise do sistema feudal.
B) fortaleceram a Igreja Católica, que incentivava a prática comercial no período medieval.
C) prejudicaram a burguesia comercial e favoreceram os proprietários das terras feudais.
D) demonstraram a força do sistema feudal e dos mecanismos de subsistência no campo.
E) enfraqueceram os reis absolutistas que dominaram a Europa durante o período medieval.

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Comentários
Durante a crise do século XIV, o sistema feudal entrou em colapso estrutural. Ao mesmo tempo,
devido à reabertura do Mar Mediterrâneo, as cidades e o comércio renasceram, fazendo surgir
uma nova classe social: a burguesia.
Gabarito: A

47. (Unesp 2014)


Mais ou menos a partir do século XI, os cristãos organizaram expedições em comum contra os
à àP à à à à à à àC à à à à
ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Média tiveram então o
sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituições, de crenças e de hábitos: a
cristandade.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Segundo o texto, as cruzadas
A) contribuíram para a construção da unidade interna do cristianismo, o que reforçou o poder
da Igreja Católica Romana e do Papa.
B) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na decorrente derrota e
submissão dos muçulmanos.
C) determinaram o aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma vez que a derrota dos
cristãos debilitou o poder político do Papa.
D) estabeleceram o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que ajudou a reduzir a
influência judaica e muçulmana na Palestina.
E) definiram a separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando funções e papéis diferentes
para os líderes políticos e religiosos.
Comentários
O texto de Jacques Le Goff afirma que as Cruzadas contribuíram para reforçar a unidade cristã
ocidental bem como a autoridade do pap àT à à à à à à à Q à à
I à à à à à H à IV à à à à I à ‘ à
germânico, e o Papa Gregório VII. O conflito se deu por conta da nomeação de bispos que era
realizada dentro do Sacro Império Romano Germânico. Na Concordata de Worms, em 1122,
prevaleceu o poder papal sobre o poder temporal do imperador. Somente a proposição [A] está
correta. As proposições seguintes estão incorretas. Os cristãos não conquistaram definitivamente à
Palestina. Não aumentou o poder dos reis e imperadores. Não ocorreu a separação entre a esfera
religiosa e política.
Gabarito: A

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48. (PUC-SP 2013)


Oà à à à à à à à àE à à à à à à
camponeses apenas o espaço mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro
à à à à à
Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo.
Porto: Afrontamento, 1980, p. 208. Adaptado.

O texto caracteriza o modo de produção feudal, destacando que


A) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social fosse atenuada pelas
amplas oportunidades de lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
B) as relações de suserania e vassalagem e o caráter rural do feudalismo eliminaram as
cidades e provocaram o declínio do comércio e das atividades de serviço.
C) a possibilidade de melhoria da condição econômica dos camponeses era bastante restrita,
devido ao conjunto de obrigações que estes deviam prestar aos senhores.
D) as longas jornadas de trabalho nas lavouras e a ampla gama de impostos impediam os
camponeses de ascenderem socialmente e provocavam a ruína dos senhores de terras.
E) havia oportunidades de transformação social no feudalismo, embora os camponeses
raramente as aproveitassem, pois preferiam se dedicar prioritariamente ao trabalho.
Comentários
Devido à carga de impostos que os servos tinham que pagar no sistema feudal, a possibilidade de
melhora na qualidade de vida desse grupo social era muito difícil, porque dependia,
fundamentalmente, do aumento do nível de produção.
Gabarito: C

49. (UPE-SSA 1 2016)

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A imagem acima reproduz uma caricatura inglesa do século XIII e mostra Isaac Jurnett,
comerciante judeu, da cidade de Norwich, sendo questionado pelo diabo em pessoa, sob o
olhar vigilante e misterioso da Santíssima Trindade ao alto.

Nesse contexto, é CORRETO inferir que, na Idade Média,


A) havia grande preconceito contra judeus e comerciantes.
B) os comerciantes eram bem vistos como produtores de riquezas.
C) a Santíssima Trindade abençoava os judeus e os protegia do diabo.
D) os judeus eram aceitos como elementos ativos e participantes da comunidade feudal.
E) o comércio era uma atividade arriscada, por isso a vida dos comerciantes era um inferno.
Comentários
A questão aponta para o judaísmo durante a Idade Média na Europa. A Igreja católica considerava
à à à à à à à à à à à àO à à à
associados ao comércio, dinheiro, lucro e a usura o que não era permitido pela Igreja. A Igreja
católica defendia o preço justo.
Gabarito: A

50. (UPE 2015)


A Idade Média, quando se trata de dinheiro, representa, na longa duração da história, uma
fase de regressão. Nela, o dinheiro, é menos importante, está menos presente que no
Império Romano, e, muito menos importante do que viria a ser a partir do século XVI, e
especialmente do XVIII.
(LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: Ensaio de Antropologia Histórica. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 10. Adaptado)

Sobre a temática e o período destacado no texto, assinale a alternativa CORRETA.


A) A economia medieval, em especial no período posterior ao século XIII, foi marcada por um
caráter natural, com atividades baseadas em trocas de produtos.
B) A Europa medieval, em decorrência do feudalismo, assistiu a um processo de
desmonetarização completa da sua economia.
C) Do século X mais ou menos até o fim do século XIV, quando o dinheiro recua, a circulação
de moeda na Europa conhece um recesso para depois começar um lento retorno.
D) A retração no fluxo de moedas no medievo não teve ligação direta com as crises
financeiras do Império Romano tardio.

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E) O grande comércio com o Oriente manterá no Ocidente uma certa circulação em ouro, sob
a forma de moeda bizantina e muçulmana.
Comentários
A ausência quase total de comércio e dinheiro, marca fundamental do período Medieval, entra, no
século XIV, numa fase de mudança, de ressurgimento das cidades e da volta de circulação
monetária, principalmente a partir da atuação de uma nova classe social chamada de burguesia
Gabarito: C

51. (UERN 2015)


Na Idade Média, um mesmo cavaleiro podia ser vassalo de um suserano e um suserano de
outro cavaleiro. O vassalo de um vassalo de determinado cavaleiro também era vassalo do
mesmo cavaleiro. E se um cavaleiro fosse vassalo de dois suseranos que entravam em
àN à à à à à à à à
(Vainfas, 2010.)
N à à à à à à à à à à à à à
A) a cerimônia de entrega, lealdade submissão de um vassalo a outro nobre que seria, então,
seu suserano.
B) o contrato estabelecido entre as partes, em que constavam os valores, prazos, direitos e
deveres de suseranos e vassalos.
C) o juramento feito diante de toda a comunidade medieval, que tornava suseranos e
à à à à à à à
D) o feudo, na forma de terra, pensão, ou rendimento agrícola, recebido pelo suserano,
devido à gratidão do vassalo à sua pessoa.
Comentários
A relação entre nobres denominada Relação de Suserania e Vassalagem no Feudalismo era
baseada no princípio de lealdade entre o suserano e o seu vassalo. Esse princípio era firmado na
cerimônia de entrega da terra, chamada de homenagem lígia, na qual o vassalo afirmava ser fiel a
seu suserano em qualquer situação.
Gabarito: A

52. (UECE 2015)


No início do século XIV, o fim da ordem templária marca um importante momento da
transição entre a primeira fase do feudalismo, caracterizada pela cultura cavalheiresca, e a
segunda fase, caracterizada pela formação de uma forte burguesia mercantil. Sobre a ordem
templária, é correto afirmar que foi

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A) uma comunidade monástica que, além de evangelizar, difundiu a cultura antiga por meio
do ensino do latim.
B) um grupo que manteve as estruturas de clãs familiares típicas das classes aristocráticas
romanas.
C) uma das quatro ordens religiosas organizadas na época das cruzadas para libertar a Terra
Santa.
D) um grupo de mercadores que partiu em viagem para o Extremo Oriente através do
caminho da seda.
Comentários
Durante o período feudal, a Igreja Católica se organizou para promover uma cruzada em busca da
retomada da cidade de Jerusalém, então sob domínio muçulmano. Nessa cruzada santa, a Igreja
contou com o apoio da Nobreza para montar exércitos. Uma das ordens criadas para essa
empreitada foi a Ordem dos Templários.
Gabarito: C

53.
Sabe-se que o feudalismo resultou da combinação de instituições romanas com instituições
bárbaras ou germânicas. Indique e descreva no feudalismo uma instituição de origem:
a) romana.
b) germânica.
Comentários
a) A servidão feudal, caracterizada pelo vínculo dos camponeses à terra, teve origem no colonato
surgido durante o Baixo Império Romano.
b) As relações de suserania e vassalagem entre os nobres feudais, têm suas origens no "comitatus",
tradição germânica de alianças militares que estabeleciam laços de fidelidade entre os chefes
tribais e seus guerreiros.

54.
"Guerra proclamada pelo Papa em nome de Cristo e travada como iniciativa do próprio Cristo
para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade contra inimigos
externos. O movimento das Cruzadas era em certo sentido uma extensão da guerra que
estava sendo travada contra os muçulmanos na Espanha e na Sicília."
(LOYN, H.R. "Dicionário da Idade Média")
a) Cite uma motivação de ordem religiosa e outra de ordem socioeconômica para o início das
Cruzadas.

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b) Cite e analise duas repercussões do movimento das Cruzadas para o ocidente medieval.
Comentários
a) 1. Você poderá citar uma motivação de ordem religiosa do movimento das Cruzadas tal como: a
recuperação de terras santas tomadas pelos muçulmanos e a retomada da cidade de Jerusalém,
entre outras de mesma natureza.
2. Você poderá citar uma motivação de ordem sócio-econômica do movimento das Cruzadas tal
como: a busca de novos territórios; o excedente populacional e o processo de expansão comercial,
entre outras de mesma natureza.
b) Você poderá citar e analisar duas repercussões do movimento das cruzadas tais como: o
domínio europeu das rotas comerciais do Mediterrâneo; a expansão das atividades comerciais e
urbanas como feiras; o desenvolvimento dos setores sociais urbanos como a burguesia e a maior
presença de elementos culturais de origem oriental na Europa, entre outras.

55.
"Em 1348 a peste negra invadiu a França e, dali para a frente, nada mais seria como antes.
Uma terrível mortalidade atingiu o reino. A escassez de mão-de-obra desorganizou as
relações sociais e de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas exigências.
Um rogo foi dirigido a Deus, e também aos homens incumbidos de preservar Sua ordem na
Terra. Mas foi preciso entender que nem a Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não
era isso uma prova de que nada valiam? De que o pecado dos governantes recaía sobre a
população? Quando o historiador começa a encontrar tantas maldições contra os príncipes,
novas formas de devoção e tantos feiticeiros sendo perseguidos, é porque de repente
começou a se estender o império da dúvida e do desvio."
(Adaptado de Georges Duby, "A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a
Joana D'arc". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)

a) A partir do texto, identifique de que maneira a peste negra repercutiu na sociedade da


Europa medieval, em seus aspectos econômico e religioso.
b) Indique características da organização social da Europa medieval que refletiam a ordem de
Deus na Terra.
Comentários
a) A peste negra insere-se no contexto da crise do século XIV e é considerada uma manifestação do
esgotamento do sistema feudal. Quanto ao aspecto econômico, as altas taxas de mortalidade
ocasionaram a escassez de mão-de-obra, levando à superexploração dos servos pelos senhores
feudais e às consequentes revoltas camponesas, destacando-se as "jacqueries", além de mudanças
nas relações de trabalho. Tais eventos acabaram por gerar a crise do trabalho servil.

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Outro efeito da mortalidade foi a redução do mercado em um contexto de retomada do comércio


que, juntamente à paralisação das rotas terrestres, em decorrência particularmente da Guerra dos
Cem Anos, estimularam a Expansão Marítima e Comercial Europeia.
Quanto ao aspecto religioso, a peste serviu de argumento para perseguições aos grupos
considerados heréticos, culpados de atrair a ira divina, em razão de as interpretações sobre a peste
estarem inseridas à mentalidade medieval marcada pelo cristianismo.
b) A concepção de sociedade, na Europa medieval, era determinada pela Igreja e fundamentada no
teocentrismo. Assim sendo, a sociedade era estratificada, composta de três ordens: o clero, os que
rezam; a nobreza, os que combatem; e os camponeses, os que trabalham.

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1. (ENEM 2015)
No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média no Ocidente nasceu com elas. Foi
com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial digamos
modestamente artesanal que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é
escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual
esse homem só aparecerá com as cidades.
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010

O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a):


A) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
B) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
C) importância organizacional das corporações de ofício.
D) progressiva expansão da educação escolar.
E) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.

2. (ENEM 2015)

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Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção


de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e
cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do
calendário, apreende-se uma concepção de tempo:
A) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno.
B) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador.
C) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho.
D) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano.
E) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade.

3. (ENEM 2015)
A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros
combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada
uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo
gozar da paz.
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da
Costa, 1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um
objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente,
em:
A) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
B) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
C) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.
D) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
E) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.

4. (ENEM 2014)
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.

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VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.

Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos
templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de

A) refinar o gosto dos cristãos.


B) incorporar ideais heréticos.
C) educar os fiéis através do olhar.
D) divulgar a genialidade dos artistas católicos.
E) valorizar esteticamente os templos religiosos.

5. (ENEM PPL 2014)


Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia
sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na
prática, era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na
à à à à à à E à à à à à à à
à à à à à à à XIà àC à à
puderam negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se
relacionaram com mercadores do islã.
FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2004.
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como
Veneza, reflete o(a)
A) importância das cidades comerciais.
B) integração entre a cidade e o campo.
C) dinamismo econômico da Igreja cristã.
D) controle da atividade comercial pela nobreza feudal.
E) ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais.

6. (ENEM PPL 2013)


Queixume das operárias da seda
Sempre tecemos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor [...]
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida [...]
Pois a obra de nossas mãos
Nenhuma de nós terá para se manter [...]

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E estamos em grande miséria


Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem trabalhamos
Grande parte das noites ficamos acordadas
E todo o dia para isso ganhar
Ameaçam-nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos
E assim, não nos atrevemos a repousar.
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Edições 70,
1992.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa Ocidental durante a Baixa
Idade Média, o texto apresenta a seguinte situação:
A) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal.
B) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades.
C) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento.
D) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas.
E) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu trabalho.

7. (ENEM 2011)
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um
profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo
modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por
portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al à “ àXIV-XV àIn: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa
Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com:
A) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
B) a migração de camponeses e artesãos.
C) a expansão dos parques industriais e fabris.
D) o aumento do número de castelos e feudos.
E) a contenção das epidemias e doenças.

8. (ENEM Cancelado 2009)

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A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se instalou na Itália no século VII e era
considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma série de reparações pecuniárias
(composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A
à à à à à à à à à à à à à à à
de nossos antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a
dita composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por
terminada e mantenha- à à à
ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1976 (adaptado).
A justificativa da lei evidencia que
A) se procurava acabar com o flagelo das guerras e dos mutilados.
B) se pretendia reparar as injustiças causadas por seus antepassados.
C) se pretendia transformar velhas práticas que perturbavam a coesão social.
D) havia um desejo dos lombardos de se civilizarem, igualando-se aos romanos.
E) se instituía uma organização social baseada na classificação de justos e injustos.

9. (ENEM 2009)
A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e
reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o
Renascimento, esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre
o contexto histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo.
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é
A) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
B) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano
II.
C) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros
cristãos.
D) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de
poderes que tivera Carlos Magno.
E) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções
cinematográficas de Hollywood.

10. (ENEM 2008)


A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento
das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na
cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite,
e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias,

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cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram
tantos que todos achavam que era o fim do mundo."
Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky, The Black
Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações).

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa


durante parte do século XIV, sugere que
A) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
B) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico.
C) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram
poucas e identificáveis.
D) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.
E) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem
enterrados.

11. (ENEM 2006)


Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas,
trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor,
o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá os cristãos tinham
sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes
celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza
ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a
escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele
lugar, tinha ficado sem sepultura.
J. F. Michaud. História das cruzadas. São Paulo: Editora das Américas, 1956 (com
adaptações).
Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj*
se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez
que falam nisso; seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles
guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante,
desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as
mesquitas.
*franj = cruzados.
Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes. 2a ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com
adaptações).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das Cruzadas.

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I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no período medieval -,


mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período
histórico.
II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante
a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum
entre adversários.
III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as
disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com
base na ideia do respeito e da tolerância cultural e religiosa.

É correto apenas o que se afirma em


A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.

12. (ENEM 2002)


O ano muçulmano é composto de 12 meses, dentre eles o Ramadã, mês sagrado para os
muçulmanos que, em 2001, teve início no mês de novembro do Calendário Cristão, conforme
a figura que segue.

Considerando as características do Calendário Muçulmano, é possível afirmar que, em 2001,


o mês Ramadã teve início, para o Ocidente, em
A) 01 de novembro.
B) 08 de novembro.
C) 16 de novembro.
D) 20 de novembro.
E) 28 de novembro.

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13. (ENEM 1999)


Considere os textos a seguir.
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para
que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão
que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as
relações entre fé e razão, 1998)

As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.


(São Tomás de Aquino-pensador medieval)
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino,
refletindo a diferença de épocas.
B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão
natural acima da fé.
C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não
tem relação com o pensamento filosófico.
E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os
pensamentos sobre fé e razão.

14. (FGV 2016)


Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a
Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no
sul e princípios do XVI no centro e no norte.
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense,
2001, p. 46.
A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto afirmar que
A) a crise manifestara-se desde o século XI e caracterizou-se pela queda demográfica
acentuada e pela desorganização das atividades agrícolas e manufatureiras da Europa latina.
B) a falta de moedas e a ausência de minas na Europa provocaram a paralisação das
atividades mercantis e levaram à total desarticulação do feudalismo a partir do século XIV.
C) estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas são fatores que
explicam a depressão econômica que marcou a Europa ocidental a partir do século XIV.

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D) a crise foi provocada pelas divisões internas da Igreja de Roma, às quais se somariam os
conflitos com o Sacro Império Romano Germânico, levando a uma desorganização política da
Europa ocidental.
E) a depressão econômica foi causada pela expansão muçulmana na Península Ibérica, uma
das áreas que haviam impulsionado o desenvolvimento econômico da cristandade ocidental.

15. (FGV 2016)


E à à à à à à à à à à à à à à à
recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana,
provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta.
(...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas
africanas, (...) associava as histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina,
na existência de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século
XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à
tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de

(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)

Considerando o trecho e os conhecimentos sobre a história da África, é correto afirmar que:


A) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu
poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de
sofrer forte concorrência do cristianismo.
B) a presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em
ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos,
onde ocorreu violenta imposição religiosa.
C) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais
marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono
das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
D) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa
religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou
facilitou uma convivência relativamente harmônica.
E) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais
lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas,
não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.

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16. (FGV 2015)


A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o
antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p.
140.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse
respeito é correto afirmar:
A) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as
formações sociais dos guerreiros germânicos.
B) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de
intersecção com a sociedade romana.
C) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir
das invasões germânicas dos séculos IV a VI.
D) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que
permitiram a síntese social com os romanos.
E) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas
fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.

17. (FGV-RJ 2015)


Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica
possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo
apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o
que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes
participantes ultramontanos da luta anti-moura na Península.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros. Feudo-clericalismo e religiosidade
em Castela Medieval. São Paulo: Hucitec, 1990, p. 161.
Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de:
A) um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações foram semelhantes
àquelas que estimularam a ação dos cristãos durante as Cruzadas.
B) um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos, interessados em se apropriar das
riquezas e rotas mercantis do mundo islâmico.
C) um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais cristãs e estimuladas
pelo avanço científico precoce da Península Ibérica.
D) uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o intuito de anexar a
Península Ibérica e reestruturar o antigo Império Carolíngio.

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E) um movimento essencialmente religioso que visava a combater o fanatismo muçulmano e


estabelecer monarquias cristãs que respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica.

18. (FGV 2014)


[A crise] do feudalismo deriva não propriamente do renascimento do comércio em si mesmo,
mas da maneira pela qual a estrutura feudal reage ao impacto da economia de mercado. O
revivescimento do comércio (isto é, a instauração de um setor mercantil na economia e o
desenvolvimento de um setor urbano na sociedade) pode promover, de um lado, a lenta
dissolução dos laços servis, e de outro lado, o enrijecimento da servidão. (...) Nos dois
setores, abre-se pois a crise social.
(Fernando A. Novais, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. p. 63-4)
Segundo o autor,
A) a crise foi provocada pelo impacto do desenvolvimento comercial e urbano na sociedade,
pois, na medida em que reforça a servidão, origina as insurreições camponesas e, quando
fragiliza os vínculos servis, provoca as insurreições urbanas.
B) a crise do feudalismo nada mais é do que o marasmo econômico provocado pela queda da
produção, uma vez que há um número menor de camponeses livres, o que leva à crise social
do campo, prejudicando também a nobreza.
C) a crise foi motivada por fatores externos ao feudalismo, isto é, o alargamento do mercado
pressiona o aumento da produção no campo e na cidade, o que leva à queda dos preços e às
insurreições camponesas e urbanas.
D) o desenvolvimento comercial e urbano em si não leva à crise, pois o que deve ser levado
em consideração é a crise social provocada pelo enfraquecimento dos laços servis, tanto no
campo como na cidade.
E) as insurreições camponesas e urbanas são as respostas para a crise feudal, pois a servidão
foi reforçada tanto no campo como na cidade, garantindo a sobrevivência da nobreza por
meio do pagamento de impostos.

19. (FGV 2013)


Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade,
esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de
Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e
venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de
julho de 1099. Assistimos, então, à pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população.
Depois do regresso dos cruzados ao Ocidente, a posse de Jerusalém torna-se precária.
T àG à D à à à à à àO à à àO àI àá àM -B àD à à
outros, As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22.

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O texto acima refere-se à:


A) terceira Cruzada e revela os interesses bizantinos nessa expedição.
B) Reconquista Ibérica e apresenta as motivações religiosas dessa empreitada.
C) sétima Cruzada e demonstra a forte presença da monarquia francesa.
D) primeira Cruzada e revela a forte religiosidade da peregrinação armada.
E) quarta Cruzada e revela a participação exclusiva dos fiéis franceses.

20. (G1 - ifsul 2016)


M àretirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida,
começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a

(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd.
p.58)
Em 622, ocorreu a Hégira, que significou para o mundo islâmico,
A) o nascimento de Maomé e a chegada dos muçulmanos na África.
B) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Yatreb.
C) o casamento de Maomé com Khadija e a retomada de Meca.
D) a ocupação da península Ibérica pelos muçulmanos.

21. (PUC-PR 2016)


O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário religioso
e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos de
moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os
muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os
muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo.
Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa força
poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto,
seus sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas
dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.

É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são:


A) Monofisistas e nestorianos.
B) Monofisistas e maronitas.
C) Sunitas e xiitas.

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D) Otomanos e assírios.
E) Xiitas e politeístas.

22. (UPE-SSA 1 2016)


Um texto bastante famoso produzido na Idade Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois e
dos cães à à à áà à à à à à à à à à à à à à à à
terra, a dos cães defender os carneiros e os bois. Se cada um cumprir sua missão, Deus
protegê-la-á. Do mesmo modo, fez com os homens: instituiu os Clérigos e os Monges para
que rezassem, plenos de doçura, como ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar
a subsistência, e os guerreiros para que defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os
à à à à à à à
(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1984, vol. 2, p.
10, adaptado).
Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade Feudal se dividia em três
ordens principais, registradas na alternativa
A) Os religiosos (os carneiros), os trabalhadores (os bois) e os guerreiros (os cães).
B) Os mercadores (os bois), os clérigos (os cães) e os guerreiros (os carneiros).
C) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e os nobres (os carneiros).
D) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e a corte (os carneiros).
E) Os homens (os cães), as mulheres (os carneiros) e os religiosos (os bois).

23. (G1 - UTFPR 2016)


A produção feudal era agrícola, sendo a terra sua principal fonte de riqueza. O sistema
comunitário de cultivo reduzia o interesse por inovações técnicas, por isso, qualquer nova
forma de trabalhar a terra, exigia a aprovação de toda a aldeia. Além disso, todo aumento da
produção correspondia a mais tributos a serem pagos ao senhor feudal, desestimulando a
produção excedente pelos servos.

Entre os muitos impostos que estes pagavam, um deles era a corveia, que consistia em:
A) dias de trabalho no manso senhorial.
B) dias em que só se produzia artesanato.
C) parte dos alimentos produzidos no manso servil.
D) produção destinada à Igreja.
E) parte dos alimentos produzidos nos feriados e dias santificados.

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24. (UCS 2016)


Sobre a Igreja Católica, durante o Período Feudal, é correto afirmar que
A) a produção cultural, o comportamento e, sobretudo, a ordem social, através do controle
da fé, normatizava os costumes.
B) a figura do Papa, líder político mais influente durante toda a Idade Média, garantia a
centralização do poder.
C) a unificação da religião no Oriente e no Ocidente foi uma imposição apoiada pelo regime
político em todo território.
D) a crença difundida era a de que as pessoas obtinham a salvação espiritual pela
predestinação, ou seja, desde o nascimento os fiéis estavam destinados à salvação ou à
condenação eterna, independente de suas obras no mundo material.
E) a necessidade da participação em apenas dois sacramentos, o batismo e a eucaristia, era
um preceito para seus milhares de seguidores.

25. (UEMA 2015)


No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever sobre a fórmula da
fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis princípios:
proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção, quer dizer, nada deve
ser feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo. Segurança, nada em prejuízo da
residência onde ele habita ou de suas fortalezas nas quais ele possa se achar. Honra, quer
dizer, nada em detrimento de sua justiça ou do que possa sua honra depender. Interesse,
quer dizer, nada que possa prejudicar suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o
bem que o senhor possa fazer não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo
tornado impossível (...)
Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de produção
feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às relações
sociais entre
A) patrícios e plebeus na Antiguidade.
B) suseranos e vassalos na Idade Média.
C) proprietários de terras e escravos no Brasil Colonial.
D) burgueses e classe trabalhadora na sociedade industrial.
E) latifundiários e camponeses na América Contemporânea.

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26. (G1 - IFSP 2016)


Segundo o historiador Demant à à àM à à à à à à à
esposa e alguns amigos. Seu primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente para
irritar a elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada pela insistência
de Maomé em destruir as imagens dos deuses politeístas. A repressão contra essa pequena e
primeira comunidade muçulmana o levou a fugir com seus seguidores, no ano de 622 d.C,
para outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb, desde então nomeada de Al-
Medina (a Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte de Meca.
(DEMANT, Peter. O Mundo Muçulmano. São Paulo: Contexto, 2011, p. 26).

Com base na situação descrita sobre a fuga do fundador do islã, o Profeta Maomé, é correto
o que se afirma em:
A) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca o início do calendário
muçulmano.
B) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao dia) e marca o início do
calendário muçulmano.
C) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o início do calendário
muçulmano.
D) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã - mês de jejum, entendido como
purificação e ascese para Deus) e marca o início do calendário muçulmano.
E) Sua fuga é conhecida como a shahada (testemunho é a confissão que efetua a
conversão) e marca o início do calendário muçulmano.

27. (Espcex (Aman) 2016)


Os fragmentos de texto abaixo foram extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem
à Igreja Medieval.
I. Pouco a pouco, à I à à à à à à à à à àI à
M à à à à à à à à
II. Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento em abadias e de votos
de castidade, pobreza e silêncio. Com o tempo, num mundo em que uma restrita minoria era
alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos principais centros da
cultura letrada.
III. Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a sociedade, a terra, a
administração e a exploração das riquezas.
IV. A proibição de casamento rigorosamente aplicada a partir do Século XI liberava os padres
dos compromissos conjugais e contribuía, além disso, para a manutenção do patrimônio
eclesiástico feudal, ao evitar a divisão entre possíveis herdeiros dos membros do clero.

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Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao


A) poder temporal, clero secular, clero regular e celibato clerical.
B) celibato clerical, clero regular, clero secular e poder temporal.
C) clero secular, celibato clerical, poder temporal e clero regular.
D) poder temporal, clero regular, clero secular e celibato clerical.
E) clero regular, clero secular, poder temporal e celibato clerical.

28. (Unesp 2016)


Os mosteiros eram em à à à à à à à à à à à
perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais
abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos
avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de
um projeto de perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.
G àD à áà à à à à à àF à História da vida
privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)
áà à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à à :
A) valorizar a vida privada, participar ativamente da vida política e combater o mal.
B) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos
vivos.
C) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do
mundo.
D) identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar
a tradição escolástica e agir de forma ética.
E) reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos
fiéis e dos infiéis.

29. (Unicamp 2016)


Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a
uma paróquia rural.
V à à à à à àI à à à à à à à à à à à
remissão dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que
há infelizes que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados
sortilégios: recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos,
à à à

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(Fonte:
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php?option=co_content&view=article&id=1
397:sao-cesario-de-arles-sermao-13-parauma-paroquia-rural&catid=28: outros-
artigos&Itemid=285.)
A partir desse sermão, escrito no sul da atual França, é correto afirmar que:
A) A Igreja Católica assumia funções espirituais e deixava à nobreza o cuidado da saúde dos
camponeses, através de ordens religiosas e militares.
B) O cristianismo tinha penetrado em todas as categorias sociais e era interpretado da
mesma forma através da autoridade dos bispos.
C) Práticas consideradas menos ortodoxas por Cesário de Arles ainda encontravam espaço
em setores da sociedade e a elite da Igreja tentava se afirmar como o único acesso ao
sagrado.
D) O avanço do materialismo estava afastando da Igreja os camponeses, que, com isto,
deixavam de pagar os dízimos eclesiásticos.

30. (PUC-SP 2016)


áà à à à à à à à à à à à
pesquisador atual as informações que ele busca claro que com um objetivo totalmente
diferente. Mas, enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes tive a impressão de
estar postado atrás dos juízes para espiar seus passos, esperando, exatamente como eles,
que os supostos culpados se decidissem à à à à
Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 283-284.
Adaptado.
O texto aponta semelhanças entre a expectativa do inquisidor, que colhia os depoimentos
daqueles que eram julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do pesquisador, que, séculos
depois, analisa os processos inquisitoriais. O de cada um
deles pode ser assim caracterizado:
A) enquanto o inquisidor desejava salvar a alma do acusado, por meio da expiação de seus
pecados, o pesquisador consegue descobrir, no depoimento, a verdade completa e absoluta
sobre o período.
B) enquanto o inquisidor ampliava os limites da fé cristã, ao perdoar os erros do acusado, o
pesquisador consegue identificar a fé superior do membro da Igreja e os pecados cometidos
pelos réus.
C) enquanto o inquisidor pretendia obter, do acusado, uma confissão ou o reconhecimento
de culpa, o pesquisador deseja encontrar, no processo, indícios que o ajudem a compreender
aquela experiência histórica.

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D) enquanto o inquisidor assumia uma atitude de tolerância e respeito perante o acusado, o


pesquisador penetra indevidamente na intimidade dessas duas pessoas.

31. (Unesp 2016)


Examine a iluminura extraída do manuscrito Al-Maqamat, de Abu Muhammed al-Kasim al-
Hariri, 1237.

A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos desenvolvidos no mundo árabe-
islâmico durante a Idade Média e revela
A) a inexistência de instrumental médico nas sociedades islâmicas, que impediam qualquer
tipo de corte nos corpos.
B) a preparação do cadáver feminino para a cremação, principal culto funerário desenvolvido
nas sociedades islâmicas.
C) a condenação imposta pelas autoridades religiosas islâmicas às pessoas que cuidavam de
doentes e mulheres grávidas.
D) o desenvolvimento da medicina nas sociedades islâmicas, o que permitiu avanços, como a
descrição da varíola e o emprego de anestesia em cirurgias.
E) o repúdio, nas sociedades islâmicas, à representação do nu feminino, o que provocou
sucessivas punições civis e religiosas a artistas.

32. (Unesp 2016)


Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O
primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo,
a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se
à à à à à à à à àD à à à à -se na
boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes muito simples e, por isso mesmo,

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eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas os gestos


que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)

O texto e a imagem referem-se à cerimônia que


A) consagra bispos e cardeais.
B) estabelece as relações de vassalagem.
C) estabelece as relações de servidão.
D) consagra o poder municipal.
E) estabelece as relações de realeza.

33. (Unesp 2015)


Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito
frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário,
para responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda
à à à à à
GOFF, Jacques Le. Em busca da Idade Média, 2008.
Segundo o texto, o sistema de feudos:
A) representa a unificação nacional e assegura a imediata centralização do poder político.
B) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável
para a destruição dos poderes políticos.
C) impede a manifestação do poder real e elimina os resquícios autoritários herdados das
monarquias antigas.

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D) constitui um novo quadro de alianças e jogos políticos e assegura a formação de Estados


unificados.
E) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de
uma nova ordem política.

34. (Unesp 2015)


Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e
que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes.
Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento
regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de
organização.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)

O texto revela, em relação à Idade Média ocidental,


A) o prevalecimento de uma mentalidade fortemente religiosa, indicativa da força e da
influência do cristianismo.
B) a consciência da própria gênese e origem, resultante das pesquisas históricas e científicas
realizadas na Grécia Antiga.
C) o esforço de compreensão racionalista dos fenômenos naturais, base do pensamento
humanista.
D) a construção de um pensamento mítico, provavelmente originário dos contatos com povos
nativos da Ásia e do Norte da África.
E) a presença de esforços constantes de predição do futuro, provavelmente oriundos das
crenças dos primeiros habitantes do continente.

35. (G1 - IFSP 2014)


Analisando as condições de trabalho da Europa medieval, o historiador Marc Bloch afirmou:
O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser humano que, fosse ele
para onde fosse, esse laço o seguia e se imprimia à sua descendência. Essas pessoas, para
com o senhor, não estavam obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços.
Deviam-lhe também auxílio e obediência, e contavam com a sua proteção.
(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-295. Adaptado)
De acordo com o texto, é correto afirmar que a servidão na Europa medieval
A) baseava-se na cobrança de taxas e no trabalho em troca de proteção e moradia.
B) organizava a produção monocultora de exportação que predominava no período.

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C) proporcionava ampla mobilidade social para os servos e seus descendentes.


D) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos feudos.
E) impedia a circulação dos trabalhadores nas lavouras dos territórios senhoriais.

36. (UFJF-PISM 1 2016)


Leia:
Oà à à à à à à à àP suíram, em relação ao
antigo Império Romano, caracteres comuns (elementos de permanência), bem como, outros
que os individualizaram (elementos de ruptura). Houve a convivência entre o germano e o

(GUERRA MARTINS. M. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1997. p. 17.)

A partir da leitura do trecho acima, marque a opção CORRETA sobre o contexto do período
inicial da Idade Média (entre os séculos V e VII):
A) Igreja Católica teve sua influência política e socioeconômica enfraquecida devido a sua
forte relação com o Império Romano que não existia mais.
B) Os Estados organizados pelos invasores bárbaros se caracterizavam por uma forte
estabilidade política e por fronteiras territoriais bem definidas.
C) Com a diminuição de fatores que geravam o aumento da mortalidade, como guerras,
epidemias e fome, ocorreu uma alta demográfica populacional.
D) A sociedade vivenciou um processo de desmilitarização com a diminuição contínua da
importância dos exércitos controlados pelos grandes proprietários de terras.
E) A produção econômica concentrava-se fortemente em atividades rurais desenvolvidas em
grandes propriedades que visaram à autossuficiência.

37. (Espcex (Aman) 2016)


Os últimos anos do século X foram marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das
invasões bárbaras e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram
estabilidade e crescimento demográfico. A partir do século XI, o continente experimentaria
profundas transformações que levariam ao que se conhece como Renascimento Comercial.

Com relação ao acima exposto, é correto afirmar que


A) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade material, o que levou ao
incremento de práticas comerciais.

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B) o restabelecimento de rotas comerciais com a Oceania favoreceu o estabelecimento de


novas empresas de comércio na Europa.
C) os avanços tecnológicos elevaram a quantidade da produção agrícola e o excedente passou
a ser vendido.
D) as Cruzadas impediram a circulação de mercadorias entre o Ocidente e o Oriente.
E) a intensificação do comércio provocou o enfraquecimento de feiras regulares nos
cruzamentos das rotas comerciais.

38. (UFJF-PISM 1 2016)


Observe a imagem a seguir.

Sobre o desenvolvimento urbano e comercial no Ocidente Medieval entre os séculos XII e XIII,
marque a alternativa INCORRETA:
A) Existia uma grande multiplicidade de moedas que circulavam paralelamente entre si,
sendo o cambista a principal figura responsável pelas conversões nas feiras.
B) A sociedade que se estruturava no meio urbano reproduzia predominantemente as
relações de dependência típicas do meio rural, como a vassalagem e a servidão.
C) A regulamentação da produção artesanal realizada nos espaços urbanos aumentava com a
criação das Corporações de Oficio em diferentes setores produtivos.
D) Diversas cidades se desenvolveram a partir do aumento da circulação de comerciantes em
torno de entroncamentos de estradas e em muralhas de castelos importantes.
E) As grandes rotas de comércio marítimo se concentravam no Mar do Norte e no
Mediterrâneo, com mercadorias vindas inclusive do Oriente, como a seda.

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39. (UFU 2016)


Mas o objetivo da produção, mesmo com meios modestos, não era um fim abstrato como
hoje, mas prazer e ócio. Esse conceito antigo e medieval de ócio não deve ser confundido
com o conceito moderno de tempo livre. Isso porque o ócio não era uma parcela da vida
separada do processo de atividade remunerada, antes estava presente, por assim dizer, nos
poros e nos nichos da própria atividade produtiva.
KURZ, Robert. A expropriação do tempo. Folha de São Paulo, 3 jan.1999. p. 5 (Adaptado).

A noção de tempo livre assumiu uma qualidade positiva distinta daquela de ócio, em função
de estar articulada a um conjunto de transformações socioeconômicas, localizadas a partir de
fins da Idade Média, e que se caracterizava
A) pelo incremento da produção agrícola para o mercado interno, responsável pelo chamado
renascimento feudal do século XV.
B) pela crescente mercantilização das terras da Igreja, cada vez mais alinhada com as
modernas concepções sobre o trabalho.
C) pela descentralização político-administrativa das emergentes monarquias nacionais, fator
de estímulo para o crescimento da produção mercantil.
D) pela aceleração das atividades urbanas e comerciais, com o crescimento da produção
mercantil e das camadas burguesas da sociedade.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da
mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa,
parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o
á à à à à à à à à à à
(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas
portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197)

40. (PUC-CAMP 2016)


Durante a Idade Média, havia um imaginário vinculado às cruzadas, pautado pela concepção
de que
A) O à à à à à à à à à à à à à à
após a tomada da Península Ibérica, vinham impondo violentamente sua crença e cobrando
altos impostos a toda a cristandade.

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B) à à à à à à à à à à à à à à
esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o sacrifício humano fortaleceria a fé católica e
o poder do Papa.
C) a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que os cristãos deveriam
enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e outros castigos divinos não voltassem a incidir
sobre o Ocidente.
D) a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim de recuperar a Terra
Santa, assegurariam, a todos os participantes, o perdão de seus pecados e a purificação de
suas almas.
E) o enriquecimento obtido através de pilhagens deveria ser inteiramente destinado às
ordens mendicantes instaladas no Oriente e às famílias pobres muçulmanas como prova do
não apego aos bens materiais pela Igreja católica.

41. (UNESP 2015)

A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias


A) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas por portugueses e
espanhóis.
B) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante na erradicação do
protestantismo na Europa central.
C) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não tinha vínculo com a
perseguição e a punição dos hereges.
D) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de
serem encaminhados para a execução.
E) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos
romanos ou ortodoxos.

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42. (UFJF-PISM 1 2015)


Observe as figuras abaixo.

Dentre os objetivos que impulsionaram os homens medievais a empreender viagens rumo ao


Oriente, podemos destacar, EXCETO:
A) A libertação da Palestina que estava sob domínio muçulmano desde o século VII, já que
todo cristão era um vassalo de Deus e, portanto, deveria jurar fidelidade e lutar contra os
à à à à
B) Apesar da conquista de riquezas por meio de pilhagens aos muçulmanos, as Cruzadas não
obtiveram sucesso no que diz respeito ao domínio de territórios, já que os cruzados nunca
conseguiram dominar a Cidade Santa (Jerusalém).
C) O interesse em obter mercadorias raras no Ocidente, principalmente os produtos
conhecidos como especiarias, através do controle das rotas de comércio no mar
Mediterrâneo.
D) A necessidade de regular conflitos, desviando o espírito belicoso dos senhores feudais para
regiões sob ameaça do Islã, tal como observamos com o Império Bizantino, que recorre à
ajuda de cruzados para proteger suas fronteiras.
E) Os benefícios espirituais concedidos aos cruzados, tal como a indulgência plenária (perdão
dos pecados) dada àqueles que partissem em peregrinação rumo à Terra Santa para
combater os infiéis.

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43. (Fuvest 2015)


A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre
mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor,
frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos
à à à à à à à à à
GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.

O texto trata de um período em que:


A) os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e
econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
B) o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam
apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
C) o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores
urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
D) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição
da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
E) as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido
completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do
livre comércio.

44. (Mackenzie 2014)


Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu
sentimento de insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida
futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o concurso do
Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o
medo vencia a esperança. (Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.)
O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto
acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto.
A) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra constante, as invasões
bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de
punição divina aos pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval.
B) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval, levando a crenças
milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida ação da Igreja,
disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradicação das várias doenças que
afetam seus fiéis.

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C) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu das guerras
constantes entre nobres suseranos e servos vassalos, contribuindo para a emergência
de teorias milenaristas no continente.
D) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a demonização de
algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refeições, adquirido, por sua vez,
no contato com povos bizantinos.
E) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos predominava na
mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período, eram constantes os autos de
fé da Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo.

45. (G1 - CPS 2014)


Durante a Idade Média houve uma grande circulação de viajantes entre a Europa e o Oriente
Médio. Algumas dessas viagens eram peregrinações religiosas a locais considerados sagrados
como, por exemplo, a cidade de Jerusalém.
No início do século XI, entretanto, essa cidade estava sob o domínio dos muçulmanos, o que
não correspondia aos interesses da Igreja Católica, por isso, em 1095, o Papa Urbano II fez um
apelo à cristandade para que nobres e camponeses libertassem Jerusalém.
De acordo com as informações citadas, é correto afirmar que o apelo do Papa Urbano II deu
origem:
A) ao Renascimento.
B) ao Protestantismo.
C) à Inquisição.
D) à Contrarreforma.
E) às Cruzadas.

46. (Fatec 2014)


Nos séculos finais da Baixa Idade Média europeia, a economia de subsistência e de trocas
naturais tendia a ser suplantada pela economia monetária, a influência das cidades passou a
prevalecer sobre os campos, e a dinâmica de comércio levou à mudança e à ruptura das
corporações de ofício medievais.
(SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1988, p.5. Adaptado)

Analisando as transformações citadas, conclui-se, corretamente, que elas


A) evidenciaram o surgimento da nova classe social burguesa e a crise do sistema feudal.
B) fortaleceram a Igreja Católica, que incentivava a prática comercial no período medieval.

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C) prejudicaram a burguesia comercial e favoreceram os proprietários das terras feudais.


D) demonstraram a força do sistema feudal e dos mecanismos de subsistência no campo.
E) enfraqueceram os reis absolutistas que dominaram a Europa durante o período medieval.

47. (Unesp 2014)


Mais ou menos a partir do século XI, os cristãos organizaram expedições em comum contra os
à àP à à à à à à àC à à à à
ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Média tiveram então o
sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituições, de crenças e de hábitos: a
cristandade.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Segundo o texto, as cruzadas
A) contribuíram para a construção da unidade interna do cristianismo, o que reforçou o poder
da Igreja Católica Romana e do Papa.
B) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na decorrente derrota e
submissão dos muçulmanos.
C) determinaram o aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma vez que a derrota dos
cristãos debilitou o poder político do Papa.
D) estabeleceram o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que ajudou a reduzir a
influência judaica e muçulmana na Palestina.
E) definiram a separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando funções e papéis diferentes
para os líderes políticos e religiosos.

48. (PUC-SP 2013)


Oà à àprodução feudal, tal como apareceu na Europa ocidental, deixava em geral aos
camponeses apenas o espaço mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro
à à à à à
Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo.
Porto: Afrontamento, 1980, p. 208. Adaptado.

O texto caracteriza o modo de produção feudal, destacando que


A) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social fosse atenuada pelas
amplas oportunidades de lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
B) as relações de suserania e vassalagem e o caráter rural do feudalismo eliminaram as
cidades e provocaram o declínio do comércio e das atividades de serviço.

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C) a possibilidade de melhoria da condição econômica dos camponeses era bastante restrita,


devido ao conjunto de obrigações que estes deviam prestar aos senhores.
D) as longas jornadas de trabalho nas lavouras e a ampla gama de impostos impediam os
camponeses de ascenderem socialmente e provocavam a ruína dos senhores de terras.
E) havia oportunidades de transformação social no feudalismo, embora os camponeses
raramente as aproveitassem, pois preferiam se dedicar prioritariamente ao trabalho.

49. (UPE-SSA 1 2016)

A imagem acima reproduz uma caricatura inglesa do século XIII e mostra Isaac Jurnett,
comerciante judeu, da cidade de Norwich, sendo questionado pelo diabo em pessoa, sob o
olhar vigilante e misterioso da Santíssima Trindade ao alto.

Nesse contexto, é CORRETO inferir que, na Idade Média,


A) havia grande preconceito contra judeus e comerciantes.
B) os comerciantes eram bem vistos como produtores de riquezas.
C) a Santíssima Trindade abençoava os judeus e os protegia do diabo.
D) os judeus eram aceitos como elementos ativos e participantes da comunidade feudal.
E) o comércio era uma atividade arriscada, por isso a vida dos comerciantes era um inferno.

50. (UPE 2015)


A Idade Média, quando se trata de dinheiro, representa, na longa duração da história, uma
fase de regressão. Nela, o dinheiro, é menos importante, está menos presente que no
Império Romano, e, muito menos importante do que viria a ser a partir do século XVI, e
especialmente do XVIII.

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(LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: Ensaio de Antropologia Histórica. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 10. Adaptado)

Sobre a temática e o período destacado no texto, assinale a alternativa CORRETA.


A) A economia medieval, em especial no período posterior ao século XIII, foi marcada por um
caráter natural, com atividades baseadas em trocas de produtos.
B) A Europa medieval, em decorrência do feudalismo, assistiu a um processo de
desmonetarização completa da sua economia.
C) Do século X mais ou menos até o fim do século XIV, quando o dinheiro recua, a circulação
de moeda na Europa conhece um recesso para depois começar um lento retorno.
D) A retração no fluxo de moedas no medievo não teve ligação direta com as crises
financeiras do Império Romano tardio.
E) O grande comércio com o Oriente manterá no Ocidente uma certa circulação em ouro, sob
a forma de moeda bizantina e muçulmana.

51. (UERN 2015)


Na Idade Média, um mesmo cavaleiro podia ser vassalo de um suserano e um suserano de
outro cavaleiro. O vassalo de um vassalo de determinado cavaleiro também era vassalo do
mesmo cavaleiro. E se um cavaleiro fosse vassalo de dois suseranos que entravam em
àN à à à à à à à à
(Vainfas, 2010.)
N à à à à à à à à à à à à à
A) a cerimônia de entrega, lealdade submissão de um vassalo a outro nobre que seria, então,
seu suserano.
B) o contrato estabelecido entre as partes, em que constavam os valores, prazos, direitos e
deveres de suseranos e vassalos.
C) o juramento feito diante de toda a comunidade medieval, que tornava suseranos e
à à à à à à
D) o feudo, na forma de terra, pensão, ou rendimento agrícola, recebido pelo suserano,
devido à gratidão do vassalo à sua pessoa.

52. (UECE 2015)


No início do século XIV, o fim da ordem templária marca um importante momento da
transição entre a primeira fase do feudalismo, caracterizada pela cultura cavalheiresca, e a

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segunda fase, caracterizada pela formação de uma forte burguesia mercantil. Sobre a ordem
templária, é correto afirmar que foi
A) uma comunidade monástica que, além de evangelizar, difundiu a cultura antiga por meio
do ensino do latim.
B) um grupo que manteve as estruturas de clãs familiares típicas das classes aristocráticas
romanas.
C) uma das quatro ordens religiosas organizadas na época das cruzadas para libertar a Terra
Santa.
D) um grupo de mercadores que partiu em viagem para o Extremo Oriente através do
caminho da seda.

53.
Sabe-se que o feudalismo resultou da combinação de instituições romanas com instituições
bárbaras ou germânicas. Indique e descreva no feudalismo uma instituição de origem:
a) romana.
b) germânica.

54.
"Guerra proclamada pelo Papa em nome de Cristo e travada como iniciativa do próprio Cristo
para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade contra inimigos
externos. O movimento das Cruzadas era em certo sentido uma extensão da guerra que
estava sendo travada contra os muçulmanos na Espanha e na Sicília."
(LOYN, H.R. "Dicionário da Idade Média")
a) Cite uma motivação de ordem religiosa e outra de ordem socioeconômica para o início das
Cruzadas.
b) Cite e analise duas repercussões do movimento das Cruzadas para o ocidente medieval.

55.
"Em 1348 a peste negra invadiu a França e, dali para a frente, nada mais seria como antes.
Uma terrível mortalidade atingiu o reino. A escassez de mão-de-obra desorganizou as
relações sociais e de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas exigências.
Um rogo foi dirigido a Deus, e também aos homens incumbidos de preservar Sua ordem na
Terra. Mas foi preciso entender que nem a Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não
era isso uma prova de que nada valiam? De que o pecado dos governantes recaía sobre a
população? Quando o historiador começa a encontrar tantas maldições contra os príncipes,

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novas formas de devoção e tantos feiticeiros sendo perseguidos, é porque de repente


começou a se estender o império da dúvida e do desvio."
(Adaptado de Georges Duby, "A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a
Joana D'arc". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)

a) A partir do texto, identifique de que maneira a peste negra repercutiu na sociedade da


Europa medieval, em seus aspectos econômico e religioso.
b) Indique características da organização social da Europa medieval que refletiam a ordem de
Deus na Terra.

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1. Alternativa B 18. Alternativa A 35. Alternativa A


2. Alternativa D 19. Alternativa D 36. Alternativa E
3. Alternativa A 20. Alternativa B 37. Alternativa C
4. Alternativa C 21. Alternativa C 38. Alternativa B
5. Alternativa A 22. Alternativa A 39. Alternativa D
6. Alternativa A 23. Alternativa A 40. Alternativa D
7. Alternativa A 24. Alternativa A 41. Alternativa D
8. Alternativa C 25. Alternativa B 42. Alternativa B
9. Alternativa A 26. Alternativa C 43. Alternativa A
10. Alternativa A 27. Alternativa D 44. Alternativa A
11. Alternativa D 28. Alternativa C 45. Alternativa E
12. Alternativa C 29. Alternativa C 46. Alternativa A
13. Alternativa E 30. Alternativa C 47. Alternativa A
14. Alternativa C 31. Alternativa D 48. Alternativa C
15. Alternativa D 32. Alternativa B 49. Alternativa A
16. Alternativa A 33. Alternativa E 50. Alternativa C
17. Alternativa A 34. Alternativa A 51. Alternativa A
52. Alternativa C

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem querido aluno. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou praticar
todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la.
Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe alto, pois
à à à à à à à à à à à àT à à nossa
próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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