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Aula 07
SUMÁRIO
O choque de civilizações:
2. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS.
As invasões inglesas não são muito destacáveis pois não passaram de atividades de piratas
ou corsários que pouco frequentaram aqui. Com os Franceses foi diferente pois havia um projeto
de exploração e colonização que queriam implantar.
As Invasões Francesas:
O litoral brasileiro era bastante frequentado por
à à à à Piratas e corsários são
coisas diferentes? à“ à àAparentemente são a mesma
coisa. Capitães de navios que atacavam frotas mercantes
para pilhá-las. Mas enquanto a pirataria era uma atividade
marginal e individual e o sujeito é um saqueador, o
C à à à à à“ à à à à à
documento do Estado chamado Carta de Corso, ele se
transforma no corsário. Pode saquear e derrubar navios,
desde que inimigos da coroa francesa, ou seja: navios
espanhóis, portugueses e ingleses.
A França realizou duas invasões ao Brasil. A
primeira no Rio de Janeiro e a segunda no Maranhão. A
primeira invasão ocorreu entre 1555 e 1558 na Baia da
Guanabara, no Rio de Janeiro. Um grupo de hunguenotes
(calvinistas) tentavam fugir das perseguições religiosas na
Europa. Vieram sob o comando de Villegagnon e
Almirante Coliny. Fundaram um forte militar e iniciaram
uma colônia: A França antártica. Foram expulsos pelo
Governador Geral, Mem de Sá em 1560. O tempo todo de
permanência exploraram ativamente as madeiras do
litoral. A Segunda invasão foi em 1612 no Maranhão onde
fundaram a cidade de São Luiz. Criaram a França
equinocial. Nas duas tentativas se associaram aos
indígenas contra os portugueses. Foram expulsos do
Maranhão em 1615.
Em 1578 Portugal passou por uma profunda crise sucessória que fará com que seja anexado
pela Espanha.
O rei português D. Sebastião, imbuído de uma grande motivação religiosa de expansão do
cristianismo, empreendeu uma invasão ao Norte da África, no Marrocos, com objetivo de expulsar
os árabes da região. Morreu na batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião, muito jovem, não deixou
herdeiros, e assumiu o trono seu tio-avô, o velho cardeal D. Henrique, com mais de 80 anos, que
por sua vez faleceu em 1580. Com a morte de D. Henrique chega ao fim o domínio da Dinastia de
Avis.
Desde a morte de Dom Sebastião, passou a ocorreu uma manifestação popular conhecida
como sebastianismo. Surgiu o mito de que o rei morto retornaria triunfante, como um
messias salvador, para retirar Portugal da crise.
Vários pretendentes se candidataram ao trono vago. O mais poderoso pretendente era o rei
da Espanha Felipe II, que subornou vários nobres portugueses e ocupou militarmente o território
português, anexando-o. Assim de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser também rei de
P à à à à à à U àI àD à à à à à
Felipe II: a preservação da estrutura administrativa de Portugal e do exclusivismo comercial com as
colônias.
2.2.1. C U ão I
Com a União Ibérica, Portugal passou a ser controlado pela Espanha e herda seus inimigos.
No mesmo contexto, os holandeses, que eram parte do território do império espanhol estavam em
guerra de independência e se separaram. Fundaram assim em 1581 a União Utrecht (primeiro
nome da Holanda independente da Espanha). A Guerra de independência da Holanda teve
motivações religiosas. É uma região predominantemente composta por protestantes calvinistas e o
super católico Felipe II, encerrou a era de tolerância religiosa de seu país e passaram a ocorrer
violentas guerras religiosas. A Espanha para punir economicamente os holandeses, que eram
antigos parceiros econômicos dos portugueses em suas colônias no Brasil, África e Índia, os afasta
do comércio com o mundo colonial lusitano, principalmente do açúcar no nordeste brasileiro.
Todos os portos espanhóis, inclusive agora os brasileiros, estavam proibidos de comercializar com
os flamengos (holandeses).
Comentários
A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu filho Filipe II, uma possessão espanhola. Mas,
devido à forma de governo autoritária de Filipe II no século XVI, a burguesia holandesa
promoveu sua luta de independência. Em resposta a isso, Filipe II proibiu todas as possessões
espanholas de fazer comércio com a Holanda. Devido à ocorrência da União Ibérica, Portugal
e Brasil estavam incluídos nessa proibição.
Gabarito: A
Com o fim da União Ibérica, Portugal tratou de recuperar seus territórios coloniais e propôs
uma trégua de 10 anos para a desocupação holandesa do Nordeste.
A partir daí a Cia das Índias Ocidentais resolveu diminuir seus efetivos militares a fim de conter os
gastos. Nassau foi demitido e o novo governo tornou-se extremamente severo, sobretudo em
relação às dívidas dos senhores de engenho e o prazo para saldá-las. Muitas propriedades foram
confiscadas e a tolerância religiosa não era mais observada com os mesmos cuidados. As tensões
se acumularam e começaram a se manifestar na forma de rebeliões que se generalizaram, até que
eclodiu um processo de rebelião que vai expulsar os holandeses: A Insurreição Pernambucana. Os
colonos luso-brasileiros confrontaram os holandeses entre 1945 e 1954, quando finalmente são
expulsos. Portugal ainda pagou uma pesada indenização à Holanda e o comércio e produção de
açúcar foram profundamente prejudicados, pois, flamengos foram se instalar nas Antilhas (na ilha
de Curaçau, na América central) e se tornaram fortes concorrentes do Brasil no mercado
açucareiro. A produção de açúcar no caribe foi o início da decadência da nossa, pois o açúcar era
de melhor qualidade e muito mais próximo a Europa, barateando frete. Os holandeses passaram
a fornecer um açúcar melhor e mais barato.
4. A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO.
A expansão territorial foi motivada por fatores políticos, religiosos e econômicos:
Políticos: Com a União Ibérica (1580-1640) o tratado de Tordesilhas tornou-se obsoleto, e
colonos brasileiros ultrapassaram a fronteira.
Religiosos: As Missões Jesuíticas penetraram profundamente no território espanhol na
região sul e no vale do rio Amazonas.
Econômicos:
Pecuária. Era praticada no interior do país.
Bandeirantismo. Principais responsáveis pela interiorização do território
Mineração. Povoou o interior.
Depois de muitas disputas territoriais foi assinado em 1750 o Tratado de Madri que
estabelece as fronteiras atuais (com exceção do acre que foi incorporado em 1903). O grande
articulador do acordo com a Espanha foi o primeiro ministro português Marques de Pombal, que
governou a colônia entre 1750 e 1777 e o princípio jurídico que norteou as negociações foi o do
(o direito de posse é de quem usa). Os critérios que foram usados por Portugal
foram a presença de Igrejas portuguesas, a exploração econômica e o mapeamento do território.
Uma das consequências do tratado naquele contexto foram as Guerras Guaraníticas. A região sul
do Brasil era motivo de intenso litígio entre Portugal e Espanha. No tratado a região dos sete povos
das missões do Uruguai (missões jesuíticas) que ficariam no Brasil, e cederia a região de
Sacramento (na foz do rio da Prata). Isso envolveria o deslocamento de missões jesuíticas
espanholas para cá da fronteira, bem como milhares de indígenas e cabeças de gado. Os Jesuítas
uniram-se aos indígenas e passaram a combater as tropas portuguesas e espanholas que foram
designadas para garantir a saída dos Jesuítas. Os confrontos ocorreram entre 1753-1756 e foram
um dos motivos políticos que levaram Marquês de Pombal a expulsar a ordem dos Jesuítas do
Brasil em 1759, e em 1767 a Espanha fez o mesmo, acabando com o poderoso domínio das
missões jesuíticas nas colônias ibéricas. O território dos sete povos das missões, pouco depois em
1801, foi reincorporado ao território brasileiro.
O Tratado de Madri foi o mais importante de todos, principalmente porque depois dele as
alterações nas fronteiras do Brasil foram muito pequenas, colocou um limite à expansão
portuguesa nos territórios que, de acordo com o tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha. A
região amazônica foi ocupada pelos portugueses através de fortes militares e missões jesuíticas.
Ficou com a bacia amazônica e garantiu a sua posse sobre sua foz atlântica, mas ficou sem a foz do
rio da Prata, que ficou com a Espanha, onde ficava a colônia de Sacramento. Podemos sintetizar os
objetivos portugueses e espanhóis para negociar nos pontos seguintes:
Interesses portugueses:
1. Conseguir o equilíbrio entre as reivindicações sobre fronteiras coloniais, outorgando
uma parte maior da bacia amazônica à Portugal e do rio da prata à Espanha.
2. Garantir soberania indiscutível sobre os distritos de ouro e diamantes para a Coroa
Portuguesa.
3. Garantir a fronteira sulina do Brasil pela conservação do Rio Grande do Sul e pela
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rio Uruguai.
4. Garantir a fronteira ocidental do Brasil e a comunicação fluvial com Maranhão-Pará,
certificando-se de que a navegação pelos rios amazônicos Tocantins, Tapajós e Madeira
permanecessem em mãos portuguesas.
Interesses espanhóis:
1. Deter o avanço dos portugueses para o Oeste, pois este já se tinha estendido por grande
parte do que, em teoria, era território espanhol, embora constasse principalmente de
mata virgem.
2. Garantir a colônia de Sacramento, na foz do rio da Prata, que funcionava como porta
dos fundos para o comércio ilegal de portugueses e contrabando de ingleses como o
vice-reino do Peru, o que tornava Buenos Aires perigosamente exposta à invasão
estrangeira.
3. Sabotar alianças entre contrabandistas ingleses e portugueses, e facilitar a união com
Portugal para combater as ambições inglesas na foz do rio da Prata.
à à à à à àà à à à à à à à à àáà à
dos indígenas e jesuítas culminou com as Guerras Guaraníticas .
1801: Tratado de Badajós. Retorna aos limites do sul estabelecidos pelo tratado de
Madri. Sacramento ficou para a Espanha e os sete povos para Portugal.
Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII,
é incorreto afirmar que favoreceram:
A) o enfraquecimento do mercado interno.
B) a integração econômica da colônia.
C) o povoamento da região das minas.
D) a conquista do Brasil central.
E) o desenvolvimento urbano.
Comentários
A mineração proporcionou o povoamento da região das minas, promovendo a urbanização e
o desenvolvimento do mercado interno, até então inexistente.
Gabarito: A
C) a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de Fundição, no final do século
XVII, onde o ouro era fundido em barras timbradas com o selo real, embora a circulação do
ouro em pó ainda fosse permitida.
D) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de
fiscalizar se o pagamento do quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem
de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas para as Minas.
E) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada
um de seus escravos, do qual ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos.
Comentários
Devido ao contrabando existente na região, o governo metropolitano precisava impor um
controle rígido, inclusive nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C], já que
a primeira parte está correta, mas o final da opção contém um equívoco: a circulação do ouro
em pó também foi proibida com a criação das Casas de Fundição.
Gabarito: D
Durante a mineração, floresceu a arte Barroca e Rococó, cujo principal nome é Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São estéticas artísticas profundamente influenciadas pela
religiosidade católica, e caracterizada principalmente pelas igrejas e imagens sacras. Foi a
expressão do mundo urbano colonial, como era regra, profundamente religioso.
O museu da inconfidência, na Praça Tiradentes, atual Ouro Preto. Era o prédio da câmara municipal de Vila Rica. Sua parte inferior (na altura da
escadaria) era a prisão, em que Tiradentes foi preso antes de sua decapitação no RJ.
A Igreja de São Francisco de Assis. Seu traço arquitetônico e seu interior é atribuído a aleijadinho. É o principal elemento arquitetônico que
simboliza o Barroco/Rococó. Um registro da riqueza das irmandades religiosas mineiras.
Observe atentamente as imagens. Elas são representações artísticas de práticas sociais que ocorriam no país. Essas imagens já foram objetos de
T uês tinham
práticas que podemos considerar bárbaras, como o esquartejamento e a exposição dos membros.
Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o símbolo de um ciclo econômico. Cada vez mais a pesquisa
histórica mais recente combate a ideia de ciclos econômicos, pois podem passar a ideia errônea de
uma economia monoprodutora. Na colônia éramos, sem dúvida, dependentes do açúcar, pois leis
portuguesas proibiam o cultivo de qualquer produto que não fosse à cana, a 100 km do litoral. Mas
as pesquisas atuais apontam para uma economia mais diversificada que se imaginava, pois no
século XVII era também o maior fornecedor de tabaco e algodão para empresas europeias. Mas
durante a mineração o termo ciclo não é inadequado. Durou pouco mais de 70 anos, a partir daí as
reservas se esgotam e vêm vários conflitos com a metrópole, o mais importante deles, a
inconfidência mineira.
A civilização do ouro era essencialmente urbana então o comércio era muito importante. O
preço do ouro caiu (lei da oferta e da procura) então a prata passou a ser mais valiosa em alguns
momentos e o preço do alimento era altíssimo. A paisagem era toda desordenada e sem
saneamento adequado. Uma modalidade diferente de escravidão surgiu ali: O escravo de ganho.
Eles pertenciam a algum comerciante e eram vendedores ambulantes. Com o tempo de trabalho
compravam sua alforria. Muito africanos conseguiram sua alforria e de descendentes de suas
tribos. Alguns chegaram a enriquecer, apontam novas pesquisas.
Quem foi o maior beneficiário do ouro brasileiro? A Inglaterra. Portugal encontrava-se
muito endividado com os ingleses, de tal modo que os carregamentos de ouro chegavam em
Portugal e nem eram descarregados: Somente realizavam a contabilidade e o navio seguia para
Inglaterra. A origem desta dívida foi um tratado comercial de 1703, o tratado de Methuen, mais
conhecido como tratado dos panos e vinhos. Os produtos importados por Portugal eram
manufaturados de maior valor agregado enquanto exportava vinhos e outros produtos artesanais,
com baixo valor agregado. Em pouco tempo surgiu uma dívida gigantesca, tornando a economia
lusitana dependente da britânica que acumulou capitais para industrializar-se, enquanto Portugal
continuou um império comercial e agrário, dependente de tecnologia externa.
Gabarito: B
As revoltas nativistas foram provocadas pela insatisfação das elites coloniais contra o
monopólio comercial da metrópole e disputas por território como a guerra dos emboabas. Não
pretendia a independência de Portugal, mas flexibilizações no pacto colonial e contra os altos
impostos.
Principais razões:
Monopólio português do comércio de mercadorias (pacto colonial).
Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes.
Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.
Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro
realizada pelos colonos brasileiros.
Exploração colonial praticada por Portugal.
Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.
Comentários
F à à à à à à à à à à
do Brasil, rejeitando o pacto colonial que caracterizava o domínio português. Os dois
movimentos foram influenciados pelo iluminismo, e defendiam um modelo republicano para
o país livre. Enquanto o movimento baiano teve forte presença popular e defendeu o fim da
escravidão, o movimento mineiro foi elitizado e se omitiu frente à questão do escravismo.
Gabarito: C
7. O PERÍODO POMBALINO.
Corresponde ao período do governo do primeiro ministro português Marques de Pombal
entre 1750 e 1777. Era um déspota esclarecido, ou seja, era representante de um poder
absolutista, mas influenciado pelas ideias liberais do iluminismo. Pretendia dinamizar a economia
da colônia, e aumentar a arrecadação portuguesa, bem como aumentar o controle metropolitano.
Criou companhias de comércio colonial no Grão Pará (Amazônia), Pernambuco e
Paraíba.
Extinguiu a capitação (imposto sobre escravos nas minas) e decretou a derrama.
Tratado de Madri.
Transferência da capital de Salvador para o RJ.
Liberação de Manufaturas.
Expulsão dos Jesuítas.
Proibição da escravidão indígena.
Extinção das capitanias hereditárias.
Pombal teve um governo determinante para Portugal. Em 1755 ocorreu o terremoto de
Lisboa, que destruiu a capital. Reconstruiu a cidade e as regiões destruídas, organizou a
administração colonial tirando a influência jesuítica, promoveu o fim das capitanias e o mais
importante: a liberação das manufaturas, que eram expressamente proibidas desde o início da
colonização, pelo pacto colonial. Apesar de sua importância, não gozava de popularidade entre a
nobreza e era protegido do rei. Seu governo teve fim com a morte do rei Jaime I que foi sucedido
pela rainha Maria, conhecida como a louca, por apresentar sinais de demência. Ela revogou todas
as medidas tomadas por Pombal, o que ficou conhecido como a viradeira.
No final do século XVIII, o antigo sistema colonial apresentava sinais de desgaste, e o
contexto político europeu era de revoluções que combatiam o antigo regime e,
consequentemente, o sistema colonial então vigente. Em 1808, para escapar das ameaças
francesas de Napoleão Bonaparte (desfecho da revolução francesa) a corte portuguesa foi
transferida para o RJ dando início ao processo de independência do Brasil.
Invasões Francesas:
- O rei da França não reconheceu o tratado de Tordesilhas.
- Corsário. Carta de corso: piratas oficiais da coroa.
- Pirataria do Pau-brasil.
- Alianças com os indígenas: Confederação dos Tamoios.
- 1555: Invasão do RJ França antártica huguenotes expulsos por Mem de Sá.
- 1612: Invasão do Maranhão França equinocial São Luiz.
Invasões Holandesas:
- Crise sucessória e União Ibérica (1580-1640). A linha de Tordesilhas ficou obsoleta com a
união.
- Espanha e Holanda são inimigos. Os holandeses foram expulsos do comércio do açúcar.
- Fundação da W.I.C Cia das Índias ocidentais não foi pirataria: empresa de colonização.
- Invasão de todo o mundo colonial português (Brasil, África e Ásia).
- Salvador 1624, sede do governo geral, guerrilha, expulsão.
- Pernambuco 1630-54, liberdade religiosa, financiamentos, direito de propriedade, compra
da produção.
- Maurício de Nassau: Melhoramentos urbanos, aliança com os colonos, reestruturação da
produção.
- 1640: restauração da monarquia portuguesa, acordo com os holandeses, fim das boas
relações entre flamengos e colonos.
- Insurreição Pernambucana: Expulsão dos holandeses batalha dos Guararapes.
- Produção holandesa de açúcar no Caribe. Decadência da produção açucareira no nordeste.
Formação do Território:
- Missões jesuíticas, União Ibérica, pecuária, bandeirantismo e mineração.
- Tratado de Madri: , fronteiras atuais, guerras guaraníticas.
- Tratados: Utrecht (Guiana), Madri, Santo Idelfonso e Badajoz.
Sociedade Mineradora:
- Lavras (mina) e aluvião (beira do rio).
- Bandeirantes x forasteiros: guerra dos emboabas.
- Urbanização, imigração, deslocamento do centro econômico e mudança de capital.
- Barroco, comércio, trabalho livre, estradas.
- Impostos: quinto, capitação e finta.
- Barroco: religiosidade católica, expressão urbana.
- Tiradentes tornou-se herói nacional na proclamação da República.
- Revoltas nativistas (revoltas contra a metrópole, por território e influência): Emboabas,
Felipe dos Santos, Beakman, dos Mascates.
- Revoltas emancipacionistas: Projeto de independência republicano e iluminista MG e Ba.
- Inconfidência Mineira: elitista, dissenso sobre a escravidão, república, livre comércio,
universidade de Vila Rica, influência da independência dos EUA.
- Conjuração Baiana: popular (negros forros), abolicionista, republicana.
Período Pombalino:
- Marquês de Pombal, primeiro ministro português, déspota esclarecido.
- Tratado de Madri, extinção do imposto capitação, transferência da capital, liberação de
manufaturas, expulsão dos jesuítas.
- Estimulou a produção de algodão para abastecer a demanda da Inglaterra.
-C à à à à à àP à à à à à à à D àM à àL à
revogou todos seus atos: a viradeira.
9. EXERCÍCIOS.
1. (Enem 2016)
Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma
explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez
vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do
Brasil, 2008 (adaptado).
2. (Enem 2003)
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.
Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.
Comentários
A região amazônica foi pouco explorada durante o período colonial e a atividade econômica
predominante foi o extrativismo. A maior preocupação portuguesa na época da construção das
unidades militares foi garantir a posse da terra em uma região que pertenceu teoricamente aos
espanhóis até 1750, mas nunca foi efetivamente dominada. Apesar da presença de grandes rios, a
pesca nunca foi uma atividade econômica desenvolvida, assim como não havia entre os povos
indígenas a ideia de fronteira.
Gabarito: A
4. (EsPCEx 2011)
Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:
A) a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica,
formada principalmente por católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no
trabalho de conversão dos índios.
B) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua
economia, levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio
Grande do Norte, onde encontrou forte resistência.
C) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o
auxílio de cristãos-novos residentes na região e por estarem seus soldados mais bem
armados e mais experientes.
D) a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de
guerrilha e contou com a liderança de Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os
holandeses.
E) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator
surpresa e melhor conhecimento do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o
Nordeste, onde se estenderam desde o Maranhão até a Bahia.
Comentários
Esta questão é muito exigente e exige detalhes pormenorizados que nos obriga a resolvê-la por
exclusão.
A) Errado. A França Antártica foi fundada por huguenotes, ou seja, calvinistas franceses.
B) Errado. A primeira invasão ocorreu em Salvador e, posteriormente, em Pernambuco.
D) Errado. Calabar é um colono português que traiu a coroa e se aliou aos holandeses. Ficou
conhecido principalmente por uma peça de à àC àB à à à àC
E) Errado. A ocupação holandesa foi em Pernambuco.
Gabarito: C
Comentários
Os jesuítas da região de Sete Povos não aceitaram os novos tratados assinados entre os governos
de Espanha e Portugal, que transferiam a região para o controle português, vendo-o como uma
ameaça à autonomia, que então gozavam sobre as comunidades indígenas, que foram organizadas
e estimuladas a lutar, com o argumento de que as chances de escravização aumentavam dada a
ação dos bandeirantes em terras brasileiras.
B) Errado. Nunca ocorreu aliança entre paulistas e indígenas, ao contrário os bandeirantes
paulistas eram grandes escravizadores.
C) A Sacramento ficou com os espanhóis.
D) Errado. Foi no tratado de Santo Idelfonso.
E) Errado. Os jesuítas ocuparam toda a extensão da bacia amazônica o que garantiu a posse para
os portugueses.
Gabarito: A
6. (Fuvest 2016)
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto
por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E
tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente
não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que
daí se podia seguir.
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei
de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra
A) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando
colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
B) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França
e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América.
C) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no
Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas.
D) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à
dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América.
E) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa
em torno do combate à pirataria francesa.
Comentários
C à à à à à à à à à à à àV àá à à à à à à à
negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder
dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo a à à à à à
invasão da França na América Portuguesa constituíam fator de preocupação para o governo
português.
Gabarito: A
7. (UERN 2015)
A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colonização que
assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema
de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da
empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a
constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América.
(Trindade, 2010.)
8. (UEPA 2015)
Chefes indígenas de povos situados no que hoje corresponde aos litorais sul do Rio de Janeiro
e norte de São Paulo promoveram, entre 1554 e 1567, a mobilização que ficou conhecida
como Confederação dos Tamoios. Os vários povos tupinambá reuniram-se em torno de seus
à à T à à à à à à à à à à à
promovidas pelos colonizadores portugueses. O ponto de partida da revolta foi a aliança
selada entre portugueses e índios guaianazes para a escravização das populações tupinambá.
Esta estratégia de colonização:
A) permitiu a cooptação de lideranças indígenas, inclusive entre os tupinambá, o que impediu
a criação da confederação.
B) era ineficiente dada a intervenção de outras potências europeias, como no caso dos
franceses, que incentivaram a união dos tupinambá.
C) foi mal sucedida em função da unidade política e territorial dos povos tupinambá, que
facilitou a defesa contra as investidas portuguesas.
D) assemelhava-se àquela adotada na África desde o século XV, de promoção de guerras
entre os nativos para facilitar a aquisição de escravos.
E) abriu espaço para a criação de alianças políticas entre povos indígenas, resultando na
formação de estruturas governamentais unificadas.
Comentários
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a Confederação dos Tamoios constituída
entre nativos e os franceses huguenotes que invadiram o Brasil (Rio de Janeiro) em meados do
século XVI contra os colonizadores portugueses no contexto da França Antártica. Tal fato
assemelha-se àquela adotada na África desde o século XV, de promoção de guerras entre os
nativos para facilitar a aquisição de escravos.
Gabarito: D
9. (FGVRJ 2017)
Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a dez de novembro, encontramos a barra de
um grande rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago)
e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de Villegagnon, para
se garantir contra possíveis ataques selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e
também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o
lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos selvagens e
constituídos dos alimentos do país, a saber, peixes e veação diversa, constante de carne de
animais selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além de farinha feita
de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns objetos
de pequeno valor, como facas, podões e anzóis.
THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte/São Paulo,
Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.
O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre 1555 e 1556, junto com
outros franceses comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa
expedição permite
A) constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo Mundo realizada por
portugueses e espanhóis.
B) identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento dispensado aos
indígenas pelos portugueses e franceses.
C) perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores europeus.
D) reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a montagem das
estruturas produtoras coloniais.
E) diferenciar as orientações religiosas dos protestantes franceses das referências católicas
ibéricas.
Comentários
O texto ressalta algumas diferenças culturais básicas entre indígenas e europeus: o hábito da
criação de gado, o consumo de peixes, animais selvagens, pães e vinhos e a feitura de farinha com
raízes.
Gabarito: C
A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas
invasões estrangeiras foi a
A) fuga da Corte portuguesa para a América.
B) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos.
C) conclusão da Reconquista da Península Ibérica.
D) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha.
E) criação da União das Coroas Ibéricas.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete às invasões europeias no Brasil durante a
União Ibérica, 1580-1640. O Brasil foi vítima de várias invasões de nações europeias ao longo do
período colonial, sobretudo no contexto da União Ibérica. Devido ao boicote econômico realizado
pela Espanha contra a Holanda, este país criou a Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o
Brasil. Em 1624 ocorreu a fracassada invasão holandesa na Bahia, em 1630 a mesma companhia
invadiu Pernambuco montando um império holandês no Nordeste do Brasil. Em 1612 ocorreu a
invasão de franceses no Maranhão denominada de França Equinocial. Esta expedição foi
comandada por Daniel de La Toche, fundando o forte de São Luís, Jerônimo de Albuquerque
liderou a expulsão dos franceses.
Gabarito: E
por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em
seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e
estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em
embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.
2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
A) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para
impedir a sua liberação.
B) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da
Companhia de Comércio do Maranhão.
C) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a
sua guarda.
D) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e
holandeses na região.
E) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os
interesses dos colonos maranhenses.
Comentários
A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no ano de 1684, liderada pelos
irmãos Manuel e Tomás Beckman àOàM à à à à à à à à à à
à à à à à àH à à à à à à à à à
indígena o que desagradava aos jesuítas. Os conflitos entre colonos e padres jesuítas eram
constantes. Para resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em 1682, a Companhia Geral
do Comércio do Estado do Maranhão visando incentivar a colonização da região. A Companhia
vendia seus produtos a preço mais elevados e oferecia muito pouco pelos produtos dos colonos
como algodão, açúcar e madeira. Assim, os irmãos Beckman ocuparam a cidade de São Luís
expulsando os representantes da Companhia e os padres jesuítas.
Gabarit: B
As pinturas acima foram produzidas no século XVII por Albert Eckhout, um dos estudiosos
que esteve no nordeste brasileiro na corte de Maurício de Nassau, durante a ocupação
holandesa. Elas são representações de algumas mulheres encontradas na colônia: a mulher
tapuia, a mulher tupi, a mameluca e a mulher negra, respectivamente.
Eà àB à à à à à
(Martim Cererê - Cassiano Ricardo)
C) Conjuração Baiana.
D) Revolução Farroupilha.
Comentários
A questão associa o Tratado de Madri de 1750 com a Guerra Guaranítica. O Tratado de Madri,
assinado pelos países ibéricos em 1750, anulou o Tratado de Tordesilhas, dando ao Brasil
praticamente à à àF à à à à à U àP à à àP à
devolveu a Colônia do Sacramento (Uruguai) para a Espanha e esta devolveu os Sete Povos das
Missões (Rio Grande do Sul) para Portugal. Os padres jesuítas espanhóis dos Sete Povos se
opuseram à decisão do Tratado. Para defender seu território contra os portugueses, os jesuítas
armaram os índios guaranis. Quando as autoridades portuguesas tentaram ocupar a região,
iniciou-se a Guerra Guaranítica.
Gabarito: A
Em 2014, foram comemorados os 200 anos da morte do criador das belíssimas peças em
pedra sabão, uma das quais é apresentada na imagem acima, sendo a mesma de autoria do
mais importante artista brasileiro do período colonial: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
(1737-1814). Ele nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi acometido
por uma doença degenerativa que atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se um dos
maiores mestres do Barroco no Brasil.
Comentários
Oà à à àB à à à à à à à àse desenvolveu apenas no
século XVIII (ao contrário do movimento na Europa do século XVI). Uma de suas características é a
expressão da religiosidade, parte dela demonstrada a partir da escultura ou da pintura de santos e
de cenas religiosas tradicionais que, na Europa, tiveram como um de seus objetivos reforçar o
catolicismo em oposição à reforma religiosa protestante.
Gabarito: A
A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do
barroco e da arquitetura brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa obra é
criado pelo(a)
A) crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais.
B) deslocamento do centro administrativo da Colônia para a cidade de Ouro Preto.
C) exploração econômica das minas de ouro e consolidação da agricultura canavieira.
D) ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema produtivo.
E) distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente maior liberdade de
expressão.
Comentários
O ciclo da mineração expandiu a Colônia em direção ao interior e aumentou consideravelmente o
número de habitantes das Minas Gerais, o que propiciou um desenvolvimento econômico, social e
cultural nessa região. A difusão do Barroco é característica desse desenvolvimento.
Gabarito: D
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia
negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse
contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo
de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo
interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a
redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava.
G àC àM à à‘EI“ àF àM à àM à á à à à à àXVIII in Resende,
m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo
Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323.
A mineração durante o período colonial brasileiro foi uma das frentes que contribuíram para
a interiorização da economia e para o surgimento de vilas e cidades no interior.
Acerca desse contexto e sobre o ciclo do ouro é correto afirmar, exceto:
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas
Gerais no século XVIII
A) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a
independência colonial.
B) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos
instrumentos de mineração.
C) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da
mineração.
D) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea
economicamente ativa.
Sobre o contexto histórico em que viveu Aleijadinho, é correto afirmar que foi o período
A) da colonização e do ciclo do ouro.
B) da colonização e do ciclo do pau-brasil.
C) do Primeiro Reinado e do ciclo do açúcar.
D) do Segundo Reinado e do ciclo do café.
E) da Regência Una e do ciclo da borracha.
Comentários
C à à à à à à à à à à à à à
faleceu com certeza em 1814; portanto, desenvolveu suas obras no decorrer do século XVIII, a
época da mineração no Brasil. Grande parte de suas habilidades se desenvolveram nas oficinas de
mestres carpinteiros de Vila Rica e suas principais obras se encontram em Congonhas do Campo
(MG).
Gabarito: A
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela
oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo
como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com
a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia
àJ à à à à à à à à à à à olonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve
como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer
4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte
por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes),
à à à à à à à à à à à à à à
seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.
[1] Guerra dos Mascates: travada em Pernambuco pelos comerciantes portugueses de Recife e os
senhores de engenho nativos de Olinda, pelo domínio do comércio na Capitania;
[2] Revolta dos Beckman: ocorrida no Maranhão devido à proibição, por parte dos Jesuítas, da
escravidão indígena;
[3] Revolta de Vila Rica: ocorrida em Vila Rica, tinha como líder Felipe dos Santos e como exigência
o fim da cobrança do quinto;
[4] Guerra dos Emboabas: conflito que opôs mineiros e paulistas (emboabas) pelo controle das
minas descobertas na Colônia.
Gabarito: A
(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p.
127 e p. 138)
Gabarito: D
O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que nas minas houve no
ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de Almeida e Portugal, o conde de Assumar,
fez chegar às mãos das autoridades régias em Lisboa.
A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar:
A) os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender o estabelecimento das casas de
fundição, onde se registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto
devido ao rei;
B) os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, que determinava a cobrança
de todos os impostos atrasados;
C) os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros que eram beneficiados pela coroa com
privilégios na exploração das jazidas auríferas;
D) os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, a adoção de um regime
republicano é a criação de uma universidade em Vila Rica;
E) a sublevação desafiou a ação do marquês de Pombal que havia determinado o monopólio
régio sobre a extração de diamantes.
Comentários
Somente a alternativa [A] está correta. A questão aponta para a revolta de Filipe dos Santos ou a
Primeira Revolta de Vila Rica, em 1720, nas Minas Gerais. A colônia pagava o quinto para a
à à à à F à à à à à à à à à à
contexto da criação das Capitanias Hereditárias. No século XVIII, com a mineração, visto que o ouro
em pó era fácil de ser sonegado, a Coroa criou a Casa de Fundição com a proposta de fundir o ouro
e retirar o quinto, evitando o contrabando. Isto irritou muitas pessoas nas Minas Gerais e foi a
causa principal da Revolta de Filipe dos Santos em 1720. O desfecho foi a morte do líder e a
manutenção da casa de fundição.
Gabarito: A
No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que ocorreram na colônia
brasileira contra a metrópole portuguesa.
Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a descrição equivalente
na coluna 2.
Comentários
O personagem retratado na charge é Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência ou Conjuração
Mineira, movimento colonial com vistas ao separatismo entre Brasil e Portugal deflagrado devido à
alta cobrança de impostos do ouro.
Gabarito: D
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas
pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e
que se caracterizavam, entre outras medidas,
A) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era visto como
mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas.
B) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença dos jesuítas,
vistos como agentes importantes da modernização educacional.
C) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo de diminuir a
dependência econômica em relação aos produtos primários.
D) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com o objetivo de formar
um mercado consumidor para as indústrias da colônia.
Comentários
Para combater a crise do século XVIII, o Marquês de Pombal (representante do Despotismo
Esclarecido em Portugal), buscou incentivar o desenvolvimento econômico da Colônia portuguesa
III. Os índios, nas Missões, cultivavam a terra e entravam na floresta para colher as drogas do
sertão, tais como: a baunilha, o cacau, o guaraná e a castanha-do-pará. Porém, as Missões
transformaram-se em empreendimentos pouco lucrativos, uma vez que os índios não
gostavam de trabalhar.
boicotou o comércio do açúcar entre Holanda e Portugal. Desta forma, os holandeses criaram a
Companhia das Índias Ocidentais com o intuito de invadir o Brasil. Ocorreu a invasão fracassada na
Bahia em 1624 e, posteriormente, em 1630, ocorreu a invasão em Pernambuco.
Gabarito: B
B) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século
XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.
C) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português
nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente no século
XVIII.
D) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos
deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.
Comentários
Os primeiros ocupantes da região das minas foram paulistas de origem bandeirante, que sonharam
enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a estruturação da exploração aurífera ficou
sob controle de representantes da metrópole, que distribuíram as terras àqueles que possuíam
escravos normalmente vindos da região açucareira em crise e privilegiavam mercadores de
origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram
à à à à à à à à à à à à
privilégios foram contestados, num movimento que redundou em uma Guerra, com violenta
repressão sobre os pequenos mineradores.
Gabarito: D
D) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-
se aos franceses para invadir o Recife em 1595.
E) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em
estados do Nordeste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Comentários
A fundação de ambas as províncias (Rio Grande e Sacramento) não ocorreu devido à União Ibérica
ou ao fim temporário do Tratado de Tordesilhas: a província de Rio Grande foi fundada em 1737 e
a Colônia do Sacramento foi fundada em 1680.
Gabarito: A
Está(ão) correta(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
Comentários
As invasões holandesas e o domínio de uma porção do norte do Brasil se insere no contexto da
União Ibérica quando Portugal esteve submetido a coroa espanhola e as guerras entre Espanha
e Holanda, uma vez que esta última se rebelou contra o domínio estrangeiro, libertou-se e
promoveu sua independência, tornando-se um Estado livre. No primeiro período de ocupação,
antes da administração de Nassau, os conflitos prejudicaram os fazendeiros e dentre outras
consequências, perderam parte de seus escravos, devido às fugas.
Gabarito: E
como base as ideologias do Iluminismo, também tiveram grandes diferenças entre si.
Comparando esses dois movimentos, é CORRETO afirmar que:
A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
B) Tanto a Conjuração Baiana quanto a Inconfidência Mineira foram movimentos burgueses,
com a participação popular quase nula e apenas os mais pobres foram condenados: João de
Deus Nascimento, na Bahia, e Tiradentes, em Minas Gerais.
C) Diferente da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana tinha como proposta o fim da
escravidão e um levante armado imediato.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
E) Os dois movimentos foram sumariamente reprimidos. Os dois líderes, João de Deus
Nascimento e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foram enforcados juntos, lado a
lado, no Rio de Janeiro para servirem de exemplos.
Comentários
A diferença fundamental entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana é que a primeira era
elitista e a última era popular. Nesse sentido, uma das exigências da Conjuração Baiana era a
abolição da escravatura.
Gabarito: C
D) a Conjuração Baiana, diferente das demais revoltas da época, não se limitou apenas aos
ideais de independência e liberdade, como propunha mudanças estruturais para a sociedade
brasileira.
E) a Revolta dos Alfaiates contou com a participação de todas as classes sociais da Bahia, ao
contrário dos outros movimentos emancipatórios, mas a liderança coube aos grandes
proprietários de terras.
Comentários
A Conjuração Baiana, de caráter majoritariamente popular, além dos ideais iluministas de
liberdade e República, buscava pôr fim à escravidão e às desigualdades sociais.
Gabarito: D
A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de
solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de
devoção aos seus santos padroeiros.
B) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio
mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus
membros das visitações da Inquisição.
C) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem
seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de
membros brancos e indígenas.
D) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de
arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas
africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
E) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de
resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que
gerou o primeiro ideário abolicionista.
Comentários
As irmandades coloniais eram espaços de auxílio mútuo entre seus membros, em casos de saúde,
falecimento, assistencialismo e arrecadação monetária.
Gabarito: D
Ali, em 1625 foi construída a redução jesuítica de San Joseph o termo missão foi adotado
pelos portugueses, enquanto espanhóis e pesquisadores preferem redução
(Jornal de Londrina, 3 mar. 2013. p.21.)
1. (Enem 2016)
Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma
explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez
vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do
Brasil, 2008 (adaptado).
2. (Enem 2003)
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.
Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.
4. (EsPCEx 2011)
Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:
A) a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica,
formada principalmente por católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no
trabalho de conversão dos índios.
B) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua
economia, levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio
Grande do Norte, onde encontrou forte resistência.
C) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o
auxílio de cristãos-novos residentes na região e por estarem seus soldados mais bem
armados e mais experientes.
D) a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de
guerrilha e contou com a liderança de Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os
holandeses.
E) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator
surpresa e melhor conhecimento do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o
Nordeste, onde se estenderam desde o Maranhão até a Bahia.
6. (Fuvest 2016)
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto
por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E
tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente
não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que
daí se podia seguir.
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei
de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra
A) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando
colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
B) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França
e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América.
C) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no
Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas.
D) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à
dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América.
E) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa
em torno do combate à pirataria francesa.
7. (UERN 2015)
A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colonização que
assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema
de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da
empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a
constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América.
(Trindade, 2010.)
8. (UEPA 2015)
Chefes indígenas de povos situados no que hoje corresponde aos litorais sul do Rio de Janeiro
e norte de São Paulo promoveram, entre 1554 e 1567, a mobilização que ficou conhecida
como Confederação dos Tamoios. Os vários povos tupinambá reuniram-se em torno de seus
à à T à à à à à à à à à à à
9. (FGVRJ 2017)
Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a dez de novembro, encontramos a barra de
um grande rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago)
e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de Villegagnon, para
se garantir contra possíveis ataques selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e
também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o
lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos selvagens e
constituídos dos alimentos do país, a saber, peixes e veação diversa, constante de carne de
animais selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além de farinha feita
de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns objetos
de pequeno valor, como facas, podões e anzóis.
THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte/São Paulo,
Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.
O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre 1555 e 1556, junto com
outros franceses comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa
expedição permite
A) constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo Mundo realizada por
portugueses e espanhóis.
B) identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento dispensado aos
indígenas pelos portugueses e franceses.
C) perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores europeus.
D) reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a montagem das
estruturas produtoras coloniais.
A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas
invasões estrangeiras foi a
A) fuga da Corte portuguesa para a América.
B) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos.
C) conclusão da Reconquista da Península Ibérica.
D) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha.
E) criação da União das Coroas Ibéricas.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
A) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para
impedir a sua liberação.
B) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da
Companhia de Comércio do Maranhão.
C) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a
sua guarda.
D) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e
holandeses na região.
E) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os
interesses dos colonos maranhenses.
As pinturas acima foram produzidas no século XVII por Albert Eckhout, um dos estudiosos
que esteve no nordeste brasileiro na corte de Maurício de Nassau, durante a ocupação
dois eventos históricos não têm o mesmo apelo para a formação da sociedade brasileira na
atualidade.
C) o texto de Caetano de Melo e Castro indica que Palmares não gerou temor às estruturas
coloniais da Capitania de Pernambuco. A comemoração oficial do Dia da Consciência Negra é
uma invenção política do período recente.
D) o Quilombo de Palmares representou uma ameaça aos poderes coloniais, já que muitos
eram os rebeldes que se organizavam ou se aliavam ao quilombo. A data é celebrada, na
atualidade, como símbolo da resistência pelos movimentos negros.
Eà àB à à à à à
(Martim Cererê - Cassiano Ricardo)
Em 2014, foram comemorados os 200 anos da morte do criador das belíssimas peças em
pedra sabão, uma das quais é apresentada na imagem acima, sendo a mesma de autoria do
mais importante artista brasileiro do período colonial: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
(1737-1814). Ele nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi acometido
por uma doença degenerativa que atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se um dos
maiores mestres do Barroco no Brasil.
B) a pouca presença de protestantes na região, por causa da distância do litoral, fez com que
não houvesse forte influência desse ramo religioso, deixando caminho livre para a expansão
do Barroco, tão ligado ao catolicismo.
C) fortaleceu-se com os altos investimentos feitos pelo governo português na região, já que
por causa da produção aurífera, buscava-se fazer de Minas, e principalmente de Vila Rica, a
referência americana para a Europa.
D) a decadência da produção açucareira no Nordeste e a descoberta do ouro em Minas
levaram os principais artistas da Colônia a migrarem para Vila Rica, em busca de
financiamento para suas obras e apoio para novos empreendimentos.
A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do
barroco e da arquitetura brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa obra é
criado pelo(a)
A) crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais.
B) deslocamento do centro administrativo da Colônia para a cidade de Ouro Preto.
C) exploração econômica das minas de ouro e consolidação da agricultura canavieira.
D) ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema produtivo.
E) distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente maior liberdade de
expressão.
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia
negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse
contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo
de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo
interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a
redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava.
G àC àM à à‘EI“ àF àM à àM à á à à à à àXVIII in Resende,
m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo
Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323.
A mineração durante o período colonial brasileiro foi uma das frentes que contribuíram para
a interiorização da economia e para o surgimento de vilas e cidades no interior.
Acerca desse contexto e sobre o ciclo do ouro é correto afirmar, exceto:
a) Intensificação das bandeiras de apresamento e escravização dos indígenas que eram a
principal mão de obra na exploração do ouro de aluvião e das lavras.
b) A ação dos tropeiros contribuiu para o surgimento de um mercado interno. A região
mineradora era abastecida por esta atividade com charque e outros derivados da pecuária.
c) A Guerra dos Emboabas foi um conflito que resultou das tentativas de controle das minas
de ouro descobertas pelos colonos e bandeirantes que desejavam o monopólio da exploração
e eram contrários à presença de portugueses e exploradores de outras regiões.
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas
Gerais no século XVIII
A) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a
independência colonial.
B) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos
instrumentos de mineração.
C) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da
mineração.
D) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea
economicamente ativa.
E) restringiu a divisão da sociedade em senhores e Escravos e limitou a diversidade cultural da
colônia.
Sobre o contexto histórico em que viveu Aleijadinho, é correto afirmar que foi o período
A) da colonização e do ciclo do ouro.
B) da colonização e do ciclo do pau-brasil.
C) do Primeiro Reinado e do ciclo do açúcar.
D) do Segundo Reinado e do ciclo do café.
E) da Regência Una e do ciclo da borracha.
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela
oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo
como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com
a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia
àJ à à à à à à à à à à à à
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve
como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer
4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte
por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes),
à à à à à à à à à à à à à à
seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.
vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a
vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos
fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de
Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.
(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p.
127 e p. 138)
O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que nas minas houve no
ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de Almeida e Portugal, o conde de Assumar,
fez chegar às mãos das autoridades régias em Lisboa.
A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar:
A) os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender o estabelecimento das casas de
fundição, onde se registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto
devido ao rei;
No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que ocorreram na colônia
brasileira contra a metrópole portuguesa.
Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a descrição equivalente
na coluna 2.
D) à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais devido à derrama declarada
pela Coroa Portuguesa e aos preços abusivos que eram cobrados pelas mercadorias
importadas.
E) à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século XIX, que dificultou a
emergência de movimentos contrários à excessiva cobrança de impostos pela Coroa
Portuguesa.
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas
pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e
que se caracterizavam, entre outras medidas,
A) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era visto como
mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas.
B) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença dos jesuítas,
vistos como agentes importantes da modernização educacional.
C) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo de diminuir a
dependência econômica em relação aos produtos primários.
D) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com o objetivo de formar
um mercado consumidor para as indústrias da colônia.
B) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século
XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.
C) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português
nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente no século
XVIII.
D) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos
deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.
Está(ão) correta(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
C) foram planejadas segundo o padrão africano para servir como sede administrativa das
capitais das províncias.
D) situavam-se nas áreas de fronteiras para facilitar a demarcação dos territórios também
disputados por espanhóis e holandeses.
E) foram núcleos originários de engenhos construídos perto dos grandes rios para facilitar as
comunicações e o transporte do açúcar.
(REICHEL, H. J. & GUTFREIND, I. Fronteiras e guerras no Prata. São Paulo: Atual, p. 23.)
Com base nos dados do mapa e levando em conta o processo histórico platino, analise as
afirmações abaixo.
I- Pelo Tratado de Madrid (1750), as Coroas ibéricas tentaram efetuar a troca da região
missioneira pela Colônia de Sacramento, o que acabou não acontecendo devido à eclosão da
Guerra Guaranítica.
II- Como decorrência do Tratado de Santo IIdefonso (1777), o Rio Grande do Sul colonial
passou a ter uma dimensão territorial maior do que o Rio Grande atual.
III- A região missioneira permaneceu sob controle hispânico depois de 1777, embora sob
administração laica, devido à expulsão dos jesuítas.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
D) O Brasil, inserido no antigo sistema colonial, foi reconhecido como um exemplo de colônia
de povoamento pela ocupação organizada do território, levando a coroa portuguesa a liberar
o comércio interno e a incentivar o panorama científico e educacional.
E) A reforma protestante e a revolução realizada por Nicolau Copérnico tiveram um grande
impacto no sistema educacional do Brasil colônia. Para auxiliar neste processo, que
pressupõe o desenvolvimento do dogma e da disciplina, a Companhia de Jesus enviou o Pe.
Manuel da Nóbrega.
D) A atividade agrícola dos moradores dos 'sertões' era essencial para a produção e o
mercado colonial de gêneros alimentícios.
E) A imensa disponibilidade de terras não cultivadas contribuiu para uma ocupação intensiva
do solo, o que evitou a dispersão demográfica pelo território nacional.
B) Madri.
C) Methuen.
D) Utrecht.
E) Londres.
(PRADO JÚNIOR, C."História econômica do Brasil". 27 ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
p.95-6.)
Com base no texto, é possível afirmar que o autor se refere:
A) À colonização do sertão nordestino através da pecuária.
B) À ocupação da Amazônia através das drogas do sertão.
C) À expansão para o interior paulista pelas entradas e bandeiras.
D) À colonização do sul através da pecuária.
E) Ao povoamento das Capitanias Hereditárias.
A) O domínio holandês no Brasil constituiu o episódio central dos conflitos entre Portugal e
Países Baixos pelo controle do açúcar brasileiro, do tráfico de escravos africanos e das
especiarias asiáticas.
B) Senhores de engenho, escravos e índios converteram-se ao calvinismo e recusaram-se a
participar do movimento de expulsão dos holandeses da Bahia e de Pernambuco.
C) A intolerância religiosa holandesa para com os católicos, impedindo as tradicionais festas
religiosas, procissões e missas, determinou a expulsão dos calvinistas do Brasil.
D) Os portugueses renderam-se aos holandeses por acreditarem que os batavos fundariam
mais cidades no Brasil.
E) Para os portugueses, o domínio holandês no Brasil representou uma disputa religiosa sem
implicações políticas e econômicas para o Brasil e Portugal.
Johann Moritz Rugendas, Família de Plantador, 1812. In: SOUZA, L. de M. (org.) "História da vida privada no
Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa". São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p.100.
Com base nesse quadro, que retrata o interior de uma residência abastada do mundo rural, é
correto afirmar:
A) Nas moradias mais ricas, os escravos eram impedidos de conviver com as crianças brancas
nos aposentos da casa.
B) Nos primeiros séculos da colonização, as casas mais abastadas possuíam um mobiliário
luxuoso que acomodava confortavelmente os moradores.
C) Por se tratar de uma sociedade sem estratificação social, o convívio entre brancos e negros
decorreu sem maiores tensões, favorecendo reuniões permeadas de cordialidade.
D) Os moradores da colônia deram grande importância à privacidade, separando, para tanto,
as mulheres do convívio com escravos e demais membros da família.
E) Embora existissem domicílios de vários tipos de norte a sul da colônia, eram inevitáveis a
presença de escravos e a sua convivência com os senhores e demais membros da família.
Até logo...