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Aula 09

SEE-DF (Professor Educação Básica -


História) Conhecimentos Específicos

Autor:
Sergio Henrique

05 de Maio de 2023

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SUMÁRIO

00. Bate-Papo Inicial .............................................................................................................. 2


1. As Invasões Estrangeiras (Inglesas e Francesas)................................................................ 3
1.1. As Invasões Francesas ............................................................................................................ 3
1.2. A União Ibérica e a Invasão Holandesa ................................................................................... 4
1.3. Consequências da “União Ibérica” .......................................................................................... 5
2. A Fundação da Companhia das Índias Ocidentais (W.I.C.) e a Invasão Holandesa ao
Mundo Colonial Português .................................................................................................... 7
2.1. O Governo de Maurício de Nassau ......................................................................................... 7
3. O Fim do Domínio Holandês e a Crise do Ciclo da Cana-de-Açúcar .................................. 9
4. Formação do Território ................................................................................................... 10
4.1. Interesses Portugueses ......................................................................................................... 11
4.2. Interesses Espanhóis ............................................................................................................ 11
4.3. Principais Tratados ............................................................................................................... 12
5. A Sociedade Mineradora: a Corrida do Ouro e o Povoamento do Interior ..................... 13
5.1. Impactos da Mineração ........................................................................................................ 13
5.2. A Vila Rica do Barroco, Rococó e Republicanismo ................................................................. 16
6. Revoltas no Período Colonial (Nativistas) e Projetos de Independência ........................ 19
6.1. As Revoltas Nativistas .......................................................................................................... 19
6.2. Revoltas Emancipacionistas: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana ............................ 20
7. O Período Pombalino ...................................................................................................... 22
8. Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar .................................................. 23
8.1. Escravidão e Domínio Holandês............................................................................................ 23
8.2. Bandeirantismo, Mineração e Primórdios da Independência ................................................ 25
9. Questionário de Revisão ................................................................................................. 28
Questionário - Somente Perguntas.............................................................................................. 28
Questionário - Perguntas e Respostas ......................................................................................... 29
10. Exercícios ....................................................................................................................... 34
10.1. Referências Usadas nos Comentários das Questões ......................................................... 128
11. Considerações Finais ................................................................................................... 130

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00. BATE-PAPO INICIAL


Olá, querido concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
História. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das
coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção o seu texto de apoio, releia e pratique exercícios.
Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito
importante que você faça suas próprias anotações, em forma de resumo ou comentários nos
exercícios, não importa como, você escolhe!O importante é estudarmos bastante e nos
concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus
sonhos. Bons estudos!

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1. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS (INGLESAS E FRANCESAS)


As invasões inglesas não são muito destacáveis, pois não passaram de atividades de piratas
ou corsários que pouco frequentaram aqui. Com os Franceses foi diferente, pois havia um projeto
de exploração e colonização que queriam implantar.

1.1. AS INVASÕES FRANCESAS

O litoral brasileiro era bastante frequentado por


piratas e corsários franceses. Piratas e corsários são coisas
diferentes? Sim, são. Aparentemente são a mesma coisa:
capitães de navios que atacavam frotas mercantes para
pilhá-las. No entanto, a pirataria era uma atividade
marginal e individual, e o sujeito que a praticasse era um
saqueador, enquanto o Corsário era um “pirata oficial”. Se
o navegador recebesse um documento do Estado chamado
Carta de Corso, ele se transformava em um corsário,
podendo saquear e derrubar navios, desde que eles
fossem de inimigos da coroa francesa, ou seja: navios espanhóis, portugueses e ingleses.
A França realizou duas invasões ao Brasil. A
primeira no Rio de Janeiro e a segunda no Maranhão.
A primeira invasão ocorreu entre 1555 e 1558 na Baia
da Guanabara, no Rio de Janeiro. Um grupo de
huguenotes (calvinistas) tentava fugir das
perseguições religiosas na Europa. Vieram sob o
comando de Villegagnon e do Almirante Coligny.
Fundaram um forte militar e iniciaram uma colônia: a
França Antártica. Foram expulsos pelo Governador
Geral Mem de Sá, em 1560. Durante todo o tempo de
permanência, exploraram ativamente as madeiras do
litoral. Na guerra contra os franceses, os portugueses
tiveram apoio das tribos Guaianazes, e os invasores
franceses, dos Tupinambás.

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Franceses + Tupinambás X Portugueses + Guaianazes

Eles eram chamados pelos europeus de Tamoios e as tribos já estavam organizadas para
atacar os portugueses, então apoiaram a França. Essa união dos indígenas contra os portugueses
ficou conhecida como a Confederação dos Tamoios.

Dança dos Trarairiú – Tapuias- Eckhout, Óleo sobre tela, 172x295, século XII

A Segunda invasão francesa foi em 1612, no Maranhão, onde fundaram a cidade de São Luiz.
Criaram a França Equinocial, uma nova colônia, mas dessa vez não era um refúgio huguenote
(calvinista). Nas duas tentativas, associaram-se aos indígenas contra os portugueses. Foram
expulsos do Maranhão em 1615.

1.2. A UNIÃO IBÉRICA E A INVASÃO HOLANDESA

Em 1578, Portugal passou por uma profunda crise sucessória que fez com que o país fosse
anexado pela Espanha.
O rei português D. Sebastião, imbuído de uma grande motivação religiosa de expansão do
cristianismo, empreendeu uma invasão ao Norte da África, no Marrocos, com o objetivo de
expulsar os árabes da região. Ele morreu na batalha de Alcácer-Quibir, como era muito jovem, não
deixou herdeiros, sendo assim, quem assumiu o trono foi seu tio-avô, o velho cardeal D. Henrique,

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o qual já estava com mais de 80 anos e que por sua vez faleceu em 1580. Com a morte de D.
Henrique chegou ao fim o domínio da Dinastia de Avis.

Desde a morte de Dom Sebastião, passou a ocorreu uma manifestação popular conhecida
como sebastianismo. Surgiu o mito de que o rei morto retornaria triunfante, como um
messias salvador, para retirar Portugal da crise.

Dinastia Borgonha: 1139 – 1385


Dinastia de Avis: 1385 –1580

Vários pretendentes se candidataram ao trono vago. O mais poderoso pretendente era o rei
da Espanha, Felipe II, que subornou vários nobres portugueses e ocupou militarmente o território
português, anexando-o. Assim, de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser também o rei de
Portugal, dando origem ao período denominado “União Ibérica”. Duas exigências foram impostas a
Felipe II: a preservação da estrutura administrativa de Portugal e a exclusividade comercial com as
colônias.

1.3. CONSEQUÊNCIAS DA “UNIÃO IBÉRICA”

Com a União Ibérica, Portugal passou a ser controlado pela Espanha e herdou seus inimigos.
No mesmo contexto, os holandeses, que eram parte do território do império espanhol, estavam
em guerra de independência e se separaram. Fundaram assim, em 1581, a União Utrecht (primeiro
nome da Holanda independente da Espanha). A Guerra de independência da Holanda teve
motivações religiosas. O país é uma região predominantemente composta por protestantes
calvinistas, e o super católico Felipe II encerrou a era de tolerância religiosa de seu país, passando
assim a ocorrer violentas guerras. A Espanha, para punir economicamente os holandeses, que
eram antigos parceiros econômicos dos portugueses em suas colônias no Brasil, na África e na
Índia,afastou-os do comércio com o mundo colonial lusitano, principalmente do açúcar no
nordeste brasileiro. Todos os portos espanhóis, inclusive os brasileiros, foram proibidos de
comercializar com os flamengos (holandeses).

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1. Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem


descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos
depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas
mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um
tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal.

Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.


A) Holanda.
B) Alemanha.
C) Itália.
D) Inglaterra.
E) EUA.

Comentários
A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu filho Filipe II, uma possessão espanhola. Mas,
devido à forma de governo autoritária de Filipe II no século XVI, a burguesia holandesa
promoveu sua luta de independência. Em resposta a isso, Filipe II proibiu todas as possessões
espanholas de fazer comércio com a Holanda. Devido à ocorrência da União Ibérica, Portugal
e Brasil estavam incluídos nessa proibição.
Gabarito: A

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2. A FUNDAÇÃO DA COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS (W.I.C.) E A


INVASÃO HOLANDESA AO MUNDO COLONIAL PORTUGUÊS
Diferente das invasões francesas, a Holanda criou uma empresa comercial de colonização, a
Cia. Das Índias Ocidentais. A existência da companhia de comércio teve um significado mais amplo,
pois foi o mecanismo que garantiu à Holanda quebrar o monopólio do comércio oriental mantido
pelos portugueses. Eles invadiram os portos portugueses na Índia, na África e no Brasil. Os
holandeses tinham fortes motivos para conquistar o Brasil, pois eram responsáveis pelo refino de
boa parte do açúcar comercializado na Europa.
Realizaram duas invasões: a primeira na capital Salvador, em 1624, e a segunda e duradoura
em Recife. Lá ficaram até 1654.
 Invasão na Bahia (1624-1625) –Esta tentativa de invasão foi frustrada, pois os colonos
(inclusive os associados aos indígenas) se organizaram militarmente em guerrilhas para
expulsar os holandeses. Eles foram expulsos, mas também foram premiados pelo
destino: em 1628, no retorno à Europa, foram amplamente recompensados com a
apreensão, nas Antilhas (ilhas no Caribe, América Central), de um dos maiores
carregamentos de prata americana que ia para a Espanha. Os recursos obtidos pela WIC
com esse ato de pirataria serviram para financiar uma segunda tentativa, dessa vez
contra Pernambuco.

 Invasão em Pernambuco (1630-1654) – Em 1630 com uma esquadra de setenta navios,


os holandeses chegaram a Pernambuco e dominaram Recife e Olinda sem maiores
dificuldades. A Espanha, envolvida em outras prioridades militares, não mandou grande
apoio militar para a resistência estabelecida pelos colonos. Aos poucos, com as
vantagens oferecidas pelos invasores, a resistência se enfraqueceu e muitos produtores
passam para o lado flamengo, pois estes se comprometem a: respeitar a liberdade
religiosa (lembre-se de que os holandeses eram calvinistas e os portugueses católicos),
assim como o direito de propriedade das terras e engenhos, realizar financiamentos e
comprar a produção.

2.1. O GOVERNO DE MAURÍCIO DE NASSAU

Maurício de Nassau foi governador-geral dos domínios holandeses, e aqui permaneceu


entre 1637 e 1644. Preocupou-se com a reorganização da produção açucareira (que foi
comprometida pelas tentativas de resistência dos colonos) e com a segurança. Procurou conciliar

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os luso-brasileiros (portugueses e descendentes que aqui habitavam)que ficaram sob seu domínio,
e tratou de ampliar territorialmente o domínio holandês, que passou a ocupar territórios entre o
Maranhão e a Bahia. Nassau devolveu as propriedades aos seus antigos donos, ampliou o crédito e
forneceu empréstimos a juros controlados. Ainda passou a cobrar impostos mais baixos que os
cobrados por Portugal e a realizar importantes melhoramentos urbanos. Apesar da política
conciliadora, ele não conseguiu impedir conflitos e contradições. Os senhores de engenho que
haviam contraído empréstimos com os holandeses não conseguiam saldar suas dívidas, e conflitos
religiosos (apesar da liberdade religiosa concedida pelos holandeses) estavam ocorrendo. Os
conflitos se tornaram mais intensos quando, em 1640, Portugal restabeleceu sua coroa e se
libertou da Espanha, pondo fim à União Ibérica.

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3. O FIM DO DOMÍNIO HOLANDÊS E A CRISE DO CICLO DA CANA-DE-


AÇÚCAR
Com o fim da União Ibérica, Portugal tratou de recuperar seus territórios coloniais e propôs
uma trégua de 10 anos para a desocupação holandesa do Nordeste.
A partir desse momento, a Cia das Índias Ocidentais resolveu diminuir seus efetivos militares
a fim de conter os gastos. Nassau foi demitido e o novo governo tornou-se extremamente severo,
sobretudo em relação às dívidas dos senhores de engenho e ao prazo para saldá-las. Muitas
propriedades foram confiscadas e a tolerância religiosa não era mais observada com os mesmos
cuidados. As tensões se acumularam e começaram a se manifestar na forma de rebeliões que se
generalizaram, até que eclodiu um processo de rebelião que expulsou os holandeses: a Insurreição
Pernambucana. Os colonos luso-brasileiros confrontaram os holandeses entre 1645 e 1654,
quando finalmente foram expulsos. Portugal ainda pagou uma pesada indenização à Holanda, e o
comércio e a produção de açúcar foram profundamente prejudicados, pois os flamengos foram se
instalar nas Antilhas (na ilha de Curaçau, na América central) e se tornaram fortes concorrentes do
Brasil no mercado açucareiro. A produção de açúcar no caribe foi o início da decadência da nossa,
pois o açúcar era de melhor qualidade e estava muito mais próximo da Europa, barateando o
frete. Dessa forma, os holandeses passaram a fornecer um açúcar melhor e mais barato.

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4. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO
A expansão territorial foi motivada por fatores políticos, religiosos e econômicos.
 Políticos: com a União Ibérica (1580-1640) o tratado de Tordesilhas tornou-se obsoleto,
e colonos brasileiros ultrapassaram a fronteira.
 Religiosos:as Missões Jesuíticas penetraram profundamente no território espanhol, na
região sul e no vale do rio Amazonas.
 Econômicos
 Pecuária: foi praticada como atividade complementar à açucareira, oferecendo
animais de carga, couro e carne. Desenvolveu-se muito bem no cerrado e usava
mão de obra livre indígena.
 Bandeirantismo:principais responsáveis pela interiorização do território,
escravização de indígenas, destruição de quilombos e procura de metais preciosos.
 Mineração:povoou o interior do território e gerou povoamento e desenvolvimento
de núcleos urbanos espontâneos no MT (Cuiabá), Goiás (cidade de Goiás e
Pirenópolis) e MG (Vila Rica, Mariana, São João del Rey, Congonhas do Campo).

Depois de muitas disputas territoriais, em 1750, foi assinado o Tratado de Madri,que


estabeleceu as fronteiras atuais (com exceção do Acre, que foi incorporado em 1903 pelo Tratado
de Petrópolis). O grande articulador do acordo com a Espanha foi o primeiro ministro português
Marques de Pombal, que governou a colônia entre 1750 e 1777, e o princípio jurídico que norteou
as negociações foi o do “uti possidetis”(o direito de posse é de quem usa). Os critérios usados por
Portugal foram a presença de Igrejas portuguesas, a exploração econômica e o mapeamento do
território. Uma das consequências do tratado naquele contexto foram as Guerras Guaraníticas. A
região sul do Brasil era motivo de intenso litígio entre Portugal e Espanha. No tratado, a região dos
Sete Povos das Missões do Uruguai (missões jesuíticas) ficaria no Brasil, e Portugal cederia a região
de Sacramento (na foz do rio da Prata) à Espanha. Isso envolveria o deslocamento de missões
jesuíticas espanholas para cá da fronteira, bem como de milhares de indígenas e de cabeças de
gado. Os Jesuítas uniram-se aos indígenas e passaram a combater as tropas portuguesas e
espanholas que foram designadas para garantir a saída dos Jesuítas. Os confrontos ocorreram
entre 1753 e 1756, e foram um dos motivos políticos que levaram o Marquês de Pombal a
expulsar a ordem dos Jesuítas do Brasil, em 1759. Em 1767, a Espanha fez o mesmo, acabando
com o poderoso domínio das missões jesuíticas nas colônias ibéricas. O território dos sete povos
das missões, pouco depois, em 1801, foi reincorporado ao território brasileiro.

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O Tratado de Madri foi o mais importante de todos, principalmente porque depois dele as
alterações nas fronteiras do Brasil foram muito pequenas, ele colocou um limite à expansão
portuguesa nos territórios que, de acordo com o tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha. A
região amazônica foi ocupada pelos portugueses por meio de fortes militares e missões jesuíticas.
Portugal ficou com a bacia amazônica e garantiu a sua posse sobre sua foz atlântica, mas ficou sem
a foz do rio da Prata, que ficou com a Espanha, onde ficava a colônia de Sacramento.

4.1. INTERESSES PORTUGUESES

Podemos sintetizar os objetivos portugueses para negociar com os espanhóis nos seguintes
pontos:
1. Conseguir o equilíbrio entre as reivindicações sobre fronteiras coloniais, outorgando
uma parte maior da bacia amazônica a Portugal e do rio da prata à Espanha.
2. Garantir soberania indiscutível sobre os distritos de ouro e diamantes para a Coroa
Portuguesa.
3. Garantir a fronteira sulina do Brasil pela conservação do Rio Grande do Sul e pela
aquisição da região da missão espanhola jesuíta “sete povos”, na margem esquerda do
rio Uruguai.
4. Garantir a fronteira ocidental do Brasil e a comunicação fluvial com Maranhão-Pará,
certificando-se de que a navegação pelos rios amazônicos Tocantins, Tapajós e Madeira
permanecessem em mãos portuguesas.

4.2. INTERESSES ESPANHÓIS

1. Deter o avanço dos portugueses para o Oeste, pois eles já tinham se estendido por
grande parte do território que, em teoria, era espanhol, embora a área fosse
principalmente de mata virgem.
2. Garantir a colônia de Sacramento, na foz do rio da Prata, que funcionava como porta
dos fundos para o comércio ilegal de portugueses, o contrabando de navios ingleses e
franceses. Piratas ingleses tentaram navegar pelo estuário do rio da prata e procurar
caminhos para chegar às montanhas dos Andes, pois comercializavam ilegalmente com
o vice-reino do Peru, colônia espanhola. A pressão diplomática e ações de pirataria,
tornavam Buenos Aires perigosamente exposta à invasão estrangeira.

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3. Sabotar alianças entre contrabandistas ingleses e portugueses, e facilitar a união com


Portugal para combater as ambições inglesas na foz do rio da Prata.

4.3. PRINCIPAIS TRATADOS

 1713/1715: Tratado de Utrecht- O primeiro, de 1713,estabeleceu o rio Oiapoque, no


extremo norte (atual Amapá), como o limite de fronteira entre o Brasil e a Guiana
Francesa. O segundo, de 1715, estabeleceu que a Colônia do Sacramento, atual Uruguai,
passaria para os domínios portugueses. Ocorreu uma forte oposição dos Jesuítas e dos
indígenas dos Sete Povos que não aceitaram o domínio português na região.
 1750: Tratado de Madrid - Estabeleceu praticamente os limites atuais. O sul continuou
conflituoso e foi objeto de mais tratados. Também não existia ainda o Acre, que seria
incorporado ao território nacional em 1903, em decorrência do ciclo da borracha. Vigorou
o princípio do “uti possidetis”.
 1777: Tratado de Santo Ildefonso - A Espanha recuperou o território de sacramento e dos
7 povos das missões. Portugal achou desvantajoso e o conflito continuou.
 1801:Tratado de Badajoz- Retorna aos limites do sul estabelecidos pelo tratado de Madri.
Sacramento ficou para a Espanha e os sete povos para Portugal.
 1903: Tratado de Petrópolis - Incorporou o Acre ao território brasileiro.

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5. A SOCIEDADE MINERADORA: A CORRIDA DO OURO E O POVOAMENTO


DO INTERIOR

O Ouro foi encontrado no final do século XVII, por volta de 1695, pelo bandeirante paulista
Manoel de Borba Gato, que relatou ter encontrado ouro de aluvião às margens do rio das Velhas.
O século XVIII é conhecido como o século do ouro, pois floresceu uma sociedade diferente,
existente até então no Nordeste, e o garimpo foi a principal atividade econômica praticada no país
nesse momento. Havia o ouro de aluvião (encontrado nas beiras dos rios) e o ouro de lavras,
jazidas profundas que, para explorar, eram construídas as minas.
Milhares de pessoas migraram para a região, que passou por grandes transformações. Os
bandeirantes paulistas passaram a cruzar a região planáltica da serra da Mantiqueira (limites entre
SP e MG) e a cabeceira do Rio São Francisco. As principais minerações se desenvolveram ao longo
do Rio das Velhas, das Mortes e do Rio Doce. As monções (expedições fluviais dos bandeirantes)
tornaram-se mais intensas para as Minas através dos rios da bacia do Paraná (como o Tietê,
Paranapanema e Grande, que beira a foz do Velho Chico), e o rio São Francisco tornou-se o grande
eixo de integração e deslocamento entre o nordeste e a região mineradora.
O fluxo migratório foi tão intenso que a coroa portuguesa tentou inutilmente bloquear
algumas vezes os caminhos. Inevitavelmente os bandeirantes paulistas entraram em conflito com
os recém-chegados, pois queriam o monopólio das terras mineradoras. O choque entre os
paulistas e os imigrantes levou à Guerra dos Emboabas. Era o nome pejorativo pelo qual os
bandeirantes tratavam os “forasteiros”, comparando-os com um passarinho emplumado, pois os
recém-chegados se enrolavam em panos para não se machucar em meio aos espinhos do cerrado
que atravessavam.
Numa das batalhas, os emboabas, numericamente superiores, renderam os paulistas, que
estavam em desvantagem. Ao se renderem, baixaram as armas quando o líder emboaba Bento
Manoel Coutinho ordenou que fossem todos mortos. Esse episódio ficou conhecido como o Capão
da Traição. Em 1720, contra a instalação da casa de fundição, ocorreu a Revolta de Felipe dos
Santos, e contra a Derrama de 1789, foi tramada a revolta conhecida como Inconfidência Mineira,
que não chegou a deflagrar-se, pois foi delatada.

5.1. IMPACTOS DA MINERAÇÃO

 Grande migração para a região, o que provocou um incrível aumento populacional.

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 Urbanização da região de Vila Rica (atual Ouro Preto). É a primeira urbanização


espontânea do Brasil.
 Mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste.
 Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
 Surgimento de trabalhadores livres, e pela primeira vez na colônia a pecuária era uma
exceção.
 Surgimento de vias de comunicação entre as regiões brasileiras e a região mineradora.
Surgiram estradas cuja mais importante foi a Estrada Real, que ligava Vila Rica a Parati
(caminho velho) e ao RJ (caminho novo).

2. Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e


XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:

A) o enfraquecimento do mercado interno.


B) a integração econômica da colônia.
C) o povoamento da região das minas.
D) a conquista do Brasil central.
E) o desenvolvimento urbano.

Comentários
A mineração proporcionou o povoamento da região das minas, promovendo a urbanização e
o desenvolvimento do mercado interno, até então inexistente.
Gabarito: A

A coroa portuguesa, para fiscalizar a mineração e cobrar impostos, criou as Casas de


Fundição. O ouro em pó deveria ser levado para elas, a fim de que fosse derretido e transformado
em barras. Os principais impostos eram:
 Quinto (20%).
 Capitação (17g por escravo).
 Finta (quando a produção caiu, deveriam mandar 15 arrobas anuais para Portugal).

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No final do século XVIII, o Brasil deixou de mandar os carregamentos de ouro;sendo assim,


Portugal decretou a cobrança forçada, a Derrama (a grande motivação para a Inconfidência
Mineira).
O fluxo de pessoas para a região mineradora foi intenso, tanto de portugueses vindos da
metrópole quanto de colonos aventureiros, principalmente do nordeste, como também de ordens
religiosas. Chegavam aos montes, o que fez com que, em pouco tempo, Vila Rica se tornasse um
enorme aglomerado, todo desordenado e com muitos conflitos. O ambiente era bastante violento,
com uma grande quantidade de mendigos e gente de toda sorte, que iam para a região a fim de se
refugiarem.
É muito interessante observar que o ouro era muito abundante, e isso gerou uma situação
econômica interessante:
 1° – o preço do ouro caiu no chão, e todos os gêneros de consumo, principalmente os
alimentos, foram às alturas.
 2° As grandes fortunas foram criadas não por mineradores, mas por comerciantes que
abasteciam as minas com todo tipo de produtos. Muitas fazendas no interior mineiro
fizeram fortunas plantando alimentos e processando produtos básicos.
Talvez a maior preocupação da metrópole fosse manter o controle sobre a região
mineradora, pois o contrabando era preocupante. As Casas de Fundição serviam para combatê-lo
na medida em que foi proibido o ouro em pó, e quando as barras eram fundidas com o selo real, o
quinto já era cobrado. Havia os chamados santos do pau oco, em que ouro era contrabandeado em
imagens sacras.

3. Diferentemente de outras atividades econômicas do Brasil Colônia, a mineração foi


submetida a um rigoroso controle por parte da metrópole. Neste contexto:
A) os Códigos Mineiros de 1603 e 1618 já impediam a livre exploração das minas, impondo
uma série de condições e restrições.
B) as Intendências das Minas criadas pelo Regimento de 1702 impuseram um controle
absoluto sobre toda a produção mineradora, embora ainda estivessem subordinadas a outras
autoridades coloniais.
C) a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de Fundição, no final do século
XVII, onde o ouro era fundido em barras timbradas com o selo real, embora a circulação do
ouro em pó ainda fosse permitida.

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D) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de
fiscalizar se o pagamento do quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem
de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas para as Minas.
E) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada
um de seus escravos, do qual ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos.
Comentários
Devido ao contrabando existente na região, o governo metropolitano precisava impor um
controle rígido, inclusive nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C], já que
a primeira parte está correta, mas o final da opção contém um equívoco: a circulação do ouro
em pó também foi proibida com a criação das Casas de Fundição.
Gabarito: D

5.2. A VILA RICA DO BARROCO, ROCOCÓ E REPUBLICANISMO

Durante a mineração, floresceu a arte Barroca e o Rococó, cujo principal nome é Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São estéticas artísticas profundamente influenciadas pela
religiosidade católica e caracterizadas principalmente pelas igrejas e imagens sacras. Foi a
expressão do mundo urbano colonial que, como regra, era profundamente religioso.

O Museu da Inconfidência, situado na Praça Tiradentes, na atual cidade de Ouro Preto, era
o prédio da Câmara Municipal de Vila Rica. Sua parte inferior (na altura da escadaria) era a
prisão em que Tiradentes ficou preso antes de sua decapitação no RJ.

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O traço arquitetônico e o interior da Igreja de São Francisco de Assis são atribuídos a


Aleijadinho. Ela éo principal elemento arquitetônico que simboliza o Barroco/Rococó, sendo um
registro da riqueza das irmandades religiosas mineiras.

Observe atentamente as imagens. Elas são representações artísticas de práticas sociais


que ocorriam no país. Essas imagens já foram objetos de questão, pois demonstram como é
relativa a ideia de “bárbaro”. Tanto os tupinambás canibais quanto o sistema jurídico português
tinham práticas que podemos considerar bárbaras, como o esquartejamento e a exposição dos
membros.

Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o símbolo de um ciclo econômico. Cada vez mais, a pesquisa
histórica recente combate à ideia de ciclos econômicos, pois eles podem passar o conceito errôneo
de uma economia monoprodutora. Na colônia, éramos sem dúvidas dependentes do açúcar, pois
leis portuguesas proibiam o cultivo de qualquer produto que não fosse a cana, a 100 km do litoral.
No entanto, as pesquisas atuais apontam para uma economia mais diversificada do que se
imaginava, pois, no século XVII, éramos também o maior fornecedor de tabaco e algodão das
empresas europeias. Entretanto, durante a mineração, o termo ciclo não é inadequado, pois ela

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durou pouco mais de 70 anos. Depois disso, as reservas se esgotam e começaram a ocorrer vários
conflitos com a metrópole, o mais importante deles foi a Inconfidência Mineira.
A civilização do ouro era essencialmente urbana, sendo assim o comércio era muito
importante. O preço do ouro caiu (lei da oferta e da procura), com isso a prata passou a ser mais
valiosa em alguns momentos, e os preços dos alimentos também ficaram altíssimos. A paisagem
era toda desordenada e sem saneamento adequado. Uma modalidade diferente de escravidão
surgiu ali: o escravo de ganho. Eles pertenciam a algum comerciante e eram vendedores
ambulantes. Com o tempo de trabalho compravam sua alforria, muito africanos conseguiram sua
liberdade e a de descendentes de suas tribos dessa maneira. De acordo com as novas pesquisas,
alguns chegaram até mesmo a enriquecer com a prática.
Quem foi o maior beneficiário do ouro brasileiro? A Inglaterra. Portugal encontrava-se
muito endividado com os ingleses, de tal modo que os carregamentos de ouro chegavam a
Portugal e nem eram descarregados: somente realizavam a contabilidade e o navio seguia para
Inglaterra. A origem dessa dívida foi um tratado comercial de 1703, o Tratado de Methuen, mais
conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos. Os produtos importados por Portugal eram
manufaturados, de maior valor agregado, enquanto exportava vinhos e outros produtos
artesanais, com baixo valor agregado. Em pouco tempo, uma dívida gigantesca surgiu, tornando a
economia lusitana dependente da britânica, que acumulou capitais para industrializar-se,
enquanto Portugal continuou um império comercial e agrário, dependente de tecnologia externa.

4. O Tratado de Methuen, assinado em 1703, por portugueses e ingleses,

A) incrementou a industrialização em Portugal e no Brasil.


B) abriu um importante canal para a transferência da riqueza produzida no Brasil para a
Inglaterra.
C) criou foro especial para julgar cidadãos britânicos que viviam no Brasil.
D) trouxe vantagens para Portugal nas relações comerciais bilaterais com a Inglaterra.
E) favoreceu o desenvolvimento da indústria luso-brasileira.

Gabarito: B

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6. REVOLTAS NO PERÍODO COLONIAL (NATIVISTAS) E PROJETOS DE


INDEPENDÊNCIA

6.1. AS REVOLTAS NATIVISTAS

As Revoltas Nativistas foram provocadas pela insatisfação das elites coloniais com o
monopólio comercial da metrópole e com as disputas por território, como a guerra dos emboabas.
Elas não pretendiam a independência de Portugal, mas flexibilizações no pacto colonial, pois eram
contra os altos impostos.
Principais razões:
 Monopólio português do comércio de mercadorias (pacto colonial).
 Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
 Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os
comerciantes.
 Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.
 Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de
ouro realizada pelos colonos brasileiros.
 Exploração colonial praticada por Portugal e o rígido controle imposto pela metrópole,
por meio de leis, sobre o Brasil.

Em 1640, contra o fim da União Ibérica, os paulistas que queriam ficar com a Espanha
recusaram-se a reconhecer o novo rei de Portugal, D. João duque de Bragança, e aclamaram como
rei o governador-geral Amador Bueno, que não aceitou a aclamação e jurou lealdade à coroa.

Revolta Ano Local

Bandeirantes contra os forasteiros


Guerra dos
1708 disputando as regiões auríferas recém- MG
Emboabas
encontradas em MG.

Revolta de Revolta da elite mineradora contra os


Felipe dos 1720 autos impostos e a exploração MG
Santos metropolitana.

Guerra dos 1710- Olinda era a capital da província e Recife PE

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Mascates 1711 conseguiu sua emancipação política. Era


o centro econômico, aterra dos
comerciantes e dos mascates.
Insatisfação com os altos impostos e com
Beakman 1684 o abastecimento precário de víveres e MA
mão de obra no Maranhão.

6.2. REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS: INCONFIDÊNCIA MINEIRA E CONJURAÇÃO BAIANA

Elas foram duas revoltas que pretendiam conquistar a independência de Portugal e


possuíam um projeto de República. A inconfidência mineira foi uma conspiração sufocada antes de
chegar a sair às ruas.
A inconfidência foi também chamada de inconfidência dos poetas, pois alguns de seus
integrantes, como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, foram importantes poetas
do Arcadismo (estética da literatura da época). Teve caráter elitista e republicano, e seus membros
reivindicavam a independência das Minas (não de todo o Brasil). Eles eram liberais, ou seja,
influenciados pelo iluminismo, sendo assim, tinham o projeto de livre comércio, logo que se
libertassem do pacto colonial, e da criação de uma universidade em Vila Rica.
O movimento foi delatado por José Silvério dos Reis, um rico dono de lavras,
profundamente endividado com Portugal. É dessa época que surgiu a delação premiada. Entregou
os inconfidentes antes de o movimento ser deflagrado, pois tinha sido marcado para o dia da
Derrama, e em troca teve suas dívidas perdoadas. Eles foram presos, mas a maior parte foi
anistiada (receberam o perdão dos crimes políticos), uns foram exilados em Angola, e o alferes
Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, foi enforcado no Rio de Janeiro e
depois esquartejado e exposto na estrada real, que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro. Era um
movimento separatista e republicano, com ideais iluministas e inspirado na independência dos
EUA.
A Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, foi também separatista e republicana. Mais
radical que a inconfidência mineira, chegou a sair às ruas e seus integrantes tiveram vários
combates armados com as tropas metropolitanas. A revolta foi guiada pelas elites, mas teve amplo
apoio popular. Devido a isso, tinham claramente a proposta de abolição da escravidão (o que não
era consenso entre os inconfidentes mineiros). Ela também foi guiada pelos ideais iluministas e se
inspirou na fase mais radical da Revolução Francesa.

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5. No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos


revolucionários que ficaram conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração
Baiana (1798).
Quais características são comuns entre eles?
A) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da
sociedade local.
B) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com
a escravidão.
C) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista.
D) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de
pessoas ligadas à elite da sociedade local.
E) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil.

Comentários
Foram os principais movimentos “emancipacionistas”, ou seja, lutaram pela independência
do Brasil, rejeitando o pacto colonial que caracterizava o domínio português. Os dois
movimentos foram influenciados pelo iluminismo e defendiam um modelo republicano para
o país livre. Enquanto o movimento baiano teve forte presença popular e defendeu o fim da
escravidão, o movimento mineiro foi elitizado e se omitiu frente à questão do escravismo.
Gabarito: C

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7. O PERÍODO POMBALINO
Corresponde ao período do governo do primeiro ministro português Marques de Pombal,
entre 1750 e 1777. Ele era um déspota esclarecido, ou seja, era representante de um poder
absolutista, mas influenciado pelas ideias liberais do iluminismo. Pretendia dinamizar a economia
da colônia e aumentar a arrecadação portuguesa, bem como aumentar o controle metropolitano.
 Criou companhias de comércio colonial no Grão Pará (Amazônia), Pernambuco e
Paraíba.
 Extinguiu a capitação (imposto sobre escravos nas minas) e decretou a derrama.
 Tratado de Madri.
 Transferência da capital de Salvador para o RJ.
 Liberação de Manufaturas.
 Expulsão dos Jesuítas.
 Proibição da escravidão indígena.
 Extinção das capitanias hereditárias.
Pombal teve um governo determinante para Portugal. Em 1755 ocorreu o terremoto de
Lisboa, que destruiu a capital. Ele reconstruiu a cidade e as regiões destruídas, organizou a
administração colonial tirando a influência jesuítica, promoveu o fim das capitanias e o mais
importante: liberou as manufaturas, que eram expressamente proibidas pelo pacto colonial, desde
o início da colonização. Apesar de sua importância, não gozava de popularidade entre a nobreza e
era protegido do rei. Seu governo teve fim com a morte do rei Jaime I, que foi sucedido pela rainha
Maria, conhecida como a louca, por apresentar sinais de demência. Ela revogou todas as medidas
tomadas por Pombal, o que ficou conhecido como a Viradeira.
No final do século XVIII, o antigo sistema colonial apresentava sinais de desgaste, e o contexto
político europeu era de revoluções que combatiam o antigo regime e, consequentemente, o
sistema colonial então vigente. Em 1808, para escapar das ameaças francesas de Napoleão
Bonaparte (desfecho da Revolução Francesa), a corte portuguesa foi transferida para o RJ, dando
início ao processo de independência do Brasil.

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8. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

8.1. ESCRAVIDÃO E DOMÍNIO HOLANDÊS

1. A mão de obra dos engenhos era, inicialmente, indígena. Contudo, a partir do século XVII,
ocorreu uma redução na população indígena, o que fez com que os colonos buscassem
alternativas de trabalho.
2. Para tanto, optou-se pela escravidão africana, a qual resultou em um lucrativo tráfico de
negros entre o continente africano e o litoral brasileiro (sobretudo a Bahia e o Rio de
Janeiro).
3. A mão de obra africana representou a base das atividades econômicas no Brasil colonial,
com a produção do açúcar e a mineração. Contudo, os africanos também foram utilizados
em outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e algodão), na criação de animais, no transporte
e nos serviços domésticos.
4. O mercado interno colonial era voltado à produção para exportação, com base na
exploração de recursos em proveito da metrópole portuguesa e do comércio europeu.
Neste sentido, a plantation representa a forma básica da colonização, constituída pela
grande propriedade agrícola (o latifúndio), a monocultura exportadora e a escravidão.
5. A economia brasileira também se dedicou à pecuária, em regiões como o Maranhão, a
Bahia, o sul de Minas e o Rio Grande do Sul.
6. No século XVIII, com a descoberta de jazidas de ouro no interior do país, a necessidade da
mão de obra aumentou, o que incentivou o crescimento significativo do tráfico negreiro
para o Brasil. Vinham, em grande parte, da África Central (no caso dos bantos, vindos da
Angola e do Congo) e da África Ocidental (Daomé, atual Benin, Nigéria e Guiné, no caso
dos sudaneses).
7. Dentre os escravos que vinham para o Brasil, havia distinção entre as suas funções. Os
escravos de ganho, obtidos em leilões, trabalhavam nos engenhos, nas plantações de
algodão, na mineração, em serviços domésticos, fazendo artesanato ou nas cidades. Os
escravos que trabalhavam nas lavouras eram chamados de negros de eito e estavam sob a
fiscalização dos feitores. Os escravos domésticos recebiam, normalmente, melhores
roupas e uma alimentação mais adequada, ao contrário dos que trabalhavam em lavouras.
8. O processo de adaptação cultural também distinguia os negros em dois grupos: boçal, que
tinha menor valor e desconhecia a língua portuguesa e o trabalho na colônia, e o ladino,
que já conhecia o idioma e a rotina de trabalho.

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9. Diante das torturas e castigos sofridos, os africanos se organizaram em grupos de


resistência e reação à escravidão. As formas de resistência iam desde o aborto de
mulheres grávidas, para que seus filhos não nascessem escravizados, até ao suicídio. As
fugas individuais e coletivastambém eram práticas comuns, nas quais os escravos
formavam comunidades negras para a mútua proteção: os chamados quilombos ou
mocambos.
10. Dentre os quilombos mais conhecidos, destaca-se o dos Palmares, localizado em Alagoas,
que existiu entre 1629 e 1694, cujo ápice marca a presença de cerca de 20 mil habitantes.
Dentre seus principais líderes, destacamos Ganga Zumba e seu sobrinho Zumbi, que
comandaram a luta contra os ataques dos brancos.
11. Durante a União Ibérica (1580-1640), o território até então português passou ao domínio
espanhol. Neste cenário, em 1581, a Holanda e outros territórios, até então sob o jugo
espanhol, declararam independência por meio da proclamação da República das
Províncias Unidas.Como punição, Felipe II, rei espanhol, proibiu que os holandeses
comercializassem com os produtores das colônias portuguesas, o que ficou conhecido
como embargo espanhol.
12. A Holanda reagiu ocupando o nordeste brasileiro, no início do século XVII. Em 1621,
fundaram a Companhia das Índias Ocidentais, possuindo o monopólio do comércio com
regiões da África Atlântica e da América. Obtiveram sucesso em Pernambuco, no ano de
1630, após uma fracassada tentativa de ocupar a Bahia, em 1624.
13. Para reorganizar a produção açucareira em Pernambuco, a Holanda enviou o conde
Maurício de Nassau, o qual ficou entre 1637 e 1644 na região. Dentre as principais
características de sua administração, temos: crédito aos senhores de engenho, tolerância
religiosa, obras urbanas e desenvolvimento da vida cultural.
14. Após a saída de Nassau, grupos de luso-brasileiros reagiram às cobranças excessivas de
impostos por parte da Companhia das Índias Ocidentais.No ano de 1645, teve início a luta
pela expulsão dos holandeses, conhecida como Insurreição Pernambucana.
15. A Batalha dos Guararapes (1648-1649) é um marco desse período, no qual os holandeses
foram derrotados pela união dos luso-brasileiros e indígenas.
16. Em 1654, finalmente, os holandeses se rendem. Contudo, a saída dos holandeses se deu,
efetivamente, por meio de acordos diplomáticos, como o Tratado de Haia (1661), que
estabelecia que os territórios conquistados pela Holanda no Brasil (Nova Holanda) seriam
devolvidos a Portugal em troca do pagamento de uma indenização em dinheiro.
17. Diante de tal situação, Portugal passou por crises econômicas em consequência de sua
dependência inglesa, responsável pela proteção político-militar. O Tratado de
Methuen(conhecido como Tratado de Panos e Vinhos, de 1703), estabelecia que Portugal
compraria tecidos de lã ingleses e, em troca, a Inglaterra compraria os vinhos portugueses.
Este monopólio fez com que o desenvolvimento de Portugal se estagnasse e se armasse
em dívidas.

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18. A concorrência açucareira, com a produção do açúcar antilhano pelos holandeses, também
agravou a crise financeira portuguesa. Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão
entre Olinda e Recife. Nesse ano, os olindenses invadiram o Recife dando início à Guerra
dos Mascates. Inicialmente os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711, os
recifenses (mascates) se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na
cidade. A guerra terminou em 1711, sendo que os mascates reassumiram suas posições.

8.2. BANDEIRANTISMO, MINERAÇÃO E PRIMÓRDIOS DA INDEPENDÊNCIA

1. A partir do século XVII, a ocupação territorial do Brasil ganhou força rumo ao interior,
resultado de diferentes sujeitos: os exploradores, em expedições feitas pelo governo para
expulsar invasores; os bandeirantes, que aprisionavam indígenas e africanos fugidos em
sua busca por metais preciosos; os jesuítas, que fundaram aldeamentos para a
catequização de nativos e busca de riquezas naturais; e os criadores de gado, cujos
rebanhos e fazendas se expandiram rumo ao interior do país.
2. Houve, ainda no século XVI, uma série de expedições em busca de ouro organizadas pelo
governo e que ficaram conhecidas como as entradas. No século XVII, por sua vez, também
ocorreram expedições organizadas por particulares, as chamadas bandeiras. Os
bandeirantes entravam pelo sertão em busca de riquezas sob a liderança de um armador.
3. São comuns 3 tipos de atividades bandeirantes: a de apresamento (captura de nativos para
a venda como escravos), a de caráter prospector (procura de metais preciosos) e a de
sertanismo de contrato (combate de nativos e captura de negros fugidos).
4. Outro tipo de expedição ficou conhecido pelo nome de monções: expedições de comércio
com o intuito de atender às necessidades de abastecimento, sobretudo nas regiões de São
Paulo, Mato Grosso e Goiás.
5. No que diz respeito à presença jesuíta, sacerdotes pertencentes à Companhia de Jesus,
fundada na Europa por Inácio de Loyola em 1534, procuravam divulgar o catolicismo pelo
mundo, inclusive no Brasil. Contudo, muitos colonos eram contrários à presença jesuíta,
uma vez que desejavam a captura e a escravização dos nativos, algo que era condenado
pela ordem jesuítica.
6. Em 1684, no Maranhão, ocorreu a chamada Revolta de Beckman, cuja causa é o
descontentamento com a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão,
instituída dois anos antes e que não cumpriu com seus compromissos, agravando a crise
econômica e o descontentamento dos colonos.
7. A pecuária também gerou um avanço das fronteiras, os tratados até então estabelecidos
(no caso, o de Tordesilhas, de 1494) foram desconsiderados e as atividades foram
intensificadas, sobretudo, nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo,
com o charque (nome sulino para a carne bovina cortada em mantas, salgada e secada ao
sol).

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8. Para fixar novas fronteiras coloniais, alguns tratados foram assinados entre Portugal,
França e Espanha:
 Tratado de Ultrecht (1713 e 1715): estabelecia que o limite de fronteira entre Brasil
e Guiana Francesa seria, inicialmente, o rio Oiapoque; o segundo procurava resolver
as pendências entre portugueses e espanhóis, estabelecendo que a Colônia de
Sacramento pertenceria aos portugueses.
 Tratado de Madri (1750): entre Espanha e Portugal, deixava a Colônia de
Sacramento sob posse da Espanha, mas reivindicava a Portugal a região dos Sete
Povos das Missões, mas não foi cumprido.
 Tratado de Santo Ildefonso (1777): estabelecia que os espanhóis ficariam com
Sacramento e a região dos Sete Povos, mas exigia que as terras do Rio Grande do
Sul, até então ocupadas pela Espanha, fossem devolvidas a Portugal, mas os
portugueses recusaram.
 Finalmente, o Tratado de Badajós (1801) estabeleceu os mesmos pontos do
Tratado de Madri e foi aceito pelas potências.
9. A mineração, a partir do século XVIII, também foi um fator determinante para a expansão
das fronteiras, sendo que jazidas de ouro de aluvião (encontrado às margens de rios)
foram descobertas desde o final do século anterior. Sua notícia se espalhou e inúmeras
pessoas foram em direção às Minas Gerais.
10. Entre 1707 e 1709 ocorreu a Guerra dos Emboabas, conflito pelo direito de exploração das
recém-descobertas jazidas de ouro em Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os
desbravadores paulistas e os portugueses que vieram depois da descoberta das minas,
tendo sido vencido pelos portugueses.
11. Para o controle do ouro, a Coroa Portuguesa criou as Casas de Fundição, responsáveis pela
transformação do ouro em barras e que, de sua transformação, já retirava o quinto, ou
seja, 20% de todo o ouro extraído deveria ser pago, sob o título de impostos, a Portugal.
12. Tais atitudes geraram revoltas em Minas Gerais, sendo a mais famosa delas a de Vila Rica,
em 1720, na qual cerca de 2 mil pessoas se rebelaram contra a existência das Casas de
Fundição. Contudo, seu líder, Felipe dos Santos,foi preso, enforcado e esquartejado em 16
de julho de 1720.
13. Devido à alta exploração ao longo do século XVIII, ocorreu uma crise econômica na qual os
mineradores não conseguiam mais pagar os impostos. Portugal, então, estipulou a
cobrança da Derrama, em 1765, que representava a cobrança compulsória dos impostos
atrasados. Isto gerou inúmeras insatisfações na população e causou, em 1789, aquela que
ficou conhecida como a Inconfidência Mineira, de caráter separatista, sob a liderança do
alferes Tiradentes e outros letrados, cujos referenciais iluministas já estavam existentes.
Denunciada por Joaquim Silvério dos Reis, um de seus membros, em troca do perdão de
suas dívidas, a revolta foi contida e seus líderes presos, à exceção de Tiradentes, membro
mais pobre, que foi punido com o esquartejamento.
14. Em virtude da decadência da economia açucareira e da transferência da capital da colônia
para o Rio de Janeiro, em 1763, a Bahia passava por uma grave crise econômica,

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especialmente as camadas inferiores, composta por ex-escravos, pequenos artesãos e


mestiços. Em 1797 é fundada, em Salvador, a primeira loja maçônica do Brasil (Loja dos
Cavaleiros da Luz). Participavam de suas reuniões, dentre outros, os intelectuais Cipriano
Barata e Francisco Muniz Barreto. Contaram também com o apoio de pessoas
provenientes de camadas populares: João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas e Luís
Gonzaga das Virgens. A partir de 1798, circulam panfletos dirigidos à população,
conclamando a todos a uma revolução e à proclamação da República Baiense. Os panfletos
defendiam a igualdade social, a liberdade de comércio, o trabalho livre, a extinção de
todos os privilégios sociais e do preconceito de cor. Esse movimento apresentava um forte
caráter popular, sendo por isto também conhecido como a Revolta dos Alfaiates.
15. Em 1808, ocorreu a transmigração da Corte Portuguesa ao Brasil, inaugurando uma nova
era político-administrativa, que abriu definitivamente uma nova fase na Colônia, até
culminar com a sua independência, no ano de 1822.
16. Neste preâmbulo, revoltas de caráter emancipacionista ocorrem e enfraquecem o domínio
da metrópole portuguesa, aspectos estes que serão mais bem trabalhados em nosso
material sobre o Brasil Império.

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9. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS

1) Os portugueses não se preocuparam em promover, de início, a ocupação definitiva dos


territórios então “descobertos”. A que fato isso se deve?
2) O primeiro produto a ser explorado pelos portugueses foi o pau-brasil, árvore típica da
região e que tinha enorme valor no mercado europeu. Qual era o interesse econômico
e como a árvore era extraída?
3) Que motivos levaram a Coroa Portuguesa a intensificar a colonização do Brasil?
4) Sabemos que a produção açucareira foi incentivada no Brasil. Qual era o interesse
português nessa produção?

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5) Como foi o contato inicial dos portugueses com os indígenas e o que mudou ao longo
do século XVI?
6) Quantas eram as capitanias hereditárias e quais resultados elas apresentaram?
7) O que foi o sistema de Governo-Geral?
8) Quem eram os chamados “homens bons” e onde eles atuavam?
9) Comoera a relação entre a Igreja e o Estado nesse período?
10) Como se chamava o órgão responsável pela punição de práticas contrárias ao
catolicismo?
11) Quais eram os principais beneficiados com a produção do açúcar no Brasil?
12) Comente os principais fatores que levaram ao uso da escravidão africana na América
Portuguesa.
13) Quais foram as principais divisões entre os escravos africanos no Brasil?
14) De que forma se estruturou o mercado interno colonial?
15) Cite algumas das principais formas de resistência utilizadas pelos escravos africanos.
16) Quais foram as principais repercussões da União Ibérica no Brasil?
17) Quais foram as principais medidas do governo de Maurício de Nassau em Pernambuco?
18) Quais foram as formas de expansão rumo ao interior do Brasil?
19) Cite e explique, sucintamente, os principais Tratados fronteiriços do século XVIII.
20) Explique a diferença entre “bandeiras” e “entradas” no contexto da expansão
territorial.
21) Cite as causas da Guerra dos Emboabas.
22) O que eram as Casas de Fundição e o que representava o “quinto”?
23) O que gerou a Revolta de Vila Rica, em 1720, e como ela pode ser relacionada com a
sociedade da época?
24) O que foi a “derrama”?
25) O que defendia a Conjuração Baiana de 1798?

QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Os portugueses não se preocuparam em promover, de início, a ocupação definitiva dos


territórios então “descobertos”. A que fato isso se deve?
O período entre 1500 e 1530 é conhecido como pré-colonização, uma vez que os interesses
de Portugal ainda se encontravam no comércio de especiarias com as Índias, muito lucrativo
no período. A partir de 1530, contudo, em virtude do aumento da concorrência, sobretudo a

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italiana, Portugal voltou sua atenção de forma mais direta às terras descobertas, além da
preocupação com as possíveis invasões. Vale lembrar que não são apenas Portugal e Espanha
que estão realizando a expansão marítimo-comercial no período.
2) O primeiro produto a ser explorado pelos portugueses foi o pau-brasil, árvore típica da
região e que tinha enorme valor no mercado europeu. Qual era o interesse econômico e
como a árvore era extraída?
O pau-brasil foi amplamente explorado no Brasil, sobretudo nas regiões litorâneas do
território, de forma a ser enviado mais facilmente à Europa. O interesse econômico em
relação à árvore era devidoa sua pigmentação avermelhada, que era utilizada para colorir
tecidos europeus. Sua extração se deu a partir do trabalho indígena, o qual inicialmente era
trocadopor objetos de pouco valor, vindos da Europa, e que os nativos nunca tinham visto
antes, ou seja, o chamado escambo. Posteriormente, com as resistências indígenas, passou-
se a utilizar da força física e de castigos para que a extração continuasse.
3) Que motivos levaram a Coroa Portuguesa a intensificar a colonização do Brasil?
A intensificação da colonização brasileira se deu como consequência da esperança em achar
metais preciosos, como em territórios espanhóis, e também como proteção das terras de
invasões estrangeiras. Ademais, pode-se apontar o declínio no comércio das especiarias em
virtude da concorrência estabelecida.
4) Sabemos que a produção açucareira foi incentivada no Brasil. Qual era o interesse
português nessa produção?
Sua produção ocorreu, inicialmente, graças às experiências positivas do cultivo de cana-de-
açúcar na África. Como os solos eram semelhantes, Portugal procurou plantar a cana no
Brasil, pois sua produção e venda gerariam imensos lucros à Coroa.
5) Como foi o contato inicial dos portugueses com os indígenas e o que mudou ao longo do
século XVI?
Inicialmente foi positivo e mais acessível em razão do escambo realizado, no entanto, no
decorrer do século XVI, o contato com os indígenas passou a sofrer resistências, como
resultado da violência empregada pelos colonos e do excesso de trabalho aos quais os
indígenas eram submetidos.
6) Quantas eram as capitanias hereditárias e quais resultados elas apresentaram?
No total, o território brasileiro foi dividido em 15 capitanias, de norte a sul. Contudo, elas não
obtiveram o sucesso esperado, uma vez que o território era muito vasto e dificultava a
comunicação entre si. Houve, inclusive, capitanias em que os donatários sequer tomaram
posse. Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente obtiveram êxito financeiro, e tal
sistema foi gradualmente substituído pelo Governo-Geral.
7) O que foi o sistema de Governo-Geral?
Foi um sistema que procurou integrar o território brasileiro por meio da centralização do
poder administrativo da colônia. Seu primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa e sua sede
era em Salvador.
8) Quem eram os chamados “homens bons” e onde eles atuavam?

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Os chamados homens bons eram os proprietários de terras, de gados ou de escravos e que


viviam na cidade. Sua atuação se dava no campo político, sobretudo nas Câmaras Municipais.
9) Como era a relação entre a Igreja e o Estado nesse período?
A relação Igreja-Estado era feita por meio do regime do padroado, acordo entre o papa e o
Rei de Portugal que estabelecia direitos e deveres da Coroa em relação à Igreja. Dentre seus
principais deveres, podemos destacar a expansão do catolicismo nas terras conquistadas por
Portugal e a construção de igrejas. Como direitos, a Coroa receberia o dízimo (10%) dos
ganhos ofertados pelos fiéis à Igreja.
10) Como se chamava o órgão responsável pela punição de práticas contrárias ao
catolicismo?
O órgão responsável pelas punições e julgamentos de práticas heréticas era a Inquisição
Portuguesa, ou Tribunal do Santo Ofício, que realizava visitações em que o sacerdote abria
processos contra as pessoas acusadas, levando-os, inclusive, a Portugal para julgamento.
11) Quais eram os principais beneficiados com a produção do açúcar no Brasil?
Os principais beneficiados com a produção do açúcar foram, sobretudo, os holandeses, que
ficaram responsáveis pelo controle da distribuição comercial no mercado europeu
(transporte, refino e venda), uma vez que a produção, feita pelos portugueses, era menos
rentável que a comercialização.
12) Comente os principais fatores que levaram ao uso da escravidão africana na América
Portuguesa.
A mão de obra africana procurou substituir a indígena, uma vez que muitos nativos foram
dizimados ao longo dos séculos XVI e XVII. Ademais, deve-se destacar que o tráfico negreiro
era extremamente lucrativo para os envolvidos, no qual os africanos eram vendidos da África
para o Brasil e geravam lucros a Portugal.
13) Quais foram as principais divisões entre os escravos africanos no Brasil?
Os escravos africanos que trabalharam no Brasil foram divididos entre: escravos de ganho
(adquiridos em leilões), negros do eito (aqueles que trabalhavam nas lavouras), escravo boçal
(que desconhecia a língua portuguesa e o trabalho na colônia) e escravo ladino (entendia a
língua e já conhecia a rotina de trabalho).
14) De que forma se estruturou o mercado interno colonial?
O mercado interno colonial foi estruturado, basicamente, visando ao comércio com o
exterior, sobretudo com os países da Europa. A exploração dos recursos naturais visava ao
proveito da metrópole portuguesa e sua obtenção de lucros. Sua atividade exportadora foi
resultado do cultivo e organização da economia em torno da chamada plantation, uma das
formas mais básicas da colonização do Brasil, pautada pela grande propriedade agrícola e
pela monocultora, sendo escravocrata e exportadora.
15) Cite algumas das principais formas de resistência utilizadas pelos escravos africanos.
Dentre as principais formas de resistência, podemos citar: prejuízo de produções, incêndios
propositais e organização de quilombos, ou seja, grupos de escravos que fugiam e se
organizavam mutuamente contra os europeus.

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16) Quais foram as principais repercussões da União Ibérica no Brasil?


O fim da União Ibérica, em 1640, marca o processo da restauração portuguesa ao trono de
Portugal. Neste sentido, durante a União, o rei Felipe II instituiu aquele que ficou conhecido
como o embargo espanhol à Holanda. Em 1621 foi criada a Companhia das Índias Ocidentais
pelos holandeses, que foram os responsáveis pela ocupação do Nordeste brasileiro e pela
busca de lucros na região.
17) Quais foram as principais medidas do governo de Maurício de Nassau em Pernambuco?
Dentre as principais medidas adotadas por Maurício de Nassau, em seu governo na capitania
de Pernambuco (1637-1644), podemos destacar: reativação da produção açucareira,
tolerância religiosa, investimento em obras urbanas, estímulo à vida cultural e obras
sanitárias.
18) Quais foram as formas de expansão rumo ao interior do Brasil?
Dentre as principais formas de expansão rumo à interiorização do Brasil, temos: as
expedições militares (ocupar e defender as terras brasileiras de ameaças estrangeiras), as
entradas, as bandeiras, as missões jesuíticas e a ampliação da pecuária.
19) Cite e explique, sucintamente, os principais Tratados fronteiriços do século XVIII e o
Tratado de Badajós.
Os principais tratados feitos no período foram: Ultrecht (1713 e 1715), estabelecia as
fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, além de buscar solucionar os embates
fronteiriços entre Portugal e Espanha; Madri (1750), determinava que a Portugal e à Espanha
caberia a posse das terras que ocupavam na colônia. Sacramento pertenceria à Espanha e
Sete Povos das Missões a Portugal, mas não foi assinado em razão das resistências de jesuítas
e guaranis; Santo Ildefonso (1777), estabelecia a posse de Sacramento e Sete Povos à
Espanha, e devolvia as terras correspondentes ao Rio Grande do Sul a Portugal. Foi
considerado desvantajoso por Portugal, então não foi assinado; Badajós(1801), confirmou as
fronteiras estabelecidas no Tratado de Madri, de 1750.
20) Explique a diferença entre “bandeiras” e “entradas” no contexto da expansão
territorial.
As bandeiras eram as expedições feitas rumo ao interior do país em busca de ouro,
patrocinadas por particulares. Por sua vez, as entradas representavam a exploração do
território brasileiro em busca de metais preciosos, eram patrocinadas pelo governo.
21) Cite as causas da Guerra dos Emboabas.
A Guerra dos Emboabas é resultado da disputa pelas jazidas de ouro encontradas pelos
paulistas na região das Minas Gerais. Os portugueses, por sua vez, ao ficarem sabendo das
jazidas, partiram em direção à região e lutaram contra os paulistas, tendo saído vitoriosos sob
a liderança de Bento Amaral Coutinho.
22) O que eram as Casas de Fundição e o que representava o “quinto”?
As Casas de Fundição eram locais nos quais ocorria o controle do ouro extraído em Minas
Gerais. Todo o ouro extraído deveria ser, obrigatoriamente, fundido e transformado em
barras. Assim que recebiam as barras, as Casas efetuavam a retirada do “quinto”, ou seja,
20% de impostos cobrados pela Coroa Portuguesa.

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23) O que gerou a Revolta de Vila Rica, em 1720, e como ela pode ser relacionada com a
sociedade da época?
A insatisfação de inúmeros minerados de Vila Rica culminou, em 1720, em uma revolta contra
as Casas de Fundição, uma vez que estas dificultavam a circulação e o comércio do ouro
dentro da capitania e facilitavam somente a cobrança dos impostos. Esse cenário, associado à
insatisfação popular, ocasionou a Revolta de Vila Rica, quando cerca de 2 mil revoltosos,
comandados por Felipe dos Santos, conquistaram a cidade, exigindo a extinção das Casas de
Fundição. O governador fingiu aceitar as reivindicações e organizou suas tropas para reagir à
revolta. Dias depois, seus líderes foram presos e Felipe dos Santos foi condenado, enforcado
e esquartejado.
24) O que foi a “derrama”?
A derrama foi um dispositivo utilizado em Minas Gerais a partir de 1751, com o intuito de
garantir a cobrança dos 20% de impostos à Coroa Portuguesa. Ela representava a cobrança
obrigatória dos impostos atrasados, os quais não eram pagos pelos mineradores em virtude
de extravios e, sobretudo, em razão da diminuição na extração do ouro.
25) O que defendia a Conjuração Baiana de 1798?
A Conjuração ou Revolta dos Alfaiates, de caráter popular, ocorreu em 1798 e pretendia
libertar o Brasil do domínio português. Procurava, ademais, atender às demandas da
população mais pobre e foi composta, em sua grande parte, por escravos, negros livres,
brancos pobres e mestiços. Teve influência na Revolta de São Domingos, chefiada pelo negro
Toussaint Louverture no Haiti contra os colonizadores franceses. Era também uma revolta de
caráter separatista, a qual procurava fundar a República Baiana.

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10. EXERCÍCIOS

1. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


Esse conflito ocorreu em meio à situação em que a Capitania de Pernambuco se encontrava
nas décadas que se seguiram após a expulsão dos holandeses em 1654. A situação financeira
dos senhores de engenho, cujo centro político estava na cidade de Olinda, agravava-se, haja
vista a concorrência holandesa. Como tinham controle sobre a Câmara de Olinda, esses
senhores de engenho induziram o governo a aumentar os impostos que os comerciantes
tributavam. A maior parte desses comerciantes estava em Recife e, em protesto, entre os
anos de 1710 e 1711, rebelou-se contra Olinda. O conflito descrito acima refere-se à
A) Revolução Pernambucana (1817).
B) Confederação do Equador (1824).
C) Guerra dos Mascates (1710-1711).
D) Conspiração dos Suassunas (1801).
E) Insurreição Pernambucana (1645-1654).
Comentários:
A partir de 1654, a expulsão definitiva dos holandeses de Pernambuco provocou uma grande
mudança no cenário econômico daquela região. Os grandes produtores de açúcar que
anteriormente usufruíram dos investimentos holandeses, agora viviam uma crise decorrente da
baixa do açúcar no mercado internacional e a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas.
Contudo, esses senhores de engenho ainda possuíam o controle do cenário político local por meio
do poder exercido na câmara municipal de Olinda.
Com o passar do tempo, a divergência da situação política e econômica entre os fazendeiros de
Olinda e os comerciantes portugueses de Recife criou uma tensão local. Inicialmente, os senhores
de engenho de Olinda, vivendo sérias dificuldades para investirem no negócio açucareiro, pediram
vários empréstimos aos comerciantes portugueses de Recife. Contudo, a partir da deflagração da
crise açucareira, muitos dos senhores de engenho acabaram não tendo condições de honrar seus
compromissos.
Nessa mesma época, a complicada situação econômica de Olinda somou-se ao completo
sucateamento da cidade, que sofreu com as guerras que expulsaram os holandeses. Com isso, a
câmara de Olinda decidiu aumentar os impostos de toda a região, incluindo Recife, para que fosse
possível recuperar o centro administrativo pernambucano. Inconformados, os comerciantes

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portugueses, pejorativamente chamados de “mascates”, buscaram se livrar da dominação política


olindense.
Para tanto, os comerciantes de Recife conseguiram elevar o seu povoado à categoria de vila, tendo
dessa maneira o direito a formar uma câmara municipal autônoma. A medida deixou os
latifundiários de Olinda bastante apreensivos, pois temiam que dessa forma os comerciantes
portugueses tivessem meios para exigir o pagamento imediato das dívidas que tinham a receber.
Dessa forma, a definição das fronteiras dos dois municípios serviu como estopim para o conflito.
A guerra teve início em 1710, com a vitória dos olindenses que conseguiram invadir e controlar a
nova cidade pernambucana. Logo em seguida, os recifenses conseguiram retomar o controle de
sua cidade em uma reação militar apoiada por autoridades políticas de outras capitanias. O
prolongamento da guerra só foi interrompido no momento em que a Coroa Portuguesa indicou,
em 1711, a nomeação de um novo governante que teria como principal missão estabelecer um
ponto final ao conflito.
O escolhido para essa tarefa foi Félix José de Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e
estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses envolvidos com a guerra. Além disso,
visando evitar futuros conflitos, o novo governador de Pernambuco decidiu transferir
semestralmente a administração para cada uma das cidades. Dessa maneira, não haveria razões
para que uma cidade fosse politicamente favorecida por Félix José.
Dessa forma, a resposta correta é a letra C).
(SOUSA. 2020)
Gabarito: C
2. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
Quanto à Revolta dos Beckman (1684), considere V para afirmativa verdadeira e F para falsa:
( ) Em 1682, para aumentar a lucratividade da colônia, a Coroa portuguesa criou a Companhia
de Comércio do Maranhão, concedendo-lhe o monopólio do comércio na região.
( ) Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão de obra e abastecimento na região do
Maranhão.
( ) Os principais líderes do movimento foram enforcados, exceto Thomas Beckman, que foi
deportado para Pernambuco.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A) F – V – V
B) V – V – F
C) V – F – V
D) V – V – V
E) F – F – V
Comentários:

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O Item I é correto, pois o primeiro registro que se tem da entrada de africanos no Maranhão e
Grão-Pará é de março de 1662 e, a partir da década de 1680, essa entrada ficaria sob encargo da
Companhia de Comércio do Maranhão, criada em 1682, principalmente para regular e organizar a
entrada de escravos africanos na região. Essa companhia tinha como promessa entregar, ao
menos, 500 escravos por ano no Maranhão, mas nunca conseguiu cumprir sua promessa. Essa
companhia também tinha como atribuição o monopólio do comércio no Maranhão. Isso foi uma
determinação régia, portanto, vinha de uma ordem real. A Companhia de Comércio do Maranhão
era a única autorizada a comprar as mercadorias produzidas pelos locais e ela era a responsável
por realizar a venda dessas mercadorias adquiridas. Outros itens relacionados ao abastecimento
do Maranhão também eram trazidos e vendidos exclusivamente pela companhia. Esse monopólio
recebeu o nome de estanco.
O Item II é correto, pois na questão econômica, o estanco prejudicava os interesses comerciais dos
colonos. Além disso, havia denúncias de favorecimentos de terceiros por parte da Companhia de
Comércio do Maranhão; outras denúncias falavam que a companhia pagava valores muito baixos
pelas mercadorias trazidas pelos locais e abastecia São Luís com produtos de baixa qualidade. A
rivalidade existente entre São Luís e Belém também repercutiu para o início da Revolta de
Beckman. Os habitantes da cidade maranhense sentiam-se prejudicados pelo fato de o governador
da província, Francisco de Sá e Menezes, preferir morar em Belém. Do ponto de vista popular, a
miséria, na qual uma parte da população era obrigada a viver, também serviu de motivação para a
revolta.
O Item III é correto, pois a chegada do governador fez com que a normalidade (do ponto de vista
da Coroa) fosse restabelecida. O novo governador emitiu as ordens para prender os envolvidos
com a revolta, e as punições foram ditadas. Manuel Beckman e Jorge de Sampaio de Carvalho
foram condenados à forca. Tomás Beckman e Eugênio Ribeiro Maranhão foram presos, Belquior
Gonçalves foi açoitado e degredado de volta para Portugal. Outros envolvidos foram multados.
Com o fim da revolta, os jesuítas retornaram e continuaram explorando a mão de obra dos
indígenas. A Companhia de Comércio do Maranhão foi extinta, pois a rejeição popular a ela era
muito grande (a revolta em si foi um sinal disso). Por fim, a proibição acerca da escravização dos
indígenas foi revista pela Coroa no Maranhão. Em 1688, uma nova lei entrou em vigor a partir do
mês de abril. Com essa lei, foram criados critérios para escravização de indígenas e o controle
sobre essas questões foi atribuído à Fazenda Real e à Corte. Com essa lei, retomaram-se as
expedições (chamadas de “descimentos”) para realizar a captura de indígenas. A escravização de
indígenas no Brasil só foi terminantemente proibida em 1755, por ordem do Marquês de Pombal.
Sendo assim, a resposta correta é a letra D).
(NEVES, 2020)
Gabarito: D
3. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
A respeito da Revolta de Filipe dos Santos (1720), assinale a alternativa incorreta.
A) O governo português proibiu a circulação de ouro em pó em Minas Gerais, exigindo que
todo o minério extraído fosse entregue às Casas de Fundição.

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B) Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro e a revolta durou um ano.
C) Felipe dos Santos, considerado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
D) Após a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalização na região das
minas, visando combater a evasão fiscal e o contrabando de ouro.
E) Para aumentar o controle sobre a região, foi criada a capitania de Minas Gerais.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois a região de Minas Gerais produzia muito ouro no
século XVIII. A coroa portuguesa aumentou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por
exemplo, era cobrado sobre todo outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança
ocorria nas Casas de Fundição. Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse
pego desrespeitando as leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a
África era a principal).
A Alternativa B) é a resposta certa, pois Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro
(dono de tropas de mulas para transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a
atenção das camadas mais populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das
Casas de Fundição e a diminuição da fiscalização metropolitana. A revolta durou quase um mês. Os
revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situação tensa, o
governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que
abandonassem as armas.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde
haviam saído. Aproveitando a trégua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas
casas foram incendiadas. Muitos deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi
condenado e executado. Assim, essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente
sufocada pelo governo. Felipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de
fundição.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois, vencedor, o Conde de Assumar impôs todas as suas
vontades: as Câmaras se calaram, o povo ficou submisso enquanto a polícia do governador passava
a vigiar todo o distrito, com uma legislação pesada que a todos subjugava. As casas de fundição
foram, então, instaladas, passando a funcionar a partir de 1725. As estradas passaram então a ser
ainda mais limitadas para o escoamento do ouro, a fim de se evitar o contrabando e a sonegação.
Foi criado um sistema de salvo-conduto, erguidos postos de alfândega e de pedágio nos caminhos
que levavam às regiões mineradoras.
A Alternativa E) não é a resposta correta, pois ainda se pode apontar como consequência do
levante a emancipação da Capitania das Minas do Ouro da de São Paulo; e o fato de ter se
registrado que no movimento tenha sido falado em República, fazendo com que a revolta seja
considerada uma precursora da Conjuração Mineira de 1789.
(SOUSA, 2020).
Gabarito: B
4. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)

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Assinale a alternativa incorreta sobre a Conjuração Baiana.


A) A Conjuração Baiana foi bastante ampla e popular entre as rebeliões coloniais.
B) A Conjuração Baiana foi antagônica aos ideais iluministas que eram propagados naquele
período.
C) Dela participaram padres, profissionais liberais (como médicos e advogados), alguns
membros da elite intelectual e, sobretudo, pessoas dos grupos sociais mais pobres, como
sapateiros, ex-escravos, soldados e vários alfaiates.
D) Esse clima favoreceu a propagação dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e
fraternidade, divulgados na Bahia por membros da maçonaria (associação civil não religiosa
que cresceu na Europa do século XVIII e logo foi difundida no Brasil).
E) Em 12 de agosto de 1798 papéis foram pregados nas vias públicas de Salvador e falavam
em liberdade e República.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois a Conjuração Baiana, também denominada como
Revolta dos Alfaiates (uma vez que alguns participantes da trama exerciam este ofício) e
recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter
emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII (1798-1799), na então Capitania da Bahia, na
colônia brasileira. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789-1792), foi difundida pela
historiografia tradicional enquanto sendo um movimento de caráter popular em que defendiam a
independência e mais igualdade racial, um governo republicano, democrático, com liberdades
plenas, o livre comércio e abertura dos portos como principais pontos, além de um salário maior
para os soldados.
A Alternativa B) é a resposta certa, pois no século XVIII, a insatisfação da população baiana contra a
administração colonial se avolumava por conta da ausência de produtos, da fome e outras mazelas
que assolavam a população. Além disso, percebemos que, nesse mesmo período, os conteúdos do
pensamento iluminista ali se manifestavam sob o signo da liberdade, da igualdade e da
fraternidade. De fato, a experiência revolucionária ocorrida na França servia de inspiração contra o
domínio dos colonizadores.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois o movimento teve participação de pessoas com
profissões mais simples, como sapateiros, bordadores, ex-escravos e escravos, além, claro, de
alfaiates. O movimento envolveu indivíduos de setores urbanos e marginalizados na produção da
riqueza colonial, que se revoltaram contra o sistema que lhes impedia perspectivas de ascensão
social.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois no ano de 1797, sob a influência da maçonaria
francesa, formou-se em Salvador uma sociedade secreta que tinha como foco inicial realizar a
disseminação do iluminismo. Composta por membros da elite intelectual baiana, essa loja
maçônica promovia a leitura de textos de Voltaire e Rousseau. Além disso, seus integrantes,
também conhecidos como “Cavaleiros da Luz”, passaram a circular panfletos que criticavam o
governo local e defendiam a criação de uma República na Bahia. Com o passar do tempo, esse
processo de doutrinamento político ganhou forças com o expresso apoio de outros extratos da

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sociedade local. Em agosto de 1798, o número de integrantes do movimento se avolumou, assim


como a variabilidade das reivindicações. Entre estas, destacamos a criação de um governo de
inspiração jacobina, a transformação do sistema tributário, a melhoria nos salários dos oficiais, a
liberdade econômica e intelectual, e a libertação dos escravos.
A Alternativa E) não é a resposta correta, pois em 12 de agosto de 1798, o movimento precipitou-
se quando alguns de seus membros, distribuindo os panfletos na porta das igrejas e colando-os nas
esquinas da cidade, alertaram as autoridades que, de pronto, reagiram, detendo-os. Tal como na
Conjuração Mineira, interrogados, acabaram delatando os demais envolvidos.
(SOUSA, 2020; SÓ HISTÓRIA, 2020).
Gabarito: B
5. (ITAME - Pref. de Senador Canedo-GO - Professor de História /2019)
Analise a charge.

A charge faz alusão ao contexto de 1789, remontando a emblemática revolta da


Inconfidência Mineira. Inserindo o uso do recurso humorístico ao contexto, podemos concluir
que a expressão presente na charge, “Colônia de Portugal uma ova!!”, relaciona-se
A) ao fim do pacto colonial.
B) ao estabelecimento do quinto.
C) à chegada da família real ao Brasil.
D) ao direito dos emboabas sobre as minas.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o Pacto Colonial, ou Exclusivo Comercial Metropolitano, era um
sistema de leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial,
ou seja: as metrópoles eram os países que se beneficiavam dos produtos e da atividade econômica
de seus territórios coloniais. Assim, a expressão confirma a total revolta dos brasileiros com esse
pacto.

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A alternativa B está incorreta, pois o quinto era um imposto cobrado pela Coroa de Portugal e as
Casas de Contratações sobre o ouro encontrado em suas colônias. Correspondia a 20% do metal
extraído e sua forma de cobrança variou conforme a época e a Coroa Portuguesa era feita das
primeiras doações das capitanias hereditárias por D. João III, em outra época, na colonização em
1534.
A alternativa C está incorreta, pois a vinda da família real foi um acontecimento iniciado em 29 de
novembro de 1807, e o seu desembarque em terras brasileiras ocorreu em 22 de janeiro de 1808,
na cidade de Salvador. A vinda foi consequência direta do Período Napoleônico e do
desentendimento existente entre França e Portugal na questão do Bloqueio Continental.
A alternativa D está incorreta, pois a Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a
1709 pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro na região do atual estado
de Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos e os forasteiros que
vieram depois da descoberta das minas.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013)
Gabarito: A
6. (IBADE - Pref. Municipal de Vilhena-RO – Prof. De Geografia / 2019)
A colonização neerlandesa no Nordeste Brasileiro, embora tenha durado menos de trinta
anos, marcou de forma indelével o desenvolvimento econômico e urbano de cidades como
Recife e Olinda. Quais teriam sido as motivações neerlandesas para a tomada de territórios
americanos considerados pertencentes a Portugal no século XVII?
A) A invasão das capitanias do Nordeste insere-se em um cenário mais amplo de guerra entre
os Países Baixos e a Inglaterra, aliada do Reino de Portugal
B) Manutenção e ampliação da hegemonia neerlandesa no comércio do açúcar no contexto
europeu, sendo considerado também um ataque à Coroa Espanhola durante o período da
União Ibérica
C) A ocupação das terras da capitania de Pernambuco teria sido realizada a pedido dos
próprios colonos, os quais consideravam economicamente vantajosa a presença da
Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais
D) Contestação dos tratados diplomáticos celebrados entre Portugal e Espanha nos séculos
XV e XVI, os quais excluíam os Países Baixos do processo de colonização das Américas
E) Conflitos religiosos entre protestantes e católicos na Europa, o que teria aumentado as
hostilidades entre neerlandeses e portugueses em meados do século XVII
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois as invasões holandesas no Brasil ocorreram quando os
holandeses ocuparam territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. Essa invasão estava
diretamente relacionada com as questões diplomáticas envolvendo Portugal, Espanha e a própria
Holanda naquele período. Os holandeses procuraram construir sua própria colônia na América ao
se apropriar de uma das principais praças produtoras de açúcar da América Portuguesa.

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A Alternativa B) é correta, pois a invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses resultou


diretamente das relações diplomáticas entre Portugal, Espanha e Holanda no final do século XVI.
Até 1580, a Holanda tinha um envolvimento direto com o negócio do açúcar produzido no Brasil,
pois foram eles que financiaram o desenvolvimento do negócio aqui e eles também participavam
do refino e da comercialização do açúcar na Europa. A atividade açucareira rendeu bastante lucro
para Portugal e Holanda. No entanto, essa situação sofreu profundas modificações com a crise da
dinastia de Avis em Portugal, no final do século XVI. Essa crise de sucessão deflagrou-se quando d.
Henrique, rei de Portugal, morreu e não deixou herdeiros diretos. Assim sendo, uma disputa
aconteceu e resultou na coroação de Filipe II, da Espanha, como rei de Portugal. Como
desdobramento, as coroas de Espanha e Portugal foram unificadas sob o domínio do mesmo rei.
Isso ficou conhecido como União Ibérica e representava, naturalmente, que mudanças drásticas
aconteceriam nas relações diplomáticas entre Holanda e Portugal, pois a Holanda estava em
guerra contra a Espanha desde 1568. Essa guerra entre Espanha e Holanda tinha relação com a luta
dos holandeses por sua independência (até 1581, a Holanda estava sob o domínio dos Habsburgo,
a dinastia que reinava na Espanha). Por conta desse contexto, os inimigos da Espanha tornaram-se
os inimigos de Portugal, já que os dois países passaram a ser governados pelo mesmo rei. Assim, os
holandeses acabaram sendo excluídos do negócio do açúcar e isso resultou em uma ação dos
holandeses contra Portugal. Em 1595, os holandeses saquearam portos portugueses no continente
africano e, em 1604, atacaram a cidade de Salvador, na Bahia, mas o ataque dos holandeses
acabou fracassando. Depois disso, os holandeses permaneceram em trégua com os espanhóis até
1621.
A Alternativa C) é incorreta, pois depois de terem sido expulsos de Salvador, os holandeses
voltaram-se contra Pernambuco, outra capitania brasileira que prosperava com a produção de
açúcar. Em 1630, uma expedição holandesa formada por 65 embarcações e 7280 homens atacou
Olinda. Com essa força, os holandeses conseguiram conquistar Olinda em 14 de fevereiro de 1630.
Entre 1630 e 1637, os holandeses estenderam o seu domínio pelo Nordeste brasileiro e
conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Para isso, contaram com a preciosa
ajuda de um colono chamado Domingo Fernandes Calabar. O conhecimento que ele tinha da terra
foi crucial para o sucesso dos holandeses. A partir da década de 1640, a WIC entrou em processo
de falência, e Maurício de Nassau acabou entrando em conflito com a administração da WIC. Em
1643, Nassau recebeu ordens de retornar para a Holanda. A partir daí a colônia holandesa no Brasil
só entrou em decadência.
A Alternativa D) é incorreta, pois a trégua da Holanda com a Espanha encerrou-se em 1621 e, no
mesmo ano, a Companhia das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie, em holandês) foi
fundada. Esses acontecimentos fizeram com que a guerra fosse retomada. A WIC (sigla da
companhia no holandês) tinha como objetivo tomar o controle dos locais produtores de açúcar de
Portugal, bem como dos postos de comércios de escravos na África. Em 1624, veio o primeiro
grande ataque dos holandeses contra a capital do Brasil, a cidade de Salvador, e eles a
conquistaram após 24 horas de batalha. O domínio dos holandeses concentrou-se nos limites da
cidade, uma vez que a resistência dos colonos e dos portugueses não permitiu que os holandeses
se expandissem pelo Recôncavo Baiano.

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A Alternativa E) é incorreta, pois essa guerra entre Espanha e Holanda tinha relação com a luta dos
holandeses por sua independência (até 1581, a Holanda estava sob o domínio dos Habsburgo, a
dinastia que reinava na Espanha). Por conta desse contexto, os inimigos da Espanha tornaram-se
os inimigos de Portugal, já que os dois países passaram a ser governados pelo mesmo rei. Assim, os
holandeses acabaram sendo excluídos do negócio do açúcar e isso resultou em uma ação dos
holandeses contra Portugal.
(MOTA; BRAICK, 2005; NEVES. 2020)
Gabarito: B
7. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)

Sobre a ocupação holandesa em parte da atual Região Nordeste, assinale a afirmativa


correta.
A) Mostrou-se insustentável após a Restauração portuguesa, em função da aliança luso-
britânica.
B) Era o resultado de conflitos de ordem global que envolviam holandeses, espanhóis e
portugueses.
C) Organizou-se de modo a dispensar o trabalho de africanos escravizados e de índios
aldeados.
D) Representou um momento de intolerância religiosa em relação a outras matrizes
culturais.
E) Caracterizou-se pelo aumento dos índices de produção da lavoura a níveis inéditos para os
padrões portugueses.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois a Restauração de Portugal ocorreu quando Portugal readquiriu
sua independência, e seu trono passou a ser ocupado por d. João IV, inaugurando a dinastia dos
Bragança. Com esse acontecimento, os portugueses deram início a esforços para recuperar sua
colônia e passaram a incentivar os colonos para que os holandeses fossem expulsos do Nordeste. A
guerra entre holandeses e portugueses estourou a partir de 1645 e estendeu-se até 1654. Esse
período de batalhas ficou conhecido como Guerras Brasílicas e contou com lideranças locais

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importantes na luta contra os holandeses, tais como André Vidal de Negreiros e João Fernandes
Vieira. A mobilização contra os holandeses teve a participação de donos de engenhos, negros e
indígenas.
A Alternativa B) é correta, pois as invasões holandesas no Brasil ocorreram quando os holandeses
ocuparam territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. Essa invasão estava diretamente
relacionada com as questões diplomáticas envolvendo Portugal, Espanha e a própria Holanda
naquele período. Os holandeses procuraram construir sua própria colônia na América ao se
apropriar de uma das principais praças produtoras de açúcar da América Portuguesa.
A Alternativa C) é incorreta, pois entre 1630 e 1637, os holandeses estenderam o seu domínio pelo
Nordeste brasileiro e conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Para isso,
contaram com a preciosa ajuda de um colono chamado Domingo Fernandes Calabar. O
conhecimento que ele tinha da terra foi crucial para o sucesso dos holandeses. A partir de 1637, foi
enviado pela WIC o Alemão Maurício de Nassau para administrar a colônia holandesa. Ele era um
militar e foi indicado para assumir o cargo e aqui permaneceu até 1643. A administração de Nassau
foi um momento importante para o estabelecimento dos holandeses no Brasil. Maurício de Nassau
realizou inúmeras ações para o desenvolvimento da colônia. Ele procurou recuperar a economia
açucareira de Pernambuco ao vender engenhos que tinham sido abandonados durante a guerra
entre portugueses e holandeses e procurou estabelecer algumas normas para a melhoria da vida,
como a obrigatoriedade de se plantar mandioca, proibição de se jogar lixo nas ruas, entre outras
medidas.
A Alternativa D) é incorreta, pois a invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses resultou
diretamente das relações diplomáticas entre Portugal, Espanha e Holanda no final do século XVI.
Até 1580, a Holanda tinha um envolvimento direto com o negócio do açúcar produzido no Brasil,
pois foram eles que financiaram o desenvolvimento do negócio aqui e eles também participavam
do refino e da comercialização do açúcar na Europa.
A Alternativa E) é incorreta, pois a decadência da colônia holandesa pode ser explicada por alguns
fatores. Primeiramente, houve a falência da Companhia das Índias Ocidentais, o que acabou
prejudicando severamente o empreendimento, uma vez que eles eram os responsáveis. Nessa
questão, podemos destacar também a demissão de Maurício de Nassau de sua função de
governador-geral da colônia. Os problemas econômicos da WIC acabaram fazendo com que ela
não investisse o necessário para garantir a segurança de sua colônia. Isso foi um erro muito
grande, porque desde a Restauração de Portugal, em 1640, os rumores de que os portugueses se
lançariam em uma guerra contra os holandeses por Pernambuco só aumentavam.
(NEVES, 2020)
Gabarito: B
8. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)
Leia o texto a seguir. “Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do
Antigo Regime não o destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o
absolutismo, a sociedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos
clérigos e da Igreja, o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada,

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o mesmo não se deu com a escravidão, os valores aristocráticos e, em certa medida, o


‘capitalismo comercial’, que tinha no tráfico negreiro uma de suas fontes. O mesmo se pode
dizer a respeito da dependência econômica, ainda que esta não se desse mais nos quadros do
antigo sistema colonial, mas, sim, sob a égide de uma potência capitalista, que desenvolvia
uma política imperialista: a Inglaterra.”
VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2016, p. 236-237.
Considerando o processo de emancipação política do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) Realizou-se de modo pacífico e sem contestações violentas, com acentuado protagonismo
popular.
B) Manteve ileso o sistema político do período colonial, baseado no favorecimento e no
personalismo.
C) Silenciou proposições dissidentes em favor da permanência da monarquia e da
escravidão.
D) Assegurou uma política de inclusão social para os mestiços que, a partir de 1824, passaram
a exercer cidadania política.
E) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a
maioridade de d. Pedro II.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois o processo de independência do Brasil aconteceu, de fato,
durante a regência de Pedro de Alcântara no Brasil. As Cortes portuguesas (instituição surgida com
a Revolução do Porto) tomaram algumas medidas que foram bastante impopulares aqui, como a
exigência de transferência das principais instituições criadas durante o Período Joanino para
Portugal, o envio de mais tropas para o Rio de Janeiro e a exigência de retorno do príncipe regente
para Portugal. Essas medidas junto com a intransigência dos portugueses, no decorrer das
negociações com representantes brasileiros, e do tratamento desrespeitoso em relação ao Brasil
fizeram com que a resistência dos brasileiros com os portugueses aumentasse, e reforçou a ideia
de separação em alguns locais do Brasil, como no Rio de Janeiro. A exigência de retorno de D.
Pedro para Portugal resultou em uma reação instantânea no Brasil.
A Alternativa B) é incorreta, pois a sucessão dos acontecimentos nos meses seguintes foram
responsáveis por incitar o Brasil à ruptura com Portugal, uma vez que, como mencionado, isso não
era certo em janeiro de 1822. Ao longo do processo de independência, duas pessoas tiveram
grande influência na tomada de decisões de D. Pedro: sua esposa, Maria Leopoldina, e José
Bonifácio de Andrada e Silva. O rompimento ficou cada vez mais evidente com algumas medidas
aprovadas no Brasil. Em maio de 1822, foi decretado o “Cumpra-se”, medida que determinava que
as leis e as ordens decretadas em Portugal só teriam validade no Brasil com o aval do príncipe
regente. No mês seguinte, em junho, foi determinada a convocação de eleição para a formação de
uma Assembleia Constituinte no Brasil.

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A Alternativa C) é correta, pois a relação das Cortes portuguesas com as autoridades brasileiras
permaneceu irreconciliável e prejudicial aos interesses dos brasileiros. Em 28 de agosto de 1822,
ordens de Lisboa chegaram ao Brasil com a mensagem que o retorno de D. Pedro para Portugal
deveria ser imediato. Além disso, anunciava-se o fim de uma série de medidas em vigor no Brasil e
tidas pelos portugueses como “privilégios” e os ministros de D. Pedro eram acusados de traição.
A Alternativa D) é incorreta, pois nossa independência resultou mais de um acordo entre as elites
dominantes, que estavam interessadas em manter a mesma estrutura colonial e agrária do Brasil.
Claro que tivemos algumas lutas, mas a participação popular foi praticamente nula, pois a maioria
esmagadora da população, que vivia no campo, viu indiferente o poder mudar de mão e sua
situação de penúria continuar exatamente a mesma.
A Alternativa E) é incorreta, pois Entre as consequências do processo de independência do Brasil,
podem ser mencionados o surgimento do Brasil enquanto nação independente e a construção da
nacionalidade “brasileira”.
(NEVES, 2020)
Gabarito: C
9. (FUNDEP – Pref. de Uberlândia – Professor de História / 2019)
[...] são questionáveis algumas observações de (Fernando) Novais (1986) no que se refere às
interpretações das inconfidências, em especial a Mineira. Sua concepção de que as ideias que
em Portugal possuíam uma face reformista, quando transpostas a uma situação colonial,
ganhavam uma face ‘revolucionária’ nos parece hoje inadequada e mesmo insustentável. [...]
FURTADO, João Pinto. Inconfidências e conjurações no Brasil: notas para um debate
historiográfico em torno dos movimentos do último quartel do século XVIII. In: FRAGOSO,
João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção O Brasil Colonial, 1720-1821. V. 3. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2014. p. 647.

Para justificar sua contraposição a Fernando Novais, João Pinto Furtado argumenta, entre
outros elementos, que
A) o baixo nível de alfabetização da região impedia, por si só, a expansão do ideal
revolucionário, absolutamente dependente da leitura dos princípios franceses, embora os
Autos de Devassa indiquem o confisco de vários livros nas bibliotecas dos inconfidentes.
B) havia uma crença plantada pelo Conde de Assumar, em 1720, de que o ar de Minas
inspirava revoluções e, por isso, todos os governantes enviados pelo rei para a região eram
negociadores por natureza, contendo, assim, todo ímpeto revolucionário local.
C) manifestações populares nas ruas ao som de “viva o rei, viva o povo e morra o
governador” eram especificamente contra o governador Barbacena, não contra o rei, porque
este aplicava cegamente as determinações de Lisboa quanto à cobrança dos impostos
atrasados.

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D) nomes importantes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio


Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, almejavam algumas reformas no sistema, mas restritas
à troca de nomes em postos de poder, não alterando os seus pilares.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois, popularmente conhecida como Inconfidência Mineira, a sedição
abortada entre os anos de 1788 e 1789 era um movimento, ao contrário do que comumente já se
afirmou, bastante heterogêneo, tanto no que respeita à extração social dos agentes e suas
motivações econômicas, quanto às ideias que alimentavam, quanto ao sentido último do projeto
sedicioso. Se acompanhamos as modernas tendências da historiografia e ampliamos o campo de
visão sobre os personagens presentes na trama de 1788-1789 e, ainda, pensamos no testemunho
de seus contemporâneos, os principais protagonistas poderão apresentar muitas facetas
interessantes e diversificadas. Tomados alternada e sucessivamente como idealistas, astutos,
oportunistas ou loucos, os inconfidentes de 1789 e a Inconfidência Mineira foram um pouco
marcados, em sua existência concreta, por cada uma destas características as quais são
profundamente relevantes para análise de seus discursos e práticas.
A Alternativa B) é incorreta, pois a natureza e o sentido do levante não poderiam ser
definitivamente estabelecidos antes da deliberação final dos agentes sobre esse e outros temas, o
que acabou não ocorrendo. A correta atribuição das respectivas posições e responsabilidades
sobre esses temas, nesse sentido, é fulcral ao entendimento dos propósitos finais dos
inconfidentes que poderiam, para alguns, se revelar apenas reformistas ou regeneradores,
portanto, inscritos na linha dos demais motins e demandas características do Antigo Regime
português.
A Alternativa C) é incorreta, pois, inspirados pelo exemplo dos “americanos ingleses” e premidos
pelo processo de transformação econômica que se arrastava há décadas, redefinindo relações
pessoais e de poder, nossos protagonistas começaram a trocar, perigosa e publicamente, algumas
impressões sobre a conjuntura em que viviam, bem como sobre o futuro da América Portuguesa.
Foram realizadas pelo menos cinco reuniões importantes no ano de 1788, sendo a mais decisiva a
última, que ocorreu em 26 de dezembro. Nela, supostamente se definiram as principais propostas
e linhas de ação para os primeiros tempos que se seguiriam ao levante, o qual deveria ser
deflagrado nos primeiros meses de 1789, tão logo decretada a “Derrama”. A importância da
Derrama como principal gerador de descontentamento era tão capital que foi naturalmente
percebida também pelas autoridades da Capitania que não só a suspenderam, como jamais
voltaram a mencionar o tema após a desestruturação do levante, em demonstração de grande
habilidade e, ao mesmo tempo, de grande realismo quanto à percepção da conjuntura vivida pela
capitania ao se aproximar o final do século XVIII. É importante destacar, nesse caso, que a
suspensão se deu antes mesmo da denúncia de Joaquim Silvério dos Reis, isto é, tão logo o
Visconde de Barbacena se deu conta de seu potencial de geração de instabilidade na Capitania.
A Alternativa D) é correta, pois, embora o apelo “separatista” pudesse caracterizar um horizonte
relativamente novo de mobilização na Inconfidência Mineira de 1789, a evocação da questão
fiscal, expressa pela iminente decretação da derrama, era forte indício de uma componente
tradicional no levante. Articulando homens tão diferentes como o empedernido Tomás Antônio

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Gonzaga, ouvidor da comarca de Vila Rica, e o eloquente Alferes Joaquim José, o movimento
parece ter ganho maior visibilidade, pela primeira vez, no batizado de um filho do poeta Alvarenga
Peixoto em oito de outubro de 1788 quando, em meio a “bravatas etílicas” e imprecações contra o
governador, alguns aspectos da trama foram trazidos à luz. Segundo afirma a historiografia,
estiveram presentes ao batizado vários inconfidentes da Comarca do Rio das Mortes sendo ali,
pela primeira vez, traçadas publicamente e com grande excitação, algumas das linhas do levante.
Inicialmente, acordou-se que era preciso um fato de inequívoco apelo político, que estimulasse a
revolta popular e reacendesse o velho espírito insurgente que desde o início caracterizara as
Minas. Sendo a cobrança dos débitos acumulados especialmente adequada a este fim, optou-se
por deixar em aberto a data efetiva de deflagração pois julgava-se, por aquela ocasião, que uma
das principais instruções trazidas pelo novo governador era relativa ao lançamento da derrama, o
que deveria se dar ainda no primeiro semestre de 1789. Segundo o que se acertou grosseiramente
naquela data, o movimento inconfidente seria, portanto, deflagrado a partir de decretação da
derrama e através da senha “hoje é o dia do batizado”, a ser divulgada entre todos os sediciosos
através de emissários designados por Francisco de Paula Freire de Andrade e por Tiradentes.
(FURTADO. 2002)
Gabarito: D
10. (IBADE - SEMED-Porto Velho-RO – Professor Nível II - História / 2019)
Em 3 de setembro de 1759 a Coroa portuguesa expulsou a Companhia de Jesus de todos os
seus territórios ultramarinos. Entre as principais razões apontadas para o banimento da
ordem religiosa está:
A) o apoio jesuítico à Espanha em meio a disputas por fronteiras ao Sul da América do Sul.
B) o fracasso da política indianista da Cia. De Jesus, incapaz de transformá-los em súditos de
Portugal.
C) a falta de apoio dos jesuítas para impedir a União Ibérica, que submetia Portugal à
Espanha.
D) a descoberta de articulações políticas entre os jesuítas para deporem o Rei D. José I de
Portugal.
E) a política de modernização do Estado português levada a frente pelo futuro Marquês de
Pombal.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois na raiz dos conflitos entre as autoridades civis e eclesiásticas com
os missionários jesuítas no norte do Brasil (atuais estados do Pará e do Maranhão), estavam
reformas político-econômicas propostas pelo Marquês de Pombal, implementadas naquela região
por seu meio-irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador entre 1751 e 1759.
A Alternativa B) é incorreta, pois boa parte desses conflitos tinham sua raiz no modo como os
jesuítas administraram as aldeias sob seu controle, pois esses apartavam os povos nativos da
sociedade colonial; sendo, desse modo, um obstáculo aos interesses dos colonos de explorar, sem
restrições, o trabalho dos povos nativos, portanto, pode-se concluir que as leis decretadas pelo

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Marquês de Pombal, atendiam os interesses dos colonos. Tais conflitos estão entre as causas da
expulsão dos Jesuítas do Grão-Pará e Maranhão, em 1759.
A Alternativa C) é incorreta, pois como antecedentes próximos da referida expulsão, pode-se citar
a expulsão de dez jesuítas no ano de 1757, com destaque para: o padre João Daniel, que
apresentou reclamações ao governador contra uma lei de 1757, que retirou dos missionários a
administração temporal das aldeias e, por isso, foi acusado de insubordinação; e os Padres André
Meisterburg e Anselmo Eckart, acusados de terem armado os índios, de modo similar a fatos que
teriam ocorrido na Guerra Guaranítica.
A Alternativa D) é incorreta, pois o Embaixador português no Vaticano, a pedido do Marquês de
Pombal, denunciou a Companhia de Jesus pela prática de comércio no Estado do Grão-Pará e
Maranhão, o que resultou na investigação dirigida pelo Cardeal Saldanha da Gama, indicado pelo
Papa para o cargo de Reformador e Visitador da Companhia de Jesus no Estado do Grão-Pará e
Maranhão. Em 1758, as investigações foram encerradas, e permitiram que o Cardeal confirmasse
as denúncias, retirasse as faculdades de confessar dos jesuítas e condenou Lorenzo Ricci, então
Superior-geral da Companhia de Jesus, por permitir a comercialização das "drogas do sertão".
A Alternativa E) é correta, pois Após o Sismo de Lisboa de 1755, percebendo, no episódio, uma
oportunidade para reforma dos costumes e da moral, o padre jesuíta Gabriel Malagrida escreveu
um opúsculo sobre moral do qual ofereceu exemplares a José I de Portugal e ao Marquês de
Pombal. Este último, entretanto, entendeu a oferta e as exortações moralistas do religioso como
uma insinuação acusatória, pelo que desterrou o religioso para Setúbal. Pouco tempo depois,
Pombal acusou os jesuítas de instigarem os motins contra si, nomeadamente contra a sua criação
da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (Porto, 1757), o que lhe permitiu
entre outras coisas o de extinguir as missões no Brasil e passar as suas enormes propriedades
imobiliárias e empresariais para o Estado. Na época, o Marquês de Pombal, insinuou que o
atentado seria obra daquela família em conluio com os jesuítas. Em 1759, Pombal enviou um
relatório oficial a Roma acerca do ferimento de D. José, mas este acabou por ter poucas
repercussões na Santa Sé. Em 28 de junho de 1759, foi publicada uma Carta Régia que proibiu os
jesuítas de ensinarem latim, grego e retórica. Em 3 de setembro, o Rei Dom José I, de Portugal,
proclamou a "Lei de Extermínio, Proscrição e Expulsão dos seus Reinos e Domínios Ultramarinos
dos Regulares da Companhia de Jesus", que incluia o imediato confisco das suas casas e bens.
Naquele ato, o Rei afirmou que os jesuítas seriam: "Notórios Rebeldes, Traidores, Adversários, e
Agressores". Após a referida publicação, os jesuítas foram detidos nos principais colégios em cada
região e expulsos para a Europa em 1760. Dom José I e o Marquês de Pombal acreditavam que,
esmagando a força dos jesuítas, estariam eliminando o principal entrave político interno para um
maior controle da economia por parte do Estado, o que possibilitaria a formação de forças políticas
mais racionais de fomento manufatureiro. A expulsão foi a ruptura de uma colaboração entre a
Companhia de Jesus e a Coroa Portuguesa que já durava cerca de dois séculos e foi um prelúdio,
do que ocorreria em 21 de julho de 1773: a Supressão da Companhia de Jesus, com a assinatura
pelo Papa Clemente XIV do breve Dominus ac Redeptor Noster.
(OLIVEIRA, BORGES, BORTOLOSSI. 2020)
Gabarito: E

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11. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


A ênfase fortemente regionalista dos inconfidentes inclinava-se, às vezes, para o
nacionalismo econômico. Isto era mais explícito nos pronunciamentos do alferes Tiradentes,
embora ele não estivesse isolado em tal posição. Silva elogiava a beleza de Minas e apontava
seus recursos naturais. Livre, republicano, industrializado, continuava o propagandista, o
Brasil não teria necessidade de importar mercadorias estrangeiras.
(Kenneth R. Maxwell. A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira, Brasil – Portugal, 1750-
1808, 1978. Adaptado)

Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica
de:
A) reafirmação da prática econômica mercantilista e de instauração na metrópole portuguesa
do absolutismo monárquico.
B) avanço dos movimentos socialistas de contestação social e de difusão da concepção de
igualdade natural dos homens.
C) consolidação das independências políticas latino-americanas e de retração das riquezas
proporcionadas pelas exportações agrícolas brasileiras.
D) crítica ao Antigo Regime europeu e de aumento do peso da exploração colonial com o
declínio da produção aurífera.
E) disputas econômicas entre metrópoles coloniais e de guerras permanentes entre
economias industrializadas europeias.
Comentários
O trecho do livro de Kenneth Maxwell, historiador britânico especializado nos estudos sobre a
História Ibérica e as relações entre o Brasil e Portugal ao longo do século XVIII, é trazido pela banca
para dar subsídio a uma questão (muito bem elaborada, por sinal) sobre o período colonial
brasileiro. No caso em específico, aborda-se sobre uma das revoltas de caráter separatista
ocorridas à época e muito conhecida até os dias de hoje: a chamada Inconfidência (ou Conjuração)
Mineira, ocorrida no ano de 1789.
Para compreender melhor a sua origem, é preciso entender que a mineração, a partir do século
XVIII, foi um fator determinante para a expansão das fronteiras no interior do país, sendo que
muitas jazidas de ouro de aluvião (encontrado às margens dos rios) foram descobertas desde o
final do século XVII. A notícia dessas descobertas se espalhou pelo Brasil e inúmeras pessoas foram
em direção às Minas Gerais.
Com isso, a Coroa Portuguesa, que detinha o controle sobre o ouro extraído, criou as chamadas
Casas de Fundição, instituições responsáveis pela transformação do ouro em barras e que, a partir
de sua transformação, já teria retirado o “quinto”, ou seja, 20% de todo o ouro extraído deveria ser
pago, sob o título de impostos, à Portugal.

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Devido à alta exploração ao longo do século XVIII, uma grave crise econômica ocorreu, na qual os
mineradores não conseguiam mais pagar os impostos para a Coroa. Acreditando que os
mineradores estavam roubando o ouro que era extraído (o que de fato acontecia durante a época,
sobretudo em virtude dos contrabandos) devido à sua brusca redução, Portugal determinou, em
1765, a existência de um novo pagamento, a Derrama, que representava o pagamento
compulsório dos impostos devidos pelos colonos.
No dia 16 de julho de 1788, Luís Antônio Furtado de Mendonça, o Visconde de Barbacena,
pronunciou-se perante a Junta da Fazenda, em Vila Rica, cinco dias depois de assumir o governo da
capitania de Minas Gerais. Deu origem a um plano de reformas que Lisboa elaborara para a região.
Reivindicou o pagamento das dívidas do quinto real. Nesta ocasião, a derrama transformava-se no
dilema histórico, preâmbulo da Inconfidência Mineira.
Sob a ameaça do lançamento da Derrama entre 1788 e 1789 por Portugal, os mineiros ilustrados,
insatisfeitos com a situação ocasionada, organizaram uma revolta em 1789, que ficou conhecida
como a Inconfidência Mineira, de caráter separatista e sob a liderança do alferes Tiradentes e de
outros letrados, cujos referenciais iluministas já estavam presentes em suas ações.
Denunciada, contudo, por Joaquim Silvério dos Reis, um dos membros do grupo, em troca do
perdão de suas dívidas, a revolta foi, por sua vez, suprimida e os seus líderes foram presos ou
exilados, à exceção de Tiradentes, membro mais pobre, que foi punido com o esquartejamento e
exposição a público.
(Fonte: Derrama, boatos e historiografia: o problema da revolta popular na Inconfidência Mineira - Tarcísio de Souza Gaspar).

Gabarito: D

12.(VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)


Observe a imagem e leia o trecho a seguir.

“As tropas holandesas e luso-brasileiras enfrentaram-se nos montes Guararapes em 1648 e


1649. Nas duas ocasiões, as bem treinadas forças da Holanda foram derrotadas por uma
milícia local da colônia portuguesa. As batalhas travadas nos Guararapes são consideradas
decisivas para a expulsão dos holandeses, que ainda levaria cinco anos para se concretizar.”
(Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015. Adaptado).

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O detalhe da obra destacado na questão evidencia:


A) a importância da escravização de negros para a vitória luso-brasileira contra os holandeses,
na medida em que os invasores eram contrários à utilização da mão de obra negra
escravizada na produção de açúcar.
B) a violência do processo de escravização, pois os negros presentes nas batalhas estavam lá
apenas obedecendo ordem de seus senhores e correndo o risco de serem castigados em caso
de derrota para os holandeses.
C) a ideia de traição associada a Calabar no contexto das batalhas, na medida em que os
negros e mestiços brasileiros lutaram ao lado dos holandeses como forma de resistência à
escravização promovida pelos senhores luso-brasileiros.
D) as contradições da sociedade luso-brasileira do século XVII, na medida em que os senhores
prometeram a alforria aos negros escravizados que participassem das batalhas contra os
holandeses.
E) a perspectiva de expulsão dos holandeses feita à base de mistura racial, constituindo-se
numa espécie de marco zero de criação da nação brasileira, devido à presença de negros e
mestiços escravizados e forros nas batalhas.
Comentários
A questão aborda um episódio muito importante da História do Brasil Colônia, o qual reflete alguns
dos interesses europeus na colônia portuguesa: as guerras holandesas existentes no período
conhecido como o da Restauração Portuguesa(a partir de 1640, com o fim da União Ibérica e a
separação entre a Espanha e Portugal).
Os engenhos do Nordeste brasileiro passavam por inúmeras dificuldades financeiras, fruto de
grandes períodos de seca, sendo que a Companhia das Índias Ocidentais, de origem holandesa,
exigia a cobrança das dívidas existentes até então.
Este cenário foi favorável à chamada Insurreição Pernambucana, movimento ocorrido na Capitania
de Pernambuco contrário ao domínio holandês da região e a consequente exploração dos
engenhos de açúcar. No ano de 1645, comandados por João Fernandes Vieira, os luso-portugueses
que viviam em Pernambuco, com o apoio de alguns negros e mestiços libertos e escravizados,
além de índios potiguares, formaram uma resistência local para expulsar os holandeses da
Capitania.
O episódio mais marcante deste período ficou conhecido como a Batalha dos Guararapes,
retratada no quadro de 1758. Ocorrida entre os anos de 1648 e 1649, resultou em uma das
primeiras derrotas holandesas. Tal obra representa uma espécie de primórdio da criação da nação
brasileira, uma vez que apresenta a mistura racial que teria derrotado os holandeses.
Gabarito: E

13.(VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)

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A guerra ou as guerras holandesas assistiram ao emprego crescente dos recursos locais, e


decrescente dos da metrópole, tendência que se acentuou durante a restauração. (Evaldo
Cabral de Mello, Olinda restaurada. Disponível em: https://goo.gl/gLRQDz. Adaptado).
Contribuiu (íram) para tal tendência:
A) o fato de que os luso-brasileiros já não dispunham do apoio da monarquia espanhola, de
quem Portugal se separara há pouco, e a prioridade que tinha para Portugal a guerra contra a
Espanha nas fronteiras do reino, e não o conflito no Brasil contra os holandeses.
B) a baixa importância econômica que Pernambuco e seu entorno representavam para
Portugal à época, e, portanto, o apoio quase nulo dado pelos portugueses à expulsão dos
holandeses, pois estavam mais preocupados com a exploração do ouro das Minas Gerais.
C) o aparecimento de vários quilombos em diferentes regiões da colônia portuguesa, entre
eles o quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi e localizado no Nordeste, o que levou a
Coroa Portuguesa a centrar todos os seus esforços na violenta repressão aos quilombos,
visando a sua destruição.
D) o forte vínculo econômico que aproximava Portugal à Holanda, responsável pelo refino e
pela comercialização de grande parte do açúcar português exportado para a Europa, o que
tornava a guerra direta entre portugueses e holandeses algo incômodo e desinteressante.
E) o receio que tinha Portugal de que a guerra contra a Holanda pudesse insuflar a própria
população contra a dominação portuguesa, acirrando os conflitos entre colônia e metrópole,
e colocando em risco o projeto português de construção de um grande império colonial.
Comentários
A questão aborda um episódio muito importante da História do Brasil Colônia, o qual reflete alguns
dos interesses europeus na colônia portuguesa: as guerras holandesas existentes no período
conhecido como o da Restauração Portuguesa (a partir de 1640, com o fim da União Ibérica e a
separação entre Espanha e Portugal).
Neste sentido, é possível observar que a metrópole portuguesa não se empenhou, diretamente,
em expulsar os holandeses do Brasil, uma vez que se encontrava em pleno processo de
Restauração e luta contra o reino espanhol. Por sua vez, os engenhos do Nordeste brasileiro
passavam por inúmeras dificuldades financeiras, fruto de grandes períodos de seca, sendo que a
Companhia das Índias Ocidentais, de origem holandesa, exigia a cobrança das dívidas existentes
até então.
Este cenário foi favorável à chamada Insurreição Pernambucana, movimento ocorrido na
Capitania de Pernambuco contrário ao domínio holandês da região e a consequente exploração
dos engenhos de açúcar. No ano de 1645, comandados por João Fernandes Vieira, os portugueses
que viviam em Pernambuco, com o apoio de alguns africanos libertos e índios potiguares,
formaram uma resistência local contra os holandeses. O episódio mais marcante deste período foi
a chamada Batalha dos Guararapes, ocorrida entre 1648 e 1649 e que resultou na derrota
holandesa.

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A sua expulsão, contudo, deu-se somente em 1654, mas foi efetivamente encerrada através de um
acordo diplomático conhecido como Tratado de Haia, de 1661, assinado entre Portugal e Holanda,
na qual a chamada Nova Holanda (região que abrangia o leste de Pernambuco, então sob o
domínio holandês) era “vendida” a Portugal.
Gabarito: A

14. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


Observe o seguinte trecho do Tratado de Methuen.
Artigo 1º – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui
em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para
sempre, de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que
em tempo algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
(Tratado de Methuen – 1703. In: Nelson Werneck Sodré, As Razões da Independência.
Adaptado).

Entre outros fatores, foi devido ao Tratado de Methuen que


A) as manufaturas têxteis se desenvolveram muito no Brasil.
B) Inglaterra e Portugal foram os primeiros países a se industrializarem.
C) a burguesia portuguesa enriqueceu e lutou contra a monarquia.
D) o ouro explorado no Brasil foi transferido para a Inglaterra.
E) Portugal diminuiu o seu interesse pela exploração da colônia.
Comentários
O Tratado de Methuen, conhecido também por Tratado de Panos e Vinhos (em decorrência das
mercadorias que teriam privilégios no mercado entre Portugal e Inglaterra, sendo que os britânicos
reduziram a tarifa de importação do vinho português, enquanto os portugueses se comprometiam
a abrir o mercado para os produtos feitos a partir da indústria têxtil britânica), estimulou o
processo de industrialização da Inglaterra, deixando Portugal “atrasado” e desfavorável
economicamente.
Tal acordo comprometeu a economia portuguesa, uma vez que a tornou dependente da Inglaterra
e com dívidas que somente eram pagas (ainda que em atraso) através da extração de minérios
(sobretudo o ouro), que eram transferidos diretamente para a Inglaterra.
Dessa forma, Portugal teve de ampliar a exploração da sua colônia em terras americanas, com o
intuito de pagar suas dívidas. Diante deste contexto, a única alternativa correta que se apresenta é
a “D”, que retrata a transferência do ouro luso-brasileiro diretamente para a Inglaterra.
Gabarito: D

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15. (MetroCapital Soluções - 2018 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Ensino


Fundamental I)
Entre os séculos XVII e XVIII, o Brasil colonial esteve marcado por vários conflitos dos quais
participavam escravos, estrangeiros, indígenas e colonizadores. No que se refere aos
movimentos de resistência no período colonial, assinale a alternativa correta:
A) No tocante aos seus objetivos, tanto a Conjuração Baiana como a Conjuração Mineira
eram radicais na defesa da abolição da escravatura.
B) A Guerra dos Mascates uniu reinóis e mazombos no movimento de resistência dos
comerciantes do Recife ao governo português, que proibiu o comércio de açúcar e escravos.
C) As disputas econômicas e políticas de âmbito local, como as Revolta dos Beckman no
Maranhão, significavam a reação contra o aumento dos impostos exigidos pela Coroa na
extração do ouro.
D) O processo de luta pela independência da colônia começou a assumir os seus contornos a
partir da Inconfidência Mineira, motivado por transformações políticas de caráter
internacional, principalmente a difusão de ideias iluministas e a Revolução Americana.
E) Na base social da Inconfidência Mineira predominavam os escravos e os negros libertos,
inspirados nos ideais da Revolução Francesa e no exemplo da rebelião negra de São
Domingos, que reagiram contra a escravidão.
Comentários
A alternativa A está incorreta, uma vez que apenas a Conjuração Baiana defendia o fim da
escravatura, ao passo que a Conjuração Mineira não, apesar de ambas as conjurações terem sido
inspiradas nos ideais iluministas.
A alternativa B também está incorreta, pois a Guerra dos Mascates ocorreu em decorrência do
descontentamento dos senhores de terras de Olinda em relação à emancipação de Recife,
motivada pelo movimento portuário e econômico dos mascates.
A alternativa C também está incorreta, de maneira que a Revolta de Beckman, ocorrida no
Maranhão, se deu devido a insatisfação com a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão,
propondo a abolição do monopólio desta companhia.
A alternativa D está correta, pois a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o mesmo ano da
Revolução Francesa, demarcou politicamente a gestação de um processo de insatisfações que
culminaria na Independência do Brasil em 1822. O fato é que a exploração das riquezas brasileiras
por Portugal revoltou as elites coloniais, que manifestaram a sua indignação através de diversas
rebeliões contra a metrópole. Algumas revoltas tinham como objetivo apenas modificar os
aspectos da dominação portuguesa (Guerra dos Emboabas, Revolta de Vila Rica, Revolta de
Beckman e a Guerra dos Mascates); outras tinham o objetivo separar o Brasil de Portugal e
estabelecer a Independência do Brasil (Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana).
A alternativa E é falsa, pois a Inconfidência Mineira contou com a participação de pessoas da elite e
com nível cultural elevado, sendo que boa parte dos líderes estudaram os pensamentos dos

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grandes filósofos iluministas. A maioria deles eram senhores de escravos, motivo pelo qual o fim
da escravidão não era uma de suas bandeiras, ao contrário da Conjuração Baiana.
(REBELIÕES NATIVISTAS, 2018; GOMES, 2019).
Gabarito: D
16. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o
príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa
parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que
regressou à metrópole já como rei.
Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no
Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo
na cultura política e na identidade da sociedade brasileira, tendo-se manifestado nas sedições
nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, ambas de cunho
emancipacionistas, e, em fins do período colonial, terminado por ser a base da luta pela
independência do Brasil
Comentários
A afirmativa está errada, pois o tema da identidade brasileira é uma reivindicação que se pode
considerar gestada com a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, ocorrido em
1815. Vale dizer que a identidade coletiva não é uma marca indelével, mas uma construção muitas
vezes imaginária e histórica. Por outro lado, o nativismo é uma forma variada que assume a
explicação de revoltas isoladas ocorridas na colônia portuguesa, motivadas por um sentimento
muito mais regionalista dos “filhos da terra” (nascidos em suas respectivas províncias), do que uma
relação nacionalista.
Gabarito: Errada
17. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís-MA - Professor Nível Superior/PNS-A)
A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida em 1755, voltada ao
desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços atraentes para os
produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi instituída pelo Marquês
de Pombal e denominada
A) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
B) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
C) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
D) Companhia das Índias Ocidentais.
E) Companhia Comercial do Governo Geral.
Comentários

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A alternativa A é incorreta, pois a Companhia Geral do Comércio do Brasil é de 1649, isto é, um


século antes do rei D. José I o nomear como secretário de Estado (ministro) para assuntos
exteriores.
A alternativa B é a resposta certa. Antes da criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará
e Maranhão, em 1755, já havia a Companhia de Comércio do Maranhão, que foi fundada em 1682.
O Marquês de Pombal, contudo, fundou a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e
Maranhão com o poder de monopólio estabelecido, não tendo uma estrutura muito diferente de
outras companhias, com acionistas e corpo administrativo, mas de caráter fortemente estatal, com
poderes governamentais na prática, o que justifica a ideia de ser uma companhia privilegiada de
comércio. Entre seus principais acionistas se inclui, inicialmente, o próprio rei Dom José I e o
criador da companhia, o Marquês de Pombal.
A alternativa C também é incorreta, pois a Companhia Geral de Pernambuco e paraíba foi fundada
apenas em 1759.
A alternativa D também é incorreta, de tal modo que a Companhia das Índias Ocidentais era uma
companhia holandesa e não portuguesa, que foi fundada em 1621.
A alternativa E também é incorreta, pois o nome correto é Companhia Geral do Comércio no Brasil,
e esta foi fundada em 1649.
(SHIKIDA, 2007).
Gabarito: B
18. (Itame - 2015 - Prefeitura de Padre Bernardo-GO - Contador)
Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa
pelo Ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que
buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito ficou conhecido como:
A) Guerra das Emboabas.
B) Inconfidência Mineira.
C) Levante de Vila Rica.
D) Guerra Mata Maroto.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, uma vez que a Guerra dos Emboabas (1707-1709) foi um
confronto que ocorreu pelo direito de exploração das recém descobertas jazidas de ouro, na região
das Minas Gerais. O conflito contrapunha, de um lado, os desbravadores vicentinos, ou
Bandeirantes, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam à
exclusividade de explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e
imigrantes das demais partes do Brasil (pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos
Bandeirantes), todos atraídos à região pela febre do ouro.
A alternativa B é falsa, pois a Inconfidência Mineira foi uma tentativa de revolta abortada pelo
governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, contra a execução
da derrama e o domínio português, visando a implantação de um República.

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A alternativa C também é falsa, pois a chamada Revolta ou Levante de Vila Rica, também
conhecido como Revolta de Felipe dos Santos, aconteceu no ano de 1720, em razão do
descontentamento dos viventes com os impostos e imposições da Coroa Portuguesa.
A alternativa D também é falsa, uma vez que a Guerra Mata-Maroto foi um movimento que
aconteceu na área do São Francisco, com disputas entre brancos nacionais, que participavam da
luta pela independência do Brasil em 1823, e portugueses.
(FARIA, 2013; GASPAR, 2010).
Gabarito: A
19. (ACAFE - 2015 - SED-SC - Professor - História)
Integrando diversas regiões, construindo caminhos e formando vilarejos e cidades, o
tropeirismo foi muito importante na história do período colonial brasileiro. Sobre as
atividades dos tropeiros, assinale a alternativa correta.
A) Comercializavam gado somente na faixa litorânea do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná.
B) Exerciam a mineração e o comércio de terras no interior da colônia.
C) Praticavam a agricultura extensiva e o comércio de ouro nas cidades do litoral.
D) Transportavam gado e mercadorias para suas atividades mercantis.
E) Foram os responsáveis pela mudança da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois os tropeiros trataram de fazer a ligação entre as zonas agrícolas mais
ao sul da colônia e as zonas mineradoras do interior.
A alternativa B é incorreta, pois os tropeiros não exerciam a mineração, de tal modo que seu
comércio se dava principalmente com os mineradores.
A alternativa C também é incorreta, de tal modo que não eram os tropeiros que praticavam a
agricultura, sendo eles os comerciantes que cuidavam de estabelecer a relação entre as regiões
econômicas da colônia, além das zonas portuárias.
A alternativa D é a resposta certa. O tropeirismo se estruturou como o mercado paulista
abastecedor das zonas mineradoras. As mercadorias comercializadas passam a ser discriminadas,
bem como os tipos de agentes mercantis envolvidos nos negócios. Como a demanda era cada vez
maior, a produção agrícola foi intensificada e o comércio paulista estendido aos confins dos
campos sulinos, representado pelo intenso tráfico de animais, entre eles, muares, gado cavalar e
vacum. Mais do que isto, a corrente comercial paulista foi decisiva para a articulação da região
mineira com os mercados produtores do além-mar, transformando o porto de Santos em local
privilegiado de entrada de mercadorias importantes. Dessa forma, eram mandados às Minas
Gerais e, posteriormente, a Cuiabá e Goiás, boiadas, toucinho, aguardente, açúcar, panos,
calçados, drogas e remédios, trigo, algodão, enxadas e artigos importados como sal, armas, azeite,
vinagre, ferro, tecidos, enfim, todas as manufaturas cuja fabricação era proibida no Brasil. Também
escravos africanos entraram para as minas através do porto de Santos.

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A alternativa E também é falsa, de tal modo que a mudança da capital, de Salvador para o Rio de
Janeiro, em 1763, se deu principalmente por causa da descoberta do ouro e o consequente risco
de contrabando, que exigia uma capital mais perto das Minas Gerais.
(BORREGO, 2006).
Gabarito: D
20. (EXATUS-PR - 2015 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Guarda Municipal)
Que fator abaixo foi determinante para que a Coroa Portuguesa transferisse a Capital do
Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro?
A) A descoberta de minas de ouro no atual Estado de Minas Gerais.
B) A Revolta dos Alfaiates que ocorreu em Salvador.
C) A Revolução Haitiana, onde os negros mulatos tomaram o poder na então colônia
francesa.
D) Os movimentos separatistas ocorridos na Região Nordeste do Brasil.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, de maneira que até 1763, quando houve a mudança da capital,
Salvador foi a sede do poder português no Estado do Brasil. Salvador era considerada uma cidade
mais moderna e equipada do que o Rio de Janeiro, mas a descoberta do ouro e o consequente
risco de contrabando exigia uma capital mais perto das Minas Gerais.
A alternativa B é falsa, uma vez que a Revolta dos Alfaiates ocorreu entre 1798 e 1799, quando a
capital já estava instalada no Rio de Janeiro.
A alternativa C também é falsa, pois quando ocorreu a Revolução do Haiti, entre 1791 e 1804, a
capital já estava instalada no Rio de Janeiro.
A alternativa D também é falsa, pois no período a inquietação que levou à mudança da capital foi
de ordem econômico-política, além do que não se tem registros de movimentos separatistas no
período específico.
(CANUTO, 2013).
Gabarito: A
21. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)
Leia o texto abaixo.
O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das
capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades
mineradoras, agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas
açucareiras em retração.
Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa população.
(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de
Janeiro: Graal, 2004. p. 41-42)

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Segundo o texto, está correto afirmar que a sociedade mineradora


A) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas
pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
B) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o
governo português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades
econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
D) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por
valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.
Comentários
A alternativa A é falsa, de tal modo que a economia das Minas Gerais setecentistas era voltada
para a exploração mineral; enquanto a produção do açúcar se concentrava especialmente na
região nordeste, desde o século XVI.
A alternativa B também é falsa, uma vez que a Coroa portuguesa se voltou de modo especial para a
exploração do ouro nas minas, criando uma fiscalização e um administração especial que
garantissem os interesses mercantilistas da metrópole. Por esse mesmo motivo, houve muito
conflitos e disputas pela exploração das jazidas e contra a alta cobrança de impostos.
A alternativa C está correta, pois a mineração do ouro e dos diamantes alimentou as finanças de
Portugal e enriqueceu os senhores das lavras e os agentes da administração colonial no Brasil.
Vastos contingentes de homens pobres e expropriados também foram originados desse mesmo
ouro, muitos deles se voltaram para a pequena agricultura, fornecendo alimentos de todo tipo e
comercializando com os tropeiros.
A alternativa D também é falsa, uma vez que o grande contingente de riquezas que movimentou
repentinamente a economia colonial fez com que surgisse um expressivo movimento artístico,
financiado pelas elites locais e as ordens religiosas, ostentando o que Laura de Mello e Souza
chamou de “falso fausto”, por ter sido uma produção artística muito rica, mas momentânea,
devido a rápida escassez das minas, durando cerca de um século apenas.
(MELLO E SOUZA, 2004).
Gabarito: C
22. (CS-UFG - 2012 - TJ-GO - Escrevente Judiciário)
A economia brasileira sempre manteve fortes vínculos com a extração mineral. Desde o
período colonial, a Coroa Portuguesa considerava a mineração um dos principais setores da
economia. Entre 1707 e 1709, pelo direito de exploração das jazidas de ouro na região das
Minas Gerais, iniciou-se um confronto entre os bandeirantes paulistas, que reivindicavam a
exclusividade da atividade mineradora, e outro grupo formado por portugueses e migrantes
de outras regiões do Brasil. Esse conflito ficou conhecido como
A) Guerra de Canudos.
B) Guerra dos Farrapos.

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C) Guerra do Paraguai.
D) Guerra dos Emboabas.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a Guerra de Canudos (1896-1897) ocorreu no sertão da Bahia, nos anos
finais do século XIX, já no período republicano.
A alternativa B também é falsa, pois a Guerra dos Farrapos (1835-1845) ocorreu no Rio Grande do
Sul, durante o Período Regencial.
A alternativa C também é falsa, pois a Guerra do Paraguai ocorreu durante o Segundo Reinado,
entre 1864 e 1870.
A alternativa D é a resposta certa. A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado entre 1707 e
1709, pelo direito de exploração das recém descobertas jazidas de ouro, na região das Minas
Gerais. O conflito contrapunha, de um lado, os desbravadores vicentinos, ou Bandeirantes, que
haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam à exclusividade de
explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e imigrantes das
demais partes do Brasil – pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos Bandeirantes –, todos
atraídos à região pela febre do ouro.
(FARIA, 2013).
Gabarito: D
23. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor - História)
Com relação à história colonial brasileira, julgue o item que se segue.
A descoberta do ouro nos sertões mineiros foi recebida pela Coroa portuguesa com grande
apreensão. Não havia um projeto de colonização definido a priori. A tarefa de controlar a
multidão de aventureiros que se dirigiria àqueles sertões parecia algo grande demais para os
poucos recursos lusos. Por fim, existia a possibilidade da descoberta daquela riqueza
despertar a cobiça das demais nações europeias.
Comentários
A afirmativa está correta. O ouro inicialmente foi encontrado no leito dos rios e riachos. Era o ouro
de aluvião, isto é, encontrado em depósitos de cascalho, areia e argila que se formam junto às
margens dos rios. A notícia da descoberta trouxe para as zonas auríferas uma enorme multidão:
calcula-se que tenham chegado à região cerca de 30 a 50 mil aventureiros. Em decorrência desse
afluxo populacional, a região das minas alcançou uma densidade populacional relativamente alta e
assistiu ao primeiro surto urbano da vida brasileira. Nos primeiros anos a fome e a desnutrição
assolaram as regiões mineradoras. Além da fome, ocorriam todo tipo de contravenções,
principalmente assassinatos e roubos. Era uma região que não contava com a presença e nem com
o controle do governo metropolitano. Só após um primeiro momento de caos e violência que o
governo metropolitano começou a interferir na área das lavras de ouro. Promoveu a construção de
estradas e passou a cobrar impostos. As principais medidas administrativas implantadas na região
foram: criação da capitania de São Paulo e Minas do Ouro; distribuição das jazidas;

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estabelecimento do quinto (imposto que cobrava a quinta parte do ouro extraído); a criação de
Casas de Fundição, permitindo a circulação apenas do ouro em barras com o selo real; e a
implantação da taxa de capitação, que cobra imposto sobre o número de escravos.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: Correto
24. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)
Sobre a economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos urbanos no interior do Brasil e para
a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
B) A propriedade agrícola no qual se baseava o sistema colonial tinha duas características
básicas: a monocultura e o trabalho escravo.
C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos
europeus numa relação de escambo com os nativos.
D) O ciclo da cana-de-açúcar foi fundamental para a criação de um mercado econômico
interno, realizando a ligação comercial entre o litoral e o interior da colônia.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois de fato o ciclo do ouro contribui para o primeiro surto urbano do
Brasil. A notícia espalhou-se rapidamente e milhares de pessoas da Colônia e da Metrópole
dirigiram-se para a região das Minas Gerais. Essa alteração na ordem colonial acabou exigindo que
a capital colonial se transferisse para o Rio de Janeiro, que tinha menos infraestrutura do que
Salvador, mas era mais perto das minas de ouro, facilitando o controle da situação.
A alternativa B também é incorreta, pois de fato a produção agrícola do período colonial foi
organizada aos moldes do sistema de plantation, isto é, baseado na monocultura e no trabalho
escravo, produzindo para a exportação e comercio metropolitano.
A alternativa C também é incorreta, pois de fato os portugueses exploraram primeiramente o pau-
brasil, sob a mão de obra indígena, que era explorada em troca de objetos desconhecidos para
eles, como espelhos, facas, miçangas, foices e machados.
A alternativa D é a resposta certa, uma vez que é falso afirmar que o ciclo da cana-de-açúcar
contribuiu para a criação de um mercado econômico interno, ao passo que a produção de cana-de-
açúcar seguiu os moldes mercantilistas, firmando o pacto colonial que permitia o comércio apenas
com a metrópole e monopolizando a produção. Além disso, também é falso dizer que o ciclo do
açúcar fez a ligação entre o litoral e o interior da Colônia, de modo que a atividade açucareira se
concentrou especialmente na costa do nordeste brasileiro.
(VAZ, 2013).
Gabarito: D
(CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
Acerca da configuração territorial da América portuguesa, julgue (C ou E) os seguintes itens.

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25.
A criação de gado foi a primeira atividade produtiva promotora da interiorização mais
profunda da colonização.
Comentários
A afirmativa está correta. A pecuária bovina contribuiu para a ocupação de áreas mais irrigadas do
sertão, entre Pernambuco e Bahia. A atividade expandiu-se pelo vale do Rio São Francisco e foi a
principal responsável pela interiorização do projeto colonial português do século XVII. Alguns
indígenas trabalhavam nas fazendas de gado, mas a maioria dos trabalhadores era composta de
caboclos, mestiços e brancos pobres. Embora o couro e o sebo fossem exportados, em geral a
criação de gado estava voltada para o mercado interno. Além da produção de carne, os animais
eram usados para transporte e tração.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Correto
26.
O Tratado de Madri tinha como princípio principal, quanto à definição de fronteiras, o uti
possidetis e como argumento subsidiário, aplicável à foz do Amazonas e ao Rio da Prata, o
mare liberum.
Comentários
A afirmativa está errada, uma vez que o Tratado de Madri, firmado em 13 de janeiro de 1750 entre
os reinos de Portugal e Espanha, tinha o intuito de substituir o Tratado de Tordesilhas (1494), o
qual dividia as terras conquistadas no Novo Mundo, estabelecendo assim, novas fronteiras de
exploração. Depois de 1750, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste do Rio Grande
do Sul), que era da Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a Espanha ficaria
com a Colônia do Sacramento.
(RAMOS, 2017).
Gabarito: Errado
27. (CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas a partir do final do
século XVI. Essa expansão não era coisa simples. Exigia um grande investimento, que deveria
cobrir os gastos em instalações para o processamento da cana e na compra de mão de obra
importada da África.
Considerando o texto acima e os aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil,
julgue o item seguinte.

Em decorrência da peculiaridade da extração de ouro e diamante, a mineração provocou a


ampliação da utilização de mão de obra escrava, impediu o surgimento de classes médias e
dificultou o aparecimento de cidades.

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Comentários
A afirmativa está errada, pois durante o período colonial, devido ao grande contingente de
aventureiros que imigraram da Metrópole e de diferentes cantos da Colônia em busca do ouro,
existiu um conjunto heterogêneo de elementos, na maioria pobres, designados como
desclassificados do ouro. Esses homens e mulheres desempenhavam papéis diferentes e até
opostos: ora exerciam funções necessárias à manutenção da ordem, ora ameaçavam-na, na
medida em que muitos não se incorporavam ao mundo do trabalho. Esse contingente era formado
pelos escravos libertos, mulatos, mamelucos (mestiço de branco e índio), índios aculturados e
brancos pobres. Os homens tendiam a concentrar-se nos ofícios de artesão, alfaiate, sapateiro,
carpinteiro, barbeiro e pescador. Já as mulheres costumavam trabalhar como costureiras e
vendedoras ambulantes. Outro conjunto de pessoas, predominantemente brancas, situava-se
acima dos desclassificados na hierarquia social, mas sem integrar as elites coloniais. Eram
classificados como pertencentes ao povo. Esse grupo englobava desde os pequenos proprietários
rurais, soldados, funcionários inferiores, pequenos comerciantes, até os artesãos urbanos.
Raramente essa gente conseguiu assegurar um posição entre os “homens bons das vilas”.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
28. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - História)
Com relação ao Brasil colonial, julgue o item que se segue.
A aliança entre a Companhia de Jesus e o Marquês de Pombal permitiu aos jesuítas estender
o projeto missionário desenvolvido com os indígenas ao vale do rio Amazonas e ao sul da
colônia.
Comentários
A afirmativa está errada. Quando Pombal assumiu o cargo de ministro de D. José I, implantou uma
política governamental de natureza despótica. Uma das medidas mais controvertidas da
administração pombalina foi a expulsão dos jesuítas da Colônia, em 1759. No intuito de centralizar
a administração, julgando que os jesuítas formavam um segundo Estado dentro do Estado
português, Pombal impediu que as missões se transformassem num centro de poder autônomo.
Após a expulsão dos jesuítas, os bens pertencentes à Companhia de Jesus passaram às mãos de
militares e particulares, e parte foi doada ou vendida em leilão.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
29. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
No que concerne à configuração territorial da América portuguesa, assinale a opção correta.
A) Em oposição às determinações da Coroa portuguesa, ao longo do século XVII, colonos
partiram de Piratininga em busca de riquezas pelos sertões afora, o que foi decisivo para a
configuração das fronteiras do Brasil e para a consolidação de São Paulo como importante
polo econômico no período colonial.

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B) As tensões entre castelhanos e portugueses, no Novo Mundo, tiveram início com a


decisão, tomada por Portugal, de ocupar vastas extensões de terra na bacia amazônica, já nas
primeiras décadas do século XVI, e atingiram dimensão ainda mais violenta na vigência da
União Ibérica (1580-1640).
C) Ponto principal entre as diversas áreas de colonização portuguesa no extremo sul do Novo
Mundo, a Colônia de Sacramento foi fundada para servir como base do comércio lusitano na
região, e a necessidade de neutralizar a crescente importância econômica dessa colônia levou
os espanhóis a fundarem Buenos Aires na outra margem do rio da Prata.
D) A decisão castelhana de invadir a Colônia de Sacramento, motivada por interesses
específicos da elite de Buenos Aires, foi tomada quando o estado de hostilidade entre Castela
e Portugal, presente em grande parte da segunda metade do século XVIII, sinalizava evidente
distensão.
E) No período entre a assinatura dos tratados de Madri (1750) e de Santo Ildefonso (1777), as
duas metrópoles ibéricas foram levadas ao confronto bélico na fronteira meridional do Brasil,
cujo resultado beneficiou Portugal, que anexou à sua colônia territórios que, pelo disposto no
Tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois as expedições dos Bandeirantes, que partiram de Piratininga, não
foram contrárias às determinações da Coroa portuguesa, mas antes o contrário, ao passo que a
Coroa incentivou e financiou muitas dessas expedições que partirão em busca de jazidas de pedras
preciosas.
A alternativa B também é falsa, pois a primeira grande expedição à região amazônica ocorre em
1637, durante o período da União Ibérica (1580-1640). Apesar de que antes, em 1540, os
desbravadores lusitanos já haviam descoberto a Amazônia, quando chegaram à região para
impedir a invasão de ingleses, franceses e holandeses, mas não se estabeleceram. De todo modo, o
estabelecimento da fronteira do território brasileiro na região amazônica só ocorre com o Tratado
de Madri, em 1750.
A alternativa C está incorreta, pois a Colônia do Sacramento não está localizada no extremo sul do
Novo Mundo, ela está na foz do Rio da Prata, mais especificamente na península de San Grabiel.
Apesar disso, de fato a Colônia de Sacramento foi fundada para servir como base do comércio
lusitano na região, e a necessidade de neutralizar a crescente importância econômica dessa colônia
levou os espanhóis a fundarem Buenos Aires na outra margem do rio da Prata.
A alternativa D também é falsa, uma vez que não foi na segunda metade do século XVIII, mas na
primeira. Os portugueses, a partir de 1735-1737, viram-se privados da exploração dos recursos da
Colônia do Sacramento, pela ação bélica do patriciado portenho (elite de Buenos Aires). Evocando
cláusulas diplomáticas do segundo tratado de Utrecht, a elite de Buenos Aires buscou controlar os
recursos pecuários da campanha oriental, nomeadamente, buscou evitar que os habitantes de
Sacramento explorassem o gado, ou se internalizassem na campanha.
A alternativa E é a resposta certa, uma vez que o Tratado de Madri, firmado em 1750 entre os
reinos de Portugal e Espanha, tinha o intuito de substituir o Tratado de Tordesilhas (1494), que

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dividia as terras conquistadas no Novo Mundo, estabelecendo assim, novas fronteiras de


exploração. O fato é que depois de 1750, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste
do Rio Grande do Sul), que era da Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a
Espanha ficaria com a Colônia do Sacramento. Contudo, os jesuítas espanhóis que atuavam na área
não aceitaram o acordo e armaram os indígenas da região. Quando os portugueses foram tomar
posse do local, em 1754, houve conflito militar entre esses e os índios, que não aceitaram deixar
suas terras. Tropas espanholas também entraram na batalha, ao lado dos portugueses, e
combateram os indígenas na tentativa de expulsá-los das terras, fazendo assim cumprir o Tratado
de Madri. Tal episódio ficou conhecido como Guerras Guaraníticas, que são consideradas o
principal levante indígena brasileiro contra o domínio dos colonizadores europeus. Já o Tratado de
Santo Ildefonso, assinado em 1777 por Portugal e Espanha, tratou de restabelecer os novos limites
de seus territórios localizados ao sul, região de fronteiras entre a Província do Rio Grande do Sul e
o Uruguai, indicando novas extensões geopolíticas.
(PRADO, 2003; RAMOS, 2017; CERQUEIRA E FRANCISCO, 2019).
Gabarito: E
30. CESPE - 2009 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
Acerca das características econômicas e sociais da América Portuguesa Colonial, julgue o
seguinte item.
Os paulistas descobriram as minas de ouro e foram os primeiros a explorá-las.
Comentários
A afirmação está correta. Diversas expedições exploratórias foram organizadas para encontrar
riquezas, com nome de entradas e bandeiras, partiam do litoral para o interior em busca de metais
e pedras preciosas. As expedições que partiam de São Paulo podiam reunir centenas de homens,
entre brancos, mamelucos e indígenas aculturados, que conheciam melhor a região, as trilhas e
também raízes, frutas, peixes e animais para a alimentação. As jazidas de ouro foram descobertas
em áreas situadas nos limites da Capitania de São Paulo, por isso os paulistas se sentiram com
direito ao ouro, opondo-se à presença de portugueses e colonos vindos de outras capitanias. O que
resultou na chamada Guerra dos Emboabas.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: Correta
31. (CESPE - 2006 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da expansão
comercial e colonial europeia na época Moderna. Parte integrante do império ultramarino
português, o Brasil-Colônia refletiu, em todo o largo período de sua formação colonial, os
problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana. Por outro
lado, a história da expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa desenrola-se no
amplo quadro de competição entre várias potências, em busca do equilíbrio europeu; dessa
forma, é na história do sistema geral de colonização europeia moderna que devemos
procurar o esquema de determinações no interior do qual se processou a organização da vida

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econômica e social do Brasil na primeira fase de sua história e se encaminharam os


problemas políticos de que esta região foi o teatro.
Fernando A. Novais. Aproximações: estudos da história e historiografia. São Paulo; Cosac
Naify, 2005, p.45.
Ainda considerando o texto de Fernando A. Novais, julgue (C ou E) os itens seguintes.
A descoberta de ouro em Minas Gerais, no início do século XVII, inibiu a expansão da
economia açucareira.
Comentários
A afirmação está errada, porque a descoberta de ouro em Minas Gerais não ocorreu no início do
século XVII, mas nos anos finais. Os paulistas, pelas suas andanças nos sertões, descobriram, por
volta de 1695, ouro em abundância na região do Rio das Velhas, em terras dos atuais municípios
de Sabará e Caeté. Em 1696, a descoberta de novas jazidas deu início à ocupação do Vale do Ouro
Preto. Os anos seguintes viram ser abertos caminhos auríferos em Mato Grosso e Goiás, e, ao lado
do ouro, a descoberta de diamantes no norte de Minas, na região de Serro Frio e do Arraial do
Tijuco, atual Diamantina.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
32.(VUNESP/PM-SP/2011 – ALUNO OFICIAL)
O principal motivo da criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, foi impedir que os
espanhóis tomassem a região e chegassem a Goiás e Minas Gerais. Era a época em que
Portugal e Espanha discutiam as cláusulas do Tratado de Madri, finalmente assinado em
1750, que fixou os contornos aproximados da atual fronteira brasileira, substituindo o
Tratado de Tordesilhas (1494).
(Masilia Aparecida da Silva Gomes. Comer, beber, governar. In Revista de História da
Biblioteca Nacional, setembro de 2010, n.º 60).
A expansão territorial da América portuguesa teve relação com:
A) as colônias de povoamento do sul e a cafeicultura.
B) a produção de algodão e as oficinas de artesanato.
C) as missões jesuíticas e a mineração.
D) a produção de tabaco em São Paulo e os desterrados portugueses.
E) as manufaturas e as feitorias do nordeste.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a expansão territorial na América portuguesa aconteceu por
conta da necessidade de ocupar o interior do país e de explorar riquezas minerais, através das
entradas e bandeiras. Esse movimento foi favorecido no período da União Ibérico (1580-1640),

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quando o reino da Espanha incorporou o reino de Portugal, de tal modo que facilitou aos
portugueses atravessarem os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas em 1494.
As alternativas B e E estão incorretas pelo mesmo motivo, pois o modo de exploração da Colônia
portuguesa na América seguia o modelo mercantilista, que estabelecia o pacto colonial, impedindo
a criação de manufaturas na Colônia e o comércio que não fosse com a Metrópole.
A alternativa C está correta. Os missionários da Companhia de Jesus que se dedicaram a converter
os indígenas americanos eram também difusores no poder ibérico, sendo parte constituinte e
transformador da expansão portuguesa no século XVI, e uma ação paulatina de tomadas de
decisões possíveis que as diferentes realidades de um novo mundo impunham aos reis lusitanos.
Outra ação importante na expansão portuguesa foram as bandeiras que partiram de Piratininga
em busca de jazidas de pedras preciosas, ouro, prata e as sonhas esmeraldas. Os Bandeirantes
abriram diversos caminhos e picadas pelo sertão brasileiro, especialmente durante o século XVII.
A alternativa D é incorreta, de modo que a produção de tabaco era associada à economia de
subsistência, desenvolvendo-se desde meados do século XVII no Recôncavo Baiano e no litoral e
zona da mata da capitania de Pernambuco.
(SABEH, 2009).
Gabarito: C

33.(VUNESP/PM-SP/2011 – SOLDADO - SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO)


No Brasil colonial, a mineração:
A) dependeu de investimentos holandeses e franceses.
B) financiou a construção de ferrovias para transportar o ouro.
C) empregou apenas indígenas, conhecedores das técnicas.
D) contribuiu para o povoamento de regiões do interior.
E) acabou com a exclusividade dos portugueses no comércio.

Comentários
A alternativa A é falsa, pois a mineração na Colônia não dependeu de investimentos holandeses e
franceses, de tal modo que a Coroa portuguesa realizou concessões das jazidas descobertas para
metropolitanos e colonos particulares, sob um processo legal que definia as exigências para a
concessão.
A alternativa B também é falsa, uma vez que a primeira ferrovia do Brasil foi construída em 1852
pelo Barão de Mauá.
A alternativa C também é falsa, pois a mão de obra da mineração no Brasil colonial foi de escravos
vindos da África ou nascidos no território.
A alternativa D está correta, uma vez que por meio da busca por metais preciosos a Coroa
portuguesa investiu nas entradas e bandeiras, o que levou à expansão para o interior e sua

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consequente ocupação, como em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Assim sendo, a mineração
contribuiu significativamente para o povoamento e ocupação do interior do Brasil.
A alternativa E também é falsa, uma vez que durante o ciclo do ouro no Brasil o comércio dos
tropeiros se intensificou, de modo que eles faziam a ligação entre a economia agraria e a
mineradora, pois nas regiões auríferas a febre do ouro voltava a todos para a exploração do metal,
deixando em outro plano a subsistência.
(VAZ, 2013).
Gabarito: D

34. (VUNESP/PM-SP/2007 – SOLDADO 2ª CLASSE)


Reflita sobre os textos.
Quanto à ação revolucionária propriamente dita, os inconfidentes tinham arquitetado um
plano militar que deveria ser acionado no dia da derrama.
Animai-vos povo baianense que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade: o tempo
que seremos todos irmãos, tempo em que seremos todos iguais.
(Luiz Koshiba e DenizeManziFrayze Pereira, História do Brasil)

Os dois textos referem-se, respectivamente, aos movimentos conhecidos por Inconfidência


Mineira e Conjuração Baiana.
Com base nos textos e no conhecimento histórico, pode-se afirmar que esses dois
movimentos:
I. defendiam os interesses econômicos da classe dominante das metrópoles europeias.
II. tinham em comum a luta pela ruptura dos laços coloniais entre Brasil e Portugal.
III. foram influenciados pelos ideais dos pensadores iluministas do continente europeu.

É correto o que se apresenta somente em:


A) I.
B) II.
C) II e III.
D) III.
E) I e III.
Comentários
A alternativa C é a resposta certa, pois apenas o que se afirma nas proposições II e III está correto.
A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram movimentos que ocorreram nas últimas
décadas do século XVIII no Brasil, sendo influenciadas por ideais iluministas, tal como o
republicanismo e os princípios de igualdade, liberdade e fraternidade, especialmente difundidos

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entre os grupos maçônicos. Ambas as revoltas defendiam mudanças sociais em seus estados, ainda
que a Inconfidência Mineira tenha sido organizada por uma elite intelectual. Ao passo que a
Conjuração Baiana foi uma revolta de cunho popular. O que há em comum entre elas, além disso, é
que as duas revoltas foram de caráter separatista e republicano, buscando romper com Portugal e
estabelecer a independência destas províncias.
(VAZ, 2013).
Gabarito: C
35. (VUNESP/PM-SP/2009 – SOLDADO - SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO)
Na região das Minas Gerais, em fins do século XVIII, ocorreu uma revolta colonial contra a
dominação portuguesa. Esse movimento foi provocado pelos impostos abusivos cobrados
sobre a produção mineradora.
Identifique corretamente esse movimento.
A) Revolução Praieira.
B) Inconfidência Mineira.
C) Guerra de Canudos.
D) Guerra da Independência.
E) Revolta dos Farrapos.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a Revolução Praieira ocorreu na província de Pernambuco em meados
do século XIX, entre 1848 e 1850.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a Inconfidência Mineira, de caráter separatista, se
opôs à cobrança forçada de impostos atrasados (a chamada derrama), referentes aos tributos
sobre a extração do ouro nas Minas Gerais. O tributo cobrado era o quinto, ou seja, 20% sobre
toda a extração de ouro. Devido à intensa exploração do ouro durante todo o século XVIII, houve
uma redução drástica na quantidade de impostos recolhidos nas últimas décadas daquele século
por causa da diminuição das explorações, o que deixou a Coroa portuguesa insatisfeita e a levou a
decretar a referida derrama. Diante disso, uma parcela letrada da população mineira, da qual se
destacam mineradores, grandes proprietários de terras e membros do clero, sob a influência dos
ideais iluministas que ecoava, inclusive, no Brasil, passaram a se reunir para discutir formas
contrárias à exploração portuguesa. Dentre alguns de seus objetivos, podemos destacar: a
separação de Minas Gerais de Portugal e a respectiva proclamação da República; o fim do
monopólio do comércio com Portugal; o serviço militar obrigatório. Os inconfidentes iriam se
rebelar contra o governo português em 1789, ano que seria cobrada a derrama. Organizados um
ano antes, os inconfidentes, contudo, foram denunciados por Joaquim Silvério dos Reis, que
buscava o perdão das suas dívidas com a Coroa. Todos os membros que preparavam a revolta
foram presos, mas o único condenado à morte foi Tiradentes, que teve seu corpo esquartejado e
exibido em praça pública, a fim de servir como modelo aos que buscavam a insurreição.
A alternativa C também é falsa, pois a Guerra de Canudos aconteceu no interior da Bahia, entre
1896 e 1897, já no período republicano.

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A alternativa D também é falsa, pois a Guerra de Independência ocorreu em 1822.


A alternativa E também é falsa, pois a Revolta dos Farrapos (ou Farroupilha) aconteceu no Rio
Grande do Sul, entre 1835 e 1845, durante o Período Regencial, por conta do preço do charque
gaúcho e da concorrência com o charque importado.
(VAZ, 2013).
Gabarito: B

36. (UCS 2014)


Durante a União Ibérica (1580-1640), iniciou-se a ocupação do território que hoje
denominamos de Amazônia. Considere as seguintes afirmativas sobre a ocupação desse
território.
I. A ocupação portuguesa foi empreendida de duas maneiras: a primeira com a instalação de
fortalezas militares na beira dos rios para controlar a navegação (única via de comunicação) e
os navios de outros países europeus; a segunda, através de várias ordens de padres católicos
que instalaram missões para a evangelização dos índios.
II. O Forte do Presépio, instalado em 1616, deu origem à cidade de Belém; do Forte de São
José do Rio Negro, fundado em 1669, nasceu Manaus.
III. Os índios, nas Missões, cultivavam a terra e entravam na floresta para colher as drogas do
sertão, tais como: a baunilha, o cacau, o guaraná e a castanha-do-pará. Porém, as Missões
transformaram-se em empreendimentos pouco lucrativos, uma vez que os índios não
gostavam de trabalhar.

Das afirmativas acima, pode-se dizer que


A) apenas I está correta.
B) apenas II está correta.
C) apenas I e II estão corretas.
D) apenas II e III estão corretas.
E) I, II e III estão corretas.
Comentários
Somente a alternativa [C] está correta. A afirmação [III] está incorreta. Os índios retiravam da
floresta vários produtos conhecidos como as “Drogas do Sertão” como urucum, pó de guaraná,
ervas medicinais, entre outros. É uma postura etnocêntrica (e equivocada) afirmar que os nativos
não gostavam de trabalhar. As afirmações [I] e [II] estão corretas. A coroa portuguesa ocupou a
região através da instalação de fortalezas militares na margem dos rios e na criação das missões
jesuíticas visando a catequese dos nativos. Muitas cidades brasileiras surgiram devido a estes
fortes militares como a cidade de Belém (Forte do Presépio) e Manaus (Forte do São José do Rio
Negro).

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Gabarito: C

37. (G1 - IFSC 2016)


Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território
que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII.
Sobre a presença holandesa no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
A) Os holandeses estabeleceram suas colônias no Sudeste brasileiro.
B) Os holandeses eram parceiros comerciais dos portugueses na atividade açucareira.
C) O principal interesse dos holandeses era a crescente economia cafeeira.
D) Os portugueses estabeleceram uma política de cordialidade com os holandeses quando
estes invadiram sua colônia.
E) Os holandeses saíram do Brasil por meio de um processo chamado “União Ibérica”.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete às invasões holandesas no Brasil, no
século XVII. Os holandeses eram parceiros comerciais de Portugal no que diz respeito ao açúcar. A
Holanda se separou da Espanha no final do século XVI e, durante a União Ibérica, a Espanha
boicotou o comércio do açúcar entre Holanda e Portugal. Desta forma, os holandeses criaram a
Companhia das Índias Ocidentais com o intuito de invadir o Brasil. Ocorreu a invasão fracassada na
Bahia em 1624 e, posteriormente, em 1630, ocorreu a invasão em Pernambuco.
Gabarito: B

38. (UEM 2015)


Em 1750, Portugal e Espanha firmaram o Tratado de Madri, que tinha como objetivo o
estabelecimento de fronteiras entre as possessões dos dois países na América. Assinale a(s)
alternativa(s) que se relaciona(m) corretamente a esse tratado de limites.
01) Os territórios dos Sete Povos das Missões, a leste do rio Uruguai, eram, até então,
ocupados por missões de jesuítas subordinados à Coroa da Espanha, que tinham como
objetivo a catequese de índios guaranis.
02) A orientação dos superiores da Companhia de Jesus para que os padres não
abandonassem os índios guaranis dos Sete Povos das Missões foi decisiva para a eclosão da
Guerra Guaranítica.
04) Segundo o Tratado de Madri, o território dos Sete Povos das Missões, a leste do rio
Uruguai, na atual região missioneira do estado do Rio Grande do Sul, passaria para o domínio
português.
08) A recusa de parte dos jesuítas e dos índios em abandonar os territórios dos Sete Povos
das Missões levou à “guerra dos guaranis” (ou Guerra Guaranítica).
16) A derrama, imposto sobre a mineração cobrado por Portugal na região de Minas Gerais,
em 1769, financiou as expedições militares organizadas por Portugal e Espanha para lutar

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contra os índios guaranis que, orientados pelos jesuítas, tinham a intenção de fundar uma
República Teocrática na região das Missões.
Comentários
A afirmativa [02] está incorreta, porque os superiores da Companhia de Jesus foram contra o apoio
que os padres deram aos indígenas na região dos Sete Povos das Missões;
A afirmativa [16] está incorreta, porque os indígenas não tinham a intenção de fundar uma
República na região dos Sete Povos das Missões. Eles, simplesmente, recusavam-se a abandonar
suas terras e cruzar a fronteira, como ficou determinado pelo Tratado de Madrid. Além disso,
Portugal e Espanha financiaram de maneira diferente o ataque aos Sete Povos das Missões.
Gabarito: 01+04+08 = 13

39. (Mackenzie 2015)


A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma das
medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse ato são a
total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas adotadas pelos jesuítas e o
projeto educacional iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que tal expulsão
também está relacionada:

A) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que


persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I.
B) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da subordinação da coroa
portuguesa às decisões do papa.
C) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo
lucros para a coroa portuguesa.
D) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I, exigindo o direito de educar os
filhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas.
E) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e sobre
os recursos econômicos produzidos nessas regiões.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete a expulsão dos jesuítas do Brasil e de
Portugal durante o Período Pombalino, 1750-1777. Os primeiros padres jesuítas chegaram ao
Brasil em 1549 liderados por Manoel da Nóbrega tendo como objetivo a catequese dos nativos. Ao
longo do período colonial, os padres geraram inúmeros problemas para a coroa portuguesa, como
por exemplo não aceitar a escravidão dos indígenas e, assim, gerar um conflito entre padres e
colonos. No final do século XVII e início do século XVIII, ocorreram inúmeros conflitos no Sul devido
a criação da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos das Missões. Os padres jesuítas ficaram ao
lado dos índios durante as “Guerras Guaraníticas”. O déspota esclarecido de Portugal, Marquês de
Pombal, expulsou os padres do Brasil e de Portugal em 1759.
Gabarito: E

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40. (Mackenzie 2015)


“Meu avô foi buscar prata,
mas a prata virou índios.
Meu avô foi buscar índio,
mas o índio virou ouro.
Meu avô foi buscar ouro,
mas o ouro virou terra.
Meu avô foi buscar terras
e a terra virou fronteira.
Meu avô, ainda intrigado,
foi modelar a fronteira:
E o Brasil tomou a forma de harpa.”
(Martim Cererê - Cassiano Ricardo)

O autor, no seu poema Metamorfoses se refere às várias transformações verificadas no


território brasileiro. Tais “metamorfoses” presentes acima se referem
A) à importância do indígena brasileiro na composição étnica e cultural do povo brasileiro.
B) às dimensões continentais adquiridas pela nação brasileira e sua semelhança com um
instrumento musical.
C) ao processo histórico de penetração e ocupação do território nacional e a delimitação das
nossas fronteiras.
D) à conquista do território nacional, realizada pelos nossos indígenas, graças à navegação
dos nossos rios.
E) à enorme diversidade de ecossistemas e paisagens naturais presentes no nosso vasto
território.
Comentários
Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a formação territorial do Brasil durante o
período colonial. A belíssima poesia de Cassiano Ricardo faz referência a formação territorial do
Brasil associada aos metais preciosos e aos índios. Contribuíram para este processo a mineração, a
atuação dos bandeirantes paulistas, a pecuária, as drogas do sertão e as missões portuguesas na
Amazônia. Assim, em 1750 foi assinado o Tratado de Madri que anulou o Tratado de Tordesilhas
dando ao Brasil praticamente o tamanho atual, exceto o Acre que foi anexado em 1904.
Gabarito: C

41. (UFPR 2015)


“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é
resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades
indígenas’."

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(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por
Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles
trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das
missões jesuíticas eram:
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-
brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação
da sua organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de
fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade
por conta dos confrontos com os espanhóis.
D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os
índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o
que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho
e organização habitacional.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete as missões jesuíticas na América Latina
durante o período colonial. No contexto da contrarreforma ou Reforma católica em meados do
século XVI foi criada por Inácio de Loyola a Companhia de Jesus com o objetivo de angariar fiéis
para o catolicismo e impedir o avanço protestante. Estes jesuítas desempenharam um papel
importante na América, criaram as missões para catequese dos nativos. Daí que as aldeias que
eram um espaço indígena passaram a ser um aldeamento, ou seja, missões jesuíticas que ao
catequizar os nativos contribuíram para o processo de aculturação e destribalização. No caso do
Brasil, os padres jesuítas foram expulsos em 1759 pelo ministro Pombal.
Gabarito: E

42. (UESPI 2012)


Entre os objetivos dos monarcas portugueses na colonização do Brasil, se destacaram:
expandir as fronteiras territoriais e encontrar metais preciosos. A esse propósito, analise as
seguintes proposições:
1. a ocupação de quase todo o litoral brasileiro estava esboçada nos dois primeiros séculos da
colonização portuguesa.
2. no século XVIII, através do Maranhão, os portugueses percorreram o Amazonas,
rechaçando esporádicos estabelecimentos de espanhóis e infiltrações francesas.

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3. a colônia de Sacramento era periodicamente alvo de ataque dos espanhóis de Buenos


Aires, enquanto se consolidava o povoamento do Rio Grande do Sul.
4. a configuração do território brasileiro, tal como hoje se verifica foi, em linhas gerais,
definida pelo Tratado de Madri no século XVII.
5. os limites do território do Brasil obedeceram sempre ao estabelecido no Tratado de
Tordesilhas, quando se fixaram os domínios portugueses e espanhóis na América.

Estão corretas apenas:


A) 1, 4 e 5.
B) 1, 2 e 5.
C) 2, 4 e 5.
D) 1, 2 e 3.
E)2, 3 e 4.
Comentários
A divisão do Brasil em capitanias hereditárias e a exploração de cana-de-açúcar determinaram uma
ocupação mais próxima ao litoral, com expedições que, através de rios, percorriam áreas do
interior, ora na procura de metais preciosos, ora para rechaçar ameaças estrangeiras. Brasileiros
ocuparam diversas áreas após o meridiano de Tordesilhas que, teoricamente, pertenciam à
Espanha, incluindo a Colônia de Sacramento, às margens do Rio da Prata. O Tratado de Madri foi
firmado em 1750, portanto, metade do século XVIII.
Gabarito: D

43. (UPF 2014)


Durante governo do marquês de Pombal (1750-1777), a tentativa de consolidação das
fronteiras da colônia brasileira provocou uma disputa acirrada com a Espanha. Das
negociações entre as metrópoles portuguesa e espanhola, resultou o tratado de Madrid
(1750), segundo o qual a Colônia do Sacramento deveria passar para a Espanha e as Missões
ficariam com Portugal. Por conta desse tratado, os missioneiros deveriam retirar-se com os
índios para o lado da Banda Oriental (Uruguai). Sem querer deixar as Missões, os índios, com
apoio parcial dos jesuítas, resistiram ao cumprimento do tratado. A fim de expulsar os índios,
Portugal e Espanha armaram seus exércitos e, em 1756, avançaram sobre as Missões de
Santo Ângelo, São Borja, São João, São Lourenço, São Luiz Gonzaga, São Miguel e São Nicolau.
Dessa guerra, os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados.
Esse episódio ficou conhecido como:
A) Revolução dos Tamoios.
B) Guerra Guaranítica.
C) Inconfidência Mineira.
D) Guerra dos Emboabas.

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E) Revolução Farroupilha.
Comentários
A Guerra Guaranítica – assim chamada devido a etnia dos indígenas nela envolvidos – foi
caracterizada pelo confronto entre os exércitos de Portugal e Espanha e os índios guaranis que
ocupavam a região dos chamados Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul).
Após acordo envolvendo Portugal e Espanha pelo domínio das terras ao sul da Colônia portuguesa,
os indígenas e os missionários deveriam sair das Missões Jesuítas rio-grandenses (pertencentes a
Portugal) e dirigir-se para o território do atual Uruguai (pertencente à Espanha). Como se
recusaram a isso houve confronto armado, vencido pelos exércitos de Portugal e Espanha.
Gabarito: B

44. (G1 - Col. Naval 2014)


A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o
território que legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. Com isso,
aconteceram vários conflitos entre os dois países e foram necessários alguns tratados de
limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de limites que definiram
o território brasileiro, pode-se afirmar que:
A) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites
territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas.
B) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração,
restabeleceu as fronteiras existentes antes da União ibérica.
C) com o Tratado do Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das
Missões, o que provocou a chamada Guerra Guaranítica.
D) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte
do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês.
E) o Tratado de Badajoz foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites
territoriais brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre.
Comentários
O Tratado de Badajoz (1801) foi assinado por Portugal (de um lado) e Espanha/França (de maneira
conjunta). Tal tratado continha determinações pesadas para Portugal, como a obrigação de fechar
os portos sob seu domínio para os navios ingleses. Após esse acordo, o território brasileiro
manteve inalterado até a anexação do Acre, no Segundo Reinado.
Gabarito: E

45. (UFG 2013)


O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e
Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios
ibéricos na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao

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seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos
Pampas. Esse tratado
A) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de
Sacramento, no Brasil.
B) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis.
C) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.
D) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da Igreja
Católica.
E) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao
Uruguai.
Comentários
O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado de Tordesilhas, que, na prática,
já não era respeitado desde o período da União Ibérica. De acordo com aquele tratado, Portugal e
Espanha admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade de estipular os novos domínios
territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base do novo Tratado era o direito privado
romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo
assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por Portugal passaram a ser, por direito,
dos portugueses.
Gabarito: B

46. (Unicamp 2012)


Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos
paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do
século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando
grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o
governo do território, tentando impor suas próprias leis.
(Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História da Colonização
Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.)

Sobre o período em questão é correto afirmar que:


A) As disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que
lutaram pela posse e exploração das minas.
B) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século
XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.
C) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português
nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente no século
XVIII.

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D) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos


deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.
Comentários
Os primeiros ocupantes da região das minas foram paulistas de origem bandeirante, que sonharam
enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a estruturação da exploração aurífera ficou
sobcontrole de representantes da metrópole, que distribuíram as terras àqueles que possuíam
escravos – normalmente vindos da região açucareira em crise – e privilegiavam mercadores de
origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram
posteriormente, eram vistos como “forasteiros” pelos primeiros ocupantes da região e seus
privilégios foram contestados, num movimento que redundou em uma Guerra, com violenta
repressão sobre os pequenos mineradores.
Gabarito: D

47.
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.

Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopolítica e teoria de fronteiras.

Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.
Comentários
A região amazônica foi pouco explorada durante o período colonial e a atividade econômica
predominante foi o extrativismo. A maior preocupação portuguesa na época da construção das

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Colônia II.

unidades militares foi garantir a posse da terra em uma região que pertenceu teoricamente aos
espanhóis até 1750, mas nunca foi efetivamente dominada. Apesar da presença de grandes rios, a
pesca nunca foi uma atividade econômica desenvolvida, assim como não havia entre os povos
indígenas a ideia de fronteira.
Gabarito: A

48. (ACAFE 2016)


A União Ibérica (1580-1640) caracterizou-se quando Filipe II invadiu Portugal com suas tropas
e assumiu a coroa portuguesa, unindo Portugal e Espanha.
No contexto da União Ibérica, todas as alternativas estão corretas, EXCETO a:
A) Em 1640 terminou o domínio espanhol, através do movimento liderado pelo Duque de
Bragança. O duque foi coroado monarca de Portugal, dando início à dinastia de Bragança.
B) Neste período, o Tratado de Tordesilhas não teve nenhum efeito entre os limites
territoriais portugueses e espanhóis na América. Isto favoreceu o avanço português para o
interior da colônia.
C) O principal motivo da União Ibérica foi a tentativa da França de anexar a Espanha ao seu
território. A União do exército espanhol com o exército português conseguiu afastar esta
ameaça.
D) Os holandeses invadiram o nordeste neste período e dominaram Pernambuco, pois os
espanhóis não estavam permitindo o contato comercial dos batavos com os produtores de
açúcar.
Comentários
A questão remete a União Ibérica, 1580-1640, através da submissão da coroa portuguesa e suas
colônias pela coroa espanhola que era governada por Filipe II da dinastia de Habsburgo. Em 1578
morreu Sebastião, rei de Portugal e o cardeal Henrique assumiu o trono. Após a morte do rei
Henrique, a Espanha conseguiu realizar um velho sonho, unir as coroas ibéricas. Esta “união” gerou
mudanças na Europa e no Brasil. O Tratado de Tordesilhas perdeu o sentido, a Holanda através da
Companhia das Índias Ocidentais invadiu o Brasil em 1624 na Bahia (fracassou) e Pernambuco em
1630.
Gabarito: C

49. (UPE 2015)


A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à
capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão
foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
A) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões
espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo.
B) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco,
desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas.

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C) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em


Pernambuco, durante a União Ibérica.
D) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625.
E) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os
holandeses, em detrimento dos portugueses.
Comentários
Durante a União Ibérica, a Holanda, então colônia da Espanha, proclamou sua independência. O rei
espanhol, então, proibiu a ex-colônia de fazer comércio com qualquer possessão espanhola,
incluindo o Brasil. A Holanda, devido à participação que tinha no comércio do açúcar brasileiro,
invadiu a Capitania de Pernambuco.

Gabarito: C

50. (FGV 2013)


Sobre a conquista holandesa do Nordeste brasileiro, no período colonial, é correto afirmar:
A) Os conflitos entre portugueses e holandeses devem ser compreendidos no contexto da
União Ibérica (1580-1640) e da separação das Províncias Unidas do Império Habsburgo.
B) A ocupação das áreas de plantio de cana obrigou os holandeses a intensificarem a
escravização dos indígenas, uma vez que não possuíam bases no continente africano.
C) Estabelecidos em Pernambuco, os holandeses empreenderam uma forte perseguição aos
judeus e católicos ali residentes e fortaleceram a difusão do protestantismo no Brasil colonial.
D) A administração de Maurício de Nassau foi caracterizada pelo pragmatismo e pela
desmontagem do grande centro de artistas e letrados organizado pelas autoridades
portuguesas em Olinda.
E) Os holandeses implementaram uma nova e eficiente estrutura produtiva baseada em
pequenas e médias propriedades familiares, que se diferenciava das antigas plantations
escravistas.
Comentários
As invasões holandesas no nordeste – Bahia e Pernambuco – ocorreram no contexto das “Guerras
do Açúcar” entre Holanda e Espanha. A potência Ibérica controlava Portugal e suas colônias e,
como forma de retaliar os holandeses foi decretada a proibição do comércio de açúcar brasileiro,
representando grande prejuízo para os investidores holandeses.
Gabarito: A

51. (PUC-RS 2013)


A União Ibérica (1580-1640) provocou o acirramento de conflitos europeus, alguns dos quais
foram transferidos para os territórios coloniais de Portugal e Espanha. A situação que NÃO
tem relação com os conflitos do contexto da União Ibérica é:

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A) Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se


da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.
B) Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram
as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange.
C) Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes
possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana.
D) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-
se aos franceses para invadir o Recife em 1595.
E) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em
estados do Nordeste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Comentários
A fundação de ambas as províncias (Rio Grande e Sacramento) não ocorreu devido à União Ibérica
ou ao fim temporário do Tratado de Tordesilhas: a província de Rio Grande foi fundada em 1737 e
a Colônia do Sacramento foi fundada em 1680.
Gabarito: A

52. (UFSM 2013)


Analise o mapa e o texto.

Os domínios holandeses da colônia portuguesa estenderam-se desde o litoral dos atuais


Maranhão até Sergipe. Para administrá-los, foi nomeado o conde Maurício de Nassau, que
permaneceu no cargo entre 1637 e 1644. Preocupado em normalizar a rica produção
açucareira, o conde conseguiu a colaboração de muitos senhores de engenho, concedendo-
lhes empréstimos que permitiram o aumento da produtividade. [...]
A administração de Nassau destacou-se pelas realizações urbanísticas e culturais, saneando e

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modernizando Recife, que se converteu num centro urbano repleto de notáveis obras
arquitetônicas, passando a chamar-se Mauritzstadt, ou cidade Maurícia.
Fonte: VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2008. p. 188-189. (adaptado)
A economia colonial portuguesa do nordeste açucareiro constituiu um dos núcleos
fundamentais do mercado mundial em expansão, nos séculos XVI e XVII. As invasões dos
holandeses, o domínio das regiões produtoras e os investimentos feitos atestam essa
importância.
Integram esse contexto histórico, entre outros, os seguintes processos:
I. o domínio da Espanha sobre Portugal durante a denominada “União Ibérica”.
II. as rivalidades entre holandeses e espanhóis na Europa, fruto das lutas para a formação do
Estado Nacional holandês em territórios sob o domínio da monarquia espanhola.
III. a continuidade da produção açucareira, caracterizada como uma economia colonial típica,
voltada para o exterior, com a função de promover a acumulação primitiva do capital.
IV. o enfraquecimento do controle dos senhores sobre seus escravos durante o conflito com
os holandeses, facilitando o aumento das fugas e a ampliação da população dos quilombos,
principalmente o de Palmares.
Está(ão) correta(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
Comentários
As invasões holandesas e o domínio de uma porção do norte do Brasil se insere no contexto da
União Ibérica – quando Portugal esteve submetido a coroa espanhola – e as guerras entre Espanha
e Holanda, uma vez que esta última se rebelou contra o domínio estrangeiro, libertou-se e
promoveu sua independência, tornando-se um Estado livre. No primeiro período de ocupação,
antes da administração de Nassau, os conflitos prejudicaram os fazendeiros e dentre outras
consequências, perderam parte de seus escravos, devido às fugas.
Gabarito: E

53. (Mackenzie 2013)


Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de
União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha,
exerceu influência direta na colônia portuguesa na América, pois

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A) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis,


interessada no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e
Salvador, no Brasil.
B) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma
vez que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-
brasil.
C) sofria, na época, perseguições religiosas na Europa e retaliações dos católicos residentes
em seu país, por isso, seu desejo foi montar uma colônia protestante no Brasil.
D) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando
quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o
prestígio internacional ibérico.
E) apoderou-se do nordeste brasileiro e retomou o controle da lucrativa operação de
transporte, refino e distribuição comercial do açúcar brasileiro, perdido a partir da União
Ibérica.
Comentários
Devido ao seu conflito com a Espanha (luta de independência), a Holanda, através da Companhia
das Índias Ocidentais, invadiu o Nordeste brasileiro para retomar o negócio do refino e do
comércio do nosso açúcar que a Espanha havia proibido. Os holandeses permaneceram no nosso
Nordeste por 24 anos.
Gabarito: E

54. (PUC-RS 2015)


Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira

Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela
oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo
como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com
a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia
de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus.

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( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve
como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer
4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte
por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes),
primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os
seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.

A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é


A) 3 – 1 – 4 – 2
B) 1 – 2 – 3 – 5
C) 3 – 4 – 1 – 2
D) 2 – 3 – 4 – 5
E) 3 – 4 – 5 – 2
Comentários
Na época colonial, ocorreram as seguintes revoltas nativistas:
[1] Guerra dos Mascates: travada em Pernambuco pelos comerciantes portugueses de Recife e os
senhores de engenho nativos de Olinda, pelo domínio do comércio na Capitania;
[2] Revolta dos Beckman: ocorrida no Maranhão devido à proibição, por parte dos Jesuítas, da
escravidão indígena;
[3] Revolta de Vila Rica: ocorrida em Vila Rica, tinha como líder Felipe dos Santos e como exigência
o fim da cobrança do quinto;
[4] Guerra dos Emboabas: conflito que opôs mineiros e paulistas (emboabas) pelo controle das
minas descobertas na Colônia.
Gabarito: A

55. (UECE 2015)


A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ‒ ações situadas no âmbito do
contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos
vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção que apresenta somente
movimentos ocorridos nesse período.
A) Inconfidência Mineira, Conjuração dos Alfaiates, Revolução Pernambucana.
B) Inconfidência Mineira, Balaiada e Conjuração dos Alfaiates.
C) Balaiada, Cabanagem e Revolução Pernambucana.
D) Revolução Praieira, Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana.
Comentários

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As três revoltas ou insurreições ocorridas durante o Período Colonial (1530-1822) foram: a


Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração dos Alfaiates ou Conjuração Baiana (1797) e a
Revolução Pernambucana (1817).
Gabarito: A

56. (G1 - IFSC 2014)


Dentre os movimentos que contestavam o imperialismo português no Brasil, podemos
destacar a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Apesar dos dois movimentos terem
como base as ideologias do Iluminismo, também tiveram grandes diferenças entre si.
Comparando esses dois movimentos, é CORRETO afirmar que:
A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
B) Tanto a Conjuração Baiana quanto a Inconfidência Mineira foram movimentos burgueses,
com a participação popular quase nula e apenas os mais pobres foram condenados: João de
Deus Nascimento, na Bahia, e Tiradentes, em Minas Gerais.
C) Diferente da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana tinha como proposta o fim da
escravidão e um levante armado imediato.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
E) Os dois movimentos foram sumariamente reprimidos. Os dois líderes, João de Deus
Nascimento e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foram enforcados juntos, lado a
lado, no Rio de Janeiro para servirem de exemplos.
Comentários
A diferença fundamental entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana é que a primeira era
elitista e a última era popular. Nesse sentido, uma das exigências da Conjuração Baiana era a
abolição da escravatura.
Gabarito: C

57. (Mackenzie 2014)


Em 12 de agosto de 1798, as paredes das igrejas de Salvador, lugares públicos e paredes de
casas, apareceram com panfletos manuscritos que diziam: “Está para chegar o tempo feliz da
nossa liberdade, o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos
iguais”. Tal manifesto conclamava à revolução a população, que estava insatisfeita com o
agravamento do custo de vida.

A respeito dessa revolta é correto afirmar que


A) a Inconfidência Mineira foi influenciada pelos ideais de liberdade vindos da Europa, pela
independência das Treze Colônias da América do Norte e pela opressão metropolitana.

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B) a Inconfidência Baiana foi o mais importante e significativo dentre os movimentos


emancipacionistas, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Conjura do Rio de
Janeiro.
C) tal movimento de rebeldia contra a Metrópole se manifestou em um momento em que o
próprio Estado Português afrouxou sua política de arrecadação fiscal sobre a Colônia.
D) a Conjuração Baiana, diferente das demais revoltas da época, não se limitou apenas aos
ideais de independência e liberdade, como propunha mudanças estruturais para a sociedade
brasileira.
E) a Revolta dos Alfaiates contou com a participação de todas as classes sociais da Bahia, ao
contrário dos outros movimentos emancipatórios, mas a liderança coube aos grandes
proprietários de terras.
Comentários
A Conjuração Baiana, de caráter majoritariamente popular, além dos ideais iluministas de
liberdade e República, buscava pôr fim à escravidão e às desigualdades sociais.
Gabarito: D

58. (VUNESP 2011)


Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro,
podemos citar:
A) a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros
podiam viver livremente.
B) as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a introdução de pragas oriundas da
África.
C) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados
pela Igreja Católica.
D) as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em
navios que rumavam para a África.
E) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida
pela Igreja.
Comentários
Além das mais conhecidas formas de resistência à escravidão como as fugas e os Quilombos, a
resistência cultural foi também de extrema importância durante o período em que vigorou a
escravidão no Brasil. Mesmo sendo batizados ao desembarcar no Brasil e obrigados a participar
das celebrações católicas, muitos escravos mantiveram tradições de seus locais de origem como
maneira de resistir ao processo de aculturação que lhes era imposto. Isso era feito na maioria das
vezes com a associação de divindades de origem africana com santos da liturgia católica, porém
não devemos esquecer da Revolta dos Malês que teve como característica fundamental em sua

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organização a coesão de um grupo de escravos de fé islâmica e que mantiveram as características


fundamentais de sua religião sem abrir espaço para a influência do catolicismo.
Gabarito: C

59. (UFPR 2016)


Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:
A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de
solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de
devoção aos seus santos padroeiros.
B) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio
mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus
membros das visitações da Inquisição.
C) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem
seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de
membros brancos e indígenas.
D) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de
arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas
africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
E) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de
resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que
gerou o primeiro ideário abolicionista.
Comentários
As irmandades coloniais eram espaços de auxílio mútuo entre seus membros, em casos de saúde,
falecimento, assistencialismo e arrecadação monetária.
Gabarito: D

60. (UFPR 2015)


“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é
resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades
indígenas’."
(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por
Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).

A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles


trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das
missões jesuíticas eram
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.

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B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-


brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação
da sua organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de
fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade
por conta dos confrontos com os espanhóis.
D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os
índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o
que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho
e organização habitacional.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete as missões jesuíticas na América Latina
durante o período colonial. No contexto da Contrarreforma ou Reforma católica em meados do
século XVI foi criada por Inácio de Loyola a Companhia de Jesus com o objetivo de angariar fiéis
para o catolicismo e impedir o avanço protestante. Estes jesuítas desempenharam um papel
importante na América, criaram as missões para catequese dos nativos. Daí que as aldeias que
eram um espaço indígena passaram a ser um aldeamento, ou seja, missões jesuíticas que ao
catequizar os nativos contribuíram para o processo de aculturação e destribalização. No caso do
Brasil, os padres jesuítas foram expulsos em 1759 pelo ministro Pombal.
Gabarito: E

61. (G1 - UTF-PR 2015)


O principal interesse da metrópole portuguesa em relação ao Brasil, no período Colonial, era:
A) produzir alimentos para alimentar a população de Portugal.
B) fazer o comércio e escravidão de índios e negros.
C) vender os produtos manufaturados de Portugal e Espanha.
D) extrair produtos e matérias-primas rentáveis no mercado mundial da época.
E) criar gado para atender ao mercado europeu.
Comentários
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao interesse de Portugal na colonização
do Brasil. No final da Idade Média e início da Idade Moderna surgiram os Estados Nacionais
Modernos através de uma aliança entre rei e burguesia. Portugal foi o primeiro Estado Moderno a
surgir. Estes Estados necessitavam de recursos para criar e manter exército, criar e manter a
marinha além do custo para manter a burocracia estatal. Assim, surgiu a política econômica
denominada de Mercantilismo. Como consequência, surgiram as Grandes Navegações e a
Colonização da América. O interesse da metrópole na colonização da América era exatamente
angariar recursos através de produtos tropicais e matérias-primas como o açúcar entre outros.

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Gabarito: D

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Observe as figuras 1 e 2.

62. (UEL 2015)

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A colonização no Brasil pela coroa portuguesa teve sua origem no sistema de Capitanias
Hereditárias que definiu a propriedade e a posse das terras. No início do século XIX, com a
vinda de imigrantes europeus para o Brasil, estabeleceu-se a Lei de Terras de 1850, com o
intuito de normatizar a propriedade e o seu uso.
Sobre o domínio de terras no Brasil, no contexto das Capitanias Hereditárias e da Lei de 1850,
assinale a alternativa correta.
A) Os donatários eram impedidos pela Coroa Portuguesa de vender suas terras. A Lei de
Terras definiu que as terras públicas poderiam tornar-se propriedade privada somente pela
compra.
B) Os donatários se isentavam da defesa de suas terras, convocando o poder real para fazê-la.
Com a vinda dos imigrantes, a Lei de Terras possibilitou a apropriação aos desprovidos de
recursos.
C) Os recursos empregados pelos donatários viabilizaram o pleno sucesso do modelo das
capitanias. Com a Lei de Terras, expandiu-se o domínio do setor industrial pelo monopólio do
poder econômico.
D) O sistema de capitanias vigorou até o século XIX quando aconteceram as insurreições do
Maranhão e da Bahia. A Lei de Terras impediu que a mão de obra livre pudesse se locomover
para as atividades industriais.
E) A Coroa tinha o direito de confiscar todos os metais preciosos extraídos das capitanias. A
Lei de Terras facilitou a ocupação ilegal e o arrendamento das terras consideradas devolutas.

Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a propriedade e posse de terras no Brasil
entre 1534 com a criação das Capitanias Hereditárias até 1850 com a aprovação da Lei de Terras
no Brasil. No contexto das Capitanias Hereditárias, os donatários não podiam vender as terras, pois
estas pertenciam à Coroa Portuguesa. Assim, os colonos deveriam ocupar e explorar as terras e
pagar impostos à Portugal. A partir de meados do século XIX, o Brasil começou a receber muitos
imigrantes europeus. Desta forma, a elite política aprovou a Lei de Terras em 1850 afirmando que
a posse de terras no Brasil só acontecia através de compra. O objetivo era impedir a ocupação de
terras por parte de imigrantes e pobres em geral e vincular estes trabalhadores à lavoura cafeeira
de exportação. As demais alternativas estão incorretas.
Gabarito: A

63. (UEL 2014)


Leia o texto a seguir.
Afluente da margem direita do Rio Vermelho, ao norte de Cambé, próximo ao Distrito da
Prata, o Rio Palmeira forma um vale onde a mata nativa ainda concentra reservas. Ali, séculos
atrás havia um lago. Era um ponto estratégico com água, peixe, caça e floresta subtropical.

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Colônia II.

Ali, em 1625 foi construída a redução jesuítica de San Joseph – o termo missão foi adotado
pelos portugueses, enquanto espanhóis e pesquisadores preferem redução
(Jornal de Londrina, 3 mar. 2013. p.21.)

Recentemente no município de Cambé, localizado no norte do Paraná, foram descobertas


ruínas de fundações da Redução Jesuítica, que comportou cerca de 200 pessoas, com fácil
acesso à água e aos produtos oriundos da floresta.
As Reduções ou Missões Jesuíticas no Brasil estão associadas
A) às ações das bandeiras, que buscavam, nas Reduções, mão de obra indígena para a
escravização.
B) às atividades mercantis de minérios e de drogas do sertão que abasteciam a metrópole.
C) à cristianização facultativa dos indígenas pelos irmãos jesuítas com o apoio da Santa Sé.
D) à libertação dos indígenas do jugo católico, conquistando a autonomia para professarem a
sua fé.
E) ao desenvolvimento de práticas agrícolas e de pecuária extensiva que vieram a abastecer o
comércio metropolitano.
Comentários
Nos séculos XVII e XVIII, os bandeirantes paulistas, devido à pobreza da região, realizaram
inúmeras atividades para sobreviver, tais como: caça ao índio, caça ao ouro, monções (abastecer
as áreas mineratórias) e o sertanismo de contrato (abafar revoltas indígenas e dos escravos
negros). No século XVII, havia o império holandês no nordeste brasileiro que recrutava muita mão
de obra escrava negra e, assim, faltavam braços para trabalhar nas regiões adjacentes. Desta
forma, os bandeirantes paulistas destruíram as missões jesuíticas no sul para vender os nativos
como escravos, principalmente no nordeste. Recentemente foi encontrado na cidade de Cambé,
no norte do Paraná, vestígios de uma redução jesuítica que possuíam cerca de 200 pessoas.
Somente a alternativa [A] é correta. As alternativas [B], [C], [D] e [E] estão incorretas. As drogas do
sertão estavam localizadas no Amazônia. A catequese realizada pelos padres jesuítas não era
facultativa. Os nativos não foram libertos do jugo católico, conquistando sua autonomia religiosa.
Não ocorreram a pecuária extensiva e práticas agrícolas para abastecer a metrópole.
Gabarito: A

64. (UFPR 2013)


Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período
colonial da América Portuguesa.
A) As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza
que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram
núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de
investimentos após a vinda da Família Real portuguesa.

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B) As cidades passaram a ter um papel econômico primordial na colônia a partir da fundação


de São Paulo, que se tornou um grande entreposto comercial. Posteriormente, com o ciclo do
ouro, as cidades de Minas Gerais tornaram-se um centro irradiador de progresso econômico,
superando a importância das áreas rurais na economia colonial. Isso impulsionou um maior
desenvolvimento urbano, trazendo progresso material e cultural a toda a sociedade.
C) Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades
foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em
especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de
possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos
sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social.
D) Além de serem centros administrativos, as cidades formaram pequenos centros
educacionais de catequese dos indígenas e de evangelização dos colonos, agregando uma
população majoritariamente masculina. Por serem muito pobres, as cidades eram vilas
incipientes, o que gerava uma concentração populacional e econômica nas áreas rurais.
E) As cidades foram centros administrativos importantes para o desenvolvimento econômico
e social da colônia, por concentrarem escolas, jardins botânicos e assistência médica e
jurídica à população. Escravos frequentemente fugiam para tentar uma vida melhor nas
cidades, o que gerava uma rivalidade entre os centros urbanos e as áreas rurais.
Comentários
Grande parte das cidades, no período colonial brasileiro, ficou em segundo plano porque o poder
político e econômico estava descentralizado, de certo modo, nas mãos dos fazendeiros. Uma outra
razão está em que o Brasil, na divisão internacional do trabalho, dentro da perspectiva colonial,
assumiu o papel de produtor e exportador de produtos agrícolas. Algumas exceções: Rio de Janeiro
– capital; Vila Rica, Diamantina – ouro e diamantes.
Gabarito: C

65. (G1 - UFT-PR 2012)


O Brasil foi colonizado pelos portugueses que estabeleceram o antigo sistema colonial. Este
sistema vigorou na maioria dos países latino-americanos entre os séculos XV e XIX.
Assinale a alternativa que explica o sistema colonial corretamente.
A) As metrópoles ajudaram na implantação das indústrias nas colônias.
B) As colônias produziam produtos agrícolas e manufaturas livremente e podiam vender com
lucro para as metrópoles.
C) Os comerciantes das metrópoles traziam as mercadorias manufaturadas que vendiam nas
colônias e estas podiam revender aos outros países.
D) O comércio entre as colônias e as metrópoles era regulado por leis que não permitiam a
exploração das colônias.
E) As colônias produziam matéria-prima que vendiam as metrópoles e só podiam comprar
produtos manufaturados das metrópoles.

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Comentários
A colonização da América se deu em um contexto mercantilista e absolutista. Surgiram os Estados
Nacionais Modernos Europeus através de uma aliança entre rei e burguesia. Estes Estados
necessitavam de muitos recursos para montar e equipar exército, montar e equipar a marinha bem
como manter a burocracia estatal. Assim a colonização da América tinha como escopo gerar
recursos para a metrópole. O papel da colônia era complementar a economia da metrópole, enviar
matéria prima e produtos tropicais e importar produtos manufaturados da metrópole. As demais
alternativas estão incorretas. Não foram criadas indústrias nas colônias. Havia o pacto colonial no
qual a colônia não tinha autonomia política e econômica, portanto não tinha liberdade para
comercializar.
Gabarito: E

66. (UEL 2012)


A Inquisição Portuguesa, ou Tribunal do Santo Ofício de Portugal, que esteve nas mãos do
poder real, utilizou-se da coerção para obter a confissão de culpa. Uma vez condenado, um
dos rituais consistia na execução pública do acusado na fogueira como forma de purificação.
Sobre esta instituição, é correto afirmar:
A) A Inquisição atuou mais contra os inimigos da pessoa do Papa do que sobre os inimigos da
Igreja.
B) A Inquisição durou em Portugal até meados do século XX, tendo sido abolida pelo Concílio
Vaticano II.
C) A Inquisição, por intermédio de seu braço papal, o Tribunal do Santo Ofício, poupava
judeus e muçulmanos da execução.
D) No Brasil, a Inquisição atuou por intermédio das Visitações detendo judeus, mulheres e
sodomitas, os quais eram julgados em Portugal.
E) O Tribunal do Santo Ofício, após as reformas religiosas ocorridas no século XIX,
transformou-se na Encíclica Rerum Novarum.
Comentários
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a Santa Inquisição em Portugal. O
Tribunal do Santo Ofício ganhou força no contexto da Contrarreforma ou a Reforma Católica em
meados do século XVI. Ao longo do período colonial, o Brasil recebeu as Visitações, isto é, a visita
dos membros da Inquisição que detinham mulheres, judeus e sodomitas para serem julgados em
Portugal. Muitos morriam aguardando o julgamento em prisões subterrâneas. A Bahia foi visitada
entre 1591-1593 e Pernambuco entre 1593-1595. Os cristãos novos (judeus convertidos ao
cristianismo) foram importantes para a construção do Brasil Colonial. As demais alternativas estão
incorretas.
Gabarito: D

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1. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


Esse conflito ocorreu em meio à situação em que a Capitania de Pernambuco se encontrava
nas décadas que se seguiram após a expulsão dos holandeses em 1654. A situação financeira
dos senhores de engenho, cujo centro político estava na cidade de Olinda, agravava-se, haja
vista a concorrência holandesa. Como tinham controle sobre a Câmara de Olinda, esses
senhores de engenho induziram o governo a aumentar os impostos que os comerciantes
tributavam. A maior parte desses comerciantes estava em Recife e, em protesto, entre os
anos de 1710 e 1711, rebelou-se contra Olinda. O conflito descrito acima refere-se à
A) Revolução Pernambucana (1817).
B) Confederação do Equador (1824).
C) Guerra dos Mascates (1710-1711).
D) Conspiração dos Suassunas (1801).
E) Insurreição Pernambucana (1645-1654).

2. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


Quanto à Revolta dos Beckman (1684), considere V para afirmativa verdadeira e F para falsa:
( ) Em 1682, para aumentar a lucratividade da colônia, a Coroa portuguesa criou a Companhia
de Comércio do Maranhão, concedendo-lhe o monopólio do comércio na região.
( ) Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão de obra e abastecimento na região do
Maranhão.
( ) Os principais líderes do movimento foram enforcados, exceto Thomas Beckman, que foi
deportado para Pernambuco.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A) F – V – V
B) V – V – F
C) V – F – V
D) V – V – V
E) F – F – V

3. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


A respeito da Revolta de Filipe dos Santos (1720), assinale a alternativa incorreta.

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A) O governo português proibiu a circulação de ouro em pó em Minas Gerais, exigindo que


todo o minério extraído fosse entregue às Casas de Fundição.
B) Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro e a revolta durou um ano.
C) Felipe dos Santos, considerado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
D) Após a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalização na região das
minas, visando combater a evasão fiscal e o contrabando de ouro.
E) Para aumentar o controle sobre a região, foi criada a capitania de Minas Gerais.

4. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


Assinale a alternativa incorreta sobre a Conjuração Baiana.
A) A Conjuração Baiana foi bastante ampla e popular entre as rebeliões coloniais.
B) A Conjuração Baiana foi antagônica aos ideais iluministas que eram propagados naquele
período.
C) Dela participaram padres, profissionais liberais (como médicos e advogados), alguns
membros da elite intelectual e, sobretudo, pessoas dos grupos sociais mais pobres, como
sapateiros, ex-escravos, soldados e vários alfaiates.
D) Esse clima favoreceu a propagação dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e
fraternidade, divulgados na Bahia por membros da maçonaria (associação civil não religiosa
que cresceu na Europa do século XVIII e logo foi difundida no Brasil).
E) Em 12 de agosto de 1798 papéis foram pregados nas vias públicas de Salvador e falavam
em liberdade e República.

5. (ITAME - Pref. de Senador Canedo-GO - Professor de História /2019)


Analise a charge.

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Colônia II.

A charge faz alusão ao contexto de 1789, remontando a emblemática revolta da


Inconfidência Mineira. Inserindo o uso do recurso humorístico ao contexto, podemos concluir
que a expressão presente na charge, “Colônia de Portugal uma ova!!”, relaciona-se
A) ao fim do pacto colonial.
B) ao estabelecimento do quinto.
C) à chegada da família real ao Brasil.
D) ao direito dos emboabas sobre as minas.

6. (IBADE - Pref. Municipal de Vilhena-RO – Prof. De Geografia / 2019)


A colonização neerlandesa no Nordeste Brasileiro, embora tenha durado menos de trinta
anos, marcou de forma indelével o desenvolvimento econômico e urbano de cidades como
Recife e Olinda. Quais teriam sido as motivações neerlandesas para a tomada de territórios
americanos considerados pertencentes a Portugal no século XVII?
A) A invasão das capitanias do Nordeste insere-se em um cenário mais amplo de guerra entre
os Países Baixos e a Inglaterra, aliada do Reino de Portugal
B) Manutenção e ampliação da hegemonia neerlandesa no comércio do açúcar no contexto
europeu, sendo considerado também um ataque à Coroa Espanhola durante o período da
União Ibérica
C) A ocupação das terras da capitania de Pernambuco teria sido realizada a pedido dos
próprios colonos, os quais consideravam economicamente vantajosa a presença da
Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais
D) Contestação dos tratados diplomáticos celebrados entre Portugal e Espanha nos séculos
XV e XVI, os quais excluíam os Países Baixos do processo de colonização das Américas
E) Conflitos religiosos entre protestantes e católicos na Europa, o que teria aumentado as
hostilidades entre neerlandeses e portugueses em meados do século XVII

7. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)

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Colônia II.

Sobre a ocupação holandesa em parte da atual Região Nordeste, assinale a afirmativa


correta.
A) Mostrou-se insustentável após a Restauração portuguesa, em função da aliança luso-
britânica.
B) Era o resultado de conflitos de ordem global que envolviam holandeses, espanhóis e
portugueses.
C) Organizou-se de modo a dispensar o trabalho de africanos escravizados e de índios
aldeados.
D) Representou um momento de intolerância religiosa em relação a outras matrizes
culturais.
E) Caracterizou-se pelo aumento dos índices de produção da lavoura a níveis inéditos para os
padrões portugueses.

8. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)


Leia o texto a seguir. “Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do
Antigo Regime não o destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o
absolutismo, a sociedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos
clérigos e da Igreja, o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada,
o mesmo não se deu com a escravidão, os valores aristocráticos e, em certa medida, o
‘capitalismo comercial’, que tinha no tráfico negreiro uma de suas fontes. O mesmo se pode
dizer a respeito da dependência econômica, ainda que esta não se desse mais nos quadros do
antigo sistema colonial, mas, sim, sob a égide de uma potência capitalista, que desenvolvia
uma política imperialista: a Inglaterra.”
VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2016, p. 236-237.
Considerando o processo de emancipação política do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) Realizou-se de modo pacífico e sem contestações violentas, com acentuado protagonismo
popular.
B) Manteve ileso o sistema político do período colonial, baseado no favorecimento e no
personalismo.
C) Silenciou proposições dissidentes em favor da permanência da monarquia e da
escravidão.
D) Assegurou uma política de inclusão social para os mestiços que, a partir de 1824, passaram
a exercer cidadania política.
E) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a
maioridade de d. Pedro II.

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9. (FUNDEP – Pref. de Uberlândia – Professor de História / 2019)


[...] são questionáveis algumas observações de (Fernando) Novais (1986) no que se refere às
interpretações das inconfidências, em especial a Mineira. Sua concepção de que as ideias que
em Portugal possuíam uma face reformista, quando transpostas a uma situação colonial,
ganhavam uma face ‘revolucionária’ nos parece hoje inadequada e mesmo insustentável. [...]
FURTADO, João Pinto. Inconfidências e conjurações no Brasil: notas para um debate
historiográfico em torno dos movimentos do último quartel do século XVIII. In: FRAGOSO,
João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção O Brasil Colonial, 1720-1821. V. 3. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2014. p. 647.

Para justificar sua contraposição a Fernando Novais, João Pinto Furtado argumenta, entre
outros elementos, que
A) o baixo nível de alfabetização da região impedia, por si só, a expansão do ideal
revolucionário, absolutamente dependente da leitura dos princípios franceses, embora os
Autos de Devassa indiquem o confisco de vários livros nas bibliotecas dos inconfidentes.
B) havia uma crença plantada pelo Conde de Assumar, em 1720, de que o ar de Minas
inspirava revoluções e, por isso, todos os governantes enviados pelo rei para a região eram
negociadores por natureza, contendo, assim, todo ímpeto revolucionário local.
C) manifestações populares nas ruas ao som de “viva o rei, viva o povo e morra o govenador”
eram especificamente contra o governador Barbacena, não contra o rei, porque este aplicava
cegamente as determinações de Lisboa quanto à cobrança dos impostos atrasados.
D) nomes importantes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio
Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, almejavam algumas reformas no sistema, mas restritas
à troca de nomes em postos de poder, não alterando os seus pilares.

10. (IBADE - SEMED-Porto Velho-RO – Professor Nível II - História / 2019)


Em 3 de setembro de 1759 a Coroa portuguesa expulsou a Companhia de Jesus de todos os
seus territórios ultramarinos. Entre as principais razões apontadas para o banimento da
ordem religiosa está:
A) o apoio jesuítico à Espanha em meio a disputas por fronteiras ao Sul da América do Sul.
B) o fracasso da política indianista da Cia. De Jesus, incapaz de transformá-los em súditos de
Portugal.
C) a falta de apoio dos jesuítas para impedir a União Ibérica, que submetia Portugal à
Espanha.
D) a descoberta de articulações políticas entre os jesuítas para deporem o Rei D. José I de
Portugal.

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Colônia II.

E) a política de modernização do Estado português levada a frente pelo futuro Marquês de


Pombal.

11. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


A ênfase fortemente regionalista dos inconfidentes inclinava-se, às vezes, para o
nacionalismo econômico. Isto era mais explícito nos pronunciamentos do alferes Tiradentes,
embora ele não estivesse isolado em tal posição. Silva elogiava a beleza de Minas e apontava
seus recursos naturais. Livre, republicano, industrializado, continuava o propagandista, o
Brasil não teria necessidade de importar mercadorias estrangeiras.
(Kenneth R. Maxwell. A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira, Brasil – Portugal, 1750-
1808, 1978. Adaptado)

Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica
de:
A) reafirmação da prática econômica mercantilista e de instauração na metrópole portuguesa
do absolutismo monárquico.
B) avanço dos movimentos socialistas de contestação social e de difusão da concepção de
igualdade natural dos homens.
C) consolidação das independências políticas latino-americanas e de retração das riquezas
proporcionadas pelas exportações agrícolas brasileiras.
D) crítica ao Antigo Regime europeu e de aumento do peso da exploração colonial com o
declínio da produção aurífera.
E) disputas econômicas entre metrópoles coloniais e de guerras permanentes entre
economias industrializadas europeias.

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)


Observe a imagem e leia o trecho a seguir.

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“As tropas holandesas e luso-brasileiras enfrentaram-se nos montes Guararapes em 1648 e


1649. Nas duas ocasiões, as bem treinadas forças da Holanda foram derrotadas por uma
milícia local da colônia portuguesa. As batalhas travadas nos Guararapes são consideradas
decisivas para a expulsão dos holandeses, que ainda levaria cinco anos para se concretizar.”
(Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015. Adaptado).
O detalhe da obra destacado na questão evidencia:
A) a importância da escravização de negros para a vitória luso-brasileira contra os holandeses,
na medida em que os invasores eram contrários à utilização da mão de obra negra
escravizada na produção de açúcar.
B) a violência do processo de escravização, pois os negros presentes nas batalhas estavam lá
apenas obedecendo ordem de seus senhores e correndo o risco de serem castigados em caso
de derrota para os holandeses.
C) a ideia de traição associada a Calabar no contexto das batalhas, na medida em que os
negros e mestiços brasileiros lutaram ao lado dos holandeses como forma de resistência à
escravização promovida pelos senhores luso-brasileiros.
D) as contradições da sociedade luso-brasileira do século XVII, na medida em que os senhores
prometeram a alforria aos negros escravizados que participassem das batalhas contra os
holandeses.
E) a perspectiva de expulsão dos holandeses feita à base de mistura racial, constituindo-se
numa espécie de marco zero de criação da nação brasileira, devido à presença de negros e
mestiços escravizados e forros nas batalhas.

13. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A guerra ou as guerras holandesas assistiram ao emprego crescente dos recursos locais, e
decrescente dos da metrópole, tendência que se acentuou durante a restauração. (Evaldo
Cabral de Mello, Olinda restaurada. Disponível em: https://goo.gl/gLRQDz. Adaptado).
Contribuiu (íram) para tal tendência:
A) o fato de que os luso-brasileiros já não dispunham do apoio da monarquia espanhola, de
quem Portugal se separara há pouco, e a prioridade que tinha para Portugal a guerra contra a
Espanha nas fronteiras do reino, e não o conflito no Brasil contra os holandeses.
B) a baixa importância econômica que Pernambuco e seu entorno representavam para
Portugal à época, e, portanto, o apoio quase nulo dado pelos portugueses à expulsão dos
holandeses, pois estavam mais preocupados com a exploração do ouro das Minas Gerais.
C) o aparecimento de vários quilombos em diferentes regiões da colônia portuguesa, entre
eles o quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi e localizado no Nordeste, o que levou a
Coroa Portuguesa a centrar todos os seus esforços na violenta repressão aos quilombos,
visando a sua destruição.

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D) o forte vínculo econômico que aproximava Portugal à Holanda, responsável pelo refino e
pela comercialização de grande parte do açúcar português exportado para a Europa, o que
tornava a guerra direta entre portugueses e holandeses algo incômodo e desinteressante.
E) o receio que tinha Portugal de que a guerra contra a Holanda pudesse insuflar a própria
população contra a dominação portuguesa, acirrando os conflitos entre colônia e metrópole,
e colocando em risco o projeto português de construção de um grande império colonial.

14. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


Observe o seguinte trecho do Tratado de Methuen.
Artigo 1º – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui
em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para
sempre, de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que
em tempo algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
(Tratado de Methuen – 1703. In: Nelson Werneck Sodré, As Razões da Independência.
Adaptado).

Entre outros fatores, foi devido ao Tratado de Methuen que


A) as manufaturas têxteis se desenvolveram muito no Brasil.
B) Inglaterra e Portugal foram os primeiros países a se industrializarem.
C) a burguesia portuguesa enriqueceu e lutou contra a monarquia.
D) o ouro explorado no Brasil foi transferido para a Inglaterra.
E) Portugal diminuiu o seu interesse pela exploração da colônia.

15. (MetroCapital Soluções - 2018 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Ensino


Fundamental I)
Entre os séculos XVII e XVIII, o Brasil colonial esteve marcado por vários conflitos dos quais
participavam escravos, estrangeiros, indígenas e colonizadores. No que se refere aos
movimentos de resistência no período colonial, assinale a alternativa correta:
A) No tocante aos seus objetivos, tanto a Conjuração Baiana como a Conjuração Mineira
eram radicais na defesa da abolição da escravatura.
B) A Guerra dos Mascates uniu reinóis e mazombos no movimento de resistência dos
comerciantes do Recife ao governo português, que proibiu o comércio de açúcar e escravos.
C) As disputas econômicas e políticas de âmbito local, como as Revolta dos Beckman no
Maranhão, significavam a reação contra o aumento dos impostos exigidos pela Coroa na
extração do ouro.

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D) O processo de luta pela independência da colônia começou a assumir os seus contornos a


partir da Inconfidência Mineira, motivado por transformações políticas de caráter
internacional, principalmente a difusão de ideias iluministas e a Revolução Americana.
E) Na base social da Inconfidência Mineira predominavam os escravos e os negros libertos,
inspirados nos ideais da Revolução Francesa e no exemplo da rebelião negra de São
Domingos, que reagiram contra a escravidão.

16. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o
príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa
parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que
regressou à metrópole já como rei.
Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no
Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo
na cultura política e na identidade da sociedade brasileira, tendo-se manifestado nas sedições
nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, ambas de cunho
emancipacionistas, e, em fins do período colonial, terminado por ser a base da luta pela
independência do Brasil

17. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís-MA - Professor Nível Superior/PNS-A)


A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida em 1755, voltada ao
desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços atraentes para os
produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi instituída pelo Marquês
de Pombal e denominada
A) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
B) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
C) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
D) Companhia das Índias Ocidentais.
E) Companhia Comercial do Governo Geral.

18. (Itame - 2015 - Prefeitura de Padre Bernardo-GO - Contador)


Entre 1708 e 1709 o estado de Minas Gerais foi palco de um conflito marcado pela disputa
pelo Ouro. Tal guerra se baseou no conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros que
buscavam a riqueza oriunda dos metais preciosos. Tal conflito ficou conhecido como:
A) Guerra das Emboabas.

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B) Inconfidência Mineira.
C) Levante de Vila Rica.
D) Guerra Mata Maroto.

19. (ACAFE - 2015 - SED-SC - Professor - História)


Integrando diversas regiões, construindo caminhos e formando vilarejos e cidades, o
tropeirismo foi muito importante na história do período colonial brasileiro. Sobre as
atividades dos tropeiros, assinale a alternativa correta.
A) Comercializavam gado somente na faixa litorânea do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná.
B) Exerciam a mineração e o comércio de terras no interior da colônia.
C) Praticavam a agricultura extensiva e o comércio de ouro nas cidades do litoral.
D) Transportavam gado e mercadorias para suas atividades mercantis.
E) Foram os responsáveis pela mudança da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.

20. (EXATUS-PR - 2015 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Guarda Municipal)


Que fator abaixo foi determinante para que a Coroa Portuguesa transferisse a Capital do
Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro?
A) A descoberta de minas de ouro no atual Estado de Minas Gerais.
B) A Revolta dos Alfaiates que ocorreu em Salvador.
C) A Revolução Haitiana, onde os negros mulatos tomaram o poder na então colônia
francesa.
D) Os movimentos separatistas ocorridos na Região Nordeste do Brasil.

21. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Leia o texto abaixo.
O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das
capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades
mineradoras, agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas
açucareiras em retração.
Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa população.
(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de
Janeiro: Graal, 2004. p. 41-42)
Segundo o texto, está correto afirmar que a sociedade mineradora

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A) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas


pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
B) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o
governo português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
C) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades
econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
D) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por
valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.

22. (CS-UFG - 2012 - TJ-GO - Escrevente Judiciário)


A economia brasileira sempre manteve fortes vínculos com a extração mineral. Desde o
período colonial, a Coroa Portuguesa considerava a mineração um dos principais setores da
economia. Entre 1707 e 1709, pelo direito de exploração das jazidas de ouro na região das
Minas Gerais, iniciou-se um confronto entre os bandeirantes paulistas, que reivindicavam a
exclusividade da atividade mineradora, e outro grupo formado por portugueses e migrantes
de outras regiões do Brasil. Esse conflito ficou conhecido como
A) Guerra de Canudos.
B) Guerra dos Farrapos.
C) Guerra do Paraguai.
D) Guerra dos Emboabas.

23. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor - História)


Com relação à história colonial brasileira, julgue o item que se segue.
A descoberta do ouro nos sertões mineiros foi recebida pela Coroa portuguesa com grande
apreensão. Não havia um projeto de colonização definido a priori. A tarefa de controlar a
multidão de aventureiros que se dirigiria àqueles sertões parecia algo grande demais para os
poucos recursos lusos. Por fim, existia a possibilidade da descoberta daquela riqueza
despertar a cobiça das demais nações europeias.

24. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)


Sobre a economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos urbanos no interior do Brasil e para
a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
B) A propriedade agrícola no qual se baseava o sistema colonial tinha duas características
básicas: a monocultura e o trabalho escravo.

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C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos
europeus numa relação de escambo com os nativos.
D) O ciclo da cana-de-açúcar foi fundamental para a criação de um mercado econômico
interno, realizando a ligação comercial entre o litoral e o interior da colônia.

(CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Acerca da configuração territorial da América portuguesa, julgue (C ou E) os seguintes itens.
25.
A criação de gado foi a primeira atividade produtiva promotora da interiorização mais
profunda da colonização.
26.
O Tratado de Madri tinha como princípio principal, quanto à definição de fronteiras, o uti
possidetis e como argumento subsidiário, aplicável à foz do Amazonas e ao Rio da Prata, o
mare liberum.

27. (CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas a partir do final do
século XVI. Essa expansão não era coisa simples. Exigia um grande investimento, que deveria
cobrir os gastos em instalações para o processamento da cana e na compra de mão de obra
importada da África.
Considerando o texto acima e os aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil,
julgue o item seguinte.

Em decorrência da peculiaridade da extração de ouro e diamante, a mineração provocou a


ampliação da utilização de mão de obra escrava, impediu o surgimento de classes médias e
dificultou o aparecimento de cidades.

28. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - História)


Com relação ao Brasil colonial, julgue o item que se segue.
A aliança entre a Companhia de Jesus e o Marquês de Pombal permitiu aos jesuítas estender
o projeto missionário desenvolvido com os indígenas ao vale do rio Amazonas e ao sul da
colônia.

29. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


No que concerne à configuração territorial da América portuguesa, assinale a opção correta.

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A) Em oposição às determinações da Coroa portuguesa, ao longo do século XVII, colonos


partiram de Piratininga em busca de riquezas pelos sertões afora, o que foi decisivo para a
configuração das fronteiras do Brasil e para a consolidação de São Paulo como importante
polo econômico no período colonial.
B) As tensões entre castelhanos e portugueses, no Novo Mundo, tiveram início com a
decisão, tomada por Portugal, de ocupar vastas extensões de terra na bacia amazônica, já nas
primeiras décadas do século XVI, e atingiram dimensão ainda mais violenta na vigência da
União Ibérica (1580-1640).
C) Ponto principal entre as diversas áreas de colonização portuguesa no extremo sul do Novo
Mundo, a Colônia de Sacramento foi fundada para servir como base do comércio lusitano na
região, e a necessidade de neutralizar a crescente importância econômica dessa colônia levou
os espanhóis a fundarem Buenos Aires na outra margem do rio da Prata.
D) A decisão castelhana de invadir a Colônia de Sacramento, motivada por interesses
específicos da elite de Buenos Aires, foi tomada quando o estado de hostilidade entre Castela
e Portugal, presente em grande parte da segunda metade do século XVIII, sinalizava evidente
distensão.
E) No período entre a assinatura dos tratados de Madri (1750) e de Santo Ildefonso (1777), as
duas metrópoles ibéricas foram levadas ao confronto bélico na fronteira meridional do Brasil,
cujo resultado beneficiou Portugal, que anexou à sua colônia territórios que, pelo disposto no
Tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha.

30. CESPE - 2009 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Acerca das características econômicas e sociais da América Portuguesa Colonial, julgue o
seguinte item.
Os paulistas descobriram as minas de ouro e foram os primeiros a explorá-las.

31. (CESPE - 2006 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da expansão
comercial e colonial europeia na época Moderna. Parte integrante do império ultramarino
português, o Brasil-Colônia refletiu, em todo o largo período de sua formação colonial, os
problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana. Por outro
lado, a história da expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa desenrola-se no
amplo quadro de competição entre várias potências, em busca do equilíbrio europeu; dessa
forma, é na história do sistema geral de colonização europeia moderna que devemos
procurar o esquema de determinações no interior do qual se processou a organização da vida
econômica e social do Brasil na primeira fase de sua história e se encaminharam os
problemas políticos de que esta região foi o teatro.
Fernando A. Novais. Aproximações: estudos da história e historiografia. São Paulo; Cosac
Naify, 2005, p.45.

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Ainda considerando o texto de Fernando A. Novais, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A descoberta de ouro em Minas Gerais, no início do século XVII, inibiu a expansão da
economia açucareira.

32.(VUNESP/PM-SP/2011 – ALUNO OFICIAL)


O principal motivo da criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, foi impedir que os
espanhóis tomassem a região e chegassem a Goiás e Minas Gerais. Era a época em que
Portugal e Espanha discutiam as cláusulas do Tratado de Madri, finalmente assinado em
1750, que fixou os contornos aproximados da atual fronteira brasileira, substituindo o
Tratado de Tordesilhas (1494).
(Masilia Aparecida da Silva Gomes. Comer, beber, governar. In Revista de História da
Biblioteca Nacional, setembro de 2010, n.º 60).
A expansão territorial da América portuguesa teve relação com:
A) as colônias de povoamento do sul e a cafeicultura.
B) a produção de algodão e as oficinas de artesanato.
C) as missões jesuíticas e a mineração.
D) a produção de tabaco em São Paulo e os desterrados portugueses.
E) as manufaturas e as feitorias do nordeste.

33.(VUNESP/PM-SP/2011 – SOLDADO - SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO)


No Brasil colonial, a mineração:
A) dependeu de investimentos holandeses e franceses.
B) financiou a construção de ferrovias para transportar o ouro.
C) empregou apenas indígenas, conhecedores das técnicas.
D) contribuiu para o povoamento de regiões do interior.
E) acabou com a exclusividade dos portugueses no comércio.

34. (VUNESP/PM-SP/2007 – SOLDADO 2ª CLASSE)


Reflita sobre os textos.
Quanto à ação revolucionária propriamente dita, os inconfidentes tinham arquitetado um
plano militar que deveria ser acionado no dia da derrama.
Animai-vos povo baianense que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade: o tempo
que seremos todos irmãos, tempo em que seremos todos iguais.
(Luiz Koshiba e DenizeManziFrayze Pereira, História do Brasil)

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Os dois textos referem-se, respectivamente, aos movimentos conhecidos por Inconfidência


Mineira e Conjuração Baiana.
Com base nos textos e no conhecimento histórico, pode-se afirmar que esses dois
movimentos:
I. defendiam os interesses econômicos da classe dominante das metrópoles europeias.
II. tinham em comum a luta pela ruptura dos laços coloniais entre Brasil e Portugal.
III. foram influenciados pelos ideais dos pensadores iluministas do continente europeu.

É correto o que se apresenta somente em:


A) I.
B) II.
C) II e III.
D) III.
E) I e III.

35. (VUNESP/PM-SP/2009 – SOLDADO - SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO)


Na região das Minas Gerais, em fins do século XVIII, ocorreu uma revolta colonial contra a
dominação portuguesa. Esse movimento foi provocado pelos impostos abusivos cobrados
sobre a produção mineradora.
Identifique corretamente esse movimento.
A) Revolução Praieira.
B) Inconfidência Mineira.
C) Guerra de Canudos.
D) Guerra da Independência.
E) Revolta dos Farrapos.

36. (UCS 2014)


Durante a União Ibérica (1580-1640), iniciou-se a ocupação do território que hoje
denominamos de Amazônia. Considere as seguintes afirmativas sobre a ocupação desse
território.
I. A ocupação portuguesa foi empreendida de duas maneiras: a primeira com a instalação de
fortalezas militares na beira dos rios para controlar a navegação (única via de comunicação) e
os navios de outros países europeus; a segunda, através de várias ordens de padres católicos
que instalaram missões para a evangelização dos índios.

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II. O Forte do Presépio, instalado em 1616, deu origem à cidade de Belém; do Forte de São
José do Rio Negro, fundado em 1669, nasceu Manaus.
III. Os índios, nas Missões, cultivavam a terra e entravam na floresta para colher as drogas do
sertão, tais como: a baunilha, o cacau, o guaraná e a castanha-do-pará. Porém, as Missões
transformaram-se em empreendimentos pouco lucrativos, uma vez que os índios não
gostavam de trabalhar.

Das afirmativas acima, pode-se dizer que


A) apenas I está correta.
B) apenas II está correta.
C) apenas I e II estão corretas.
D) apenas II e III estão corretas.
E) I, II e III estão corretas.

37. (G1 - IFSC 2016)


Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território
que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII.
Sobre a presença holandesa no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
A) Os holandeses estabeleceram suas colônias no Sudeste brasileiro.
B) Os holandeses eram parceiros comerciais dos portugueses na atividade açucareira.
C) O principal interesse dos holandeses era a crescente economia cafeeira.
D) Os portugueses estabeleceram uma política de cordialidade com os holandeses quando
estes invadiram sua colônia.
E) Os holandeses saíram do Brasil por meio de um processo chamado “União Ibérica”.

38. (UEM 2015)


Em 1750, Portugal e Espanha firmaram o Tratado de Madri, que tinha como objetivo o
estabelecimento de fronteiras entre as possessões dos dois países na América. Assinale a(s)
alternativa(s) que se relaciona(m) corretamente a esse tratado de limites.
01) Os territórios dos Sete Povos das Missões, a leste do rio Uruguai, eram, até então,
ocupados por missões de jesuítas subordinados à Coroa da Espanha, que tinham como
objetivo a catequese de índios guaranis.
02) A orientação dos superiores da Companhia de Jesus para que os padres não
abandonassem os índios guaranis dos Sete Povos das Missões foi decisiva para a eclosão da
Guerra Guaranítica.

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04) Segundo o Tratado de Madri, o território dos Sete Povos das Missões, a leste do rio
Uruguai, na atual região missioneira do estado do Rio Grande do Sul, passaria para o domínio
português.
08) A recusa de parte dos jesuítas e dos índios em abandonar os territórios dos Sete Povos
das Missões levou à “guerra dos guaranis” (ou Guerra Guaranítica).
16) A derrama, imposto sobre a mineração cobrado por Portugal na região de Minas Gerais,
em 1769, financiou as expedições militares organizadas por Portugal e Espanha para lutar
contra os índios guaranis que, orientados pelos jesuítas, tinham a intenção de fundar uma
República Teocrática na região das Missões.

39. (Mackenzie 2015)


A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma das
medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse ato são a
total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas adotadas pelos jesuítas e o
projeto educacional iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que tal expulsão
também está relacionada:

A) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que


persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I.
B) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da subordinação da coroa
portuguesa às decisões do papa.
C) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo
lucros para a coroa portuguesa.
D) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I, exigindo o direito de educar os
filhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas.
E) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e sobre
os recursos econômicos produzidos nessas regiões.

40. (Mackenzie 2015)


“Meu avô foi buscar prata,
mas a prata virou índios.
Meu avô foi buscar índio,
mas o índio virou ouro.
Meu avô foi buscar ouro,
mas o ouro virou terra.
Meu avô foi buscar terras
e a terra virou fronteira.
Meu avô, ainda intrigado,
foi modelar a fronteira:

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E o Brasil tomou a forma de harpa.”


(Martim Cererê - Cassiano Ricardo)

O autor, no seu poema Metamorfoses se refere às várias transformações verificadas no


território brasileiro. Tais “metamorfoses” presentes acima se referem
A) à importância do indígena brasileiro na composição étnica e cultural do povo brasileiro.
B) às dimensões continentais adquiridas pela nação brasileira e sua semelhança com um
instrumento musical.
C) ao processo histórico de penetração e ocupação do território nacional e a delimitação das
nossas fronteiras.
D) à conquista do território nacional, realizada pelos nossos indígenas, graças à navegação
dos nossos rios.
E) à enorme diversidade de ecossistemas e paisagens naturais presentes no nosso vasto
território.

41. (UFPR 2015)


“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é
resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades
indígenas’."
(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por
Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles
trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das
missões jesuíticas eram:
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-
brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação
da sua organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de
fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade
por conta dos confrontos com os espanhóis.
D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os
índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.

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E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o


que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho
e organização habitacional.

42. (UESPI 2012)


Entre os objetivos dos monarcas portugueses na colonização do Brasil, se destacaram:
expandir as fronteiras territoriais e encontrar metais preciosos. A esse propósito, analise as
seguintes proposições:
1. a ocupação de quase todo o litoral brasileiro estava esboçada nos dois primeiros séculos da
colonização portuguesa.
2. no século XVIII, através do Maranhão, os portugueses percorreram o Amazonas,
rechaçando esporádicos estabelecimentos de espanhóis e infiltrações francesas.
3. a colônia de Sacramento era periodicamente alvo de ataque dos espanhóis de Buenos
Aires, enquanto se consolidava o povoamento do Rio Grande do Sul.
4. a configuração do território brasileiro, tal como hoje se verifica foi, em linhas gerais,
definida pelo Tratado de Madri no século XVII.
5. os limites do território do Brasil obedeceram sempre ao estabelecido no Tratado de
Tordesilhas, quando se fixaram os domínios portugueses e espanhóis na América.

Estão corretas apenas:


A) 1, 4 e 5.
B) 1, 2 e 5.
C) 2, 4 e 5.
D) 1, 2 e 3.
E)2, 3 e 4.

43. (UPF 2014)


Durante governo do marquês de Pombal (1750-1777), a tentativa de consolidação das
fronteiras da colônia brasileira provocou uma disputa acirrada com a Espanha. Das
negociações entre as metrópoles portuguesa e espanhola, resultou o tratado de Madrid
(1750), segundo o qual a Colônia do Sacramento deveria passar para a Espanha e as Missões
ficariam com Portugal. Por conta desse tratado, os missioneiros deveriam retirar-se com os
índios para o lado da Banda Oriental (Uruguai). Sem querer deixar as Missões, os índios, com
apoio parcial dos jesuítas, resistiram ao cumprimento do tratado. A fim de expulsar os índios,
Portugal e Espanha armaram seus exércitos e, em 1756, avançaram sobre as Missões de
Santo Ângelo, São Borja, São João, São Lourenço, São Luiz Gonzaga, São Miguel e São Nicolau.

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Colônia II.

Dessa guerra, os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados.
Esse episódio ficou conhecido como:
A) Revolução dos Tamoios.
B) Guerra Guaranítica.
C) Inconfidência Mineira.
D) Guerra dos Emboabas.
E) Revolução Farroupilha.

44. (G1 - Col. Naval 2014)


A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o
território que legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. Com isso,
aconteceram vários conflitos entre os dois países e foram necessários alguns tratados de
limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de limites que definiram
o território brasileiro, pode-se afirmar que:
A) o Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites
territoriais existentes à época do Tratado de Tordesilhas.
B) o Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio da restauração,
restabeleceu as fronteiras existentes antes da União ibérica.
C) com o Tratado do Santo Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das
Missões, o que provocou a chamada Guerra Guaranítica.
D) o Tratado de Methuen, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte
do Brasil, e a Guiana ficou sob domínio inglês.
E) o Tratado de Badajoz foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites
territoriais brasileiros. A única alteração, desde aquela época, foi a anexação do Acre.

45. (UFG 2013)


O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e
Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios
ibéricos na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao
seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos
Pampas. Esse tratado
A) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de
Sacramento, no Brasil.
B) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis.
C) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.

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D) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da Igreja


Católica.
E) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao
Uruguai.

46. (Unicamp 2012)


Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos
paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do
século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando
grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o
governo do território, tentando impor suas próprias leis.
(Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História da Colonização
Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.)

Sobre o período em questão é correto afirmar que:


A) As disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que
lutaram pela posse e exploração das minas.
B) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século
XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.
C) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português
nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente no século
XVIII.
D) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos
deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.

47.
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.

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Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopolítica e teoria de fronteiras.

Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.

48. (ACAFE 2016)


A União Ibérica (1580-1640) caracterizou-se quando Filipe II invadiu Portugal com suas tropas
e assumiu a coroa portuguesa, unindo Portugal e Espanha.
No contexto da União Ibérica, todas as alternativas estão corretas, EXCETO a:
A) Em 1640 terminou o domínio espanhol, através do movimento liderado pelo Duque de
Bragança. O duque foi coroado monarca de Portugal, dando início à dinastia de Bragança.
B) Neste período, o Tratado de Tordesilhas não teve nenhum efeito entre os limites
territoriais portugueses e espanhóis na América. Isto favoreceu o avanço português para o
interior da colônia.
C) O principal motivo da União Ibérica foi a tentativa da França de anexar a Espanha ao seu
território. A União do exército espanhol com o exército português conseguiu afastar esta
ameaça.
D) Os holandeses invadiram o nordeste neste período e dominaram Pernambuco, pois os
espanhóis não estavam permitindo o contato comercial dos batavos com os produtores de
açúcar.

49. (UPE 2015)


A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à
capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão
foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
A) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões
espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo.
B) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco,
desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas.
C) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em
Pernambuco, durante a União Ibérica.

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D) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625.


E) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os
holandeses, em detrimento dos portugueses.

50. (FGV 2013)


Sobre a conquista holandesa do Nordeste brasileiro, no período colonial, é correto afirmar:
A) Os conflitos entre portugueses e holandeses devem ser compreendidos no contexto da
União Ibérica (1580-1640) e da separação das Províncias Unidas do Império Habsburgo.
B) A ocupação das áreas de plantio de cana obrigou os holandeses a intensificarem a
escravização dos indígenas, uma vez que não possuíam bases no continente africano.
C) Estabelecidos em Pernambuco, os holandeses empreenderam uma forte perseguição aos
judeus e católicos ali residentes e fortaleceram a difusão do protestantismo no Brasil colonial.
D) A administração de Maurício de Nassau foi caracterizada pelo pragmatismo e pela
desmontagem do grande centro de artistas e letrados organizado pelas autoridades
portuguesas em Olinda.
E) Os holandeses implementaram uma nova e eficiente estrutura produtiva baseada em
pequenas e médias propriedades familiares, que se diferenciava das antigas plantations
escravistas.

51. (PUC-RS 2013)


A União Ibérica (1580-1640) provocou o acirramento de conflitos europeus, alguns dos quais
foram transferidos para os territórios coloniais de Portugal e Espanha. A situação que NÃO
tem relação com os conflitos do contexto da União Ibérica é:
A) Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se
da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.
B) Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram
as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange.
C) Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes
possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana.
D) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-
se aos franceses para invadir o Recife em 1595.
E) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em
estados do Nordeste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.

52. (UFSM 2013)


Analise o mapa e o texto.

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Os domínios holandeses da colônia portuguesa estenderam-se desde o litoral dos atuais


Maranhão até Sergipe. Para administrá-los, foi nomeado o conde Maurício de Nassau, que
permaneceu no cargo entre 1637 e 1644. Preocupado em normalizar a rica produção
açucareira, o conde conseguiu a colaboração de muitos senhores de engenho, concedendo-
lhes empréstimos que permitiram o aumento da produtividade. [...]
A administração de Nassau destacou-se pelas realizações urbanísticas e culturais, saneando e
modernizando Recife, que se converteu num centro urbano repleto de notáveis obras
arquitetônicas, passando a chamar-se Mauritzstadt, ou cidade Maurícia.
Fonte: VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2008. p. 188-189. (adaptado)

A economia colonial portuguesa do nordeste açucareiro constituiu um dos núcleos


fundamentais do mercado mundial em expansão, nos séculos XVI e XVII. As invasões dos
holandeses, o domínio das regiões produtoras e os investimentos feitos atestam essa
importância.
Integram esse contexto histórico, entre outros, os seguintes processos:
I. o domínio da Espanha sobre Portugal durante a denominada “União Ibérica”.
II. as rivalidades entre holandeses e espanhóis na Europa, fruto das lutas para a formação do
Estado Nacional holandês em territórios sob o domínio da monarquia espanhola.
III. a continuidade da produção açucareira, caracterizada como uma economia colonial típica,
voltada para o exterior, com a função de promover a acumulação primitiva do capital.
IV. o enfraquecimento do controle dos senhores sobre seus escravos durante o conflito com
os holandeses, facilitando o aumento das fugas e a ampliação da população dos quilombos,
principalmente o de Palmares.

Está(ão) correta(s)

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A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.

53. (Mackenzie 2013)


Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de
União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha,
exerceu influência direta na colônia portuguesa na América, pois
A) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis,
interessada no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e
Salvador, no Brasil.
B) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma
vez que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-
brasil.
C) sofria, na época, perseguições religiosas na Europa e retaliações dos católicos residentes
em seu país, por isso, seu desejo foi montar uma colônia protestante no Brasil.
D) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando
quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o
prestígio internacional ibérico.
E) apoderou-se do nordeste brasileiro e retomou o controle da lucrativa operação de
transporte, refino e distribuição comercial do açúcar brasileiro, perdido a partir da União
Ibérica.

54. (PUC-RS 2015)


Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira

Coluna B

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( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela


oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo
como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com
a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia
de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve
como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer
4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte
por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes),
primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os
seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.

A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é


A) 3 – 1 – 4 – 2
B) 1 – 2 – 3 – 5
C) 3 – 4 – 1 – 2
D) 2 – 3 – 4 – 5
E) 3 – 4 – 5 – 2

55. (UECE 2015)


A Historiografia do Brasil registra várias revoltas e insurreições ‒ ações situadas no âmbito do
contexto social, político e econômico do Brasil colonial que expressavam a insatisfação dos
vários grupos sociais com os poderes instituídos. Assinale a opção que apresenta somente
movimentos ocorridos nesse período.
A) Inconfidência Mineira, Conjuração dos Alfaiates, Revolução Pernambucana.
B) Inconfidência Mineira, Balaiada e Conjuração dos Alfaiates.
C) Balaiada, Cabanagem e Revolução Pernambucana.
D) Revolução Praieira, Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana.

56. (G1 - IFSC 2014)


Dentre os movimentos que contestavam o imperialismo português no Brasil, podemos
destacar a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Apesar dos dois movimentos terem
como base as ideologias do Iluminismo, também tiveram grandes diferenças entre si.
Comparando esses dois movimentos, é CORRETO afirmar que:

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A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
B) Tanto a Conjuração Baiana quanto a Inconfidência Mineira foram movimentos burgueses,
com a participação popular quase nula e apenas os mais pobres foram condenados: João de
Deus Nascimento, na Bahia, e Tiradentes, em Minas Gerais.
C) Diferente da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana tinha como proposta o fim da
escravidão e um levante armado imediato.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
E) Os dois movimentos foram sumariamente reprimidos. Os dois líderes, João de Deus
Nascimento e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foram enforcados juntos, lado a
==2694c3==

lado, no Rio de Janeiro para servirem de exemplos.

57. (Mackenzie 2014)


Em 12 de agosto de 1798, as paredes das igrejas de Salvador, lugares públicos e paredes de
casas, apareceram com panfletos manuscritos que diziam: “Está para chegar o tempo feliz da
nossa liberdade, o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos
iguais”. Tal manifesto conclamava à revolução a população, que estava insatisfeita com o
agravamento do custo de vida.

A respeito dessa revolta é correto afirmar que


A) a Inconfidência Mineira foi influenciada pelos ideais de liberdade vindos da Europa, pela
independência das Treze Colônias da América do Norte e pela opressão metropolitana.
B) a Inconfidência Baiana foi o mais importante e significativo dentre os movimentos
emancipacionistas, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Conjura do Rio de
Janeiro.
C) tal movimento de rebeldia contra a Metrópole se manifestou em um momento em que o
próprio Estado Português afrouxou sua política de arrecadação fiscal sobre a Colônia.
D) a Conjuração Baiana, diferente das demais revoltas da época, não se limitou apenas aos
ideais de independência e liberdade, como propunha mudanças estruturais para a sociedade
brasileira.
E) a Revolta dos Alfaiates contou com a participação de todas as classes sociais da Bahia, ao
contrário dos outros movimentos emancipatórios, mas a liderança coube aos grandes
proprietários de terras.

58. (VUNESP 2011)

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Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro,


podemos citar:
A) a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros
podiam viver livremente.
B) as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a introdução de pragas oriundas da
África.
C) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados
pela Igreja Católica.
D) as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em
navios que rumavam para a África.
E) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida
pela Igreja.

59. (UFPR 2016)


Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:
A) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de
solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de
devoção aos seus santos padroeiros.
B) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio
mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus
membros das visitações da Inquisição.
C) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem
seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de
membros brancos e indígenas.
D) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de
arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas
africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.
E) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de
resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que
gerou o primeiro ideário abolicionista.

60. (UFPR 2015)


“(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é
resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades
indígenas’."
(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por
Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).

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A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles


trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das
missões jesuíticas eram
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-
brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação
da sua organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de
fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade
por conta dos confrontos com os espanhóis.
D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os
índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o
que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho
e organização habitacional.

61. (G1 - UTF-PR 2015)


O principal interesse da metrópole portuguesa em relação ao Brasil, no período Colonial, era:
A) produzir alimentos para alimentar a população de Portugal.
B) fazer o comércio e escravidão de índios e negros.
C) vender os produtos manufaturados de Portugal e Espanha.
D) extrair produtos e matérias-primas rentáveis no mercado mundial da época.
E) criar gado para atender ao mercado europeu.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Observe as figuras 1 e 2.

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62. (UEL 2015)


A colonização no Brasil pela coroa portuguesa teve sua origem no sistema de Capitanias
Hereditárias que definiu a propriedade e a posse das terras. No início do século XIX, com a
vinda de imigrantes europeus para o Brasil, estabeleceu-se a Lei de Terras de 1850, com o
intuito de normatizar a propriedade e o seu uso.

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Sobre o domínio de terras no Brasil, no contexto das Capitanias Hereditárias e da Lei de 1850,
assinale a alternativa correta.
A) Os donatários eram impedidos pela Coroa Portuguesa de vender suas terras. A Lei de
Terras definiu que as terras públicas poderiam tornar-se propriedade privada somente pela
compra.
B) Os donatários se isentavam da defesa de suas terras, convocando o poder real para fazê-la.
Com a vinda dos imigrantes, a Lei de Terras possibilitou a apropriação aos desprovidos de
recursos.
C) Os recursos empregados pelos donatários viabilizaram o pleno sucesso do modelo das
capitanias. Com a Lei de Terras, expandiu-se o domínio do setor industrial pelo monopólio do
poder econômico.
D) O sistema de capitanias vigorou até o século XIX quando aconteceram as insurreições do
Maranhão e da Bahia. A Lei de Terras impediu que a mão de obra livre pudesse se locomover
para as atividades industriais.
E) A Coroa tinha o direito de confiscar todos os metais preciosos extraídos das capitanias. A
Lei de Terras facilitou a ocupação ilegal e o arrendamento das terras consideradas devolutas.

63. (UEL 2014)


Leia o texto a seguir.
Afluente da margem direita do Rio Vermelho, ao norte de Cambé, próximo ao Distrito da
Prata, o Rio Palmeira forma um vale onde a mata nativa ainda concentra reservas. Ali, séculos
atrás havia um lago. Era um ponto estratégico com água, peixe, caça e floresta subtropical.
Ali, em 1625 foi construída a redução jesuítica de San Joseph – o termo missão foi adotado
pelos portugueses, enquanto espanhóis e pesquisadores preferem redução
(Jornal de Londrina, 3 mar. 2013. p.21.)
Recentemente no município de Cambé, localizado no norte do Paraná, foram descobertas
ruínas de fundações da Redução Jesuítica, que comportou cerca de 200 pessoas, com fácil
acesso à água e aos produtos oriundos da floresta.
As Reduções ou Missões Jesuíticas no Brasil estão associadas
A) às ações das bandeiras, que buscavam, nas Reduções, mão de obra indígena para a
escravização.
B) às atividades mercantis de minérios e de drogas do sertão que abasteciam a metrópole.
C) à cristianização facultativa dos indígenas pelos irmãos jesuítas com o apoio da Santa Sé.
D) à libertação dos indígenas do jugo católico, conquistando a autonomia para professarem a
sua fé.
E) ao desenvolvimento de práticas agrícolas e de pecuária extensiva que vieram a abastecer o
comércio metropolitano.

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64. (UFPR 2013)


Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período
colonial da América Portuguesa.
A) As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza
que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram
núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de
investimentos após a vinda da Família Real portuguesa.
B) As cidades passaram a ter um papel econômico primordial na colônia a partir da fundação
de São Paulo, que se tornou um grande entreposto comercial. Posteriormente, com o ciclo do
ouro, as cidades de Minas Gerais tornaram-se um centro irradiador de progresso econômico,
superando a importância das áreas rurais na economia colonial. Isso impulsionou um maior
desenvolvimento urbano, trazendo progresso material e cultural a toda a sociedade.
C) Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades
foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em
especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de
possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos
sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social.
D) Além de serem centros administrativos, as cidades formaram pequenos centros
educacionais de catequese dos indígenas e de evangelização dos colonos, agregando uma
população majoritariamente masculina. Por serem muito pobres, as cidades eram vilas
incipientes, o que gerava uma concentração populacional e econômica nas áreas rurais.
E) As cidades foram centros administrativos importantes para o desenvolvimento econômico
e social da colônia, por concentrarem escolas, jardins botânicos e assistência médica e
jurídica à população. Escravos frequentemente fugiam para tentar uma vida melhor nas
cidades, o que gerava uma rivalidade entre os centros urbanos e as áreas rurais.

65. (G1 - UFT-PR 2012)


O Brasil foi colonizado pelos portugueses que estabeleceram o antigo sistema colonial. Este
sistema vigorou na maioria dos países latino-americanos entre os séculos XV e XIX.
Assinale a alternativa que explica o sistema colonial corretamente.
A) As metrópoles ajudaram na implantação das indústrias nas colônias.
B) As colônias produziam produtos agrícolas e manufaturas livremente e podiam vender com
lucro para as metrópoles.
C) Os comerciantes das metrópoles traziam as mercadorias manufaturadas que vendiam nas
colônias e estas podiam revender aos outros países.
D) O comércio entre as colônias e as metrópoles era regulado por leis que não permitiam a
exploração das colônias.

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E) As colônias produziam matéria-prima que vendiam as metrópoles e só podiam comprar


produtos manufaturados das metrópoles.

66. (UEL 2012)


A Inquisição Portuguesa, ou Tribunal do Santo Ofício de Portugal, que esteve nas mãos do
poder real, utilizou-se da coerção para obter a confissão de culpa. Uma vez condenado, um
dos rituais consistia na execução pública do acusado na fogueira como forma de purificação.
Sobre esta instituição, é correto afirmar:
A) A Inquisição atuou mais contra os inimigos da pessoa do Papa do que sobre os inimigos da
Igreja.
B) A Inquisição durou em Portugal até meados do século XX, tendo sido abolida pelo Concílio
Vaticano II.
C) A Inquisição, por intermédio de seu braço papal, o Tribunal do Santo Ofício, poupava
judeus e muçulmanos da execução.
D) No Brasil, a Inquisição atuou por intermédio das Visitações detendo judeus, mulheres e
sodomitas, os quais eram julgados em Portugal.
E) O Tribunal do Santo Ofício, após as reformas religiosas ocorridas no século XIX,
transformou-se na Encíclica RerumNovarum.

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1. Alternativa C 27. Alternativa E 53. Alternativa E


2. Alternativa D 28. Alternativa E 54. Alternativa A
3. Alternativa B 29. Alternativa E 55. Alternativa A
4. Alternativa B 30. Alternativa C 56. Alternativa C
5. Alternativa A 31. Alternativa E 57. Alternativa D
6. Alternativa B 32. Alternativa C 58. Alternativa C
7. Alternativa B 33. Alternativa D 59. Alternativa D
8. Alternativa C 34. Alternativa C 60. Alternativa E
9. Alternativa D 35. Alternativa B 61. Alternativa D
10. Alternativa E 36. Alternativa C 62. Alternativa A
11. Alternativa D 37. Alternativa B 63. Alternativa A
12. Alternativa E 38. 01+04+08=13 64. Alternativa C
13. Alternativa A 39. Alternativa E 65. Alternativa E
14. Alternativa D 40. Alternativa C 66. Alternativa D
15. Alternativa D 41. Alternativa E
16. Alternativa E 42. Alternativa D
17. Alternativa B 43. Alternativa B
18. Alternativa A 44. Alternativa E
19. Alternativa D 45. Alternativa B
20. Alternativa A 46. Alternativa D
21. Alternativa C 47. Alternativa A
22. Alternativa D 48. Alternativa C
23. Alternativa C 49. Alternativa C
24. Alternativa D 50. Alternativa A
25. Alternativa C 51. Alternativa A
26. Alternativa E 52. Alternativa E

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10.1. REFERÊNCIAS USADAS NOS COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo
colonial (1711-1765). 2006. 352 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2006. Disponível em: <www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16072007-
112028/pt-br.php>. Acesso em: 11 mar. 2019.

CANUTO, Luiz Cláudio. Em 1763 a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de
Janeiro. 2013. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/A-
MUSICA-DO-DIA/434576-EM-1763-A-CAPITAL-DO-BRASIL-FOI-TRANSFERIDA-DE-SALVADOR-PARA-
O-RIO-DE-JANEIRO.html>. Acesso em: 11 mar. 2019.

CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de. A ocupação da Amazônia. Disponível em:


<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-ocupacao-amazonia.htm>. Acesso em: 12
mar. 2019.

FARIA, Luana de Souza. Os descaminhos do ouro: questões acerca do modo de administrar e fazer
justiça no Antigo Regime – Minas Gerais (1709-1750). 2013. 203 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de História, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2013. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2013/03/disserta%C3%A7%C3%A3o_vers%C3%A3o-final-
Luana.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2018.

GASPAR, Tarcísio de Souza. Derrama, boatos e historiografia: o problema da revolta popular na


Inconfidência Mineira. Topoi, [S.I.] v. 11, n. 21, p.51-73, jul./dez. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/topoi/v11n21/2237-101X-topoi-11-21-00051.pdf>. Acesso em: 08 nov.
2018.

GOMES, Cristiana. Independência do Brasil. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/historia/independencia-do-brasil/>. Acesso em: 11 mar. 2019.

MELLO E SOUZA, Laura de. Desclassificados do Ouro: A Pobreza Mineira no Século XVIII. Rio de
Janeiro: Graal, 2004. 323 p.

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História das cavernas ao terceiro milénio. São
Paulo: Editora Moderna, 2005. 728 p.

PRADO, Fabrício Pereira. Colônia do Sacramento: a situação na fronteira platina no século


XVIII. Horizontes Antropológicos, [s.l.], v. 9, n. 19, p.79-104, jul. 2003. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0104-71832003000100004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832003000100004&script=sci_arttext&tlng=pt>.
Acesso em: 12 mar. 2019.

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RAMOS, Jefferson Evandro Machado. Guerra Guaranítica. 2017. Disponível em:


<https://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/guerra_guaranitica.htm>. Acesso em: 17 jan.
2019.

REBELIÕES NATIVISTAS. Disponível em:


<http://www.colegioacademia.com.br/admin/professores/arquivos_upl/7_aulas_23.pdf>. Acesso
em: 12 nov. 2018.

SABEH, Luiz Antonio. COLONIZAÇÃO SALVÍFICA: OS JESUÍTAS E A COROA PORTUGUESA NA


CONSTRUÇÃO DO BRASIL (1549-1580). 2009. 166 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de e Ciências
Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009. Disponível em:
<http://www.poshistoria.ufpr.br/documentos/2009/LuizSabeh.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2019.

SHIKIDA, Cláudio Djissey. Apontamentos sobre a Economia Política da Companhia Geral de


Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Revista de Economia e Administração, São Paulo, v. 6, n. 2,
p.175-190, jun. 2007. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/269959446_Apontamentos_sobre_a_Economia_Politi
ca_da_Companhia_Geral_de_Comercio_do_Grao-Para_e_Maranhao>. Acesso em: 11 mar. 2019.

VAZ, Valéria (Ed.). História: Ser Protagonista. 2. ed. São Paulo: Edições SM, 2013. 376 p. Volumes 1,
2 e 3.

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça, também, dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcançá-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em
rastejar”. Encontro você na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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Autor:
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12 de Maio de 2023

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SUMÁRIO

00. Bate-Papo Inicial .............................................................................................................. 2


1. O Período Joanino e a Independência ............................................................................... 3
1.1. Apogeu e Crise do Sistema Colonial: a Corte Portuguesa no Brasil e a Independência ............ 3
2. Independências da América Espanhola ............................................................................. 5
2.1. Comparação entre os Processos de Independência................................................................. 6
3. O Reconhecimento Internacional da Independência ........................................................ 7
3.1. Organização do Império Brasileiro: Primeiro Reinado ............................................................ 7
4. A Constituição Outorgada de 1824.................................................................................... 8
5. A Confederação do Equador (1824) .................................................................................. 9
6. A Guerra da Cisplatina ..................................................................................................... 10
7. A Impopularidade de D. Pedro e a Abdicação ................................................................. 11
8. Período Regencial (1831-1840)........................................................................................ 12
9. O Avanço Liberal: a Regência de Antônio Diogo Feijó .................................................... 15
10. O Retorno Conservador e o Golpe da Maioridade ........................................................ 17
11. Textos Complementares ................................................................................................ 18
11.1. O Encaminhamento da Emancipação Política ..................................................................... 18
11.1.1. As Principais medidas de D. João VI no Brasil..................................................................................................... 18

11.2. A Guarda Nacional ............................................................................................................. 20


11.3. Regência Una: A Eleição (1835) .......................................................................................... 20
11.4. A Regência de Feijó (1835-1837) ........................................................................................ 21
11.5. As Rebeliões Regenciais: A Ameaça à Unidade Política e Territorial ................................... 21
A Instabilidade Política ................................................................................................................................................... 21

12. Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ................................................ 22


12.1. Primórdios da Independência e Primeiro Reinado .............................................................. 22
12.2. Período Regencial (1831-1840)........................................................................................... 27
13. Exercícios ....................................................................................................................... 31
14. Considerações Finais ................................................................................................... 165

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00. BATE-PAPO INICIAL


Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
História. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das
coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção o seu texto de apoio, releia e pratique exercícios.
Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito
importante que você faça as suas próprias anotações, em forma de resumo ou comentários nos
exercícios, não importa como, você escolhe! O importante é estudarmos bastante e nos
concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus
sonhos. Bons estudos!

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1. O PERÍODO JOANINO E A INDEPENDÊNCIA


Contexto: a presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais
medidas de D. João VI no Brasil, a política joanina, os partidos políticos, as revoltas, as
conspirações, as revoluções,a emancipação e os conflitos sociais.

1.1. APOGEU E CRISE DO SISTEMA COLONIAL: A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL E A


INDEPENDÊNCIA

No início do século XIX, a Europa passava pelas Guerras Napoleônicas. Ameaçados por
Napoleão Bonaparte, a família real portuguesa colocou em prática um antigo projeto de evacuação
do território, transferindo toda a corte para o Brasil. Tem aí o início do nosso processo de
independência. Os portugueses eram dependentes da Inglaterra desde 1703, quando foi assinado
o Tratado de Methuen (panos e vinhos), no qual Napoleão proibiu os portugueses de fazerem
comércio com os ingleses. Na transferência da corte, eles foram escoltados pelos britânicos. Ao
desembarcarem no Brasil foram assinados dois importantes tratados comerciais:

 1808 – A abertura dos portos às nações amigas: permitia realizar comércio com os ingleses. Na
prática punha fim ao Pacto Colonial.
 1810 – Tratados de comércio e navegação com as nações amigas. Concedia tarifas
alfandegárias especiais aos ingleses, que pagavam 15% de impostos sobre o valor. As outras
nações pagavam até 60%. Ocorreu uma grande enxurrada de produtos ingleses no nosso
mercado, o que atrasou nossa industrialização por quase 100 anos.

O período em que Dom João ficou no Brasil ficou conhecido como Período Joanino. Dom
João realizou importantes mudanças como:

 Criação do Banco do Brasil.


 Casa da Moeda.
 Criação do Jardim botânico.
 Várias obras públicas.
 Escolas de estudos médicos e farmacêuticos no RJ e Salvador.
 Invasão militar da Guiana Francesa (retaliação a Napoleão) e da Província Cisplatina (atual
Uruguai).
 Em 1815, elevou o Brasil à categoria de Reino Unido.

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Em 1820, ocorreu em Portugal a Revolução Liberal do Porto, que restabeleceu a monarquia


no modelo constitucional e exigiu o retorno da família real. Dessa forma, D. João voltou a seu país
e deixou aqui seu filho D. Pedro I como príncipe regente. A corte portuguesa pretendia recolonizar
o Brasil e ordenou o retorno do príncipe, que se negou a voltar e passou a tomar medidas que
irritaram as cortes:

1- Equiparou as forças armadas do Brasil às de Portugal e estabeleceu que nenhuma ordem


portuguesa deveria ser cumprida sem a sua aprovação.
2- Recebeu apoio dos grandes fazendeiros que eram a favor da independência. Em janeiro,
Dom Pedro declarou que ficaria no Brasil, apesar dos apelos da corte (Dia do Fico). Em
setembro, recebeu uma comunicação solicitando seu retorno imediato a Portugal, sob o
risco de invasão militar. Em 7 de setembro,ele proclamou a Independência do Brasil. Foi
um processo pacífico (não houve guerras), elitista (comandados por D. Pedro e os grandes
fazendeiros, não havendo participação popular). Ocorreu a manutenção do nosso
território e a escravidão não foi abolida.

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2. INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA


Denominamos América Latina os países colonizados principalmente por Portugal e Espanha.
Ela corresponde aos países entre o México e a Argentina, sendo uma área bastante grande. Nela
foram criadas colônias de exploração, as quais eram rigidamente exploradas pelas suas
metrópoles. A América espanhola possuía importantes colônias fornecedoras de metais preciosos
e produtos primários. Com a eclosão da Independência dos EUA e da Revolução Francesa, a elite
colonial da América espanhola, muito influenciadas pelas ideias iluministas, passou a desejar a
independência. Durante as Guerras Napoleônicas, a Espanha foi invadida e a elite colonial crioula
viu nesse contexto a oportunidade de romper com o antigo sistema colonial.

Quem eram os Criollos? A elite colonial. Brancos, ricos proprietários,nascidos na colônia.


Eram impedidos de ocupar cargos políticos. Eram descendentes dos Chapetones: brancos,
ricos proprietários, nascidos na Espanha, e possuíam o monopólio dos cargos públicos.

O processo de Independência da América espanhola foi liderado pelos criollos e teve uma
profunda participação popular nas batalhas travadas contra os exércitos espanhóis. Ex-escravos e
nativos participaram ativamente. Após a independência, proclamaram repúblicas e aboliram a
escravidão. Você se lembrada Santa Aliança, criada no congresso de Viena? Esse exército lutou
para tentar impedir as independências. A Inglaterra era favorável à independência das colônias
(países independentes significam a conquista de novos mercados para os produtos industriais
ingleses).
Entre os principais líderes da independência das colônias espanholas, podemos citar:
 Simon Bolívar: venezuelano considerado herói libertador dos países andinos (Venezuela,
Colômbia, equador, Peru e Bolívia).
 San Martin: líder da independência da Argentina e do Chile.
O primeiro país a ficar independente foi o Haiti, que passou por uma revolução de escravos
em 1791. As outras independências ocorreram ao longo da primeira metade do século XIX.

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2.1. COMPARAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA

Observe o quadro comparativo entre o processo de independência da América espanhola e


o processo de independência do Brasil. O século XIX, nas Américas, foi o século das
independências.

América Espanhola Brasil


Influência do Iluminismo -
Repúblicas Monarquia
Participação popular Elitista (sem participação popular)
Abolição da escravidão Manutenção da escravidão
==2694c3==

Guerra Pacífico
Fracionamento territorial Manutenção da unidade territorial

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3. O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DA INDEPENDÊNCIA

3.1. ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO BRASILEIRO: PRIMEIRO REINADO

Com o país independente, vários desafios se colocaram diante de D. Pedro quando ele foi
coroado como Imperador do Brasil. Seu reinado foi curto, durou de 1822 a 1831, quando, devido à
queda de sua popularidade, foi obrigado a abdicar do trono por inexistir saída política. A
historiografia (produção cientifica da história) do Brasil sobre a época tende a retratar o período do
Primeiro Reinado destacando os desmandos de Dom Pedro, principalmente os historiadores
republicanos, no começo do século XX. Em Portugal, quando morreu, ele era duque e herói
nacional por ter liderado uma guerra civil vitoriosa.
Com o país independente, era necessário escrever uma Constituição para o Brasil. Em 1823,
foi promulgada (votada) uma Constituição que ficou conhecida como Constituição da Mandioca,
pois previa voto censitário (o eleitor, para votar, tinha que ter determinada renda anual,a qual era
calculada pela quantidade de mandioca plantada, por ser o alimento dos escravos). Essa
Constituição possuía a divisão do país em 3 poderes(Executivo, Legislativo e Judiciário – influência
do pensamento liberal) e limitava os poderes do imperador. D. Pedro não gostou disso e dissolveu
a Constituição.

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4. A CONSTITUIÇÃO OUTORGADA DE 1824


Em 1824, foi lançada uma nova Constituição outorgada (imposta), que possuía 4 poderes:
Executivo, Legislativo,Judiciário e um quarto: o poder Moderador. Este poder era representado
pela figura do imperador, o qual passava a ter poderes quase absolutos. De acordo com essa
Constituição, ele poderia dissolver o parlamento (Câmara dos Deputados) quando quisesse e
convocar novas eleições, poderia também barrar qualquer medida que não concordasse. Só havia
deputados federais, e as províncias não poderiam eleger representantes locais. Os governadores
de província eram indicados pelo imperador, e os senadores tinham cargo vitalício.
Com pequenas mudanças (a criação das assembleias estaduais e a Lei Áurea, por exemplo) ela se
manteve como a Constituição do Império até a proclamação da República.

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5. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)


O ato de dissolver a Constituição de 1823 gerou muitas revoltas;
no Nordeste, eclodiu uma revolta separatista contra o
autoritarismo de D. Pedro: a Confederação do Equador. Ela foi
uma revolta republicana que chegou a se separar, mas foi
sufocada. Com a independência, as províncias não passaram a ter
mais liberdade, o que era uma reinvindicação dos liberais. Na
verdade, a liberdade tendia a diminuir com as mostras do
autoritarismo e do pensamento conservador centralista (que
defendia todo o poder concentrado na capital do país, sem
autonomia provincial). Os presidentes de província, de acordo
com a Constituição outorgada de 1824, seriam indicados pelo
imperador.
Ocorreram muitos protestos contra a nomeação de Pais
Barreto. O mesmo ocorreu na Paraíba e no Ceará. Em
Pernambuco, a reação mais incisiva foi a de Manoel Carvalho
Andrade, um liberal que participou da Revolução de 1817 e se
exilou nos EUA. Lá sua convicção liberal republicana se consolidou. Ele liderava a resistência contra
o imperador: a Confederação do Equador, que eclodiu em 1824.
Foi muito importante o papel da imprensa liberal, destacadamente de dois jornais: O
Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, de Cipriano Barata, e o Tifis Pernambucano,
dirigido por frei Caneca. Realizaram um levante contra o governo do conservador Barreto, e seus
aliados, que eram conhecidos como a “junta dos matutos”, instalaram uma junta governativa na
cidade de Goiana.
Conclamaram o levante dos estados do Nordeste, e o apelo foi seguido pelo Ceará, Rio
Grande do Norte e Paraíba, que formaram a Confederação do Equador. Dom Pedro I reagiu
violentamente e usou o máximo da força disponível. Saíram tropas por terra e mar para combater
os revoltosos, e as condenações foram severas. Frei Caneca, por sua destacada ação política
liberal, foi condenado à forca. Era tão querido e popular que os carrascos se recusaram a matá-lo.
Ele foi morto por fuzilamento. Manoel Carvalho teve o mesmo destino. Apesar da Confederação
do Equador ter sido derrotada, continuava crescente a oposição ao autoritarismo do imperador.

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6. A GUERRA DA CISPLATINA
A Cisplatina corresponde ao atual território do Uruguai. Logo que Dom João VI estabeleceu
a corte no Rio de Janeiro, iniciou uma política externa expansionista. Ele invadiu a Guiana Francesa
em retaliaçãoa Napoleão Bonaparte, o general francês que forçou a transferência da Corte e
invadiu o território do atual Uruguai, na época conhecido como Província Cisplatina. Dominando
este território, o Brasil teria acesso a um ponto estratégico muito disputado até o século XIX entre
o país e os seus vizinhos: o Rio da Prata. Com a Cisplatina, a borda superior, ao norte do rio,
pertenceria ao Brasil, que poderia exercer o domínio da navegação. Logo após a independência
brasileira, a população da Cisplatina se organizou contra a ocupação militar, iniciando uma guerra
de independência. Uma das medidas mais impopulares durante o curto governo de D. Pedro foi
ele ter enviado tropas sem ter recursos financeiros, pois foi gasta uma enorme soma e morreram
milhares de pessoas. A população era radicalmente contra o conflito, e as formas de recrutamento
forçado geraram uma grande revolta.

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7. A IMPOPULARIDADE DE D. PEDRO E A ABDICAÇÃO


D. João morreu na Europa e ocorreu uma crise sucessória no trono português. D. Pedro era
o herdeiro. Os brasileiros temeram que ele assumisse o trono, mas ele abdicou em favor de sua
filha, que levou um golpe político de seu tio, do irmão do rei. Neste contexto, o imperador
envolveu-se mais nas questões políticas portuguesas que nas brasileiras.
A popularidade de D. Pedro só caía e os jornais o atacavam profundamente. Libero Badaró,
o principal jornalista de oposição, foi assassinado e a culpa recaiu sobre o imperador. Para tentar
realizar campanhas e restabelecer certo apoio, D. Pedro foi fazer uma visita política em MG, onde
foi recebido com frieza. Ao retornar ao RJ, seus correligionários (seguidores) o receberam com uma
grande festa. A oposição começou a protestar e a lançar garrafas contra o desfile. Foi uma grande
confusão que ficou conhecida como Noite das Garrafadas. Diante da tremenda oposição e
impossibilidades de governar, abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, que
na época tinha 5 anos de idade. No entanto, a Constituição só permitia a coroação na maioridade
do herdeiro. Sendo assim, foi declarada uma regência, algumas pessoas ocuparam o cargo de
governante e estiveram no poder enquanto o D. Pedro de Alcântara crescia.

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8. PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)


A primeira regência foi uma regência trina provisória (3 regentes, cada um de uma corrente
política da época :Partido Conservador, o Liberal Exaltado e o Moderado) que em pouco tempo foi
substituída por uma regência trina permanente. Foi um período curto, mas de grande importância.
O Brasil passou por vários movimentos separatistas e o nosso território correu risco de
fracionamento. Foi nessa época que também surgiram as assembleias provinciais (Câmara dos
Deputados Estaduais).
No mesmo ano da abdicação, em 1831, foi criada uma milícia em defesa da nação: a Guarda
Nacional.

Ela teve muito trabalho pela frente, coma as revoltas regenciais. Além do quadro de
instabilidade, as tropas existentes no país, em sua alta oficialidade, eram ocupadas por
portugueses e o país estava em um contexto de forte sentimento antilusitano (antiportuguês),
pois além dos oficialatos das armas, os portugueses também eram grandes comerciantes e
ocupavam altos cargos públicos.
Até na Guarda Nacional, os cargos de oficiais do exército eram ocupados por militares
portugueses, e a massa dos soldados e as baixas patentes eram formadas, em geral, por pessoas
consideradas vadias, viajantes errantes e indolentes, cuja sorte não importava a ninguém. O

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serviço militar era considerado um castigo, conhecido nos meios populares como “tributo de
sangue”, principalmente porque os métodos de recrutamento usados na época da Guerra da
Cisplatina eram violentos e involuntários, quero dizer, as pessoas eram alistadas à força no
exército. Foi em um contexto deste, de grande agitação política, que a Regência Trina Permanente
criou, em agosto de 1831, a Guarda Nacional. Ela não era parte do exército e não era submetida a
ele. A lei previa um alistamento censitário, pois era necessário possuir certa posse. Ela passou a ser
vista como uma forma de fugir do terrível alistamento militar, que era muito malvisto e temido
pela maioria. De acordo com o historiador Flávio Henrique Saldanha:

“O serviço prestado pelos milicianos era gratuito e a Guarda Nacional foi requisitada para várias
atividades. Além de reprimir revoltas e combater quilombos, os guardas eram solicitados para
participar de procissões religiosas, patrulhar e escoltar presos. Essa prestação de serviços às
vezes dava margem a reclamações. Nas épocas de colheita, quando mais braços eram
necessários nas plantações, os guardas que eram escalados para vigiar cadeias ou escoltar presos
implicavam ausência de mão de obra nas lavouras e no comércio, resultando em perigosa falta de
suprimentos nas cidades. Requisições constantes, especialmente nas vésperas das eleições,
geravam queixas por parte dos comandantes da milícia e dos presidentes de província. “Não se
dá maior injustiça! Manuel João está todos os dias vestindo a farda. Ora pra levar presos, ora pra
dar nos quilombos... É um nunca acabar”, lamenta a personagem Maria Rosa, da peça O juiz de
paz na roça (1838), de Martins Pena, sobre seu marido ter que servir à Guarda Nacional e perder
o trabalho na lavoura.”

Em 1934, os liberais moderados conseguiram uma grande conquista: a aprovação de uma lei
chamada Ato Adicional à Constituição, promulgada em 1834. Este ato previa:

 Criação de uma regência uma (que foi ocupada pelo Pe. Antônio Diogo Feijó). Era um
padre de orientação liberal em várias de suas posições políticas, e que defendia a maior
autonomia das províncias e uma maior descentralização do poder. Em termos religiosos,
ele era defensor do fim do celibato ao clero. Perceba a grande influência da Igreja
Católica, associada a Portugal desde as grandes navegações, união que durou até a
proclamação da república. O cargo mais influente e poderoso do país, pois basicamente o
regente governa no lugar do rei, ficou a cargo de um clérigo (pessoa pertencente ao
clero).

 Uma maior descentralização política, que fundamentalmente era a proposta dos liberais.

 Criação das assembleias estaduais (deputados do estado para produzirem as leis da


província).

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 Novo código de processo criminal, que descentralizava a justiça e estabelecia, por


exemplo, a figura do “juiz de paz”, que era escolhido por votação na comunidade local.
Era uma descentralização jurídica que causava profundos impactos na segurança pública.
A Guarda Nacional foi criada de forma que a defesa foi dissociada, sobretudo porque
seus integrantes passaram a ser apreciados pelos juízes de paz.

O que diferenciava um liberal de um conservador?

Basicamente ambos eram membros da elite proprietária,escravistas e senhores brancos que


não executavam trabalhos manuais. Os conservadores eram defensores do centralismo e os
liberais, do federalismo. No primeiro caso, defendiam que todas as medidas importantes que não
pudessem ser resolvidas no âmbito local, ou seja, nas câmaras municipais, deveriam ser de
competência da união, isto é, do governo central, o qual governaria por ordens diretas do Rio de
Janeiro. Os liberais defendiam maior autonomia provincial, ou seja, uma assembleia legislativa
estadual a fim de criar as leis e escolher os juízes localmente, com defesa da ordem pública
submetida aos poderes locais (descentralização da segurança). Uma avaliação que vale por todo o
império, da regência à proclamação da república,é que,em regra geral,eles eram basicamente a
mesma coisa:“farinha do mesmo saco”, pois todos os interesses que verdadeiramente os
representavam estavam ligados ao latifúndio escravista. Suas propostas eram fundamentalmente
ligadas à organização e à gestão do Estado Nacional, que naquela época encontrava-se ainda em
construção,visto que a independência era muito recente.
Ela era tão recente que alguns consideraram que, efetivamente, começava ali o império
totalmente independente, livre da influência portuguesa, com um imperador nascido no Brasil e
criado para o papel de reinar sobre uma nação em construção.

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9. O AVANÇO LIBERAL: A REGÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO FEIJÓ


 Maior autonomia para as províncias: câmaras de deputados estaduais, novo código de
processo civil (descentralizava a justiça) e a Guarda Nacional.

Durante a regência de Feijó, eclodiram várias revoltas separatistas; como ele teve
dificuldade em sufocá-las, a Guarda Nacional foi criada, como instrumento de defesa dos grandes
proprietários rurais contra as revoltas populares e separatistas. Entre elas podemos citar:
 Cabanagem (PA)1835.
 Sabinada (Ba)1837.
 Balaiada (Ma) 1838.
 Farroupilha (RS) 1837.
 A Revolta do Malês, na Bahia: revolta de africanos islâmicos que foram escravizados e
levados para salvador.

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Guido Mondin. A Revolução Farroupilha Painel na Assembleia legislativa do RS.

Foram revoltas separatistas e republicanas. A mais importante delas foi a Farroupilha, que
durou 10 anos e chegou a proclamar uma república independente. Para os políticos da época, a
onda de rebeliões ocorria devido à regência, sendo assim seria necessário empossar o príncipe (o
que era dificultado pela sua idade).

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Feijó foi pressionado de todos os lados e responsabilizado pelas revoltas regenciais, diziam
que ele não era capaz de manter a estabilidade e que a fragilidade política daquele momento
ocorria devido à ausência do rei, pois a falta de um poder centralizador é o que estimulava as
guerras civis separatistas e republicanas em curso. Feijó renunciou em favor de um conservador:
Araújo Lima.

10. O RETORNO CONSERVADOR E O GOLPE DA MAIORIDADE


Logo ao chegar ao poder, Araújo Lima criou a Lei de Interpretação do Ato Adicional, que
limitava muitas medidas implantas pelos liberais. Eles, querendo retornar ao poder, pensaram em
um golpe que poderia colaborar com a estabilização do país: coroar o príncipe. Assim passaram a
fazer campanhas pela coroação de D. Pedro de Alcântara (na esperança de que ele montasse um
gabinete liberal). Os conservadores não podiam fazer oposição, (como se opor ao rei?) assim, em
1840, com apenas 15 anos, o príncipe foi coroado como imperador do Brasil, com o nome D. Pedro
II. Por um só dia, a maioridade penal diminuiu de 18 para 15 anos. Esse foi o Golpe da Maioridade.

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Coroação de dom Pedro II, Manoel Araújo. Museu Nacional

11. TEXTOS COMPLEMENTARES

11.1. O ENCAMINHAMENTO DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

11.1.1. As Principais medidas de D. João VI no Brasil

O rompimento do Pacto Colonial


Com a transferência da Corte, o Brasil praticamente deixou de ser colônia, graças às
seguintes medidas adotadas pelo regente:
 Em 28 de janeiro de 1808, a Carta Régia permitiu a abertura dos portos a todos “os
navios estrangeiros das potências que se conservem em paz e harmonia com a minha
Real Coroa”, conforme o texto da Carta, acabando com o regime de “exclusivo”
metropolitano ou Pacto Colonial.
 O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o de 1785, que proibia a instalação de
manufaturas no Brasil.
 Em 16 de dezembro de 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal
Algarves.

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A Abertura dos Portos


Embora a abertura dos portos tivesse vindo ao encontro dos interesses dos proprietários
rurais brasileiros, essa medida tinha em vista apenas o interesse e a conveniência da Corte. De
acordo com Hipólito José da Costa, um jornalista brasileiro da época,
[...] o governo português, quando se mudou de Lisboa para o Rio de Janeiro, deixou em poder dos
franceses, seus inimigos, os dois portos de Lisboa e Porto, os únicos com os quais o Brasil comerciava na
Europa; logo, não podendo obter dali o que precisava, necessariamente havia de recorrer aos outros portos,
sob pena de se reduzir à última penúria [...] e não sei que povo fique obrigado a tão estranha gratidão ao
governo, por este adotar uma linha de conduta necessária para conservar a sua existência como governo e
indivíduos.

Apesar disso, de acordo com a Carta Régia, a abertura dos portos fora estabelecida “em
razão das críticas e públicas circunstâncias da Europa”, de modo que a medida tinha um caráter
provisório e, ao menos teoricamente, poderia ser revogada tão logo a normalidade retomasse à
Europa.
No entanto, os grandes proprietários escravistas, que há muito reivindicavam o livre
comércio com as nações estrangeiras, dificilmente concordariam com o retorno à situação
anterior. Além disso, eles contavam com o apoio da burguesia inglesa, a quem não interessava o
fechamento do mercado brasileiro. Não obstante seu declarado caráter provisório, a medida
tornou-se irreversível.

O Alvará de 1º de abril de 1808.

A revogação do Alvará de 1785 de D. Maria I, que proibira a manufatura da colônia,


ampliava a liberdade econômica. O Brasil estava autorizado não apenas a comercializar livremente
com as nações estrangeiras, mas também a dedicar-se à atividade manufatureira.
Contudo, o Alvará de 1º de abril não foi suficiente pra promover o desenvolvimento
manufatureiro no Brasil. Havia dois fortes obstáculos: de um lado, o escravismo; de outro, a
concorrência inglesa. O escravismo tinha poucas chances de imprimir dinamismo à economia e
uma chance ainda menor de criar uma economia industrial. A Inglaterra, ao contrário, encontrava-
se em plena Revolução Industrial e estava produzindo grande quantidade de mercadorias de boa
qualidade e baixo preço. Além disso, como nação favorecida, colocava com facilidade suas
mercadorias no Brasil. Portanto, não havia como enfrentar com êxito a concorrência inglesa.
Resultado: o Alvará de 1º de abril não tinha aplicação prática. Apesar disso, foi importante, pois a
proibição da produção manufatureira estava formalmente suspensa, indicando outra ruptura dos
laços coloniais.

O Transplante do Estado Português.


Chegando ao Brasil, a Corte se instalou primeiro em Salvador e depois se transferiu
definitivamente para o Rio de Janeiro. Em 11 de março de 1808, iniciou-se a reorganização do
Estado, com a nomeação dos ministros. Assim, foram sendo recriados todos os órgãos do Estado
português: os ministérios do Reino, da Marinha e Ultramar, da Guerra e Estrangeiros e o Real
Etário que, em 1821, mudou o nome para Ministério da Fazenda. Também foram recriados os

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órgãos de administração e de justiça: Conselho de Estado, Desembargo do Paço, Mesa da


Consciência e Ordens e Conselho Supremo Militar.
Dessa maneira, peça por peça, o Estado português renasceu no Brasil. A complexa rede
burocrática implantou-se à revelia da colônia e a ela se sobrepôs como um corpo estranho, pois o
estado foi recriado para empregar a nobreza parasitária que acompanhara o regente, sem levar em
consideração os interesses do Brasil.
Apesar disso, esse transplante do Estado teve importantes consequências porque o Brasil
não era mais administrado “de fora”. Com a transferência da Corte, o centro de decisão foi
interiorizado e a dispersão colonial se atenuou com o surgimento de um centro aglutinador
representado pelo Estado português. Chegamos assim ao que se chamou de inversão brasileira: os
negócios do Brasil, antes a cargo do Ministério da Marinha e do Ultramar, passaram a ser de
competência do Ministério do Reino; no plano da justiça, o Tribunal de Relação do Rio de Janeiro
foi convertido em Casa de Suplicação, tribunal supremo de última instância; o setor militar foi
reforçado com a fundação da Academia Militar, da Academia da Marinha, da fábrica de pólvora, do
hospital e do arquivo militar.

11.2. A GUARDA NACIONAL

Em resposta às agitações militares e populares, foi criada a Guarda Nacional subordinada ao


Ministério da Justiça, pela Lei de 18 de agosto de 1831. Seus membros eram recrutados nas
grandes cidades, entre aqueles que possuíam renda igual ou superior a 200 mil-réis, e a 100 mil-
réis nas demais cidades. Organizada por distrito, seus comandantes e oficiais locais eram
escolhidos por eleição direta e secreta. Foi assim que o governo dos moderados equipou-se com
uma força repressiva fiel e eficiente. Como instrumento de poder da aristocracia rural, sua
eficiência foi testada com sucesso em 1831 e 1832, no Rio de Janeiro e em Pernambuco, contra as
rebeliões populares. Entregava-se assim, ao setor privado,parte importante da responsabilidade de
manutenção da ordem pública.
A rigor, depois do fracasso das revoltas de 12 e 13 de julho de 1831 (crise de julho), os
moderados dominaram a situação e se afastaram tanto dos exaltados quanto dos Andrada, com os
quais haviam se aliado temporariamente. Porém, a partir desse momento, começava a se falar
abertamente na volta de D. Pedro I.
Esse foi o verdadeiro ponto de Partida para a formação dos grupos dos restauradores.
Diante do novo quadro que se desenhava, os moderadores agiram para implantar seu programa
político.

11.3. REGÊNCIA UNA: A ELEIÇÃO (1835)

Na eleição da regência, em 7 de abril de 1835, concorreram dois candidatos: Diogo Antônio


Feijó, ex-ministro da Justiça, e o pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti,
um rico senhor de Engenho de Pernambuco que obteve apoio de Honório Hermeto Carneiro Leão,

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antigo moderado e, na época,líder regressista e de muitos ex-restauradores. Evaristo da Veiga,


líder progressista, apoiou Feijó, que desfrutava de grande prestígio em Minas Gerais e na Província
Fluminense.
Feijó venceu a eleição com 2828 votos contra 2251 dados a Holanda Cavalcanti. A vitória de
Feijó representou a vitória dos progressistas. Porém, nas eleições legislativas do ano seguinte,
venceram os regressistas.

11.4. A REGÊNCIA DE FEIJÓ (1835-1837)

Feijó tomou posse em 12 de outubro de 1835, num momento em que graves agitações
sacudiam o país. A Cabanagem eclodiu no Pará e se expandiu rapidamente; no Rio Grande do Sul, a
Farroupilha assumiu sérias proporções; na Bahia uma audaciosa rebelião dos escravos malês teve
grande repercussão no país.
Em 1836, num discurso, Feijó disse o seguinte:
“Nossas instituições vacilam, o cidadão vive receoso, assustado; o governo consome o tempo em
vãs recomendações. Seja ele responsabilizado pelos abusos e omissões: dai-lhe, porém, leis
adaptadas às necessidades públicas; dai-lhe forças com que possa fazer efetiva a vontade
nacional. O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império; aplicai a tempo o remédio.”

Em resposta, o deputado Rodrigues Torres referiu-se à necessidade de interpretar o Ato


Adicional no sentido de restringir a descentralização e coibir as liberdades democráticas. Era o
início do regressismo. A Câmara dos Deputados eleita em 1836 apoiava, em sua maioria, esse
ponto de vista e colocou-se em oposição a Feijó.
O regente ignorou o Parlamento e não percebeu que, com a formação da ala regressista,
estava nascendo um agrupamento político muito poderoso, que expressava o ponto de vista da
elite dominante do país. Isolando-se, acabou por se enfraquecer politicamente. Além disso,
cometeu a imprudência de entrar em conflito com a Igreja, sustentando posições favoráveis ao fim
do celibato clerical e interferindo em suas questões internas.
Diante da oposição crescente e dos insucessos na repressão às revoltas do Pará e do Rio
Grande do Sul, Feijó demitiu-se em 19 de setembro de 1837. A regência foi assumida
interinamente por Araújo Lima, ministro de Feijó. O que parecia ser apenas uma troca de nomes
no poder revelou-se um evento mais do que significativo: assinalou a ascensão política dos barões
do café do vale do Paraíba - a poderosa facção da aristocracia rural do sudeste brasileiro que
terminaria por “controlar o aparelho do Estado”.

11.5. AS REBELIÕES REGENCIAIS: A AMEAÇA À UNIDADE POLÍTICA E TERRITORIAL

A Instabilidade Política

O processo de emancipação política caminhou em duas direções: a ruptura em relação à


Metrópole e a organização do Estado. Resolvida a primeira, a tarefa seguinte dependia da

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definição do grupo social que ascenderia ao poder, de seu projeto político e de que forma este
projeto seria implantado.
O eixo de gravitação política era o centro-sul, particularmente o Rio de Janeiro. Desde o
período joanino, procurou-se adotar o centralismo político-administrativo e manter a economia
escravista colonial.
Desse modo, as rebeliões regenciais tiveram dupla raiz: o empenho das camadas
dominantes locais pela preservação da autonomia provincial e a luta das camadas populares para
alterar o quadro social.
A abdicação de D. Pedro I e a menoridade de seu filho deixou um vazio político que o regime
regencial se esforçou para preencher. De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período de
“experiência republicana”, em que diferentes grupos disputavam o poder. Como resultado,
instalou-se um clima de grande instabilidade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros
pontos do país. Tais conflitos demonstraram, por um lado, como a consolidação do Estado nacional
brasileiro foi difícil, pois entre a elite não havia consenso e muito menos um projeto político claro
para o país. Por outro, demonstram que os setores populares, embora alijados do poder, resistiram
a essa condição.

Fonte:KOSHIBA, Luis e PEREIRA, DenizeManzyFrayze. História do Brasil no Contexto da


História Ocidental. 8 ed. São Paulo; Atual, 2003.

12. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

12.1. PRIMÓRDIOS DA INDEPENDÊNCIA E PRIMEIRO REINADO

1. A História do Brasil Império começa enquanto resultado da crise do sistema colonial,


evidenciada desde o final do século XVIII e início do XIX, além dos problemas sociais e da
insatisfação com o domínio metropolitano, que desencadearam algumas revoltas, por
exemplo, a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução
Pernambucana de 1817, que procuravam, dentre outros fatores, romper com a dominação
colonial e estabelecer a independência política do Brasil.
2. Neste período, três importantes grupos sociais presentes na Colônia podem ser
estabelecidos: os colonizadores (ou reinóis, nascidos em Portugal), os colonizados
(escravos africanos, indígenas, brancos livres e pobres) e os colonos (senhores de engenho,

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fazendeiros de algodão e tabaco, pecuaristas, proprietários de minas de ouro e diamantes,


dentre outros).
3. No contexto europeu, podemos destacar um importante fator que contribuiu para a vinda
da Família Real Portuguesa ao Brasil: as invasões napoleônicas do início do século XIX. Em
1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, a partir do qual os países
europeus deveriam fechar seus portos à Inglaterra.
4. Portugal procurou se manter neutro aos embates entre França e Inglaterra, uma vez que
grande parte dos comerciantes de Portugal mantinham relações com o mercado inglês.
Além disso, a marinha inglesa poderia reagir e invadir as colônias portuguesas, o que
causaria inúmeros danos a Portugal. Os franceses, contudo, não aceitaram tal indefinição e
invadiram Portugal, ocasionando a transmigração da Corte ao Brasil, sob a proteção
inglesa, no ano de 1808.
5. Diante dessa situação, a Inglaterra procurou se aproveitar e pressionou D. João a acabar
com o monopólio comercial sobre a colônia, o que foi estabelecido ainda em 1808 com a
abertura dos portos às nações amigas, ou seja, ao comércio internacional, inclusive à
Inglaterra.
6. Tal medida possibilitou que os comerciantes da colônia obtivessem uma ligeira liberdade e,
assim, incentivou o processo de emancipação gradual do Brasil em relação a Portugal.
7. Um mês após ter chegado a Salvador, D. João se instalou no Rio de Janeiro e organizou a
estrutura monárquica portuguesa, nomeando ministros de Estado, criando órgãos
públicos, instalando Tribunais de Justiça e criando o Banco do Brasil. Além disso, seu
governo também foi responsável pela fundação de escolas de medicina, Jardim Botânico,
Biblioteca Real, Imprensa Régia, Academia de Belas Artes.
8. Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal, Brasil e Algarves,
deixando, na prática, de ser colônia portuguesa,passando a adquirir autonomia
administrativa. Tal fato se deve às definições do Congresso de Viena, de 1815, que
estabelecia que as antigas monarquias europeias depostas por Napoleão deveriam
reassumir seus tronos. O Congresso reconhecia apenas Lisboa como sede do Governo
Português, o que colocava a situação de D. João no Brasil como ilegítima. Tal situação foi
temporariamente resolvida com a elevação à categoria de Reino Unido, preservando o
trono português à Dinastia de Bragança. Contudo, a situação causou grande insatisfação
em Portugal, uma vez que o Brasil passou de colônia a sede do Reino Português. Esta
“inversão” nos papéis foi questionada e foi um dos fatores da Revolução Liberal do Porto,
em 1820.
9. A Revolução do Porto espalhou-se por Portugal, obtendo apoio entre camponeses,
militares e profissionais liberais. Elaborou-se uma nova Constituição, de caráter liberal, que
limitava os poderes de D. João VI,exigindo o seu retorno a Portugal, algo que foi
postergado até abril de 1821, quando, enfim, ele regressou a Portugal, deixando seu filho
Dom Pedro como Príncipe Regente do Brasil.

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10. As chamadas Cortes de Lisboa, que passaram a controlar Portugal após a Revolução de
1820, tomaram medidas que restringiam a autonomia do governo brasileiro, o que
enfraquecia a autoridade de D. Pedro. Com isso, passaram a exigir o retorno do príncipe
regente a Portugal.
11. D. Pedro, diante da situação, teve o apoio de grande parte dos latifundiários e dos grandes
comerciantes brasileiros, que se organizaram em favor da sua permanência, dando origem
àquele que ficou conhecido como o Partido Brasileiro, o qual contava com lideranças
como José Bonifácio, Cipriano Barata e Gonçalves Ledo. Esse partido elaborou um
documento pedindo que D. Pedro permanecesse no Brasil. No dia 09 de janeiro de 1822, o
então príncipe regente declarou que ficaria no Brasil. Esse dia entrou para a História do
Brasil como o Dia do Fico.
12. Os membros das Cortes de Lisboa continuaram tentando reduzir a autoridade de D. Pedro,
contudo, o rompimento político com Portugal se deu, efetivamente, no dia 07 de setembro
de 1822, quando foi proclamada a Independência do Brasil. O príncipe regente foi
aclamado, enfim, imperador e recebeu o título de D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1822,
dando início ao período conhecido como o Primeiro Reinado (1822-1831).

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13. Durante o Primeiro Reinado, a participação da população foi pouco expressiva e o poder
permaneceu nos grupos dominantes da ex-colônia e, sobretudo, na figura de Pedro I.
14. Dentre as principais diferenças entre o Brasil e as demais nações americanas, no que diz
respeito à sua independência, temos que o Brasil esteve sob um regime monárquico,
enquanto as demais nações, como Argentina e Uruguai, por exemplo, proclamaram um
regime republicano.
15. A Inglaterra foi um dos primeiros países a reconhecer a independência brasileira, exigindo
o fim do tráfico negreiro, em acordo feito em 1826. Em 1831, foram declarados livres os
escravos vindos, a partir de então, da África, contudo, tal lei não foi cumprida. Vem desse
período, por exemplo, a expressão “Pra inglês ver”, uma vez que os tratados não eram
obedecidos na prática, apenas em teoria.
16. Em 1823, os deputados da Assembleia Constituinte, reunidos no Rio de Janeiro,
procuraram fazer um projeto de Constituição, dentre os seus principais aspectos temos:
oposição aos portugueses, limitação dos poderes do imperador, ampliação do Poder
Legislativo e manutenção do poder nas mãos dos grandes proprietários rurais. Para votar,
o projeto estipulava que o eleitor deveria possuir uma renda mínima anual de 150
alqueires de mandioca. Para ser eleito, o representante também deveria ter renda elevada
em alqueires do mesmo produto, motivo pelo qual esse projeto ficou conhecido como a
Constituição da Mandioca.

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17. D. Pedro, recusando tal projeto, uma vez que este limitava seus poderes, dissolveu a
Assembleia Constituinte de 1823, sob o apoio do Partido Português, que procurava reatar
os vínculos com Portugal. Diante disso, o imperador nomeou uma comissão composta por
10 brasileiros natos, responsáveis pela elaboração de uma nova Constituição, tendo sido
esta outorgada(imposta) por D. Pedro I em 25 de março de 1824.
18. A Carta Magna de 1824 estabelecia a submissão da Igreja Católica ao controle político do
imperador (regime do padroado), um novo sistema eleitoral (que excluía as mulheres,
escravos, indígenas, além de grande parte dos homens que não obtivessem uma renda
mínima) e a existência de 4 poderes: Judiciário (que fiscalizava o cumprimento das leis),
Legislativo (responsável pela elaboração das leis), Executivo (encarregado da
administração pública e exercido pelo imperador e seus ministros de Estado) e
Moderador(exclusivo ao imperador e acima dos demais poderes, concedia autonomia ao
chefe do Executivo para nomear ministros, senadores, juízes, demitir presidentes de
províncias, dissolver Câmaras, vetar atos do Legislativo, dentre outros).
19. Com tais atitudes, D. Pedro I enfrentou algumas revoltas entre os políticos de pensamento
liberal. A mais contundente desse período foi a Confederação do Equador, ocorrida em
Pernambuco, em julho 1824. A elite da província estava insatisfeita com a queda nas
exportações do açúcar, e os pequenos comerciantes, os militares de baixa patente, os
mestiços, os negros livres e os escravos se encontravam em grande miséria. Unindo-se em
ideias contrárias à Monarquia e sob a liderança de Cipriano Barata e Frei Caneca,
defendiam a instalação de um regime republicano com poder descentralizado,
concedendo maior autonomia às províncias.
20. Após a nomeação de um novo presidente da Província de Pernambuco, os revoltosos,
liderados por Manuel Pais de Andrade (antigo presidente da província) tentaram organizar
a Confederação do Equador, reunindo as províncias do Nordeste sob uma República
Federalista, expandindo-se para o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Alagoas.
Contudo, após a saída das elites, que discordavam do fim do tráfico negreiro e da
igualdade social, principais bandeiras do movimento, a revolta enfraqueceu e não resistiu à
repressão do governo imperial. Diversos líderes foram presos e condenados à morte, como
o próprio Frei Caneca.
21. Frente a uma sucessão de crises, a popularidade de D. Pedro caiu significativamente. Isso
foi fruto do fechamento da Constituinte, em 1823;da imposição da Constituição de 1824;
da violência contra a Confederação do Equador;da falência do Banco do Brasil, em 1829;
além das mortes e despesas com a Guerra da Cisplatina, conflito entre Brasil e Argentina
pela posse da Colônia de Sacramento, na região do Rio da Prata, cujo término se deu em
1828,resultando na criação de um novo país, a República Oriental do Uruguai. Assim o
desgaste da imagem do imperador foi marcante.
22. Outro fator importante de sua impopularidade diz respeito à participação da imprensa na
vida política do século XIX: em novembro de 1830, Líbero Badaró, um dos líderes da
imprensa de oposição ao governo, foi assassinado, e a opinião pública acreditava que sua
morte tinha ligações com D. Pedro. Diante deste cenário, o imperador viajou para Minas

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Gerais, sendo recebido com hostilidade pela população. Como resposta a tal atitude, o
Partido Português organizou uma festa de recepção no Rio de Janeiro, contudo ela foi
impedidapelos políticos liberais. No dia 13 de março de 1831, o embate entre brasileiros e
portugueses no Rio de Janeiro ficou conhecido como a Noite das Garrafadas.
23. Diante de tal situação, o imperador decidiu abdicar do trono em 07 de abril de 1831, tendo
partido para a Europa em busca do trono português. Deixou seu filho Pedro de Alcântara,
então com 5 anos, como seu herdeiro. Pela Constituição de 1824, o Brasil deveria ser
governado por um conselho de três regentes, eleitos pelo Legislativo, até Pedro de
Alcântara completar 18 anos. Tem início, assim, o chamado Período Regencial Brasileiro.

12.2. PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)

1. O período regencial é marcado por disputas políticas em jornais, no Parlamento e, em


alguns casos, em revoltas sociais. Com a abdicação de D. Pedro, três grupos políticos
dominavam o poder: os restauradores, liberais exaltados e liberais moderados.
1.1. Restauradores: defendiam um regime absolutista e centralizador com a volta de
Pedro I.
1.2. Liberais exaltados: descentralização do poder, autonomia administrativa e sistema
federalista, além do fim da monarquia e a instalação da república.
1.3. Liberais moderados: preservação da unidade territorial. Defendiam a monarquia,
mas sem absolutismo. Defendiam a permanência da escravidão e a manutenção da
ordem social.

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2. Em 1837, os liberais moderados dividiram-se em progressistas e regressistas. Os primeiros


defendiam um governo forte e centralizado no Rio de Janeiro, mas eram dispostos a
concessões aos liberais exaltados, como delegar uma maior autonomia às províncias. Os
regressistas eram favoráveis ao fortalecimento do Legislativo, centralizado no Rio, e
contrários à liberdade administrativa das províncias. A partir de 1840, os regressistas
assumiriam a denominação de Partido Conservador (saquaremas) e os progressistas, de
Partido Liberal (luzias).
3. O país foi governado, entre 07 de abril e 07 de junho de 1831, por uma Regência Trina
Provisória, composta pelos senadores Carneiro de Campos, Campos Vergueiro e Francisco
de Lima e Silva, até que a Assembleia Legislativa pudesse se reunir e escolher os membros
permanentes. Adotaram medidas de caráter mais liberal, as quais duraram até 1837, como
a anistia aos presos políticos, suspensão parcial do Poder Moderador e readmissão do
Ministério dos Brasileiros (demitido por D. Pedro em abril de 1831).
4. A Regência Trina Permanente durou entre 1831 e 1835, e era formada pelos deputados
João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva. Nomearam o padre
Diogo Feijó como ministro da Justiça, o qual acabou com as agitações populares e revoltas
ao governo central. Em agosto de 1831, criaram a Guarda Nacional, uma polícia de
confiança do governo e dos proprietários rurais, cuja existência perdurou até 1922.
5. Em 1834, os moderados promoveram uma reforma na Constituição, conhecida como Ato
Adicional, em uma tentativa de harmonizar as forças em disputa no país. Neste sentido,
estabelecia que a Regência deixava de ser trina e passava a ser una, além de extinguir o
Conselho de Estado e criar as Assembleias Legislativas provinciais.
6. Pelo determinado no Ato, novas eleições foram realizadas e Diogo Feijó foi eleito,
representando a Regência Una entre 1835 e 1837. Seu governo, ligado à ala progressista
dos moderados, enfrentou a oposição dos regressistas, além de sofrer com as chamadas
revoltas regenciais, como a Cabanagem (Pará) e a Farroupilha (Rio Grande do Sul). Quando
faltavam 2 anos para o término do mandato, Feijó renunciou ao cargo, sendo substituído
por meio de eleições por Pedro de Araújo Lima, o que representou um triunfo para os
conservadores regressistas.
7. Em meio a este cenário de instabilidades políticas, é preciso destacar as principais revoltas
regenciais ocorridas entre as décadas de 1830 e 1840, que marcaram o contexto político-
social do Brasil.
8. A Cabanagem ocorreu no Pará, entre 1835 e 1840, e contou com a participação de
cabanos, homens e mulheres pobres, negros, indígenas e mestiços que viviam em casas à
beira de rios, semelhantes a cabanas. Dentre seus objetivos, procuravam acabar com as
desigualdades sociais e a exploração, defendiam o fim da escravidão e a distribuição de
terras para os lavradores. Devido à sua desorganização, o movimento foi repreendido
pelas tropas enviadas pelo governo, cerca de 30 mil revoltosos foram mortos e aqueles
que sobreviveram foram presos.
9. A Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul entre 1835 e 1845, contestava os
problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos. Os produtores reclamavam da

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concorrência dos charques(carne seca) vindos do Uruguai e da Argentina, os quais eram


importados ao Brasil com impostos mais baixos, o que consequentemente reduzia as
vendas e os lucros do charque sulino. Os gaúchos foram liderados por Bento Gonçalves,
Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi, chegando a fundar, inclusive, a República Rio-
Grandense (também chamada de República de Piratini) em 1836. Em 1839, o movimento
se expandiu para Santa Catarina, na qual foi fundada a República Juliana. A partir de 1842,
a Revolução começou a ser contida por meio de ações militares, sobretudo aquelas feitas
pelo futuro Duque de Caxias. Em 1º de março de 1845, ocorreu um acordo entre as tropas
imperiais e os farroupilhas, assegurando vantagens exigidas pelos gaúchos.
10. Em 1835 ocorreu também a Revolta dos Malês, em Salvador, liderada por uma maioria de
escravos muçulmanos em busca de liberdade. Contudo a revolta foi denunciada e o
movimento foi antecipado para a noite de 24 de janeiro de 1835. Porém, muitos rebeldes
morreram no combate, outros foram presos e vários foram açoitados ou fuzilados.
11. No ano de 1837, a Sabinada ganhou importância também em Salvador, mas dessa vez em
um movimento que procurava instituir uma república na província. De início, teve apoio de
parte do exército baiano, mas muitos fazendeiros temiam uma revolta contra o modelo
escravocrata brasileiro, o que os prejudicaria financeiramente. Dessa forma, no ano
seguinte a revolta estava contida. Ao contrário da Cabanagem, os líderes da Sabinada eram
homens cultos e de posses, e a maioria deles não foi morta, mas degradada para outras
regiões. O médico Francisco Sabino, por exemplo, foi preso e levado para o Mato Grosso.
12. A Balaiada, finalmente, ocorreu entre 1838 e 1841 na província do Maranhão. Vaqueiros,
sertanejos e escravos uniram-se para lutar contra a miséria, a fome e a escravidão, sob a
liderança de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (produtor de balaios, daí o nome da
revolta), Cosme Bento das Chagas e Raimundo Gomes. Ainda que pouco organizados,
conquistaram a cidade de Caxias, mas não possuíam muita clareza quanto aos seus
objetivos após a tomada da cidade. Dessa forma, passaram o comando ao grupo dos bem-
te-vis (profissionais urbanos maranhenses). Para conter a revolta, o governo enviou tropas
que, a essa altura, já contavam a deserção dos bem-te-vis e seu consequente apoio,
derrotando os balaios em 1841, quando já haviam morrido cerca de 12 mil sertanejos e
escravos.
13. A Regência Unade Araújo Lima ocorreu entre 1838 e 1840. O novo governo passou a
reprimir violentamente as revoltas, centralizando o poder nas mãos do Chefe do Executivo.
Para tanto, em 12 de maio de 1840, foi criada a Lei Interpretativa do Ato Adicional, que
reduzia o poder das províncias e subordinava os órgãos da polícia e da justiça ao poder
central.
14. O grupo dos regressistas, em oposição à regência de Araújo Lima, passou a defender que a
melhor forma de preservar a unidade territorial e a autoridade do governo central seria
transferindo o poder para as mãos de Pedro de Alcântara, filho de Pedro I. Para isso
ocorrer, fundou-se o Clube da Maioridade, cujo objetivo era o de antecipar a maioridade
do príncipe junto à Assembleia Nacional, obtendo apoio dos progressistas e parte dos
regressistas.

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15. Em 1840, a Assembleia aprovou a maioridade, naquele que ficou conhecido como o Golpe
da Maioridade. Pedro de Alcântara foi aclamado imperador, sob o título de D. Pedro II, em
23 de julho de 1840, com 14 anos, dando início ao período da História Imperial conhecido
como o Segundo Reinado.

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13. EXERCÍCIOS

1. (UFPR - Pref. de Curitiba-PR - Professor de História /2019)


Os dois trechos a seguir tratam de um mesmo tema: os vazios demográficos no Paraná no
século XIX. O primeiro faz parte de um livro de Lúcio Tadeu Mota, publicado em 2012. O
segundo foi publicado por Wilson Martins em 1955.
“A princípio tudo representava um panorama selvático. O seio da terra virginal, recoberto de
florestas seculares, abrigava tesouros inestimáveis de fecundação e fertilidade, prontos para
fornecerem colheitas dadivosas [...]. Havia, de primeiro, a terra protegida pela floresta
imensa. E lentamente a floresta, a floresta tão exuberante e impenetrável, cedia lugar
àqueles homens intrépidos e valentes”.
Frases como essas acima, de diferentes autores, são comuns nos escritos sobre a História do
Paraná. Construiu-se a ideologia de que esses territórios estavam vazios, desabitados e
prontos a serem ocupados [...].
(MOTA, Lucio Tadeu. História do Paraná: relações sócio-culturais da pré-história a economia
cafeeira / Maringá: Eduem, 2012, p. 11.)
[...] a província era nesse momento [quando da emancipação política], do ponto de vista
humano, um ilimitado deserto, interrompido irregularmente por dezenove pequenos oásis,
situados a distâncias imensas uns dos outros – e distâncias literalmente intransponíveis, pois,
além dos “caminhos históricos”, que iam revelar dentro de pouco não serem “caminhos
econômicos”, nada existia que pudesse prenunciar uma rede qualquer de comunicações. [...]
Em compensação, na maior parte do território o vazio era absoluto: eram os “campos gerais”,
era a floresta, era a Serra do Mar.
(MARTINS, Wilson. Um Brasil Diferente. São Paulo: Anhembi, 1955, p. 71.)

Considerando os dois fragmentos citados, assinale a alternativa correta.


A) Ambos os autores concordam sobre o fato de que o território paranaense era desabitado
no período da emancipação política, sendo uma paisagem natural a ser desbravada.
B) O texto de Wilson Martins é uma demonstração que valida a afirmação de Lúcio Tadeu
Mota sobre a produção intelectual que reiterou a ideologia do “vazio demográfico”.

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C) Ao mencionar os “dezenove pequenos oásis”, Wilson Martins se refere aos núcleos de


colonização de imigrantes, instaurados pelo governo provincial do Paraná na primeira metade
do século XIX.
D) Lúcio Tadeu Mota, no fragmento citado, desconsidera a existência de uma população de
indígenas e caboclos que habitava a região muito antes da imigração e da colonização feita
por estrangeiros.
E) Os dois textos evidenciam que o conhecimento histórico é cumulativo, pois a produção
mais atual de Lúcio Tadeu Mota introduz elementos que completam o conhecimento
produzido anteriormente, por Wilson Martins.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois o primeiro autor relata sobre o território e suas belezas antes da
ocupação humana propriamente dita, enquanto que o segundo autor já relata o território depois
de uma ocupação pequena.
A Alternativa B) é correta, pois ao defenderem a necessidade da introdução de imigrantes, os
presidentes de província construíram a imagem de um Paraná provincial marcado pelo vazio
demográfico. Ao comentar a mesma postura expressa pelos presidentes da Província de Santa
Catarina no século XIX, Wittmann observou que “parecia até que as terras estavam apenas
aguardando moradores”. A utilização do termo “vazios demográficos”, assim remete a ideia de que
ninguém habitava esses espaços, os índios, no entanto, já viviam lá. Essa mesma situação pôde ser
verificada nos relatórios dos presidentes do Paraná. A historiografia, por sua vez, acabou aceitando
a ideia dos vazios demográficos, constantemente afirmando que a imigração foi incentivada pela
preocupação com vazios demográficos, característicos do Brasil nos séculos XVIII e XIX.
A Alternativa C) é incorreta, pois desde o início do século XIX o Paraná vinha recebendo imigrantes,
dentro da política de preenchimento dos vazios demográficos. Eram açorianos, alemães, suíços e
franceses, mas em pequeno número e sem condições de prosperidade. Embora esteja em parte
correta, a afirmação que dizer sobre apenas um autor, o que é incompatível com a pergunta da
questão.
A Alternativa D) é incorreta, pois, apesar de ser verdade que os escritores dos “vazios
demográficos”, em sua maioria, excluíam a ideia de que o índio já habitava aquelas terras antes
dos imigrantes, essa afirmativa não diz sobre toda a questão, ou sobre os dois autores.
A Alternativa E) é incorreta, pois os escritos dos dois autores meio que dizem exatamente sobre
um fenômeno, e o fazem de formas completamente diferentes, não sendo exatamente
cumultativos, em que o escrito mais novo completa o mais antigo.
(SZYCHOWSKI. 2012)
Gabarito: B
2. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)
Sobre a Constituição Brasileira de 1824, marque a alternativa INCORRETA.

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A) A Constituição de 1824 foi outorgada, isto é, efetivada sem qualquer participação popular,
pelo imperador D. Pedro I e vigente até a declaração da república em 1889.
B) Uma das maiores peculiaridades da Constituição de 1824 é a sua divisão dos poderes, uma
vez que a Carta Constitucional apresentava, além dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, o Poder Moderador que assegurava o controle do Imperador sobre os demais
poderes.
C) Dentre as maiores inovações da Constituição de 1824 estava o estabelecimento do Estado
laico que punha fim ao Catolicismo como religião oficial, havendo liberdade de culto a outras
religiões em locais privados e públicos.
D) O direito ao voto nas eleições primárias, onde eram escolhidos aqueles que votariam nos
deputados e senadores, era concedido apenas aos homens livres, maiores de 25 anos e com
renda anual de mais de 100 mil réis.
E) De acordo com a Constituição, só poderiam ser candidatos nas eleições primárias os
homens livres com renda a partir de 200 mil reis. Já para os candidatos a deputados e
senadores, estes deviam ter uma renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
É importante lembrar que os negros libertos não podiam concorrer aos cargos, ainda que
preenchessem os outros quesitos necessários.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois a Constituição Política do Império do Brasil, comumente referida
como Constituição de 1824, foi a primeira constituição do Brasil, outorgada em 25 de março de
1824 e revogada em 24 de fevereiro de 1891. Vigente durante o período do Brasil Império, ela foi
uma constituição do tipo outorgada, isso é, imposta unilateralmente pela vontade do imperador
Pedro I, que a encomendara ao Conselho de Estado. D. Pedro havia dissolvido a Assembleia
Constituinte em 1823 e, por meio da Constituição de 1824, impôs o seu próprio projeto político ao
País. O mesmo D. Pedro viria a outorgar, em Portugal, a Carta Constitucional de 29 de abril de
1826, inspirada no modelo brasileiro.
A Alternativa B) é correta, pois a Constituição de 1824 é mais conhecida por sua peculiar divisão de
poderes, com a inclusão do Poder Moderador entre o executivo, legislativo e judiciário. Com o
objetivo declarado de resolver impasses e disputas, o Poder Moderador, na prática, foi uma
maneira de assegurar a autoridade do Imperador sobre os demais poderes; liberal nas intenções, a
Constituição foi centralizadora na prática, sendo que o Imperador era também a autoridade
máxima do Executivo (com os ministros como auxiliares) e podia adiar seções da Assembleia Geral
(equivalente ao Congresso Nacional) ou dissolver a Câmara dos Deputados.
A Alternativa C) é a incorreta, pois notadamente, o título oitavo da Constituição garantiu alguns
direitos inalienáveis a todos os cidadãos brasileiros, considerado "cidadão" qualquer pessoa livre
natural ou naturalizada no Brasil: o direito à liberdade, à segurança pessoal e à propriedade. No
âmbito religioso, ela estabeleceu o catolicismo como única religião oficial do Estado, havendo
liberdade de culto a outras religiões somente no âmbito doméstico, ou seja, sem demonstrações
em local público. Apesar desta restrição, a liberdade religiosa era ampla na prática.

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A Alternativa D) é correta, pois o estabelecimento do voto para o poder legislativo (Assembleia


Geral) foi a tentativa de conferir um caráter popular à Carta, limitado pelo fato de este ser indireto
(cidadãos votavam em Eleitores de Província, que então escolhiam os parlamentares) e censitário
(limitado por condições financeiras). Embora as eleições primárias fossem permitidas a qualquer
cidadão, os Eleitores de Província deviam ser homens livres, sem antecedentes criminais e com
renda anual superior a 200 mil réis. A Constituição qualificou os eleitores, bem como os que
poderiam ser votados, segundo o critério censitário. Podiam votar os maiores de vinte e cinco
anos, com renda líquida anual de cem mil réis para as eleições paroquiais, e de duzentos mil réis
para as de província.
A Alternativa E) é correta, pois o sistema eleitoral estabelecido pela Constituição baseou-se numa
acepção de cidadania que distinguiu os detentores dos direitos civis dos que usufruíam também
direitos políticos, os cidadãos ‘ativos’, que possuíam propriedade, dos ‘passivos’. As eleições
seriam indiretas, ficando definidos dois tipos de eleitores, os de paróquia e os de província. Os
eleitores de paróquia elegiam os de província, que votavam nos deputados à Assembleia Geral. A
Constituição qualificou os eleitores, bem como os que poderiam ser votados, segundo o critério
censitário. Podiam votar os maiores de vinte e cinco anos, com renda líquida anual de cem mil réis
para as eleições paroquiais, e de duzentos mil réis para as de província. No caso do limite de idade
imposto para o voto, de 21 anos, abria-se exceção aos que fossem casados, bem como para
militares e bacharéis formados. Podiam votar nas eleições de paróquias os libertos, desde que
nascidos no Brasil e obedecendo ao critério censitário. Ficavam excluídos do direito ao voto os
criados e religiosos, as mulheres, os escravos, os índios e os filhos que viviam na companhia dos
pais, isto é, dependentes economicamente. Para candidatos a deputado, o valor subia para 400 mil
réis, com a exigência de seguir a religião oficial; para senadores, cujo cargo seria vitalício, o valor
era de 800 mil réis, mais idade mínima de quarenta anos.
(CYSNE. 2020; CABRAL. 2014)
Gabarito: C
3. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)
Assinale a alternativa que apresenta os principais objetivos da Revolução do Porto, ocorrida
em Portugal no ano de 1820.
A) O principal intento dos revoltosos era forçar o retorno do rei e da corte portuguesa, que
estava no Brasil desde 1808. Além do mais, os portugueses viam na recolonização do Brasil e
no reestabelecimento do Pacto Colonial uma forma de superar a crise portuguesa.
B) Tinha como principal ideal fortalecer o movimento pró independência que crescia a cada
dia no Brasil, pois os nativos entendiam que as riquezas do Brasil significavam também o
enriquecimento dos cofres portugueses.
C) A Revolução do Porto tinha como principal intuito combater Napoleão Bonaparte e suas
tropas que, ao ameaçarem invadir o território português, provocaram a família real
portuguesa para o Brasil.

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D) A motivação mais relevante da Revolução do Porto foi a luta pela permanência do


Marechal Beresford que comandava, com extrema popularidade, o País durante a ausência
da corte portuguesa.
E) Os revoltosos almejavam a proclamação de uma república portuguesa e o fim da
Monarquia, entendida pelos portugueses como pouquíssimo moderna e bastante
ultrapassada. Assim, os lusos desejavam a permanência da família real no Brasil.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois a Revolução do Porto (1820), ocorrida na cidade do Porto, segunda
maior cidade portuguesa, se caracterizou por intensas disputas políticas envolvendo interesses
divergentes entre Portugal e Brasil. Pode-se dizer que sua gênese esteve na chegada da Família
Real portuguesa ao Brasil, em 1808, pois tal fenômeno concorreu, em certo sentido, para uma
inversão e mesmo certa equiparação da lógica administrativa entre Metrópole (Lisboa) e suas
colônias na África (Algarves) e América (Brasil). Em 1820 iniciou-se uma revolta que exigia a volta
do rei a Portugal e a formação de uma Assembleia Constituinte para fundamentar a administração
do novo governo pós-restauração. Com receio de perder o trono português, Dom João VI retornou
à Lisboa, deixando seu filho Dom Pedro I no Governo do Brasil. Em Portugal, a formação das Cortes
para elaborar uma Constituição de caráter liberal também se caracterizou por uma proposta de
subordinação da Coroa ao Legislativo, criando uma espécie de Monarquia Constitucional. Além
disso, intentaram empreender a recolonização do Brasil e restaurar sua antiga condição de colônia
portuguesa.
A Alternativa B) é incorreta, pois, nesse sentido, pode-se dizer que a Revolução do Porto se
caracterizou por um processo de reestabelecimento da capital administrativa do Império em
Portugal; pressão pelo retorno da Família Real à Lisboa; instauração de um novo governo de
caráter liberal e, especialmente, pela tentativa dos deputados portugueses em recolonizar o Brasil.
No entanto, as pressões exercidas em Portugal concorreram para um movimento que impulsionou
o processo de Independência do Brasil em 1822. Após o retorno de Dom João VI, os ânimos se
acalmariam por um breve período, mas somente até o despontar de novas revoltas de caráter
liberal não muito distantes daquele evento.
A Alternativa C) é incorreta, pois em 1815, tropas europeias derrotaram definitivamente o exército
de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, iniciando um processo de restituição dos
território dos antigos Estados europeus anexados à França no contexto de sua expansão imperial.
Em 1816, a banda oriental do Uruguai, denominada de Província Cisplatina também foi invadida,
ampliando ainda mais o poderio geopolítico do Estado Brasileiro e demonstrando que a instalação
administrativa do império luso no Brasil estava rendendo bons frutos. A insatisfação lusa só tendia
a aumentar com as conquistas brasileiras.
A Alternativa D) é incorreta, pois William Carr Beresford (2 de outubro de 1768 – 8 de janeiro de
1854), 1.º visconde Beresford barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º
marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu
como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de
Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular. Depois serviu como mestre de
ordenanças no governo de Wellington em 1828. Em 1817, após rumores de uma conspiração

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maçônica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa,
mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade). Viaja para o
Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título
anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido
Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe
sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental. Regressou a Portugal em 1826, mas
a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite. Mais tarde, foi membro do
primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance",
equivalente em Portugal ao posto militar de Diretor do Arsenal.
A Alternativa E) é incorreta, pois críticos da época afirmavam que a instalação da administração do
império português na cidade do Rio de Janeiro teria sido prejudicial à Portugal. De fato, a
transferência da máquina administrativa burocrática de Portugal para o Brasil iniciou um
fenômeno administrativo no qual a própria metrópole passou a ser conduzida a partir de sua
colônia. Somaram-se uma série de outras decisões tomadas pelo então Príncipe-Regente Dom João
VI que concorreram para a exaltação dos ânimos de grandes parcelas das sociedades portuguesa e
brasileira.
(FERNANDES. 2020)
Gabarito: A
4. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)
São exemplos de revoltas ocorridas no período regencial
A) Cabanagem, Balaiada e Sabinada.
B) Farroupilha, Cabanagem e Guerra dos Emboabas.
C) Revolta de Felipe dos Santos, Guerra dos Mascates e Revolta dos Malês.
D) Revolta de Beckman, Cabanagem e Farroupilha.
E) Guerra dos Emboabas, Revolta dos Malês e Balaiada.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois as principais Rebeliões Regenciais são:
Balaiada: Ocorreu no Maranhão entre 1838 e 1841. A revolta ocorreu devido crise na produção
algodoeira;
Cabanagem: Ocorreu na província do Grão-Pará entre 1835 e 1840. Os paraenses desejavam
escolher os próprios governantes locais;
Sabinada: Aconteceu na Bahia entre 1837 e 1838. Foi um movimento marcado pela presença das
camadas médias;
Revolução Farroupilha: Ocorreu na província do Rio Grande do Sul entre 1835 e 1845, sendo a
maior e mais importante revolta do período regencial.
A Alternativa B) é incorreta, pois os bandeirantes paulistas, responsáveis pelas primeiras
descobertas, acreditavam que a exploração das minas deveria ser reservada aos pioneiros da

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região. Em contrapartida, a Coroa Portuguesa enxergava o feito como mais uma excelente
oportunidade de negócio capaz de sanar a vida do Estado Lusitano. Dessa forma, a região de Minas
Gerais, entre 1708 e 1709, acabou se transformando em palco de um conflito que acabou
conhecido como a Guerra dos Emboabas.
A Alternativa C) é incorreta, pois a Revolta de Felipe dos Santos ocorreu no Brasil Colônia; a guerra
dos Mascates também ocorreu no período colonial; e a Revolta dos Malês é a única, aqui, ocorrida
no período regencial do brasil.
A Alternativa D) é incorreta, pois a Revolta de Beckman foi uma revolta organizada pelos homens-
bons de São Luís, por conta de suas insatisfações com medidas tomadas pela Coroa em questões
relacionadas ao comércio local e o trato dos indígenas. Iniciou-se em 1684 e se estendeu até 1685,
quando uma esquadra portuguesa conseguiu restabelecer o domínio português sobre a cidade
maranhense. Os envolvidos com o movimento foram punidos de diferentes maneiras.
A Alternativa E) é incorreta, pois a guerra dos Emboabas ocorreu entre 1708 e 1709.
(KOSHIBA. 2020; SOUSA. 2020; NEVES. 2020)
Gabarito: A
5. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
Sobre o Primeiro Reinado marque a alternativa incorreta:
A) O Primeiro Reinado ficou marcado pelos atritos entre D. Pedro I e grupos políticos do
Brasil, pelo autoritarismo e pela incompetência na administração do país.
B) Com o fim da guerra de independência, era necessário garantir que Portugal reconhecesse
a independência brasileira. Esse reconhecimento foi formalizado em 1823 por meio de
negociações mediadas pela Holanda.
C) Pressionado por diversos grupos insatisfeitos, D. Pedro I renunciou ao trono em 1831, em
favor de seu filho.
D) A outorga da Constituição de 1824 foi o exemplo mais claro do autoritarismo que marcou
o reinado de D. Pedro I. Seu governo também foi marcado por decisões equivocadas, como a
Guerra da Cisplatina.
E) Iniciou-se um período de transição em que o país foi governado por regentes até que o
futuro imperador tivesse a idade mínima para assumir o país – 18 anos –, conforme
estipulava a Constituição de 1824.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois o governo de D. Pedro I não era muito popular no
Nordeste brasileiro, principalmente por causa do autoritarismo do imperador. Por isso, a região
tornou-se foco de críticas ao Império. Nesse contexto, dois nomes destacaram-se: Cipriano
Barata e Joaquim do Amor Divino (frei Caneca), que veiculavam suas críticas em jornais de
circulação local. Além do autoritarismo, da violência e da economia arruinada, o jogo político
também contribuiu para minar a posição do imperador. Durante o Primeiro Reinado, foram
formados, gradativamente, dois blocos entre os políticos: o partido brasileiro e

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

o partido português. Enquanto o primeiro representava a oposição ao imperador, o segundo


oferecia-lhe apoio. O Primeiro Reinado foi um período que se iniciou em 1822, com a
independência do Brasil. Seu fim ocorreu em 1831, quando o imperador abriu mão do trono. Esse
foi um período marcado pela pouca competência de D. Pedro I para exercer o cargo de imperador.
A Alternativa B) é a resposta certa, pois diferentemente do que muitos acreditam, a independência
do Brasil não foi pacífica. Houve províncias que permaneceram leais aos portugueses, por isso, foi
necessário travar guerra a fim de garantir a unidade territorial do país. Um nome de destaque
nessa luta contra os portugueses e seus aliados no Brasil foi lorde Cochrane, comandante
contratado por D. Pedro I. Entre as regiões que se rebelaram contra a independência, podemos
citar as províncias do Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina. Em meados de 1823, os conflitos contra a
independência do país estavam sob controle, e os apoiadores de Portugal já estavam derrotados.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois os desgastes na relação de D. Pedro I com grande
parte da sociedade, em especial com certa elite política e econômica, fizeram com que o
imperador renunciasse o trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara. Dessa forma, em 1831, o
Primeiro Reinado chegou ao fim.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois as discordâncias entre os parlamentares e D. Pedro I
ocorreram em decorrência da arbitrariedade e da autoridade do imperador nas tomadas de
decisões. No caso da Constituição, os parlamentares defendiam a existência de maiores liberdades
individuais e a limitação do poder real. Em contrapartida, D. Pedro I queria poderes ilimitados para
governar o Brasil. As consequências dessa guerra para o Brasil foram gravíssimas. Primeiramente, a
guerra ampliou a crise econômica que atingia o país. Os gastos com o conflito foram gigantescos e
quebraram a economia brasileira. Além disso, essa situação foi agravada pelo fato de que, durante
os anos da guerra, a Casa da Moeda emitiu grande volume de moeda, o que causou a sua
desvalorização. A guerra também contribuiu para desgastar a imagem de D. Pedro I. O imperador
vinha sofrendo um desgaste contínuo desde 1822 por causa de seu autoritarismo. Ao final da
guerra, a derrota e a crise econômica fizeram a sua popularidade despencar.
A Alternativa E) não é a resposta correta, pois quando D. Pedro I abdicou do trono, o sucessor
naturalmente era seu filho, Pedro de Alcântara. Todavia, o príncipe do Brasil possuía apenas cinco
anos e, por lei, não poderia ser coroado imperador do Brasil até que completasse a maioridade,
que só seria alcançada quando obtivesse 18 anos. Assim, a saída legal existente e que constava
na Constituição de 1824 era a de fazer um período de transição em que o país seria governado por
regentes. Esse período deveria ter acontecido até 1844, quando Pedro de Alcântara completaria 18
anos, mas seu fim foi antecipado para 1840 por meio de um golpe parlamentar.
(NEVES, 2020)
Gabarito: B
6. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois
no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas. Assinale
o evento que não ocorreu durante o período do Primeiro Reinado.
A) Confederação do Equador.

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B) Guerra da Cisplatina.
C) Noite da Agonia.
D) Noite das Garrafadas.
E) Revolução Praieira.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois a Confederação do Equador iniciou-se em 2 de julho
de 1824 em Recife, Pernambuco. Sob a liderança de frei Caneca e Manoel de Carvalho Paes de
Andrade, o movimento logo se espalhou pelo Nordeste, alcançando o Rio Grande do Norte,
Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão. A reação do imperador foi violenta: foi ordenada uma série de
execuções em Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro. Em setembro, os rebeldes já tinham sido
derrotados.
A Alternativa B) não é a resposta correta, pois a crise do Primeiro Reinado também está associada
com a Guerra da Cisplatina, travada entre 1825 e 1828. Nesse conflito, o Brasil lutou pela
manutenção da província Cisplatina a fim de evitar que ela fosse anexada pelas Províncias Unidas
(atual Argentina). Essa guerra foi extremamente impopular no Brasil.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois como não concordava com os termos da
Constituição elaborada pelos parlamentares, D. Pedro I decidiu vetar o documento, que ficou
conhecido como Constituição da Mandioca. Essa ação aconteceu em 12 de novembro de 1823 e foi
acompanhada de um evento chamado Noite da Agonia. Nessa ocasião, D. Pedro I ordenou que
tropas cercassem e dissolvessem a Assembleia Nacional Constituinte. Nesse dia, vários
parlamentares foram presos.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois esses desentendimentos entre brasileiros e
portugueses fizeram com que um confronto aberto acontecesse. Esse episódio ficou conhecido
como Noite das Garrafadas e durou dias nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Como resultado, D.
Pedro I renunciou ao trono.
A Alternativa E) é a resposta certa, pois a Revolução Praieira, também denominada como
Insurreição Praieira, Revolta Praieira ou simplesmente Praieira, foi um movimento de caráter
liberal e federalista que eclodiu na província de Pernambuco, no Brasil, entre 1848 e 1850.
Ocorrendo, assim, no Segundo Reinado.
(NEVES, 2020)
Gabarito: E
7. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)
Depois da ameaça de Napoleão Bonaparte, o governo inglês propôs a transferência da Corte
do príncipe regente Dom João para o Rio de Janeiro. Em 1807, o governo britânico se
comprometeu a proteger a família real portuguesa e sua Corte na longa travessia do
Atlântico. Marque a opção relacionada a vinda da família real.
A) Já no Rio de Janeiro, Dom João tomou importante medida econômica decretando a
abertura dos portos às nações amigas, liberava o comércio do jugo do monopólio;

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B) Foi revogada a lei de 1785 que proibia a instalação de indústrias e iniciada a construção de
estradas e melhoria dos portos;
C) Instalado no Rio de Janeiro, Dom João criou três ministérios – Guerra e Estrangeiros;
Marinha; Fazenda e Interior, fundou a Caixa Econômica e instalou a Casa da Suplicação;
D) Após a morte de sua mãe, o príncipe regente foi coroado rei como Dom João VI. A partir
de 1821, as províncias passaram a se chamar capitanias.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois a viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até
Salvador (BA), onde desembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos
com festas e ali permaneceram por mais de um mês. No período em que esteve na Bahia, o
Príncipe Regente assinou o Tratado de Abertura dos Portos às Nações Amigas e criou a Escola de
Cirurgia da Bahia.
A Alternativa B) é correta, pois em abril de 1808, o Príncipe Regente decretou a suspensão do
alvará de 1785, que proibia a criação de indústrias no Brasil. Ficavam, assim, autorizadas as
atividades em território colonial. A medida permitiu a instalação, em 1811, de duas fábricas de
ferro, em São Paulo e em Minas Gerais.
A Alternativa C) é incorreta, pois D. João também abriu a Imprensa Régia, de onde surgiu a Gazeta
do Rio de Janeiro. Foram criadas a Academia da Marinha, a Academia Militar, o Jardim Botânico, a
Real Fábrica de Pólvora, Laboratório Químico-Prático, etc. Também ocorreu a fundação do
primeiro Banco do Brasil, em 1808.
A Alternativa D) é incorreta, pois as medidas político-administrativas de Dom João fizeram com que
a Inglaterra acentuasse o interesse no comércio com o Brasil. Essa condição fica clara com a
abertura dos portos às nações amigas. O processo fez com que Portugal perdesse o monopólio
sobre o comércio com o Brasil e a elite agrária passa a sonhar com a Independência. Em
contrapartida, o Brasil passa a ser para a Inglaterra um promissor mercado consumidor e
fornecedor. Quando D. João VI precisou retornar a Portugal, por causa da Revolução Liberal do
Porto, o filho Dom Pedro, aproxima-se da elite agrária. Esta estava preocupada com a possibilidade
de recolonização e as guerras em curso na América Espanhola. A Independência do Brasil é
declarada no dia 7 de setembro de 1822 por Dom Pedro I que se torna o primeiro imperador do
Brasil. Independente, o país promulga a primeira Constituição em 1824 que mantém o regime
monárquico, a escravidão e reconhece a religião católica como oficial. D. João assumiu a regência
quando a sua mãe, a rainha D. Maria I de Portugal, foi declarada mentalmente incapaz. Teve de
lidar com a constante ingerência nos assuntos do reino de nações mais poderosas, notadamente a
Espanha, França e Inglaterra. Em 20 de março de 1816, morreu a rainha Dona Maria, abrindo
caminho para o regente assumir o trono. Mas embora passasse a governar como rei no dia 20, sua
sagração não se realizou de imediato, sendo aclamado somente em 6 de fevereiro de 1818, com
grandes festividades. A última capitania hereditária a passar para o domínio direto da coroa foi
Pernambuco, em 1716, quando a coroa comprou os direitos do último donatário D. Francisco de
Paula de Portugal e Castro, 8.° Conde de Vimioso, tornando-se, a partir de então, a Capitania Real
de Pernambuco.

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(BEZERRA. 2020)
Gabarito: B
8. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)
Após o 7 de setembro, deu início a um novo período na história do Brasil. Os laços coloniais
se romperam e a antiga colônia ganhou status de nação soberana. Marque a opção que
indique um dos acontecimentos no Primeiro Reinado.
A) Proclamada a independência o governo e as forças militares de algumas províncias
continuaram fiéis à Coroa Portuguesa;
B) Para os conservadores, o imperador deveria acatar previamente a Constituição a ser
aprovada, eles alegavam que tal posição não enfraqueceria o poder imperial;
C) Na Constituição de 1824, o poder legislativo era composto por um Senado eleitos para oito
anos de mandato, cujos integrantes eram escolhidos pelo imperador;
D) Na Constituição de 1824 para a participação política da população, poderiam votar
homens e mulheres acima dos 30 anos e com renda mínima de 100 mil-réis.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois, diferentemente do que muitos acreditam, a independência do
Brasil não foi pacífica. Houve províncias que permaneceram leais aos portugueses, por isso, foi
necessário travar guerra a fim de garantir a unidade territorial do país. Um nome de destaque
nessa luta contra os portugueses e seus aliados no Brasil foi lorde Cochrane, comandante
contratado por D. Pedro I. Entre as regiões que se rebelaram contra a independência, podemos
citar as províncias do Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina. Em meados de 1823, os conflitos contra a
independência do país estavam sob controle, e os apoiadores de Portugal já estavam derrotados.
A Alternativa B) é incorreta, pois, após a independência, a nova nação precisava de uma
Constituição. Para essa tarefa, era necessário formar uma Assembleia Constituinte, que deveria ser
escolhida por meio de eleições. Os trabalhos da Constituinte iniciaram-se em maio de 1823 e
foram marcados pelo atrito entre D. Pedro I e as elites econômicas e políticas do Brasil. As
discordâncias entre os parlamentares e D. Pedro I ocorreram em decorrência da arbitrariedade e
da autoridade do imperador nas tomadas de decisões. No caso da Constituição, os parlamentares
defendiam a existência de maiores liberdades individuais e a limitação do poder real. Em
contrapartida, D. Pedro I queria poderes ilimitados para governar o Brasil. Como não concordava
com os termos da Constituição elaborada pelos parlamentares, D. Pedro I decidiu vetar o
documento, que ficou conhecido como Constituição da Mandioca. Essa ação aconteceu em 12 de
novembro de 1823 e foi acompanhada de um evento chamado Noite da Agonia. Nessa ocasião, D.
Pedro I ordenou que tropas cercassem e dissolvessem a Assembleia Nacional Constituinte. Nesse
dia, vários parlamentares foram presos.
A Alternativa C) é incorreta, pois a constituição de 1824 diz que: Art. 40. 0 Senado é composto de
Membros vitalícios, e será organizado por eleição Provincial.
A Alternativa D) é incorreta, pois, após esse episódio, uma nova Constituição começou a ser
elaborada por uma comissão formada pelo imperador. Essa Constituição ficou pronta em 1824 e

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foi outorgada por ordem do imperador. O documento reafirmava que o Brasil seria uma
monarquia e instituía ao imperador poderes absolutos sobre a nação. Para isso, foi criado o Poder
Moderador, representado exclusivamente por D. Pedro I. Foi determinada também nessa
Constituição a imposição do voto censitário. Assim, só poderiam votar aqueles tivessem renda
anual acima de 100 mil réis.
(CONSTITUIÇÃO, 1824)
Gabarito: A
9. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)
Após a abdicação de Dom Pedro I, o herdeiro do trono, seu filho Pedro de Alcântara, contava
apenas cinco anos de idade. Pela Constituição, o poder deveria passar para uma junta de três
regentes escolhida pela Assembleia Geral. Inicia-se assim o período Regencial. Marque a
opção que indique um dos fatos ocorridos neste período.
A) Dois fatos associaram-se para dar início à Cabanagem: o inconformismo da Igreja contra o
presidente nomeado pelo poder central para a província do Pará e a miséria da população;
B) Em 1835, cerca de 2 mil africanos e afro-brasileiros seguidores do islamismo rebelaram-se
em Salvador, na Bahia. Inicia-se assim a Sabinada;
C) Em 1840 o governo central nomeou presidente da província do Maranhão o coronel Luís
Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias. Com 8 mil soldados, Lima e Silva ocupou a Vila
de Caxias e esmagou a Balaiada;
D) No período Regencial, o comércio exterior brasileiro foi quase o tempo todo superavitário.
O Brasil exportava mais do que importava, com destaque para o café.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois a Cabanagem foi uma das muitas revoltas que aconteceram no
país nas décadas de 1830 e 1840. Em 1831, havia se iniciado no Brasil o período de Regência, em
que o governo era exercido por regentes. O imperador dom Pedro I havia abdicado do trono em
1831 e voltado para Portugal. Seu filho e sucessor, Pedro de Alcântara, tinha apenas 5 anos de
idade. Até sua maioridade, os regentes governariam o Brasil. As condições de vida eram difíceis
para grande parte da população do Grã-Pará. Havia muita pobreza, violência e fome. Os
comerciantes e fazendeiros, por sua vez, estavam descontentes com a Regência. Não aceitavam o
presidente da província (que equivalia ao governador de hoje em dia) nomeado pelo governo
regencial. Além disso, queriam participar mais das decisões políticas locais. A população pobre e a
elite, então, uniram-se para derrubar o governo da província. Um grupo armado composto de
negros, mestiços e indígenas atacou Belém. Os rebelados executaram o presidente da província e
outras autoridades e tomaram o poder. A rebelião se fortaleceu e se espalhou pelo interior da
província. Os revoltosos declararam a independência do Grão-Pará e proclamaram uma república,
afirmando que a província já não fazia parte do Império do Brasil. Para governar o Grão-Pará,
escolheram o fazendeiro Félix Malcher. No entanto, Malcher se aliou ao governo regencial, traindo
o movimento. Foi executado pelos cabanos e substituído por Francisco Pedro Vinagre e depois por
Eduardo Angelim.

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A Alternativa B) é incorreta, pois a Bahia, desde o período colonial, se destacou como palco de luta
contra a opressão política e o desmando governamental. A Sabinada foi um movimento que teve
início entre as elites militares, médicas e jornalistas baianas, seu principal idealizador foi Francisco
Sabino, médico e jornalista; entretanto, o movimento se destacou por ter grande participação das
camadas populares. Antes do seu desenvolvimento, um grupo de negros malês tentou conquistar a
cidade de Salvador. Contudo, mediante a delação às autoridades, essa primeira revolta não se
desenvolveu. Nesse segundo momento, liderados pelo médico Francisco Sabino Álvares da Rocha
Vieira, os participantes da Sabinada se opuseram à mal resolvida questão da centralização política
que se arrastava desde o início do Brasil Império.
A Alternativa C) é correta, pois o negro Cosme Bento de Chagas, contou com o apoio de,
aproximadamente, 3 mil escravos fugidos. O grande número de negros envolvidos na revolta deu
traços raciais à questão da desigualdade ali colocada. Em resposta aos levantes, o coronel Luis
Alves de Lima e Silva foi nomeado para controlar a tensa situação da província. Em 1841, com farto
armamento e um grupo de 8 mil homens, Luis Alves obteve sucesso na contenção dos revoltosos e,
por isso, recebeu o título de Conde de Caxias. A desarticulação entre os vários braços revoltosos da
Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou bastante a ação repressora
estabelecida pelas forças governamentais.
A Alternativa D) é incorreta, pois o Brasil, desprovido de qualquer projeto de modernização de sua
economia, mais exportava do que importava. Durante todo o período regencial, a necessidade de
se contrair empréstimos com credores internacionais era corrente. Ao invés de promover alguma
ação que pudesse romper com esta situação preocupante, os membros de nossa elite política
preferiram adiar tal possibilidade. O sustentáculo da nossa economia ainda se mantinha na
exportação de gêneros agrícolas diversos. O açúcar tinha papel de destaque entre os produtos
exportados. Contudo, por conta da forte concorrência do açúcar antilhano e do açúcar de
beterraba europeu, o produto brasileiro era negociado a preços nada satisfatórios. A exportação
de algodão também vivia uma situação semelhante. A concorrência imposta pelo algodão
produzido na América do Norte explicava a decadência desta cultura na região nordeste. Outros
produtos, como o cacau, fumo, arroz e couro, não tinham grande expressão no desenvolvimento
da economia ou também sofriam com a qualidade e o preço dos produtos estrangeiros. Por conta
das ações políticas desastrosas tomadas ainda nos governos de D. João VI e D. Pedro I, o Estado
brasileiro não tinha condições mínimas para esboçar alguma reação mais significativa.
(BRITANNICA ESCOLA. 2020; SOUSA. 2020)
Gabarito: C
10. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)
I.

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.
II. As primeiras caricaturas publicadas no Brasil apareceram (...) sob a forma de litografias
avulsas vendidas em algumas lojas do Rio de Janeiro. Seu tema foi a contratação do jornalista
Justiniano José da Rocha (1812-1863), por um elevadíssimo salário, para ser o editor do
Correio Oficial. A caricatura retrata o mulato Justiniano todo ataviado, recebendo de joelhos
um saco de dinheiro. Em um formato que faz lembrar uma grande cena teatral, essa primeira
caricatura chamava a atenção para o fato de um homem tido como íntegro ter vendido sua
pena ao governo. “Honra tenho e probidade/ Que mais quer d’ um redator?”, dizia um dos
versinhos que acompanhavam a imagem.
LUSTOSA, Isabel. No país da piada pronta. Revista de História, 01/03/2009.

Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
A) aumento do racismo.
B) combate à corrupção.
C) ascensão do personalismo.
D) fortalecimento da esfera pública.
E) denegrimento dos mulatos.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois, fato digno de nota é a existência de jornais voltados aos negros e
mestiços, surgidos durante a Regência Permanente, cujos títulos deixavam claro o público ao qual
se dirigiam: O Crioulinho, O Homem de Cor ou O Mulato e O Brasileiro Pardo, que discutiam a
questão racial.
A Alternativa B) é incorreta, pois a imprensa da época, portanto, tinha por principal objetivo a
formação de opinião, intervindo diretamente na vida política.

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A Alternativa C) é incorreta, pois no Recife o jornal O Carapuceiro, que circulou de 1832 a 1942, é
um paradigma da imprensa do período, especialmente nas províncias. Ali encontra-se a crítica
social, além da política, em que o objetivo declarado era publicar suas observações que serviriam
de carapuça a quem lhes couber; seu editor e redator, o padre Miguel do Sacramento Lopes Gama,
passaria à história pela alcunha de Padre Carapuceiro.
A Alternativa D) é correta, pois, embora na Europa o crescimento das tiragens tenha possibilitado
na década de 1830 a criação de revistas literárias e científicas, e a publicação de romances nos
periódicos[nota 4], esse fenômeno ainda veio a demorar no país, onde os jornais estavam, antes,
engajados nas disputas políticas entre os partidos e facções em formação - e este tipo de
publicação somente veio a lume no Brasil quando sedimentadas as disputas, durante o Segundo
Reinado: até lá, imperavam as disputas políticas e a partidarização da imprensa.
A Alternativa E) é incorreta, pois O Crioulinho, O Homem de Cor ou O Mulato e O Brasileiro Pardo
discutiam a questão racial.
(NEVES, 2020)
Gabarito: D
A respeito do Primeiro Reinado e do processo de independência do Brasil, julgue o item
seguinte.
11. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A imprensa periódica brasileira teve papel irrelevante durante o processo de independência
do Brasil, em razão do alto índice de analfabetismo da população.
Comentário: A questão está errada, pois, a imprensa periódica brasileira foi importante para
divulgar os ideais que fomentariam os brasileiros a pedir pela independência.
Gabarito: Errado
12. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
As adesões do Maranhão, do Pará, da Bahia e da Cisplatina ao projeto de independência
liderado pelo príncipe D. Pedro foram resultado de conflito bélico.
Comentário: A questão está certa, em razão de que, foram nessas localidades que se
encontravam uma maior concentração de tropas portuguesas.
Gabarito: Certo
13. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
O Primeiro Reinado foi marcado por atos voluntaristas de D. Pedro I e pela inércia do Poder
Legislativo no que diz respeito à construção de um aparato institucional do império
brasileiro.
Comentário: A questão está errônea, de tal modo que, Pedro I era um personagem
extremamente conflituoso, no qual apresentava atritos com a Assembleia e os periódicos
brasileiros que divulgavam artigos que ficavam cada vez mais críticos à medida que o
descontentamento com o monarca aumentava.

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Gabarito: Errado
Com relação aos movimentos sociais ocorridos no Brasil imperial, julgue os itens
subsecutivos.
14. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A Balaiada concentrou-se no Maranhão e foi protagonizada pelas elites dessa província.
Comentário: A questão está imprecisa, visto que a revolução foi protagonizada pelas classes
mais baixas da sociedade, por conta de descontentamentos em relação às desigualdades socias.
Gabarito: Errado
15. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A Cabanagem teve início em Belém do Pará e se espalhou por um vasto território que incluía
regiões próximas da costa nordestina.
Comentário: A questão está correta, já que, a Cabanagem foi uma revolta que teve início no ano
de 1835 e terminou no ano de 1840. Ela teve um carácter popular e social que pretendia
aumentar a importância do território, e possivelmente diminuir as condições precárias da
província.
Gabarito: Certo
16. (FUNDEP – Pref. de Uberlândia – Professor de História / 2019)
Em 1816 chegava um grupo de artistas franceses que aqui aportava com o objetivo de
começar as artes a partir do zero. Fazendo pouco da produção artística já existente na
colônia, tais artistas traziam na bagagem um modelo acadêmico e neoclássico – modelo que,
entre outros, dera grandiosidade, passado e memória ao governo “plebeu” de Napoleão
Bonaparte. [...]
SCHWACRZ, Lilia Moritz. Cultura. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (direção). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 1 Crise colonial e independência, 1808-1830. Rio de Janeiro: Objetiva,
2011. p. 235.
Os artistas franceses que chegaram em 1816, alguns permanecendo por longos anos nas
terras tropicais, vieram para o Brasil porque
A) a presença e permanência da Corte no Rio de Janeiro demandava artistas de formação
acadêmica que pudessem lhe representar, pelas telas, esculturas, arquitetura, na perspectiva
neoclássica francesa.
B) buscavam asilo político depois da queda de Napoleão, uma vez que sua arte foi realizada
em favor do enaltecimento do imperador e do império, sendo, por isso, perseguidos pelas leis
de segurança da monarquia restaurada.
C) a cidade passou, com o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, a atrair uma grande
quantidade de pessoas ávidas por respirar ares mais intelectualizados, sendo potenciais
consumidores da cultura das belas artes.

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D) entre os artistas brasileiros não havia, até a chegada da Missão Francesa, artistas do estilo
neoclássico, já que eles haviam estudado em escolas de estilo barroco, como a que formou
Aleijadinho.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois em 1816, durante a estada da família real portuguesa no Brasil,
chega ao Rio de Janeiro um grupo de artistas franceses com a missão de ensinar artes plásticas na
cidade que era, então, a capital do Reino unido de Portugal e Algarves. O grupo ficou conhecido
como Missão artística francesa. O convite para a vinda do grupo teria partido de Antonio Araújo
Azevedo, Conde da Barca, ministro de dom João 6º.Preocupado com o desenvolvimento cultural
da colônia que havia se transformado em capital, o rei trouxe para cá material para montar a
primeira gráfica brasileira, onde foram impressos diversos livros e um jornal chamado "A Gazeta do
Rio de Janeiro". Já a missão tinha o objetivo de estabelecer o ensino oficial das artes plásticas no
Brasil, e acabou influenciando o cenário artístico brasileiro, além de estabelecer um ensino
acadêmico inexistente até então.
A Alternativa B) é incorreta, pois a missão foi organizada por Joaquim Lebreton e composta por um
grupo de artistas plásticos. Dela faziam parte os pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine
Taunay, os escultores Auguste Marie Taunay, Marc e Zéphirin Ferrez e o arquiteto Grandjean de
Montigny. Esse grupo organizou, em agosto de 1816, a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios,
transformada, em 1826, na Imperial Academia e Escola de Belas-Artes.
A Alternativa C) é incorreta, pois esse projeto tinha um perfil muito contrastante com o sistema de
ensino e circulação de arte até então prevalente no Brasil. Havia uma significativa tradição artística
local, como prova o rico legado de arte barroca que ainda sobrevive no país, mas seus métodos
eram em tudo diversos. O aprendizado ainda seguia o modelo informal das corporações de ofícios
medievais, o status de artista nem era reconhecido, antes eram considerados meros artesãos
especializados, cuja inserção na sociedade era apenas marginal, e as temáticas privilegiadas por
esses produtores eram basicamente religiosas, uma vez que praticamente não havia mercado
algum para a arte profana, a nobreza radicada na terra parecia pouco inclinada para os assuntos
artísticos, e tudo que se criava era encomendado pela Igreja Católica para a decoração dos templos
e mosteiros. Diante desse quadro, o sistema brasileiro de arte da época não estava capacitado
para a produção de uma arte palaciana como a que a corte desejava, e assim se explica a rápida
encampação do projeto de Lebreton pela monarquia no exílio, considerando-o o marco inaugural
da entrada no Brasil na "verdadeira" civilização.
A Alternativa D) é incorreta, pois, embora com o apoio real, a missão encontrou resistência entre
os artistas nativos, ainda seguidores do Barroco, e ameaçava a posição dos mestres portugueses já
estabelecidos. A verdade é que os franceses foram recebidos como importunos tanto por
portugueses quanto por brasileiros. A rainha D. Maria I faleceu em 1816, e o projeto de
modernização da capital avançava lentamente. O governo central tinha muitas outras
preocupações a atender — o acompanhamento da instável situação na Europa, uma revolução em
Pernambuco, as constantes demandas administrativas internas, o alto custo de manutenção da
corte, uma recessão provocada pela drástica queda no preço internacional do açúcar e do algodão,
uma grave seca no Nordeste que desestruturou a economia regional, e os conflitos de fronteira no

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sul na Questão Cisplatina, subtraindo recursos e atenção do projeto cultural francês. O principal e
um dos únicos incentivadores ativos do projeto, o Conde da Barca, faleceu no ano seguinte, o
contrato dos artistas foi posto em discussão e o cônsul francês no Brasil, coronel Maler, não via
com bons olhos a presença de bonapartistas, sendo mais tarde acusado por Taunay de ser o
principal entrave ao bom desenvolvimento do projeto. A Missão teve um papel importante na
atualização do Brasil em relação ao que ocorria na Europa na época, e foi a vanguarda em seu
tempo e local. Embora o tenha exercitado de forma sistemática, não foi a primeira nem a única
força responsável pela difusão do Neoclassicismo no país, já perceptível na obra de diversos
artistas precursores atuando aqui desde fins do século XVIII, como Antonio Landi e Mestre
Valentim na arquitetura, Manuel Dias de Oliveira na pintura e na música os últimos integrantes da
Escola Mineira, como Lobo de Mesquita e João de Deus de Castro Lobo.
(ALENCAR. 2020)
Gabarito: A
17. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)
Em 1808, como consequência da invasão francesa a Portugal, chega a família real ao Brasil. D.
João, o príncipe regente, sua mãe, D. Maria, e ainda fidalgos, oficiais, clérigos, açafatas, que
os acompanham nessa desdita que marca o fim do período colonial. A capital do vice-reino
terá de absorver todo esse “povo” e acomodar várias secretarias [...]. Como manter essa
corte e a ampliação do aparelho burocrático com a penúria do tesouro real ?
(SCHNOOR, Eduardo. Os senhores dos caminhos: a elite na transição para o século XIX. IN :
DEL PRIORE, Mary. Revisão do paraíso: os brasileiros e o Estado em 500 anos de história. Rio
de Janeiro: Campus, 2000, p.163)
As soluções encontradas pela administração para o problema da escassez de recursos
necessários à manutenção da corte no Brasil foram
A) a liberação de vultosas somas de empréstimos em dinheiro, pela Inglaterra, ao Estado
português e a intensificação do monopólio da metrópole sobre as atividades de produção e
comércio praticados no Brasil.
B) o incremento da infraestrutura portuária, adaptando-a ao oferecimento de melhores
condições para a navegação de cabotagem, tendo em vista a ampliação da circulação de
navios em decorrência da recente medida de abertura comercial.
C) o acirramento da cobrança de impostos sobre a atividade mineradora e a implementação
das “fazendas reais”, que, na prática, representaram uma estatização das fazendas de gado
em regiões como o Piauí, após a expulsão dos jesuítas.
D) o estímulo ao desenvolvimento da atividade industrial em território brasileiro, associado
ao incentivo à vinda de imigrantes que pudessem compor, no mesmo território, um mercado
consumidor capaz de sustentar a sanha tributária da corte.
E) além das ações relativas à maior captação de impostos e permissão de livre comércio de
bens coloniais não estancados, os administradores portugueses lançaram mão do pedido de
auxílio às despesas do Estado, recompensados com a nobilitação dos doadores locais.

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Comentários:
A alternativa A está incorreta, visto que houve uma diminuição do controle comercial praticado
no Brasil, tendo em vista a liberação da instalação de manufaturas na colônia, que mais tarde
elevaria a Reino Unido a Portugal e Algarves.
A alternativa B é incorreta, de tal modo que, não ocorreu uma abertura comercial, mas sim uma
intensificação do seu controle pela metrópole.
A alternativa C está incorreta, sendo que, tal “solução” não ocorreu, visto que, a única escolha
possível para os administradores portugueses era recorrer a empréstimos feitos pela Inglaterra.
A alternativa D também é incorreta, pois, o estímulo ao desenvolvimento industrial apenas se
deu numa época posterior à do Brasil Imperial.
A alternativa E é a resposta correta, porque a Abertura dos Portos de fato somou-se a outras
medidas: fim do exclusivo ou pacto colonial; revogação do Alvará de 1785 que proibia a
instalação de manufaturas nas colônias portuguesas, o que possibilitou a criação dos primeiros
núcleos manufatureiros na região; fundação do Banco do Brasil; criação do primeiro jornal de
grande circulação, a Gazeta do Rio de Janeiro; criação da Biblioteca Real Portuguesa no Brasil,
com milhares de livros trazidos de Portugal e, ainda em 1810, a assinatura de outro Tratado
econômico denominado de Tratado de Cooperação e Amizade, ampliando a possibilidade de o
Brasil estabelecer relações comerciais com outras nações do mundo. Apesar desta ampliação,
foi a Inglaterra que saiu mais uma vez na vantagem por consequência das tarifas alfandegárias
especiais.
Gabarito: E
18. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)
A série de reformas liberais implementadas pela Regência, visando enfraquecer antigos
pilares do Primeiro Reinado, teve justamente como um de seus principais focos o aparelho
repressivo. Uma das primeiras medidas nesse sentido foi a criação, em 18 de agosto de 1831,
da Guarda Nacional.
(BASILE, Marcelo Otavio. O império brasileiro: panorama político. IN: LINHARES, Maria Yedda.
História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p.225)
A Guarda Nacional, no contexto de debates e disputas políticas do Império brasileiro, cumpriu
uma função
A) centralizadora, em decorrência de sua subordinação ao alto comando do exército
brasileiro e à sua natureza de milícia cidadã.
B) descentralizadora e resultante das desconfianças dos liberais, opositores de D. Pedro I, em
relação ao exército.
C) de substituir o exército brasileiro, temporariamente extinto entre 1830 e 1841, mas isso
não significou grandes alterações no centralismo político do Império.
D) de existência paralela ao exército, tendo sido seu decreto de criação, em 1831, apenas o
reconhecimento expresso de suas funções.

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E) de milícia cidadã, baseada em instituição similar norte-americana, também fundada em


1831.
Comentários:
A alternativa A é incorreta, porque, a Guarda Nacional teve uma função descentralizadora e não
centralizadora.
A alternativa B está correta, de tal modo que, a Guarda Nacional foi criada num contexto após a
abdicação de D. Pedro I, onde ocorriam diversos choques entre nacionais e lusos e havia receio
na sociedade de que os militares tomassem alguma atitude restauradora, posicionando-se pela
volta de D. Pedro I. O exército tinha sua base formada basicamente de negros, mulatos, homens
pobres, na maioria dos casos sem nenhuma qualificação profissional, pouco considerados
socialmente. Já os altos postos de comando eram ocupados por estrangeiros, provocando uma
falta de confiança do governo na fidelidade do exército, considerado uma ameaça em potencial
ao liberalismo da nova ordem instaurada com a Regência.
A alternativa C é incorreta, pois, a Guarda Nacional não substitui o exército brasileiro. Além
disso, o exército não foi temporariamente extinto nesse período.
A alternativa D também está incorreta, sendo que, o exército brasileiro foi estabelecido em
1822 e não tinham as mesmas funções.
A alternativa E é incorreta, visto que, apesar de a Guarda Nacional ter incialmente um carácter
popular, ela não poderia se caracterizar como milícia cidadã pois não sustém os elementos
caracterizadores de tal instituição.
(RIBEIRO, 2001)
Gabarito: B
19. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
“O fato da separação do Reino, em 1822, não teria importância na evolução da colônia para
Império. Já era fato consumado desde 1808 com a vinda da corte e abertura dos portos e por
motivos alheios a vontade da colônia ou da metrópole.”
DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo:
Alameda, 2005.
Autora citada cunhou o conceito de “interiorização da metrópole“ que, segundo Neves (IN:
Grinberg e Salles, 2009), pode ser definido como:
A) A transferência da corte para o Rio de Janeiro, sem nenhum aparato administrativo, que
foi a peça chave para o definitivo e cabal processo de emancipação política encabeçado por
Dom Pedro, em 1822. A transferência da corte para o Rio de Janeiro, sem um aparato
administrativo, que foi a peça-chave para o definitivo e cabal processo de emancipação
política encabeçado por D. Pedro, em 1822.
B) O estabelecimento, a partir de 1808, da monarquia e de instituições-chave para o governo
do Império português no Rio de Janeiro, além da criação e consolidação de interesses de
súditos americanos.

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C) A operação do aparato administrativo português, em decorrência das invasões


napoleônicas, entre 1807 e 1808, precisou ser transferida para as periferias de Lisboa afim de
manter o governo do Império operante.
D) O descontentamento das elites metropolitanas, explicitado pela revolução do porto em
1820, provocou um processo que daria assim à fuga das elites e da administração do governo
para o interior do reino.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois de fato, é possível dizer que o processo brasileiro de
emancipação política já fora desencadeado em 1808, com a vinda da Corte real, e não com a
consumação formal de separação política de Portugal em 1822. Em suma: os acontecimentos
europeus, a pressão inglesa e a vinda da Corte tornaram possível –mas não enquanto causa
adequada única –a transformação do Brasil de colônia para sua própria metrópole, não a partir
de movimentos de liberação nacionalista ou burguês nos moldes europeus, mas para a
continuidade da estrutura política, administrativa, econômica e social que vingara no
decorrer de três séculos de existência da sociedade colonial.
A Alternativa B) é correta, pois com a vinda da corte em 1808 o Estado português se enraíza no
Centro-Sul e dá início à interiorização da metrópole, processo este que só se consolidaria com a
centralização política posterior (segunda metade do século). O Rio de Janeiro se tornara o
epicentro de uma metrópole interiorizada, lançando os fundamentos do novo Império
português da nova Corte, chamando a si o controle do restante do território, ainda em grande
medida submetido a um tratamento colonial. A compreensão do nosso “processo moderado” de
emancipação política –e da relativa continuidade das instituições na transição da Colônia para o
Império –, explica a autora, virá à tona com estudos mais aprofundados dos mecanismos
inerentes às classes dominantes no Brasil. A própria estrutura social, dividindo a minoria
privilegiada do restante da população, servia para polarizar as forças políticas e manter
unidos os interesses das classes nomes, sobretudo pelo “haitianismo” e sentimento de
insegurança social frente a possíveis insurreições2; são traços típicos da mentalidade da época e
foram catalisadores na ideologia conservadora e contrarrevolucionária.
A Alternativa C) é incorreta, pois para Maria Odila Dias, é na interdependência de interesses (rurais
dos grandes proprietários, administrativos da nova Corte e dos burocratas, comerciais da
classe mercantil do litoral) que podemos tecer um quadro claro dos mecanismos de defesa
e coesão do elitismo da sociedade do Brasil no período de transição ao Império.
A Alternativa D) é incorreta, pois a Revolução do Porto (1820), ocorrida na cidade do Porto,
segunda maior cidade portuguesa, se caracterizou por intensas disputas políticas envolvendo
interesses divergentes entre Portugal e Brasil. Pode-se dizer que sua gênese esteve na chegada da
Família Real portuguesa ao Brasil, em 1808, pois tal fenômeno concorreu, em certo sentido, para
uma inversão e mesmo certa equiparação da lógica administrativa entre Metrópole (Lisboa) e suas
colônias na África (Algarves) e América (Brasil). Críticos da época afirmavam que a instalação da
administração do império português na cidade do Rio de Janeiro teria sido prejudicial à Portugal.
De fato, a transferência da máquina administrativa burocrática de Portugal para o Brasil iniciou um
fenômeno administrativo no qual a própria metrópole passou a ser conduzida a partir de sua

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colônia. Somaram-se uma série de outras decisões tomadas pelo então Príncipe-Regente Dom João
VI que concorreram para a exaltação dos ânimos de grandes parcelas das sociedades portuguesa e
brasileira.
(AGUIAR, 2015; FERNANDES, 2020)
Gabarito: B
20. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
Ao concluir a aula sobre a Revolta dos Malês (1835), o professor exibe duas imagens para os
estudantes da turma:

Imagem 1: amuleto com orações em árabe

Imagem 2: Festa de Nossa Senhora do Rosário, Rugendas

REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

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Após fazer a análise das imagens e do conteúdo lecionado, o professor pede aos educandos
que escrevam em seus cadernos características da Revolta dos Malês. Dentre essas
características, é INCORRETO afirmar que:
A) foi uma revolta escrava cujo sentido deve ser buscado na articulação entre conflitos de
classe, étnicos e religiosos.
B) foram as experiências comuns, tais como o próprio cativeiro, a vida nas ruas ou a
segregação racial, a peça chave da construção da identidade entre os revoltosos.
C) os integrantes dessa revolta pertenciam todos à população mulçumana escravizada e
contrabandeada para a Bahia de Todos os Santos.
D) o dia escolhido para a revolta conciliava o dia de Nossa Senhora da Guia, levando a
população e a policia para distante do Bonfim, e o final do Ramadã e dos jejuns.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois a revolta contou com a participação de 600
africanos escravizados, e os líderes dela combinaram para que ela acontecesse no final do Ramadã,
mês sagrado para os muçulmanos. A revolta ficou marcada exatamente para o dia de Lailat al-
Qadr, a festa da Noite da Glória — momento em que o Corão foi revelado para Muhammad
(Maomé), o profeta do islamismo. Os participantes da Revolta dos Malês eram todos africanos, e
existem evidências que apontam que, se vitoriosos, os rebeldes pretendiam voltar-se contra toda a
população nascida no Brasil. Os envolvidos também eram majoritariamente escravos urbanos, e
pouquíssimos escravos da lavoura participaram dessa revolta. Os poucos escravos da lavoura que
participaram eram do Recôncavo Baiano (arredores de Salvador).
A Alternativa B) não é a resposta correta, pois o envolvimento dos muçulmanos foi algo marcante
nesse acontecimento e evidenciou o papel da religião na luta por transformação social. A
importância dos muçulmanos foi tão grande que influenciou na forma como essa revolta foi
chamada. A palavra malês é oriunda de imalê, expressão que no idioma Iorubá significa
muçulmano. Foi nesse cenário que se deu a maior revolta de escravos do Brasil. Os participantes
da Revolta dos Malês foram na sua maioria nagôs, mas sabe-se também que o levante contou com
a participação de africanos haussás e tapas (conhecidos também como nupes). A maioria dos
envolvidos era muçulmana, mas muitos também eram adeptos de religiões de matriz africana. A
escravidão foi uma instituição que existiu no Brasil durante mais de 300 anos, e indígenas,
africanos e seus descendentes foram escravizados ao longo desse período. A história da
escravização é também a história das fugas, das lutas, isto é, da resistência em geral daqueles que
foram escravizados.
A Alternativa C) é a resposta certa, pois a Bahia do começo do século XIX ficou marcada por um
grande número de revoltas de escravos. A Bahia também foi um dos estados que mais recebeu
africanos escravizados pelo tráfico negreiro. Desses, os dois principais grupos eram os nagôs
(iorubás) e os haussás. A quantidade de revoltas de escravos está diretamente relacionada com o
alto número de escravos naquela província. A grande presença de nagôs e haussás também
contribui para isso, pois eram povos que tinham histórico recente de envolvimento com guerras.
Assim, a Bahia da primeira metade do século XIX abrigou trinta revoltas de escravos, sendo que

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metade dessas aconteceu na década de 1820. Uma das primeiras agitações desse período foi a
Revolta de 1807. Inúmeras revoltas aconteceram nos anos seguintes, mas a história da resistência
e das revoltas escravas ficou marcada pela Revolta do Malês, que aconteceu em Salvador, em
1835, e mobilizou 600 escravos em busca de sua liberdade. O temor causado por essa insurreição
ficou gravado no imaginário dos senhores que temiam que uma nova ação desse tipo acontecesse
no Brasil.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois a Revolta do Malês aconteceu em Salvador e
passou-se na madrugada do dia 25 de janeiro de 1835. Naquela época, essa capital era uma das
principais cidades escravistas do Brasil e possuía apenas 22% de sua população formada por
brancos livres. Os escravos africanos (e seus descendentes) eram 40% da população total da cidade
que, na época, era de 65 mil habitantes. A revolta contou com a participação de 600 africanos
escravizados, e os líderes dela combinaram para que ela acontecesse no final do Ramadã, mês
sagrado para os muçulmanos. A revolta ficou marcada exatamente para o dia de Lailat al-Qadr, a
festa da Noite da Glória — momento em que o Corão foi revelado para Muhammad (Maomé), o
profeta do islamismo. Os participantes da Revolta dos Malês eram todos africanos, e existem
evidências que apontam que, se vitoriosos, os rebeldes pretendiam voltar-se contra toda a
população nascida no Brasil. Os envolvidos também eram majoritariamente escravos urbanos, e
pouquíssimos escravos da lavoura participaram dessa revolta. Os poucos escravos da lavoura que
participaram eram do Recôncavo Baiano (arredores de Salvador).
(NEVES, 2020).
Gabarito: C
21. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
Observe as duas imagens:

“O padre Feijó abandona a Regência e deixa um rastro. Antes de ser eleito o primeiro regente
uno, em 1835, Diego Feijó foi ministro da Justiça.

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“As disputas políticas e o clima de confronto durante as Regências eram temas frequentes
nas sátiras das caricaturas.”
MOREL, Março. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Zahar, 2003. Caderno
de ilustrações.
Ao preparar uma aula sobre o Período Regencial (1831-1840) utilizando as ilustrações acima,
o professor deve levar em consideração que:
A) os partidos monárquico e o republicano foram os principais grupos a disputarem os postos
do poder após a abdicação de Dom Pedro I.
B) as Regências apresentam-se como resultante das forças políticas e sociais que
combateram os excessos de autoridade do Primeiro Reinado.
C) trata-se de um período marcado pela experimentação de um novo modelo liberal, forjado
pelo escravismo e pelas revoltas socialistas.
D) as elites regionais passaram a reclamar da participação politica, chegando ao limite de
propor emancipação política e igualdade social.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois o Período Regencial ficou marcado pela intensa movimentação
política que acontecia no país. O debate político nesse período foi bastante acalorado e girava em
torno de três grupos políticos, que gradativamente se transformaram nos dois partidos políticos do
Segundo Reinado. No caso do Período Regencial, os principais grupos políticos eram:

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 Liberais moderados: em geral, eram monarquistas que defendiam a limitação do poder do


imperador. Defendiam uma monarquia constitucional no país e tinham no padre Feijó o seu
maior representante.
 Liberais exaltados: eram defensores abertos do federalismo, isto é, de ampliar a autonomia
das províncias brasileiras. Alguns dos exaltados eram defensores da república, e o nome
mais influente desse grupo foi Cipriano Barata.
 Restauradores: eram defensores do retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro e tinham nos
irmãos Andrada (José Bonifácio era um deles) seus maiores expoentes.
A Alternativa B) é correta, pois o Período Regencial resultou diretamente da maneira como
terminou o Primeiro Reinado (época em que o Brasil foi governado por D. Pedro I). O Primeiro
Reinado ficou marcado pelo autoritarismo do imperador e pelos crescentes confrontos entre
brasileiros e portugueses. As tensões e as pressões existentes fizeram o imperador abdicar do
trono brasileiro em abril de 1831. Quando D. Pedro I abdicou do trono, o sucessor naturalmente
era seu filho, Pedro de Alcântara. Todavia, o príncipe do Brasil possuía apenas cinco anos e, por lei,
não poderia ser coroado imperador do Brasil até que completasse a maioridade, que só seria
alcançada quando obtivesse 18 anos.
A Alternativa C) é incorreta, pois com as mudanças estipuladas pelo Ato Adicional, esboçava-se no
Brasil um modelo que concedia às províncias um grau considerável de autonomia. Além disso, a
eleição de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário republicano.
Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi uma experiência republicana no
meio de dois reinados. A grande marca do Período Regencial foram as revoltas provinciais, que
aconteceram em diversos locais do país. Essas revoltas envolviam insatisfações políticas com os
rumos que o país tomava, além das disputas políticas locais, insatisfação popular com a pobreza e
a desigualdade etc.
A Alternativa D) é incorreta, pois o fim do Período Regencial foi resultado da disputa política entre
liberais e conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência de Araújo Lima, um conservador,
reagiram defendendo a antecipação da maioridade do príncipe do Brasil, Pedro de Alcântara. Os
liberais conseguiram conquistar o apoio da maioria dos deputados e senadores e realizar o Golpe
da Maioridade em 1840. Com esse golpe, Pedro de Alcântara teve a sua maioridade antecipada e
tornou-se imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse ato iniciou o Segundo Reinado e deixou
os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos conservadores. Os liberais também
esperavam que a coroação do imperador colocasse fim à série de revoltas provinciais que
aconteciam no país. Ao longo do Período Regencial, as principais revoltas que aconteceram foram:
 Cabanagem: rebelião que aconteceu no Grão-Pará entre 1835 e 1840 em razão da
insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade e por disputas políticas locais.
 Balaiada: rebelião que aconteceu no Maranhão entre 1838 e 1841 e foi resultado de
disputas políticas locais.
 Sabinada: foi uma rebelião de caráter separatista que desejava implantar uma república na
Bahia. Aconteceu entre 1837 e 1840.
 Revolta dos Malês: foi uma rebelião de escravos que aconteceu em Salvador em 1835.

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 Revolta dos Farrapos: foi uma revolta motivada por insatisfações da elite local com o
governo por questões políticas e econômicas. Estendeu-se de 1835 a 1845.
(NEVES, 2020)
Gabarito: B
22. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)
Observe a imagem a seguir.

A tela Iracema (1881), de José Maria de Medeiros, é um símbolo:


A) do isolamento da monarquia, representada pela indígena melancólica e solitária, no
contexto de crise do império.
B) da vitória do Brasil na guerra do Paraguai, retratada pela flecha enterrada na areia,
ressaltando o papel dos povos indígenas nas batalhas.
C) do apogeu do império, no seu momento de maior prosperidade econômica e força política,
representadas pela louvação aos primeiros colonizadores portugueses.
D) do movimento romântico indigenista, que se apropriou da imagem do herói nativo para
resgatar as origens brasileiras e fomentar o nacionalismo.
E) da retomada da importância econômica que a exploração do pau-brasil, realizada com a
ajuda dos povos nativos, teve no início do período colonial.
Comentários
O quadro de 1881, cujo título “Iracema” faz referência ao romance indianista homônimo escrito
por José de Alencar, em 1865, no qual a índia Iracema se apaixona pelo português Martim, cujo
fruto de seu relacionamento, Moacir, é considerado, na obra, o primeiro brasileiro.
A tela, bem como a obra de Alencar, são exemplos claros do Romantismo brasileiro, no qual o
indivíduo retratado se refere a uma figura essencialmente brasileira (o índio), o qual representa a
nação brasileira e que deve, dessa forma, resgatar as origens e os ideais nacionalistas.

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Assim, Iracema representa a coragem, honestidade, a beleza e a pureza do Brasil, romantizada e


construída de acordo com um estado de exaltação do herói nativo.
Gabarito: D

23. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)


“Um boato corre, há dias, pela cidade que tem enchido a uns de pavor, e a outros de
indignação, em cujo último número me coloco”, desabafou o médico Joaquim Cândido Soares
de Meirelles (1797-1868), diante do clima de pânico instaurado no Rio de Janeiro em 1831.
Rumores crescentes garantiam estar em andamento, na capital do Império, uma trama
conspiratória inspirada na Revolução do Haiti (1791-1825).
(Iuri Lapa, O Haiti é aqui? Revista de História da Biblioteca Nacional, 03.03.2010).

O clima instaurado na ocasião tinha origem


A) na propaganda abolicionista promovida pelos revolucionários haitianos e pela população
do norte dos EUA, mais afeita ao trabalho livre, à pequena propriedade e à policultura, e
defensora da libertação dos escravos em todo o continente americano.
B) na defesa da revolução realizada pelos herdeiros políticos da Revolução Francesa, que
defendiam que o governo francês exportasse a radicalidade revolucionária para o outro lado
do Atlântico, ameaçando a existência institucional do Império no Brasil.
C) na aproximação política entre os líderes republicanos da independência de alguns países
da América Latina, como Bolivar (Venezuela), San Martin (Argentina) e Toussaint- -Louverture
(Haiti), que queriam transformar o Brasil em uma República.
D) no fantasma que assombrou por décadas os senhores escravistas do Brasil, receosos de
que se repetisse aqui o movimento haitiano, no qual convergiram abolição da escravidão e
proclamação da independência, incluindo o massacre de brancos.
E) no sentimento anticomunista existente no Brasil desde o início do século XIX, quando a
elite escravista assistiu assustada à tomada do poder no Haiti por revolucionários socialistas,
inspirados nas ideias do socialismo utópico de Saint-Simon.
Comentários
A questão apresenta, como pano de fundo, a Revolução Haitiana (1791), liderada pelo negro
Toussaint L’Ouverture, na qual os escravos da colônia de São Domingos (atual Haiti) se rebelaram
contra os colonizadores franceses.
Sob os ideais iluministas e republicanos da Revolução Francesa (1789), este levante declarou
independência em relação à França e proclamou o fim da sua escravidão no ano de 1793.
Por ter sido a primeira revolta de escravos que obteve êxito, tendo abolido a escravidão na região,
a revolta do Haiti representou uma ameaça aos senhores de escravos de outras colônias na
América, inclusive no Brasil, os quais temiam que uma nova insurreição libertasse os escravos e
matasse os colonizadores.

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Gabarito: D

24. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


O dia 21 de abril, data do enforcamento de Tiradentes, tornou-se feriado logo após a
proclamação da República. Durante o Império, no entanto, a lembrança do episódio da
Conjuração Mineira era incômoda, pois:
A) os inconfidentes tinham demonstrado clara oposição à forma monárquica de governo.
B) a revolta nas Minas Gerais se declarou muitas vezes contrária à independência.
C) a escravidão, mantida no Império, foi questionada pelos inconfidentes, que defendiam a
abolição.
D) a elite imperial se identificava com o Iluminismo, negado pelos revoltosos de 1789.
E) os dois imperadores do Brasil eram contrários aos impostos defendidos pelos
inconfidentes.
Comentários
A Inconfidência Mineira ocorreu no ano de 1789 e foi uma Revolta de caráter separatista em
relação à Metrópole Portuguesa. Defendia, dentre outros fatores, a adoção de um regime
republicano como forma de governo, em detrimento ao regime monárquico. Seus líderes eram
letrados e tinham predileção pelos ideais franceses da Revolução e do Iluminismo, ambos do
século XVIII.
Dentre tais líderes, temos o alferes Tiradentes, um dos poucos que advinha de uma parcela mais
baixa da sociedade e o único a ser condenado à morte, sob a pena de esquartejamento. Tal
punição, severamente aplicada, representava uma forma de coerção social, a fim de se evitar que
novas insurgências ganhassem corpo.
Gabarito: A

25. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Após a Independência, o processo de formação do Estado Nacional no Brasil foi marcado:
A) pela ruptura das relações econômicas de dependência frente aos países europeus.
B) pela abolição do trabalho escravo e de todas as formas de sujeição dos seres humanos.
C) pelas atitudes recolonizadoras e militares do Estado e do governo português.
D) pelas lutas em prol da integração das diferentes regiões do país ao poder central.
E) pela queda da dinastia portuguesa e pela instituição do regime republicano.

Comentários
A questão faz referência ao processo de formação do Estado Nacional Brasileiro, resultado do pós-
Independência em relação a Portugal, em 1822. É importante considerar que tal período foi

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marcado por uma busca pela integração das regiões do país ao Poder Central, até então
fragmentado em decorrência de uma série de revoltas de caráter emancipacionista, sobretudo na
segunda metade do século XVIII.
Como principais exemplos dessas lutas pela independência, podemos citar os casos da
Inconfidência Mineira, em 1789, da Conjuração Baiana, de 1798 e, finalmente, em 1817, com a
Revolução Pernambucana, fruto da elevada cobrança de impostos advindos com a chegada da
Família Real Portuguesa, em 1808.
Diante deste cenário, buscou-se reestruturar o Estado Nacional do Brasil com base em um
processo de centralização do poder, procurando reorganizar o país em meio às instabilidades
geradas no período anterior à independência.
É preciso destacar, também, a respeito das demais alternativas, que a instituição do regime
republicano se deu apenas em 1889; as relações econômicas frente a outros países europeus,
sobretudo a Inglaterra, não foram rompidas; o trabalho escravo somente foi abolido no ano de
1888, com a assinatura da Lei Áurea; enfim, o Estado Português não tentou recolonizar o país, mas
manter certo controle a partir do reinado de Dom Pedro I, o qual perdurou entre os anos de 1822 e
1831.
Gabarito: D

26. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE)


A respeito do processo de Independência do Brasil, pode-se afirmar corretamente que:
A) a partir da Revolução Liberal do Porto, ocorrida em 1820, iniciou-se, em Portugal, uma
campanha política pelo retorno do Rei àquele país e pela independência dos reinos unidos do
Brasil e do Algarves.
B) a regência do príncipe D. Pedro, e seu reinado como Pedro I, são marcados pela
manutenção da hegemonia dos latifundiários e pelo esvaziamento do ideal republicano e do
federalismo.
C) a participação de José Bonifácio de Andrada e Silva restringe-se ao movimento de
independência, pois, sendo republicano, defendia a instauração imediata da República no
Brasil, em oposição à D. Pedro.
D) o processo de independência somente logrou êxito em função do apoio popular a D.
Pedro, em oposição aos latifundiários que davam suporte às propostas recolonizadoras feitas
pelas Cortes Constituintes de Portugal.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a Revolução Liberal do Porto, de 1820, de fato queria o retorno do
Rei, mas não a independência dos reinos unidos do Brasil e Algarves, pelo contrário, uma vez que
os lusitanos queriam a restauração do Pacto Colonial, que havia sido quebrado com a Abertura dos
Portos em 1808.
A alternativa B é a resposta certa. A influência política dos grandes proprietários de terra no Brasil
é marcante em nossa história, de modo que durante o nascimento da Nação independente D.

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Pedro I se viu às voltas dos latifundiários, em necessidade de conservar estruturas de exclusão,


como a monocultura e a escravidão, principalmente para manter a unificação do país e afastar as
ideias de República e de federalismo, que ecoavam das nações vizinhas.
A alternativa C é falsa, pois José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência, não
era um republicano, mas sim um monarquista convicto. Sobre sua atuação, José Bonifácio foi eleito
chefe do governo de São Paulo, a primeira província a reconhecer Dom Pedro como o príncipe-
regente do Brasil.
A alternativa D também é falsa, pois a elite brasileira estava revoltada com a Corte portuguesa por
causa do aumento das taxas alfandegárias sobre as mercadorias importadas da Inglaterra. Isso
propiciou a D. Pedro I o apoio das elites brasileiras.
(SILVA, 2010; PORTAL SÃO FRANCISCO, 2019).
Gabarito: B

27. (MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar)


Acerca do processo de independência do Brasil, é correto afirmar:
A) a independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1850 e fora marcado
por não haver oposição alguma do Reino de Portugal;
B) oficialmente, a data comemorada para independência do Brasil é a de 07 de setembro de
1822 em que ocorreu o chamado "grito do Ipiranga", ato de proclamação feita por D. Pedro
II, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo);
C) entre as causas que fizeram eclodir o processo de independência do Brasil estão: vontade
de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política; desgaste do
sistema de controle econômico com restrições c altos impostos, exercido pela Coroa
Portuguesa no Brasil c tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil;
D) o chamado “dia do fico" foi um ato posterior à independência do Brasil em que D. Pedro
não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para
Portugal. Em 09 de janeiro de 1822, D. Pedro negou o chamado e afirmou que ficaria no
Brasil;
E) após a independência do Brasil, D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro
de 1821, bem como não houve registros de manifestações de portugueses contrárias à
independência do Brasil.
Comentários
A alternativa A é falsa, uma vez que a Independência do Brasil ocorreu em 1822, ano em que se
inicia o reinado de D. Pedro I, que vai até 1831. Depois do primeiro reinado, houve o Período
Regencial (1831-1840), que vai da abdicação do trono por D. Pedro I até o golpe da maioridade de
D. Pedro II. O segundo reinado vai de 1840 até 1889, quando os militares deram um golpe e
instauraram a República no Brasil.
A alternativa B é incorreta, pois o famoso grito às margens do Ipiranga não foi dado por D. Pedro II,
mas por seu pai, D. Pedro I, em 07 de setembro de 1822.

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A alternativa C é a resposta certa, pois de fato a vontade de grande parte da elite política brasileira
era conquistar a autonomia política, principalmente depois de alçar de Colônia à Reino Unido, com
a vinda da família real para o Brasil em 1808. A cobrança de impostos ficou desgastante para a elite
brasileira, de modo que o sistema de controle econômico com restrições e altos impostos virara
um abuso exercido pela Coroa Portuguesa, pois o retorno não era direto para o Brasil e sim para
Portugal. Além disso, uma das propostas da Revolução Liberal do Porto, de 1820, que fez o Rei D.
João VI voltar para a metrópole e deixar D. Pedro aqui como regente, era rebaixar o Brasil de Reino
Unido para Colônia, restaurando novamente o Pacto Colonial. Tudo isso motivou as elites
brasileiras a apoiarem D. Pedro I no processo de Independência.
A alternativa D também é incorreta, pois o chamado “dia do fico" foi um ato anterior à
Independência do Brasil, e não posterior. O “dia do fico” ficou marcado na história pela famosa
frase: “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que
fico!”. Ao permanecer, o príncipe D. Pedro desobedece às ordens de Portugal, que tentava obrigá-
lo a sair do Brasil.
A alternativa E também é incorreta, uma vez que a Independência do Brasil ocorreu
simbolicamente em 07 de setembro de 1822 e D. Pedro I foi coroado Imperador do Brasil em 01 de
dezembro de 1822.
Gabarito: C

28. (COMPERVE - 2017 - MPE-RN - Técnico do Ministério Público Estadual)


O ano de 2017 tem sido marcado por vários eventos comemorativos do 2º centenário da
chamada “Revolução Pernambucana”, movimento que ocorreu no Nordeste em 1817. A
capitania do Rio Grande do Norte aderiu a esse levante, que
A) pretendia a proclamação da independência de capitanias do Nordeste, as quais formariam
uma república.
B) contou com decisiva adesão das classes populares, os quais buscavam realizar uma
reforma agrária na região, pondo fim ao sistema latifundiário.
C) planejava unificar Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, cujo governo ficaria nas
mãos do Padre Miguelinho, notório defensor das ideias liberais.
D) teve a participação de grande número de padres, os quais propuseram leis com vistas a
diminuir a influência da maçonaria na nascente república.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. De fato, a Revolução Pernambucana foi um movimento social de
caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerado um dos mais
importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro. Tinha como
objetivo principal a conquista da Independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam
implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.
A alternativa B é incorreta, pois a Revolução Pernambucana não buscava realizar uma reforma
agrária na região, uma vez que os grandes latifundiários é que motivaram o movimento.

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A alternativa C também é incorreta, apesar da Revolução Pernambucana ter se espalhado pelas


capitanias vizinhas e alcançado a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o Ceará, seu objetivo era mais
do que a unificação, pois visava a Independência, a implantação de uma República e uma
Constituição.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que o Seminário de Olinda erta filiado a ideais
iluministas, sendo por esse motivo que o levante ficaria conhecido como Revolução dos Padres.
(VAZ, 2013; BRASIL, 2019)
Gabarito: A

29. (IFB - 2017 - IFB - Professor - História)


Sobre o papel de escravos e libertos no processo de emancipação do Brasil em relação a
Portugal, no início da década de 1820, é CORRETO afirmar que:
A) para os grupos dominantes do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, a Liberdade
significava o direito de conservação da propriedade, noção que estabelecia uma relação de
igualdade social entre todos os indivíduos do mundo luso-brasileiro de então.
B) no contexto da emancipação do Brasil em relação a Portugal, escravos e libertos também
reivindicavam a liberdade jurídica, de ações e autonomia no espaço público.
C) por conta da grande parcela de analfabetos entre pretos e mestiços, escravos e libertos
não discutiam as notícias e projetos políticos que circulavam no Brasil no início da década de
1820.
D) os grandes proprietários não viam com apreensão o fato de escravos e libertos
interpretarem a noção de Liberdade também como liberdade jurídica.
E) no início da década de 1820, a noção de Liberdade era interpretada de forma unívoca por
todos os grupos sociais da América portuguesa.
Comentários
A alternativa A é falsa, uma vez que a noção de Liberdade, em ato, não se equiparava à noção de
Igualdade, ou pelo menos não à noção de Igualdade para todos, de modo que a Igualdade era
restrita aos brancos, especialmente à elite branca, que formava, portanto, um novo conceito de
Liberdade para si.
A alternativa B é correta, pois os escravos e libertos participaram com igual intensidade da política
do país e dos movimentos ocorridos. Fizeram uma leitura própria das ideias sobre a independência
como autonomia, sobre a liberdade e sobre a libertação do jugo da reescravização, tentando
colocá-las na prática em diferentes momentos. As insurreições da população negra foi uma
ameaça constante para os senhores de escravos, de modo que as fugas, os ajuntamentos e
tumultos foram uma realidade. Escravos e libertos também reivindicavam a liberdade como
autonomia jurídica e de ações. O movimento da população negra constituía-se sempre em ameaça
à liberdade porque espelhava uma outra leitura desta, ou, melhor dizendo, deste desejo de
autonomia, que se traduzia em práticas sociais e políticas diferenciadas.
A alternativa C é incorreta, uma vez que nos documentos do Primeiro Reinado e dos primeiros

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anos da Regência, a tropa e o povo aparecem atuando decisivamente em todos os episódios, pois a
população pobre e desvalida estava sempre presente. Não como elemento figurante, mas
conduzindo conjunta e efetivamente os fatos, gritando palavras de ordem em defesa de uns e de
outros, verdadeiros motes que incitavam atitudes diferenciadas de acordo com as circunstâncias.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que o fato de escravos e libertos interpretarem a
noção de Liberdade também como liberdade jurídica tronou-se um temor entre os grandes
proprietários, que trataram de agir para que isso não fosse estabelecido.
A alternativa E também é incorreta, pois os grupos sociais eram muito bem definidos,
especialmente pela cor da pele, de modo que até mesmo a noção jurídica de Liberdade era
aplicada de forma diferente, não resumindo apenas em livre e escravo, havendo, por exemplo, o
ex-escravo ou o forro, que permanecia em um estatuto menor do que o livre.
(RIBEIRO, 2002).
Gabarito: B

30. (IFB - 2017 - IFB - Professor - História)


“A principal característica política da independência brasileira foi a negociação entre a elite
nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como figura mediadora o príncipe D.
Pedro”
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2001. p. 26).

Leia as afirmativas com relação ao processo de emancipação política do Brasil.


I. As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uniram os luso-americanos em
torno da ideia de perpetuar os laços políticos que uniam, entre si, os lados europeu e
americano do Império Português.
II. A escolha da monarquia em vez da república, como alternativa política para o Brasil
independente, derivou da convicção da elite brasileira de que só um monarca poderia manter
a ordem social e a união territorial.
III. Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a elite brasileira percebeu a
necessidade de uma solução política que implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
IV. O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a transição do Brasil de colônia para
emancipado politicamente.
V. A independência do Brasil trouxe grandes limitações dos direitos civis, uma vez que
manteve a escravidão.

Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.


A) I, V
B) II, IV

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C) II, V
D) I, IV
E) III, IV
Comentários
A alternativa C é a resposta certa, uma vez que apenas as proposições II e V são verdadeiras.
A proposição I é incorreta, uma vez que o processo de Independência envolveu guerras, iniciada
ainda com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821, envolvendo o Exército
Brasileiro, formado a partir da contratação de mercenários, do alistamento de civis e mesmo de
tropas coloniais portuguesas, contra aqueles que permaneceram fiéis ao Reino de Portugal em
algumas partes do país. Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a
independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança
firmado entre Brasil e Portugal. Em troca, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal
uma indenização substancial e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido, para indenizá-
lo por sua mediação.
A proposição II é verdadeira, de modo que nossa Independência resultou mais de um acordo entre
as elites dominantes, que estavam interessadas em manter a mesma estrutura colonial e agrária
do Brasil. A maioria esmagadora da população, que vivia no campo, viu indiferente o poder mudar
de mão e sua situação de penúria continuar exatamente a mesma. A escolha do Império foi uma
opção pela manutenção do poder vigente e a consolidação do sistema que era vigente.
A proposição III também é incorreta, pois mesmo antes da vinda da família real para o Brasil, em
1808, já havia movimentos que viam a necessidade de uma solução política que implicasse a
separação entre Brasil e Portugal, como podemos citar a Inconfidência Mineira, em 1789, ou a
Conjuração Baiana, em 1798.
A alternativa IV também é incorreta, uma vez que o processo de Independência foi organizado
essencialmente pela elite brasileira, de modo que escravos e livres pobres foram apenas
expectadores da transição do Brasil de colônia para emancipado politicamente.
A alternativa V é verdadeira, pois o processo de emancipação seria resultado mais de negociações
entre as elites políticas do que propriamente de tensões sociais ou revoltas, de modo que na
Independência do Brasil as elites resolveram manter o trinômio que sustentou a colonização, a
saber: escravidão, monocultura e latifúndio, mantendo as limitações dos direitos civis.
(VAZ, 2013).
Gabarito: C

31. (IADES - 2017 - Fundação Hemocentro de Brasília - DF - Comunicação Social - Jornalismo)


A respeito da história da imprensa no Brasil, alternativa correta.
A) Até a proclamação da República, apenas os jornais Gazeta do Rio de Janeiro e as revistas
impressas pela Imprensa Régia tinham licença para circular no País.

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B) No Brasil colonial, após sucessivas iniciativas terem sido sufocadas pela coroa portuguesa,
a imprensa foi oficialmente instalada no País em 1808, mediante o Ato Real de D. João VI.
C) Nos primeiros 15 anos após 1822, com a independência do Brasil, passou a existir no País a
censura prévia, destinada a fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os
bons costumes.
D) O período que antecedeu a abolição da escravatura foi marcado pelo retrocesso da
imprensa brasileira, causado principalmente por jovens de famílias abastadas que voltavam
do sul dos Estados Unidos, influenciados pela ideologia escravocrata.
E) O jornal Província de São Paulo, que mais tarde passou a chamar-se Folha de S. Paulo,
nasceu em 1875.
Comentários
A alternativa A é incorreta, ao passo que a Imprensa Régia era, na verdade, o órgão de impressão
dos jornais oficiais que circulavam, desde a sua instalação em 1808, onde foi impressa a Gazeta do
Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro não possuía nenhuma outra tipografia até 1821.
A alternativa B está correta, uma vez que a Imprensa Régia foi criada em 13 de maio de 1808, dia
do aniversário do príncipe regente D. João VI (1767-1826). Nela foi editado o primeiro jornal da
colônia americana: a Gazeta do Rio de Janeiro. O periódico possibilitou a circulação de notícias,
embora restritas, por ser um veículo usado para expandir a imagem que convinha à Casa de
Bragança.
A alternativa C é falsa, uma vez que a censura prévia é extinta em 28 de agosto de 1821,
decorrente de deliberação das Cortes Constitucionais de Lisboa em defesa das liberdades públicas.
A alternativa D também é falsa, pois o período que antecedeu a abolição da escravatura a
imprensa brasileira proporcionou uma série de debates referente a extinção ou não dos escravos.
Todas estas discussões atingiam o maior veículo de comunicação da época, os jornais, que
passavam a ter papel fundamental em toda a sociedade, não apenas para a informação, mas como
instrumento que auxiliava na construção do pensamento da sociedade.
A alternativa E é incorreta, pois o jornal A Província de São Paulo, mais tarde passou a chamar-se,
na verdade, O Estado de S. Paulo, e de fato nasceu em 1875. Seus fundadores foram um grupo de
republicanos, liderados por Manoel Ferraz de Campos Salles e Américo Brasiliense, que decidiram
criar um diário de notícias para combater a monarquia e a escravidão.
(ZALUSKI, 2011; ACERVO, 2019).
Gabarito: B

32. (CESGRANRIO - 2010 - IBGE - Analista de Planejamento - Historia)


Defendi para a Inglaterra o direito de estabelecer com o Brasil relações de soberano e de
vassalo, e de exigir obediência a ser paga como o preço de proteção.
LordStrangford, 1807. Apud FREITAS, Caio de. George Canning e o Brasil. São Paulo: Editora
Nacional, 1958, v.1, p. 94.

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A declaração de LordStrangford, por ocasião da partida da família real portuguesa em direção


ao Brasil, em finais de 1807, representou, na prática, o estabelecimento de um conjunto de
ações, dentre as quais se identifica a(o)
A) restrição ao tráfico intercontinental de escravos, culminando com a proibição integral e
efetiva do mesmo em 1830.
B) garantia de direitos de cidadania plena por meio da naturalização para os súditos ingleses
que viessem a residir no Brasil.
C) criação de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos ingleses, cláusula validada
pelos Tratados de 1810.
D) apoio aos governos de D. João VI e de D. Pedro I quanto à manutenção da província
Cisplatina no território do Império do Brasil.
E) cerceamento das relações diplomáticas entre os governos do Brasil e da França, nos
quadros das decisões do Congresso de Viena.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois em 1810, no Tratado de Aliança e Amizade, os britânicos
pediram restrição ao tráfico de escravizados nos domínios portugueses, o que não ocorreu na
ocasião. Quanto mais gente livre, maior seria o mercado para as mercadorias inglesas. O acordo
não foi cumprido integralmente. Desde então, a proibição do tráfico de escravizados e da
escravização tornou-se ponto central nas relações entre Brasil e Inglaterra.
A alternativa B também está incorreta, uma vez que a separação política transformou os colonos
em imigrantes e promoveu debates em torno da sua nacionalidade e da possibilidade de
concessão de cidadania, mas àqueles portugueses que continuaram residindo no Brasil.
A alternativa C é a resposta certa. Em 1810, a Coroa portuguesa assinou o Tratado de Navegação e
Comércio com a Inglaterra. Por esse acordo o imposto sobre as mercadorias inglesas diminuía para
15%, enquanto os itens dos demais países continuaram taxados em 24%. Assim, os produtores
britânicos tornavam-se mais atraentes. Cada vez mais a economia do Brasil vinculava-se à inglesa.
A Inglaterra lutava contra a França de Napoleão e sabia de sua importância para o propósito
português de recuperar os territórios ocupados pelos franceses. Essas condições permitiam aos
ingleses vantagens nas negociações e autoridade para pressionar os portugueses.
A alternativa D também está incorreta, uma vez que a província Cisplatina foi uma província do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e, posteriormente, do Império do Brasil, que a mantinha
como necessária para a defesa das províncias do Sul. A separação ocorreu em 1825, com a
independência do território que formou a República Oriental do Uruguai.
A alternativa E também é incorreta, ao passo que o Congresso de Viana foi um encontro das
autoridades monárquicas entre setembro de 1814 e junho de 1815. Encabeçado pelas principais
potências monárquicas do período (Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria), essa reunião deveria
reorganizar e devolver os territórios e a supremacia política daqueles que sofreram com o projeto
expansionista napoleônico.
(VAZ, 2013; MELLO, 2018; SOUSA, 2019).

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Gabarito: C

33. (CONSULPLAN - 2015 - Prefeitura de Juatuba - MG - Professor de História)


Analise a charge.

Tendo em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a esse
importante momento da história do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) A Independência do Brasil foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que
mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais, ou seja, latifundiários e
comerciantes.
B) O principal objetivo da Independência era organizar o novo Estado Nacional Brasileiro sem
colocar em risco sua autonomia econômica, conseguida a longo prazo através do pacto
Colonial.
C) A situação da maioria da população sofreu drásticas mudanças com a implantação da nova
situação política do Brasil através de uma nova reorganização social, mesmo sem o
consentimento do povo.
D) A aparência liberal construída pela elite agrária, que apoiara D. Pedro I a romper os laços
com a metrópole lusitana, foi descoberta pela população, que logo empreendeu uma série de
movimentos sociais.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. A vinda da família real para o Brasil, em 1808, agradou os
grandes proprietários de terra e comerciantes da colônia. Com o fim do pacto colonial as elites
brasileiras poderiam avolumar suas transações comerciais e ampliar significativamente seus lucros.
De fato, essa primeira medida já colocava o Brasil enquanto nação economicamente autônoma.
Mas com a volta de D. João VI para Portugal os lusitanos desejavam reatar o pacto colonial, de
modo que os latifundiários e comerciantes apoiaram a Independência do Brasil com o intuito de
garantir os seus interesses e benefícios conquistados.
A alternativa B é incorreta, pois o pacto colonial não dava autonomia à América Portuguesa, uma
vez que o sistema colonial definia que o comércio brasileiro só poderia ocorrer com Portugal, ao

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passo que o pacto colonial foi quebrado com a ascensão do Brasil a Reino Unido de Portugal e
Algarves.
A alternativa C também é incorreta, pois a Independência do Brasil pouco ou nada mudou na
situação social da Nação, como o tráfico de escravos e o sistema escravocrata que continuaram.
A alternativa D também é incorreta, pois a elite agrária brasileira que apoiara D. Pedro I na
Independência era mais conservadora do que liberal, havendo alguns liberais, mas o número de
conservadores era maior.
(VAZ, 2013; SOUSA, 2019).
Gabarito: A

34. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Observe o mapa.

O mapa e o conhecimento histórico permitem afirmar que a Revolução Pernambucana de


1817 reveste-se de grande importância, pois, entre outras razões,
A) defendia que a transposição para o Brasil dos princípios socialistas de liberdade e
igualdade implicava na demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesava
sobre os escravos negros.
B) foi uma revolta armada, de caráter liberal, que conseguiu se expandir por várias províncias
e buscou apoio internacional dos Estados Unidos e da Inglaterra.
C) é considerada a mais expressiva revolta na história da colônia, bem como a mais ampla,
ousada e profunda, uma vez que propunha o rompimento dos laços com Portugal e
Inglaterra.

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D) reduziu a escombros não só o sistema colonial, mas também a escravidão, o sistema


latifundiário e a economia agroexportadora, permitindo a passagem do Brasil da condição de
colônia à de nação independente.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois não é correto afirmar que houve uma influência do socialismo na
Revolução Pernambucano, que na verdade se inspirou mais nos princípios das Revoluções
Americana e Francesa. Além disso, apesar de ser um movimento de caráter liberal, quem se
beneficiou foi muito mais a elite local, não sendo correto afirmar que defendiam o fim da opressão
do trabalho escravo, já que havia nesse movimento a participação de grandes proprietários que
eram contrários à abolição.
A alternativa B é a resposta certa, pois de fato a Revolução Pernambucana foi uma revolta armada,
de caráter liberal, que conseguiu se expandir por várias províncias e buscou apoio internacional
dos Estados Unidos e da Inglaterra. Em maio de 1817, Antônio Gonçalves da Cruz, o Cruz Cabugá,
desembarcou na Filadélfia (EUA) com aproximadamente 800 mil dólares (em valores da época) na
bagagem, com a missão de comprar armas para combater as tropas de Dom João VI e convencer o
governo americano a apoiar a criação de uma república independente no Nordeste brasileiro.
A alternativa C é incorreta, uma vez que o movimento social pernambucano tinha como objetivo
principal a conquista da Independência em relação a Portugal. Queriam implantar um regime
republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.
A alternativa D é incorreta, de modo que a manutenção do trabalho escravo não foi contestada,
mesmo se tratando de um movimento de caráter liberal, bem como manter o sistema latifundiário
e a economia agroexportadora.
(VAZ, 2013; SILVA, 2019).
Gabarito: B

35. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Leia o texto abaixo:
Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país
com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do
império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se
reconhecesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de
continuidade entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre
o Brasil e a sua gente.
(Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)

O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil
como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela

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A) intervenção política de grupos populares, sobretudo nas áreas distantes dos centros
urbanos, voltada para sua legitimação e a imposição de uma ordem social baseada na
tradição europeia.
B) adoção de um projeto de civilização pactuado entre os diversos grupos sociais do país, que
tinha por base a mescla das culturas americana e europeia.
C) formação de um corpo social marcado pela ausência da cidadania e a exclusão de grande
parte da população, em especial negros, dos quais se esperava comportamento passivo e
amorfo.
D) presença vitoriosa no cenário político de grupos até então excluídos e mobilizados em
torno de líderes populares, contrários à ordem social excludente defendida pelas elites.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois o processo da Independência do Brasil foi arquitetado pela elite
brasileira que gravitava em torno da corte, de modo que grupos populares pouco ou quase nada se
envolveram, senão nas guerras da independência, como na Bahia.
A alternativa B também é incorreta, ao passo que se pode dizer que houve um projeto de
civilização pactuado entre os diversos grupos sociais do país, pois se houve um projeto de
civilização ele foi estabelecido de cima para baixo, definindo como modelo o padrão europeu.
A alternativa C está correta, uma vez que a Independência do Brasil não garantiu a formação da
cidadania nacional, não havia um corpo social que de fato garantisse a sustentação da nova Nação,
senão a elite agrária. A grande maioria da população era de desclassificados, isto é, pobres livres e
escravos. Estes eram marginalizados e o conceito de cidadania sequer se aplicava a eles.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que a Independência do Brasil não alterou a
composição social da Nação, continuando a realizar o modelo político-econômico baseado no
trinômio: latifúndio, escravidão e monocultura.
(LIMA, 2015).
Gabarito: C

(CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como
parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel
do século XVIII, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

36.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.
Comentários

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A afirmativa está correta. Em Sete de Setembro de 1822, quando o Príncipe Regente, D. Pedro, deu
seu grito de guerra, “Independência ou Morte”, marcou-se o rompimento com Portugal,
resultando na Guerra de Independência, em âmbito nacional. A Guerra já havia começado na
Bahia, em 25 de junho daquele ano, com vitória baiana. Não se sabe exatamente o que foi dito
pelo Príncipe, na área do Ipiranga, em complemento ao seu grito de guerra. Os relatos são
contraditórios e publicados muito depois. Não houve ali uma "proclamação de independência",
como querem alguns autores, mas não há dúvidas que foi naquele momento que o Príncipe avisou
que lutaria por ela. Segundo uma das versões de quem presenciou o momento, o Príncipe teria
dito, com a espada em punho: "Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a
liberdade do Brasil." Outras versões de seu discurso no Ipiranga, publicadas posteriormente, foram
editadas para engrandecer o momento. Mas a verdade é que o Brasil já estava dividido antes do
Sete de Setembro. A luta armada no Recôncavo Baiano, o principal campo de batalha, havia
começado em fevereiro de 1822. Piauí, Ceará, Maranhão e a Província Cisplatina, também
registraram conflitos e luta armada até 1823.
(VAZ, 2013; BACELAR, 2019).
Gabarito: Certo

37.
A transferência da Corte portuguesa para a América foi proposta em crises anteriores à de
1807. Seus defensores consideravam a fragilidade de Portugal em meio às disputas entre as
potências europeias, marcadamente entre França e Inglaterra, e a importância das
possessões coloniais para a manutenção da Coroa portuguesa. Entre os proponentes dessa
ideia, encontrava-se o padre Antônio Vieira, ainda no século XVII.
Comentários
A afirmativa está correta. O plano de transferência da família real e da corte de nobres
portugueses para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar
a um invasor fosse inútil na metrópole, já havia sido anteriormente cogitado durante a crise de
sucessão de 1580, ante o avanço dos tercios do duque de Alba, D. António I terá sido aconselhado
a buscar um refúgio além-Atlântico; e no contexto da Restauração da Independência (1640),
quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira
apontou ideia semelhante a D. João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império.
(VAZ, 2013; WIKIPÉDIA, 2019).
Gabarito: Certo

(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por
fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.

38.

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A determinação para que se procedesse à abertura dos portos brasileiros às nações amigas,
em 1808, foi uma das medidas tomadas pela Inglaterra com o objetivo de favorecer o
desenvolvimento de práticas e de instituições liberais no Brasil.
Comentários
A afirmativa está errada, uma vez que a Abertura dos Portos em 1808 foi uma determinação da
corte portuguesa ao chegar ao Brasil. Foi um tratado econômico assinado entre Portugal e
Inglaterra no contexto das Guerras Napoleônicas. Este se caracterizou pela possibilidade das
colônias portuguesas, na América, estabelecerem relações comerciais com outras nações
europeias. Este tratado pôs fim ao Pacto Colonial, isto é, a exclusividade portuguesa de ser a única
nação europeia a manter relações comerciais com os Estados do Brasil e Maranhão. Em certo
sentido, o Pacto Colonial se constituía como a base da condição de colônia daqueles Estados.
Alguns estudiosos consideram que a Abertura dos Portos foi o primeiro passo do processo de
Independência do Brasil em 1822.
(FERNANDES, 2019).
Gabarito: Errado

39.
Movimentos de revolta restritos ao ambiente regional, a Inconfidência Mineira, a Conjuração
dos Alfaiates, na Bahia, e a Revolução Pernambucana de 1817 não visavam à emancipação de
todo o território brasileiro.
Comentários
A afirmativa está correta. Os mais importantes movimentos revoltosos do século XVIII foram a
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, as quais possuíam, além do caráter econômico, uma
clara conotação política. A Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, em Vila Rica, foi liderada por
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia,
entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma República. A Conjuração Baiana,
também chamada Revolução dos Alfaiates, devido à participação de grande número de elementos
das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos), ocorrida em 1798, tinha ideias
bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram
executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento de caráter republicano e
separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817. De fato, esses movimentos
emancipatórios não tinham como objetivo um projeto de independência nacional, mas apenas
regional.
(VAZ, 2013; HISTÓRIA, 2019).
Gabarito: Certo

40.
Ao promoverem a industrialização de Portugal, as reformas pombalinas atingiram os
interesses da elite mercantil brasileira, cujos ganhos estavam relacionados à importação de
manufaturados da Inglaterra.

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Comentários
A afirmativa é falsa, pois de acordo com o Pacto Colonial a América Portuguesa só podia importar
manufaturas da metrópole, visando garantir o sistema mercantilista, que objetivava a conquista do
capital necessário para sua passagem à industrialização. Contudo, era a Inglaterra que se
beneficiava do modelo português, de modo que os lucros coloniais de Portugal eram destinados ao
consumo dos produtos industrializados ingleses, seguindo o modelo de exploração e consumo.
Portugal se beneficiava com os lucros obtidos nas colônias, mas sem investir na industrialização,
apenas consumindo o que se produzia na Inglaterra. Enquanto que no Brasil não era permitido a
produção manufaturada, podendo comercializar apenas com a metrópole portuguesa. Com isso,
Portugal acaba por se tornar um país dependente das riquezas das colônias, mas com recursos
finitos, avizinhado pela pobreza por causa da falta de investimentos estratégicos. Só na segunda
metade do século XVIII, quando o Marquês de Pombal assume o cargo de ministro real, que se
inicia uma tentativa de transformação dessa situação, o que ficou conhecido como “Reformas
Pombalinas”.
Gabarito: Errado

41. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - História)


Menos discutível é a relação entre as revoluções de independência e os sintomas de
descontentamento manifestados em algumas cidades da América Latina, a partir das décadas
finais do século XVIII. É indubitável que do México a Bogotá, onde, em 1794, Antonio Nariño
começava a sua carreira revolucionária traduzindo a Declaração dos Direitos do Homem; a
Santiago do Chile, onde em 1790 era descoberta uma “conspiração dos franceses”; a Buenos
Aires, onde, quase nessa mesma época, outros franceses parecem ter conseguido despertar
em alguns escravos a esperança de uma libertação próxima graças a uma revolução
republicana; ao Brasil, onde em Minas Gerais, no ano de 1789, é descoberta e reprimida uma
manifestação de atividade conspirativa secessionista e republicana; nas mais variadas
localidades da América Latina existem claros sintomas de uma nova inquietação.
HalperinDonghi. História da América Latina. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 66 (com
adaptações)

Tendo o texto como referência inicial e considerando o processo de independência das


colônias ibéricas na América, julgue o item que se segue.
O processo de independência latino-americana, incluindo-se a brasileira, inscreve-se no
quadro mais geral da crise do Antigo Regime europeu, ainda que fatores internos tenham
exercido importante papel para a emancipação das colônias.
Comentários
A afirmativa é correta, pois de fato o absolutismo do Antigo Regime europeu estava em decline,
enfrentando colapsos internos e contradições estruturais, vindo a se desestabilizar definitivamente
com a ascensão da burguesia comercial. A América se integrou ao quadro do capitalismo em pleno
desenvolvimento na Europa, a partir da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Os
acontecimentos que sacudiram o continente europeu, isto é, a luta pela liberdade política e

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econômica, repercutiram intensamente na América. Além disso, vale lembrar que um dos duros
golpes contra o Antigo Regime foi a declaração da independência pelos Estados Unidos, em finais
do século XVIII. Esses fenômenos fizeram com que, nas primeiras décadas do século XIX, as
colônias latino-americanas iniciassem a luta contra o domínio europeu e originassem nações
independentes. Todavia, a independência política das nações latino-americanas não significou
independência econômica. Mesmo após se tornar independente, a América Latina permanecia
economicamente dependente, inicialmente, da Inglaterra e, posteriormente, dos Estados Unidos.
Assim, o processo de emancipação latino-americano, inclusive o do Brasil, deve ser entendido no
quadro mais amplo da crise do Antigo Regime, absolutista e mercantilista, e da crise do Antigo
Sistema Colonial, com a ascensão da ideologia capitalista e burguesa. As mudanças em curso na
Europa desde meados do século XVIII encontraram na América Espanhola e Portuguesa terreno
fértil à sua proliferação.
(VAZ, 2013; EDUCABRAS, 2018).
Gabarito: Certo

42. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor - História)


Com relação à ida da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, julgue os itens
subsecutivos.
Para muitos historiadores, o fim do período colonial brasileiro ocorreu em 1808, quando da
chegada da família real ao Rio de Janeiro. No entanto, a opção pela independência formal do
Brasil passou a ser abertamente discutida apenas em 1820, com a Revolução do Porto.
Comentários
A afirmativa é incorreta, pois durante o período colonial brasileiro houve muitos movimentos
emancipacionistas, que mesmo não tendo uma amplitude nacional eram contrários à exploração
metropolitana. Nesse sentido, pode-se dizer ainda que a Revolução do Porto se caracterizou por
um processo de reestabelecimento da capital administrativa do Império em Portugal, pressionando
a pressão pelo retorno da Família Real à Lisboa e instauração de um novo governo de caráter
liberal e, especialmente, pela tentativa dos deputados portugueses em recolonizar o Brasil,
fazendo valer novamente o Pacto Colonial. No entanto, as pressões exercidas em Portugal de fato
concorreram para um movimento que impulsionou o processo de Independência do Brasil em
1822.
(FERNANDES, 2019).
Gabarito: Errado

43. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio — História)


Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do
continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com
a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de
ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a
maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram

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fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o


ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e
econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa “República”, dando origem à Era Vargas
(1930-1945).
Acerca desse período da História do Brasil, julgue o item.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na prática antecipou a
independência, especialmente por ter determinado o fim do monopólio do comércio,
característica essencial da colonização mercantilista.
Comentários
A afirmativa está correta, pois de fato a transferência da Corte portuguesa para sua maior colônia,
o Brasil, trouxe novos desafios para o Rei e profundas consequências para o sistema colonial
português. A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial
português sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos com o Pacto
Colonial. Essa medida afetou a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país,
favorável ao restabelecimento da ordem anterior. A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série
de privilégios que possuía até então como integrante da Corte portuguesa - agora, não mais em
Lisboa, mas, sim, no Rio de Janeiro. O cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar
com a suposta prosperidade e importância do Brasil.
(ANGELO, 2019).
Gabarito: Certo

44. (Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - História)


O desenvolvimento da historiografia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite
novos olhares sobre o passado protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se
estudos que lançam luz sobre a trajetória do País, da colônia aos dias atuais. Da
independência, em 1822, passando pela implantação da República, em 1889, ao cenário
presente, a história brasileira é marcada por avanços e recuos, enfrentando percalços e se
mostrando ainda inconclusa em relação à construção da cidadania. Relativamente à história
contemporânea, da produção do conhecimento histórico a alguns dos mais marcantes fatos
ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
Ainda que tenha sido conduzida por setores da elite colonial, a independência do Brasil
motivou muitos brasileiros a assumirem a causa da emancipação nacional: levantes populares
ocorreram em vários pontos do País, a exemplo do Pará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia.
Comentários
A afirmativa está correta. Diferente do que muitos acreditam, a independência do Brasil não foi
pacífica. Com a declaração da independência, uma série de regiões no Brasil demonstrou sua
insatisfação e rebelou-se contra o processo de independência. Eram movimentos não adesistas,
isto é, movimentos que eclodiram nas províncias que não aderiram ao processo de independência
e que se mantiveram leais a Portugal. Os grandes centros da resistência contra a independência do
Brasil aconteceram nas seguintes províncias: Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina (atual

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Uruguai). Aconteceram campanhas militares nessas localidades e os combates contra as forças que
não aderiram à independência estenderam-se até 1824. A Independência do Brasil favoreceu
grandes proprietários de terras e grandes comerciantes locais. A separação tinha como objetivo
preservar a liberdade de comércio e a autonomia administrativa do país, porém o restante da
população ficou na mesma situação e a escravidão continuava. Durante 1822, contudo, os
habitantes do Brasil tomaram partido nos eventos políticos que se desenrolaram no Rio de Janeiro
e em Lisboa.
(NEVES, 2019).
Gabarito: Certo

45. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco)


O Brasil foi incorporado à história mundial em decorrência do processo de expansão
comercial e marítima europeia dos séculos XV e XVI. Grande foi o impacto da colonização
sobre as populações autóctones, mas o que se define como povo brasileiro resultou da
mistura, desde a colonização, entre os mais diversos grupos étnicos e culturais, a exemplo de
indígenas, africanos, europeus e, mais tarde, asiáticos. Em geral, os padrões que definiram a
colonização atendiam aos interesses do nascente capitalismo mercantil europeu e ao próprio
dinamismo interno da economia colonial. Nas primeiras décadas do século XIX, em plena era
revolucionária que convulsionava o Velho Mundo, a colônia emancipou-se de sua metrópole.
A respeito desses aspectos que marcaram os primeiros séculos da história brasileira, julgue o
item seguinte.

Mais que gesto meramente simbólico, o grito do Ipiranga, proclamado a sete de setembro de
1822, anunciou o nascimento do Estado nacional brasileiro, que rompeu com as estruturas
básicas sobre as quais se assentaram mais de três séculos de colonização estruturada no
latifúndio, na monocultura e na escravidão.
Comentários
É falso dizer que a Independência do Brasil rompeu com as estruturas básicas sobre as quais se
assentaram a colonização portuguesa. Na verdade, em 1822 o Brasil se tornava independente, mas
o tráfico de escravos e a escravidão continuavam, pois nada mudara na ordem social. Enquanto
isso, já havia pressões pelo fim do tráfico de escravos na Europa, sobretudo na Inglaterra. E mesmo
Portugal, que já havia abolido a escravidão na metrópole desde 1761, sendo o país pioneiro da
Europa. Mas o Brasil, mesmo após a Independência, manteve o sistema da plantation como o
trinômio: escravo, latifúndio e monocultura. Por certo, o processo de emancipação brasileiro foi o
resultado mais de uma negociação das elites políticas do que propriamente de tensões sociais ou
revoltas, portanto, a continuidade das práticas sociais, políticas e econômicas.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Errado

46. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio)

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Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do


continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com
a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de
ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a
maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram
fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o
ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e
econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa “República”, dando origem à Era Vargas
(1930-1945).
Acerca desse período da História do Brasil, julgue o item .

O Império teve uma única Constituição, a de 1824, outorgada por D. Pedro I, que instituiu um
Estado unitário no Brasil.
Comentários
De fato, a primeiro Constituição nacional, outorgada em 25 de março de 1824 por D. Pedro I,
prevaleceu durante todo o período imperial, surgindo no primeiro Império (1822-1831), passando
pelas regências (1831-1840) e o segundo reinado (1840-1889), quando conheceu seu fim com a
Proclamação da República. A Constituição de 1824 instalava a um governo monárquico,
hereditário, constitucional e representativo. Além dos três Poderes – Legislativo, Judiciário e
Executivo –, havia ainda o Poder Moderador.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2005).
Gabarito: Certo

47. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Diferentemente das demais colônias americanas, o Brasil adotou o regime monárquico ao
proclamar sua emancipação política. Sob o comando de D. Pedro I, o Primeiro Reinado (1822-
1831) foi marcado por graves crises políticas, que culminaram na abdicação do imperador.
Seguiu-se o período regencial (1831-1840), por muitos considerado uma experiência
republicana, assinalado pela eclosão de movimentos armados em vários pontos do país. A
antecipação da maioridade de D. Pedro II (o chamado Golpe da Maioridade) deu início ao
Segundo Reinado (1840-1889), o qual foi derrubado por um golpe militar que instaurou a
República.
A respeito da trajetória histórica brasileira ao longo do século XIX, julgue (C ou E) o item
subsequente.

As elites brasileiras que assumiram o poder em 1822 organizaram um sistema político com
eleições indiretas, baseadas no voto censitário, excluindo a grande maioria da população do
processo eleitoral; a criação da Guarda Nacional veio propiciar às classes proprietárias a força
policial necessária à manutenção do poder local.
Comentários

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É correto o que diz a afirmativa. De fato, a emancipação política brasileira foi marcada pela
continuidade entre a monarquia portuguesa e a brasileira, especialmente porque as elites
brasileiras que assumiram o poder em 1822 preservaram seus interesses e quiseram manter a
forma estruturante que se segui por séculos na Colônia. O “novo” sistema político era organizado
por eleições indiretas e censitário, com o voto restrito aos homens livres e proprietários e
subordinado a seu nível de renda. O fato é que a Independência não só rompia Colônia e
Metrópole, mas também afirmava uma nova classe dirigente, que eram os grandes proprietários
de escravos. Para tanto, a Guarda Nacional, criada em 1831, surgiu com o propósito de defender
os interesses das forças políticas brasileiras, guardar a Constituição, a integridade, a liberdade e a
independência do Império do Brasil. Além disso, pelo poder a ela concedido, seus membros
deveriam firmar o compromisso de sedimentar a tranquilidade e a ordem pública.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2005; VAZ, 2013; SOUZA, 2019).
Gabarito: Certo

48. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Diferentemente das demais colônias americanas, o Brasil adotou o regime monárquico ao
proclamar sua emancipação política. Sob o comando de D. Pedro I, o Primeiro Reinado (1822-
1831) foi marcado por graves crises políticas, que culminaram na abdicação do imperador.
Seguiu-se o período regencial (1831-1840), por muitos considerado uma experiência
republicana, assinalado pela eclosão de movimentos armados em vários pontos do país. A
antecipação da maioridade de D. Pedro II (o chamado Golpe da Maioridade) deu início ao
Segundo Reinado (1840-1889), o qual foi derrubado por um golpe militar que instaurou a
República.
A respeito da trajetória histórica brasileira ao longo do século XIX, julgue (C ou E) o item
subsequente.

Após a abdicação de D. Pedro I, liberais radicais se insurgiram em vários pontos do país contra
os grupos no poder: ressentindo-se da extrema centralização política, alguns defendiam o
modelo federativo, outros propunham a abolição gradual da escravidão e, ainda, havia os que
pleiteavam a nacionalização do comércio.
Comentários
É correto o que diz a afirmativa, pois o Brasil tornara-se independente sob um governo
monárquico e tinha um soberano português. O que era diferente dos países vizinhos, que
adotaram o regime republicano. A criação da monarquia representou a vitória dos grupos políticos
mais conservadores, que defendiam a manutenção da ordem social e política vigente, garantidas
pela autoridade do imperador. Os liberais, de outro lado, viam a solução republicana como o
significado de mais participação popular, extensão do direito ao voto e até a possibilidade de
mudanças sociais, como a abolição da escravatura. Após a abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril
de 1831, foi instaurado um regime regencial, cujo poder foi transferido para três regentes,
conforme estabelecido na Constituição de 1824, pois o filho de D. Pedro I era apenas uma criança
de 5 anos de idade, devendo aguardar a maioridade para assumir o trono brasileiro. Nesse

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contexto, muitas revoltas ocorreram por todo o país durante o período regencial. As revoltas
tiveram causas relacionadas a problemas políticos e sociais específicos das regiões onde
ocorreram, mas também refletiram as lutas por maior participação política. O centro de poder
estava muito distante das províncias, e entender o intricado jogo político era difícil e inacessível
para a maior parte da população. As revoltas foram violentas e ameaçavam a unidade do Império.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Certo

(CESPE - 2014 - SEE-DF)


No Brasil, as duas aspirações - a da independência e a da unidade -- não nasceram juntas e,
por longo tempo ainda, não caminharam de mãos dadas. As sublevações e as conjunturas
nativistas são invariavelmente manifestações desconexas da antipatia que, desde o século
XVI, opõe o português da Europa e o do Novo Mundo. E mesmo onde se aguça a antipatia,
chegando a tomar colorido sedicioso, com a influência dos princípios franceses ou do
exemplo da América inglesa, nada prova que tenda a superar os simples âmbitos regionais.
Sérgio Buarque de Holanda. A herança colonial - sua desagregação. In: História Geral
da Civilização Brasileira. Tomo II, O Brasil Monárquico. 1.º volume, O processo da
Emancipação. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, p. 9 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto acima e o processo histórico ao qual se refere, julgue os


itens que se seguem.

49.
O autor defende o argumento de que o processo de separação política do Brasil, ocorrido em
1822, não foi um movimento marcado por um sentimento nacional unificado.
Comentários
A interpretação acerca do fragmento citado é correta, pois de fato é possível dizer que a
Independência do Brasil em 1822 foi um projeto arquitetado pelas elites, muitas delas ligadas ao
antigo sistema colonial e mesmo que havia muitos portugueses entre os arquitetos da
Independência. Ora, o fato é que o sentimento nacionalista era algo pouco concreto e, se existia,
era discreto e prematuro. A questão ressaltada é que a Independência do Brasil não foi um
movimento impulsionado pelo sentimento de ser brasileiro, uma vez que não havia algo que fosse
capaz de unificar o imaginário nacionalista de norte a sul do Brasil, até mesmo por causa da
vastidão do território, mas talvez mais por causa da falta de produtos culturais específicos que
fossem capazes de tecer um imaginário nacional para a comunidade brasileira. Um fato que atesta
isso é a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1838, com o intuito de
produzir uma historiografia brasileira que fosse capaz de perpassar o imaginário dos brasileiros e
criar um sentimento nacionalista, pois este não havia, e que permitisse a um nortista se dizer
brasileiro tanto quanto um carioca que transitava próximo à Quinta da Boa Vista e via hasteada a
bandeira imperial.

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Gabarito: Certo

50.
A primeira constituição brasileira foi outorgada pelo imperador D. Pedro I em 1824 e vigorou
até o final do período imperial, tendo sido seu texto original aprovado integralmente pela
Assembleia Constituinte de 1823.
Comentários
O que diz a afirmação é falso, uma vez que o projeto inicial apresentado pela Assembleia
Constituinte, que foi redigido por Antônio Carlos de Andrade e Silva, irmão de José Bonifácio, foi
rejeitado por D. Pedro I, que acabou por dissolver a própria Assembleia Constituinte. Em seguida, o
Imperador reuniu um Conselho de Estado formado por dez pessoas de sua confiança, que elaborou
a primeira Constituição do Brasil, sendo outorgada pelo Imperador em 1824.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Errado

51. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor)


No que diz respeito ao império brasileiro, julgue os próximos itens.

Os engenhos de açúcar do atual nordeste brasileiro não superaram a crise que lhes atingiu
em meados do século XIX, apesar da abundância de crédito e da política governamental de
estímulo à atividade econômica açucareira.
Comentários
A afirmação é falsa, de modo que a economia açucareira começou a entrar em crise na segunda
metade do século XVII, com a expulsão dos holandeses do nordeste brasileiro. Empreendedores
holandeses foram para a região das Antilhas produzir açúcar. Os holandeses se tornaram um forte
concorrente, pois vendiam o açúcar mais barato na Europa, além de controlarem o transporte e
comércio do produto. Desta forma, os holandeses conquistaram o mercado consumidor europeu,
iniciando uma forte crise na economia açucareira no Brasil. A crise se acentuou ainda mais em
meados do século XVIII, período em que a economia brasileira passou a se voltar para o ouro da
região das Minas Gerais. A região Sudeste passou a atrair investimentos, a capital foi transferida de
Salvador para o Rio de Janeiro e o Ciclo do Açúcar avistou seu fim.
(VAZ, 2013; FELINI, 2019).
Gabarito: Errado

(CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Quando o Brasil se tornou independente, em 1822, a elite política brasileira optou por uma
monarquia representativa como forma de governo, de acordo com o modelo francês da
época.

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A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, continha todos os direitos civis e políticos
reconhecidos nos países europeus.
Afastava-se do sistema inglês pela adoção do Poder Moderador, que dava ao imperador
grande controle no ministério.
José Murilo de Carvalho. Fundamentos da política e da sociedade brasileiras. In: Lúcia Avelar
e Antônio Octávio Cintra (Orgs.). Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro:
Fundação Konrad-Adenauer-Stiftung; São Paulo: Fundação UNESP Ed., 2004, p. 27-8 (com
adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos
a aspectos marcantes do quadro político brasileiro nas décadas iniciais do período
monárquico.

52.
A crise política dos primeiros tempos do Brasil independente teve sua expressão máxima na
dissolução da Assembleia Constituinte, razão pela qual a Constituição de 1824, outorgada,
afastava-se do contexto histórico da época ao não incorporar elementos da nova ordem
política nascida dos movimentos revolucionários liberais burgueses.
Comentários
A afirmação é falsa, pois os termos da Constituição Brasileira outorgada por D. Pedro I em 1824
não diferiam muito do projeto apresentado por Antônio Carlos de Andrada e Silva na Assembleia
Constituinte, a não ser pela introdução do Poder Moderador, que dava ao imperador total controle
sobre os demais Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O Poder Legislativo era constituído
pelo Sanado, formado por senadores escolhidos pelo imperador em uma lista tríplice de pessoas
eleitas nas Províncias e com mandato vitalício, e pela Câmara dos Deputados, com mandato
temporário. As eleições mantiveram-se indiretas e censitárias, com voto restrito aos homens livres
e proprietários e subordinado a seu nível de renda.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: Errado

53.
Criação brasileira e sem fundamentação teórica consistente, o Poder Moderador acabou por
ser responsável direto pelas crises políticas que, recorrentes em todo o Primeiro Reinado,
acabaram por levar D. Pedro I à abdicação.
Comentários
O que se afirma é incorreto, pois a ideia de um Poder Moderador se encontra delineada de sua
forma definitiva na obra do francês Benjamin Constant, “Princípios Políticos”, publicada em 1814.
A grande preocupação de Constant era com a estabilidade do poder. Constant afirmava que
apenas a aceitação de limitação da soberania popular poderia impedir o desrespeito aos direitos

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fundamentais. O Poder Moderador teria aí o papel fundamental de impedir que os outros três
poderes, entrando em choque, levassem uns aos outros de vencida, assegurando a estabilidade do
Estado liberal e os direitos civis e políticos dos cidadãos. E o que de fato levou à abdicação de D.
Pedro I em 1831 foi a sua impopularidade, por causa da sua postura absolutista em dissolver a
Assembleia Constituinte em 1824 e a reação violenta à Conferência do Equador no mesmo ano.
Seguindo a isso, uma série de problemas agravaram a sua impopularidade, como por exemplo a
morte de seu pai, D. João VI, em 1826 e a herança direta do trono português, a derrota na Guerra
Cisplatina em 1828 e sobretudo o forte sentimento antilusitano. A imprensa também não poupava
críticas a D. Pedro I. O jornalista Líbero Badaró foi o principal opositor na imprensa e acabou
assassinado em São Paulo. Na ocasião, D. Pedro I viajava para Minas Gerais e ao chegar na capital
Ouro Preto deparou-se com portas e janelas fechadas ostentando panos pretos e o soar de sinos
em sinal de luto. Assim, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de
seu filho de 5 anos, Pedro de Alcântara. Após a abdicação, retornou a Portugal.
(LYNCH, 2010; VAZ, 2013).
Gabarito: Errado

54. (CESPE - 2012 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


No Brasil, o processo interno da independência e os problemas internacionais suscitados
apresentam mais pontos divergentes que semelhantes em relação ao restante da América
Latina. Um século antes da Sociedade das Nações, primeira tentativa de conferir
institucionalidade formal ao sistema internacional, a aceitação de um ator recém-
independente no cenário mundial dependia, em última instância, do reconhecimento da
legitimidade do novo participante pelas grandes potências.
Rubens Ricupero. O Brasil no mundo. In: Lilia Moritz Schwarcz (dir.) História do Brasil nação:
1808-2010, v.1. Madri: Fundación Mapfre; Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, p. 139 (com
adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o contexto histórico da


Independência do Brasil bem como aspectos marcantes do Primeiro Reinado (1822-1831),
julgue (C ou E) o item que se segue.

O trecho final do texto sugere que o reconhecimento do Estado nacional brasileiro pelos
Estados Unidos da América (EUA) era condição essencial para que outras potências também o
fizessem, devido à relevância de Washington no jogo de poder mundial e à amplitude de sua
ação internacional na primeira metade do século XIX.
Comentários
A interpretação do trecho citado é incorreta, pois não se pode dizer que na primeira metade do
século XIX os EUA eram uma das grandes potências mundiais. Mas, em todo caso, vale dizer o
governo dos EUA foi o primeiro a reconhecer a Independência do Brasil, no contexto da doutrina
Monroe, que defendia a autonomia das recém-formadas nações Americanas. Depois, o governo da

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Inglaterra reconheceu a Independência brasileira em 1825, sendo que na época o Brasil


representava o terceiro maior mercado externo para os produtos ingleses.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Errado

55. (CESPE - 2005 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Império brasileiro realizara uma engenhosa
combinação de elementos importados. Na organização política,
inspirava-se no constitucionalismo inglês, via Benjamin
Constant. Bem ou mal, a monarquia brasileira ensaiou um
governo de gabinete com partidos nacionais, eleições, imprensa
livre. Em matéria administrativa, a inspiração veio de Portugal
e da França, pois eram estes dois países os que mais se
aproximavam da política centralizante do Império. O direito
administrativo francês era particularmente atraente para o viés
estatista dos políticos imperiais. Por fim, até mesmo certas
fórmulas anglo-americanas, como a justiça de paz, o júri, e uma
limitada descentralização provincial, serviam de referência
quando o peso centralizante provocava reações mais fortes.
Tratava-se, antes de tudo, de garantir a sobrevivência da
unidade política do País, de organizar um governo que
mantivesse a união das províncias e a ordem social.
José Murilo de Carvalho. Pontos e bordados – escritos de história epolítica. Belo Horizonte:
UFMG, 1998, p. 90-1 (com adaptações).

Acerca da história do Brasil monárquico, julgue os itensseguintes, tendo o texto acima como
referência inicial.
As “reações mais fortes” ao peso centralizante do Estado brasileiro, a que o texto alude,
podem ser exemplificadas pela Confederação do Equador (1824) e pela Revolução
Farroupilha (1835-1845).
Comentários
A afirmação é correta, pois ambos os movimentos tentaram romper com o sistema imperial e
fundar uma República independente. A Confederação do Equador ocorreu na província de
Pernambuco, em reação à Constituição de 1824, pois os republicanos não aceitavam o país
autoritário e centralizador que estava surgindo sob as mãos de D. Pedro I. Já a Revolução
Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845, liderada por estancieiros produtores
de carne-seca vendidas a outras partes do país, pois se sentiam prejudicados pela política
econômica do governo imperial, que cobrava altos impostos sobre a produção local, tornando o
charque gaúcho mais caro do que o produto uruguaio e argentino. Os mais radicais queriam criar
uma República sem depender do restante do Império. Ambos os movimentos, porém, foram
suprimidos pelas forças imperiais, mas exerceram forte resistência, deixando um saldo de

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inúmeras mortes.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Certo
56. (PUC RJ 2015)
Analise as afirmativas abaixo que apresentam acontecimentos referidos à política da Corte
portuguesa durante sua permanência no Brasil entre 1808 e 1821.
I. Como expressão da relação de poder assimétrica entre os soberanos britânico e português,
os tratados de 1810 impunham ao governo de D. João no Rio de Janeiro, entre outras
decisões, a limitação do tráfico negreiro intercontinental às colônias de Portugal na África e o
compromisso de abolir gradualmente o trabalho escravo na América portuguesa.
II. A criação do primeiro Banco do Brasil, da Impressão Régia, da Escola de Medicina, das
Academias Militar e de Marinha, do Real Horto, da Real Biblioteca e inúmeras outras
medidas, assim como a conquista da Guiana Francesa e a ocupação da Banda Oriental,
revelavam o projeto político da Corte joanina de “criar um novo império” na América, tendo
como sede a cidade do Rio de Janeiro.
III. Ao revogar o alvará de 1785 que proibia qualquer atividade manufatureira na colônia
americana, com exceção da fabricação de panos grossos para a vestimenta dos escravos, o
Príncipe-Regente D. João propiciou o surgimento de inúmeros estabelecimentos fabris em
diferentes pontos do Reino do Brasil, deflagrando o primeiro grande surto industrial do país,
apesar da permanência do trabalho escravo.
IV. A Revolução Pernambucana de 1817 teve como uma de suas motivações a reação aos
privilégios concedidos por D. João aos comerciantes, burocratas e proprietários de escravos e
terras do Rio de Janeiro e áreas próximas, o que lhes possibilitara prosperar, acumular poder
e ganhar prestígio. Para os revolucionários de 1817, o Rio de Janeiro se transformara em uma
“nova Lisboa”, dominada por “portugueses” que oprimiam os “brasileiros” de outras partes
do Reino do Brasil.

Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
E) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
Comentários
A afirmativa [III] está incorreta porque a revogação do alvará de 1785 não proporcionou o primeiro
surto fabril do Brasil, uma vez que, devido à concorrência britânica, poucas unidades fabris foram
abertas na Colônia.
Gabarito: E

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57. (G1 – CFT MG 2013)


Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, não só os portos se abriram para as
Nações Amigas, mas também as portas para a entrada de estrangeiros. [...] Comerciantes,
especialmente ingleses, artistas franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas de
várias regiões do Velho Mundo, têm permissão de estudar o que o país desconhecido parecia
prometer em novidades. Esses visitantes serão autores de um novo descobrimento do Brasil
[...].
LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e civilização na Viagem
pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.

O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo descobrimento do Brasil” porque
eles teriam
A) denunciado a condição degradante dos indígenas da América, dada a expropriação de suas
terras.
B) apontado a necessidade de emancipação política brasileira frente aos interesses
colonialistas de Portugal.
C) influenciado as práticas agrícolas brasileiras por compartilharem tecnologias
modernizantes dos Estados Unidos.
D) divulgado as informações sobre o país ao transformarem suas anotações de viagens em
relatos publicados na Europa.
Comentários
Diversos viajantes vieram para o Brasil após 1808, acompanhando ou seguindo a Família Real
portuguesa. A maioria desses viajantes, como Antonil, Graham e Debret, transformou seus escritos
e anotações em livretos, que passaram a circular pela Europa, mostrando aos europeus como era o
Brasil daquela época.
Gabarito: D

58. (Vunesp 2013)


O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
A) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por
Portugal.
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
C) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de
Uruguai.
D) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo
central, no Rio de Janeiro.

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E) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder


constitucional do imperador.
Comentários
O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de
conflitos e denominado de “guerras de independência”. A cultura social foi marcada
historicamente pela ideia de que a Independência do Brasil foi pacífica, desprezando as lutas das
populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do norte (nordeste)
do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos, contrários à
Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários.
Gabarito: B

59. (Fuvest 2015)


Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias
de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é
correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
A) reforma e crise do Império Português na América.
B) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
C) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
D) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
E) Proclamação da República e instauração da Primeira República.
Comentários
A história do livro citado se passa no Rio de Janeiro do início do século XIX e a obra foi publicada,
em forma de folhetim, originalmente, na década de 1850. Logo, esse período de tempo engloba a
Independência do Brasil e a formação do Estado nacional brasileiro.
Gabarito: C

60. (Unicamp 2015)


Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária,
tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como
caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e
modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à
Metrópole (…).
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história
do período, é correto afirmar que:

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A) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808,


quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no
país.
B) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais,
expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
C) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que
expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
D) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à
atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos
negros.
Comentários
Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete à chegada do Romantismo ao Brasil. O
texto do escritor Antônio Cândido aponta para o desejo de autonomia literária brasileira nas
décadas de 1820 e 1830. Do ponto de vista político também havia o desejo do Brasil de buscar sua
emancipação política frente a metrópole portuguesa, o que ocorreu em setembro de 1822 com o
“Grito do Ipiranga”. No dia 7 de Abril de 1831 D. Pedro I abdicou ao trono: era o início do Período
Regencial que durou de 1831 até 1840. Neste contexto, consolidou-se a independência do Brasil
considerando que pela primeira vez o Brasil foi governado por brasileiros, e surgiu o Estado
Nacional Brasileiro através de uma gradativa substituição dos portugueses por brasileiros. Daí
havia uma necessidade de construir uma identidade nacional mostrando nossas particularidades
em relação às demais nações. Os autores do Romantismo foram importantes ao expressar
elementos da nossa “brasilidade tupiniquim”.
Gabarito: C

61. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:

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A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.
Comentários
A despeito da pressão inglesa para que ocorresse o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o mesmo
manteve-se em alta entre 1810 e 1830, o que contribuiu para a formação escravista da nossa
sociedade.

Gabarito: C

62. (G1 - IFBA 2016)


Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo,
onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado,
inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A
República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
Disponível em: <http:/www.historiamais.com/manifesto.htm>. Acesso em 20.09.2015.

A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:


A) ao despototismo de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.
B) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
C) à irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus
assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
Comentários

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A questão faz uma crítica ao poder moderador instituído na constituição brasileira de 1824. De
acordo com este poder, o imperador poderia interferir nas demais esferas de poder, ou seja, o
regime era uma monarquia constitucional, mas com uma fachada absolutista. Esta constituição foi
muito centralizadora desagradando às elites locais. No mesmo ano em que a carta foi outorgada,
ocorreu a Confederação do Equador em Pernambuco com caráter separatista e republicano.
Muitas críticas foram feitas a este documento como sugere o Manifesto Republicano de 1870.
Gabarito: B

63. (PUCRS 2016)


Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é
INCORRETOafirmar que
A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas
vendas externas de açúcar no mercado Europeu.
B) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção
aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil.
C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento
econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na
arrecadação de impostos.
D) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não
ocupava espaço significativo no comércio exterior do país.
E) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território
brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de
suas riquezas naturais.
Comentários
O Brasil viveu uma grave crise econômica Brasil durante o Primeiro Reinado, 1822-1831, por vários
motivos. O país não conseguia emplacar nenhum produto na pauta de exportação, embora tivesse
inúmeros produtos para exportar. O café ainda não possuía muita relevância na pauta de
exportação. D. Pedro I gastava muito com o financiamento de guerras como a Guerra de
Independência em 1823, a Confederação do Equador em 1824, a “Questão da Cisplatina” entre
outros. A Inglaterra não perdeu o interesse pelo Brasil, pois representava um mercado promissor.
A principal fonte de renda para o Brasil era através das tarifas alfandegárias. A queda na
exportação provocou desequilíbrio na balança comercial gerando a necessidade de fazer
empréstimos externos constantes comprometendo a renda alfandegária.
Gabarito: B

64. (G1 - IFSUL 2016)


A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão
do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam

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formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses


modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
Disponível em: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-abolicao-
escravatura.htm. Acesso em 21 set. 2015.

A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos,
tais como:
A) a falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o artístico.
B) a noção de escravo como um bem, o que exigia a indenização para os proprietários de
escravos.
C) a reação do proletariado urbano, pelo temor da concorrência da mão de obra escrava.
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro,
devido à mecanização da agricultura nordestina.
Comentários
A questão aponta para um grande debate que se estabeleceu no Brasil ao longo do século XIX. A
discussão era sobre a utilização da mão de obra escrava e o desenvolvimento econômico nacional.
Muitos intelectuais e políticos criticavam a escravidão associando-a ao atraso, porém entendiam a
relevância da escravidão para a economia do Brasil. O escravo era um bem, uma propriedade,
acabar com a escravidão poderia exigir indenização.
Gabarito: B

65. (ESPM 2016)


...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os homens,
quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme
Mota in História do Brasil: uma interpretação).

As palavras do Frei Caneca foram proferidas a propósito de crítica ao modelo autocrático-


imperial de Pedro I.
Assinale a alternativa que apresente a revolução republicana e separatista que eclodiu no
nordeste, ocorrida contra o governo de Pedro I:
A) Revolução Pernambucana de 1817;
B) Sabinada;
C) Cabanagem;
D) Balaiada;
E) Confederação do Equador.
Comentários

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A Confederação do Equador (1824) eclodiu em razão do autoritarismo de d. Pedro I, que, no ano


anterior, fechou a Assembleia Constituinte, prendeu os deputados que a compunham e autorizou a
escritura de uma Constituição claramente absolutista para o país.
Gabarito: E

66. (G1 - IFBA 2016)


Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no
Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um
“partido negro”. Um anônimo informante da Coroa portuguesa escreveria numa data entre
1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e
brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o
mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer
e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm
seus números reduzidos”.
Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” da Independência da
Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no
Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.

A denúncia da existência de um perigoso “partido negro”, no contexto da luta pela


independência na Bahia, pode ser explicada pela:
A) ameaça dos negros, escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem
pela continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.
B) existência de uma organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava
ações conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.
C) participação de grande número de escravizados e negros livres na guerra de independência
do Brasil, que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.
D) Ameaça de união entre as organizações antiescravistas brasileiras e os grupos
revolucionários que estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.
E) aliança firmada entre os negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras
brasileiros, que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho
escravo na colônia.
Comentários
A questão aponta para a participação dos negros no processo de independência do Brasil, em
especial na formação do “Partido Negro” na Bahia em 1822 e 1823. A elite branca brasileira tinha
medo do “haitianismo”, ou seja, na luta pela independência do Haiti os negros aderiram ao
movimento, porém imprimiram um caráter social muito forte tomando o poder e exterminando
muitos brancos que eram associados à exploração. Desta forma, na guerra de independência do
Brasil a participação dos negros representava um risco aos interesses da elite.

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Gabarito: C

67. (G1 - CFTMG 2016)


“Após a Independência, o governo brasileiro encontrava-se em uma situação complicada.
Afora vozes isoladas, não apenas os grandes proprietários e traficantes, como toda a
população livre, estavam convencidos de que o fim do tráfico de escravos, a curto prazo,
provocaria um colapso na sociedade brasileira. No entanto, a Inglaterra, país de quem
dependia, pressionava cada vez mais em sentido contrário. Apesar da dependência brasileira,
a extinção do tráfico de escravos foi um longo processo de desavenças e acordos entre Brasil
e Inglaterra.”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 192.

Dentre os fatores que contribuíram para a extinção do tráfico de escravos, é INCORRETO


afirmar que:
A) a Lei Eusébio de Queirós, de setembro de 1850, reconhecia que o tráfico equivalia à
pirataria.
B) o endividamento dos fazendeiros forçou a hipoteca de suas terras como pagamento aos
traficantes.
C) a Lei de Terras, aprovada em 1850, estipulava que os imigrantes não poderiam se tornar
proprietários fundiários.
D) a diminuição do tráfico transatlântico resultou no deslocamento de escravos da região
mineradora para suprir as necessidades de cativos na lavoura açucareira.
Comentários
O texto do historiador Boris Fausto aponta para o fim do tráfico de escravos e os possíveis
desdobramentos para a economia do Brasil. A Lei Eusébio de Queirós de 1850 proibiu o tráfico de
escravos. A partir desta data, o tráfico de escravos era concebido como pirataria. A Lei de Terras,
aprovada na mesma data, dificultava a aquisição de terras no Brasil, só através da compra, o que
dificultava a aquisição por parte de pessoas desprovidas de capital como os imigrantes. A referida
lei diminui drasticamente o fluxo de escravos para o Brasil gerando um comércio interprovincial de
escravos deslocados de várias regiões para a lavoura cafeeira (e não açucareira).
Gabarito: D

68. (UECE 2016)


No que concerne à Confederação do Equador de 1824, analise as afirmações a seguir, e
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um prolongamento da Revolução Pernambucana
de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas serviram de bandeira política para os
insurretos.

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( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados Unidos
da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e nenhum jornal nas províncias
envolvidas quis apoiar a causa.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.
Comentários
A quarta afirmação é falsa, porque a Confederação era, originalmente, popular. Esse, aliás, era seu
grande diferencial;
A quinta afirmação é falsa, porque a imprensa esteve presente na Confederação. Líderes do
movimento, como Barata e Frei Caneca, tinham periódicos em Pernambuco.
Gabarito: D

69. (PUCCAMP 2016)


República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em todo o processo de Independência
do Brasil. Mas a monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras brasileiras, ao
contrário do que ocorreu em outras nações americanas, pois, para essas novas nações
surgidas na América espanhola, a república:
A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser
eleito pelo povo.
B) significava um rompimento maior com a metrópole e a fragmentação do antigo império
colonial.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.
D) garantia a implantação do princípio da soberania popular e da igualdade de direitos na
América.
E) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de libertar as províncias do poder
metropolitano.
Comentários
Basicamente, o grande diferencial entre a Independência do Brasil e as Independências da América
Espanhola foi a LIDERANÇA: no Brasil, um membro da Família Real portuguesa e na América
Espanhola, a classe social crioulla, excluída durante o período colonial. Daí os diferentes caminhos
políticos seguidos após as independências.

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Gabarito: B

70. (UFRGS 2015)


Observe as figuras abaixo.

Considere as seguintes afirmações sobre o processo escravista no Brasil.


I. As relações sociais entre senhores e escravos, no Brasil, eram definidas pelo equilíbrio de
poder estabelecido pela miscigenação, conferindo à experiência histórica brasileira o caráter
de "democracia racial".
II. Os africanos deportados da África para a América desenvolveram mecanismos de
sociabilidade, constituindo famílias e formas de identidades sociais.
III. A Lei Áurea, além da emancipação dos escravos, decretava uma série de benefícios sociais
e políticos para os libertos.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, lI e III.
Comentários
A afirmativa [I] está incorreta porque não existia nenhum tipo de democracia racial na época da
escravidão no Brasil. A divisão brancos/negros sempre existiu e foi rígida;

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A afirmativa [III] está incorreta porque a Lei Áurea tinha apenas dois parágrafos, a saber: (1) está
abolida a escravidão no Brasil e (2) revogam-se todas as disposições em contrário.
Gabarito: B

71. (FGV 2015)


Observe o mapa.

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil


A) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil,
imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do
Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da
recolonização brasileira.
B) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista
entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos
que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
C) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do
tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-
Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma
monarquia dual.
D) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao
Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias
continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.
E) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América
portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de
resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação
negociada.
Comentários

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

Somente a proposição [D] está correta. O mapa aponta para o processo de independência do
Brasil. O processo de independência do Brasil foi bem complexo começando em 1808 com a vinda
da corte portuguesa para o Brasil e a Abertura dos Portos rompendo com o pacto colonial e foi
concluído em 1831 quando D. Pedro I abdicou ao trono deixando para seu filho de apenas 5 anos
de idade. Havia dois grupos: os brasileiros compostos pela elite agrária e favoráveis a
independência e o grupo português muito forte no nordeste e contrário a independência. Assim,
quando ocorreu o grito do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, era preciso nacionalizar a
independência considerando que boa parte era contrário a ela. Daí surgiram as guerras de
independência em 1823 constituindo praticamente uma guerra civil.
Gabarito: D

72. (IMED 2015)


A Constituição de 1824, primeira Constituição do Brasil, estabelecia:
I. Estado unitário, monárquico e hereditário.
II. Independência da Igreja Católica em relação ao Estado.
III. Voto indireto, censitário e aberto.

Quais estão corretas?


A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A questão se refere à primeira constituição do Brasil, outorgada em 1824. Por meio dela o Brasil
tornou-se um Estado unitário, monárquico e hereditário, com voto direto, censitário (de acordo
com a renda) e aberto. Estabeleceu o Padroado e o Beneplácito, ou seja, a Igreja católica era
submissa ao Estado. Não havia independência da Igreja diante do Estado, isto surgiu apenas na
constituição brasileira de 1891.
Gabarito: C

73. (UERN 2015)


Observe o quadro.

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A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é possível


classificar o voto, naquele período, como
A) censitário, amplo, indireto e irrestrito.
B) universal, masculino, direto e representativo.
C) censitário, masculino, indireto e em dois graus.
D) universal, apartidário, direto e em quatro graus.
Comentários
A Constituição brasileira de 1824 restringia a participação da população ao voto: renda mínima
(critério censitário), voto masculino, eleição indireta e voto separado em dois graus (eleitor de
província sendo eleito para eleger deputados e senadores) eram características do voto no
Primeiro Reinado.
Gabarito: C

74. (FGVRJ 2013)


A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com
fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas
com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.
De acordo com o ponto de vista apresentado no texto,

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A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
C) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas
ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as
elites regionais e a exclusão social de outros setores.
E) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre
o Poder Legislativo na história política brasileira.
Comentários
A autora, no trecho citado, salienta o caráter elitista da vida política brasileira, com arranjos que
excluíam a participação popular no processo político. O próprio fato de que durante parte
considerável do Império (século XIX) o voto era censitário, restrito a uma limitadíssima parcela
mais rica da população, reforça essa característica que a República não reverteu de imediato.
Aspectos como o voto de cabresto e os currais eleitorais, típicos da República Velha, mostram
exatamente esse predomínio das elites locais no uso da política em benefício apenas de seus
interesses.
Gabarito: D

75. (UPF 2012)


Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:
A) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a
monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.
B) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a
monocultura e a escravidão.
C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de
adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os
cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real
cuja mentalidade era abolicionista.
Comentários
A Independência foi um movimento essencialmente político, que retirou o Brasil do domínio
português, mas preservou as estruturas socioeconômicas tradicionais.
Gabarito: B

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76. (ESPCEX (Aman) 2013)


Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.
(COTRIM, 2009)

O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder:


A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.
Comentários
O Poder Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e dava ao
imperador o controle sobre as estruturas políticas e judiciais do país, caracterizando seu governo
como centralizador e autoritário.
Gabarito: A

77. (UFRGS 2013)


Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características,
podemos afirmar que:
A) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.
B) separava a Igreja Católica do Estado Laico.
C) previa a eleição direta do Primeiro Ministro.
D) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
E) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

Comentários
A 1ª Constituição do Brasil foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I. Esta Carta Constitucional
organizava os poderes de Estado em 4: Judiciário, Legislativo, Executivo, além do Poder
Moderador. Este era exclusivo do Imperador, sendo considerado a “chave-mestra” de toda a
organização da política do Império. Este poder permitia ao Imperador intervir em todos os demais
poderes do Estado.
Gabarito: E

78. (UFPR 2011)

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“Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento


de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um
movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a
liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da
independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.
(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In:
MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac,
2000, p 181.)
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?
A) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia
Constituinte que elaborava o texto constitucional.
B) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
C) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de
políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre.
D) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.
E) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de
centralização do poder, chamadas à época de “regresso”.
Comentários
A única alternativa que retrata uma situação vivida pelo Brasil após a independência. Apesar de
obter a liberdade, o país ficou sob o governo de um monarca português, D. Pedro I, herdeiro do
trono de Portugal que, com o apoio da elite portuguesa residente no Brasil e ligada ao comércio,
deu um golpe, fechou a Assembleia Constituinte, prendeu diversos deputados e impôs uma
Constituição centralizadora e autoritária ao país.
Gabarito: A

79. (G1 - IFCE 2014)


Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:
A) ser imposta pelo Imperador D. Pedro I.
B) ser fruto de uma Assembleia Constituinte decorrente da Confederação do Equador.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de
ser alfabetizado ou não.
D) estabelecer três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para
os indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.
Comentários

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Somente a alternativa [A] está correta. A independência do Brasil ocorreu em 1822 e o país
necessitava de uma constituição. Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional Constituinte para
elaborar o projeto constitucional. Porém o projeto da mandioca não agradou o imperador D. Pedro
I que dissolveu a Assembleia. Desta forma, a constituição de 1824 foi outorgada, ou seja, imposta
para o país. As demais alternativas estão incorretas. A Confederação do Equador ocorreu em
Pernambuco logo após a constituição. O voto não era secreto. Havia quatro poderes sendo o
quarto poder chamado de “Moderador”. A escravidão só foi abolida em13 de Maio de 1888.
Gabarito: A

80. (FGV 2013)


A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a
Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno
grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes
semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador
(...)
(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder:
A) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no
tocante à administração pública e a ação do Senado.
B) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
C) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de
interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
D) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
E) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.

Comentários
O Poder Moderador dava a d. Pedro I a prerrogativa de intervir nos demais três poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário). Tal poder dava ao imperador, na prática, todo o poder político
do Brasil independente.
Gabarito: E

81. (Upe 2010)


A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco, a
insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.

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Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo


A) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do
Iluminismo francês.
B) definir um governo democrático, com o fim imediato da escravidão e do governo
monárquico.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas
normas básicas.
D) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do
autoritarismo.
E) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente
liberal.
Comentários
A Confederação do Equador foi o principal movimento de contestação ao autoritarismo de D.
Pedro I, manifestada pelo centralismo político imposto pela Constituição e pela nomeação de
Francisco Paes Barreto como presidente da província, em lugar de Pais de Andrade, apoiado pelo
povo. Na organização do movimento foi de grande importância o papel da imprensa, em especial
dos jornais A Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, de Cipriano Barata e do Tífis
Pernambucano de Frei Caneca.
Gabarito: D

82. (PUCRS 2014)


Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao
novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar
que:
A) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque
estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima,
equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
B) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil
foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes
proprietários de terra e excluía os pobres da participação política.
C) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto
censitário e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador –,
ficando os dois últimos sob controle do Imperador.
D) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma
monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País,
subordinando a Igreja ao controle do Estado.
E) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o
direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e

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nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no


Imperador.
Comentários
A Assembleia Constituinte de 1823 foi dissolvida por d. Pedro I porque propunha uma Constituição
que restringia o poder imperial, e não porque excluía a população de baixa renda do jogo político.
Gabarito: B

83. (IFSP 2011)


Compare os dois excertos dados.
A- “D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional
e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos
requerido os povos deste Império, junto em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e
fizéssemos jurar o projeto da Constituição (...)”
(Preâmbulo da Constituição Política do Império Brasileiro, 1824)
B- “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte
para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança,o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça,
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...)
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição(...)“
(Preâmbulo da Constituiçãoda República Federativa do Brasil, 1988)

I. As duas Constituições foram feitas por Assembleias Constituintes (no século XIX, chamadas
de Câmaras) e, portanto, as duas Cartas foram promulgadas.
II. Na primeira Constituição Brasileira há a ideia de que o poder Executivo existe pela graça de
Deus, enquanto, na atual, a Assembleia Constituinte se colocou sob a proteção de Deus.
III. A Constituição Imperial trazia quatro poderes, sendo o poder Moderador o mais
importante, pois dele dependiam os outros poderes; na Constituição de 1988, não se
apresenta a superioridade de nenhum poder sobre os demais, pois tornou- se fundamental, à
época, a busca da igualdade perante a lei e a prática da justiça.

Assinale a alternativa:
A) se I, II e III forem corretas.
B) se apenas II e III forem corretas.
C) se apenas I e II forem corretas.
D) se apenas I e III forem corretas.
E) se apenas a I for correta.
Comentários

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A Constituição de 1824 foi outorgada (imposta) pelo Imperador D. Pedro I e é considerada


centralizadora e autoritária, principalmente pela existência do Poder Moderador, de uso exclusivo
do Imperador e colocado acima dos demais. Nessa época, as ideias iluministas, que defendiam a
“teoria dos três poderes”, já vigoravam em diversos países, mas não foi colocada em prática no
Brasil.
Gabarito: B

84. (UPF 2016)


As revoltas provinciais do período Regencial, que varreram o país de norte a sul, tiveram
distintos atores sociais e propostas.
“As províncias, desprezadas pela corte, curtindo o exílio dentro do país, e insatisfeitas com a
Regência, reagem...”
(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p. 320).

Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.


I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação de elementos de baixa condição
social (índios, seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham um programa
sistemático de reivindicações, mas demonstravam seu ódio aos portugueses.
II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos estancieiros e teve como principal
proposta a abolição incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a defesa do trabalho
assalariado.
III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo integrantes da classe média e do
comércio de Salvador. Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do federalismo.
IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes, inclusive de escravos, sem unidade
entre si, o que levou a ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade. O
separatismo não foi proposto pelos rebeldes.

Está correto apenas o que se afirma em:


A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.
Comentários
A questão remete às revoltas que ocorreram no Brasil durante o período Regencial, 1831-1840.
Após a abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, começou o período Regencial. Caracterizam
este contexto histórico, a formação do Estado Nacional brasileiro, a consolidação do processo de

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independência do Brasil, a participação dos humildes na vida pública sendo massacrados e o


surgimento de muitas revoltas, algumas de caráter separatista.
A Guerra dos Farrapos, 1835-1845, uma das mais importantes deste período, ocorreu no Rio
Grande do sul. Este movimento estava ligado aos interesses dos estancieiros em relação alta
taxação do charque gaúcho, não tinha como objetivo acabar com a escravidão e não defendia o
trabalho assalariado.
Gabarito: C

85. (G1 - IFBA 2016)


Durante o Período Regencial – 1831-1840 – o Brasil foi palco de diferentes tipos de rebeliões
como a Farroupilha, a Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem
particularidades, esses movimentos apontam para pontos comuns como:
A) o questionamento da unidade territorial, apresentando projetos separatistas e
republicanos.
B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como forma de garantir um governo de
base nacional.
C) o estabelecimento temporário de um novo regime político, capaz de unir o país até a posse
de D. Pedro II.
D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o estabelecimento do trabalho assalariado
em todos os setores econômicos.
E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária que permitisse uma
reestruturação agrária no país.
Comentários
A questão aponta para o Período Regencial, 1831-1840. Neste contexto, completou-se a
independência do Brasil considerando que o país foi governado por brasileiros, começou a esboçar
um Estado Nacional, surgiram partidos políticos. A elite brasileira entrou em conflitos pelo poder,
havia um grupo que defendia a centralização administrativa, e outro que apoiava o federalismo, ou
seja, maior autonomia para as províncias. Eclodiram diversas revoltas no país com um projeto
separatista e republicano como a Farroupilha no Rio Grande do Sul.
Gabarito: A

86. (Ulbra 2016)

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Queremos Pedro II,


Ainda que não tenha idade
A nação dispensa a lei.
Viva a Maioridade!
________________________
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
(Disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html)

Os dois versos se referem ao processo que culminou com a antecipação da maioridade de D.


Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações na transição para o Segundo
Império.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de alçar ao trono um nobre com 14
anos de idade, assim como encerrar o período denominado como Regencial.
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que o momento correto para a
coroação do Imperador deveria respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe
um grupo interessado na subida ao trono e que interesses políticos e econômicos específicos
podem não satisfazer a nação como um todo.

Está(ão) correta(s):
A) Somente a I.
B) I e II.
C) I e III.

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D) II e III.
E) I, II e III.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A questão aponta para o Golpe Liberal da Maioridade em
julho de 1840 quando D. Pedro II assumiu o trono com 15 anos incompletos. Neste momento
acabou o período Regencial caracterizado por inúmeras revoltas, algumas com caráter separatista.
As três assertivas estão condizentes com o texto.
Gabarito: E

87. (ESPCEX (Aman) 2016)


Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no
Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o período imperial, a vida política
do País passou a ser dominada pelos:
A) liberais e conservadores.
B) conservadores e socialistas.
C) liberais e republicanos.
D) comunistas e republicanos.
E) liberais e anarquistas.
Comentários
A questão remete ao Brasil no século XIX. Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono
passando o poder para seu filho de 5 anos. Entre 1831 e 1840, ocorreu o Período Regencial com a
consolidação da independência do Brasil, a formação do estado nacional brasileiro, o surgimento
de partidos políticos como o Partido Liberal e o Partido Conservador. Estes dois partidos
dominaram a vida política do país ao longo do Segundo Reinado, 1840-1889.
Gabarito: A

88. (Vunesp 2012)


A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o
trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o
esforço de:
A) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida
durante o Período Regencial.
B) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades
administrativas.
C) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do
Ato, editada seis anos depois.

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

D) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo


ao centralismo da Constituição de 1824.
E) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter
revoltas de caráter regionalista.
Comentários
O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal, como forma de recuperar o poder que
estava nas mãos de Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei que antecipou a
maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o apoio de deputados do Partido Conservador, que
viam nesse procedimento político uma forma de garantir a unidade nacional e centralizar o poder,
já que as rebeliões que ocorriam no país ameaçavam a unidade territorial.
Gabarito: E

89. (Vunesp 2013)


A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no
Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas
particularidades, quando comparado aos demais.
Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu
substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta
província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer
espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata.
Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo
despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que
olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos
do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra JatahyPesavento.
A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar


A) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao
poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
B) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer
com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
C) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava
constante ameaça de invasão espanhola e platina.
D) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
E) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a
decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

Comentários
A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo
Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e
produtores de charque. É considerado um movimento republicano e separatista, apesar de que, no
texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os representantes dos rebeldes façam
reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação.
Gabarito: A

90. (UEL 2013)


No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões
da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma
grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma
série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).
A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à:
A) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
B) consolidação da Regência Una e Permanente.
C) formação e consolidação do Partido Republicano.
D) fundação das agremiações abolicionistas.
E) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.
Comentários
[A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a Campanha da Maioridade, na qual o príncipe
herdeiro, Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o trono, mesmo não tendo a
maioridade legal.
[B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro II, pôs fim às crises do período
regencial e à ideia de regência.
[C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em meados do século XIX e sua
consolidação, no final do século, não havendo aspirações republicanas formais no início do
Segundo Império.
[D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se deu em meados do século XIX,
sobretudo após as limitações do tráfico negreiro pelos ingleses.
[E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo declarado Rei sob o Título de Dom
Pedro IV.
Gabarito: A

91. (UESPI 2012)

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas,
conforme previa a Constituição, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças,
entre as quais se estabelecia:
A) a regência una, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia
Nacional, saindo vitorioso no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó.
B) a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido
político, ganhando em primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
C) a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista
composta dos nomes de três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antonio Feijó.
D) as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais,
que revezavam-se no poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho.
E) a eleição popular de um regente, que ocuparia o cargo até a maioridade do herdeiro do
trono, sendo eleito em primeiro lugar o senador Nicolau Vergueiro.
Comentários
Considera-se o Ato Adicional uma medida liberal, que promoveu certa descentralização política no
país e um divisor de águas, com a configuração mais explícita dos partidos Liberal e Conservador. A
Regência Una substituiu a Regência Trina e o ex-ministro da Justiça, Feijó, foi o primeiro regente
eleito, representando as tendências liberais.
Gabarito: A

92. (UESPI 2012)


Durante o governo Regencial, foi criada no Brasil a Guarda Nacional (1831), que teve entre
seus objetivos:
A) apoiar o reinado de D. Pedro I na consolidação da Independência.
B) proteger os grupos que lideravam a oposição à aristocracia rural.
C) substituir as tropas das milícias do exército e reforçar o poder das elites agrárias.
D) proteger as fronteiras quanto a possíveis invasões, sobretudo as do Nordeste.
E) conter as rebeliões e motins que pudessem perturbar a ordem institucional militar.
Comentários
As tropas existentes até então eram irregulares, desde a independência do Brasil, mesclando
soldados de origem portuguesa e brasileiros. A Guarda Nacional foi organizada a partir de cada
província, com certa autonomia, comandada por latifundiários locais, os coronéis, que, na prática,
passaram a deter grande poder, apesar de, em tese, estarem subordinados ao Ministério da
Justiça.
Gabarito: C

93. (UECE 2014)

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado:


A) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a
volta de Pedro I ao poder.
B) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos
proporcionadas pelos regentes.
C) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica
e pelo final da escravidão.
D) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas
estabelecidas.
Comentários
O período regencial foi marcado pela agitação política causada, principalmente, pela oposição
entre os partidos Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada a outros fatores,
contribuiu para a eclosão de uma série de revoltas país afora, como a Balaiada, a Sabinada e a
Farroupilha.
Gabarito: D

94. (UFTM 2012)


No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e
revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade,
que pode ser caracterizado como:
A) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.
B) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.
C) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.
D) a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.
E) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.
Comentários
Durante o período regencial, conservadores e liberais se alternaram no poder. Ao final de 1839, na
tentativa de afastar os conservadores da Regência e retomar o controle político do Brasil, os
liberais fundam o Clube da Maioridade e, com o apoio da imprensa que era contrária à
centralização política defendida pelos conservadores, armam o “Golpe da Maioridade”. A
Assembleia Geral aprova a antecipação da maioridade do Imperador, que assume o trono
brasileiro em 23 de julho de 1840, aos 14 anos de idade.
Gabarito: C

95. (G1 - Col. Naval 2011)


"A revolta de 1835, também chamada a * grande insurreição', foi o ponto culminante de uma
série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não

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será apenas uma eclosão violenta, mas desorganizada,apenas surgida por um incidente
qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período
organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas
vezes j untamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento
vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da
periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos,
vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...)
Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente."

(Moura,Clóvis.Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-
69.)
Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:
A) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo
Baiano.
B) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Males, participaram escravos de diversas etnias
que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
C) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de
praticarsua religião, o Candomblé.
D) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo
preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
E) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do
Brasil e o fim da escravidão.
Comentários
Rebelião que ocorreu no período regencial é pouco conhecida e pouco estudada. Organizada por
escravos africanos muçulmanos, o principal objetivo era a luta pela liberdade e, ao mesmo tempo,
foi movida por forte sentimento “racial”, em oposição ao “domínio branco”. A organização dos
escravos de Salvador foi, ao longo do tempo, influenciada pelos acontecimentos no Haiti, que
redundaram na independência daquele país, a partir de uma verdadeira “Revolução Negra”.
Gabarito: B

96. (UESPI 2012)


Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro,
destaca-se o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido
como:
A) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de
grande parte das demais províncias nordestinas.
B) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de
Pernambuco.

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C) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião
muçulmana, sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil.
D) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de
Farroupilhas, em que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos.
E) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e
o monopólio comercial português.
Comentários
A Guerra dos Farrapos, que envolveu gaúchos e catarinenses, foi claramente um conflito
deflagrado contra a centralização política. Iniciada no período regencial, encerrou-se em 1845
durante o Segundo Reinado. A Luta foi comandada pelos estancieiros (fazendeiros criadores de
gado) e dela participaram elementos de diversas camadas sociais.
Gabarito: D

97. (UFV 2010)


Observe a imagem a seguir:

Com relação à Guarda Nacional, criada durante o Império, é CORRETO afirmar que:
A) funcionava como única força armada que podia defender os interesses dos escravistas e
coibir a fuga dos escravos.
B) objetivava o controle da Corte e da burocracia imperial, alvos frequentes de manifestações
populares de descontentamento.
C) tinha por finalidade a garantia da segurança e da ordem, defendendo a Constituição, a
obediência às leis e a integridade do Império.
D) atuava na defesa das fronteiras externas brasileiras, impedindo a expansão dos países
platinos em direção ao território brasileiro.
Comentários

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A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada por lei no Brasil durante o período
regencial para assegurar o respeito à Constituição em vigor e conter rebeliões nas províncias. Foi
desmobilizada em 1922.
Gabarito: C

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1. (UFPR - Pref. de Curitiba-PR - Professor de História /2019)


Os dois trechos a seguir tratam de um mesmo tema: os vazios demográficos no Paraná no
século XIX. O primeiro faz parte de um livro de Lúcio Tadeu Mota, publicado em 2012. O
segundo foi publicado por Wilson Martins em 1955.
“A princípio tudo representava um panorama selvático. O seio da terra virginal, recoberto de
florestas seculares, abrigava tesouros inestimáveis de fecundação e fertilidade, prontos para
fornecerem colheitas dadivosas [...]. Havia, de primeiro, a terra protegida pela floresta
imensa. E lentamente a floresta, a floresta tão exuberante e impenetrável, cedia lugar
àqueles homens intrépidos e valentes”.
Frases como essas acima, de diferentes autores, são comuns nos escritos sobre a História do
Paraná. Construiu-se a ideologia de que esses territórios estavam vazios, desabitados e
prontos a serem ocupados [...].
(MOTA, Lucio Tadeu. História do Paraná: relações sócio-culturais da pré-história a economia
cafeeira / Maringá: Eduem, 2012, p. 11.)
[...] a província era nesse momento [quando da emancipação política], do ponto de vista
humano, um ilimitado deserto, interrompido irregularmente por dezenove pequenos oásis,
situados a distâncias imensas uns dos outros – e distâncias literalmente intransponíveis, pois,
além dos “caminhos históricos”, que iam revelar dentro de pouco não serem “caminhos
econômicos”, nada existia que pudesse prenunciar uma rede qualquer de comunicações. [...]
Em compensação, na maior parte do território o vazio era absoluto: eram os “campos gerais”,
era a floresta, era a Serra do Mar.
(MARTINS, Wilson. Um Brasil Diferente. São Paulo: Anhembi, 1955, p. 71.)

Considerando os dois fragmentos citados, assinale a alternativa correta.


A) Ambos os autores concordam sobre o fato de que o território paranaense era desabitado
no período da emancipação política, sendo uma paisagem natural a ser desbravada.
B) O texto de Wilson Martins é uma demonstração que valida a afirmação de Lúcio Tadeu
Mota sobre a produção intelectual que reiterou a ideologia do “vazio demográfico”.
C) Ao mencionar os “dezenove pequenos oásis”, Wilson Martins se refere aos núcleos de
colonização de imigrantes, instaurados pelo governo provincial do Paraná na primeira metade
do século XIX.
D) Lúcio Tadeu Mota, no fragmento citado, desconsidera a existência de uma população de
indígenas e caboclos que habitava a região muito antes da imigração e da colonização feita
por estrangeiros.

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E) Os dois textos evidenciam que o conhecimento histórico é cumulativo, pois a produção


mais atual de Lúcio Tadeu Mota introduz elementos que completam o conhecimento
produzido anteriormente, por Wilson Martins.

2. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


Sobre a Constituição Brasileira de 1824, marque a alternativa INCORRETA.
A) A Constituição de 1824 foi outorgada, isto é, efetivada sem qualquer participação popular,
pelo imperador D. Pedro I e vigente até a declaração da república em 1889.
B) Uma das maiores peculiaridades da Constituição de 1824 é a sua divisão dos poderes, uma
vez que a Carta Constitucional apresentava, além dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, o Poder Moderador que assegurava o controle do Imperador sobre os demais
poderes.
C) Dentre as maiores inovações da Constituição de 1824 estava o estabelecimento do Estado
laico que punha fim ao Catolicismo como religião oficial, havendo liberdade de culto a outras
religiões em locais privados e públicos.
D) O direito ao voto nas eleições primárias, onde eram escolhidos aqueles que votariam nos
deputados e senadores, era concedido apenas aos homens livres, maiores de 25 anos e com
renda anual de mais de 100 mil réis.
E) De acordo com a Constituição, só poderiam ser candidatos nas eleições primárias os
homens livres com renda a partir de 200 mil reis. Já para os candidatos a deputados e
senadores, estes deviam ter uma renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
É importante lembrar que os negros libertos não podiam concorrer aos cargos, ainda que
preenchessem os outros quesitos necessários.

3. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


Assinale a alternativa que apresenta os principais objetivos da Revolução do Porto, ocorrida
em Portugal no ano de 1820.
A) O principal intento dos revoltosos era forçar o retorno do rei e da corte portuguesa, que
estava no Brasil desde 1808. Além do mais, os portugueses viam na recolonização do Brasil e
no reestabelecimento do Pacto Colonial uma forma de superar a crise portuguesa.
B) Tinha como principal ideal fortalecer o movimento pró independência que crescia a cada
dia no Brasil, pois os nativos entendiam que as riquezas do Brasil significavam também o
enriquecimento dos cofres portugueses.
C) A Revolução do Porto tinha como principal intuito combater Napoleão Bonaparte e suas
tropas que, ao ameaçarem invadir o território português, provocaram a família real
portuguesa para o Brasil.

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

D) A motivação mais relevante da Revolução do Porto foi a luta pela permanência do


Marechal Beresford que comandava, com extrema popularidade, o País durante a ausência
da corte portuguesa.
E) Os revoltosos almejavam a proclamação de uma república portuguesa e o fim da
Monarquia, entendida pelos portugueses como pouquíssimo moderna e bastante
ultrapassada. Assim, os lusos desejavam a permanência da família real no Brasil.

4. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


São exemplos de revoltas ocorridas no período regencial
A) Cabanagem, Balaiada e Sabinada.
B) Farroupilha, Cabanagem e Guerra dos Emboabas.
C) Revolta de Felipe dos Santos, Guerra dos Mascates e Revolta dos Malês.
D) Revolta de Beckman, Cabanagem e Farroupilha.
E) Guerra dos Emboabas, Revolta dos Malês e Balaiada.

5. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


Sobre o Primeiro Reinado marque a alternativa incorreta:
A) O Primeiro Reinado ficou marcado pelos atritos entre D. Pedro I e grupos políticos do
Brasil, pelo autoritarismo e pela incompetência na administração do país.
B) Com o fim da guerra de independência, era necessário garantir que Portugal reconhecesse
a independência brasileira. Esse reconhecimento foi formalizado em 1823 por meio de
negociações mediadas pela Holanda.
C) Pressionado por diversos grupos insatisfeitos, D. Pedro I renunciou ao trono em 1831, em
favor de seu filho.
D) A outorga da Constituição de 1824 foi o exemplo mais claro do autoritarismo que marcou
o reinado de D. Pedro I. Seu governo também foi marcado por decisões equivocadas, como a
Guerra da Cisplatina.
E) Iniciou-se um período de transição em que o país foi governado por regentes até que o
futuro imperador tivesse a idade mínima para assumir o país – 18 anos –, conforme
estipulava a Constituição de 1824.

6. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois
no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas. Assinale
o evento que não ocorreu durante o período do Primeiro Reinado.

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A) Confederação do Equador.
B) Guerra da Cisplatina.
C) Noite da Agonia.
D) Noite das Garrafadas.
E) Revolução Praieira.

7. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)


Depois da ameaça de Napoleão Bonaparte, o governo inglês propôs a transferência da Corte
do príncipe regente Dom João para o Rio de Janeiro. Em 1807, o governo britânico se
comprometeu a proteger a família real portuguesa e sua Corte na longa travessia do
Atlântico. Marque a opção relacionada a vinda da família real.
A) Já no Rio de Janeiro, Dom João tomou importante medida econômica decretando a
abertura dos portos às nações amigas, liberava o comércio do jugo do monopólio;
B) Foi revogada a lei de 1785 que proibia a instalação de indústrias e iniciada a construção de
estradas e melhoria dos portos;
C) Instalado no Rio de Janeiro, Dom João criou três ministérios – Guerra e Estrangeiros;
Marinha; Fazenda e Interior, fundou a Caixa Econômica e instalou a Casa da Suplicação;
D) Após a morte de sua mãe, o príncipe regente foi coroado rei como Dom João VI. A partir
de 1821, as províncias passaram a se chamar capitanias.

8. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)


Após o 7 de setembro, deu início a um novo período na história do Brasil. Os laços coloniais
se romperam e a antiga colônia ganhou status de nação soberana. Marque a opção que
indique um dos acontecimentos no Primeiro Reinado.
A) Proclamada a independência o governo e as forças militares de algumas províncias
continuaram fiéis à Coroa Portuguesa;
B) Para os conservadores, o imperador deveria acatar previamente a Constituição a ser
aprovada, eles alegavam que tal posição não enfraqueceria o poder imperial;
C) Na Constituição de 1824, o poder legislativo era composto por um Senado eleitos para oito
anos de mandato, cujos integrantes eram escolhidos pelo imperador;
D) Na Constituição de 1824 para a participação política da população, poderiam votar
homens e mulheres acima dos 30 anos e com renda mínima de 100 mil-réis.

9. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)

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Após a abdicação de Dom Pedro I, o herdeiro do trono, seu filho Pedro de Alcântara, contava
apenas cinco anos de idade. Pela Constituição, o poder deveria passar para uma junta de três
regentes escolhida pela Assembleia Geral. Inicia-se assim o período Regencial. Marque a
opção que indique um dos fatos ocorridos neste período.
A) Dois fatos associaram-se para dar início à Cabanagem: o inconformismo da Igreja contra o
presidente nomeado pelo poder central para a província do Pará e a miséria da população;
B) Em 1835, cerca de 2 mil africanos e afro-brasileiros seguidores do islamismo rebelaram-se
em Salvador, na Bahia. Inicia-se assim a Sabinada;
C) Em 1840 o governo central nomeou presidente da província do Maranhão o coronel Luís
Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias. Com 8 mil soldados, Lima e Silva ocupou a Vila
de Caxias e esmagou a Balaiada;
D) No período Regencial, o comércio exterior brasileiro foi quase o tempo todo superavitário.
O Brasil exportava mais do que importava, com destaque para o café.

10. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)


I.

.
II. As primeiras caricaturas publicadas no Brasil apareceram (...) sob a forma de litografias
avulsas vendidas em algumas lojas do Rio de Janeiro. Seu tema foi a contratação do jornalista
Justiniano José da Rocha (1812-1863), por um elevadíssimo salário, para ser o editor do
Correio Oficial. A caricatura retrata o mulato Justiniano todo ataviado, recebendo de joelhos
um saco de dinheiro. Em um formato que faz lembrar uma grande cena teatral, essa primeira
caricatura chamava a atenção para o fato de um homem tido como íntegro ter vendido sua
pena ao governo. “Honra tenho e probidade/ Que mais quer d’ um redator?”, dizia um dos
versinhos que acompanhavam a imagem.
LUSTOSA, Isabel. No país da piada pronta. Revista de História, 01/03/2009.

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Aula 06 –10O Primeiro Reinado e o Período Regencial.

Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
A) aumento do racismo.
B) combate à corrupção.
C) ascensão do personalismo.
D) fortalecimento da esfera pública.
E) denegrimento dos mulatos.

A respeito do Primeiro Reinado e do processo de independência do Brasil, julgue o item


seguinte.
11. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A imprensa periódica brasileira teve papel irrelevante durante o processo de independência
do Brasil, em razão do alto índice de analfabetismo da população.

12. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)


As adesões do Maranhão, do Pará, da Bahia e da Cisplatina ao projeto de independência
liderado pelo príncipe D. Pedro foram resultado de conflito bélico.

13. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)


O Primeiro Reinado foi marcado por atos voluntaristas de D. Pedro I e pela inércia do Poder
Legislativo no que diz respeito à construção de um aparato institucional do império
brasileiro.

Com relação aos movimentos sociais ocorridos no Brasil imperial, julgue os itens
subsecutivos.
14. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A Balaiada concentrou-se no Maranhão e foi protagonizada pelas elites dessa província.

15. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)


A Cabanagem teve início em Belém do Pará e se espalhou por um vasto território que incluía
regiões próximas da costa nordestina.

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16. (FUNDEP – Pref. de Uberlândia – Professor de História / 2019)


Em 1816 chegava um grupo de artistas franceses que aqui aportava com o objetivo de
começar as artes a partir do zero. Fazendo pouco da produção artística já existente na
colônia, tais artistas traziam na bagagem um modelo acadêmico e neoclássico – modelo que,
entre outros, dera grandiosidade, passado e memória ao governo “plebeu” de Napoleão
Bonaparte. [...]
SCHWACRZ, Lilia Moritz. Cultura. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (direção). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 1 Crise colonial e independência, 1808-1830. Rio de Janeiro: Objetiva,
2011. p. 235.
Os artistas franceses que chegaram em 1816, alguns permanecendo por longos anos nas
terras tropicais, vieram para o Brasil porque
A) a presença e permanência da Corte no Rio de Janeiro demandava artistas de formação
acadêmica que pudessem lhe representar, pelas telas, esculturas, arquitetura, na perspectiva
neoclássica francesa.
B) buscavam asilo político depois da queda de Napoleão, uma vez que sua arte foi realizada
em favor do enaltecimento do imperador e do império, sendo, por isso, perseguidos pelas leis
de segurança da monarquia restaurada.
C) a cidade passou, com o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, a atrair uma grande
quantidade de pessoas ávidas por respirar ares mais intelectualizados, sendo potenciais
consumidores da cultura das belas artes.
D) entre os artistas brasileiros não havia, até a chegada da Missão Francesa, artistas do estilo
neoclássico, já que eles haviam estudado em escolas de estilo barroco, como a que formou
Aleijadinho.

17. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)


Em 1808, como consequência da invasão francesa a Portugal, chega a família real ao Brasil. D.
João, o príncipe regente, sua mãe, D. Maria, e ainda fidalgos, oficiais, clérigos, açafatas, que
os acompanham nessa desdita que marca o fim do período colonial. A capital do vice-reino
terá de absorver todo esse “povo” e acomodar várias secretarias [...]. Como manter essa
corte e a ampliação do aparelho burocrático com a penúria do tesouro real ?
(SCHNOOR, Eduardo. Os senhores dos caminhos: a elite na transição para o século XIX. IN :
DEL PRIORE, Mary. Revisão do paraíso: os brasileiros e o Estado em 500 anos de história. Rio
de Janeiro: Campus, 2000, p.163)
As soluções encontradas pela administração para o problema da escassez de recursos
necessários à manutenção da corte no Brasil foram

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A) a liberação de vultosas somas de empréstimos em dinheiro, pela Inglaterra, ao Estado


português e a intensificação do monopólio da metrópole sobre as atividades de produção e
comércio praticados no Brasil.
B) o incremento da infraestrutura portuária, adaptando-a ao oferecimento de melhores
condições para a navegação de cabotagem, tendo em vista a ampliação da circulação de
navios em decorrência da recente medida de abertura comercial.
C) o acirramento da cobrança de impostos sobre a atividade mineradora e a implementação
das “fazendas reais”, que, na prática, representaram uma estatização das fazendas de gado
em regiões como o Piauí, após a expulsão dos jesuítas.
D) o estímulo ao desenvolvimento da atividade industrial em território brasileiro, associado
ao incentivo à vinda de imigrantes que pudessem compor, no mesmo território, um mercado
consumidor capaz de sustentar a sanha tributária da corte.
E) além das ações relativas à maior captação de impostos e permissão de livre comércio de
bens coloniais não estancados, os administradores portugueses lançaram mão do pedido de
auxílio às despesas do Estado, recompensados com a nobilitação dos doadores locais.

18. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)


A série de reformas liberais implementadas pela Regência, visando enfraquecer antigos
pilares do Primeiro Reinado, teve justamente como um de seus principais focos o aparelho
repressivo. Uma das primeiras medidas nesse sentido foi a criação, em 18 de agosto de 1831,
da Guarda Nacional.
(BASILE, Marcelo Otavio. O império brasileiro: panorama político. IN: LINHARES, Maria Yedda.
História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p.225)
A Guarda Nacional, no contexto de debates e disputas políticas do Império brasileiro, cumpriu
uma função
A) centralizadora, em decorrência de sua subordinação ao alto comando do exército
brasileiro e à sua natureza de milícia cidadã.
B) descentralizadora e resultante das desconfianças dos liberais, opositores de D. Pedro I, em
relação ao exército.
C) de substituir o exército brasileiro, temporariamente extinto entre 1830 e 1841, mas isso
não significou grandes alterações no centralismo político do Império.
D) de existência paralela ao exército, tendo sido seu decreto de criação, em 1831, apenas o
reconhecimento expresso de suas funções.
E) de milícia cidadã, baseada em instituição similar norte-americana, também fundada em
1831.

19. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)

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“O fato da separação do Reino, em 1822, não teria importância na evolução da colônia para
Império. Já era fato consumado desde 1808 com a vinda da corte e abertura dos portos e por
motivos alheios a vontade da colônia ou da metrópole.”
DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo:
Alameda, 2005.
Autora citada cunhou o conceito de “interiorização da metrópole“ que, segundo Neves (IN:
Grinberg e Salles, 2009), pode ser definido como:
A) A transferência da corte para o Rio de Janeiro, sem nenhum aparato administrativo, que
foi a peça chave para o definitivo e cabal processo de emancipação política encabeçado por
Dom Pedro, em 1822. A transferência da corte para o Rio de Janeiro, sem um aparato
administrativo, que foi a peça-chave para o definitivo e cabal processo de emancipação
política encabeçado por D. Pedro, em 1822.
B) O estabelecimento, a partir de 1808, da monarquia e de instituições-chave para o governo
do Império português no Rio de Janeiro, além da criação e consolidação de interesses de
súditos americanos.
C) A operação do aparato administrativo português, em decorrência das invasões
napoleônicas, entre 1807 e 1808, precisou ser transferida para as periferias de Lisboa afim de
manter o governo do Império operante.
D) O descontentamento das elites metropolitanas, explicitado pela revolução do porto em
1820, provocou um processo que daria assim à fuga das elites e da administração do governo
para o interior do reino.

20. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
Ao concluir a aula sobre a Revolta dos Malês (1835), o professor exibe duas imagens para os
estudantes da turma:

Imagem 1: amuleto com orações em árabe

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Imagem 2: Festa de Nossa Senhora do Rosário, Rugendas

REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

Após fazer a análise das imagens e do conteúdo lecionado, o professor pede aos educandos
que escrevam em seus cadernos características da Revolta dos Malês. Dentre essas
características, é INCORRETO afirmar que:
A) foi uma revolta escrava cujo sentido deve ser buscado na articulação entre conflitos de
classe, étnicos e religiosos.
B) foram as experiências comuns, tais como o próprio cativeiro, a vida nas ruas ou a
segregação racial, a peça chave da construção da identidade entre os revoltosos.
C) os integrantes dessa revolta pertenciam todos à população mulçumana escravizada e
contrabandeada para a Bahia de Todos os Santos.
D) o dia escolhido para a revolta conciliava o dia de Nossa Senhora da Guia, levando a
população e a policia para distante do Bonfim, e o final do Ramadã e dos jejuns.

21. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
Observe as duas imagens:

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“O padre Feijó abandona a Regência e deixa um rastro. Antes de ser eleito o primeiro regente
uno, em 1835, Diego Feijó foi ministro da Justiça.

“As disputas políticas e o clima de confronto durante as Regências eram temas frequentes
nas sátiras das caricaturas.”
MOREL, Março. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Zahar, 2003. Caderno
de ilustrações.
Ao preparar uma aula sobre o Período Regencial (1831-1840) utilizando as ilustrações acima,
o professor deve levar em consideração que:

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A) os partidos monárquico e o republicano foram os principais grupos a disputarem os postos


do poder após a abdicação de Dom Pedro I.
B) as Regências apresentam-se como resultante das forças políticas e sociais que
combateram os excessos de autoridade do Primeiro Reinado.
C) trata-se de um período marcado pela experimentação de um novo modelo liberal, forjado
pelo escravismo e pelas revoltas socialistas.
D) as elites regionais passaram a reclamar da participação política, chegando ao limite de
propor emancipação política e igualdade social.

22. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Observe a imagem a seguir.

A tela Iracema (1881), de José Maria de Medeiros, é um símbolo:


A) do isolamento da monarquia, representada pela indígena melancólica e solitária, no
contexto de crise do império.
B) da vitória do Brasil na guerra do Paraguai, retratada pela flecha enterrada na areia,
ressaltando o papel dos povos indígenas nas batalhas.
C) do apogeu do império, no seu momento de maior prosperidade econômica e força política,
representadas pela louvação aos primeiros colonizadores portugueses.
D) do movimento romântico indigenista, que se apropriou da imagem do herói nativo para
resgatar as origens brasileiras e fomentar o nacionalismo.
E) da retomada da importância econômica que a exploração do pau-brasil, realizada com a
ajuda dos povos nativos, teve no início do período colonial.

23. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)

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“Um boato corre, há dias, pela cidade que tem enchido a uns de pavor, e a outros de
indignação, em cujo último número me coloco”, desabafou o médico Joaquim Cândido Soares
de Meirelles (1797-1868), diante do clima de pânico instaurado no Rio de Janeiro em 1831.
Rumores crescentes garantiam estar em andamento, na capital do Império, uma trama
conspiratória inspirada na Revolução do Haiti (1791-1825).
(Iuri Lapa, O Haiti é aqui? Revista de História da Biblioteca Nacional, 03.03.2010).
O clima instaurado na ocasião tinha origem
A) na propaganda abolicionista promovida pelos revolucionários haitianos e pela população
do norte dos EUA, mais afeita ao trabalho livre, à pequena propriedade e à policultura, e
defensora da libertação dos escravos em todo o continente americano.
B) na defesa da revolução realizada pelos herdeiros políticos da Revolução Francesa, que
defendiam que o governo francês exportasse a radicalidade revolucionária para o outro lado
do Atlântico, ameaçando a existência institucional do Império no Brasil.
C) na aproximação política entre os líderes republicanos da independência de alguns países
da América Latina, como Bolivar (Venezuela), San Martin (Argentina) e Toussaint- -Louverture
(Haiti), que queriam transformar o Brasil em uma República.
D) no fantasma que assombrou por décadas os senhores escravistas do Brasil, receosos de
que se repetisse aqui o movimento haitiano, no qual convergiram abolição da escravidão e
proclamação da independência, incluindo o massacre de brancos.
E) no sentimento anticomunista existente no Brasil desde o início do século XIX, quando a
elite escravista assistiu assustada à tomada do poder no Haiti por revolucionários socialistas,
inspirados nas ideias do socialismo utópico de Saint-Simon.

24. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


O dia 21 de abril, data do enforcamento de Tiradentes, tornou-se feriado logo após a
proclamação da República. Durante o Império, no entanto, a lembrança do episódio da
Conjuração Mineira era incômoda, pois:
A) os inconfidentes tinham demonstrado clara oposição à forma monárquica de governo.
B) a revolta nas Minas Gerais se declarou muitas vezes contrária à independência.
C) a escravidão, mantida no Império, foi questionada pelos inconfidentes, que defendiam a
abolição.
D) a elite imperial se identificava com o Iluminismo, negado pelos revoltosos de 1789.
E) os dois imperadores do Brasil eram contrários aos impostos defendidos pelos
inconfidentes.

25. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Após a Independência, o processo de formação do Estado Nacional no Brasil foi marcado:

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A) pela ruptura das relações econômicas de dependência frente aos países europeus.
B) pela abolição do trabalho escravo e de todas as formas de sujeição dos seres humanos.
C) pelas atitudes recolonizadoras e militares do Estado e do governo português.
D) pelas lutas em prol da integração das diferentes regiões do país ao poder central.
E) pela queda da dinastia portuguesa e pela instituição do regime republicano.

26. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE)


A respeito do processo de Independência do Brasil, pode-se afirmar corretamente que:
A) a partir da Revolução Liberal do Porto, ocorrida em 1820, iniciou-se, em Portugal, uma
campanha política pelo retorno do Rei àquele país e pela independência dos reinos unidos do
Brasil e do Algarves.
B) a regência do príncipe D. Pedro, e seu reinado como Pedro I, são marcados pela
manutenção da hegemonia dos latifundiários e pelo esvaziamento do ideal republicano e do
federalismo.
C) a participação de José Bonifácio de Andrada e Silva restringe-se ao movimento de
independência, pois, sendo republicano, defendia a instauração imediata da República no
Brasil, em oposição à D. Pedro.
D) o processo de independência somente logrou êxito em função do apoio popular a D.
Pedro, em oposição aos latifundiários que davam suporte às propostas recolonizadoras feitas
pelas Cortes Constituintes de Portugal.

27. (MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar)


Acerca do processo de independência do Brasil, é correto afirmar:
A) a independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1850 e fora marcado
por não haver oposição alguma do Reino de Portugal;
B) oficialmente, a data comemorada para independência do Brasil é a de 07 de setembro de
1822 em que ocorreu o chamado "grito do Ipiranga", ato de proclamação feita por D. Pedro
II, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo);
C) entre as causas que fizeram eclodir o processo de independência do Brasil estão: vontade
de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política; desgaste do
sistema de controle econômico com restrições c altos impostos, exercido pela Coroa
Portuguesa no Brasil c tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil;
D) o chamado “dia do fico" foi um ato posterior à independência do Brasil em que D. Pedro
não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para
Portugal. Em 09 de janeiro de 1822, D. Pedro negou o chamado e afirmou que ficaria no
Brasil;

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E) após a independência do Brasil, D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro


de 1821, bem como não houve registros de manifestações de portugueses contrárias à
independência do Brasil.

28. (COMPERVE - 2017 - MPE-RN - Técnico do Ministério Público Estadual)


O ano de 2017 tem sido marcado por vários eventos comemorativos do 2º centenário da
chamada “Revolução Pernambucana”, movimento que ocorreu no Nordeste em 1817. A
capitania do Rio Grande do Norte aderiu a esse levante, que
A) pretendia a proclamação da independência de capitanias do Nordeste, as quais formariam
uma república.
B) contou com decisiva adesão das classes populares, os quais buscavam realizar uma
reforma agrária na região, pondo fim ao sistema latifundiário.
C) planejava unificar Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, cujo governo ficaria nas
mãos do Padre Miguelinho, notório defensor das ideias liberais.
D) teve a participação de grande número de padres, os quais propuseram leis com vistas a
diminuir a influência da maçonaria na nascente república.

29. (IFB - 2017 - IFB - Professor - História)


Sobre o papel de escravos e libertos no processo de emancipação do Brasil em relação a
Portugal, no início da década de 1820, é CORRETO afirmar que:
A) para os grupos dominantes do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, a Liberdade
significava o direito de conservação da propriedade, noção que estabelecia uma relação de
igualdade social entre todos os indivíduos do mundo luso-brasileiro de então.
B) no contexto da emancipação do Brasil em relação a Portugal, escravos e libertos também
reivindicavam a liberdade jurídica, de ações e autonomia no espaço público.
C) por conta da grande parcela de analfabetos entre pretos e mestiços, escravos e libertos
não discutiam as notícias e projetos políticos que circulavam no Brasil no início da década de
1820.
D) os grandes proprietários não viam com apreensão o fato de escravos e libertos
interpretarem a noção de Liberdade também como liberdade jurídica.
E) no início da década de 1820, a noção de Liberdade era interpretada de forma unívoca por
todos os grupos sociais da América portuguesa.

30. (IFB - 2017 - IFB - Professor - História)


“A principal característica política da independência brasileira foi a negociação entre a elite
nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como figura mediadora o príncipe D.
Pedro”

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(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2001. p. 26).

Leia as afirmativas com relação ao processo de emancipação política do Brasil.


I. As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uniram os luso-americanos em
torno da ideia de perpetuar os laços políticos que uniam, entre si, os lados europeu e
americano do Império Português.
II. A escolha da monarquia em vez da república, como alternativa política para o Brasil
independente, derivou da convicção da elite brasileira de que só um monarca poderia manter
a ordem social e a união territorial.
III. Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a elite brasileira percebeu a
necessidade de uma solução política que implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
IV. O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a transição do Brasil de colônia para
emancipado politicamente.
V. A independência do Brasil trouxe grandes limitações dos direitos civis, uma vez que
manteve a escravidão.

Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.


A) I, V
B) II, IV
C) II, V
D) I, IV
E) III, IV

31. (IADES - 2017 - Fundação Hemocentro de Brasília - DF - Comunicação Social - Jornalismo)


A respeito da história da imprensa no Brasil, alternativa correta.
A) Até a proclamação da República, apenas os jornais Gazeta do Rio de Janeiro e as revistas
impressas pela Imprensa Régia tinham licença para circular no País.
B) No Brasil colonial, após sucessivas iniciativas terem sido sufocadas pela coroa portuguesa,
a imprensa foi oficialmente instalada no País em 1808, mediante o Ato Real de D. João VI.
C) Nos primeiros 15 anos após 1822, com a independência do Brasil, passou a existir no País a
censura prévia, destinada a fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os
bons costumes.
D) O período que antecedeu a abolição da escravatura foi marcado pelo retrocesso da
imprensa brasileira, causado principalmente por jovens de famílias abastadas que voltavam
do sul dos Estados Unidos, influenciados pela ideologia escravocrata.

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E) O jornal Província de São Paulo, que mais tarde passou a chamar-se Folha de S. Paulo,
nasceu em 1875.

32. (CESGRANRIO - 2010 - IBGE - Analista de Planejamento - Historia)


Defendi para a Inglaterra o direito de estabelecer com o Brasil relações de soberano e de
vassalo, e de exigir obediência a ser paga como o preço de proteção.
LordStrangford, 1807. Apud FREITAS, Caio de. George Canning e o Brasil. São Paulo: Editora
Nacional, 1958, v.1, p. 94.

A declaração de LordStrangford, por ocasião da partida da família real portuguesa em direção


ao Brasil, em finais de 1807, representou, na prática, o estabelecimento de um conjunto de
ações, dentre as quais se identifica a(o)
A) restrição ao tráfico intercontinental de escravos, culminando com a proibição integral e
efetiva do mesmo em 1830.
B) garantia de direitos de cidadania plena por meio da naturalização para os súditos ingleses
que viessem a residir no Brasil.
C) criação de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos ingleses, cláusula validada
pelos Tratados de 1810.
D) apoio aos governos de D. João VI e de D. Pedro I quanto à manutenção da província
Cisplatina no território do Império do Brasil.
E) cerceamento das relações diplomáticas entre os governos do Brasil e da França, nos
quadros das decisões do Congresso de Viena.

33. (CONSULPLAN - 2015 - Prefeitura de Juatuba - MG - Professor de História)


Analise a charge.

Tendo em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a esse
importante momento da história do Brasil, assinale a afirmativa correta.

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A) A Independência do Brasil foi um processo liderado, em grande parte, pelos grupos que
mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais, ou seja, latifundiários e
comerciantes.
B) O principal objetivo da Independência era organizar o novo Estado Nacional Brasileiro sem
colocar em risco sua autonomia econômica, conseguida a longo prazo através do pacto
Colonial.
C) A situação da maioria da população sofreu drásticas mudanças com a implantação da nova
situação política do Brasil através de uma nova reorganização social, mesmo sem o
consentimento do povo.
D) A aparência liberal construída pela elite agrária, que apoiara D. Pedro I a romper os laços
com a metrópole lusitana, foi descoberta pela população, que logo empreendeu uma série de
movimentos sociais.

34. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Observe o mapa.

O mapa e o conhecimento histórico permitem afirmar que a Revolução Pernambucana de


1817 reveste-se de grande importância, pois, entre outras razões,
A) defendia que a transposição para o Brasil dos princípios socialistas de liberdade e
igualdade implicava na demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesava
sobre os escravos negros.
B) foi uma revolta armada, de caráter liberal, que conseguiu se expandir por várias províncias
e buscou apoio internacional dos Estados Unidos e da Inglaterra.
C) é considerada a mais expressiva revolta na história da colônia, bem como a mais ampla,
ousada e profunda, uma vez que propunha o rompimento dos laços com Portugal e
Inglaterra.

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D) reduziu a escombros não só o sistema colonial, mas também a escravidão, o sistema


latifundiário e a economia agroexportadora, permitindo a passagem do Brasil da condição de
colônia à de nação independente.

35. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Leia o texto abaixo:
Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país
com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do
império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se
reconhecesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de
continuidade entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre
o Brasil e a sua gente.
(Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)

O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil
como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela
A) intervenção política de grupos populares, sobretudo nas áreas distantes dos centros
urbanos, voltada para sua legitimação e a imposição de uma ordem social baseada na
tradição europeia.
B) adoção de um projeto de civilização pactuado entre os diversos grupos sociais do país, que
tinha por base a mescla das culturas americana e europeia.
C) formação de um corpo social marcado pela ausência da cidadania e a exclusão de grande
parte da população, em especial negros, dos quais se esperava comportamento passivo e
amorfo.
D) presença vitoriosa no cenário político de grupos até então excluídos e mobilizados em
torno de líderes populares, contrários à ordem social excludente defendida pelas elites.

(CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como
parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel
do século XVIII, julgue (C ou E) os itens que se seguem.
36.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

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37.
A transferência da Corte portuguesa para a América foi proposta em crises anteriores à de
1807. Seus defensores consideravam a fragilidade de Portugal em meio às disputas entre as
potências europeias, marcadamente entre França e Inglaterra, e a importância das
possessões coloniais para a manutenção da Coroa portuguesa. Entre os proponentes dessa
ideia, encontrava-se o padre Antônio Vieira, ainda no século XVII.

(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por
fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.
38.
A determinação para que se procedesse à abertura dos portos brasileiros às nações amigas,
em 1808, foi uma das medidas tomadas pela Inglaterra com o objetivo de favorecer o
desenvolvimento de práticas e de instituições liberais no Brasil.

39.
Movimentos de revolta restritos ao ambiente regional, a Inconfidência Mineira, a Conjuração
dos Alfaiates, na Bahia, e a Revolução Pernambucana de 1817 não visavam à emancipação de
todo o território brasileiro.

40.
Ao promoverem a industrialização de Portugal, as reformas pombalinas atingiram os
interesses da elite mercantil brasileira, cujos ganhos estavam relacionados à importação de
manufaturados da Inglaterra.

41. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - História)


Menos discutível é a relação entre as revoluções de independência e os sintomas de
descontentamento manifestados em algumas cidades da América Latina, a partir das décadas
finais do século XVIII. É indubitável que do México a Bogotá, onde, em 1794, AntonioNariño
começava a sua carreira revolucionária traduzindo a Declaração dos Direitos do Homem; a
Santiago do Chile, onde em 1790 era descoberta uma “conspiração dos franceses”; a Buenos
Aires, onde, quase nessa mesma época, outros franceses parecem ter conseguido despertar
em alguns escravos a esperança de uma libertação próxima graças a uma revolução
republicana; ao Brasil, onde em Minas Gerais, no ano de 1789, é descoberta e reprimida uma

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manifestação de atividade conspirativa secessionista e republicana; nas mais variadas


localidades da América Latina existem claros sintomas de uma nova inquietação.
HalperinDonghi. História da América Latina. São Paulo: Círculo do Livro, s/d, p. 66 (com
adaptações)

Tendo o texto como referência inicial e considerando o processo de independência das


colônias ibéricas na América, julgue o item que se segue.
O processo de independência latino-americana, incluindo-se a brasileira, inscreve-se no
quadro mais geral da crise do Antigo Regime europeu, ainda que fatores internos tenham
exercido importante papel para a emancipação das colônias.

42. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor - História)


Com relação à ida da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, julgue os itens
subsecutivos.
Para muitos historiadores, o fim do período colonial brasileiro ocorreu em 1808, quando da
chegada da família real ao Rio de Janeiro. No entanto, a opção pela independência formal do
Brasil passou a ser abertamente discutida apenas em 1820, com a Revolução do Porto.

43. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio — História)


Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do
continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com
a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de
ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a
maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram
fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o
ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e
econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa “República”, dando origem à Era Vargas
(1930-1945).
Acerca desse período da História do Brasil, julgue o item.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na prática antecipou a
independência, especialmente por ter determinado o fim do monopólio do comércio,
característica essencial da colonização mercantilista.

44. (Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - História)


O desenvolvimento da historiografia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite
novos olhares sobre o passado protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se
estudos que lançam luz sobre a trajetória do País, da colônia aos dias atuais. Da
independência, em 1822, passando pela implantação da República, em 1889, ao cenário

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presente, a história brasileira é marcada por avanços e recuos, enfrentando percalços e se


mostrando ainda inconclusa em relação à construção da cidadania. Relativamente à história
contemporânea, da produção do conhecimento histórico a alguns dos mais marcantes fatos
ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
Ainda que tenha sido conduzida por setores da elite colonial, a independência do Brasil
motivou muitos brasileiros a assumirem a causa da emancipação nacional: levantes populares
ocorreram em vários pontos do País, a exemplo do Pará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia.

45. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco)


O Brasil foi incorporado à história mundial em decorrência do processo de expansão
comercial e marítima europeia dos séculos XV e XVI. Grande foi o impacto da colonização
sobre as populações autóctones, mas o que se define como povo brasileiro resultou da
mistura, desde a colonização, entre os mais diversos grupos étnicos e culturais, a exemplo de
indígenas, africanos, europeus e, mais tarde, asiáticos. Em geral, os padrões que definiram a
colonização atendiam aos interesses do nascente capitalismo mercantil europeu e ao próprio
dinamismo interno da economia colonial. Nas primeiras décadas do século XIX, em plena era
revolucionária que convulsionava o Velho Mundo, a colônia emancipou-se de sua metrópole.
A respeito desses aspectos que marcaram os primeiros séculos da história brasileira, julgue o
item seguinte.

Mais que gesto meramente simbólico, o grito do Ipiranga, proclamado a sete de setembro de
1822, anunciou o nascimento do Estado nacional brasileiro, que rompeu com as estruturas
básicas sobre as quais se assentaram mais de três séculos de colonização estruturada no
latifúndio, na monocultura e na escravidão.

46. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio)


Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do
continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com
a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de
ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a
maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram
fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o
ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e
econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa “República”, dando origem à Era Vargas
(1930-1945).
Acerca desse período da História do Brasil, julgue o item .

O Império teve uma única Constituição, a de 1824, outorgada por D. Pedro I, que instituiu um
Estado unitário no Brasil.

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47. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Diferentemente das demais colônias americanas, o Brasil adotou o regime monárquico ao
proclamar sua emancipação política. Sob o comando de D. Pedro I, o Primeiro Reinado (1822-
1831) foi marcado por graves crises políticas, que culminaram na abdicação do imperador.
Seguiu-se o período regencial (1831-1840), por muitos considerado uma experiência
republicana, assinalado pela eclosão de movimentos armados em vários pontos do país. A
antecipação da maioridade de D. Pedro II (o chamado Golpe da Maioridade) deu início ao
Segundo Reinado (1840-1889), o qual foi derrubado por um golpe militar que instaurou a
República.
A respeito da trajetória histórica brasileira ao longo do século XIX, julgue (C ou E) o item
subsequente.

As elites brasileiras que assumiram o poder em 1822 organizaram um sistema político com
eleições indiretas, baseadas no voto censitário, excluindo a grande maioria da população do
processo eleitoral; a criação da Guarda Nacional veio propiciar às classes proprietárias a força
policial necessária à manutenção do poder local.

48. (CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Diferentemente das demais colônias americanas, o Brasil adotou o regime monárquico ao
proclamar sua emancipação política. Sob o comando de D. Pedro I, o Primeiro Reinado (1822-
1831) foi marcado por graves crises políticas, que culminaram na abdicação do imperador.
Seguiu-se o período regencial (1831-1840), por muitos considerado uma experiência
republicana, assinalado pela eclosão de movimentos armados em vários pontos do país. A
antecipação da maioridade de D. Pedro II (o chamado Golpe da Maioridade) deu início ao
Segundo Reinado (1840-1889), o qual foi derrubado por um golpe militar que instaurou a
República.
A respeito da trajetória histórica brasileira ao longo do século XIX, julgue (C ou E) o item
subsequente.

Após a abdicação de D. Pedro I, liberais radicais se insurgiram em vários pontos do país contra
os grupos no poder: ressentindo-se da extrema centralização política, alguns defendiam o
modelo federativo, outros propunham a abolição gradual da escravidão e, ainda, havia os que
pleiteavam a nacionalização do comércio.

(CESPE - 2014 - SEE-DF)


No Brasil, as duas aspirações - a da independência e a da unidade -- não nasceram juntas e,
por longo tempo ainda, não caminharam de mãos dadas. As sublevações e as conjunturas
nativistas são invariavelmente manifestações desconexas da antipatia que, desde o século

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XVI, opõe o português da Europa e o do Novo Mundo. E mesmo onde se aguça a antipatia,
chegando a tomar colorido sedicioso, com a influência dos princípios franceses ou do
exemplo da América inglesa, nada prova que tenda a superar os simples âmbitos regionais.
Sérgio Buarque de Holanda. A herança colonial - sua desagregação. In: História Geral
da Civilização Brasileira. Tomo II, O Brasil Monárquico. 1.º volume, O processo da
Emancipação. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, p. 9 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto acima e o processo histórico ao qual se refere, julgue os


itens que se seguem.
49.
O autor defende o argumento de que o processo de separação política do Brasil, ocorrido em
1822, não foi um movimento marcado por um sentimento nacional unificado.

50.
A primeira constituição brasileira foi outorgada pelo imperador D. Pedro I em 1824 e vigorou
até o final do período imperial, tendo sido seu texto original aprovado integralmente pela
Assembleia Constituinte de 1823.

51. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor)


No que diz respeito ao império brasileiro, julgue os próximos itens.

Os engenhos de açúcar do atual nordeste brasileiro não superaram a crise que lhes atingiu
em meados do século XIX, apesar da abundância de crédito e da política governamental de
estímulo à atividade econômica açucareira.

(CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Quando o Brasil se tornou independente, em 1822, a elite política brasileira optou por uma
monarquia representativa como forma de governo, de acordo com o modelo francês da
época.
A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, continha todos os direitos civis e políticos
reconhecidos nos países europeus.
Afastava-se do sistema inglês pela adoção do Poder Moderador, que dava ao imperador
grande controle no ministério.
José Murilo de Carvalho. Fundamentos da política e da sociedade brasileiras. In: Lúcia Avelar
e Antônio Octávio Cintra (Orgs.). Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro:
Fundação Konrad-Adenauer-Stiftung; São Paulo: Fundação UNESP Ed., 2004, p. 27-8 (com
adaptações)

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Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos
a aspectos marcantes do quadro político brasileiro nas décadas iniciais do período
monárquico.
52.
A crise política dos primeiros tempos do Brasil independente teve sua expressão máxima na
dissolução da Assembleia Constituinte, razão pela qual a Constituição de 1824, outorgada,
afastava-se do contexto histórico da época ao não incorporar elementos da nova ordem
política nascida dos movimentos revolucionários liberais burgueses.

53.
Criação brasileira e sem fundamentação teórica consistente, o Poder Moderador acabou por
ser responsável direto pelas crises políticas que, recorrentes em todo o Primeiro Reinado,
acabaram por levar D. Pedro I à abdicação.

54. (CESPE - 2012 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


No Brasil, o processo interno da independência e os problemas internacionais suscitados
apresentam mais pontos divergentes que semelhantes em relação ao restante da América
Latina. Um século antes da Sociedade das Nações, primeira tentativa de conferir
institucionalidade formal ao sistema internacional, a aceitação de um ator recém-
independente no cenário mundial dependia, em última instância, do reconhecimento da
legitimidade do novo participante pelas grandes potências.
Rubens Ricupero. O Brasil no mundo. In: Lilia Moritz Schwarcz (dir.) História do Brasil nação:
1808-2010, v.1. Madri: Fundación Mapfre; Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, p. 139 (com
adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o contexto histórico da


Independência do Brasil bem como aspectos marcantes do Primeiro Reinado (1822-1831),
julgue (C ou E) o item que se segue.

O trecho final do texto sugere que o reconhecimento do Estado nacional brasileiro pelos
Estados Unidos da América (EUA) era condição essencial para que outras potências também o
fizessem, devido à relevância de Washington no jogo de poder mundial e à amplitude de sua
ação internacional na primeira metade do século XIX.

55. (CESPE - 2005 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Império brasileiro realizara uma engenhosa
combinação de elementos importados. Na organização política,
inspirava-se no constitucionalismo inglês, via Benjamin

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Constant. Bem ou mal, a monarquia brasileira ensaiou um


governo de gabinete com partidos nacionais, eleições, imprensa
livre. Em matéria administrativa, a inspiração veio de Portugal
e da França, pois eram estes dois países os que mais se
aproximavam da política centralizante do Império. O direito
administrativo francês era particularmente atraente para o viés
estatista dos políticos imperiais. Por fim, até mesmo certas
fórmulas anglo-americanas, como a justiça de paz, o júri, e uma
limitada descentralização provincial, serviam de referência
quando o peso centralizante provocava reações mais fortes.
Tratava-se, antes de tudo, de garantir a sobrevivência da
unidade política do País, de organizar um governo que
mantivesse a união das províncias e a ordem social.
José Murilo de Carvalho. Pontos e bordados – escritos de história epolítica. Belo Horizonte:
UFMG, 1998, p. 90-1 (com adaptações).

Acerca da história do Brasil monárquico, julgue os itensseguintes, tendo o texto acima como
referência inicial.
As “reações mais fortes” ao peso centralizante do Estado brasileiro, a que o texto alude,
podem ser exemplificadas pela Confederação do Equador (1824) e pela Revolução
Farroupilha (1835-1845).

56. (PUC RJ 2015)


Analise as afirmativas abaixo que apresentam acontecimentos referidos à política da Corte
portuguesa durante sua permanência no Brasil entre 1808 e 1821.
I. Como expressão da relação de poder assimétrica entre os soberanos britânico e português,
os tratados de 1810 impunham ao governo de D. João no Rio de Janeiro, entre outras
decisões, a limitação do tráfico negreiro intercontinental às colônias de Portugal na África e o
compromisso de abolir gradualmente o trabalho escravo na América portuguesa.
II. A criação do primeiro Banco do Brasil, da Impressão Régia, da Escola de Medicina, das
Academias Militar e de Marinha, do Real Horto, da Real Biblioteca e inúmeras outras
medidas, assim como a conquista da Guiana Francesa e a ocupação da Banda Oriental,
revelavam o projeto político da Corte joanina de “criar um novo império” na América, tendo
como sede a cidade do Rio de Janeiro.
III. Ao revogar o alvará de 1785 que proibia qualquer atividade manufatureira na colônia
americana, com exceção da fabricação de panos grossos para a vestimenta dos escravos, o
Príncipe-Regente D. João propiciou o surgimento de inúmeros estabelecimentos fabris em
diferentes pontos do Reino do Brasil, deflagrando o primeiro grande surto industrial do país,
apesar da permanência do trabalho escravo.

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IV. A Revolução Pernambucana de 1817 teve como uma de suas motivações a reação aos
privilégios concedidos por D. João aos comerciantes, burocratas e proprietários de escravos e
terras do Rio de Janeiro e áreas próximas, o que lhes possibilitara prosperar, acumular poder
e ganhar prestígio. Para os revolucionários de 1817, o Rio de Janeiro se transformara em uma
“nova Lisboa”, dominada por “portugueses” que oprimiam os “brasileiros” de outras partes
do Reino do Brasil.

Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
E) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

57. (G1 – CFT MG 2013)


Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, não só os portos se abriram para as
Nações Amigas, mas também as portas para a entrada de estrangeiros. [...] Comerciantes,
especialmente ingleses, artistas franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas de
várias regiões do Velho Mundo, têm permissão de estudar o que o país desconhecido parecia
prometer em novidades. Esses visitantes serão autores de um novo descobrimento do Brasil
[...].
LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e civilização na Viagem
pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.

O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo descobrimento do Brasil” porque
eles teriam
A) denunciado a condição degradante dos indígenas da América, dada a expropriação de suas
terras.
B) apontado a necessidade de emancipação política brasileira frente aos interesses
colonialistas de Portugal.
C) influenciado as práticas agrícolas brasileiras por compartilharem tecnologias
modernizantes dos Estados Unidos.
D) divulgado as informações sobre o país ao transformarem suas anotações de viagens em
relatos publicados na Europa.

58. (Vunesp 2013)


O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,

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A) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por


Portugal.
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
C) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de
Uruguai.
D) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo
central, no Rio de Janeiro.
E) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder
constitucional do imperador.

59. (Fuvest 2015)


Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias
de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é
correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
A) reforma e crise do Império Português na América.
B) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
C) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
D) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
E) Proclamação da República e instauração da Primeira República.

60. (Unicamp 2015)


Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária,
tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como
caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e
modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à
Metrópole (…).
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história
do período, é correto afirmar que:
A) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808,
quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no
país.
B) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais,
expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.

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C) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que
expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
D) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à
atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos
negros.

61. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:


A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.

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62. (G1 - IFBA 2016)


Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo,
onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado,
inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A
República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
Disponível em: <http:/www.historiamais.com/manifesto.htm>. Acesso em 20.09.2015.

A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:


A) ao despototismo de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.
B) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
C) à irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus
assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.

63. (PUCRS 2016)


Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é
INCORRETOafirmar que
A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas
vendas externas de açúcar no mercado Europeu.
B) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção
aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil.
C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento
econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na
arrecadação de impostos.
D) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não
ocupava espaço significativo no comércio exterior do país.
E) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território
brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de
suas riquezas naturais.

64. (G1 - IFSUL 2016)


A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão
do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam

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formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses


modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
Disponível em: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-abolicao-
escravatura.htm. Acesso em 21 set. 2015.

A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos,
tais como:
A) a falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o artístico.
B) a noção de escravo como um bem, o que exigia a indenização para os proprietários de
escravos.
C) a reação do proletariado urbano, pelo temor da concorrência da mão de obra escrava.
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro,
devido à mecanização da agricultura nordestina.

65. (ESPM 2016)


...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os homens,
quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme
Mota in História do Brasil: uma interpretação).

As palavras do Frei Caneca foram proferidas a propósito de crítica ao modelo autocrático-


imperial de Pedro I.
Assinale a alternativa que apresente a revolução republicana e separatista que eclodiu no
nordeste, ocorrida contra o governo de Pedro I:
A) Revolução Pernambucana de 1817;
B) Sabinada;
C) Cabanagem;
D) Balaiada;
E) Confederação do Equador.

66. (G1 - IFBA 2016)


Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no
Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um
“partido negro”. Um anônimo informante da Coroa portuguesa escreveria numa data entre
1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e
brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o

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mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer
e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm
seus números reduzidos”.
Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” da Independência da
Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no
Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.

A denúncia da existência de um perigoso “partido negro”, no contexto da luta pela


independência na Bahia, pode ser explicada pela:
A) ameaça dos negros, escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem
pela continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.
B) existência de uma organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava
ações conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.
C) participação de grande número de escravizados e negros livres na guerra de independência
do Brasil, que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.
D) Ameaça de união entre as organizações antiescravistas brasileiras e os grupos
revolucionários que estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.
E) aliança firmada entre os negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras
brasileiros, que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho
escravo na colônia.

67. (G1 - CFTMG 2016)


“Após a Independência, o governo brasileiro encontrava-se em uma situação complicada.
Afora vozes isoladas, não apenas os grandes proprietários e traficantes, como toda a
população livre, estavam convencidos de que o fim do tráfico de escravos, a curto prazo,
provocaria um colapso na sociedade brasileira. No entanto, a Inglaterra, país de quem
dependia, pressionava cada vez mais em sentido contrário. Apesar da dependência brasileira,
a extinção do tráfico de escravos foi um longo processo de desavenças e acordos entre Brasil
e Inglaterra.”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 192.

Dentre os fatores que contribuíram para a extinção do tráfico de escravos, é INCORRETO


afirmar que:
A) a Lei Eusébio de Queirós, de setembro de 1850, reconhecia que o tráfico equivalia à
pirataria.
B) o endividamento dos fazendeiros forçou a hipoteca de suas terras como pagamento aos
traficantes.

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C) a Lei de Terras, aprovada em 1850, estipulava que os imigrantes não poderiam se tornar
proprietários fundiários.
D) a diminuição do tráfico transatlântico resultou no deslocamento de escravos da região
mineradora para suprir as necessidades de cativos na lavoura açucareira.

68. (UECE 2016)


No que concerne à Confederação do Equador de 1824, analise as afirmações a seguir, e
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um prolongamento da Revolução Pernambucana
de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas serviram de bandeira política para os
insurretos.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados Unidos
da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e nenhum jornal nas províncias
envolvidas quis apoiar a causa.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.

69. (PUCCAMP 2016)


República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em todo o processo de Independência
do Brasil. Mas a monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras brasileiras, ao
contrário do que ocorreu em outras nações americanas, pois, para essas novas nações
surgidas na América espanhola, a república:
A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser
eleito pelo povo.
B) significava um rompimento maior com a metrópole e a fragmentação do antigo império
colonial.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.

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D) garantia a implantação do princípio da soberania popular e da igualdade de direitos na


América.
E) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de libertar as províncias do poder
metropolitano.

70. (UFRGS 2015)


Observe as figuras abaixo.

Considere as seguintes afirmações sobre o processo escravista no Brasil.


I. As relações sociais entre senhores e escravos, no Brasil, eram definidas pelo equilíbrio de
poder estabelecido pela miscigenação, conferindo à experiência histórica brasileira o caráter
de "democracia racial".
II. Os africanos deportados da África para a América desenvolveram mecanismos de
sociabilidade, constituindo famílias e formas de identidades sociais.
III. A Lei Áurea, além da emancipação dos escravos, decretava uma série de benefícios sociais
e políticos para os libertos.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, lI e III.

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71. (FGV 2015)


Observe o mapa.

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil


A) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil,
imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do
Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da
recolonização brasileira.
B) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista
entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos
que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
C) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do
tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-
Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma
monarquia dual.
D) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao
Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias
continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.
E) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América
portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de
resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação
negociada.

72. (IMED 2015)


A Constituição de 1824, primeira Constituição do Brasil, estabelecia:
I. Estado unitário, monárquico e hereditário.

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II. Independência da Igreja Católica em relação ao Estado.


III. Voto indireto, censitário e aberto.

Quais estão corretas?


A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

73. (UERN 2015)


Observe o quadro.

A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é possível


classificar o voto, naquele período, como
A) censitário, amplo, indireto e irrestrito.
B) universal, masculino, direto e representativo.
C) censitário, masculino, indireto e em dois graus.
D) universal, apartidário, direto e em quatro graus.

74. (FGVRJ 2013)


A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com
fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas

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com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.
De acordo com o ponto de vista apresentado no texto,
A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
C) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas
ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as
elites regionais e a exclusão social de outros setores.
E) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre
o Poder Legislativo na história política brasileira.

75. (UPF 2012)


Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:
A) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a
monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.
B) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a
monocultura e a escravidão.
C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de
adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os
cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real
cuja mentalidade era abolicionista.

76. (ESPCEX (Aman) 2013)


Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda
organização política’. Estava acima dos demais poderes”.

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(COTRIM, 2009)

O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder:


A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.

77. (UFRGS 2013)


Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características,
podemos afirmar que:
A) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.
B) separava a Igreja Católica do Estado Laico.
C) previa a eleição direta do Primeiro Ministro.
D) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
E) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

78. (UFPR 2011)


“Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento
de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um
movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a
liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da
independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.
(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In:
MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac,
2000, p 181.)
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?
A) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia
Constituinte que elaborava o texto constitucional.
B) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
C) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de
políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre.
D) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.

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E) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de


centralização do poder, chamadas à época de “regresso”.

79. (G1 - IFCE 2014)


Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:
A) ser imposta pelo Imperador D. Pedro I.
B) ser fruto de uma Assembleia Constituinte decorrente da Confederação do Equador.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de
ser alfabetizado ou não.
D) estabelecer três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para
os indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.

80. (FGV 2013)


A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a
Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno
grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes
semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador
(...)
(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder:
A) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no
tocante à administração pública e a ação do Senado.
B) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
C) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de
interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
D) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
E) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.

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81. (Upe 2010)


A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco, a
insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.
Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo
A) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do
Iluminismo francês.
B) definir um governo democrático, com o fim imediato da escravidão e do governo
monárquico.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas
normas básicas.
D) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do
autoritarismo.
E) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente
liberal.

82. (PUCRS 2014)


Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao
novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar
que:
A) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque
estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima,
equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
B) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil
foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes
proprietários de terra e excluía os pobres da participação política.
C) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto
censitário e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador –,
ficando os dois últimos sob controle do Imperador.
D) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma
monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País,
subordinando a Igreja ao controle do Estado.
E) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o
direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e
nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no
Imperador.

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83. (IFSP 2011)


Compare os dois excertos dados.
A- “D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional
e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos
requerido os povos deste Império, junto em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e
fizéssemos jurar o projeto da Constituição (...)” (Preâmbulo da ConstituiçãoPolítica do Império
Brasileiro, 1824)
B- “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte
para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança,o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça,
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...)
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição(...)“
(Preâmbulo da Constituiçãoda República Federativa do Brasil, 1988)

I. As duas Constituições foram feitas por Assembleias Constituintes (no século XIX, chamadas
de Câmaras) e, portanto, as duas Cartas foram promulgadas.
II. Na primeira Constituição Brasileira há a ideia de que o poder Executivo existe pela graça de
Deus, enquanto, na atual, a Assembleia Constituinte se colocou sob a proteção de Deus.
III. A Constituição Imperial trazia quatro poderes, sendo o poder Moderador o mais
importante, pois dele dependiam os outros poderes; na Constituição de 1988, não se
apresenta a superioridade de nenhum poder sobre os demais, pois tornou- se fundamental, à
época, a busca da igualdade perante a lei e a prática da justiça.

Assinale a alternativa:
A) se I, II e III forem corretas.
B) se apenas II e III forem corretas.
C) se apenas I e II forem corretas.
D) se apenas I e III forem corretas.
E) se apenas a I for correta.

84. (UPF 2016)


As revoltas provinciais do período Regencial, que varreram o país de norte a sul, tiveram
distintos atores sociais e propostas.
“As províncias, desprezadas pela corte, curtindo o exílio dentro do país, e insatisfeitas com a
Regência, reagem...”
(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p. 320).

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Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.


I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação de elementos de baixa condição
social (índios, seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham um programa
sistemático de reivindicações, mas demonstravam seu ódio aos portugueses.
II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos estancieiros e teve como principal
proposta a abolição incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a defesa do trabalho
assalariado.
III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo integrantes da classe média e do
comércio de Salvador. Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do federalismo.
IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes, inclusive de escravos, sem unidade
entre si, o que levou a ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade. O
separatismo não foi proposto pelos rebeldes.

Está correto apenas o que se afirma em:


A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.

85. (G1 - IFBA 2016)


Durante o Período Regencial – 1831-1840 – o Brasil foi palco de diferentes tipos de rebeliões
como a Farroupilha, a Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem
particularidades, esses movimentos apontam para pontos comuns como:
A) o questionamento da unidade territorial, apresentando projetos separatistas e
republicanos.
B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como forma de garantir um governo de
base nacional.
C) o estabelecimento temporário de um novo regime político, capaz de unir o país até a posse
de D. Pedro II.
D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o estabelecimento do trabalho assalariado
em todos os setores econômicos.
E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária que permitisse uma
reestruturação agrária no país.

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86. (Ulbra 2016)

Queremos Pedro II,


Ainda que não tenha idade
A nação dispensa a lei.
Viva a Maioridade!
________________________
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
(Disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html)

Os dois versos se referem ao processo que culminou com a antecipação da maioridade de D.


Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações na transição para o Segundo
Império.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de alçar ao trono um nobre com 14
anos de idade, assim como encerrar o período denominado como Regencial.
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que o momento correto para a
coroação do Imperador deveria respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe
um grupo interessado na subida ao trono e que interesses políticos e econômicos específicos
podem não satisfazer a nação como um todo.

Está(ão) correta(s):
A) Somente a I.
B) I e II.

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C) I e III.
D) II e III.
E) I, II e III.

87. (ESPCEX (Aman) 2016)


Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no
Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o período imperial, a vida política
do País passou a ser dominada pelos:
A) liberais e conservadores.
B) conservadores e socialistas.
C) liberais e republicanos.
D) comunistas e republicanos.
E) liberais e anarquistas.

88. (Vunesp 2012)


A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o
trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o
esforço de:
A) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida
durante o Período Regencial.
B) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades
administrativas.
C) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do
Ato, editada seis anos depois.
D) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo
ao centralismo da Constituição de 1824.
E) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter
revoltas de caráter regionalista.

89. (Vunesp 2013)


A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no
Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas
particularidades, quando comparado aos demais.
Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu
substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta

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província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer
espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata.
Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo
despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que
olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos
do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra JatahyPesavento.
A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar


A) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao
poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
B) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer
com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
C) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava
constante ameaça de invasão espanhola e platina.
D) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
E) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a
decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

90. (UEL 2013)


No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões
da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma
grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma
série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).
A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à:
A) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
B) consolidação da Regência Una e Permanente.
C) formação e consolidação do Partido Republicano.
D) fundação das agremiações abolicionistas.
E) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

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91. (UESPI 2012)


Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas,
conforme previa a Constituição, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças,
entre as quais se estabelecia:
A) a regência una, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia
Nacional, saindo vitorioso no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó.
B) a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido
político, ganhando em primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
C) a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista
composta dos nomes de três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antonio Feijó.
D) as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais,
que revezavam-se no poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho.
E) a eleição popular de um regente, que ocuparia o cargo até a maioridade do herdeiro do
trono, sendo eleito em primeiro lugar o senador Nicolau Vergueiro.

92. (UESPI 2012)


Durante o governo Regencial, foi criada no Brasil a Guarda Nacional (1831), que teve entre
seus objetivos:
A) apoiar o reinado de D. Pedro I na consolidação da Independência.
B) proteger os grupos que lideravam a oposição à aristocracia rural.
C) substituir as tropas das milícias do exército e reforçar o poder das elites agrárias.
D) proteger as fronteiras quanto a possíveis invasões, sobretudo as do Nordeste.
E) conter as rebeliões e motins que pudessem perturbar a ordem institucional militar.

93. (UECE 2014)


O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado:
A) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a
volta de Pedro I ao poder.
B) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos
proporcionadas pelos regentes.
C) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica
e pelo final da escravidão.
D) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas
estabelecidas.

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94. (UFTM 2012)


No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e
revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade,
que pode ser caracterizado como:
A) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.
B) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.
C) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.
D) a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.
E) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.

95. (G1 - Col. Naval 2011)


"A revolta de 1835, também chamada a * grande insurreição', foi o ponto culminante de uma
série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não
será apenas uma eclosão violenta, mas desorganizada,apenas surgida por um incidente
qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período
organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas
vezes j untamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento
vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da
periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos,
vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...)
Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente."

(Moura,Clóvis.Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-
69.)
Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:
A) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo
Baiano.
B) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Males, participaram escravos de diversas etnias
que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
C) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de
praticarsua religião, o Candomblé.
D) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo
preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
E) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do
Brasil e o fim da escravidão.

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96. (UESPI 2012)


Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro,
destaca-se o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido
como:
A) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de
grande parte das demais províncias nordestinas.
B) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de
Pernambuco.
C) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião
muçulmana, sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil.
D) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de
Farroupilhas, em que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos.
E) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e
o monopólio comercial português.

97. (UFV 2010)


Observe a imagem a seguir:

Com relação à Guarda Nacional, criada durante o Império, é CORRETO afirmar que:
A) funcionava como única força armada que podia defender os interesses dos escravistas e
coibir a fuga dos escravos.
B) objetivava o controle da Corte e da burocracia imperial, alvos frequentes de manifestações
populares de descontentamento.
C) tinha por finalidade a garantia da segurança e da ordem, defendendo a Constituição, a
obediência às leis e a integridade do Império.
D) atuava na defesa das fronteiras externas brasileiras, impedindo a expansão dos países
platinos em direção ao território brasileiro.

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1. Alternativa B 34. Alternativa B 67. Alternativa D


2. Alternativa C 35. Alternativa C 68. Alternativa D
3. Alternativa A 36. Alternativa C 69. Alternativa B
4. Alternativa A 37. Alternativa C 70. Alternativa B
5. Alternativa B 38. Alternativa E 71. Alternativa D
6. Alternativa E 39. Alternativa C 72. Alternativa C
7. Alternativa B 40. Alternativa E 73. Alternativa C
8. Alternativa A 41. Alternativa C 74. Alternativa D
9. Alternativa C 42. Alternativa E 75. Alternativa B
10. Alternativa D 43. Alternativa C 76. Alternativa A
11. Alternativa E 44. Alternativa C 77. Alternativa E
12. Alternativa C 45. Alternativa E 78. Alternativa A
13. Alternativa E 46. Alternativa C 79. Alternativa A
14. Alternativa E 47. Alternativa C 80. Alternativa E
15. Alternativa C 48. Alternativa C 81. Alternativa D
16. Alternativa A 49. Alternativa C 82. Alternativa B
17. Alternativa E 50. Alternativa E 83. Alternativa B
18. Alternativa B 51. Alternativa E 84. Alternativa C
19. Alternativa B 52. Alternativa E 85. Alternativa A
20. Alternativa C 53. Alternativa E 86. Alternativa E
21. Alternativa B 54. Alternativa E 87. Alternativa A
22. Alternativa D 55. Alternativa C 88. Alternativa E
23. Alternativa D 56. Alternativa E 89. Alternativa A
24. Alternativa A 57. Alternativa D 90. Alternativa A
25. Alternativa D 58. Alternativa B 91. Alternativa A
26. Alternativa B 59. Alternativa C 92. Alternativa C
27. Alternativa C 60. Alternativa C 93. Alternativa D
28. Alternativa A 61. Alternativa C 94. Alternativa C
29. Alternativa B 62. Alternativa B 95. Alternativa B
30. Alternativa C 63. Alternativa B 96. Alternativa D
31. Alternativa B 64. Alternativa B 97. Alternativa C
32. Alternativa C 65. Alternativa E
33. Alternativa A 66. Alternativa C
C

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Aula 10 –10O Processo deIndependência do Brasil.

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Muito bem querido(a) concurseiro. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los. Sonhe
alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Te encontro na
nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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Autor:
Sergio Henrique

19 de Maio de 2023

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SUMÁRIO

00. Bate-Papo Inicial .............................................................................................................. 2


1. O Segundo Reinado (1840-1889) ....................................................................................... 3
1.1. Aspectos Políticos ................................................................................................................... 3
1.2. Aspectos Econômicos ............................................................................................................. 4
2. A Revolução Praieira ......................................................................................................... 7
2.1. A Guerra do Paraguai (1865-1869) ......................................................................................... 8
2.2. O Romantismo e a Identidade Nacional ............................................................................... 10
2.3. A Abolição da Escravidão ..................................................................................................... 11
3. Textos Complementares.................................................................................................. 13
3.1. Conservadores e Liberais ...................................................................................................... 13
3.2. A Luta pela Reforma e o Fim do Império ............................................................................... 13
Partidos e Classes Sociais................................................................................................................................................ 13

3.3. A Modernização: a dinamização da economia ..................................................................... 14


3.4. A Tríplice Aliança e a Invasão do Paraguai ........................................................................... 15
4. Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar .................................................. 17
5. Questionário de Revisão ................................................................................................. 22
Questionário – Somente Perguntas ............................................................................................. 22
Questionário – Perguntas e Respostas ........................................................................................ 23
6. Exercícios ......................................................................................................................... 29
7. Considerações Finais ..................................................................................................... 130

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Aula 07 –11O Segundo Reinado.

00. BATE-PAPO INICIAL


Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
História. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das
coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção o seu texto de apoio, releia e pratique exercícios.
Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito
importante que você faça as suas próprias anotações, em forma de resumo ou comentários nos
exercícios, não importa como, você escolhe! O importante é estudarmos bastante e nos
concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus
sonhos. Bons estudos!

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Aula 07 –11O Segundo Reinado.

1. O SEGUNDO REINADO (1840-1889)


O Segundo Reinado foi o período do governo de D. Pedro II. Ele está entre os monarcas que
ficaram mais tempo no poder. Foi um período de estabilidade política, de crescimento econômico
devido ao ciclo do café, de modernização, com a instalação das primeiras ferrovias, da Guerra do
Paraguai, da abolição da escravidão e da migração européia para o Brasil.

1.1. ASPECTOS POLÍTICOS

Logo no início do Segundo Reinado, os movimentos separatistas foram sufocados pelas


tropas imperiais. Encerram-se as guerras civis e o país foi pacificado. D. Pedro instituiu o
parlamentarismo, mas este ficou conhecido como Parlamentarismo às avessas. Isso porque, no
modelo inglês (o primeiro), o rei é uma figura diplomática e simbólica, e quem governa o país é o
primeiro-ministro, o qual é indicado pelo parlamento. Aqui o rei era o 4° poder (o Poder
Moderador), e o primeiro-ministro era indicado por ele. As disputas políticas eram ferozes entre os
liberais e os conservadores, por isso, para amenizá-las,o imperador instituiu o Ministério da
Conciliação. A cada ano, o ministério era trocado e alternado, ou seja,em um ano o gabinete era
conservador,no outro, liberal. Foi assim até a proclamação da república.

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1.2. ASPECTOS ECONÔMICOS

Foi um período de grande prosperidade econômica devido ao ciclo do café. O Brasil foi
durante décadas o maior produtor e exportador de café do mundo. O modelo agrícola era o
implantado pelos portugueses, o qual permanece até os dias de hoje: o plantation (monoculturas
de exportação em latifúndios). O café começou a ser plantado no Rio de Janeiro e espalhou-se pelo
estado de São Paulo, que foi seu maior produtor, chegando ao sul de Minas Gerais. A principal
região produtora era o Vale do Paraíba (entre SP e RJ). Quando começou a ser produzido no
interior, no Oeste Paulista, foi necessária a instalação de ferrovias devido à distância do litoral, o
que promoveu uma grande modernização no Brasil, visto que, até àquela altura, o gado era
transportado por meio dos tropeiros. Não havia indústrias no país e tudo o que consumíamos de
origem industrial era da Inglaterra. Desde os tratados de comércio e navegação de 1810, os
ingleses pagavam impostos muito reduzidos, a ponto de nossa arrecadação de impostos não cobrir
os gastos do Estado. Dessa forma, o ministro da fazenda criou uma tarifa protecionista que
aumentava os impostos dos ingleses, a Tarifa Alves Branco. Os Ingleses não gostaram dessa
atitudeecomo há tempos eles vinham pressionando o Brasil para que ele abolisse o tráfico de
escravos, fizeram issoà força decretando o Bill Aberdeen. De acordo com esta medida inglesa, eles
poderiam abater qualquer navio brasileiro que estivesse carregado de africanos para serem
escravizados. A pressão inglesa fez com que fosse lançada, em1850, a Lei Eusébio de Queiroz, que
proibia o tráfico de escravos.

Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil


entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262

1847 75.893

1848 76.338

1849 70.827

1850 37.672

1851 7.058

1852 1.234

Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado)

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Entre as consequências dessa lei, tivemos o aumento do tráfico interno (a região nordeste,
com a economia decadente, vendia os escravos para o sudeste), a imigração europeia (pois com o
fim do tráfico, a escravidão acabaria em pouco tempo), e a lei de terras (toda terra teria que ser
comprada à vista em leilão, sendo esta uma medida para impedir que imigrantes tivessem acesso a
elas).
A migração européia foi um dos elementos fundamentais para a formação da população
brasileira. Ela ocorreu durante muitas décadas. Como vimos, seu início aconteceu durante o ciclo
do café, em torno de 1950 até 1930. As primeiras experiências de imigração foram influenciadas
pelas ideias do Darwinismo social, pseudociência racista do século XIX, que sugeria a existência de
raças e que as superiores estavam destinadas a dominar. Diante disso, foi realizada a imigração
europeia, pois além de muitos europeus estarem fugindo da guerra, a vinda de imigrantes iria
branquear a população brasileira. Esta é a chamada teoria do branqueamento. No início, os
imigrantes vinham com a promessa de que pagariam sua passagem com trabalho. No entanto,
essas experiências não tinham sucesso, pois eles eram super explorados; os fazendeiros brasileiros
eram acusados de praticar a escravidão por dívidas, a ponto de governos europeus proibirem a
imigração para o Brasil. A imigração teve sucesso a partir do momento em que o governo começou
a pagara passagem dos trabalhadores, que assim chegavam ao país sem dívidas. Eles vinham direto
para a lavoura de café em São Paulo ou para as colônias de imigrantes na região sul do país.

 Alemães: o grupo de maior dificuldade de inserção na cultura brasileira. Ocuparam


principalmente o RS e SC. Lá, inclusive, há cidades em que se fala alemão nas ruas e escolas
(caso de Pomerode – Sc).
 Italianos: Estabeleceram-se, sobretudo, no interior de São Paulo e no RS, na região das
Serras Gaúchas.
 Eslavos (poloneses e russos): instalaram-se principalmente no estado do Paraná.

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Imigração para o Brasil


(Números aproximados).

Nacionalidade 1891-1900 1901-1910

Portugueses 313.000 202.000

Italianos 360.000 678.000

Espanhóis 45.800 157.000

HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro.

No início do século XX, o Brasil ainda atraía muitos imigrantes, foi quando migram para cá os
japoneses e os sírio-libaneses, principalmente no contexto da primeira Guerra Mundial.
A partir de 1930, no início da Era Vargas, foi elaborada uma legislação de controle mais
rígido da imigração.
Foram criadas cotas de migração: 2% da população total da nacionalidade de origem (por
exemplo, se entraram 100.000 imigrantes italianos, era reservada anualmente uma cota de 2.000
daquela nacionalidade). Portugal ficou isento da cota. Também foram tomadas medidas sanitárias
e de seleção social: não poderiam migrar portadores de doenças infecciosas (como a tuberculose,
que ainda era muito comum no início do século XX) nem pessoas com antecedentes criminais. Com
isso, a migração diminuiu bastante nos anos seguintes.
Nos anos 60, recebemos muitos asiáticos, sobretudo coreanos, que se estabeleceram em
São Paulo; atualmente somos o destino dos vizinhos latino-americanos mais pobres, como os
bolivianos. Merece destaque a imigração dos haitianos, que recentemente passaram a migrar para
o Brasil, entrando em nosso território pelo Acre. A postura do governo para com os migrantes,
sobretudo os latino-americanos, é de acolhida, e não temos leis xenófobas quanto à imigração.

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2. A REVOLUÇÃO PRAIEIRA
A “Revolução” Praieira foi a última a questionar a monarquia enquanto pacto político de
governança. Ela ocorreu pouco após a Regência, num período de afirmação do Estado Imperial no
Segundo Reinado. Tinha forte caráter liberal, mas também era muito elitista, apesar de ter tido a
participação das camadas populares, sendo um momento de grande convulsão social, em que a
população aderiu ao conflito político articulado pelas elites liberais republicanas. Foi uma revolta
motivada por questões políticas ligadas ao poder do Estado e que ocorreu entre as elites liberais e
as elites conservadoras (chamados naquele contexto de Gabirus). A concentração de terras e o
grande poder político e econômico da família Cavalcanti estavam no centro do conflito. Na época,
eles eram donos da maioria dos engenhos do estado e líderes do Partido Liberal. Nesse momento,
sobe ao poder como govenador da província o conservador Rego Barros, que foi marcado por
grandes negociatas secretas entre os conservadores e os liberais (que eram “farinha do mesmo
saco”, numa expressão da época, e divergiam quanto ao controle do poder). O governador
conservador, Rego Barros, foi acusado de favorecer os Cavalcanti na distribuição de cargos
políticos e no contrabando de escravos. Ocorreu uma forte luta jornalística na imprensa local, e o
Partido Liberal sofreu um racha político, saindo dele o Partido da Praia.
O Partido da Praia fez sua plataforma política na denúncia das práticas corruptas de
contrabando e favorecimento que foram praticadas entre os liberais e os conservadores. Em 1844,
o partido se fortaleceu muito com a eleição de deputados e com a indicação naquele ano de um
ministério liberal (apesar de terem saído dele, possuíam um certo alinhamento), além disso, o
presidente de província indicado pelo imperador também era liberal.
No poder, o Partido da Praia envolveu-se em vários casos de corrupção e seus membros
realizaram práticas políticas muito parecidas com as práticas corruptas de seus antecessores.
Durante o período de ascensão do Partido da Praia, surgiu um caos administrativo devido à prática
corrupta de despedir todo o quadro do funcionalismo que pertencia à oposição (prática que era
sempre presente). Com os altos gastos públicos, os impostos aumentaram, assim ocorreu a
inflação, penalizando os pobres. Em 1847, manifestações e revoltas populares que possuíam um
profundo sentimento antilusitano começaram a acontecer.
Ocorreram fortes enfrentamentos entre os praieiros e os gabirus (conservadores). O Partido
da Praia se aliou aos liberais radicais, que lançaram o Manifesto ao Mundo, em 1° de janeiro de
1849. As principais exigências do texto eram:

 Voto livre e universal do povo brasileiro.


 Plena liberdade de comunicar os pensamentos pela imprensa.
 Trabalho como garantia de vida ao brasileiro (não significa abolição da escravidão).

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 Extinção do poder moderador.


 Reforma no judiciário para assegurar as garantias individuais dos cidadãos.
Há uma influência dos movimentos revolucionários europeus de 1848, e alguns interpretes
da Revolução Praieira sugerem que ela possa ter tido influência das ideias socialistas. Ela se
caracterizou fundamentalmente pelo liberalismo republicano, talvez somente as ondas políticas
que motivavam as paixões de liberdade tenham influenciado o movimento. As ideias socialistas
chegaram a ser discutidas, mas não foram incorporadas pelos praieiros. Os conflitos armados
foram encerrados em 1850. Mesmo com a participação de alguns elementos populares, motivados
pela carestia (altos preços) e pela pobreza em geral, a abolição da escravidão não era um
consenso, pois o projeto visava apenas à liberdade de Pernambuco, não sendo nacional.
Eles foram fortemente reprimidos e seus líderes aprisionados, 10 foram condenados à
prisão perpétua, mas obtiveram anistia em 1851.

Abreu e Lima é o nome de um general e liderança jornalística que foi muito influente na
Revolução Praieira. Ele e sua família eram diretamente envolvidos no conflito. O nome da
refinaria recentemente construída em Pernambuco foi uma homenagem ao liberal.

2.1. A GUERRA DO PARAGUAI (1865-1869)

O Paraguai era um país em franco desenvolvimento econômico e industrial. Ele entrou em


conflito com os países da Bacia do Prata (Brasil, Argentina e Uruguai). Solano Lopes, ditador
paraguaio, queria uma saída para o mar, enquanto D. Pedro II defendia a livre navegação no Rio
da Prata, visando o seu controle. Brasil e Argentina foram estimulados pela Inglaterra a entrar em
guerra com o vizinho. Esse foi um dos conflitos mais sangrentos da História. O Paraguai foi
destruído e mais de 70% de sua população masculina foi morta. As dívidas contraídas pelo governo
brasileiro foram enormes. Foi também um grande estímulo ao fim da escravidão, pois muitos
negros foram lutar com a promessa de alforria, dessa forma, a maior parte era alforriada por seus
senhores no alistamento.

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Esta política provocou uma grande contradição: os sobreviventes da guerra eram


alforriados, mas quando estes tinham família, ela não.

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Após o conflito, o exército tornou-se uma instituição forte e com grande participação na
política nacional, aderindo ao abolicionismo e ao republicanismo. A produção histórica, durante
muito tempo, caracterizou o conflito como inevitável, acreditando que a Inglaterra, a qual se
beneficiou dele, teria manipulado os países para que eles realizassem a guerra, mas esta visão já
caiu por terra, e hoje é consenso que o ocorrido foi por tentativas expansionistas do Brasil na Bacia
do Rio da Prata.

2.2. O ROMANTISMO E A IDENTIDADE NACIONAL

MORREAUX. A INDEPENDENCIA DO BRASIL.

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FERREZ, M. D. Pedro II.

As artes possuem uma profunda relação com a política. O estilo estético que vigorava no
século XIX era o romantismo, entre suas características está a criação da imagem de líderes
populares, como vemos nas pinturas sobre Dom Pedro Ie sobre a Batalha de Riachuelo, na guerra
do Paraguai. A ideia de heroísmo militar e nacionalismo é um tema sempre presente. Já Dom
Pedro II sempre foi também retratado com uma visão glorificada de imperador, e na maioria das
telas em que foi representado, mesmo jovem, é um senhor sábio ou um jovem homem que inspira
confiança, responsabilidade e que conduziria um governo de forma estável.
Na literatura, temos José de Alencar como uma figura de destaque, este foi um grande
político (senador do império) e sua obra é marcada pelo indigenismo. Ele retratava o indígena de
forma romântica e idealizada, e procurou criar a ideia da identidade nacional fundada na
miscigenação do europeu e do índio. A valorização da influência cultural e social do negro só seria
discutida e aceita na década de 30 do século XX, com a obra de Gilberto Freyre.

2.3. A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO

O fim da escravidão teve um caráter gradual. Ocorreu a participação dos escravos com sua
resistência ao cativeiro por meio de fugas, formação de quilombos, abortos, suicídios e várias
revoltas. Surgiu depois da lei Eusébio de Queiroz o movimento abolicionista que fazia forte
militância artística, jurídica e política pelo fim da escravidão. Também devemos lembrar a pressão
inglesa. Várias leis foram decretadas:
 1850: Lei Eusébio de Queiroz (proibição do tráfico).
 1871: Lei do Ventre Livre (estavam livres os recém-nascidos).
 1885: Lei dos Sexagenários (liberdade aos maiores de 60 anos).
 1888: Lei Áurea (a abolição definitiva).

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Muitos fazendeiros queriam a permanência da escravidão, sendo assim, estes grandes


proprietários deixaram de apoiar a monarquia. A Igreja católica, depois da prisão de dois
importantes bispos, deixou de apoiar o rei. O exército, desde a guerra do Paraguai, aderira ao
republicanismo, e desacordos com o Imperador fizeram com que ele também retirasse seu apoio à
monarquia. Assim, apoiada pelos grandes fazendeiros, foi proclamada a República em 15 de
novembro de 1889.

O Império estava assentado sobre três pilares: a igreja, o exército e os fazendeiros


escravistas. O exército se tornou republicano e, desde a década de 70 do século XIX, manifestava-
se. A Igreja deixou de apoiar o Império quando o papa proibiu a maçonaria, pela bula Rerum
Novarum, e o imperador se negou a obedecer. Os bispos de Olinda e Recife excomungaram e
expulsaram todos os membros da maçonaria. Além de irem contra as ordens reais, o próprio
imperador era maçon. Com a abolição da escravidão, os fazendeiros passaram a apoiar o exército.
Entre as principais ideias que eram seguidas pelos republicanos, estava o Positivismo, filosofia
elitista e autoritária do francês Augusto Conte. Na nossa bandeira, a frase “ordem e progresso” é
uma referência aos ideais positivistas, que compreendiam a ordem como modelo político
republicano, num regime autoritário, sem participação popular, enquanto progresso seria o
desenvolvimento industrial permitido pelas luzes da ciência.

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3. TEXTOS COMPLEMENTARES

3.1. CONSERVADORES E LIBERAIS

Desde 1834, com o Ato Adicional, a elite política dividiu-se em dois agrupamentos: o dos
regressistas e o dos progressistas. Desses agrupamentos se originaram, no final da Regência, os
partidos conservador e liberal, respectivamente. No Segundo Reinado, os conservadores eram
também conhecidos como Saquaremas, e os liberais, como Luzias.
Conservadores e liberais tinham em comum a formação superior (universitária) e o
sentimento aristocrático. Para eles, a sociedade brasileira estava dividida em “três classes; a dos
brancos e sobretudo daqueles que por sua posição constituíam o que se chamava a boa sociedade;
a do povo mais ou menos miúdo; e finalmente a dos escravos”. Naturalmente, incluíam a si
próprios na “boa sociedade” - além de “brancos”, eram possuidores da qualidade de homens livres
e proprietários. Como homens livres, distinguiam-se dos escravos; e sendo proprietários,
apartavam-se do povo miúdo. Por isso, conservadores e liberais atribuíam a si próprios a missão de
governar, isto é, de manter os escravos presos ao mundo do trabalho e de impor a ordem aos
homens livres e pobres, em geral mulatos ou negros alforriados, os quais eram considerados por
essa elite indivíduos naturalmente inclinados à rebeldia e à desordem.
Apesar de tais afinidades, conservadores e liberais diferiam quanto ao método ou ao modo
de lidar com a realidade social. Os conservadores apostavam num poder central forte. Os liberais
defendiam a autonomia provincial e valorizavam a representação nacional (deputados eleitos).
Embora a diferença de posição entre conservadores e liberais não fosse grande nem
irreconciliável, a luta entre eles era muitas vezes sangrenta. Nas províncias, ocorriam confrontos
mortais entre família liberais e conservadoras, cujas relações estavam envenenadas pelo ódio e o
desejo de vingança.

3.2. A LUTA PELA REFORMA E O FIM DO IMPÉRIO

Partidos e Classes Sociais

Atribui-se a Holanda Cavalcanti (1797-1863), político pernambucano, uma frase que ficou
famosa:
“Nada mais igual a um saquarema do que um luzia no poder.”

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A afirmação não é totalmente exata, mas não é falsa. Conservadores (Saquaremas) e liberais
(luzias) divergiram em muitos assuntos, como centralismo, federalismo e poder vitalício do
Senado, mas não punham em questão o essencial: a monarquia e a escravidão.
No fundo, a diferença entre conservadores e liberais tinha origem na composição social de
cada partido. No Partido Conservador, predominavam os funcionários públicos, enquanto no
Partido Liberal, predominavam os profissionais liberais, como advogados e jornalistas. Em ambos
participavam, em proporções variáveis, os demais grupos sociais da elite (juízes, comerciantes,
proprietários rurais).
Em termos de coerência, coesão e firmeza, os conservadores mostraram-se superiores aos
liberais. Um dos fatores que os favoreceram foi a ascensão da economia cafeeira a partir da
década de 1830. Aos grandes e poderosos proprietários (cafeicultores) do Rio de Janeiro, aliaram-
se os altos funcionários e os grandes comerciantes. Eles formavam o principal núcleo conservador,
cujos representantes mais destacados eram três políticos fluminenses: Joaquim José Rodrigues
Torres (futuro visconde de Itaboraí), Paulino José Soares de Sousa (futuro visconde de Uruguai) e
Eusébio de Queirós - integrantes da chamada “trindade saquarema”.
Com exceção do período compreendido entre 1844 e 1848 – o quinquênio liberal – em que
o imperador se inclinou pelos liberais, na maior parte do Segundo Reinado, os conservadores
dominaram o ministério (poder Executivo do Império). Às vezes, esse domínio era total. Em 1850,
apenas um deputado liberal foi eleito. Em 1852, todos os 113 deputados da Câmara eram
conservadores. O predomínio avassalador do Partido Conservador permitiu que o líder Honório
Hermeto Carneiro Leão (marquês de Paraná) chamasse políticos liberais para o ministério que ele
organizou em 1853, dando início à política de conciliação. Essa política vigorou até 1868, quando
os conservadores voltaram a dominar com exclusividade o ministério.

3.3. A MODERNIZAÇÃO: A DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA

Com o desenvolvimento da cafeicultura, um novo equilíbrio foi estabelecido. Desde 1860,


os superávits tornaram-se constantes nas relações comerciais com o exterior, ajustando
novamente a economia brasileira ao mercado internacional.
Em relação ao comércio exterior, a Tarifa Alves Branco (1844) representou uma mudança
significativa ao elevar os direitos alfandegários de 15% para 30%. Isso representou para o Estado
uma melhoria na arrecadação, criando condições de novos investimentos públicos. A abolição do
tráfico (1850), por sua vez, liberou capitais que foram redirecionados para a aplicação no mercado
interno.
Assim, em contraste com o período anterior da Regência, bastante conturbado, teve início
no Brasil uma nova era de relativa prosperidade. “Pode-se dizer” – afirma o historiador Caio Prado
Jr. – “que nesta época que o Brasil tomara pela primeira vez conhecimento do que fosse o
progresso moderno e uma certa riqueza e bem estar material”.

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A reunião de fatores favoráveis – Tarifa Alves Branco, abolição do tráfico e ascensão do café
– estimulou uma onda de empreendimentos urbanos. O historiador Nelson Werneck Sodré
contabiliza:
“(...) fundaram-se 62 empesas industriais, 14 bancos, 3 caixas econômicas, 20 companhias de
navegação a vapor, 23 de seguros, 4 de colonização, 8 de mineração, 3 de transportes urbanos,
2 de gás, 8 de estradas de ferro.”

Dentro desse surto de empreendedorismo, destacou-se, quase como símbolo desse tempo,
Irineu Evangelista de Sousa, Barão de Mauá, pela ousadia de sua atuação. Como empresário,
investiu nos mais variados setores da economia urbana: produção de navios a vapor, estradas de
ferro, comunicações telegráficas, bancos, entre outros.
Apesar de ter iniciado sua atividade comercial na década de 1830 e ter criado o primeiro
estaleiro da América do Sul por volta de 1846, a maioria de seus empreendimentos de grande
envergadura concentram-se na década de 1850. Porém, não tiveram continuidade e já se
encontravam seriamente ameaçados em 1864, quando ocorreu uma grave crise bancária. Mauá
faliu em 1873.
De todo modo, seus feitos demonstraram que começava a surgir no país a mentalidade
empreendedora, ainda que amparada pelo Estado, que priorizava o dinheiro, em vez do
patrimônio latifundiário. Ou seja, começava a ganhar força no Brasil a mentalidade capitalista. Mas
ela continuaria minoritária por mais algumas décadas.
Um segundo aspecto importante dessa modernização durante o Segundo Reinado é que ela
foi pouco capaz de colocar a escravidão em xeque. Andar de trem, deslocar-se pela cidade em
bonde puxado por burros, ver as ruas iluminadas a querosene, agilizar as comunicações com a
Europa por meio do cabo submarino, do telégrafo ou mesmo do telefone, tudo isso, para a elite,
era perfeitamente compatível com a presença de escravos, que continuavam carregando água
para o consumo doméstico e saindo de madrugada para jogar os excrementos dos patrões no mar.
Modernização e escravidão se conciliaram durante um certo tempo.

3.4. A TRÍPLICE ALIANÇA E A INVASÃO DO PARAGUAI

De comum acordo, o tratado que criou a Tríplice Aliança fez de Bartolomeu Mitre o
comandante-em-chefe das forças aliadas, condição válida somente em combates travados em solo
argentino ou paraguaio. Os confrontos no Brasil ou no Uruguai teriam como chefes militares o
general Luís Osório e Venâncio Flores, respectivamente. Quanto à força naval, quase toda
brasileira, ficaria sob o comando do almirante Tamandaré.
A diversificação do comando foi responsável pelos inúmeros desentendimentos que
facilitaram, durante anos, a atuação do exército paraguaio.

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O plano dos aliados tinha por objetivo tomar a estratégica fortaleza de Humaitá, às margens
do Rio Paraguai, o mais difícil obstáculo a ser superado, antes de dar continuidade à marcha em
direção a Assunção, capital paraguaia.
Em 24 de maio de 1866, já em território paraguaio, o exército aliado enfrentou uma
contraofensiva (batalha de Tuiuti) que, no entanto, fracassou. Os paraguaios perderam 13 mil
homens, entre muitos feridos e 6 mil mortos.
Na primeira quinzena de setembro de 1866, Solano López chamou Bartolomeu Mitre para
uma conferência e tentou convencê-lo a abandonar a aliança. A ideia era isolar o Brasil que, sem
aliados, seria fácil derrotar. Mitre recusou a proposta.

Fonte: KOSHIBA, Luis e PEREIRA, Denize Manzy Frayze. História do Brasil no Contexto
da História Ocidental. 8 ed. São Paulo; Atual, 2003.

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4. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

1. O Segundo Reinado é marcado por um período de quase 50 anos, a coroação de Pedro II


marca, para os grupos dominantes, a manutenção dos privilégios políticos e econômicos.
Em meio a este cenário, dois partidos ganharam o ambiente político: os Conservadores
(Saquaremas) e os Liberais (Luzias).
2. Quando subiu ao poder, Pedro II escolheu, em seu primeiro ministério, membros do
Partido Liberal, em virtude de seu apoio ao Golpe da Maioridade. Os irmãos Andrada e os
Cavalcanti participaram do ministério, o qual ficou conhecido como Ministério dos Irmãos.
3. Eleições para a Câmara dos Deputados foram marcadas para 13 de outubro de 1840,
evidenciando as disputas entre liberais e conservadores. Neste dia, capangas contratados
pelos liberais invadiram os locais de votação e deram “cacetadas” nos eleitores. Além
disso, uma série de fraudes foram feitas na apuração dos votos, substituindo-se urnas
autênticas por outras com votos falsos. Os liberais foram acusados de vencer por meio da
violência e da fraude, este fato é chamado de eleições do cacete.
4. Em 1847, a criação do cargo de presidente do Conselho de Ministros assinalou o início do
parlamentarismo no Brasil: Dom Pedro II indicava o chefe de governo, que era
o presidente do Conselho, sendo este um membro do partido com maioria no Parlamento.
Porém, o parlamentarismo no Brasil tinha uma característica que o diferenciava dos
sistemas parlamentares que vemos hoje em dia. O Imperador possuía o chamado Poder
Moderador, que lhe assegurava o direito de dissolver a Câmara a qualquer momento. No
caso de o imperador sair “derrotado” nas eleições para a Câmara de Deputados, ele
poderia fechá-la e convocar novas eleições. Esta forma de governo ficou conhecida, no
Brasil, como o Parlamentarismo às avessas.
5. Diante das transformações político-econômicas da segunda metade do século XIX, o eixo
industrial e econômico deslocou-se do Nordeste para o centro-sul, em função da expansão
dos cafezais na região. O trabalho escravo passou, lentamente, a ser substituído pelo
trabalho assalariado, sobretudo dos imigrantes europeus (italianos, alemães, etc.). Tais
investimentos e lucros obtidos com o café incentivaram a industrialização e a
modernização do país, uma vez que a venda do produto para a Europa e Estados Unidos
cresceu significativamente.
6. Inicialmente cultivado na baixada fluminense e no Vale do Paraíba (MG, RJ e SP), as
fazendas se expandiram a partir de 1870 para o oeste paulista, em cidades como
Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Araraquara e São José do Rio Preto.

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7. Duas importantes medidas favoreceram o crescimento da indústria e a modernização das


cidades, além do crescimento da produção do café: a extinção do tráfico internacional de
escravos (Lei Eusébio de Queirós, de 1850) e o aumento das taxas sobre os produtos
importados (Tarifa Alves Branco,de 1844, que estipulava a cobrança de 30% sobre os
produtos importados ao Brasil sem semelhantes, e 60% sobre aqueles que possuíam
semelhantes no Brasil).
8. Também em 1850, foi aprovada a chamada Lei de Terras, a qual estabelecia que a forma
de adquirir a propriedade de terras, a partir de então, seria por meio da compra, e não
mais por meio da doação de áreas, como ocorria com as sesmarias. Para tanto, era preciso
comprar suas terras do Estado ou de um particular.
9. A partir de tais processos, a ampliação do mercado interno brasileiro, com base na
produção de alimentos (gado, charque, cereais) e no crescimento urbano do setor de
serviços, comércio e indústria, foi amplamente significativa. Em conjunto com a expansão
do café, o crescimento das cidades e a industrialização se desenvolveram,
consideravelmente, no Sudeste do país.
10. Contudo, ainda que o país estivesse se desenvolvendo industrialmente e de forma
modernizada, alguns acontecimentos internacionais marcaram, negativamente, o Segundo
Reinado.
11. Entre 1863 e 1865, as relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra foram rompidas. A
partir do desenvolvimento do capitalismo industrial, fruto do processo de industrialização,
a Inglaterra tinha interesse em que a escravidão dos negros no Brasil fosse extinta, uma
vez que os escravos não participavam do mercado consumidor e o dinheiro gasto com a
compra de escravos, feita pelos grandes fazendeiros, poderia ser direcionado à compra de
produtos industrializados. Já mencionamos a lei de 1831, na qual os escravos trazidos ao
Brasil, a partir desta data, eram declarados livres. Contudo, ela não foi cumprida. Em 1845,
a Inglaterra aprovou a lei Bill Aberdeen, que autorizava o ataque inglês aos navios
negreiros e a prisão de seus traficantes, sob protestos do governo brasileiro.
12. William Christie, embaixador inglês, denunciava o descumprimento das leis contrárias à
escravidão e ao tráfico, sobretudo a de 1831. Dois eventos foram determinantes para que
desencadeasse a Questão Christie: o furto da carga de um navio inglês, Príncipe de Gales,
que havia naufragado próximo à costa do Rio Grande do Sul, em 1861, e a prisão, em 1862,
de três oficiais da marinha inglesa que estavam embriagados e causando desordem. O
embaixador exigiu que o governo brasileiro indenizasse a Inglaterra pelo furto da carga e
que punisse os policiais que prenderam os oficiais ingleses, não obtendo êxito. Diante
deste imbróglio, ordenou que a marinha inglesa aprisionasse os navios mercantes
brasileiros. Para a resolução do conflito, decidiu-se estabelecer o arbitramento
internacional feito por Leopoldo I, rei da Bélgica, o qual se pronunciou favoravelmente ao
Brasil. Esta prática ocorre quando 2 países possuem alguma contenda que, neste caso, será
julgada por outro país que não possui interesses nos conflitos; seu julgamento será
considerado definitivo e deverá ser aceito por ambas as partes envolvidas. D. Pedro II
pagou a indenização referente à carga, mas o governo inglês não se desculpou

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formalmente pelo ocorrido, levando Pedro II a interromper as relações diplomáticas com a


Inglaterra. Elas seriam reatadas somente em 1865, quando a soberania nacional brasileira
seria reconhecida por uma grande potência como a inglesa, em um pedido de desculpas
enviado formalmente pelo inglês Edward Thornton.
13. Outro aspecto desse período diz respeito à questão platina, ou seja, às disputas pela
região do Rio da Prata. O Brasil desejava garantir o direito de navegação pelo Rio da Prata,
além de impedir que vaqueiros uruguaios atravessassem as fronteiras brasileiras. Como
um ponto importante, a questão platina também envolvia o impedimento da anexação do
Uruguai pela Argentina. Neste contexto, 3 conflitos envolvendo o Brasil aconteceram: a
guerra contra Oribe e Rosas (Guerra do Prata), a Guerra contra Aguirre (Guerra do
Uruguai) e a mais conhecida, a Guerra do Paraguai (Tríplice Aliança).
14. Intervenção contra Oribe e Rosas (1851-1852): após a formação da República Oriental do
Uruguai (1828), organizou-se 2 partidos, o Blanco (liderado por Oribe e ligado aos
argentinos) e o Colorado(liderado por Frutuoso Rivera e ligado aos brasileiros). Rivera foi
eleito em 1828, não interferindo nas relações com o Brasil. Contudo, em 1834, Oribe vence
as eleições, unindo-se ao presidente da Argentina, Juan Manuel Rosas, que pretendia
anexar o Uruguai ao território argentino, prejudicando os interesses brasileiros referentes
à navegação e às fronteiras. Diante de tal situação, o Brasil interveio militarmente, aliando-
se ao colorado Rivera e derrubando Oribe do poder. Tempos depois, Entre-Ríos e
Corrientes, províncias argentinas, organizaram uma revolta contra Rosas, comandada pelo
general argentino Urquiza, com o apoio de tropas brasileiras. Oribe, presidente uruguaio,
foi derrotado com o apoio das tropas brasileiras comandadas pelo Duque de Caxias. Na
Argentina, Rosas foi derrotado por Urquiza, que assumiu a presidência em seu país.
15. Guerra contra Aguirre (1864-1865): durante a década de 1850, o conflito blancos x
colorados permaneceu. Fazendeiros gaúchos deram queixa ao governo brasileiro de que os
blancos uruguaios estavam invadindo e roubando gado no Brasil. O governo brasileiro fez
reclamações ao presidente uruguaio Atanásio Aguirre, do Partido Blanco, que não deu
muita atenção à situação. Diante disso, o Brasil declarou guerra ao Uruguai, aliando-se ao
Partido Colorado sob liderança de Venâncio Flores. O Uruguai foi atacado em terra, sob
liderança do general Mena Barreto, e por mar, sob o comando do almirante Tamandaré.
Em 1865, Flores derrotou Aguirre com apoio das tropas brasileiras, assumindo a
presidência do país. Aguirre, por sua vez, pediu apoio de Solano López, presidente do
Paraguai, estabelecendo uma aliança político-militar, o que deu início a mais uma guerra.
16. Guerra do Paraguai (1864-1870): além das causas políticas e territoriais já observadas nas
duas guerras anteriores, fatores econômicos foram fundamentais para eclodir a guerra. O
desenvolvimento paraguaio ameaçava os interesses ingleses, que preferiam que os latino-
americanos fossem apenas fornecedores de matérias-primas e consumidores de seus
produtos industrializados. O governo paraguaio, contudo, não se encaixava nessa política,
assim a Inglaterra favoreceu a luta entre Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai.
17. A Guerra do Paraguai teve inúmeras perdas humanas, além de um grande abalo no Brasil:
economia abalada em razão dos prejuízos, aumento da dívida externa devido aos

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empréstimos levantados com a Inglaterra, divisão na posição do exército brasileiro, que se


mostrava contrário à escravidão (uma vez que boa parte das tropas era composta por
negros, homens livres e pobres) e passava, a partir de então, a demonstrar certa empatia
pela causa republicana.
18. No cenário das lutas pelo fim da escravidão, podemos destacar, a partir de então, o
crescimento de um movimento abolicionista, que desejava o fim da escravidão. Este
movimento ganhou o apoio de setores da população, por exemplo, parlamentares,
imprensa, militares e intelectuais, como Joaquim Nabuco, Luis Gama e Castro Alves.
19. A esse respeito, o governo brasileiro promulgou duas leis que emanciparam parte da
população escrava no país: a Lei do Ventre Livre (1871), que declarava livres todos os
nascidos de mãe escrava a partir de sua promulgação, além de liberar os donos de
escravos da obrigação de alimentar os filhos de escravos. Além disso, permitia que os
escravos que tivessem juntado dinheiro suficiente para comprar sua liberdade (alforria)
entrassem na Justiça para o devido fim. A segunda medida é a chamada Lei dos
Sexagenários, ou Saraiva-Cotegipe (1885), que libertava os escravos com mais de 60 anos
de idade e liberava os donos de escravos de sustentá-los após este processo, mesmo que
grande parte deles não alcançasse tal idade. Tais leis adiaram ao máximo a abolição
definitiva, que veio a ocorrer somente em 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei
Áurea pela Princesa Isabel.
20. Com a abolição da escravidão, em 1888, a situação da população negra no Brasil continuou
amplamente difícil, dado que poucos tinham dinheiro para trabalhar por conta própria ou
condições de obter um emprego melhor. Além disso, o governo brasileiro não ajudava na
melhoria das condições sociais, sendo assim, muitos libertos continuaram nos mesmos
locais em que trabalhavam como escravos. Os reflexos de quase 300 anos de escravidão
negra são visíveis até hoje, uma vez que grande parte da população marginalizada é negra
e é, diariamente, vítima do racismo.
21. Diante de tal panorama, a monarquia apresentava rachaduras em sua estrutura,
evidenciando o começo da crise do Segundo Reinado. Dentre os principais fatores,
destacamos: movimento republicano, conflitos do governo imperial com o exército e a
Igreja, processo abolicionista.
22. Com a abolição, senhores de escravos romperam com o governo imperial, e muitos
escravistas passaram a apoiar a causa republicana, que já estava presente desde o século
XVIII com a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, perpassando o século XIX, com a
Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador.
23. Terminada a Guerra do Paraguai, em 1870, o movimento republicano ganhou uma
formação mais consistente com o lançamento, no Rio de Janeiro, do Manifesto
Republicano, liderado por Quintino Bocaiúva e que questionava o fato de o Brasil ser, na
América, o único país que ainda mantinha o regime monárquico. Em 1873, o Partido
Republicano Paulista foi fundado na Convenção de Itu, em São Paulo, apoiado por
seguidores no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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24. O conflito com a Igreja também é importante de se destacar. Devido ao regime do


padroado (submissão da Igreja ao Estado), nenhuma ordem vinda do papa poderia valer
no Brasil sem a aprovação do imperador. Em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda
e Belém, seguiram ordem do papa Pio IX e puniram alguns religiosos que apoiavam
membros da maçonaria. D. Pedro II, influenciado pela maçonaria, ordenou a suspensão
das punições, as quais foram recusadas pelos bispos. Condenou-os a 4 anos de prisão, mas
em 1875 concedeu o perdão imperial e os religiosos foram libertados, mas tal fato abalou
as relações entre Igreja e Estado.
25. Finalmente, as questões ligadas ao exército se mostraram cruciais para o declínio da
monarquia, visto que, após a Guerra do Paraguai (1870), o exército ganhou ampla
importância. Nas decisões políticas, contudo, o poder dos civis era muito maior em relação
ao dos militares, gerando tensões no exército, inclusive por meio de punições aos militares
que denunciassem a corrupção ou se mostrassem contrários à escravidão. Em meio a este
ambiente, altos chefes do exército, como o Marechal Deodoro da Fonseca, se
manifestaram contrários ao imperador.
26. Tais acontecimentos e a insatisfação com Pedro II favoreceram o golpe militar que daria
origem à República Brasileira. Em 15 de novembro de 1889, Deodoro da Fonseca assumiu
o comando contra o governo monárquico, ocupando o quartel do Rio de Janeiro. O
gabinete foi deposto, o ministro da Justiça e o chefe de gabinete foram presos e, a partir
de então, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do
Brasil.D. Pedro II recebeu, no dia seguinte, um documento que exigia a retirada da Família
Real para Portugal. Tem-se início, então, a República Brasileira.

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5. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO – SOMENTE PERGUNTAS

1) Quais os motivos que levaram à transmigração da Corte Portuguesa ao Brasil, sob a


liderança de D. João, em 1808?
2) Comente sobre a Revolução Pernambucana de 1817, destacando as suas causas,
objetivos, principais características e qual foi seu resultado.
3) Em que medida a Revolução Liberal do Porto influenciou no processo de independência
brasileira, e de que forma D. Pedro I esteve inserido neste processo?
4) Quais são as diferenças entre o processo de independência do Brasil e os processos de
independência de outras nações latino-americanas, como a Argentina, por exemplo?
5) Explique os motivos que levaram Pedro I a rejeitar o projeto de Constituição de 1823 e
quais foram as medidas adotadas por ele.
6) Em 1824 foi outorgada a primeira Constituição Brasileira. De acordo com ela, quais
eram as atribuições do imperador?
7) Explique, de forma sucinta, o que foi a Confederação do Equador de 1824.
8) O que foi a Guerra da Cisplatina?
9) Quais fatores contribuíram para a abdicação de D. Pedro I, em 1831?
10) Quais são as principais características da situação política do Brasil entre a abdicação de
D. Pedro I, em 1831, até sua morte, em 1834, e quais foram os rumos seguidos entre
1834 e 1840?
11) Comente a origem do Partido Liberal e a origem do Partido Conservador no Brasil.
12) Caracterize a Regência Trina Provisória e as principais medidas por ela adotadas.
13) Qual grupo político a Regência Trina Permanente representava?
14) O que foi o Ato Adicional de 1834 e o que ele determinava?
15) Comente os principais aspectos da Regência Una de Diogo Feijó.
16) Explique o que foi a Lei Interpretativa do Ato Adicional, de 1840.
17) Qual era a situação econômica do Brasil durante o período regencial?

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18) Elabore um texto explicando, de forma objetiva, as principais revoltas regenciais


ocorridas no Brasil. Considere, para isso: a província em que cada revolta ocorreu, sua
duração, as causas da revolta, quais grupos sociais participaram, seus objetivos e
resultados.
19) Explique o termo “Parlamentarismo às avessas” no contexto do Segundo Reinado.
20) Quais fatores foram responsáveis pela expansão cafeeira no século XIX?
21) O que foi a lei Eusébio de Queirós, de 1850?
22) Qual foi a atitude inglesa, com base no Bill Aberdeen, em relação ao Brasil?
23) Explique brevemente a Questão Christie e qual foi o seu desfecho.
24) Explique os conflitos em que o Brasil esteve inserido na região platina ao longo do
século XIX.
25) Quais foram os efeitos da Guerra do Paraguai para o Brasil e para o Paraguai?
26) Comente sobre as leis abolicionistas e os seus efeitos no Brasil.
27) Explique os principais motivos que levaram à queda da Monarquia Brasileira.

QUESTIONÁRIO – PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Quais os motivos que levaram à transmigração da Corte Portuguesa ao Brasil, sob a


liderança de D. João, em 1808?
Dentre os principais motivos que levaram à transferência da Corte Portuguesa ao Brasil,
podemos destacar as invasões napoleônicas entre o final do século XVIII e início do século
XIX, resultado da neutralidade de Portugal diante do bloqueio continental imposto pela
França à Inglaterra. Como Portugal mantinha relações comerciais com a Inglaterra, o
fechamento de seus portos, em atendimento ao bloqueio, seria prejudicial a ambas as
nações.
2) Comente sobre a Revolução Pernambucana de 1817, destacando as suas causas,
objetivos, principais características e qual foi seu resultado.
Ocorrida na província de Pernambuco, essa revolta foi resultado da insatisfação de muitos
moradores com o crescente aumento dos impostos pagos, que sustentavam apenas os luxos
da Corte no Rio de Janeiro. A queda no preço do açúcar no mercado internacional também
favoreceu a eclosão da Revolução, contrária ao governo de D. João VI. Apesar de os grupos
envolvidos em sua liderança possuírem diferentes metas, um consenso era a proclamação da
república. O governo imperial reagiu e enviou as tropas para combater a insurreição, que a
essa altura havia tomado a província e estabelecido um governo provisório. Foi a única
rebelião anterior à independência que superou a conspiração e agiu de forma a tomar o
poder, permanecendo nele por cerca de 2 meses e meio. Seus líderes foram condenados à
morte.

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3) Em que medida a Revolução Liberal do Porto influenciou o processo de independência


brasileira, e de que forma D. Pedro I esteve inserido neste processo?
Na cidade portuguesa do Porto, comerciantes liberais, com o apoio de camponeses, militares
e funcionários públicos, conquistaram o poder. Diante deste cenário, criaram uma
Constituição de caráter liberal que limitava os poderes de D. João VI, além de pretender
recolonizar o Brasil. Frente a esta situação, D. João abdicou do cargo e deixou seu filho Pedro
como príncipe regente do Brasil. Contudo, as Cortes de Lisboa, que representavam os
interesses da burguesia portuguesa, procuraram restringir a autonomia do governo brasileiro,
enfraquecendo a figura de D. Pedro e exigindo o seu retorno a Portugal. Os latifundiários
brasileiros, percebendo que isso seria prejudicial a eles, fundaram o Partido Brasileiro,
elaborando um documento pedindo que D. Pedro não regressasse, como as Cortes de Lisboa
desejavam. Tal fato, ocorrido em 09 de janeiro de 1822, ficou conhecido como o Dia do Fico.
Assim D. Pedrorompeu politicamente com Portugal e proclamou a independência do Brasil
em 07 de setembro de 1822.
4) Quais são as diferenças entre o processo de independência do Brasil e os processos de
independência de outras nações latino-americanas, como a Argentina, por exemplo?
Em linhas gerais, a principal diferença entre as independências ocorridas nos demais países
da América Latina, como a Argentina e o Paraguai, por exemplo, em relação ao Brasil, é que
aquelas nações se tornaram repúblicas, enquanto o Brasil se tornou uma monarquia, ainda
sob o domínio de Portugal.
5) Explique os motivos que levaram Pedro I a rejeitar o projeto de Constituição de 1823 e
quais foram as medidas adotadas por ele.
O projeto de Constituição que seria elaborado em 1823 foi rejeitado por D. Pedro I, uma vez
que limitava seus poderes e ampliava os poderes do Legislativo. Além disso, estabelecia que o
poder político ficasse mantido nas mãos dos grandes proprietários rurais. Diante disso, D.
Pedro dissolveu a Constituinte, nomeou uma comissão composta por 10 brasileiros natos e
elaborou uma nova Constituição, outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.
6) Em 1824 foi outorgada a primeira Constituição Brasileira. De acordo com ela, quais eram
as atribuições do imperador?
Com a Constituição de 1824, o imperador nomeava os magistrados do Judiciário, escolhia os
senadores do Legislativo, era encarregado da administração pública e do cumprimento das
leis no Executivo. Havia ainda uma quarta função, atrelada ao Poder Moderador, que
estabelecia a ele o direito de nomear ministros, senadores e juízes, demitir presidentes de
províncias, dissolver Câmaras, vetar atos do Legislativo e, finalmente, dava-lhe o direito de
intervir nos demais Poderes, após consulta ao Conselho de Estado, composto por
conselheiros nomeados pelo próprio imperador.
7) Explique, de forma sucinta, o que foi a Confederação do Equador de 1824.
A Confederação do Equador foi um projeto que visava estabelecer uma república no
Nordeste brasileiro, em razão da queda nas exportações de açúcar, entre as elites, e da
miséria social, entre as camadas mais pobres (negros livres, escravos, militares de baixa
patente, mestiços). Estiveram sob a liderança de Frei Caneca e Cipriano Barata, que
defendiam, além da república, um poder descentralizado e maior autonomia às províncias.

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8) O que foi a Guerra da Cisplatina?


Ocorrida entre 1825 e 1828, foi um conflito entre Brasil e Argentina pela posse da Colônia de
Sacramento, na região do Rio da Prata, resultando na criação de um novo país, a República
Oriental do Uruguai.
9) Quais fatores contribuíram para a abdicação de D. Pedro I, em 1831?
Dentre os principais fatores, podemos destacar: o estilo mais autoritário e centralizador de D.
Pedro, vislumbrado pela repressão à Confederação do Equador, pela dissolução da
Constituinte, a outorga (imposição) da Constituição e o estabelecimento do Poder
Moderador, que somente o beneficiava; balança comercial desfavorável; associação à morte
do jornalista Líbero Badaró.
10) Quais são as principais características da situação política do Brasil entre a abdicação de
D. Pedro I, em 1831, até sua morte, em 1834, e quais foram os rumos seguidos entre 1834 e
1840?
Ao abdicar do trono, Pedro I deixou seu filho Pedro de Alcântara, que tinha apenas 5 anos de
idade, no entanto, ele não poderia assumir até completar 18 anos. Diante disso, o Brasil
passou a ser governado por regentes até 1840, quando ocorreu o Golpe da Maioridade,o qual
estabeleceu a posse de Pedro como novo imperador brasileiro. Entre 1831 e 1834, notamos
que a política foi conduzida por três grupos políticos: os restauradores (defendiam a volta de
Pedro I e a monarquia absolutista), os liberais exaltados (descentralização do poder e
autonomia administrativa das províncias) e os liberais moderados (centralização política e
permanência da monarquia, mas sem o absolutismo). Quando Pedro I morreu, em 1834, os
restauradores e os liberais exaltados tiveram seu poder reduzido. A partir de 1837, os
moderados foram divididos em progressistas (governo forte e centralizado, mas abertos a
concessões) e regressistas (não estavam dispostos a fazer concessões aos exaltados,
contrários à liberdade administrativa das províncias).
11) Comente a origem do Partidos Liberal e a origem do Partido Conservador no Brasil.
A partir de 1840, os regressistas assumiram a denominação de Partido Conservador
(Saquaremas) e os progressistas, a de Partido Liberal (Luzias), possuindo poucas divergências
ideológicas entre si.
12) Caracterize a Regência Trina Provisória e as principais medidas por ela adotadas.
Foi estabelecida com a abdicação de Pedro I e vigorou entre 07 de abril e 07 de junho de
1831. Esteve sob responsabilidade de Carneiro de Campos, Campos Vergueiro e Francisco de
Lima e Silva. Dentre as principais medidas, temos a readmissão do Ministério dos Brasileiros
(demitido por D. Pedro em 05 de abril do mesmo ano), a anistia aos presos políticos e a
suspensão parcial do Poder Moderador. Tais medidas possuíam um caráter liberal e contrário
ao absolutismo.
13) Qual grupo político a Regência Trina Permanente representava?

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Composta por João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva,
governou entre 1831 e 1835; este grupo representava os liberais moderados, em busca da
manutenção da ordem política e social.

14) O que foi o Ato Adicional de 1834 e o que ele determinava?


Os políticos moderados estabeleceram uma reforma na Constituição de 1824, conhecida
como Ato Adicional, ele estabelecia que a regência deveria ser exercida por uma pessoa, cujo
mandato seria 4 anos. Além disso, o Ato extinguiu o Conselho de Estado e criou as
Assembleias Legislativas provinciais.
15) Comente os principais aspectos da Regência Una de Diogo Feijó.
Diogo Feijó foi eleito para comandar a primeira Regência Una, a partir de 1835, ligada aos
moderados progressistas. Durante sua regência, uma série de revoltas tiveram início, como a
Cabanagem e a Farroupilha. Os políticos o acusavam de não conseguir manter a ordem no
país. Em 1837, diante dessas instabilidades, ele renunciou ao cargo, sendo substituído por
Araújo Lima.
16) Explique o que foi a Lei Interpretativa do Ato Adicional, de 1840.
Durante a Regência Una de Araújo Lima (1838-1840), as revoltas passaram a ser contidas
violentamente. Em meio a este cenário, os regressistas criaram uma nova lei, chamada de Lei
Interpretativa do Ato Adicional, que reduzia o poder das províncias e subordinava os órgãos
da polícia e da justiça ao poder central.
17) Qual era a situação econômica do Brasil durante o período regencial?
O Brasil enfrentava uma grande instabilidade política, social e econômica, sobretudo no que
diz respeito ao mercado externo. O preço das exportações brasileiras caía significativamente,
dada a concorrência de produtos similares de outras regiões, como o açúcar antilhano e o de
beterraba, produzido na Europa, além da baixa arrecadação de impostos devido aos
privilégios alfandegários concedidos aos produtos da Inglaterra e outros países. Somado a
isso, temos as despesas com as operações militares para conter as rebeliões internas e o
crescimento do déficit brasileiro em virtude de empréstimos feitos junto ao exterior.
18) Elabore um texto explicando, de forma objetiva, as principais revoltas regenciais
ocorridas no Brasil. Considere, para isso: a província em que cada revolta ocorreu, sua
duração, as causas da revolta, quais grupos sociais participaram e seus objetivos.
- Cabanagem (1835-1840), Pará. Organizada por negros, indígenas e pessoas pobres que
viviam às margens dos rios (cabanos), em razão das péssimas condições de vida e domínio
político de grandes fazendeiros.
- Balaiada (1838-1841), Maranhão. Organizada por pobres da região, escravos e fugitivos, em
decorrência da miséria que assolava a população mais carente.
- Sabinada (1837-1838), Bahia. Organizada por militares e classe média, procurava instituir
uma república na província.

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- Farroupilha (1835-1845), Rio Grande do Sul. Organizada por estancieiros e militares,


procurava lutar contra a alta dos impostos sobre o charque (carne seca) sulino, uma vez que
o Uruguai estava entrando no mercado do país com uma carne mais barata.
- Revolta dos Malês (1835), Bahia. Organizada por escravos de origem muçulmana (os malês),
procurava acabar com a escravidão e a imposição do cristianismo, além de acabar com as
demais restrições religiosas.
19) Explique o termo “Parlamentarismo às avessas” no contexto do Segundo Reinado.
A organização do sistema parlamentar brasileiro era diferente do sistema de outros países.
Dom Pedro II, imbuído das atribuições do Poder Moderador, possuía autonomia para
escolher os integrantes do Conselho de Estado. Este órgão, situado abaixo da autoridade do
monarca, poderia escolher os ministros e realizar a dissolução da Câmara de Deputados. Na
maioria das vezes, as ações do Conselho somente refletiam os interesses pessoais do
imperador. Daí a origem “Parlamentarismo às avessas”, pois quem indicava os cargos era o
próprio imperador, não o parlamento.
20) Quais fatores foram responsáveis pela expansão cafeeira no século XIX?
Com a mudança do centro econômico do Nordeste para o centro-sul do país, em razão da
expansão dos cafezais, um novo produto ganhou o cenário da economia brasileira: o café é
resultado de um processo de industrialização e modernização brasileira, no qual o trabalho
escravo foi sendo substituído pelo trabalho assalariado, predominantemente realizado pelos
imigrantes (italianos e alemães). O café passou a ser exportado para a Europa e Estados
Unidos, incentivando o crescimento do mercado exportador. Além disso, o clima e o solo
propícios ao seu cultivo favoreciam o desenvolvimento das lavouras.
21) O que foi a lei Eusébio de Queirós, de 1850?
A Lei Eusébio de Queirós estabelecia o fim do comércio internacional de escravos para o
Brasil, ainda que desde 1831 o tráfico negreiro tenhasido proibido, eleainda permaneceu por
cerca de 20 anos, devido, em parte, ao tráfico interno, ou seja, aquele ocorrido entre as
províncias brasileiras.
22) Qual foi a atitude inglesa, com base no Bill Aberdeen, em relação ao Brasil?
No ano de 1845, para agir contra os traficantes de escravos, a Inglaterra aprovou a lei Bill
Aberdeen, que autorizava a marinha inglesa a atacar navios negreiros. Sob o amparo legal, a
marinha da Inglaterra invadiu portos brasileiros a fim de prender traficantes e prender navios
negreiros.
23) Explique brevemente a Questão Christie e qual foi o seu desfecho.
Em 1861, um navio inglês naufragou na costa do Rio Grande do Sul e teve sua carga roubada.
No ano seguinte, três oficiais da marinha inglesa foram presos no Brasil, acusados de
provocarem desordem. William Christie, embaixador inglês, exigiu que o governo brasileiro
indenizasse a Inglaterra pelo furto da carga e liberasse os oficiais,o que não foi realizado. Em
meio à negativa, ele ordenou que a marinha inglesa aprisionasse navios mercantes
brasileiros. Neste cenário, foi estabelecido o arbitramento internacional, feito pelo rei belga
Leopoldo I, o qual se apresentou favoravelmente ao Brasil. O governo inglês se recusou a

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apresentar desculpas formais, forçando o rompimento das relações diplomáticas, que seriam
retomadas somente em 1865. Este episódio ficou conhecido como Questão Christie.
24) Explique sucintamente os conflitos em que o Brasil esteve inserido na região platina ao
longo do século XIX.
Além da já mencionada Guerra da Cisplatina, podemos destacar mais três conflitos: Guerra
do Prata (1851-1852), que, após a formação da República Oriental do Uruguai (1828), elegeu
Rivera como presidente, não interferindo nas relações com o Brasil. Contudo, em 1834 Oribe
venceu as eleições e se uniu ao presidente argentino, Juan Manuel Rosas, que pretendia
anexar o Uruguai ao território argentino, prejudicando os interesses brasileiros referentes à
navegação e às fronteiras. Diante de tal situação, o Brasil interveio militarmente, aliando-se
ao colorado Rivera e derrubando Oribe do poder. O segundo movimento foi a Guerra do
Uruguai (1864-1865), quando fazendeiros gaúchos se queixaram de que os blancos uruguaios
estavam invadindo e roubando gado no Brasil; o presidente uruguaio, Atanásio Aguirre, do
Partido Blanco, não deu muita atenção à situação. Neste cenário, o Brasil declarou guerra ao
Uruguai e se aliou ao Partido Colorado sob a liderança de Venâncio Flores. Em 1865, Flores
derrotou Aguirre com apoio das tropas brasileiras, assumindo a presidência do país. Por fim,
ocorreu a Guerra do Paraguai (1864-1870), na qual fatores econômicos foram fundamentais
para sua eclosão. O desenvolvimento dos produtos paraguaios ameaçava os interesses
ingleses, que preferiam que os latino-americanos fossem apenas fornecedores de matérias-
primas e consumidores de seus produtos industrializados. O governo paraguaio, contudo, não
se encaixava nessa política, assim a Inglaterra favoreceu a luta entre Argentina, Brasil e
Uruguai contra o Paraguai. Além destes aspectos, as questões de navegação foram cruciais
para o desenvolvimento do conflito.
25) Quais foram os efeitos da Guerra do Paraguai para o Brasil e para o Paraguai?
No Brasil, a questão econômica foi sentida consideravelmente, visto que o país contraiu
inúmeros empréstimos e teve muitos prejuízos, além das dívidas com os banqueiros da
Inglaterra. O exército brasileiro também se mostrou conflituoso, pois se apresentou contrário
à escravidão. No caso do Paraguai, estima-se que metade da população tenha sido morta ao
longo das lutas, mas os números não são confiáveis, devido à falta de informações a respeito.
De toda forma, as perdas humanas foram extremamente significativas para o país.
26) Comente sobre as leis abolicionistas da segunda metade do século XIX.
- Lei do Ventre Livre (1871): declarava livres todos os nascidos de mãe escrava a partir de sua
promulgação. Além disso, isentava os donos de escravos da obrigação de alimentar os filhos
dos escravos. Permitia, também, que os escravos que juntassem dinheiro poderiam comprar
sua liberdade (alforria).
- Lei dos Sexagenários (Saraiva-Cotegipe, 1885): declarava livres os escravos com mais de 60
anos, além de isentar os donos de sustentar aqueles que ultrapassassem tal idade (o que era
muito raro devido às condições precárias de vida).
- Lei Áurea (1888): extinguiu a escravidão no Brasil, assinada pela Princesa Isabel.
27) Cite os principais motivos que levaram à queda da Monarquia Brasileira.

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Dentre os principais motivos, temos a insatisfação dos grandes proprietários de terras em


relação ao fim da escravidão, o crescimento do movimento republicano a partir de 1870, os
conflitos do governo imperial com a Igreja Católica e o exército e a instabilidade econômica.

6. EXERCÍCIOS

1. (IBFC - Pref. de Cabo de Santo Agostinho-PE - Professor de História /2019)


Não havia outro meio de transportar aquela raça (os africanos) à América, senão o tráfico.
Por conta da consciência individual, ocorrem as atrocidades cometidas. Não carregava a
ideias com a responsabilidade de semelhantes atos, como não se impunha a religião católica,
a sublime religião da caridade, as carnificinas da inquisição. O tráfico, na sua essência, era o
comércio de homens; a mancipatio dos romanos. Sem a escravidão africada e o tráfico que a
realizou, a América seria ainda hoje um vasto deserto (ALENCAR, 1867).

O trecho acima foi escrito por José de Alencar em 1867 para defender a escravidão no Brasil
contra a iminente ameaça do governo em submetê-la a um processo legislativo de
emancipação. Já a ilustração acima, de Agostini, refere-se ao confronto entre os
abolicionistas e os escravocratas, que insistiam em manter a instituição da escravidão. A
respeito deste período, assinale a alternativa incorreta.

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A) Pode-se dizer que os discursos escravistas, produzidos no contexto da lei do ventre livre,
compõem o ponto de chegada de um processo mais amplo, cuja montagem data, pelo
menos, desde meados do período regencial (1831- 1840)
B) Embora a escravidão negra tivesse sido progressivamente desmontada nos países e nas
colônias da América após a Era das Revoluções, duas outras sociedades também fundadas na
instituição cresceram vigorosamente sob o influxos do capitalismo de livre mercado: a ilha de
Cuba e o sul dos Estados Unidos
C) Enquanto o governo norte americano exerceu jurisdição sobre territórios sem cativos, o
Império do Brasil se arquitetou sobre uma sociedade genuína e integralmente escravista
D) Por volta de 1850, o contrabando de africanos se avolumou em escala extraordinária,
montando a cerca de 900 mil pessoas violentamente trazidas ao país nos quinze anos
subsequentes
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a Lei do Ventre livre foi uma lei abolicionista, que pregava a
liberdade para os filhos de escravas que nasceram a partir da data em que a lei foi vigorada,
inicialmente desde o período regencial.
A alternativa B está incorreta, pois a expansão rápida da indústria do algodão no extremo sul após
a invenção da máquina de tecer, fez com que a demanda por trabalho escravo no sul dos Estados
Unidos aumentasse exponencialmente. Os estados escravagistas tentaram expandir a escravidão
para os estados novos formados nos territórios do oeste para que assim eles pudessem manter sua
influência política pela nação. Os líderes políticos sulistas queriam anexar Cuba como um território
escravagista. A questão da escravidão continuaria a polarizar politicamente os Estados Unidos
durante toda a primeira metade do século XIX, efetivamente dividindo o país entre os estados
escravos e livres.
A alternativa C está incorreta, pois o governo americano concentrava o poder no Estado,
decorrente de sua soberania, para editar leis e ministrar a justiça. Já o Brasil, presava por um
governo autêntico, verdadeiro.
A alternativa D está correta, ou seja, é falsa. Pois os escravos ainda eram utilizados como
mercadoria muito cara, já que a Lei Euzébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfego negreiro e não era
mais possível que os escravos fossem transportados de um lugar para outro.
(MOTA; BRAICK, 2005; SKIDMORE, 1998; ENEM, 2020).
Gabarito: D
2. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)
Sobre as mudanças causadas pela economia cafeeira no Brasil do século XIX, analise as
afirmativas a seguir.
I. Até o final do século XIX, por volta de 1870, havia poucas indústrias no Brasil. Contudo,
após o crescimento da produção cafeeira, muitos cafeicultores usaram seu dinheiro para
montar indústrias de sabão, de tecidos, de bebidas, de papel e de alimentos.

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II. São Paulo foi a cidade que mais passou por mudanças com a riqueza trazida pelo café. O
comércio e a população cresceram, mansões luxuosas foram construídas, indústrias foram
instaladas e a eletricidade passou a ser utilizada para iluminar as ruas e fazer funcionar os
bondes e as máquinas das indústrias.
III. Um dos símbolos mais expressivos da economia cafeeira foram as grandes construções, as
estradas de ferro que transportavam o café pelo País como, por exemplo, a estação de trem
da Luz em São Paulo.

Marque a opção que indica a(s) afirmativa(s) CORRETA(S).


A) I – II.
B) II.
C) I – II – III.
D) II – III.
E) I – III.
Comentários:
O Item I é correto, pois as transformações na estrutura produtiva brasileira iniciaram com o
acúmulo de capitais proporcionados pelo comércio internacional do café, possibilitando
reinvestimentos dos lucros obtidos com a comercialização no próprio setor produtivo, assim como
pela substituição da mão de obra escrava pela mão de obra assalariada nas atividades produtivas,
motivada, entre outros fatores, pelo fim do tráfico de escravos no oceano Atlântico e pela pressão
internacional contrária à exploração escravista no Brasil. O assalariamento se deu a partir da
introdução da mão de obra emigrante europeia nas atividades produtivas do país, criando, assim,
um mercado nacional para bens de consumo popular. Por outro lado, como nem todos os
imigrantes europeus no Brasil se ocuparam com as lavouras de café, dedicando-se às atividades
comerciais, aos serviços e ao artesanato, houve espaço para o processo de urbanização da
sociedade brasileira, sobretudo na região Sudeste, assim como a criação de bancos comerciais no
país. Todos esses fatores, assim como os investimentos públicos imperiais em infraestrutura,
principalmente em ferrovias e estradas na região central do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais), foram determinantes para o surgimento das primeiras indústrias no país.
O Item II é correto, pois São Paulo foi à cidade que mais passou por mudanças com a riqueza
trazida pelo café. O comércio e a população cresceram, mansões luxuosas foram construídas,
indústrias foram instaladas e a eletricidade passou a ser utilizada para iluminar as ruas e fazer
funcionar os bondes e as máquinas das indústrias. Com o aumento do comércio e das indústrias
muitas pessoas vieram do campo buscando uma vida melhor nas cidades, mas tiveram que
trabalhar nas indústrias, para ganhar um salário muito baixo. Uma das construções mais
importantes de São Paulo até hoje, forma construídas na época da expansão do café, como a
estação de trem da Luz, o Teatro Municipal, a agência central do Banco do Brasil.
O Item III é correto, pois o Barão de Mauá criou ainda a Companhia de Rebocadores da Barra de
Rio Grande, conseguiu os direitos de tráfico no Rio Amazonas por 30 anos, e investiu em

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companhias de bondes no Rio de Janeiro. Barão de Mauá foi ainda um dos grandes incentivadores
da implantação de ferrovias no Brasil, com o objetivo de transportar a produção agrícola do país
com maior velocidade. A primeira delas foi a ferrovia Mauá, que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do
Paraíba fluminense, cuja licença para sua construção foi concedida em 1852. A estação reflete o
momento histórico em que foi construída, evidenciando o poder do café na trajetória de expansão
da cidade. Erguida junto ao Jardim da Luz, por décadas a sua torre dominou parte da paisagem
central paulistana. O seu relógio era o principal referencial para acerto dos relógios da cidade.
Destruído pelo incêndio de 1946, foi substituído, cinco anos depois, por um relógio Michelini, de
fabricação nacional. No período de auge da estação (ou seja, nas primeiras décadas do século XX,
quando a Luz era uma região de destaque na cidade), ela compunha um conjunto arquitetônico
que não só era um referencial urbano como efetivamente fazia parte da vida cotidiana do
município, constituindo aquilo que pode ser chamado de a "imagem da cidade". A estação, vizinha
do Jardim da Luz, compunha com o edifício da Pinacoteca do Estado um marco na definição da
região da Luz, marcando os limites dos bairros do Bom Retiro e Campos Elíseos.
Assim, a resposta correta é a letra C).
(CAFEICULTURA. 2007; NEVES. 2020)
Gabarito: C
3. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
Sobre a política e o trabalho no Segundo Reinado marque a alternativa incorreta:
A) Nos primeiros anos da monarquia, a vida política do Brasil concentrava-se em torno de três
grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados e restauradores.
B) A disputa entre liberais e conservadores pelo poder no parlamento, por meio do gabinete
ministerial, deixava nossa política bastante instável. D. Pedro II foi o responsável por
controlar as disputas políticas e por criar um regime conhecido como parlamentarismo,
sistema parlamentar no qual o imperador tinha função meramente decorativa.
C) Havia muitas tensões políticas no país envolvendo diferentes questões. Existiam os
federalistas, que defendiam maior autonomia para as províncias, enquanto outros defendiam
a centralização do poder para que as províncias não tivessem autonomia; alguns eram
monarquistas, enquanto outros eram republicanos.
D) O processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lentamente,
demonstrando o desinteresse da monarquia em acabar com a escravidão no Brasil.
E) A vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como alternativas para substituir os escravos.
Vieram para o Brasil um grande número de italianos e portugueses, bem como alemães e
espanhóis.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois nos primeiros anos da monarquia, a vida política do
Brasil concentrava-se em torno de três grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados e
restauradores, cada um com suas próprias convicções políticas. Durante o Primeiro Reinado e o

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Período Regencial, esses grupos converteram-se em dois, liberais e conservadores, os quais


controlaram nossa política no Segundo Reinado.
A Alternativa B) é a resposta certa, pois a disputa entre liberais e conservadores pelo poder no
parlamento, por meio do gabinete ministerial, deixava nossa política bastante instável. D. Pedro II
foi o responsável por controlar as disputas políticas e por criar um regime conhecido como
parlamentarismo às avessas, sistema parlamentar no qual o imperador tinha plenos poderes de
destituir o gabinete ministerial.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois existiam os federalistas, que defendiam maior
autonomia para as províncias, enquanto outros defendiam a centralização do poder para que as
províncias não tivessem autonomia; alguns eram monarquistas, enquanto outros eram
republicanos.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois em relação ao trabalho, as duas grandes questões
eram referentes ao trabalho escravo e à chegada dos primeiros imigrantes europeus ao Brasil. No
que diz respeito à escravidão, destaca-se a pressão dos ingleses para que o Brasil colocasse fim ao
tráfico de escravos – o que, inclusive, quase levou nosso país à guerra contra os ingleses. O
processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lentamente, demonstrando o
desinteresse da monarquia em acabar com a escravidão no Brasil, uma vez que isso poderia
prejudicar politicamente o monarca brasileiro. No final da década de 1880, quando a situação já
era insustentável, a campanha abolicionista ganhou força no país. Em 1888, a Lei Áurea foi
assinada, proibindo o trabalho escravo dos negros em nosso país.
A Alternativa E) não é a resposta correta, pois a vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como
alternativa para substituir os escravos, que, após 1850, com a proibição do tráfico negreiro,
estavam escasseando em nosso país. Os imigrantes foram muito importantes para as fazendas de
café, que começaram a crescer no Oeste Paulista. Vieram para o Brasil um grande número de
italianos e portugueses, bem como alemães e espanhóis.
(NEVES, 2020)
Gabarito: B
4. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)
A declaração da maioridade de Pedro de Alcântara três anos antes do previsto foi tramada
pelos liberais, que faziam oposição à Regência de Araújo Lima. O menino seria sagrado
imperador como Pedro II e seu governo duraria 49 anos. Marque a opção que indique um dos
fatos ocorridos no Segundo Reinado.
A) No início o jovem imperador montou um ministério com políticos conservadores, mas este
gabinete durou apenas oito meses, pois não conseguiu pacificar as províncias;
B) Neste período a existência de diferenças ideológicas entre os grupos dominantes era
marcante. As eleições representavam a vontade da maioria da população;
C) Ocorre a consolidação do deslocamento do eixo econômico das velhas regiões agrícolas do
Centro-Sul para o Nordeste;

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D)Em 1864, forças brasileiras invadiram o Uruguai com o objetivo de derrubar o presidente
Atanásio Aguirre e substituí-lo por Venâncio Flores.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois a disputa pelo poder realizada por conservadores e liberais era
intensa e tinha impactos negativos para a política brasileira, pois gerava muita instabilidade. A
saída encontrada pelo imperador foi promover uma política de revezamento em que
conservadores e liberais alternavam-se na liderança do gabinete ministerial. Isso reduziu um pouco
os conflitos. A distribuição do poder durante o Segundo Reinado acontecia de forma que o
imperador tivesse amplos poderes na política. O imperador representava pessoalmente o Poder
Moderador e estava à frente do Executivo. No Executivo também constava o Conselho de Estado.
No caso do Legislativo, destacam-se os cargos de senador e deputado.
A Alternativa B) é incorreta, pois, por fim, da política brasileira, um último e importante destaque a
ser mencionado é o que ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. O Brasil funcionava
como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador interferia na política sempre que fosse
necessário para garantir seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe
agradasse, ele o destituía, e se a Câmara tomasse medidas que não lhe agradassem, ela era
dissolvida. Apesar disso, uma crítica muito forte à atuação dos dois partidos e que já era realizada
na época é a de que as divergências entre os liberais e conservadores eram quase inexistentes.
Também se dizia, à época, que não havia nada mais parecido com um conservador do que um
liberal no poder.
A Alternativa C) é incorreta, pois, em termos econômicos, o grande destaque vai para a economia
cafeeira, que se consolidou durante o Segundo Reinado como o principal meio de produção da
economia brasileira. As zonas produtoras de café do Brasil nesse período foram três: Vale do
Paraíba (RJ/SP), Oeste Paulista (SP) e Zona da Mata (MG).
A Alternativa D) é correta, pois a Guerra do Uruguai, também referida como Guerra contra Aguirre,
ocorreu de 10 de agosto de 1864 até 20 de fevereiro de 1865 e foi travada entre o governante
Partido Blanco do Uruguai e uma aliança que consistia no Império do Brasil e o Partido Colorado.
Desde a sua independência, o Uruguai tinha sido devastado por lutas constantes entre as facções
colorada e branca, cada uma tentando conquistar e manter o poder. O líder colorado Venancio
Flores lançou a Cruzada Libertadora em 1863, uma insurreição que visava derrubar Bernardo
Berro, que presidia um governo de coalizão fusionista Colorado–Blanco. Flores foi ajudado pela
Argentina, cujo presidente Bartolomé Mitre lhe forneceu suprimentos, voluntários argentinos e
transporte fluvial para as tropas. Em abril de 1864, o Brasil enviou o ministro plenipotenciário José
Antônio Saraiva para negociar com Atanasio Aguirre, que tinha sucedido Berro no Uruguai. Saraiva
fez uma primeira tentativa de resolver a diferença entre blancos e colorados. Confrontado com a
intransigência de Aguirre em relação às demandas de Flores, o diplomata brasileiro abandonou o
esforço e ficou do lado dos colorados. Em 10 de agosto de 1864, depois que um ultimato brasileiro
foi recusado, Saraiva declarou que os militares do Brasil começariam represálias severas. O Brasil
se recusou a reconhecer um estado formal de guerra e, durante a maior parte de sua duração, o
conflito armado uruguaio–brasileiro foi uma guerra não declarada.
(NEVES. 2020)

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Gabarito: D
A respeito do Primeiro Reinado e do processo de independência do Brasil, julgue os itens
seguintes.
5. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A chamada Lei do Ventre Livre trouxe amplas mudanças nas relações entre senhores e
pessoas escravizadas, como a criação do Fundo de Emancipação de Escravos, cujo objetivo
era promover a alforria de escravos, com preferência para famílias, mulheres e crianças.
Comentário: A questão está verídica, posto que, a Lei do Ventre Livre foi promulgada em 28 de
Setembro de 1871 e determinava que os filhos de escrava que teriam nascido depois dessa data
seriam considerados homens livres, enquanto, o Fundo de Emancipação de Escravos, criado no
mesmo ano, tinha como objetivo de angariar fundos para libertar o máximo de escravos
possível.
Gabarito: Certo
Com relação aos movimentos sociais ocorridos no Brasil imperial, julgue os itens
subsecutivos.
6. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A abolição da escravatura foi resultado de campanha elitista concentrada em debates
parlamentares e dirigida por políticos, como Joaquim Nabuco.
Comentário: A questão está inverídica, sendo que, a abolição da escravatura foi um dos
acontecimentos mais marcantes da história do Brasil e determinou o fim da escravização dos
negros no Brasil. A abolição do trabalho escravo ocorreu por meio da Lei Áurea, aprovada no dia
13 de maio de 1888 com a assinatura da regente do Brasil, a princesa Isabel. A abolição da
escravatura foi a conclusão de uma campanha popular que pressionou o Império para que a
instituição da escravidão fosse abolida de nosso país.
(SILVA)
Gabarito: Errado
7. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A imposição do sistema métrico decimal, na segunda metade do século XIX, levou à
ocorrência de diversas revoltas pelo Brasil imperial, as quais vieram a ser conhecidas como
revoltas do quebra-quilos.
Comentário: A questão está adequada, porque, ficou conhecida pelo nome de Revolta do
Quebra-Quilos o movimento popular iniciado na Paraíba, a 31 de outubro de 1874, e que se
opunha às mudanças introduzidas pelos novos padrões de pesos e medidas do sistema
internacional, recém introduzidas no Brasil. Praticamente sem uma unidade e sem liderança, a
revolta logo se alastrou por outras vilas e povoados da Paraíba, estendendo-se a Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Alagoas.
(SANTIAGO)

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Gabarito: Certo
8. (IBADE – SEE-Vitória-ES – Professor de História PEB III / 2019)
Leia o relato do naturalista Charles Darwin em sua passagem por terras brasileiras no século
XIX:
“(...)É notório este lugar, pelo fato de ter sido, durante muito tempo, o quilombo de alguns
escravos fugidos que, cultivando pequeno terreno próximo à vertente, conseguiram suprir-se
do necessário sustento. Mas foram, um dia, descobertos e reconduzidos dali por uma escolta
de soldados. Uma velha escrava, no entanto, preferindo a morte à vida miserável que vivia,
lançou-se do alto do morro, indo despedaçar-se contra as pedras da base. Se se tratasse de
alguma matrona romana, esse gesto seria interpretado como nobilitante amor à liberdade,
mas, numa pobre negra, não passava de simples caturrice de bruto.”
(Darwin, 1871, p. 7).
A passagem acima indica que:
A) o racismo é também um conjunto de disposições, esquemas de percepção e estratégias de
ação – ou seja, um aspecto do habitus – que reforça e legitima a dominação racial.
B) grupos que racializam outros de maneira negativa tendem a trair os ideais que formam o
conjunto de heranças culturais ocidentais.
C) os ideais ingleses de liberdade, apesar de difundir os ideais do anti-escravismo, foram
incapazes de inibir a prática do tráfico negreiro e seus males.
D) o habitus racial do grupo minoritário se reproduz pela internalização das divisões raciais do
mundo social, o que implica na impossibilidade de mudanças e reformulações no processo de
reprodução.
E) podemos presumir que toda e qualquer desigualdade racial é consequência do racismo e a
continuação de tais diferenças em longo prazo sugerem fortemente a operação de algum tipo
de discriminação racial.
Comentários:
A Alternativa A) é correta, pois o Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em
percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma
de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças
devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características,
habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes
raças devem ser tratados de forma distinta. Entre as formas sobre como definir o racismo está a
questão de se incluir formas de discriminação que não são intencionais, como as que fazem
suposições sobre preferências ou habilidades dos outros com base em estereótipos raciais, ou
formas simbólicas e/ou institucionalizadas de discriminação, como a circulação de estereótipos
étnicos pela mídia. Também pode haver a inclusão de dinâmicas sociopolíticas de estratificação
social que, por vezes, têm um componente racial.

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A Alternativa B) é incorreta, pois uma interpretação do termo sustenta que o racismo é melhor
entendido como "preconceito aliado ao poder", visto que sem o apoio de poderes políticos ou
econômicos, o preconceito não seria capaz de manifestar-se como um fenômeno cultural,
institucional ou social generalizado. Alguns críticos do termo afirmam que ele é aplicado
diferencialmente, com foco em preconceitos que partem de brancos e de formas que definem
meras observações de eventuais diferenças entre as raças como racismo.
A Alternativa C) é incorreta, pois nada se sabe sobre o aparecimento de um antiescravismo
genuinamente brasileiro durante a segunda metade do século XVIII, período este das primeiras
manifestações de condenação da escravidão principalmente na França, na Inglaterra e nos Estados
Unidos. Isso não impede, no entanto, supor que se houve alguma manifestação contra a
escravidão gerada internamente a sua difusão deve ter sido inexpressiva, pois, além das limitações
impostas pela censura, a impressão tipográfica era proibida no Brasil; não bastassem estas
restrições, Estado, Igreja e senhores estavam interessados em preservar a escravidão, e se
empenhavam em bloquear a expressão de idéias que ameaçassem a ordem vigente.
A Alternativa D) é incorreta, pois o racismo aversivo é uma forma de racismo implícito, na qual as
avaliações negativas inconscientes de uma pessoa de minorias raciais ou étnicas são realizadas por
uma persistente evitação da interação com outros grupos raciais e étnicos. Ao contrário do
racismo aberto e tradicional, que se caracteriza pelo ódio aberto e discriminação explícita contra as
minorias raciais/étnicas, o racismo aversivo é caracterizado por expressões e atitudes mais
complexas e ambivalentes. O termo foi cunhado por Joel Kovel para descrever os comportamentos
raciais sutis de qualquer grupo étnico ou racial que racionalizem sua aversão a um grupo
específico, apelando a regras ou estereótipos.
A Alternativa E) é incorreta, pois alguns estudiosos consideram que o racismo moderno é
caracterizado por uma rejeição explícita de estereótipos, combinada à resistência à mudança de
estruturas de discriminação por razões ostensivamente não-raciais, uma ideologia que considera a
oportunidade em uma base puramente individual, negando a relevância da raça na determinação
individual, oportunidades e a exibição de formas indiretas de micro-agressão contra e/ou evitar
pessoas de outras raças.
(ROCHA. 2000)
Gabarito: A
9. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)
Sentimento capaz de explicar comportamentos coletivos, o medo de revoltas marcou a
primeira metade do século XIX. O acúmulo de frustrações com a emancipação criou uma
reação no corpo social. Miséria, fome, fisco, falta de liberdade, concorrência com os
“alfacinhas”, tudo se misturou num caldeirão de sangue e fogo, e, entre a abdicação de d.
Pedro I e a maioridade de d. Pedro II, conflitos violentos sacudiram o país.
(DEL PRIORE, Mary. Histórias da gente do Brasil: Império. São Paulo: LEYA, 2018, p.27)
Entre os conflitos ocorridos no intervalo de tempo mencionado no texto, merecem destaque

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A) a Cabanagem (1835-1840), ocorrida na Bahia e que tinha como principal objetivo a


conquista da independência da província, e a Balaiada (1838-1841) ocorrida no Maranhão,
motivada, entre outros fatores, pela insatisfação popular diante dos desmandos políticos dos
grandes fazendeiros da região.
B) a Guerra dos Farrapos (1835-1845), ocorrida no Rio Grande do Sul e motivada pela reação
de pequenos fazendeiros à política fiscal do governo imperial, e a Cabanada (1832-1835),
ocorrida no Pará, que tinha como objetivo principal a conquista da independência do Grão-
Pará.
C) a Balaiada (1838-1841), ocorrida no Maranhão e motivada pelos conflitos entre as facções
dos Cabanos e dos Bem te vis, grupos que desconsideravam os problemas das camadas
populares, e a Sabinada (1837-1838 ), ocorrida na Província da Bahia e motivada pela revolta
de populares contra o recrutamento obrigatório.
D) a Guerra dos Farrapos (1835-1848), ocorrida no Rio Grande do Sul e motivada pela
insatisfação dos grandes proprietários rurais com a abdicação de D. Pedro I, e a Balaiada
(1838-1841), ocorrida no Maranhão e que tinha como principal finalidade a independência da
Província do Grão-Pará e Maranhão.
E) a Cabanada (1832-1835), ocorrida no Pará e motivada pela insatisfação dos grandes
proprietários de terras com a cobrança de altos impostos sobre o comércio do algodão, e a
Guerra dos Farrapos, ocorrida no Rio Grande do Sul (1835-1848) e liderada por monarquistas
contra o movimento republicano local.
Comentários:
A alternativa A é incorreta, pois a Cabanagem (1835-1840) não ocorreu na Bahia, mas sim na
província do Grão-Pará.
A alternativa B também é incorreta, pois a Cabanada (1832-1835), não ocorreu no Pará, mas sim
no interior de Pernambuco, seguindo também para Alagoas.
A alternativa C é a resposta certa, pois de fato a Balaiada (1838-1841) ocorreu no Maranhão e
foi motivada pelos conflitos entre as facções dos Cabanos e dos Bem-te-vis, grupos que
desconsideravam os problemas das camadas populares. E a Sabinada (1837-1838) de fato
ocorreu na Província da Bahia e foi motivada pela revolta de populares contra o recrutamento
obrigatório.
A alternativa D é incorreta, pois a Guerra dos Farrapos (1835-1848), foi motivada, na verdade,
pelo fato de os gaúchos, que já andavam insatisfeitos com os altos impostos cobrados sobre os
produtos rio-grandenses, como charque, erva mate, couro, sebo e graxa, não foram
simpatizantes à Regência, chegando a proclamar uma República na região. E a Balaiada não teve
como principal finalidade a independência do território referido, mas sim, a luta contra a
repressão feita contra as camadas populares.
A alternativa E também está incorreta, pois, a Guerra dos Farrapos não foi liderada por
monarquistas, mas sim por republicanos que procuram realizar a independência do território
sulista.

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(SOUSA)
Gabarito: C
10. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)

A análise do quadro da distribuição étnica no Brasil Imperial, demonstra que


A) a população de africanos, negros brasileiros e índios integrados diminuiu no período do
Império, enquanto o número de mulatos e brancos brasileiros aumentou.
B) não ocorreram alterações, em porcentagem, das populações étnicas, no período do
Império.
C) a presença da etnia negra no Brasil do século XIX permaneceu inalterada, evidenciando a
pouca eficácia das leis abolicionistas do período.
D) no Império predominaram os grupos étnicos europeus e negros africanos, na composição
da população brasileira.
E) as populações de brancos brasileiros e de índios integrados mantiveram-se sem alterações
durante o Império.
Comentários:
A alternativa A está correta, de modo que é evidente no quadro que a população de africanos,
negros brasileiros e índios integrados diminuiu no período do Império, enquanto o número de
mulatos e brancos brasileiros aumentou.
A alternativa B está incorreta, de tal modo que, em todas etnias a porcentagem sofreu
alterações.
A alternativa C está incorreta, sendo que, mesmo com as leis abolicionistas do período, o
processo abolicionista só foi verdadeiramente eficaz no ano de 1888.
A alternativa D está incorreta, porque, as etnias que predominaram na composição da
população brasileira no Império foram os mulatos e os brancos brasileiros.
A alternativa E também é incorreta, visto que, ambas essas etnias sofreram alterações durante o
Império.
Gabarito: A

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11. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)


Foi só com a proximidade do fim da escravidão e da própria monarquia que a questão racial
passou para a agenda do dia. Até então, enquanto “propriedade”, o escravo era por definição
“o não-cidadão”. No Brasil, é, portanto, com entrada das teorias raciais que as desigualdades
sociais se transformam em matéria da natureza.
(SCHWARCZ, Lilian Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na
intimidade. In.: SCHWARCZ, Lilian. História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade
contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.186)
A discussão sobre a “questão racial” no Brasil, após abolição da escravidão, revestiu-se
A) de uma releitura particular das teorias raciais, na medida em que a posição assumida por
especialistas encaminhou-se para a restrição à imigração sob o argumento de preservação
das características originais do povo brasileiro.
B) de um simultâneo processo de absorção da ideia de que as raças significavam essências e
da negação da noção de que a mestiçagem levava sempre à degeneração dos indivíduos
constituintes da nação.
C) de uma integração entre modelos evolucionistas, crentes na evolução da humanidade em
etapas definidas, e um posicionamento de radical negação do darwinismo social, que negava
um futuro na miscigenação racial.
D) de um posicionamento hegemônico no qual se negou uma avaliação positiva do processo
de miscigenação racial, ainda que para promover a defesa de um gradual processo de
“branqueamento” da população.
E) da crença de que o futuro brasileiro conduziria, inevitavelmente, a uma nação branca,
além da definição dos grupos raciais pelo seu genótipo, o que possibilitava pensar cada
indivíduo como pertencente a uma determinada coletividade racial.
Comentários:
A alternativa A é incorreta, posto que, a posição assumida por especialistas foi a de aumentar a
imigração de indivíduos europeus para auxiliar no processo de “embranquecimento” da
população.
A alternativa B está correta, visto que a concepção de que raça e essência eram sinônimos era
uma teoria vigente em boa parte do ocidente na passagem do XIX para o XX. A intelectualidade
brasileira, por seu turno, precisava de uma saída, a qual encontrou na valorização da
mestiçagem. O povo brasileiro foi desenhado através da pena dos intelectuais sob o signo da
mistura de raças. O próprio Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mesmo antes da abolição,
já patrocinava está ideia, mas tendo o elemento branco como o condutor deste processo. As
Teorias Raciais baseavam-se em falsos pressupostos científicos, onde a ideia erronia de raça
superior e inferior prevalecia. Dentro deste contexto os negros eram tratados como atrasado,
em termos civilizatórios. Essas pesquisas iniciaram no Brasil durante o século XIX, influenciados
por estudos Europeus e Estadunidenses sobre o tema. No nosso país, Nina Rodrigues era um
dos principais divulgadores das Teorias Raciais que traziam estas para o debate as tentativas de

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“embranquecimento” de nossa população onde a meta era miscigenar a população brasileira


com emigrantes vindos da Europa. À medida que chegavam indivíduos dos países europeus,
para trabalho no campo e nas cidades, a população negra padecia por falta de trabalho e com o
alto grau de marginalização proporcionada pela falta de oportunidades.
A alternativa C é incorreta, de tal modo que, não ocorria uma radical negação do darwinismo
social, visto que, existia a crença de um futuro brasileiro no qual havia sido tomada por um
processo de “embranquecimento” da população.
A alternativa D está incorreta, porque, com fim do regime escravista no Brasil, vamos observar
que dentro da Sociedade havia uma espécie de manutenção do status de raça, motivada pelas
Teorias Raciais, pelo projeto de “embranquecimento” e pela falta de oportunidade para a
população negra.
A alternativa E também é incorreta, sendo que, não existia necessariamente uma crença, mas
sim, a defesa da elaboração de um processo de “embranquecimento” da população.
(SILVA, 2012)
Gabarito: B
12. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
“Dois fortes paradigmas impregnam há décadas as histórias gerais da escravidão no Brasil.
Em poucas palavras, trata-se da gradualidade da abolição e da pressão inglesa como fator
determinante para que o tráfico de africanos chegasse ao fim.”
RODRIGUES, Jaime. “O fim do tráfico transatlântico de escravos para o Brasil: paradigmas em
questão.” In: GRINBERG, Keila; SALES, Ricardo (Orgs.) O Brasil Imperial. Volume !! - 1831-
1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

Segundo o autor do fragmento, o sucesso da lei de 1850(Eusébio de Queirós), em relação à lei


de 1831, ambas proibitivas de tráfico de escravizados, relaciona-se a diversos fatores, entre
os quais NÂO se inclui o seguinte:
A) a separação entre os interesses senhoriais e os do traficante, do ponto de vista legal e
moral, propiciando o apoio relativo dos senhores dos escravizados das províncias à nova lei,
já que esta os excluía de qualquer implicação penal.
B) a pressão que os ingleses exerciam no império do Brasil, sobretudo após a bill Aberdeen
(1845) que julgava os traficantes de escravizados como piratas nos tribunais brasileiros, onde
quer que fossem capturados.
C) a manutenção do direito sobre as propriedades escravas anteriores à nova lei e a brandura
com que a policia e o judiciário tratavam os senhores que compravam escravizados
contrabandeados.
D) a luta dos abolicionistas que encontrava no imperador dom Pedro II forte colaborador,
sendo relevante para a decisão final aceca da nova lei de 1850 fosse feita em sessão pública.
Comentários:

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A Alternativa A) não é a resposta correta, pois com aproximadamente 500% de lucro, o tráfico de
escravos foi tão conveniente quanto atroz na época. Por isso, não havia problemas com a média de
25% dos escravizados que morriam no trajeto por causa das más condições dos navios. Partindo
desse ponto de vista, a Lei Eusébio de Queiroz chegou a incentivar a continuação do tráfico, por ter
resultado no aumento do preço da mercadoria humana, e, portanto, dos benefícios monetários
dos traficantes brasileiros e portugueses que, durante alguns anos, ainda tiveram na ausência da
proibição, a garantia da continuidade de seus "investimentos".
A Alternativa B) não é a resposta correta, pois o Bill Aberdeen foi uma lei inglesa aprovada em
1845, que concedia direitos à Marinha Real britânica de atuar de maneira rígida contra o tráfico
negreiro, que trazia milhares de africanos para o Brasil anualmente. Essa medida drástica foi
tomada pela Inglaterra por conta da falta de iniciativas do governo brasileiro em pôr fim ao tráfico
de escravos. A questão do fim do tráfico negreiro foi um assunto de grande relevância tanto para
Portugal quanto para o Brasil e desde o começo do século XIX, a Inglaterra esteve atuando
diplomaticamente para obter dos dois países garantias de que o tráfico ultramarino de escravos
teria fim. O primeiro acordo nesse sentido deu-se em 1810, com o Tratado de Amizade e Aliança
com a Grã-Bretanha.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois durante a gestão de Eusébio, vários desembarques
clandestinos de africanos ocorreram no litoral do Rio de Janeiro. Sem qualquer disfarce, o próprio
Ministro admitia a entrada na capital do Império de mais de 90 navios vindos da costa africana,
apenas no ano de 1837. Entre 1850 e 1856, ano da última apreensão de que se tem registro, ainda
entraram no país cerca de 38 mil africanos. Muitos fazendeiros brasileiros, especialmente do
norte, tinham hipotecado suas terras a fim de saldar dívidas com os traficantes de escravos e
vários eram portugueses. Assim, corria-se o risco das terras passarem novamente para as mãos de
portugueses. Dias depois, em 18 de setembro de 1850, o Senado aprova a Lei de Terras. Esta
garantia a propriedade a quem tivesse um título registrado em cartório, ou seja, para aqueles que
pudessem comprá-la. Assim, os fazendeiros poderiam perder um bem móvel (os escravos), mas
tinham garantido os seus bens imóveis (as terras). Igualmente, o preço do escravo subiu e
aumentou-se o tráfico interno.
A Alternativa D) é a resposta certa, pois a Lei Eusébio de Queirós (Lei nº 581), promulgada dia 4 de
setembro de 1850, visava a proibição do tráfico de escravos. A lei foi elaborada pelo político
brasileiro Eusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara (1812-1868), durante o Segundo
Reinado. O Partido Conservador, a partir de aproximadamente 1831, passou a defender no Poder
Legislativo, o fim do tráfico negreiro. À frente dessa defesa esteve Eusébio de Queirós, Ministro da
Justiça, que já havia exercido o cargo de chefe de polícia da Corte. Ele insistiu na razão do país
tomar por si só a decisão de colocar fim ao tráfico, preservando a imagem de nação soberana.
Medidas mais árduas contra o comércio de pessoas pelo Atlântico foram escritas. A partir desta
medida os gastos excedentes passaram a ser utilizadas em infra-estrutura. Assim foram
construídas as primeiras linhas telegráficas e de navegação, as primeiras estradas de ferro. A
iluminação a gás chegou às cidades, e o número de colégios passou a se expandir.
(BEZERRA, 2020; NEVES, 2020)
Gabarito: D

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Mesmo depois de inaugurado o regime republicano, nunca, talvez, fomos envolvidos, em tão
breve período, por uma febre tão intensa de reformas como a que se registrou precisamente
nos meados do século [XIX] e especialmente nos anos de 51 a 55. Assim é que em 1851 tinha
início o movimento de constituição das sociedades anônimas; na mesma data funda-se o
segundo Banco do Brasil [...]; em 1852, inaugura-se a primeira linha telegráfica na cidade do
Rio de Janeiro. [...] Em 1854 abre-se ao tráfego a primeira linha de estradas de ferro do país.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1995)

Pode-se explicar essa intensificação das atividades econômicas do período pela:


A) política de emissão de papel-moeda concedida pelo governo às instituições financeiras
estatais.
B) expansão do mercado consumidor interno com a adoção progressiva do trabalho
assalariado.
C) disponibilidade de capitais para novos investimentos devido à abolição do tráfico
internacional de escravos.
D) suspensão das dívidas dos fazendeiros com os fornecedores internacionais de
implementos agrícolas.
E) abolição da mão de obra escrava acompanhada de indenizações estatais às empresas
escravistas.
Comentários
O historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda, em um de seus mais importantes livros,
“Raízes do Brasil”, apresenta-nos a situação do Brasil no que diz respeito à intensificação das
atividades econômicas no país, no presente caso, na década de 1850. Ele nos traz exemplos
contundentes sobre tal desenvolvimento, como a constituição de sociedades anônimas, a
fundação do segundo Banco do Brasil, de uma linha telegráfica no Rio de Janeiro e da abertura da
primeira linha de estradas de ferro no Brasil.
Diante de tal situação, podemos compreender que ela é fruto do investimento de capital em um
processo de modernização do Brasil, resultado direto da aprovação da lei número 581, de 4 de
setembro de 1850, também conhecida como Lei Eusébio de Queirós, responsável por estabelecer
uma série de medidas para a repressão ao tráfico de africanos no Império. Sua promulgação é
fruto, sobretudo, das pressões britânicas sobre o governo brasileiro para a extinção da escravidão
no país. Para compreendermos melhor a situação, é fundamental que analisemos o contexto pelo
qual o país vivia antes da lei de 1850.
No ano de 1822, o Brasil se tornou independente em relação à Portugal, sendo que os acordos que
previam o fim do tráfico negreiro (de 1815 e 1817, assinados entre Jorge IV, da Inglaterra, e D.
João VI, do Brasil) perderam a validade. Contudo, uma das exigências da Inglaterra para o
reconhecimento da independência brasileira foi a proibição da importação de escravos ao Brasil.

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Assinado em 1826, o tratado proibiu o tráfico e manteve as comissões mistas (Deputados e


Senadores atuando em conjunto), sendo ratificado em 13 de março de 1827, e estabeleceu o prazo
de três anos para que as determinações fossem cumpridas.
No dia 7 de novembro de 1831 (regulamentada pelo decreto de 12 de abril de 1832), foi
promulgada no Brasil a lei que deu amplos poderes às autoridades judiciais para reprimirem a
entrada de africanos e declarou livre todos os escravos que entrassem no território brasileiro.
A situação do tráfico, porém, não foi encerrada, pelo contrário, ele acabou aumentando em
decorrência da baixa no preço dos negros e pela demanda das grandes lavouras cafeeiras.
Associado a isso, as autoridades brasileiras não se esforçaram para repreender a prática da vinda
de escravos ilegalmente, dado o seu interesse econômico e à mão de obra mais barata. Com isso, a
lei de 1831 ficou conhecida como “lei para inglês ver”, porque, a despeito de ter sido aprovada,
não havia a proibição efetiva do tráfico negreiro.
Foi somente a partir de 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz, que o investimento no tráfico deixou
de ser a prioridade, e o capital que era investido em tal comércio passou a ser direcionado para
outros setores, responsáveis pela modernização do país. Ao longo da década de 1870 teve início o
processo de imigração de europeus para o Brasil, sendo que grande parte deles veio da Itália,
Espanha, Portugal e Alemanha, fundamentais para o desenvolvimento do mercado interno
brasileiro.
Vale ressaltar, também, que o fim da escravidão aconteceu de forma muito lenta e gradual, tendo
sido alcançado somente em 1888, com a promulgação da chamada Lei Áurea, que declarava
extinta a escravidão. Ela ocorreu, portanto, depois do período abrangido por Sérgio Buarque na
questão.
(Fonte: http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/288-lei-euzebio-de-queiroz;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM3353.htm).

Gabarito: C

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De 1854 a 1858, foram construídas as primeiras linhas telegráficas e de navegação e as
primeiras estradas de ferro, a iluminação a gás chegou às cidades, e o número de escolas e de
estabelecimentos de instrução começou a crescer. A urbanização da capital passava por uma
revolução. Nos locais de maior acesso foram sendo edificados palácios, jardins públicos e
amplas avenidas. Ao longo do século XIX, a corte obteve, ainda, outras melhorias:
arborização, calçamento com paralelepípedo, iluminação a gás, bondes puxados a burro, rede
de esgoto e abastecimento domiciliar de água.
(Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015. Adaptado).
A partir do trecho, é correto afirmar que uma das principais características do Brasil no século
XIX era:
A) a oposição entre uma economia rural, desconectada das economias centrais do
capitalismo, e o processo de modernização dos centros urbanos.
B) a concentração de recursos em cidades escravistas, como São Paulo e Porto Alegre, em
oposição à carência material de cidades como Rio de Janeiro e Salvador.

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C) o contraste entre as pretensões civilizadoras da corte e a violência da escravidão somada à


alta densidade de negros escravizados nas principais cidades.
D) a facilidade de integração territorial, em termos de transporte e comunicação, em um país
de dimensões continentais densamente povoado.
E) o complexo processo de reurbanização e modernização que atingiu igualmente todo o
território nacional.
Comentários
O excerto trazido nos apresenta uma das principais características do Brasil oitocentista, o qual
procurava estabelecer um projeto de modernização e civilização das principais cidades brasileiras,
no que diz respeito à comunicação, iluminação, meios de transporte e crescimento dos
estabelecimentos de ensino, rede de abastecimento domiciliar de água, dentre outros fatores.
Em oposição a este projeto estabelecido pela Corte Portuguesa, contudo, um aspecto negativo
desta mesma sociedade esteve amplamente inserido no período: a escravidão e a violência contra
os negros nas principais cidades, sobretudo o Rio de Janeiro e Salvador.
É preciso ressaltar, dessa forma, que o processo de modernização do Brasil, empreendido desde o
século XIX, esbarrava em problemas sociais amplamente prejudiciais, uma vez que a ideia de
progresso e modernidade eram contrariadas pela existência e permanência de inúmeras casas com
o sistema escravista vigente, misturando-se os ideais de “avanço” e “retrocesso” em uma mesma
parcela da sociedade.
Gabarito: C

15. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Observe a imagem

A arquitetura da Estação da Luz e o contexto em que foi construída permitem que se


estabeleça uma relação entre:
A) a produção de cana-de-açúcar no interior de São Paulo e a necessidade de abastecer os
engenhos com mão de obra negra escravizada, transportada em trens de origem suíça, o que
influenciou o estilo da construção da estação.

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B) a expansão da lavoura cafeeira em direção ao interior de São Paulo e a exportação de


capital e tecnologia ingleses para o Brasil entre os séculos XIX e XX, simbolizados na
arquitetura da estação.
C) a industrialização precoce do Oeste paulista e a chegada de imigrantes para trabalharem
nas fábricas de Campinas e arredores, o que levou à construção da estação de estilo francês
para transportá-los do porto ao interior.
D) o projeto das elites da República de interiorização do povoamento, o que levou à
construção da ferrovia, e a influência cultural italiana devido ao alto número de imigrantes,
refletida na arquitetura da estação.
E) a crescente influência norte-americana no Brasil a partir do início do século XX, evidente na
construção da estação, e a importação da tecnologia ferroviária que o Brasil até então
desconhecia, aprofundando os laços econômicos entre os dois países.
Comentários
A estação da Luz, localizada na cidade de São Paulo, é um marco da expansão cafeeira paulista
entre os séculos XIX e XX. No ano de 1867 foi construída a primeira estrada de ferro que ligaria o
município de Santos a Jundiaí, além de uma ligação com a capital paulista (São Paulo) e cidades
próximas.
Tal estrada facilitaria a exportação do café para países da Europa e para os Estados Unidos. Foi a
responsável, também, pelo escoamento do café produzido no Oeste paulista até o Porto de
Santos.
Construída pela companhia inglesa “São Paulo Railway”, foi idealizada sob a estética vitoriana,
sendo que o Barão de Mauá foi o responsável por angariar a tecnologia e o capital vindos da
Inglaterra para o Brasil, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico
brasileiro a partir da exportação cafeeira.
Gabarito: B

16. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A Estrada de Ferro São Paulo Railway pôs fim ao isolamento do planalto paulista, rompendo
as dificuldades de transpor a grande inclinação da Serra do Mar, facilitando o transporte de
mercadorias e o contato cultural e comercial com a Europa por meio do Porto de Santos.
(Silvia Helena Passarelli, Vitrines da cidade. Disponível em: http://goo.gl/4bNKs8. Adaptado).
Um dos objetivos centrais da construção da estrada de ferro discutida no trecho foi:
A) estimular o desenvolvimento da indústria paulista, que estaria mais próxima da exportação
de seus produtos pelo porto.
B) tornar viável a importação de mercadorias por São Paulo, que até então só recebia
produtos importados que entrassem no país pelo Rio de Janeiro.
C) facilitar o transporte do café do Vale do Paraíba para o porto de Santos, de onde seria
exportado para a Europa.

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D) garantir aos trabalhadores imigrantes vindos da Europa que tivessem acesso livre e direto
às fazendas de café do interior e às fábricas da capital.
E) escoar o café produzido na região do então chamado “Oeste paulista”, para onde a
cafeicultura tinha se expandido recentemente.
Comentários
Os séculos XIX e XX brasileiros presenciaram o crescimento de uma atividade econômica
extremamente vantajosa para a época, sobretudo em decorrência dos reflexos do processo de
Revolução Industrial na Europa e que, consequentemente, incentivaram o desenvolvimento
econômico no Brasil.
Neste cenário, a inserção da atividade cafeeira no Brasil obteve grande sucesso, sobretudo na
década de 1870, quando a economia paulista experimentava um desenvolvimento com proporções
nunca antes vistas. Assim, o café, em sua expansão para o Oeste paulista, transpôs Campinas e
alcançou Ribeirão Preto e Jaú.
O texto supracitado diz respeito à construção da Estrada de Ferro São Paulo Railway, a qual ligava
o município de Santos a Jundiaí, tendo como ponto de passagem a cidade de São Paulo. Cruzava as
cidades de Cubatão, Santo André (Paranapiacaba), Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá,
novamente Santo André (área central) e São Caetano do Sul até chegar à capital paulista. Foi a
responsável por escoar o café produzido no Oeste paulista até o Porto de Santos, o qual exportaria
o produto para a Europa e EUA.
Gabarito: E

17. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)


Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos
ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis
armados. Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na
Bahia da época os africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas
horas, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos
duradouros para o conjunto do Brasil escravista.
(REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003).

O episódio descrito no trecho contribuiu para


A) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores
do escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil.
B) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se
ameaçados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre.
C) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da
Regência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época.

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D) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um


monarca politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob
controle.
E) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido
ao descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.
Comentários
A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835, teve um caráter religioso, uma vez que os escravos de
origem muçulmana eram obrigados a participar de missas católicas e eram proibidos de praticar
rituais ligados ao islamismo.
Durante o Período Regencial (1831-1840), houve uma série de revoltas que buscavam, dentre
outros aspectos, alterar o sistema político e econômico vigente (que era baseado na mão de obra
escrava), tais como a Cabanagem (1835), a Farroupilha (1835), a Sabinada (1837), Balaiada (1838)
e a própria Revolta dos Malês, de 1835.
A tensão nas elites aumentou substancialmente com as diversas revoltas regenciais, sendo que o
exército e o governo português procuraram inibi-las, em boa parte dos casos, de forma violenta.
Gabarito: C

18. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


[Foi] uma das revoltas que evidenciaram, no período regencial, as crises que marcaram a
organização do país independente, mobilizando a província do Rio Grande de São Pedro e
alcançando Santa Catarina, entre 1835 e 1845. (...) À diferença da repressão da maioria das
rebeliões do período regencial, nas quais a participação popular e dos grupos médios urbanos
foi expressiva, o governo imperial assumiu, nesse caso, postura que aliou negociação e
repressão.
(Ronaldo Vainfas (org). Dicionário do Brasil Imperial, 2002.)

O fragmento apresenta a
A) Confederação do Equador.
B) Farroupilha.
C) Sabinada.
D) Balaiada.
E) Revolta dos Malês.

Comentários
A revolta a que o texto se refere é a Revolução Farroupilha, ocorrida no período regencial
brasileiro, entre os anos de 1835 e 1845, na atual região do Rio Grande do Sul. Ocorreu em

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decorrência da cobrança, por parte dos portugueses, de impostos sobre os produtos rio-
grandenses, como o mate, o couro e, sobretudo, o charque (carne bovina).
Com a baixa nos impostos do charque estrangeiro para a importação ao Brasil, sobretudo vindo do
Paraguai, a elite rio-grandense, que já se encontrava insatisfeita, passou a se unir contra o Império.
Em 1835, portanto, teve início a Farroupilha, que uniu negociações e conflitos armados entre os
defensores do Império e os que defendiam a proclamação da República. Dentre os grandes nomes
da liderança farroupilha, temos o brasileiro Bento Gonçalves e o italiano Giuseppe Garibaldi, este
último tendo aderido ao movimento ao entrar em contato com o brasileiro.
Gabarito: B

19. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor)


Leia atentamente os seguintes excertos:
“A Lei de terras decretada no Brasil em 1850 proibia a aquisição de terras públicas através de
qualquer outro meio que não fosse a compra, colocando um fim às formas tradicionais de
adquirir terras mediante posse e mediante doações da Coroa”;
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à República: momentos decisivos,7. ed. São Paulo:
Fundação Editora da UNESP,1999, p.171.

“Abolido o trabalho escravo, praticamente em nenhuma parte houve modificações de real


significação na forma de organização da produção e mesmo na distribuição da renda”.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1967, p.
149.

Relacionando-se os excertos acima aos resultados do processo de abolição da escravatura no


Brasil, pode-se afirmar com precisão que
A) ainda hoje há um descaso em relação à inserção da população afrodescendente na
sociedade: prova disso é a total ausência de proteção legal às terras de comunidades
quilombolas.
B) apesar de a Lei de Terras impedir o acesso às mesmas através da posse, os libertos
brasileiros foram inseridos nas atividades urbanas ligadas ao comércio e à incipiente indústria
nacional.
C) a plena inserção dos ex-escravos na sociedade brasileira só foi possível com a proclamação
da República em 1889, que rompeu os últimos traços de discriminação em relação à
população afrodescendente.
D) mesmo com o fim da escravidão não houve grandes alterações na produção nem na
distribuição de renda, pois aos escravos foi negado, inclusive, a propriedade de minifúndio
através da posse ou doação.
Comentários

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A alternativa A é incorreta, uma vez que através do Decreto nº 4.887 de 20 de novembro de 2003 é
feito o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das
terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.
A alternativa B é falsa, porque o fim da escravidão levou os ex-escravos a uma condição de
extrema miséria, pois foram poucos que se dispuseram a empregá-los, preferindo a mão-de-obra
branca do que a negra. Muitos ex-escravos que moravam nas fazendas foram parar nas cidades,
mas lá a situação foi a mesma ou pior, pois nas cidades não tinham como plantar ou colher para
sobreviver. Vale dizer que foi neste contexto, portanto, que surgiram as primeiras favelas.
A alternativa C também é falsa, pois a República brasileira logo em seu surgimento foi excludente,
principalmente em relação à cidadania. O plano mais expressivo dessa exclusão foi expresso na
própria Constituição Republicana de 1891, no que diz respeito ao direito ao voto, que era universal
e não-secreto para homens acima de 21 anos e vetado a mulheres, analfabetos, soldados e
religiosos. Ora, o fato é que a grande maioria dos escravos eram analfabetos e, portanto, estavam
excluídos do direito ao voto.
A alternativa D é a resposta certa, pois a abolição da escravatura não foi acompanhada de uma
política de inclusão social, como a concessão de terras. Sem receber qualquer tipo de indenização,
a maioria dos ex-escravos permaneceu por um longo período à margem da sociedade.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2005; SANTOS, 2016; VAZ, 2013).
Gabarito: D

20. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor)


Quanto ao quadro econômico, político e social do Segundo Reinado é correto afirmar que
A) por se tratar de um país essencialmente rural, não havia nenhum movimento de cunho
sindical no Brasil até 1930, quando surgem as primeiras organizações de trabalhadores.
B) a insatisfação da oficialidade do exército com o governo, o movimento abolicionista após a
guerra do Paraguai e a criação do partido republicano, em 1870, são causas da queda da
monarquia.
C) apesar da herança patriarcal, este reinado trouxe consigo a cidadania plena para as
mulheres, estabelecida, com o direito de voto, desde o período regencial com o Ato Adicional
de 1834.
D) ocorrida em são Paulo, a Semana de Arte Moderna de 1822 redefiniu os padrões estéticos
em diversas modalidades artísticas e buscou renovar o estagnado ambiente artístico e
cultural.

Comentários
A alternativa A é falsa, pois os movimentos operários no Brasil tiveram seu início ainda na
República Velha (1889-1930). Vale lembrar que em 1900, 92% dos operários de São Paulo eram
imigrantes e trabalhavam em condições duríssimas: dezesseis horas de trabalho por dia, seis a sete
dias de trabalho por semana, sem descanso. Para reverter essa situação, os trabalhadores

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começaram a se organizar em Ligas Operárias e a promover greves exigindo direitos trabalhistas.


Em 1907, a cidade de São Paulo foi paralisada por uma greve geral que reivindicava jornada de oito
horas e aumento de salários.
A alternativa B está correta. Foi em 1870 que dissidentes do Partido Liberal publicaram, no Rio de
Janeiro, o Manifesto Republicano, criticando o imperador. O texto também chamava a atenção
para o fato de o Brasil ser a única Monarquia da América. Três anos depois, um grupo de
fazendeiros e políticos paulistas reuniram-se em Itu para organizar o movimento republicano,
criando o Partido Republicano Paulista. Além disso, a Monarquia envolveu-se, entre 1883 e 1887,
em uma série de conflitos com o Exército, gerando uma crise política que acabou por fortalecer o
movimento republicano. Os ideais republicanos haviam se disseminado entre os militares,
influenciados pelo positivismo e fortalecidos desde a Guerra do Paraguai.
A alternativa C é falsa, pois foi apenas com a Constituição de 1934 que no Brasil as mulheres
passaram a ter direito ao voto. Além disso, a reforma que o Ato Adicional de 1834 estipulou foi a
extinção da Regência Trina e a escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial.
A alternativa D é falsa, pois a Semana de Arte Moderna de São Paulo ocorreu em 1922 e não em
1822. Inclusive, o ano em que ocorreu a Semana de Arte Moderna foi comemorativo do centenário
da Independência do Brasil, ao passo que de fato o movimento redefiniu os padrões estéticos em
diversas modalidades artísticas e buscou renovar o estagnado ambiente artístico e cultural.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2005; VAZ, 2013; SOUSA, 2019).
Gabarito: B

21. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Consultor Legislativo)


Segundo os historiadores, um dos fatos que impactou o processo de abolição de escravatura
no Brasil foi o Bill Aberdeen, que correspondeu
A) ao documento aprovado pelo Parlamento Inglês em 1845 que declarava lícito deter e
capturar navios que traficassem escravos africanos.
B) ao acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864 para pôr fim à escravidão nas
colônias portuguesas no prazo de dez anos.
C) ao conjunto de regras que previram o fim paulatino da escravidão nos Estados Unidos da
América como resultado do acordo de paz que pôs fim à guerra de Secessão.
D) ao tratado firmado entre quatro países europeus no ano de 1870 dando liberdade aos
filhos de escravos nascidos a partir de então, nas suas colônias.
E) à primeira declaração internacional, de 1855, que reconhecia o direito de liberdade como
direito universal, extensivo a todas as pessoas integrantes de todos os povos inclusive
escravos.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. Bill Aberdeen refere-se a uma lei aprovada pelo parlamento
britânico em março de 1845 e que concedia ao Almirantado Inglês o direito de aprisionar navios
negreiros (navios que transportavam escravos capturados no continente africano), que realizassem

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o transporte de cativos da África para as Américas, incluindo-se aí inclusive os casos de navios em


águas territoriais brasileiras.
A alternativa B é falsa, pois não houve acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864 para
pôr fim à escravidão nas colônias portuguesas no prazo de dez anos.
A alternativa C também é falsa, ao passo que o processo que pôs fim a escravidão nos EUA se
iniciou antes da Bill Aberdeen, sendo que desde 1808 já era proibido o comércio de escravos para
os norte-americanos, mas os estados do Sul estadunidense continuaram com a mão de obra
escrava, o que culminou numa guerra civil entre 1861 e 1865.
A alternativa D também é falsa, de modo que o fato histórico que se aproxima da afirmação
proposta é a Lei do Ventre Livre, de 1871, também conhecida como Lei Rio Branco, que propunha,
a partir da data de sua promulgação, a concessão da alforria às crianças nascidas de mulheres
escravizadas no Império do Brasil.
A alternativa E também é falsa, pois nunca houve tal declaração e, na verdade, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, delineia os direitos básicos e as liberdades
fundamentais do ser humano.
(SANTIAGO, 2011; VAZ, 2013).
Gabarito: A

22. (SEDUC - CE - 2016 - SEDUC-CE - Professor)


É célebre a frase de Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar: "Aqui não se embarca
mais escravos". O contexto sociopolítico cearense que representa esse momento é
A) de proibição do tráfico de escravos, decretado recentemente no Ceará, dando início às
manifestações abolicionistas e suas ações radicais.
B) de lutas em torno da abolição dos escravos, que ganharam grande alcance em face do
aumento do número de negros que foram trazidos para a Província do Ceará, após a seca de
1877.
C) da campanha abolicionista, que alcançava seu auge no Ceará, conseguindo a adesão dos
jangadeiros que faziam o transporte dos escravos dos navios para o porto.
D) do tráfico interprovincial, que estava levando à falência comerciantes e fazendeiros
cearenses, os quais decidiram impedir, pela força, o embarque de escravos para os navios
que comercializavam os negros escravizados para o Sudeste e Sul do país.
E) da abolição dos escravos no Ceará, que aconteceu pacificamente através de um ato do
governo provincial; o que levou à desmobilização e desmoralização dos poucos abolicionistas
cearenses.
Comentários
A alternativa A é falsa, uma vez que não se trata de um fato decretado recentemente no Ceará,
mas sim de um fato ocorrido no século XIX, em 1884, durante o Império Brasileiro.

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A alternativa B é incorreta, apesar de certa historiografia explicar e discutir o fato pelas condições
econômicas do meio, ocasionadas pela grande seca de 1877 a 1879, não é correto afirmar que o
processo abolicionista do Ceará ocorreu daí, uma vez que já em 1850, o representante do Ceará,
Pedro Pereira Silva Guimarães, na Câmara Geral, apresentava decreto a fim de facilitar a abolição
total a curto prazo; propunha a lei do ventre livre, a libertação dos sexagenários e a proibição da
venda, em separado, de cativos casados.
A alternativa C está correta, pois de fato o Ceará, após intenso movimento abolicionista, partido de
sua capital, onde houve lances de heroísmo e de abnegação, libertou seus cativos, antes de todo
Império, em 25 de março de 1884. Os jangadeiros do Ceará deixaram de embarcar e transportar os
cativos para o sul ou mesmo os poucos que deveriam seguir para o norte. As ações repercutiram
no país e os abolicionistas cearenses, gente de elite econômica e intelectual, foram congratulados
pela imprensa abolicionista nacional.
A alternativa D também é incorreta, de modo que o tráfico interprovincial não estava levando à
falência comerciantes, uma vez que após o decreto que proibiu o tráfico de escravos procedentes
da África este comercio passou a ser feito através da troca de mercadorias, trocando escravos no
interior do Ceará e despachando-os em navios até São Paulo, onde os cafezais consumiam a mão
de obra cativa.
A alternativa E também é incorreta, pois a polícia e o batalhão do exército foram acionados para
impedir as ações dos cearenses, mas foram incapazes de deter a decisiva resolução, que foi
apoiada acima de tudo pela Sociedade Libertadora Cearense. Além disso, o batalhão do exército,
aquartelado em Fortaleza, tinha tendência abolicionista, sendo transferido para o Norte por isso.
(FIGUEIREDO FILHO, 1970).
Gabarito: C

23. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)
No Brasil, a abolição da escravatura
A) impediu a inserção do Brasil no sistema capitalista de produção.
B) implantou vasta mão de obra no mercado de trabalho que substituiu a mão de obra
imigrante.
C) aconteceu em concomitância com uma política de inserção dos ex-escravos na sociedade.
D) resultou de um longo processo iniciado com a extinção do tráfico, em 1850, e
posteriormente, com a Lei do Ventre Livre.
E) ocorreu por decisão isolada da corte, sem pressão da população ou de parte da elite
nacional.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a inserção do Brasil no sistema capitalista de produção ocorreu
antes mesmo do fim da escravidão, especialmente na produção de café da região Sudeste. Além
disso, a pressão inglesa para o fim da escravidão era também uma forma de impulsionar o sistema
capitalista, pois a mão de obra assalariada movimenta mais o mercado do que o uso da mão de

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obra cativa, portanto o fim da escravidão impulsionaria ainda mais o país no sistema capitalista e
industrial.
A alternativa B é falsa, pois antes mesmo do fim da escravidão muitos donos de escravos já
estavam substituindo a mão de obra cativa pela mão de obra assalariada, principalmente de
imigrantes europeus que vieram para trabalhar nas plantações de café. Com o fim da escravidão,
essa substituição se intensificou, especialmente porque havia uma crença racista de que a mão de
obra branca seria melhor e mais produtiva do que a negra.
A alternativa C também é falsa, pois não houve política de inserção social dos ex-escravos. A
maioria deles viveram na mais completa miséria, sem trabalho, sem moradia, sem o que comer, e
malvistos pela sociedade. Aqueles que moravam nas cidades ou que saíram do campo e foram
para as cidades em busca de melhores condições, também não tiveram recursos, sendo excluídos e
marginalizados, de onde surgiram as primeiras favelas.
A alternativa D é a resposta certa, pois de fato a abolição da escravidão no Brasil resultou de um
longo processo que culminou na Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888. Desde o início do
século XIX a Inglaterra já pressionava as nações pelo fim do tráfico de escravos pelo Atlântico. Este
processo se deu a partir de medidas legais que, gradativamente, tentavam propor resoluções à
questão da escravidão. A primeira medida tomada efetivamente foi a Lei Eusébio de Queirós
(1850), que proibiu de vez o tráfico através do Oceano Atlântico para o Brasil. Já vinte anos mais
tarde foi a Lei do Ventre Livre (1871), que declarou livres os nascidos no Brasil, criando um
desconforto com os cafeicultores do Vale do Paraíba, base importante de apoio ao governo.
Próxima à Lei Áurea, decretou-se a Lei dos Sexagenários (1885), que libertou os escravos com mais
de sessenta anos. Todas essas medidas, de alguma maneira, anunciavam o fim da escravidão.
A alternativa E é incorreta, ao passo que o processo que levou à abolição da escravatura foi
motivado por pressões populares, por intelectuais, magistrados e militares, estes especialmente
após terem lutado ao lado de muitos escravos durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).
(FAUSTO, 2007; VAZ, 2013; ANDRADE, 2018).
Gabarito: D

24. (FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - História)
Durante o Segundo Reinado instalou-se o chamado parlamentarismo às avessas, que tinha
por característica, entre outras, a
A) tutela política sobre Pedro II conferida ao poder legislativo, o Parlamento, considerando a
pouca idade do imperador e a necessidade de que uma junta ministerial governasse por ele,
ainda que provisoriamente.
B) inspiração no modelo britânico, uma vez que, na prática, o primeiro ministro passava a ter
mais poderes que o monarca, fazendo com que o poder moderador fosse, dessa maneira,
deturpado ou invertido.
C) inversão da lógica do parlamentarismo tradicional, uma vez que o poder judiciário passava
a ser exercido pelo Parlamento e o presidente se subordinava ao Conselho de Ministros,
órgão judiciário e executivo do Império.

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D) busca de conciliação política entre os dois partidos hegemônicos no país, o Partido


Brasileiro, liberal radical, e o Português, conservador, mediante a atuação de um Conselho de
Ministros acima dos três poderes clássicos.
E) adaptação parcial do sistema vigente no Reino Unido aos interesses políticos imperiais, de
modo a que o monarca continuasse com amplos poderes, a despeito da aparente
descentralização do governo.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois quem foi o tutor de Pedro II na sua infância, entre 1831 e 1833, foi José
Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da independência. José Bonifácio foi destituído de seu
posto pela Assembleia Geral, em 1833, que acabou selecionando Manuel Inácio de Andrade,
Marquês de Itanhaém, como o substituto na posição de tutor.
A alternativa B é incorreta, apesar de realmente ter inspiração no modelo britânico, mas no Brasil
o Imperador escolhia os integrantes do Conselho de Estado, e estes poderiam escolher os
ministros, mas ao fim as ações do Conselho eram o reflexo das ações de D. Pedro II, por isso esse
sistema foi chamado de parlamentarismo as avessas.
A alternativa C também é incorreta, apesar que de fato houve uma inversão da lógica do
parlamentarismo tradicional, aqui no Brasil não foi o poder judiciário que passava a ser exercido
pelo Parlamento e muito menos que o presidente se subordinava ao Conselho de Ministros, órgão
judiciário e executivo do Império. A inversão do parlamentarismo brasileiro durante o segundo
império se deu de forma que o Imperador não exercia uma função meramente simbólica, como é
no Reino Unido, mas eram os interesses de D. Pedro II que se refletiam nas ações do Conselho de
Estado e dos Ministros.
A alternativa D também é falsa, pois durante o segundo império os partidos eram dos
conservadores e dos liberais, sendo que o Partido Português foi dissolvido em 1831. Somente em
1873 que surgiu o Partido Republicano Paulista, por causa de dissidentes do Partido Liberal.
A alternativa E está correta. O Segundo Reinado foi marcado por um conjunto de reformas
políticas que pareciam dialogar com os diferentes grupos que controlavam os quadros políticos do
Brasil naquela época. D. Pedro II buscou reestruturar as regras do jogo político daquela época
instaurando um sistema, em tese, inspirado no parlamentarismo britânico. Na ilha inglesa, o
monarca possui uma função política meramente decorativa e deixa as principais decisões nas mãos
de um primeiro-ministro escolhido pelo poder legislativo. No Brasil, a organização do sistema
parlamentar acabou sendo completamente “avesso” ao modelo inglês. O imperador D. Pedro II,
imbuído das atribuições concedidas pelos Poder Moderador, tinha total liberdade para escolher os
integrantes do Conselho de Estado. Este órgão, situado abaixo da autoridade do monarca, poderia
escolher os ministros e realizar a dissolução da Câmara de Deputados. Na maioria das vezes, as
ações do Conselho somente refletiam os interesses do imperador.
(VAZ, 2013; SOUSA, 2019).
Gabarito: E

(CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)

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Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono
em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo
item, relativo à escravidão no Império brasileiro.
25.
O fortalecimento das ideias racistas foi um dos desdobramentos da ação da denominada
Geração de 1870 e influenciou a condução dos debates acerca da escravidão em seus anos
finais e, principalmente, sobre a eleição da imigração europeia como caminho preferencial
para a formação da mão de obra assalariada pós-abolição.
Comentários
A afirmativa é verdadeira, pois de fato as teorias racistas tiveram grande impulso no século XIX,
com a Geração de 1870, que abrigava nomes tão díspares quanto Joaquim Nabuco, Alberto Salles,
Sílvio Romero, Lopes Trovão, entre tantos outros, um conjunto que reunia liberais, republicanos,
positivistas e federalistas, todos às voltas com Spencer, Comte e Darwin. O fato é que a construção
da Identidade Nacional era uma preocupação para os intelectuais da Geração de 1870. Estes
buscavam as peculiaridades que fundamentariam a nossa nacionalidade, analisando em o que nos
diferenciávamos dos demais povos e definindo em que nos assemelhávamos como brasileiros.
Alguns membros da Geração de 1870, entre eles Sílvio Romero, identificaram como fator de
diferenciação das demais nacionalidades, a “raça” e o meio físico brasileiro, porém estes eram
fatores que não se traduziam em algo positivo para nação, visto que o meio era responsável por
gerar povos pouco dispostos ao trabalho físico e intelectual, e as etnias que compunham o país
eram consideradas inferiores e pouco civilizáveis. A solução foi encontrada na mestiçagem. Se a
mestiçagem não era bem vista pelas teorias racistas estrangeiras que tanto influenciaram os
homens de ciência de 1870, estes tiveram que adaptar tais teorias para que atendessem melhor
aos problemas de um país que já era muito miscigenado. A mestiçagem passou então, a ser
solução e não mais o problema nacional, visto que por meio dela se branquearia a população.
(MAIA, 2004; SENRA; NASSIF, 2012).
Gabarito: Certo

26.
O projeto da chamada Lei do Ventre Livre foi inicialmente discutido no Conselho de Estado,
sob a demanda de D. Pedro II, e aprovado pelo parlamento, sob a ação do Visconde do Rio
Branco. Se, por um lado, a lei garantiu aos proprietários a manutenção da mão de obra
escrava, por outro, pôs em questão a legitimidade dessa instituição e ampliou as expectativas
de liberdade dos cativos.
Comentários
A afirmação está correta. A Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, foi
promulgada em 28 de setembro de 1871 e determinava que os filhos de mulheres escravizadas
nascidos a partir desta data ficariam livres, conforme consta: “Art. 1º - Os filhos de mulher escrava
que nasceram no Império desde a data desta lei serão considerados de condição livre”. O fato é
que a segunda metade do século XIX no Brasil é marcada por tensões sociais, especialmente no

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que se refere às relações de trabalho. Leis como a Eusébio de Queirós (1850), a do Ventre Livre
(1871), a dos Sexagenários (1885) e por fim a Lei Áurea (1888) mostram a preocupação em torno
da questão da mão-de-obra escrava. Neste sentido as leis referentes à escravidão no Brasil foram
gradativamente implementadas e a Lei do Ventre Livre é das mais significativas do período. Esta lei
é resultado de ampla discussão no parlamento e é aprovada na câmara contando com 65 votos
favoráveis e 45 contrários. O projeto foi elaborado pelo gabinete do conservador Visconde do Rio
Branco e a Lei do Ventre Livre acaba criando problemas nas relações com as bases de apoio como
os cafeicultores. A promulgação da Lei do Ventre Livre traz uma nova preocupação: sem o tráfico
negreiro pelo atlântico trazendo novos sujeitos escravizados, e os nascidos em terras brasileiras
livres pela lei de 1871 como manter o sistema escravagista e a mão-de-obra para as fazendas de
café? A lei garantia que as crianças nascidas a partir daquela data ficariam sob responsabilidade
dos senhores de suas mães até completarem oito anos de idade. Após essa data, tinham duas
opções. Ou recebiam indenizações por parte do Estado ou poderiam utilizar os serviços do menor
até seus vinte e um anos. Mas poucos foram efetivamente entregues ao poder público e os
senhores donos de escravos continuaram a utilizar sua força de trabalho. Mais do que garantir a
liberdade dos filhos de sujeitos escravizados no país a partir da data citada, a Lei do Ventre Livre é
um acontecimento que representa as preocupações do período em relação ao sistema
escravagista, em seus momentos finais. A década seguinte – 1880 – é uma das mais emblemáticas
na luta contra a escravidão e que tem a força do movimento abolicionista cada vez mais presente
na sociedade brasileira.
(FAUSTO, 2007; ANDRADE, 2018).
Gabarito: Certo

27.
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o
que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo
do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 1999.

Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:
A) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.
B) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.
C) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo.
D) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade.
E) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas.

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Comentários
O texto deixa claro que uma das formas de resistência escravista era o aproveitamento, por parte
dos escravos, dos conflitos políticos entre a elite brasileira, com vista a buscar a liberdade.
Gabarito: D

28.

Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil


entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262
1847 75.893
1848 76.338
1849 70.827
1850 37.672
1851 7.058
1852 1.234
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado).

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,


A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.

Comentários
A Lei Eusébio de Queiróz proibia o tráfico intercontinental de escravos e classificava os navios que
o fizessem como piratas.
Gabarito: B

29.
Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865

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Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do
Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento
não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).
No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”,
encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
frequência no Brasil nesse período e indica o (a):
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
B) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de
liberdade.
Comentários
Na formação dos Voluntários da Pátria para compor o exército brasileiro, na Guerra do Paraguai,
muitos senhores acabaram convencendo seus escravos a se alistarem em seus lugares em troca da
alforria. O Exército brasileiro que lutou tal Guerra teve maciça presença de negros, o que chegou a
ser objeto de piada no Paraguai.
Gabarito: E

30. (UERJ 2016)


Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste período
especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de
polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia
e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
José de Alencar, prefácio a Sonhos d’ouro, 1872.Adaptado de ebooksbrasil.org.
De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século
XIX, estava vinculada ao processo de:
A) promoção da cultura letrada.
B) integração do mundo lusófono.
C) valorização da miscigenação étnica.
D) particularização da língua portuguesa.
Comentários
O texto do escritor José de Alencar está vinculado ao Segundo Reinado, 1840-1889. José de

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Alencar, 1829-1877, é considerado um precursor do Romantismo no Brasil. Em suas obras


procurou valorizar a língua falada no Brasil no cotidiano das pessoas, as particularidades da língua
portuguesa. Daí o autor afirma que “o povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba
pode falar com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a
nêspera?”.
Gabarito: D

31. (FGV 2016)


Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femininas do Império (...) como a Imperatriz
Leopoldina e Anita Garibaldi. Todas as três, embora de diferentes maneiras, de diferente
proveniência social e, em diferentes épocas, desempenharam um papel político que,
certamente, contribuiu para as mudanças por elas defendidas e as inscreveu na História do
Brasil.
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)

Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga,


respectivamente:
A) atuou, ao lado de Dom Pedro e de José Bonifácio, no processo de emancipação política do
Brasil; participou da mais longa rebelião regencial, a Farroupilha; militou pela abolição da
escravatura e pela queda da Monarquia.
B) articulou a bancada constitucional brasileira na Assembleia Constituinte; organizou as
forças populares participantes da rebelião regencial ocorrida no Grão-Pará, a Cabanagem; foi
a primeira mulher brasileira a se eleger para o Senado durante o Império.
C) convenceu Dom Pedro I a assumir o trono português após a morte do rei Dom João VI;
defendeu a ampliação dos direitos de cidadania durante a reforma constitucional que
instituiu o Ato Adicional; liderou uma frente parlamentar de apoio às leis abolicionistas.
D) participou como diplomata do Império brasileiro na Guerra da Cisplatina; foi a primeira
mulher a trabalhar como jornalista e romancista durante o Segundo Reinado; tornou-se uma
importante liderança política na defesa do fim do tráfico de escravos para as Américas.
E) articulou com os diplomatas ingleses o reconhecimento da Independência do Brasil junto a
Portugal; foi uma importante liderança militar no processo de Guerra de Independência da
Bahia; criou a primeira associação política em defesa do voto feminino no Brasil.
Comentários
Somente a alternativa [A] está correta. A questão remete à participação de três mulheres ao longo
do século XIX. A Imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I, atuou durante o Primeiro Reinado,
1822-1830, dentro do processo de independência do Brasil. Anita Garibaldi, companheira de
Giuseppe Garibaldi, participou da Farroupilha, 1845-1845, defendeu a separação do Sul e a ideia
de República. Chiquinha Gonzaga atuou na campanha republicana e abolicionista.
Gabarito: A

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32. (IMED 2016)


Apesar da prosperidade econômica do Império, a estrutura socioeconômica brasileira não
sofreu modificações significativas. As lutas pela modernização do país acabariam resultando
na Proclamação da República em 1889. O fim da monarquia no Brasil foi o resultado da
ruptura das relações do governo com os seguintes setores da sociedade que lhe davam
sustentação:
I. A Igreja.
II. O exército.
III. A aristocracia escravista.

Quais estão corretos?


A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
Os três setores citados romperam com o governo de d. Pedro II entre as décadas de 1870 e 1890.
Gabarito: E

33. (UFJF-PISM2 2016)


Leia o trecho e em seguida responda ao que se pede:
Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes –
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano
as casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial
que reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços
que começara, de dotar a cidade de luz e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos – memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.
O memorialista Pedro Nava mostra na cidade de Juiz de Fora aspectos do processo de
transformação que ocorria na sociedade brasileira no final do século XIX. Acerca deste
contexto, assinale a afirmativa INCORRETA:
A) Era um período de expansão do capitalismo que se estendia mundialmente.

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B) Caracterizava-se pela preservação da herança luso-brasileira do período colonial que


adentrou pelo Império.
C) Marcava-se pela organização de indústrias têxteis e alimentícias com capitais excedentes
do café.
D) Processava-se o aumento da malha ferroviária e a criação de novos núcleos urbanos.
E) Ocorria a intensificação da imigração para substituição do trabalho escravo.
Comentários
Em fins do século XIX, na passagem do Império para a República, o processo de transformação pelo
qual a sociedade brasileira passava aproximava-se daquele empreendido pela Europa no século
anterior e, logo, afastava-se da preservação da herança do período colonial.
Gabarito: B

34. (UEL 2016)


O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi defendido por políticos
ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando fortemente
os ideais republicanos que culminaram com a Proclamação da República, em 1889.

Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de transição do


regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir.

I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto universal, o
que permitia a acomodação das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os oficiais
de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição da ordem
através da força militar, na chamada República de Espadas.

Assinale a alternativa correta.


A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Comentários

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O Positivismo foi criado por Auguste Comte na França, em meados do século XIX. Esta corrente de
pensamento defende a harmonia entre ordem e progresso, a coesão social, a linearidade histórica
que caminha para progresso dentro da ordem. Após a Guerra do Paraguai, 1865-1870, os militares
brasileiros adotaram ideais positivistas criticando a monarquia e defendendo a modernização do
Brasil dentro do império da lei e da ordem. Estudiosos como Benjamim Constant, Teixeira Mendes,
Miguel Lemos, entre outros, adotaram e divulgaram o arcabouço teórico Positivista. O exército,
ancorado no Positivismo, proclamou a República em 15 de novembro de 1889. Surgiu a República
da Espada, 1889-1894, Deodoro, 1889-1891, e Floriano, 1891-1894. Estes governantes utilizaram o
autoritarismo e a força para fazer a transição da Monarquia para a República.
Gabarito: C

35. (UDESC 2016)


A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de
1871.
Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.
A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as crianças e às
respectivas mães que viviam sob a escravidão no território brasileiro.
B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização
pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava
a possibilidade dessas crianças permanecerem sob “os cuidados” do antigo proprietário até a
idade de 21 anos.
D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças
eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido
pelo Estado.
E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos
pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra
delas.

Comentários
A Lei do Ventre Livre previa que toda criança nascida a partir da data da promulgação da Lei seria
considerada livre. Mas previa, também, que o senhor da mãe da criança poderia manter a mesma
sob sua guarda até ela completar 21 anos.
Gabarito: C

36. (UFRGS 2016)


Considere as seguintes afirmações sobre a construção histórica da identidade nacional
brasileira.

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I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II. A expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi difundida durante o governo de D. Pedro I como
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo
crítico em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas
europeias, enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A afirmativa [II] está incorreta porque a expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi cunhada pelo
governo militar brasileiro, durante a Ditadura Militar.
Gabarito: C

37. (UECE 2016)


Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a Lei de Terras.
Esta lei, em linhas gerais, determinou que
I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando proibida a doação de propriedades ou
qualquer outra forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por meio da compra.
II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário, impedindo que os posseiros mais pobres
obtivessem a propriedade do solo onde plantavam.
III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes – cujo trabalho, em muitos casos, substituiria o
trabalho dos escravos – de se tornarem proprietários das terras onde laboravam.
IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras públicas, a baixo custo, pelos grandes
proprietários, seus herdeiros e descendentes.

Estão corretas as complementações contidas em


A) I, II, III e IV.
B) I e II apenas.

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C) II, III e IV apenas.


D) I, III e IV apenas.
Comentários
As afirmativas [I] e [II] estão corretas e as afirmativas [III] e [IV] contrariam o que se afirma em [I] e
[II]. Logo, [III] e [IV] estão incorretas: a Lei de Terras favorecia os grandes proprietários de terra,
dificultando o acesso à terra por parte dos menos favorecidos, uma vez que o registro de terras era
muito caro.
Gabarito: B

38. (UEG 2016)


Observe a charge a seguir.

A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A sua
origem e significado remetem a um contexto marcado
A) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império Brasileiro e o
esforço de preservar a ordem social vigente.
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma
postura ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao conflito que ocorreu no Segundo
Reinado, entre a farda e o paletó, ou seja, entre militares e os políticos. Após a Guerra do Paraguai,

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1865-1870, os militares brasileiros adotaram ideias abolicionistas, republicanas e positivistas. A


ideia era conciliar “Ordem” e “Progresso”. A monarquia entrou em declínio perdendo suas bases
de apoio. A monarquia foi abandonada. Os militares ganharam consciência de grupo, de
corporação e, proclamaram a República em 15 de novembro de 1889.
Gabarito: B

39. (UFJF-PISM 3 2016)


Observe os seguintes quadros:

Produção agrícola da pauta das exportações brasileiras


Período Café Borracha Açúcar Cacau
1881-1890 61,5% 8,0 9,9 1,6
1891-1900 64,5% 15,0 6,0 2,5
1900-1910 51,5% 28,2 1,2 2,8
FAUSTO, B.(Org.) História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel,
Tomo III (O Brasil Republicano), 1981.

Imigração para o Brasil (números aproximados)


Nacionalidade 1891-1900 1901-1910
Portugueses 313.000 202.000
Italianos 360.000 678.000
Espanhóis 45.800 157.000
HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro

Estes dados referem-se às primeiras décadas da implantação da República no Brasil. Acerca


desse período e baseando-se neles e em seus conhecimentos, leia as afirmativas abaixo e em
seguida, responda ao que se pede:

I. Os capitais advindos da grande produção cafeeira foram aplicados no setor industrial. Este
se beneficiou também da entrada de levas de imigrantes europeus que seriam utilizados
como mão de obra operária.
II. Na virada do século XIX para o XX, o Brasil ainda possuía como principal pilar de sua
economia a exportação de produtos agrícolas, produzidos em larga escala nas grandes
propriedades.
III. O fluxo imigratório para o Brasil nesse período foi elevado. A totalidade dos imigrantes
fixou-se nas áreas urbanas em função do baixo recrutamento de mão de obra no campo.

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Após a abolição da escravidão estes postos de trabalho foram ocupados por negros e seus
descendentes.
IV. A intensa produção cafeeira no final do século XIX saturou tanto o mercado interno como
o externo, gerando uma queda nos preços. Essa crise foi estimulada pela ausência de
medidas que viessem defender e valorizar o café, levando à falência dos produtores já na
primeira década de século XX.

Marque a alternativa CORRETA:


A) Todas as alternativas estão corretas.
B) Todas as alternativas estão incorretas.
C) Apenas a II alternativa está correta.
D) Apenas a IV alternativa está incorreta.
E) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete à economia brasileira durante a
República Velha com ênfase sobre os produtos de exportação e a imigração. Resolução a partir das
incorretas: A assertiva [III] está incorreta. A grande maioria dos imigrantes foi deslocada para o
campo (e não para a cidade) para atender a demanda por mão de obra. A assertiva [IV] está
incorreta. Não ocorreu a falência dos produtores de café. Em 1906, pelo Convênio de Taubaté, o
governo interferiu na economia para valorizar o café, nosso principal produto na pauta de
exportação.
Gabarito: E

40. (FMP 2016)


O Império brasileiro passou por grandes transformações econômicas a partir, principalmente,
de meados do século XIX. Qual das seguintes causas de mudanças na estrutura econômico-
social do país contribuiu diretamente para a crise da Monarquia?
A) Assinatura da Lei Áurea.
B) Aprovação da Lei de Terra.
C) Promulgação do Código Comercial.
D) Financiamento de empresas do Barão de Mauá.
E) Instituição das Tarifas Alves Branco.
Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889, em
especial, à crise e a o fim da monarquia no Brasil. A partir da segunda metade do século XIX o Brasil
passou por transformações na economia devido ao café e à Revolução Industrial. Ferrovias,
indústrias e a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado compõem este

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cenário de modernização econômica do Brasil. Surgiram leis vinculadas à escravidão como a Lei
Euzébio de Queirós de 1850 que proibiu o tráfico de escravos, a Lei do Ventre Livre de 1871, a Lei
dos Sexagenários de 1885 e a Lei Áurea de 13 de maio de 1888 que aboliu a escravidão no Brasil.
Esta última lei não indenizou os proprietários de escravos que, por consequência, abandonaram a
monarquia.
Gabarito: A

41. (Vunesp 2016)


O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o
Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o
surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um
centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o
Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava
no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência
argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)

Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.
Comentários
A preocupação de d. Pedro II com relação ao rio da Prata era a possibilidade de a Argentina invadir
e dominar o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso.
Gabarito: B

42. (UFJF-PISM 2 2016)


O texto abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no decorrer do século
XIX, sobretudo a partir do Segundo Reinado.
Leia o trecho e, em seguida, responda à questão:
“Por oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma
origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se
não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar,
possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. (...). Por mais que tenha partido de d.
Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar (...) uma ritualística local, foi com d. Pedro II e

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seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico
de representação política do Estado”.
(SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador, p.140);

Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a identidade
nacional no século XIX foi construída:
A) Tendo como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o Brasil
antes da Independência do país.
B) A partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos naturais e de
elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação.
C) De forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes povos
que formavam o país.
D) Através da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual o
país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul.
E) Com o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características
existentes em Portugal.
Comentários
O texto deixa claro que dois símbolos foram adotados ao longo do século XIX como representativos
da identidade nacional brasileira: o INDÍGENA e a NATUREZA. Assim, elementos simbólicos locais
foram usados para forjar a ideia de nação ao longo do Segundo Reinado.
Gabarito: B

43. (G1 - IFSC 2016)


Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.
A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois
quando ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
Comentários

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Somente a proposição [E] está correta. A questão remete à lei Eusébio de Queiroz aprovada no
Brasil em 1850. Esta lei proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Devido ao café, havia uma
grande demanda por mão de obra, assim, ocorreu um comércio interprovincial de escravos e, ao
mesmo tempo, aumentou o preço cobrado pelo escravo. Neste contexto, intensificou a imigração
para o Brasil.
Gabarito: E

44. (UCS 2016)


Sobre o Movimento Republicano no Brasil, é correto afirmar que:
A) foi acompanhado de forte mobilização popular, uma vez que grande parte dos brasileiros
estava cansada do pagamento de pesados impostos para a manutenção da Corte Imperial.
B) aconteceu de forma integrada à campanha abolicionista, uma vez que os líderes tinham os
mesmos interesses, o que acabou confundindo um movimento com o outro e propiciando o
fortalecimento de ambos.
C) ganhou força a partir da criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, apoiado no
poder econômico dos cafeicultores paulistas e na ação dos estudantes e professores da
Faculdade de Direito de São Paulo.
D) temeu a ocorrência de tumultos e, consequentemente, prejuízos econômicos, por isso, as
camadas médias da população urbana se mantiveram afastadas.
E) sofreu com prisões, fechamento de jornais, sedes de clubes e de partidos favoráveis à
Monarquia.

Comentários
Somente a alternativa [C] está correta. A questão aponta para a crise da monarquia brasileira que
ocorreu no Segundo Reinado, 1840-1889, em especial a partir de 1870 com o fim da Guerra do
Paraguai. A monarquia foi perdendo suas bases de apoio. Perdeu apoio da Igreja, exército e da
elite agrária após a Lei Áurea que não indenizou os proprietários de escravos. Em 1873 surgiu em
Itu, na Convenção de Itu, o Partido Republicano Paulista, partido dos barões do café que não tinha
mais interesse em apoiar a monarquia. Este partido defendia a República e o Federalismo.
Gabarito: C

45. (G1 - IFSUL 2016)


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco
Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída
para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.

Uma das consequências dessa guerra foi que:

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A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de
Solano Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do
Prata.
C) estimou-se uma pequena perda de soldados paraguaios e as importações chegavam ao
dobro das exportações no final da guerra.
D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.
Comentários
A questão faz referência à Guerra do Paraguai e suas desastrosas consequências para a nação
Guarani, a grande derrotada neste conflito. Formou-se a Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e
Uruguai contra o Paraguai governado pelo ditador Solano Lopes. Com a derrota do Paraguai, o país
foi destruído economicamente perdendo grande parte da população economicamente ativa.
Gabarito: D

46. (G1 - CFTMG 2016)


Em 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, que
determinava que:
“Art. 1º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão
considerados de condição livre.
§ 1º - Os ditos filhos menores ficarão em poder ou sob a autoridade dos senhores de suas
mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.
Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe, terá opção, ou de receber do
Estado a indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21
anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino, em
conformidade da presente lei.”
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_ventre_livre.htm>. Acesso
em: 15 set. 2015.

Considerando esse trecho, pode-se afirmar que a Lei do Ventre Livre:


A) emancipou os filhos de escravas maiores de 21 anos, pondo fim ao tráfico atlântico.
B) impossibilitou a utilização da mão de obra de filhos de escravas após completarem 8 anos
de idade.
C) isentou o governo brasileiro das responsabilidades sobre os filhos de escravos libertados
nesse contexto.
D) representou a libertação dos filhos de escravas nascidos no Brasil, mas, na prática, muitos
continuavam a servir aos proprietários de suas mães.
Comentários

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A questão remete a Lei do Ventre Livre ou Rio Branco, que concedia “liberdade” para as crianças
escravas nascidas a partir dela, 1871. Conforme esclarece o artigo desta Lei, na prática, muitas
crianças permaneciam servindo a seus proprietários. A Lei foi aprovada para acalmar a forte
campanha abolicionista que crescia no Brasil.
Gabarito: D

47. (UFRGS 2016)


Considere as afirmações abaixo, sobre imigração para o Brasil e as suas políticas públicas de
fomento.
I. A lei orgânica de 1867 previa uma série de benefícios e facilidades à vinda dos imigrantes
europeus, como, por exemplo, o pagamento de suas passagens às colônias e a atribuição de
um lote de terra de até 60 hectares por família imigrante.
II. Uma das metas do incentivo à imigração europeia era a política de “branqueamento” do
país, exemplificada pelo decreto n.º 528 de 1890, que, entre outras medidas, proibia a
entrada de imigrantes africanos no país, salvo em condições excepcionais.
III. As regiões do país que mais atraíra imigrantes foram o Sudeste e o Nordeste,
principalmente pela ausência de latifúndios significativos e de mão de obra disponível à
industrialização de ambas as regiões.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A afirmativa [III] está incorreta porque as regiões que mais receberam imigrantes no Brasil foram o
Sudeste e o Sul e esses imigrantes eram absorvidos tanto no mercado de produção de café quanto
no mercado industrial.
Gabarito: C

48. (G1 - IFBA 2016)


Derramou-se fraterno o sangue no Congo.
Derramou-se luminoso, escorreu-se errante.
Derramou-se farto de bravas veias pulsantes.
Derramou-se em resistência o sangue de Canudos.
Derramou-se até onde foi possível derramar.
Derramou-se fiel sem mais se guardar

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O sangue milagroso e particular em meu corpo,


de alguma estranha maneira sanguinária,
tornou-se o sangue coletivo dessas memórias.
(Fonte: CORREIA, Wesley. Deus é negro: da partida, da chegada, da multiplicação: poesia.
Salvador: Pinaúna, 2016, p.69 )

O poeta Wesley Correia sintetiza no poema “Memória a sangue” as dores dos irmãos
escravizados e apresenta, em “sangue coletivo dessas memórias” (v. 9), as diferentes formas
de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os
séculos XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência
negra, como a:
A) Rebelião dos Marinheiros cariocas, no início do período republicano, em protesto, contra a
falta de democracia e de participação popular nas decisões políticas do novo regime.
B) luta do povo baiano, na chamada Conjuração Baiana, em defesa do livre comércio, da
liberdade religiosa e do estabelecimento de relações mais liberais com a metrópole.
C) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.
D) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
E) Guerra de Canudos, onde os seguidores de Antônio Conselheiro procuraram derrubar o
recém-instalado regime republicano e restaurar a Monarquia e o poder imperial de D. Pedro
II.

Comentários
A questão aponta para a resistência dos negros diante da escravidão e exploração. A partir da
segunda metade do século XIX, no contexto do Segundo Reinado, surgiu a campanha abolicionista
que visava abolir a escravidão no Brasil. Neste cenário, apareceram diversos grupos que apoiavam
a libertação dos negros como os Caifazes em São Paulo e os “irmãos da senzala”.
Gabarito: C

49. (FGV 2016)


O excerto a seguir faz parte do parecer de uma comissão da Câmara dos Deputados sobre a
lei de 1871, que discutia a escravidão no Brasil.
“Sem educação nem instrução, embebe-se nos vícios mais próprios do homem não civilizado.
Convivendo com gente de raça superior, inocula nela os seus maus hábitos. Sem jus ao
produto do trabalho, busca no roubo os meios de satisfação dos apetites. Sem laços de
família, procede como inimigo ou estranho à sociedade, que o repele. Vaga Vênus arroja aos
maiores excessos aquele ardente sangue líbico; e o concubinato em larga escala é tolerado,
quando não animado, facultando-se assim aos jovens de ambos os sexos, para espetáculo

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doméstico, o mais torpe dos exemplos. Finalmente, com as degradantes cenas da servidão,
não pode a mais ilustrada das sociedades deixar de corromper-se.”
(apud Sidney Chalhoub, Machado de Assis, historiador. 2003)

No trecho, há um argumento:
A) político, que reconhece a importância da emancipação dos escravos, ainda que de forma
paulatina, para a construção de novos elementos de cidadania social, condição mínima para o
país abandonar a violência cotidiana e sistemática contra a maioria da população.
B) social, que assinala a inconsistência da defesa do fim da escravidão no país, em razão da
incapacidade dos homens escravizados de participar das estruturas hierárquicas e culturais,
estabelecidas ao longo dos séculos, durante os quais prevaleceu o trabalho compulsório.
C) econômico, que distingue os cidadãos ativos dos passivos, estes considerados um estorvo
para as atividades produtivas, fossem na agricultora ou na procura de metais preciosos, por
causa da desmotivação para o trabalho, elemento central para explicar a estagnação
econômica do país.
D) cultural, que se consubstancia na impossibilidade da convivência entre homens livres e
homens libertos e tenderia a produzir efeitos sociais devastadores, como tensões raciais
violentas e permanentes, a exemplo do que já ocorria no sul dos Estados Unidos.
E) moral, que aponta para os malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos e que esses malefícios terminam por contaminar toda a sociedade, mostrando, em
síntese, que os brancos eram muito prejudicados pela ordem escravocrata.

Comentários
Somente a proposição [E] está em consonância com o excerto elaborado por uma Comissão da
Câmara dos Deputados sobre a Lei de 1871, a lei do Ventre Livre. No documento há um argumento
moral que faz referência aos malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos contaminando toda a sociedade, inclusive os brancos eram prejudicados.
Gabarito: E

50. (UERJ 2015)

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A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.

Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o


governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de:
A) consolidar o poder militar.
B) difundir o pensamento liberal.
C) garantir a pluralidade política.
D) fortalecer a identidade nacional.
Comentários
Como o texto deixa claro, “por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada”. Logo, as pinturas eram
usadas para fortalecer a identidade nacional.
Gabarito: D

51. (PUCRS 2015)


Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).
I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites
do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária,
desconsiderando o Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser
selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a

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primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto
universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial,
pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só
partido, o Partido Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o
conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a
abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com
a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativas


A) I e III.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários
[II] Incorreta. O voto que elegia os regentes era dado pela Assembleia Geral, formada por
deputados.
[III] Incorreta. O Segundo Reinado foi marcado pela existência de dois partidos: Liberal e
Conservador.
Gabarito: B

52. (Cefet MG 2015)


“Episódio que em princípio deveria ter marcado a memória popular foi a Proclamação da
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
proclamação da independência.”
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)

Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se


os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.
C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.

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E) fazendeiros e militares.
Comentários
A despeito da participação popular, nossa República foi proclamada a partir da ação dos grandes
fazendeiros (insatisfeitos com o governo devido à abolição da escravatura) e dos militares
(insatisfeitos com a falta de participação política e influenciados pelos ideais republicanos
europeus).
Gabarito: E

53. (UERJ 2015)


A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar condutores,
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões
do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em frente à
Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do
vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes
pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História,
setembro/2007.

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a


manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar
os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do
Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
A) politização dos oficiais militares.
B) privatização dos serviços públicos.
C) modernização dos meios de transporte.
D) enfraquecimento das instituições monárquicas.

Comentários
A Revolta do Vintém enquadra-se no quadro de crise do Segundo Reinado, deflagrada,
principalmente, após a Guerra do Paraguai. Esse quadro de crise incluía o fortalecimento do
Exército e a ampliação dos movimentos Republicano e abolicionista. Nesse contexto, a opinião
pública e a população em geral passaram a defender mudanças de cunho político, econômico e
social do país. Quando o governo da capital decidiu cobrar um imposto sobre o preço da passagem

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de bonde, a população, já insatisfeita com os rumos do país, revoltou-se, o que serviu para abalar
ainda mais o já conturbado ambiente da Monarquia brasileira em fins da década de 1870.
Gabarito: D

54. (FGV 2015)


No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas
cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de
café da província de São Paulo, tornou-se uma “cidade morta”, que vive do esplendor do
passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes
majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas.
O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.
(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para
ocupados, 2013, p.164)

Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que:


A) a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises
internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do
cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.
B) o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à
Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo
político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.
C) a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo,
foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de
terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.
D) as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido
Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento
definitivo com a lei do Ventre Livre.
E) a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido
Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a
essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.
Comentários
Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a uma relação entre cafeicultura,
escravidão e a monarquia. O café começou a ser produzido em larga escala no Vale do Paraíba de
maneira tradicional, ou seja, com latifúndio escravista visando o mercado externo bem parecido
com o contexto do engenho colonial. Assim, esta elite escravista do Rio de Janeiro apoiava a
monarquia. Porém, depois de algumas décadas o solo foi se desgastando surgindo erosões e a
lavoura cafeeira começou a migrar rumo ao “Oeste Paulista”. No vale do Paraíba, surgiram então,
“as cidades mortas” que começaram a viver do esplendor do passado através do turismo. Desta
forma, há uma relação entre a crise da cafeicultura no Rio de Janeiro, abolição da escravatura e o
fim da monarquia considerando que os barões do café após a Lei Áurea abandonam a monarquia.

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Gabarito: C

55. (Mackenzie 2015)


“Como resultado desse mecanismo, houve, em um governo de cinquenta anos, a sucessão de
36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem
maiores traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser
chamado a governar. Assim, o recurso às armas se tornou desnecessário”.
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180
O texto refere-se:
A) à República Oligárquica, cujo revezamento político das oligarquias paulista e mineira, no
plano federal, consolidou os interesses da elite agroexportadora.
B) ao sistema político vigente no Segundo Reinado, que fortaleceu a figura do monarca e
consolidou a ordem aristocrática-latifundiária-escravista imperial.
C) ao sistema bipartidário do Regime Militar no Brasil, que criou mecanismos fraudulentos de
eleições e suprimiu as liberdades individuais dos cidadãos.
D) às divisões políticas e partidárias da República Populista, com os embates entre os
conservadores e os entreguistas, no tocante à condução da política econômica.
E) aos mecanismos de poder existentes na Era Vargas, que permitiu o fortalecimento do
presidente ao alternar no poder os grupos políticos aliados a ele.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889. Foi o
longo governo de D. Pedro II. Este assumiu o trono com quinze anos incompletos após o caos
político e social do Período Regencial, 1831-1840. O retorno da monarquia era visto por muitos
como a possibilidade de restaurar a ordem social. O jovem imperador consolidou a ordem
aristocrática-latifundiária-escravista e criou o Parlamentarismo no Brasil em 1847 inspirado no
modelo Inglês para buscar a estabilidade política através da acomodação no poder de
representantes dos partidos Liberal e Conservador. Daí a sucessão de 36 gabinetes, um verdadeiro
rodízio político entre os dois partidos. Vale lembrar que os dois partidos “eram farinha do mesmo
saco”, ou seja, não havia tantas diferenças ideológicas entre eles.
Gabarito: B

56. (UFSM 2015)


Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a
seguinte realidade brasileira, na mesma época:
A) a organização de uma estrutura econômica voltada à produção de alimentos e,
consequentemente, de mercado consumidor interno.

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B) a política de incentivo à vinda de mão de obra europeia, com o propósito de substituir o


trabalho escravo nas fazendas de café.
C) a crise do Estado Nacional e o projeto de formação de uma população saudável e mestiça.
D) a necessidade de soldados para multiplicar o Exército nacional, defender as fronteiras e
garantir o domínio na Região do Prata.
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.
Comentários
Durante o Segundo Reinado brasileiro, devido à queda na importação de escravos (por conta da
proibição do tráfico intercontinental), o governo brasileiro passou a incentivar a vinda de
imigrantes para trabalhar nas lavouras de café. Coincidentemente, como mostra o texto, a Itália,
nessa época, passava por um período de crise econômica, o que propiciou a vinda de muitos
italianos para o Brasil.
Gabarito: B

57. (UEPA 2015)


O interesse de fazendeiros e da coroa imperial pela imigração europeia para o Brasil, na
segunda metade do século XIX, estimulou novo fluxo de mão de obra no país, no contexto de
declínio e extinção da escravidão. A introdução dos imigrantes no mercado de trabalho
brasileiro no período indicado:
A) ocorreu dentro dos parâmetros de exploração do trabalho antes imposto aos negros
escravizados no campo e na cidade.
B) promoveu o nascente mercado de trabalho livre e assalariado, caracterizado pela exclusão
das populações negras antes vinculadas à escravidão.
C) realizou-se especialmente nas províncias setentrionais do país, marcadamente desfalcadas
de mão de obra após a abolição da escravidão.
D) acirrou as disputas por vagas no mercado de trabalho entre negros e brancos, o que
dificultou a inserção de trabalhadores de origem europeia.
E) demonstrou a ineficácia da introdução de mão de obra europeia no pais, dada a
abundância de trabalhadores negros e mestiços.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao processo de imigração europeia para
o Brasil durante o Segundo Reinado, 1840-1889. Ancorados em ideias racistas importadas da
Europa, a elite agrária brasileira preferiu imigrantes europeus para substituir os negros. Desta
forma, contribuiu para o surgimento de um mercado interno de trabalho livre e assalariado,
caracterizado pelas pessoas negras que antes eram escravas.
Gabarito: B

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58. (CEFET MG 2015)


“O ano de 1850 foi um marco divisor de águas, devido à promulgação da lei Eusébio de
Queiroz. Embora, após a extinção oficial do tráfico, tenham sido registrados alguns
desembarques clandestinos de africanos, estes foram em pequeno número e, dez anos após
a promulgação da referida lei, o Brasil havia definitivamente deixado de ser um país
importador de escravos.”
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta
do Brasil, 2010. p. 183. (Adaptado)

A lei de 1850 representou um marco importante no processo de abolição da escravidão no


país. Essa medida teve como impacto o (a):
A) declínio da produção cafeeira.
B) crescimento do número de alforrias.
C) distribuição de terras para os libertos.
D) intensificação do tráfico interprovincial.
E) adoção de uma política de reprodução de cativos.
Comentários
O fim do tráfico intercontinental obrigou os senhores de escravo brasileiros a promover o chamado
tráfico interprovincial: compra e venda de escravos de uma província para a outra, em especial do
Nordeste para o Sudeste.
Gabarito: D

59. (G1 - IFSC 2015)

A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores
da charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:

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A) Como é demonstrado na charge, no Brasil um grande número de militares de alta patente,


como coronéis e generais, eram negros.
B) Ao alistarem-se para lutarem na Guerra do Paraguai, os escravos negros eram alforriados
de seus senhores.
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.
D) O sucesso do alistamento de escravos brasileiros na Guerra do Paraguai foi continuado em
outras guerras como a Primeira Guerra Mundial.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a Guerra do Paraguai, 1865-1870. A
Guerra do Paraguai aconteceu dentro do Segundo Reinado, 1840-1889. Neste período estava
ocorrendo a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado com a chegada dos
imigrantes europeus. O nordeste brasileiro estava em grave crise econômica desde a crise
açucareira ocorrida no final do século XVII. Desta forma, a Guerra do Paraguai foi utilizada pela
elite branca e racista do Brasil para fazer uma limpeza étnica com alistamento dos negros para
lutar na Guerra do Paraguai. Ao compor o exército brasileiro, os negros eram alforriados dos seus
senhores. As demais alternativas estão incorretas.
Gabarito: B

60. (UERN 2015)


Lei nº 3353, de 13 de maio de 1888, declara extinta a escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente em nome de Sua Majestade, o Imperador o Senhor D. Pedro II,
faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou, e ela sanciona a Lei
seguinte:
Artigo 1º: É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
(Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-
apoio/legislacao/trabalho-escravo/lei_3353_1888.pdf.)

De acordo com o conteúdo da lei anteriormente exposta e a trajetória da abolição da


escravidão noBrasil, analise as afirmativas.
I. Logo após a abolição, direitos e deveres constitucionais foram estendidos aos libertos e a
seus algozes.
II. A Constituição de 1824 permitia que cada estado (província) estabelecesse legislação
própria em relação à escravidão.

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III. Mesmo depois da Lei Áurea, o tráfico de escravos continuou a representar a atividade
mais lucrativa do Império.
IV. Com o advento da Lei Áurea, a legitimidade antes atribuída à escravidão, deixa de existir
oficialmente no Brasil.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


A) I, apenas.
B) IV, apenas.
C) I, II, III e IV.
D) II e III, apenas.
Comentários
A Lei Áurea, apesar de simbolicamente ser extremamente importante, foi, na verdade, muito
simplória: contendo apenas dois parágrafos, somente aboliu a escravidão (afirmativa [IV]), mas
nada determinou a respeito da inclusão dos recém-libertos na cidadania do Império (afirmativa [I]).
Ainda assim, como previsto na Constituição vigente na época, era válida em todo o território
imperial (afirmativa [II]) e pôs fim ao tráfico e a prática escravista em todo o Império (afirmativa
[III]).
Gabarito: B

61. (UFU 2015)


Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido
manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para
aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor
para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se
concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por
base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram
um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível.
Aqui não há “bandidos” ou “mocinhos”, mas interesses.
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história.
Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
A) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
B) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico
brasileiro.

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C) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em


oposição às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
D) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.
Comentários
A dinâmica geopolítica interna citada na opção correta diz respeito aos interesses dos países sul-
americanos no controle da Bacia do Rio da Prata. Hoje, essa dinâmica é vista como uma das
principais causas para a ocorrência da Guerra do Paraguai.
Gabarito: C

62. (UERN 2015)


A República da Espada teve início quando os militares lideraram o país politicamente entre os
anos de 1889 a 1894. Assim que a Monarquia foi derrubada, o governo provisório do
Marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil naquele período. Um dos
fatores que contribuiu para a ascensão dos militares ao poder no Brasil, logo no início da
República, foi:
A) o apoio incondicional das oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas, que
tinham, em sua maioria, representantes no exército brasileiro.
B) a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, que de uma certa forma fortaleceu o exército,
que passou a exigir maiores saldos e maior participação política.
C) a subvenção inglesa na implantação da República Brasileira interessada na expansão da
Doutrina Monroe, que defendia o fim dos regimes monárquicos na América.
D) a tendência latino-americana de estabelecer governos ditatoriais e militares, atrelados às
concepções imperialistas e bolivarianas e, naturalmente, desvinculados da influência norte-
americana.
Comentários
A participação brasileira na Guerra do Paraguai fortaleceu o Exército brasileiro. Após a empreitada
na Guerra, os militares brasileiros voltaram valorizados, e passaram a discutir a situação do país a
partir da própria situação das Forças Armadas, exigindo melhores condições de trabalho e mais
participação política.
Gabarito: B

63. (Vunesp 2015)


Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam
preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que
assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de intelectuais e profissionais
liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua
província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou os
direitos individuais, mas simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.

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(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)

As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e
1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,
A) pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus
assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos
obtidos com exportação.
B) pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da administração
política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores e comerciantes de
São Paulo.
C) pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo e do
Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.
D) pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a
unidade do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
E) pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de Janeiro e
por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.

Comentários
São Paulo era o principal centro econômico brasileiro na época do Segundo Reinado. Nesse estado,
o movimento republicano priorizou a discussão acerca da adoção do federalismo, que conferiria ao
estado autonomia para gerenciar seus assuntos políticos e econômicos, utilizando, assim, sua
economia em benefício próprio.
Gabarito: A

64. (CEFET MG 2015)


“A situação política no Uruguai é particularmente importante para entender o desencadear
da Guerra do Paraguai. Em 1861, o presidente uruguaio Bernardo Berro, do Partido Blanco, se
recusou a renovar com o Brasil o Tratado de Comércio e Navegação, de 1851. Com essa
medida, reduziu a dependência do Uruguai em relação ao Império brasileiro. Ao mesmo
tempo, ele instituiu um imposto sobre as exportações de gado em pé para o Rio Grande do
Sul, atingindo os interesses de estancieiros gaúchos com propriedades no Uruguai. Por outro
lado, o cenário político do rio da Prata ganhou um novo Estado Nacional em 1862, com o
surgimento da República Argentina. A nação nasce sob a liderança da burguesia de Bueno
Aires, tendo Bartolomeu Mitre como presidente.”
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013. p. 364. (Adaptado)

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De acordo com o texto, a tensão entre as quatro nações envolvidas na Guerra do Paraguai,
iniciada pouco depois do contexto descrito, teria sido motivada pela:
A) ação imperialista da Inglaterra.
B) disputa geopolítica no estuário do Prata.
C) expansão do modelo federalista da Argentina.
D) reprovação ao governo autoritário do Uruguai.
E) convergência de interesses econômicos na América.
Comentários
A disputa pelo domínio do estuário do rio da Prata – e, consequentemente, da sua riqueza – foi um
dos motores para o início da Guerra do Paraguai. Brasil, Argentina e Paraguai desejavam controlar
tal região.
Gabarito: B

65. (G1 - CPS 2015)


Marietta Maria Baderna foi uma bailarina italiana que chegou ao Brasil em 1849. Seus fãs
eram apelidados de “badernistas”. Leia um pouco mais sobre ela.
Sempre à frente de seu tempo, Baderna se interessou pelos ritmos afro-brasileiros, danças
com movimentos bastante ousados para a época de Dom Pedro II. Interessante que sempre
que os moralistas tentavam boicotá-la (diminuindo seu tempo no palco, ou a colocando em
segundo plano), os badernistas protestavam, batendo os pés no chão e interrompendo o
espetáculo. Ao término da apresentação, saíam do teatro batendo os pés e gritando o nome
da musa: Baderna!
(http://tinyurl.com/ko35was Acesso em: 01.07.2014. Adaptado)

Desde então, parte dos movimentos populares, que se destacam pelos gritos e barulhos dos
manifestantes, levam o nome dessa ousada bailarina.
É correto afirmar que, no período histórico em que Baderna chegou ao Brasil, o governo
enfrentava:
A) a Revolução Praieira.
B) a Guerra de Canudos.
C) a Revolta da Vacina.
D) a Inconfidência Mineira.
E) o Quilombo dos Palmares.
Comentários
O texto é muito interessante, porém a questão é factual e envolve apenas o conhecimento
cronológico. Das alternativas apresentadas, a única que ocorreu durante o reinado de D. Pedro II

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foi a Revolução Praiera, movimento de curta duração em 1848, na cidade de Recife, reprimida pelo
governo e que produziu pequenos efeitos nos anos seguintes (que não são retratados nos livros
didáticos e apostilas).
Gabarito: A

66. (UECE 2015)


Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo de Abolição dos Escravos no Brasil, e
assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
() Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico internacional, porém, surgiu o tráfico
interno com a venda de escravos das áreas mais pobres para as mais desenvolvidas.
( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o objetivo de acalmar os abolicionistas
e ir lenta e gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam: Lei do Ventre Livre, Lei do
Sexagenário.
( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições ou ações dos próprios escravos em
prol da própria liberdade, em virtude da forte repressão presenciada nos últimos momentos
do período escravocrata.
( ) A abolição da escravatura se deu ainda no Reinado de D. Pedro II e representou um
grande avanço para a inserção do ex-escravo como cidadão na sociedade brasileira.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) V - V - V - F.
B) V - V - F - F.
C) F - V - F - V.
D) F - F - F - V.
Comentários
A terceira proposição é falsa porque o movimento de luta pela abolição contou com a participação
ativa dos cativos brasileiros, fazendo, inclusive, insurreições e manifestações;
A quarta proposição é falsa porque após a abolição o Governo Imperial brasileiro não criou
nenhum mecanismo de inserção dos negros recém libertos na sociedade brasileira.
Gabarito: B

67. (UEPA 2015)


Leia o texto para responder à questão.
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de São Paulo, inaugurada justamente na fase de
abolição do tráfico atlântico, além de estimular os debates e políticas imigrantistas, ativou
outras formas de tráfico de escravos, dessa vez entre regiões do Brasil.[...] Essa nova
modalidade de tráfico negociou basicamente crioulos e, como no tráfico atlântico, nela

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predominaram homens adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda as crianças e


velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva,
2002, p. 237-239.)

O desenraizamento do escravo crioulo provocado pelo tráfico interno teve peso considerável
para o fim da escravidão, pois:
A) a separação de famílias, ou o perigo dela, gerava revoltas, fugas, formação de quilombos e
atentados individuais contra senhores e feitores, sem contar os suicídios.
B) o progressivo aparecimento de pequenos proprietários de escravos contribuiu para a
crescente deslegitimação da propriedade escrava e o aumento das forças opositoras ao
escravismo.
C) os escravos de nação resistiram ao processo de ladinização, que afetava o modo de vida de
africanos, desestimulando o trabalho coletivo, base das estratégias de resistência.
D) o número de escravos nas áreas urbanizadas aumentou em relação ao das rurais, onde os
fazendeiros rejeitaram o tráfico interprovincial e investiram na abolição.
E) as Províncias onde o número de escravos era maior antes de 1850, aderiram à campanha
abolicionista deflagrada pelo Império para combater o tráfico interno e estimular a imigração.

Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a expansão do café para o Oeste de São
Paulo. O Brasil vivia o contexto do Segundo Reinado, 1840-1889, quando aconteceu a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre. Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queirós proibindo o
tráfico de escravos para o Brasil o que explica a chegada de muitos imigrantes europeus. A partir
desta data ocorreu um comércio interno de escravos, principalmente negros que foram deslocados
do nordeste decadente economicamente para o Sudeste. Neste tráfico interno ocorreu a
separação entre famílias o que contribuiu para o fim da escravidão no Brasil.
Gabarito: A

68. (UNISC 2015)


A desigualdade social que permeia a sociedade brasileira está umbilicalmente vinculada à
escravidão que foi a base do sistema escravista. O tráfico negreiro no Brasil perdurou do
século XVI ao XIX. Além de receber o maior contingente de africanos escravizados (cerca de
40% do total), o país foi a última nação americana a abolir a escravidão. Oficialmente, a
extinção do tráfico negreiro ocorreu através da:
A) Lei do Ventre Livre.
B) Lei dos Sexagenários.
C) Lei Eusébio de Queirós.

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D) Lei Nabuco de Araújo.


E) Lei Bill Aberdeen.
Comentários
A questão remete a Lei Eusébio de Queirós aprovada no Brasil em 1850. Esta importante lei aboliu
o tráfico de escravo no Atlântico reduzindo drasticamente o número de escravos no Brasil. No dia
13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, foi abolida a escravidão no Brasil. As leis abolicionistas
aprovadas no Brasil no contexto do Segundo Reinado, 1840-1889, estavam vinculadas as
transformações econômicas ligadas ao café e a Revolução Industrial.
Gabarito: C

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1. (IBFC - Pref. de Cabo de Santo Agostinho-PE - Professor de História /2019)


Não havia outro meio de transportar aquela raça (os africanos) à América, senão o tráfico.
Por conta da consciência individual, ocorrem as atrocidades cometidas. Não carregava a
ideias com a responsabilidade de semelhantes atos, como não se impunha a religião católica,
a sublime religião da caridade, as carnificinas da inquisição. O tráfico, na sua essência, era o
comércio de homens; a mancipatio dos romanos. Sem a escravidão africada e o tráfico que a
realizou, a América seria ainda hoje um vasto deserto (ALENCAR, 1867).

O trecho acima foi escrito por José de Alencar em 1867 para defender a escravidão no Brasil
contra a iminente ameaça do governo em submetê-la a um processo legislativo de
emancipação. Já a ilustração acima, de Agostini, refere-se ao confronto entre os
abolicionistas e os escravocratas, que insistiam em manter a instituição da escravidão. A
respeito deste período, assinale a alternativa incorreta.
A) Pode-se dizer que os discursos escravistas, produzidos no contexto da lei do ventre livre,
compõem o ponto de chegada de um processo mais amplo, cuja montagem data, pelo
menos, desde meados do período regencial (1831- 1840)
B) Embora a escravidão negra tivesse sido progressivamente desmontada nos países e nas
colônias da América após a Era das Revoluções, duas outras sociedades também fundadas na
instituição cresceram vigorosamente sob o influxos do capitalismo de livre mercado: a ilha de
Cuba e o sul dos Estados Unidos
C) Enquanto o governo norte americano exerceu jurisdição sobre territórios sem cativos, o
Império do Brasil se arquitetou sobre uma sociedade genuína e integralmente escravista

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D) Por volta de 1850, o contrabando de africanos se avolumou em escala extraordinária,


montando a cerca de 900 mil pessoas violentamente trazidas ao país nos quinze anos
subsequentes

2. (Pref. de Juazeiro do Norte-CE - Professor de História /2019)


Sobre as mudanças causadas pela economia cafeeira no Brasil do século XIX, analise as
afirmativas a seguir.
I. Até o final do século XIX, por volta de 1870, havia poucas indústrias no Brasil. Contudo,
após o crescimento da produção cafeeira, muitos cafeicultores usaram seu dinheiro para
montar indústrias de sabão, de tecidos, de bebidas, de papel e de alimentos.
II. São Paulo foi a cidade que mais passou por mudanças com a riqueza trazida pelo café. O
comércio e a população cresceram, mansões luxuosas foram construídas, indústrias foram
instaladas e a eletricidade passou a ser utilizada para iluminar as ruas e fazer funcionar os
bondes e as máquinas das indústrias.
III. Um dos símbolos mais expressivos da economia cafeeira foram as grandes construções, as
estradas de ferro que transportavam o café pelo País como, por exemplo, a estação de trem
da Luz em São Paulo.

Marque a opção que indica a(s) afirmativa(s) CORRETA(S).


A) I – II.
B) II.
C) I – II – III.
D) II – III.
E) I – III.

3. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)


Sobre a política e o trabalho no Segundo Reinado marque a alternativa incorreta:
A) Nos primeiros anos da monarquia, a vida política do Brasil concentrava-se em torno de três
grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados e restauradores.
B) A disputa entre liberais e conservadores pelo poder no parlamento, por meio do gabinete
ministerial, deixava nossa política bastante instável. D. Pedro II foi o responsável por
controlar as disputas políticas e por criar um regime conhecido como parlamentarismo,
sistema parlamentar no qual o imperador tinha função meramente decorativa.
C) Havia muitas tensões políticas no país envolvendo diferentes questões. Existiam os
federalistas, que defendiam maior autonomia para as províncias, enquanto outros defendiam

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a centralização do poder para que as províncias não tivessem autonomia; alguns eram
monarquistas, enquanto outros eram republicanos.
D) O processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lentamente,
demonstrando o desinteresse da monarquia em acabar com a escravidão no Brasil.
E) A vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como alternativas para substituir os escravos.
Vieram para o Brasil um grande número de italianos e portugueses, bem como alemães e
espanhóis.

4. (Pró-Município - Pref. Municipal de Redenção-CE – Prof. de História / 2019)


A declaração da maioridade de Pedro de Alcântara três anos antes do previsto foi tramada
pelos liberais, que faziam oposição à Regência de Araújo Lima. O menino seria sagrado
imperador como Pedro II e seu governo duraria 49 anos. Marque a opção que indique um dos
fatos ocorridos no Segundo Reinado.
A) No início o jovem imperador montou um ministério com políticos conservadores, mas este
gabinete durou apenas oito meses, pois não conseguiu pacificar as províncias;
B) Neste período a existência de diferenças ideológicas entre os grupos dominantes era
marcante. As eleições representavam a vontade da maioria da população;
C) Ocorre a consolidação do deslocamento do eixo econômico das velhas regiões agrícolas do
Centro-Sul para o Nordeste;
D)Em 1864, forças brasileiras invadiram o Uruguai com o objetivo de derrubar o presidente
Atanásio Aguirre e substituí-lo por Venâncio Flores.

A respeito do Primeiro Reinado e do processo de independência do Brasil, julgue os itens


seguintes.
5. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A chamada Lei do Ventre Livre trouxe amplas mudanças nas relações entre senhores e
pessoas escravizadas, como a criação do Fundo de Emancipação de Escravos, cujo objetivo
era promover a alforria de escravos, com preferência para famílias, mulheres e crianças.

Com relação aos movimentos sociais ocorridos no Brasil imperial, julgue os itens
subsecutivos.
6. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)
A abolição da escravatura foi resultado de campanha elitista concentrada em debates
parlamentares e dirigida por políticos, como Joaquim Nabuco.

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7. (CEBRASPE – Pref. São Cristóvão-SE - Professor de EB - História / 2019)


A imposição do sistema métrico decimal, na segunda metade do século XIX, levou à
ocorrência de diversas revoltas pelo Brasil imperial, as quais vieram a ser conhecidas como
revoltas do quebra-quilos.

8. (IBADE – SEE-Vitória-ES – Professor de História PEB III / 2019)


Leia o relato do naturalista Charles Darwin em sua passagem por terras brasileiras no século
XIX:
“(...)É notório este lugar, pelo fato de ter sido, durante muito tempo, o quilombo de alguns
escravos fugidos que, cultivando pequeno terreno próximo à vertente, conseguiram suprir-se
do necessário sustento. Mas foram, um dia, descobertos e reconduzidos dali por uma escolta
de soldados. Uma velha escrava, no entanto, preferindo a morte à vida miserável que vivia,
lançou-se do alto do morro, indo despedaçar-se contra as pedras da base. Se se tratasse de
alguma matrona romana, esse gesto seria interpretado como nobilitante amor à liberdade,
mas, numa pobre negra, não passava de simples caturrice de bruto.”
(Darwin, 1871, p. 7).
A passagem acima indica que:
A) o racismo é também um conjunto de disposições, esquemas de percepção e estratégias de
ação – ou seja, um aspecto do habitus – que reforça e legitima a dominação racial.
B) grupos que racializam outros de maneira negativa tendem a trair os ideais que formam o
conjunto de heranças culturais ocidentais.
C) os ideais ingleses de liberdade, apesar de difundir os ideais do anti-escravismo, foram
incapazes de inibir a prática do tráfico negreiro e seus males.
D) o habitus racial do grupo minoritário se reproduz pela internalização das divisões raciais do
mundo social, o que implica na impossibilidade de mudanças e reformulações no processo de
reprodução.
E) podemos presumir que toda e qualquer desigualdade racial é consequência do racismo e a
continuação de tais diferenças em longo prazo sugerem fortemente a operação de algum tipo
de discriminação racial.

9. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)


Sentimento capaz de explicar comportamentos coletivos, o medo de revoltas marcou a
primeira metade do século XIX. O acúmulo de frustrações com a emancipação criou uma
reação no corpo social. Miséria, fome, fisco, falta de liberdade, concorrência com os
“alfacinhas”, tudo se misturou num caldeirão de sangue e fogo, e, entre a abdicação de d.
Pedro I e a maioridade de d. Pedro II, conflitos violentos sacudiram o país.

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(DEL PRIORE, Mary. Histórias da gente do Brasil: Império. São Paulo: LEYA, 2018, p.27)
Entre os conflitos ocorridos no intervalo de tempo mencionado no texto, merecem destaque
A) a Cabanagem (1835-1840), ocorrida na Bahia e que tinha como principal objetivo a
conquista da independência da província, e a Balaiada (1838-1841) ocorrida no Maranhão,
motivada, entre outros fatores, pela insatisfação popular diante dos desmandos políticos dos
grandes fazendeiros da região.
B) a Guerra dos Farrapos (1835-1845), ocorrida no Rio Grande do Sul e motivada pela reação
de pequenos fazendeiros à política fiscal do governo imperial, e a Cabanada (1832-1835),
ocorrida no Pará, que tinha como objetivo principal a conquista da independência do Grão-
Pará.
C) a Balaiada (1838-1841), ocorrida no Maranhão e motivada pelos conflitos entre as facções
dos Cabanos e dos Bem te vis, grupos que desconsideravam os problemas das camadas
populares, e a Sabinada (1837-1838 ), ocorrida na Província da Bahia e motivada pela revolta
de populares contra o recrutamento obrigatório.
D) a Guerra dos Farrapos (1835-1848), ocorrida no Rio Grande do Sul e motivada pela
insatisfação dos grandes proprietários rurais com a abdicação de D. Pedro I, e a Balaiada
(1838-1841), ocorrida no Maranhão e que tinha como principal finalidade a independência da
Província do Grão-Pará e Maranhão.
E) a Cabanada (1832-1835), ocorrida no Pará e motivada pela insatisfação dos grandes
proprietários de terras com a cobrança de altos impostos sobre o comércio do algodão, e a
Guerra dos Farrapos, ocorrida no Rio Grande do Sul (1835-1848) e liderada por monarquistas
contra o movimento republicano local.

10. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)

A análise do quadro da distribuição étnica no Brasil Imperial, demonstra que


A) a população de africanos, negros brasileiros e índios integrados diminuiu no período do
Império, enquanto o número de mulatos e brancos brasileiros aumentou.
B) não ocorreram alterações, em porcentagem, das populações étnicas, no período do
Império.

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C) a presença da etnia negra no Brasil do século XIX permaneceu inalterada, evidenciando a


pouca eficácia das leis abolicionistas do período.
D) no Império predominaram os grupos étnicos europeus e negros africanos, na composição
da população brasileira.
E) as populações de brancos brasileiros e de índios integrados mantiveram-se sem alterações
durante o Império.

11. (NUCEPE/UESPI – Pref. Teresina-PI - SEMEC - Professor 2º Ciclo - História / 2019)


Foi só com a proximidade do fim da escravidão e da própria monarquia que a questão racial
passou para a agenda do dia. Até então, enquanto “propriedade”, o escravo era por definição
“o não-cidadão”. No Brasil, é, portanto, com entrada das teorias raciais que as desigualdades
sociais se transformam em matéria da natureza.
(SCHWARCZ, Lilian Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na
intimidade. In.: SCHWARCZ, Lilian. História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade
contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.186)
A discussão sobre a “questão racial” no Brasil, após abolição da escravidão, revestiu-se
A) de uma releitura particular das teorias raciais, na medida em que a posição assumida por
especialistas encaminhou-se para a restrição à imigração sob o argumento de preservação
das características originais do povo brasileiro.
B) de um simultâneo processo de absorção da ideia de que as raças significavam essências e
da negação da noção de que a mestiçagem levava sempre à degeneração dos indivíduos
constituintes da nação.
C) de uma integração entre modelos evolucionistas, crentes na evolução da humanidade em
etapas definidas, e um posicionamento de radical negação do darwinismo social, que negava
um futuro na miscigenação racial.
D) de um posicionamento hegemônico no qual se negou uma avaliação positiva do processo
de miscigenação racial, ainda que para promover a defesa de um gradual processo de
“branqueamento” da população.
E) da crença de que o futuro brasileiro conduziria, inevitavelmente, a uma nação branca,
além da definição dos grupos raciais pelo seu genótipo, o que possibilitava pensar cada
indivíduo como pertencente a uma determinada coletividade racial.

12. (Pref. do Rio de Janeiro - SME-RJ - Professor de Ensino Fundamental – História / 2019)
“Dois fortes paradigmas impregnam há décadas as histórias gerais da escravidão no Brasil.
Em poucas palavras, trata-se da gradualidade da abolição e da pressão inglesa como fator
determinante para que o tráfico de africanos chegasse ao fim.”

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RODRIGUES, Jaime. “O fim do tráfico transatlântico de escravos para o Brasil: paradigmas em


questão.” In: GRINBERG, Keila; SALES, Ricardo (Orgs.) O Brasil Imperial. Volume !! - 1831-
1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

Segundo o autor do fragmento, o sucesso da lei de 1850(Eusébio de Queirós), em relação à lei


de 1831, ambas proibitivas de tráfico de escravizados, relaciona-se a diversos fatores, entre
os quais NÂO se inclui o seguinte:
A) a separação entre os interesses senhoriais e os do traficante, do ponto de vista legal e
moral, propiciando o apoio relativo dos senhores dos escravizados das províncias à nova lei,
já que esta os excluía de qualquer implicação penal.
B) a pressão que os ingleses exerciam no império do Brasil, sobretudo após a bill Aberdeen
(1845) que julgava os traficantes de escravizados como piratas nos tribunais brasileiros, onde
quer que fossem capturados.
C) a manutenção do direito sobre as propriedades escravas anteriores à nova lei e a brandura
com que a policia e o judiciário tratavam os senhores que compravam escravizados
contrabandeados.
D) a luta dos abolicionistas que encontrava no imperador dom Pedro II forte colaborador,
sendo relevante para a decisão final acerca da nova lei de 1850 fosse feita em sessão pública.

13. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Mesmo depois de inaugurado o regime republicano, nunca, talvez, fomos envolvidos, em tão
breve período, por uma febre tão intensa de reformas como a que se registrou precisamente
nos meados do século [XIX] e especialmente nos anos de 51 a 55. Assim é que em 1851 tinha
início o movimento de constituição das sociedades anônimas; na mesma data funda-se o
segundo Banco do Brasil [...]; em 1852, inaugura-se a primeira linha telegráfica na cidade do
Rio de Janeiro. [...] Em 1854 abre-se ao tráfego a primeira linha de estradas de ferro do país.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1995)

Pode-se explicar essa intensificação das atividades econômicas do período pela:


A) política de emissão de papel-moeda concedida pelo governo às instituições financeiras
estatais.
B) expansão do mercado consumidor interno com a adoção progressiva do trabalho
assalariado.
C) disponibilidade de capitais para novos investimentos devido à abolição do tráfico
internacional de escravos.
D) suspensão das dívidas dos fazendeiros com os fornecedores internacionais de
implementos agrícolas.

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E) abolição da mão de obra escrava acompanhada de indenizações estatais às empresas


escravistas.

14. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)


De 1854 a 1858, foram construídas as primeiras linhas telegráficas e de navegação e as
primeiras estradas de ferro, a iluminação a gás chegou às cidades, e o número de escolas e de
estabelecimentos de instrução começou a crescer. A urbanização da capital passava por uma
revolução. Nos locais de maior acesso foram sendo edificados palácios, jardins públicos e
amplas avenidas. Ao longo do século XIX, a corte obteve, ainda, outras melhorias:
arborização, calçamento com paralelepípedo, iluminação a gás, bondes puxados a burro, rede
de esgoto e abastecimento domiciliar de água.
(Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015. Adaptado).
A partir do trecho, é correto afirmar que uma das principais características do Brasil no século
XIX era:
A) a oposição entre uma economia rural, desconectada das economias centrais do
capitalismo, e o processo de modernização dos centros urbanos.
B) a concentração de recursos em cidades escravistas, como São Paulo e Porto Alegre, em
oposição à carência material de cidades como Rio de Janeiro e Salvador.
C) o contraste entre as pretensões civilizadoras da corte e a violência da escravidão somada à
alta densidade de negros escravizados nas principais cidades.
D) a facilidade de integração territorial, em termos de transporte e comunicação, em um país
de dimensões continentais densamente povoado.
E) o complexo processo de reurbanização e modernização que atingiu igualmente todo o
território nacional.

15. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Observe a imagem

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A arquitetura da Estação da Luz e o contexto em que foi construída permitem que se


estabeleça uma relação entre:
A) a produção de cana-de-açúcar no interior de São Paulo e a necessidade de abastecer os
engenhos com mão de obra negra escravizada, transportada em trens de origem suíça, o que
influenciou o estilo da construção da estação.
B) a expansão da lavoura cafeeira em direção ao interior de São Paulo e a exportação de
capital e tecnologia ingleses para o Brasil entre os séculos XIX e XX, simbolizados na
arquitetura da estação.
C) a industrialização precoce do Oeste paulista e a chegada de imigrantes para trabalharem
nas fábricas de Campinas e arredores, o que levou à construção da estação de estilo francês
para transportá-los do porto ao interior.
D) o projeto das elites da República de interiorização do povoamento, o que levou à
construção da ferrovia, e a influência cultural italiana devido ao alto número de imigrantes,
refletida na arquitetura da estação.
E) a crescente influência norte-americana no Brasil a partir do início do século XX, evidente na
construção da estação, e a importação da tecnologia ferroviária que o Brasil até então
desconhecia, aprofundando os laços econômicos entre os dois países.

16. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A Estrada de Ferro São Paulo Railway pôs fim ao isolamento do planalto paulista, rompendo
as dificuldades de transpor a grande inclinação da Serra do Mar, facilitando o transporte de
mercadorias e o contato cultural e comercial com a Europa por meio do Porto de Santos.
(Silvia Helena Passarelli, Vitrines da cidade. Disponível em: http://goo.gl/4bNKs8. Adaptado).

Um dos objetivos centrais da construção da estrada de ferro discutida no trecho foi:

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A) estimular o desenvolvimento da indústria paulista, que estaria mais próxima da exportação


de seus produtos pelo porto.
B) tornar viável a importação de mercadorias por São Paulo, que até então só recebia
produtos importados que entrassem no país pelo Rio de Janeiro.
C) facilitar o transporte do café do Vale do Paraíba para o porto de Santos, de onde seria
exportado para a Europa.
D) garantir aos trabalhadores imigrantes vindos da Europa que tivessem acesso livre e direto
às fazendas de café do interior e às fábricas da capital.
E) escoar o café produzido na região do então chamado “Oeste paulista”, para onde a
cafeicultura tinha se expandido recentemente.

17. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)


Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos
ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis
armados. Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na
Bahia da época os africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas
horas, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos
duradouros para o conjunto do Brasil escravista.
(REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003).

O episódio descrito no trecho contribuiu para


A) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores
do escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil.
B) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se
ameaçados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre.
C) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da
Regência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época.
D) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um
monarca politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob
controle.
E) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido
ao descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.

18. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


[Foi] uma das revoltas que evidenciaram, no período regencial, as crises que marcaram a
organização do país independente, mobilizando a província do Rio Grande de São Pedro e
alcançando Santa Catarina, entre 1835 e 1845. (...) À diferença da repressão da maioria das

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rebeliões do período regencial, nas quais a participação popular e dos grupos médios urbanos
foi expressiva, o governo imperial assumiu, nesse caso, postura que aliou negociação e
repressão.
(Ronaldo Vainfas (org). Dicionário do Brasil Imperial, 2002.)
O fragmento apresenta a
A) Confederação do Equador.
B) Farroupilha.
C) Sabinada.
D) Balaiada.
E) Revolta dos Malês.

19. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor)


Leia atentamente os seguintes excertos:
“A Lei de terras decretada no Brasil em 1850 proibia a aquisição de terras públicas através de
qualquer outro meio que não fosse a compra, colocando um fim às formas tradicionais de
adquirir terras mediante posse e mediante doações da Coroa”;
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à República: momentos decisivos,7. ed. São Paulo:
Fundação Editora da UNESP,1999, p.171.

“Abolido o trabalho escravo, praticamente em nenhuma parte houve modificações de real


significação na forma de organização da produção e mesmo na distribuição da renda”.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1967, p.
149.

Relacionando-se os excertos acima aos resultados do processo de abolição da escravatura no


Brasil, pode-se afirmar com precisão que
A) ainda hoje há um descaso em relação à inserção da população afrodescendente na
sociedade: prova disso é a total ausência de proteção legal às terras de comunidades
quilombolas.
B) apesar de a Lei de Terras impedir o acesso às mesmas através da posse, os libertos
brasileiros foram inseridos nas atividades urbanas ligadas ao comércio e à incipiente indústria
nacional.
C) a plena inserção dos ex-escravos na sociedade brasileira só foi possível com a proclamação
da República em 1889, que rompeu os últimos traços de discriminação em relação à
população afrodescendente.

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D) mesmo com o fim da escravidão não houve grandes alterações na produção nem na
distribuição de renda, pois aos escravos foi negado, inclusive, a propriedade de minifúndio
através da posse ou doação.

20. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor)


Quanto ao quadro econômico, político e social do Segundo Reinado é correto afirmar que
A) por se tratar de um país essencialmente rural, não havia nenhum movimento de cunho
sindical no Brasil até 1930, quando surgem as primeiras organizações de trabalhadores.
B) a insatisfação da oficialidade do exército com o governo, o movimento abolicionista após a
guerra do Paraguai e a criação do partido republicano, em 1870, são causas da queda da
monarquia.
C) apesar da herança patriarcal, este reinado trouxe consigo a cidadania plena para as
mulheres, estabelecida, com o direito de voto, desde o período regencial com o Ato Adicional
de 1834.
D) ocorrida em são Paulo, a Semana de Arte Moderna de 1822 redefiniu os padrões estéticos
em diversas modalidades artísticas e buscou renovar o estagnado ambiente artístico e
cultural.

21. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Consultor Legislativo)


Segundo os historiadores, um dos fatos que impactou o processo de abolição de escravatura
no Brasil foi o Bill Aberdeen, que correspondeu
A) ao documento aprovado pelo Parlamento Inglês em 1845 que declarava lícito deter e
capturar navios que traficassem escravos africanos.
B) ao acordo firmado entre Portugal e Inglaterra em 1864 para pôr fim à escravidão nas
colônias portuguesas no prazo de dez anos.
C) ao conjunto de regras que previram o fim paulatino da escravidão nos Estados Unidos da
América como resultado do acordo de paz que pôs fim à guerra de Secessão.
D) ao tratado firmado entre quatro países europeus no ano de 1870 dando liberdade aos
filhos de escravos nascidos a partir de então, nas suas colônias.
E) à primeira declaração internacional, de 1855, que reconhecia o direito de liberdade como
direito universal, extensivo a todas as pessoas integrantes de todos os povos inclusive
escravos.

22. (SEDUC - CE - 2016 - SEDUC-CE - Professor)


É célebre a frase de Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar: "Aqui não se embarca
mais escravos". O contexto sociopolítico cearense que representa esse momento é

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A) de proibição do tráfico de escravos, decretado recentemente no Ceará, dando início às


manifestações abolicionistas e suas ações radicais.
B) de lutas em torno da abolição dos escravos, que ganharam grande alcance em face do
aumento do número de negros que foram trazidos para a Província do Ceará, após a seca de
1877.
C) da campanha abolicionista, que alcançava seu auge no Ceará, conseguindo a adesão dos
jangadeiros que faziam o transporte dos escravos dos navios para o porto.
D) do tráfico interprovincial, que estava levando à falência comerciantes e fazendeiros
cearenses, os quais decidiram impedir, pela força, o embarque de escravos para os navios
que comercializavam os negros escravizados para o Sudeste e Sul do país.
E) da abolição dos escravos no Ceará, que aconteceu pacificamente através de um ato do
governo provincial; o que levou à desmobilização e desmoralização dos poucos abolicionistas
cearenses.

23. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)
No Brasil, a abolição da escravatura
A) impediu a inserção do Brasil no sistema capitalista de produção.
B) implantou vasta mão de obra no mercado de trabalho que substituiu a mão de obra
imigrante.
C) aconteceu em concomitância com uma política de inserção dos ex-escravos na sociedade.
D) resultou de um longo processo iniciado com a extinção do tráfico, em 1850, e
posteriormente, com a Lei do Ventre Livre.
E) ocorreu por decisão isolada da corte, sem pressão da população ou de parte da elite
nacional.

24. (FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - História)
Durante o Segundo Reinado instalou-se o chamado parlamentarismo às avessas, que tinha
por característica, entre outras, a
A) tutela política sobre Pedro II conferida ao poder legislativo, o Parlamento, considerando a
pouca idade do imperador e a necessidade de que uma junta ministerial governasse por ele,
ainda que provisoriamente.
B) inspiração no modelo britânico, uma vez que, na prática, o primeiro ministro passava a ter
mais poderes que o monarca, fazendo com que o poder moderador fosse, dessa maneira,
deturpado ou invertido.

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C) inversão da lógica do parlamentarismo tradicional, uma vez que o poder judiciário passava
a ser exercido pelo Parlamento e o presidente se subordinava ao Conselho de Ministros,
órgão judiciário e executivo do Império.
D) busca de conciliação política entre os dois partidos hegemônicos no país, o Partido
Brasileiro, liberal radical, e o Português, conservador, mediante a atuação de um Conselho de
Ministros acima dos três poderes clássicos.
E) adaptação parcial do sistema vigente no Reino Unido aos interesses políticos imperiais, de
modo a que o monarca continuasse com amplos poderes, a despeito da aparente
descentralização do governo.

(CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Tendo em vista que a questão servil, como denominada por D. Pedro II em sua fala do trono
em 1865, foi elemento fulcral na formação da sociedade brasileira, julgue (C ou E) o próximo
item, relativo à escravidão no Império brasileiro.
25.
O fortalecimento das ideias racistas foi um dos desdobramentos da ação da denominada
Geração de 1870 e influenciou a condução dos debates acerca da escravidão em seus anos
finais e, principalmente, sobre a eleição da imigração europeia como caminho preferencial
para a formação da mão de obra assalariada pós-abolição.
26.
O projeto da chamada Lei do Ventre Livre foi inicialmente discutido no Conselho de Estado,
sob a demanda de D. Pedro II, e aprovado pelo parlamento, sob a ação do Visconde do Rio
Branco. Se, por um lado, a lei garantiu aos proprietários a manutenção da mão de obra
escrava, por outro, pôs em questão a legitimidade dessa instituição e ampliou as expectativas
de liberdade dos cativos.
27.
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o
que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo
do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 1999.

Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:

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A) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.


B) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.
C) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo.
D) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade.
E) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas.

28.
Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil
entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262
1847 75.893
1848 76.338
1849 70.827
1850 37.672
1851 7.058
1852 1.234
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado).

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,


A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.

29.
Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do
Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento
não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).

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No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”,


encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
frequência no Brasil nesse período e indica o (a):
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
B) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de
liberdade.

30. (UERJ 2016)


Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste período
especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de
polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia
e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
José de Alencar, prefácio a Sonhos d’ouro, 1872.Adaptado de ebooksbrasil.org.

De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século


XIX, estava vinculada ao processo de:
A) promoção da cultura letrada.
B) integração do mundo lusófono.
C) valorização da miscigenação étnica.
D) particularização da língua portuguesa.

31. (FGV 2016)


Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femininas do Império (...) como a Imperatriz
Leopoldina e Anita Garibaldi. Todas as três, embora de diferentes maneiras, de diferente
proveniência social e, em diferentes épocas, desempenharam um papel político que,
certamente, contribuiu para as mudanças por elas defendidas e as inscreveu na História do
Brasil.
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)

Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga,


respectivamente:

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A) atuou, ao lado de Dom Pedro e de José Bonifácio, no processo de emancipação política do


Brasil; participou da mais longa rebelião regencial, a Farroupilha; militou pela abolição da
escravatura e pela queda da Monarquia.
B) articulou a bancada constitucional brasileira na Assembleia Constituinte; organizou as
forças populares participantes da rebelião regencial ocorrida no Grão-Pará, a Cabanagem; foi
a primeira mulher brasileira a se eleger para o Senado durante o Império.
C) convenceu Dom Pedro I a assumir o trono português após a morte do rei Dom João VI;
defendeu a ampliação dos direitos de cidadania durante a reforma constitucional que
instituiu o Ato Adicional; liderou uma frente parlamentar de apoio às leis abolicionistas.
D) participou como diplomata do Império brasileiro na Guerra da Cisplatina; foi a primeira
mulher a trabalhar como jornalista e romancista durante o Segundo Reinado; tornou-se uma
importante liderança política na defesa do fim do tráfico de escravos para as Américas.
E) articulou com os diplomatas ingleses o reconhecimento da Independência do Brasil junto a
Portugal; foi uma importante liderança militar no processo de Guerra de Independência da
Bahia; criou a primeira associação política em defesa do voto feminino no Brasil.

32. (IMED 2016)


Apesar da prosperidade econômica do Império, a estrutura socioeconômica brasileira não
sofreu modificações significativas. As lutas pela modernização do país acabariam resultando
na Proclamação da República em 1889. O fim da monarquia no Brasil foi o resultado da
ruptura das relações do governo com os seguintes setores da sociedade que lhe davam
sustentação:
I. A Igreja.
II. O exército.
III. A aristocracia escravista.

Quais estão corretos?


A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

33. (UFJF-PISM2 2016)


Leia o trecho e em seguida responda ao que se pede:

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Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes –
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano
as casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial
que reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços
que começara, de dotar a cidade de luz e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos – memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.

O memorialista Pedro Nava mostra na cidade de Juiz de Fora aspectos do processo de


transformação que ocorria na sociedade brasileira no final do século XIX. Acerca deste
contexto, assinale a afirmativa INCORRETA:
A) Era um período de expansão do capitalismo que se estendia mundialmente.
B) Caracterizava-se pela preservação da herança luso-brasileira do período colonial que
adentrou pelo Império.
C) Marcava-se pela organização de indústrias têxteis e alimentícias com capitais excedentes
do café.
D) Processava-se o aumento da malha ferroviária e a criação de novos núcleos urbanos.
E) Ocorria a intensificação da imigração para substituição do trabalho escravo.

34. (UEL 2016)


O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi defendido por políticos
ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando fortemente
os ideais republicanos que culminaram com a Proclamação da República, em 1889.
Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de transição do
regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir.
I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto universal, o
que permitia a acomodação das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os oficiais
de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição da ordem
através da força militar, na chamada República de Espadas.

Assinale a alternativa correta.

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A) Somente as afirmativas I e II são corretas.


B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

35. (UDESC 2016)


A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de
1871. Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.
A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as crianças e às
respectivas mães que viviam sob a escravidão no território brasileiro.
B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização
pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava
a possibilidade dessas crianças permanecerem sob “os cuidados” do antigo proprietário até a
idade de 21 anos.
D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças
eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido
pelo Estado.
E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos
pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra
delas.

36. (UFRGS 2016)


Considere as seguintes afirmações sobre a construção histórica da identidade nacional
brasileira.
I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II. A expressão “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi difundida durante o governo de D. Pedro I como
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo
crítico em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas
europeias, enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.

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Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

37. (UECE 2016)


Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a Lei de Terras.
Esta lei, em linhas gerais, determinou que
I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando proibida a doação de propriedades ou
qualquer outra forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por meio da compra.
II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário, impedindo que os posseiros mais pobres
obtivessem a propriedade do solo onde plantavam.
III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes – cujo trabalho, em muitos casos, substituiria o
trabalho dos escravos – de se tornarem proprietários das terras onde laboravam.
IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras públicas, a baixo custo, pelos grandes
proprietários, seus herdeiros e descendentes.

Estão corretas as complementações contidas em


A) I, II, III e IV.
B) I e II apenas.
C) II, III e IV apenas.
D) I, III e IV apenas.

38. (UEG 2016)


Observe a charge a seguir.

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A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A sua
origem e significado remetem a um contexto marcado
A) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império Brasileiro e o
esforço de preservar a ordem social vigente.
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma
postura ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.

39. (UFJF-PISM 3 2016)


Observe os seguintes quadros:

Produção agrícola da pauta das exportações brasileiras


Período Café Borracha Açúcar Cacau
1881-1890 61,5% 8,0 9,9 1,6
1891-1900 64,5% 15,0 6,0 2,5
1900-1910 51,5% 28,2 1,2 2,8
FAUSTO, B.(Org.) História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel,
Tomo III (O Brasil Republicano), 1981.

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Imigração para o Brasil (números aproximados)


Nacionalidade 1891-1900 1901-1910
Portugueses 313.000 202.000
Italianos 360.000 678.000
Espanhóis 45.800 157.000
HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro

Estes dados referem-se às primeiras décadas da implantação da República no Brasil. Acerca


desse período e baseando-se neles e em seus conhecimentos, leia as afirmativas abaixo e em
seguida, responda ao que se pede:
I. Os capitais advindos da grande produção cafeeira foram aplicados no setor industrial. Este
se beneficiou também da entrada de levas de imigrantes europeus que seriam utilizados
como mão de obra operária.
II. Na virada do século XIX para o XX, o Brasil ainda possuía como principal pilar de sua
economia a exportação de produtos agrícolas, produzidos em larga escala nas grandes
propriedades.
III. O fluxo imigratório para o Brasil nesse período foi elevado. A totalidade dos imigrantes
fixou-se nas áreas urbanas em função do baixo recrutamento de mão de obra no campo.
Após a abolição da escravidão estes postos de trabalho foram ocupados por negros e seus
descendentes.
IV. A intensa produção cafeeira no final do século XIX saturou tanto o mercado interno como
o externo, gerando uma queda nos preços. Essa crise foi estimulada pela ausência de
medidas que viessem defender e valorizar o café, levando à falência dos produtores já na
primeira década de século XX.

Marque a alternativa CORRETA:


A) Todas as alternativas estão corretas.
B) Todas as alternativas estão incorretas.
C) Apenas a II alternativa está correta.
D) Apenas a IV alternativa está incorreta.
E) Apenas as alternativas I e II estão corretas.

40. (FMP 2016)


O Império brasileiro passou por grandes transformações econômicas a partir, principalmente,
de meados do século XIX. Qual das seguintes causas de mudanças na estrutura econômico-
social do país contribuiu diretamente para a crise da Monarquia?

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A) Assinatura da Lei Áurea.


B) Aprovação da Lei de Terra.
C) Promulgação do Código Comercial.
D) Financiamento de empresas do Barão de Mauá.
E) Instituição das Tarifas Alves Branco.

41. (Vunesp 2016)


O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o
Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o
surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um
centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o
Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava
no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência
argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)

Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.

42. (UFJF-PISM 2 2016)


O texto abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no decorrer do século
XIX, sobretudo a partir do Segundo Reinado.
Leia o trecho e, em seguida, responda à questão:
“Por oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma
origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se
não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar,
possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. (...). Por mais que tenha partido de d.
Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar (...) uma ritualística local, foi com d. Pedro II e
seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico
de representação política do Estado”.

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(SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador, p.140);

Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a identidade
nacional no século XIX foi construída:
A) Tendo como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o Brasil
antes da Independência do país.
B) A partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos naturais e de
elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação.
C) De forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes povos
que formavam o país.
D) Através da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual o
país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul.
E) Com o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características
existentes em Portugal.

43. (G1 - IFSC 2016)


Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.
A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois
quando ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
44. (UCS 2016)
Sobre o Movimento Republicano no Brasil, é correto afirmar que:
A) foi acompanhado de forte mobilização popular, uma vez que grande parte dos brasileiros
estava cansada do pagamento de pesados impostos para a manutenção da Corte Imperial.
B) aconteceu de forma integrada à campanha abolicionista, uma vez que os líderes tinham os
mesmos interesses, o que acabou confundindo um movimento com o outro e propiciando o
fortalecimento de ambos.

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C) ganhou força a partir da criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, apoiado no


poder econômico dos cafeicultores paulistas e na ação dos estudantes e professores da
Faculdade de Direito de São Paulo.
D) temeu a ocorrência de tumultos e, consequentemente, prejuízos econômicos, por isso, as
camadas médias da população urbana se mantiveram afastadas.
E) sofreu com prisões, fechamento de jornais, sedes de clubes e de partidos favoráveis à
Monarquia.

45. (G1 - IFSUL 2016)


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco
Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída
para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.
Uma das consequências dessa guerra foi que:
A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de
Solano Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do
Prata.
C) estimou-se uma pequena perda de soldados paraguaios e as importações chegavam ao
dobro das exportações no final da guerra.
D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.

46. (G1 - CFTMG 2016)


Em 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, que
determinava que:
“Art. 1º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão
considerados de condição livre.
§ 1º - Os ditos filhos menores ficarão em poder ou sob a autoridade dos senhores de suas
mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.
Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe, terá opção, ou de receber do
Estado a indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21
anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino, em
conformidade da presente lei.”
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_ventre_livre.htm>. Acesso
em: 15 set. 2015.

Considerando esse trecho, pode-se afirmar que a Lei do Ventre Livre:

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A) emancipou os filhos de escravas maiores de 21 anos, pondo fim ao tráfico atlântico.


B) impossibilitou a utilização da mão de obra de filhos de escravas após completarem 8 anos
de idade.
C) isentou o governo brasileiro das responsabilidades sobre os filhos de escravos libertados
nesse contexto.
D) representou a libertação dos filhos de escravas nascidos no Brasil, mas, na prática, muitos
continuavam a servir aos proprietários de suas mães.

47. (UFRGS 2016)


Considere as afirmações abaixo, sobre imigração para o Brasil e as suas políticas públicas de
fomento.
I. A lei orgânica de 1867 previa uma série de benefícios e facilidades à vinda dos imigrantes
europeus, como, por exemplo, o pagamento de suas passagens às colônias e a atribuição de
um lote de terra de até 60 hectares por família imigrante.
II. Uma das metas do incentivo à imigração europeia era a política de “branqueamento” do
país, exemplificada pelo decreto n.º 528 de 1890, que, entre outras medidas, proibia a
entrada de imigrantes africanos no país, salvo em condições excepcionais.
III. As regiões do país que mais atraíra imigrantes foram o Sudeste e o Nordeste,
principalmente pela ausência de latifúndios significativos e de mão de obra disponível à
industrialização de ambas as regiões.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

48. (G1 - IFBA 2016)


Derramou-se fraterno o sangue no Congo.
Derramou-se luminoso, escorreu-se errante.
Derramou-se farto de bravas veias pulsantes.
Derramou-se em resistência o sangue de Canudos.
Derramou-se até onde foi possível derramar.
Derramou-se fiel sem mais se guardar
O sangue milagroso e particular em meu corpo,
de alguma estranha maneira sanguinária,

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tornou-se o sangue coletivo dessas memórias.


(Fonte: CORREIA, Wesley. Deus é negro: da partida, da chegada, da multiplicação: poesia.
Salvador: Pinaúna, 2016, p.69 )

O poeta Wesley Correia sintetiza no poema “Memória a sangue” as dores dos irmãos
escravizados e apresenta, em “sangue coletivo dessas memórias” (v. 9), as diferentes formas
de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os
séculos XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência
negra, como a:
A) Rebelião dos Marinheiros cariocas, no início do período republicano, em protesto, contra a
falta de democracia e de participação popular nas decisões políticas do novo regime.
B) luta do povo baiano, na chamada Conjuração Baiana, em defesa do livre comércio, da
liberdade religiosa e do estabelecimento de relações mais liberais com a metrópole.
C) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.
D) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
E) Guerra de Canudos, onde os seguidores de Antônio Conselheiro procuraram derrubar o
recém-instalado regime republicano e restaurar a Monarquia e o poder imperial de D. Pedro
II.

49. (FGV 2016)


O excerto a seguir faz parte do parecer de uma comissão da Câmara dos Deputados sobre a
lei de 1871, que discutia a escravidão no Brasil.
“Sem educação nem instrução, embebe-se nos vícios mais próprios do homem não civilizado.
Convivendo com gente de raça superior, inocula nela os seus maus hábitos. Sem jus ao
produto do trabalho, busca no roubo os meios de satisfação dos apetites. Sem laços de
família, procede como inimigo ou estranho à sociedade, que o repele. Vaga Vênus arroja aos
maiores excessos aquele ardente sangue líbico; e o concubinato em larga escala é tolerado,
quando não animado, facultando-se assim aos jovens de ambos os sexos, para espetáculo
doméstico, o mais torpe dos exemplos. Finalmente, com as degradantes cenas da servidão,
não pode a mais ilustrada das sociedades deixar de corromper-se.”
(apud Sidney Chalhoub, Machado de Assis, historiador. 2003)

No trecho, há um argumento:
A) político, que reconhece a importância da emancipação dos escravos, ainda que de forma
paulatina, para a construção de novos elementos de cidadania social, condição mínima para o
país abandonar a violência cotidiana e sistemática contra a maioria da população.

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B) social, que assinala a inconsistência da defesa do fim da escravidão no país, em razão da


incapacidade dos homens escravizados de participar das estruturas hierárquicas e culturais,
estabelecidas ao longo dos séculos, durante os quais prevaleceu o trabalho compulsório.
C) econômico, que distingue os cidadãos ativos dos passivos, estes considerados um estorvo
para as atividades produtivas, fossem na agricultora ou na procura de metais preciosos, por
causa da desmotivação para o trabalho, elemento central para explicar a estagnação
econômica do país.
D) cultural, que se consubstancia na impossibilidade da convivência entre homens livres e
homens libertos e tenderia a produzir efeitos sociais devastadores, como tensões raciais
violentas e permanentes, a exemplo do que já ocorria no sul dos Estados Unidos.
E) moral, que aponta para os malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos e que esses malefícios terminam por contaminar toda a sociedade, mostrando, em
síntese, que os brancos eram muito prejudicados pela ordem escravocrata.

50. (UERJ 2015)

A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.

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Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o


governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de:
A) consolidar o poder militar.
B) difundir o pensamento liberal.
C) garantir a pluralidade política.
D) fortalecer a identidade nacional.

51. (PUCRS 2015)


Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).
I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites
do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária,
desconsiderando o Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser
selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a
primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto
universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial,
pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só
partido, o Partido Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o
conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a
abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com
a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativas


A) I e III.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

52. (Cefet MG 2015)


“Episódio que em princípio deveria ter marcado a memória popular foi a Proclamação da
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
proclamação da independência.”

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CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)

Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se


os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.
C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.
E) fazendeiros e militares.

53. (UERJ 2015)


A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar condutores,
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões
do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em frente à
Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do
vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes
pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História,
setembro/2007.

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a


manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar
os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do
Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
A) politização dos oficiais militares.
B) privatização dos serviços públicos.
C) modernização dos meios de transporte.
D) enfraquecimento das instituições monárquicas.

54. (FGV 2015)


No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas
cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de
café da província de São Paulo, tornou-se uma “cidade morta”, que vive do esplendor do

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passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes


majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas.
O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.
(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para
ocupados, 2013, p.164)

Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que:


A) a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises
internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do
cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.
B) o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à
Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo
político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.
C) a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo,
foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de
terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.
D) as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido
Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento
definitivo com a lei do Ventre Livre.
E) a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido
Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a
essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.

55. (Mackenzie 2015)


“Como resultado desse mecanismo, houve, em um governo de cinquenta anos, a sucessão de
36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem
maiores traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser
chamado a governar. Assim, o recurso às armas se tornou desnecessário”.
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180
O texto refere-se:
A) à República Oligárquica, cujo revezamento político das oligarquias paulista e mineira, no
plano federal, consolidou os interesses da elite agroexportadora.
B) ao sistema político vigente no Segundo Reinado, que fortaleceu a figura do monarca e
consolidou a ordem aristocrática-latifundiária-escravista imperial.
C) ao sistema bipartidário do Regime Militar no Brasil, que criou mecanismos fraudulentos de
eleições e suprimiu as liberdades individuais dos cidadãos.

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D) às divisões políticas e partidárias da República Populista, com os embates entre os


conservadores e os entreguistas, no tocante à condução da política econômica.
E) aos mecanismos de poder existentes na Era Vargas, que permitiu o fortalecimento do
presidente ao alternar no poder os grupos políticos aliados a ele.

56. (UFSM 2015)


Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a
seguinte realidade brasileira, na mesma época:
A) a organização de uma estrutura econômica voltada à produção de alimentos e,
consequentemente, de mercado consumidor interno.
B) a política de incentivo à vinda de mão de obra europeia, com o propósito de substituir o
trabalho escravo nas fazendas de café.
C) a crise do Estado Nacional e o projeto de formação de uma população saudável e mestiça.
D) a necessidade de soldados para multiplicar o Exército nacional, defender as fronteiras e
garantir o domínio na Região do Prata.
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.

57. (UEPA 2015)


O interesse de fazendeiros e da coroa imperial pela imigração europeia para o Brasil, na
segunda metade do século XIX, estimulou novo fluxo de mão de obra no país, no contexto de
declínio e extinção da escravidão. A introdução dos imigrantes no mercado de trabalho
brasileiro no período indicado:
A) ocorreu dentro dos parâmetros de exploração do trabalho antes imposto aos negros
escravizados no campo e na cidade.
B) promoveu o nascente mercado de trabalho livre e assalariado, caracterizado pela exclusão
das populações negras antes vinculadas à escravidão.
C) realizou-se especialmente nas províncias setentrionais do país, marcadamente desfalcadas
de mão de obra após a abolição da escravidão.
D) acirrou as disputas por vagas no mercado de trabalho entre negros e brancos, o que
dificultou a inserção de trabalhadores de origem europeia.
E) demonstrou a ineficácia da introdução de mão de obra europeia no pais, dada a
abundância de trabalhadores negros e mestiços.

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58. (CEFET MG 2015)


“O ano de 1850 foi um marco divisor de águas, devido à promulgação da lei Eusébio de
Queiroz. Embora, após a extinção oficial do tráfico, tenham sido registrados alguns
desembarques clandestinos de africanos, estes foram em pequeno número e, dez anos após
a promulgação da referida lei, o Brasil havia definitivamente deixado de ser um país
importador de escravos.”
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta
do Brasil, 2010. p. 183. (Adaptado)

A lei de 1850 representou um marco importante no processo de abolição da escravidão no


país. Essa medida teve como impacto o (a):
A) declínio da produção cafeeira.
B) crescimento do número de alforrias.
C) distribuição de terras para os libertos.
D) intensificação do tráfico interprovincial.
E) adoção de uma política de reprodução de cativos.

59. (G1 - IFSC 2015)

A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores
da charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:
A) Como é demonstrado na charge, no Brasil um grande número de militares de alta patente,
como coronéis e generais, eram negros.
B) Ao alistarem-se para lutarem na Guerra do Paraguai, os escravos negros eram alforriados
de seus senhores.
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.

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D) O sucesso do alistamento de escravos brasileiros na Guerra do Paraguai foi continuado em


outras guerras como a Primeira Guerra Mundial.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.

60. (UERN 2015)


Lei nº 3353, de 13 de maio de 1888, declara extinta a escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente em nome de Sua Majestade, o Imperador o Senhor D. Pedro II,
faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou, e ela sanciona a Lei
seguinte:
==2694c3==

Artigo 1º: É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
(Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-
apoio/legislacao/trabalho-escravo/lei_3353_1888.pdf.)

De acordo com o conteúdo da lei anteriormente exposta e a trajetória da abolição da


escravidão noBrasil, analise as afirmativas.
I. Logo após a abolição, direitos e deveres constitucionais foram estendidos aos libertos e a
seus algozes.
II. A Constituição de 1824 permitia que cada estado (província) estabelecesse legislação
própria em relação à escravidão.
III. Mesmo depois da Lei Áurea, o tráfico de escravos continuou a representar a atividade
mais lucrativa do Império.
IV. Com o advento da Lei Áurea, a legitimidade antes atribuída à escravidão, deixa de existir
oficialmente no Brasil.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


A) I, apenas.
B) IV, apenas.
C) I, II, III e IV.
D) II e III, apenas.

61. (UFU 2015)

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Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido
manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para
aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor
para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se
concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por
base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram
um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível.
Aqui não há “bandidos” ou “mocinhos”, mas interesses.
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história.
Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
A) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
B) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico
brasileiro.
C) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em
oposição às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
D) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.

62. (UERN 2015)


A República da Espada teve início quando os militares lideraram o país politicamente entre os
anos de 1889 a 1894. Assim que a Monarquia foi derrubada, o governo provisório do
Marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil naquele período. Um dos
fatores que contribuiu para a ascensão dos militares ao poder no Brasil, logo no início da
República, foi:
A) o apoio incondicional das oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas, que
tinham, em sua maioria, representantes no exército brasileiro.
B) a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, que de uma certa forma fortaleceu o exército,
que passou a exigir maiores saldos e maior participação política.
C) a subvenção inglesa na implantação da República Brasileira interessada na expansão da
Doutrina Monroe, que defendia o fim dos regimes monárquicos na América.
D) a tendência latino-americana de estabelecer governos ditatoriais e militares, atrelados às
concepções imperialistas e bolivarianas e, naturalmente, desvinculados da influência norte-
americana.

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63. (Vunesp 2015)


Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam
preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que
assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de intelectuais e profissionais
liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua
província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou os
direitos individuais, mas simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)

As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e
1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,
A) pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus
assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos
obtidos com exportação.
B) pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da administração
política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores e comerciantes de
São Paulo.
C) pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo e do
Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.
D) pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a
unidade do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
E) pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de Janeiro e
por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.

64. (CEFET MG 2015)


“A situação política no Uruguai é particularmente importante para entender o desencadear
da Guerra do Paraguai. Em 1861, o presidente uruguaio Bernardo Berro, do Partido Blanco, se
recusou a renovar com o Brasil o Tratado de Comércio e Navegação, de 1851. Com essa
medida, reduziu a dependência do Uruguai em relação ao Império brasileiro. Ao mesmo
tempo, ele instituiu um imposto sobre as exportações de gado em pé para o Rio Grande do
Sul, atingindo os interesses de estancieiros gaúchos com propriedades no Uruguai. Por outro
lado, o cenário político do rio da Prata ganhou um novo Estado Nacional em 1862, com o
surgimento da República Argentina. A nação nasce sob a liderança da burguesia de Bueno
Aires, tendo Bartolomeu Mitre como presidente.”
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013. p. 364. (Adaptado)

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De acordo com o texto, a tensão entre as quatro nações envolvidas na Guerra do Paraguai,
iniciada pouco depois do contexto descrito, teria sido motivada pela:
A) ação imperialista da Inglaterra.
B) disputa geopolítica no estuário do Prata.
C) expansão do modelo federalista da Argentina.
D) reprovação ao governo autoritário do Uruguai.
E) convergência de interesses econômicos na América.

65. (G1 - CPS 2015)


Marietta Maria Baderna foi uma bailarina italiana que chegou ao Brasil em 1849. Seus fãs
eram apelidados de “badernistas”. Leia um pouco mais sobre ela.
Sempre à frente de seu tempo, Baderna se interessou pelos ritmos afro-brasileiros, danças
com movimentos bastante ousados para a época de Dom Pedro II. Interessante que sempre
que os moralistas tentavam boicotá-la (diminuindo seu tempo no palco, ou a colocando em
segundo plano), os badernistas protestavam, batendo os pés no chão e interrompendo o
espetáculo. Ao término da apresentação, saíam do teatro batendo os pés e gritando o nome
da musa: Baderna!
(http://tinyurl.com/ko35was Acesso em: 01.07.2014. Adaptado)

Desde então, parte dos movimentos populares, que se destacam pelos gritos e barulhos dos
manifestantes, levam o nome dessa ousada bailarina.
É correto afirmar que, no período histórico em que Baderna chegou ao Brasil, o governo
enfrentava:
A) a Revolução Praieira.
B) a Guerra de Canudos.
C) a Revolta da Vacina.
D) a Inconfidência Mineira.
E) o Quilombo dos Palmares.

66. (UECE 2015)


Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo de Abolição dos Escravos no Brasil, e
assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
() Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico internacional, porém, surgiu o tráfico
interno com a venda de escravos das áreas mais pobres para as mais desenvolvidas.

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( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o objetivo de acalmar os abolicionistas
e ir lenta e gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam: Lei do Ventre Livre, Lei do
Sexagenário.
( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições ou ações dos próprios escravos em
prol da própria liberdade, em virtude da forte repressão presenciada nos últimos momentos
do período escravocrata.
( ) A abolição da escravatura se deu ainda no Reinado de D. Pedro II e representou um
grande avanço para a inserção do ex-escravo como cidadão na sociedade brasileira.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) V - V - V - F.
B) V - V - F - F.
C) F - V - F - V.
D) F - F - F - V.

67. (UEPA 2015)


Leia o texto para responder à questão.
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de São Paulo, inaugurada justamente na fase de
abolição do tráfico atlântico, além de estimular os debates e políticas imigrantistas, ativou
outras formas de tráfico de escravos, dessa vez entre regiões do Brasil.[...] Essa nova
modalidade de tráfico negociou basicamente crioulos e, como no tráfico atlântico, nela
predominaram homens adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda as crianças e
velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva,
2002, p. 237-239.)

O desenraizamento do escravo crioulo provocado pelo tráfico interno teve peso considerável
para o fim da escravidão, pois:
A) a separação de famílias, ou o perigo dela, gerava revoltas, fugas, formação de quilombos e
atentados individuais contra senhores e feitores, sem contar os suicídios.
B) o progressivo aparecimento de pequenos proprietários de escravos contribuiu para a
crescente deslegitimação da propriedade escrava e o aumento das forças opositoras ao
escravismo.
C) os escravos de nação resistiram ao processo de ladinização, que afetava o modo de vida de
africanos, desestimulando o trabalho coletivo, base das estratégias de resistência.
D) o número de escravos nas áreas urbanizadas aumentou em relação ao das rurais, onde os
fazendeiros rejeitaram o tráfico interprovincial e investiram na abolição.

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E) as Províncias onde o número de escravos era maior antes de 1850, aderiram à campanha
abolicionista deflagrada pelo Império para combater o tráfico interno e estimular a imigração.

68. (UNISC 2015)


A desigualdade social que permeia a sociedade brasileira está umbilicalmente vinculada à
escravidão que foi a base do sistema escravista. O tráfico negreiro no Brasil perdurou do
século XVI ao XIX. Além de receber o maior contingente de africanos escravizados (cerca de
40% do total), o país foi a última nação americana a abolir a escravidão. Oficialmente, a
extinção do tráfico negreiro ocorreu através da:
A) Lei do Ventre Livre.
B) Lei dos Sexagenários.
C) Lei Eusébio de Queirós.
D) Lei Nabuco de Araújo.
E) Lei Bill Aberdeen.

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1. Alternativa D 27. Alternativa D 53. Alternativa D


2. Alternativa C 28. Alternativa B 54. Alternativa C
3. Alternativa B 29. Alternativa E 55. Alternativa B
4. Alternativa D 30. Alternativa D 56. Alternativa B
5. Alternativa C 31. Alternativa A 57. Alternativa B
6. Alternativa E 32. Alternativa E 58. Alternativa D
7. Alternativa C 33. Alternativa B 59. Alternativa B
8. Alternativa A 34. Alternativa C 60. Alternativa B
9. Alternativa C 35. Alternativa C 61. Alternativa C
10. Alternativa A 36. Alternativa C 62. Alternativa B
11. Alternativa B 37. Alternativa B 63. Alternativa A
12. Alternativa D 38. Alternativa B 64. Alternativa B
13. Alternativa C 39. Alternativa E 65. Alternativa A
14. Alternativa C 40. Alternativa A 66. Alternativa B
15. Alternativa B 41. Alternativa B 67. Alternativa A
16. Alternativa E 42. Alternativa B 68. Alternativa C
17. Alternativa C 43. Alternativa E
18. Alternativa B 44. Alternativa C
19. Alternativa D 45. Alternativa D
20. Alternativa B 46. Alternativa D
21. Alternativa A 47. Alternativa C
22. Alternativa C 48. Alternativa C
23. Alternativa D 49. Alternativa E
24. Alternativa E 50. Alternativa D
25. Alternativa C 51. Alternativa B
26. Alternativa C 52. Alternativa E

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7. CONSIDERAÇÕESFINAIS
Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Encontro
você na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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