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Eles eram chamados pelos europeus de Tamoios e as tribos já estavam organizadas para
atacar os portugueses, então apoiaram a França. Essa união dos indígenas contra os portugueses
ficou conhecida como a Confederação dos Tamoios.
Dança dos Trarairiú – Tapuias- Eckhout, Óleo sobre tela, 172x295, século XII
A Segunda invasão francesa foi em 1612, no Maranhão, onde fundaram a cidade de São Luiz.
Criaram a França Equinocial, uma nova colônia, mas dessa vez não era um refúgio huguenote
(calvinista). Nas duas tentativas, associaram-se aos indígenas contra os portugueses. Foram
expulsos do Maranhão em 1615.
Em 1578, Portugal passou por uma profunda crise sucessória que fez com que o país fosse
anexado pela Espanha.
O rei português D. Sebastião, imbuído de uma grande motivação religiosa de expansão do
cristianismo, empreendeu uma invasão ao Norte da África, no Marrocos, com o objetivo de
expulsar os árabes da região. Ele morreu na batalha de Alcácer-Quibir, como era muito jovem, não
deixou herdeiros, sendo assim, quem assumiu o trono foi seu tio-avô, o velho cardeal D. Henrique,
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o qual já estava com mais de 80 anos e que por sua vez faleceu em 1580. Com a morte de D.
Henrique chegou ao fim o domínio da Dinastia de Avis.
Desde a morte de Dom Sebastião, passou a ocorreu uma manifestação popular conhecida
como sebastianismo. Surgiu o mito de que o rei morto retornaria triunfante, como um
messias salvador, para retirar Portugal da crise.
Vários pretendentes se candidataram ao trono vago. O mais poderoso pretendente era o rei
da Espanha, Felipe II, que subornou vários nobres portugueses e ocupou militarmente o território
português, anexando-o. Assim, de 1580 até 1640, o rei da Espanha passou a ser também o rei de
Portugal, dando origem ao período denominado “União Ibérica”. Duas exigências foram impostas a
Felipe II: a preservação da estrutura administrativa de Portugal e a exclusividade comercial com as
colônias.
Com a União Ibérica, Portugal passou a ser controlado pela Espanha e herdou seus inimigos.
No mesmo contexto, os holandeses, que eram parte do território do império espanhol, estavam
em guerra de independência e se separaram. Fundaram assim, em 1581, a União Utrecht (primeiro
nome da Holanda independente da Espanha). A Guerra de independência da Holanda teve
motivações religiosas. O país é uma região predominantemente composta por protestantes
calvinistas, e o super católico Felipe II encerrou a era de tolerância religiosa de seu país, passando
assim a ocorrer violentas guerras. A Espanha, para punir economicamente os holandeses, que
eram antigos parceiros econômicos dos portugueses em suas colônias no Brasil, na África e na
Índia,afastou-os do comércio com o mundo colonial lusitano, principalmente do açúcar no
nordeste brasileiro. Todos os portos espanhóis, inclusive os brasileiros, foram proibidos de
comercializar com os flamengos (holandeses).
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Comentários
A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu filho Filipe II, uma possessão espanhola. Mas,
devido à forma de governo autoritária de Filipe II no século XVI, a burguesia holandesa
promoveu sua luta de independência. Em resposta a isso, Filipe II proibiu todas as possessões
espanholas de fazer comércio com a Holanda. Devido à ocorrência da União Ibérica, Portugal
e Brasil estavam incluídos nessa proibição.
Gabarito: A
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os luso-brasileiros (portugueses e descendentes que aqui habitavam)que ficaram sob seu domínio,
e tratou de ampliar territorialmente o domínio holandês, que passou a ocupar territórios entre o
Maranhão e a Bahia. Nassau devolveu as propriedades aos seus antigos donos, ampliou o crédito e
forneceu empréstimos a juros controlados. Ainda passou a cobrar impostos mais baixos que os
cobrados por Portugal e a realizar importantes melhoramentos urbanos. Apesar da política
conciliadora, ele não conseguiu impedir conflitos e contradições. Os senhores de engenho que
haviam contraído empréstimos com os holandeses não conseguiam saldar suas dívidas, e conflitos
religiosos (apesar da liberdade religiosa concedida pelos holandeses) estavam ocorrendo. Os
conflitos se tornaram mais intensos quando, em 1640, Portugal restabeleceu sua coroa e se
libertou da Espanha, pondo fim à União Ibérica.
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4. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO
A expansão territorial foi motivada por fatores políticos, religiosos e econômicos.
Políticos: com a União Ibérica (1580-1640) o tratado de Tordesilhas tornou-se obsoleto,
e colonos brasileiros ultrapassaram a fronteira.
Religiosos:as Missões Jesuíticas penetraram profundamente no território espanhol, na
região sul e no vale do rio Amazonas.
Econômicos
Pecuária: foi praticada como atividade complementar à açucareira, oferecendo
animais de carga, couro e carne. Desenvolveu-se muito bem no cerrado e usava
mão de obra livre indígena.
Bandeirantismo:principais responsáveis pela interiorização do território,
escravização de indígenas, destruição de quilombos e procura de metais preciosos.
Mineração:povoou o interior do território e gerou povoamento e desenvolvimento
de núcleos urbanos espontâneos no MT (Cuiabá), Goiás (cidade de Goiás e
Pirenópolis) e MG (Vila Rica, Mariana, São João del Rey, Congonhas do Campo).
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O Tratado de Madri foi o mais importante de todos, principalmente porque depois dele as
alterações nas fronteiras do Brasil foram muito pequenas, ele colocou um limite à expansão
portuguesa nos territórios que, de acordo com o tratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha. A
região amazônica foi ocupada pelos portugueses por meio de fortes militares e missões jesuíticas.
Portugal ficou com a bacia amazônica e garantiu a sua posse sobre sua foz atlântica, mas ficou sem
a foz do rio da Prata, que ficou com a Espanha, onde ficava a colônia de Sacramento.
Podemos sintetizar os objetivos portugueses para negociar com os espanhóis nos seguintes
pontos:
1. Conseguir o equilíbrio entre as reivindicações sobre fronteiras coloniais, outorgando
uma parte maior da bacia amazônica a Portugal e do rio da prata à Espanha.
2. Garantir soberania indiscutível sobre os distritos de ouro e diamantes para a Coroa
Portuguesa.
3. Garantir a fronteira sulina do Brasil pela conservação do Rio Grande do Sul e pela
aquisição da região da missão espanhola jesuíta “sete povos”, na margem esquerda do
rio Uruguai.
4. Garantir a fronteira ocidental do Brasil e a comunicação fluvial com Maranhão-Pará,
certificando-se de que a navegação pelos rios amazônicos Tocantins, Tapajós e Madeira
permanecessem em mãos portuguesas.
1. Deter o avanço dos portugueses para o Oeste, pois eles já tinham se estendido por
grande parte do território que, em teoria, era espanhol, embora a área fosse
principalmente de mata virgem.
2. Garantir a colônia de Sacramento, na foz do rio da Prata, que funcionava como porta
dos fundos para o comércio ilegal de portugueses, o contrabando de navios ingleses e
franceses. Piratas ingleses tentaram navegar pelo estuário do rio da prata e procurar
caminhos para chegar às montanhas dos Andes, pois comercializavam ilegalmente com
o vice-reino do Peru, colônia espanhola. A pressão diplomática e ações de pirataria,
tornavam Buenos Aires perigosamente exposta à invasão estrangeira.
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O Ouro foi encontrado no final do século XVII, por volta de 1695, pelo bandeirante paulista
Manoel de Borba Gato, que relatou ter encontrado ouro de aluvião às margens do rio das Velhas.
O século XVIII é conhecido como o século do ouro, pois floresceu uma sociedade diferente,
existente até então no Nordeste, e o garimpo foi a principal atividade econômica praticada no país
nesse momento. Havia o ouro de aluvião (encontrado nas beiras dos rios) e o ouro de lavras,
jazidas profundas que, para explorar, eram construídas as minas.
Milhares de pessoas migraram para a região, que passou por grandes transformações. Os
bandeirantes paulistas passaram a cruzar a região planáltica da serra da Mantiqueira (limites entre
SP e MG) e a cabeceira do Rio São Francisco. As principais minerações se desenvolveram ao longo
do Rio das Velhas, das Mortes e do Rio Doce. As monções (expedições fluviais dos bandeirantes)
tornaram-se mais intensas para as Minas através dos rios da bacia do Paraná (como o Tietê,
Paranapanema e Grande, que beira a foz do Velho Chico), e o rio São Francisco tornou-se o grande
eixo de integração e deslocamento entre o nordeste e a região mineradora.
O fluxo migratório foi tão intenso que a coroa portuguesa tentou inutilmente bloquear
algumas vezes os caminhos. Inevitavelmente os bandeirantes paulistas entraram em conflito com
os recém-chegados, pois queriam o monopólio das terras mineradoras. O choque entre os
paulistas e os imigrantes levou à Guerra dos Emboabas. Era o nome pejorativo pelo qual os
bandeirantes tratavam os “forasteiros”, comparando-os com um passarinho emplumado, pois os
recém-chegados se enrolavam em panos para não se machucar em meio aos espinhos do cerrado
que atravessavam.
Numa das batalhas, os emboabas, numericamente superiores, renderam os paulistas, que
estavam em desvantagem. Ao se renderem, baixaram as armas quando o líder emboaba Bento
Manoel Coutinho ordenou que fossem todos mortos. Esse episódio ficou conhecido como o Capão
da Traição. Em 1720, contra a instalação da casa de fundição, ocorreu a Revolta de Felipe dos
Santos, e contra a Derrama de 1789, foi tramada a revolta conhecida como Inconfidência Mineira,
que não chegou a deflagrar-se, pois foi delatada.
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Comentários
A mineração proporcionou o povoamento da região das minas, promovendo a urbanização e
o desenvolvimento do mercado interno, até então inexistente.
Gabarito: A
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D) foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de
fiscalizar se o pagamento do quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem
de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as mercadorias transportadas para as Minas.
E) a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada
um de seus escravos, do qual ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos.
Comentários
Devido ao contrabando existente na região, o governo metropolitano precisava impor um
controle rígido, inclusive nas estradas. É necessária uma atenção especial à opção [C], já que
a primeira parte está correta, mas o final da opção contém um equívoco: a circulação do ouro
em pó também foi proibida com a criação das Casas de Fundição.
Gabarito: D
Durante a mineração, floresceu a arte Barroca e o Rococó, cujo principal nome é Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São estéticas artísticas profundamente influenciadas pela
religiosidade católica e caracterizadas principalmente pelas igrejas e imagens sacras. Foi a
expressão do mundo urbano colonial que, como regra, era profundamente religioso.
O Museu da Inconfidência, situado na Praça Tiradentes, na atual cidade de Ouro Preto, era
o prédio da Câmara Municipal de Vila Rica. Sua parte inferior (na altura da escadaria) era a
prisão em que Tiradentes ficou preso antes de sua decapitação no RJ.
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Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o símbolo de um ciclo econômico. Cada vez mais, a pesquisa
histórica recente combate à ideia de ciclos econômicos, pois eles podem passar o conceito errôneo
de uma economia monoprodutora. Na colônia, éramos sem dúvidas dependentes do açúcar, pois
leis portuguesas proibiam o cultivo de qualquer produto que não fosse a cana, a 100 km do litoral.
No entanto, as pesquisas atuais apontam para uma economia mais diversificada do que se
imaginava, pois, no século XVII, éramos também o maior fornecedor de tabaco e algodão das
empresas europeias. Entretanto, durante a mineração, o termo ciclo não é inadequado, pois ela
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durou pouco mais de 70 anos. Depois disso, as reservas se esgotam e começaram a ocorrer vários
conflitos com a metrópole, o mais importante deles foi a Inconfidência Mineira.
A civilização do ouro era essencialmente urbana, sendo assim o comércio era muito
importante. O preço do ouro caiu (lei da oferta e da procura), com isso a prata passou a ser mais
valiosa em alguns momentos, e os preços dos alimentos também ficaram altíssimos. A paisagem
era toda desordenada e sem saneamento adequado. Uma modalidade diferente de escravidão
surgiu ali: o escravo de ganho. Eles pertenciam a algum comerciante e eram vendedores
ambulantes. Com o tempo de trabalho compravam sua alforria, muito africanos conseguiram sua
liberdade e a de descendentes de suas tribos dessa maneira. De acordo com as novas pesquisas,
alguns chegaram até mesmo a enriquecer com a prática.
Quem foi o maior beneficiário do ouro brasileiro? A Inglaterra. Portugal encontrava-se
muito endividado com os ingleses, de tal modo que os carregamentos de ouro chegavam a
Portugal e nem eram descarregados: somente realizavam a contabilidade e o navio seguia para
Inglaterra. A origem dessa dívida foi um tratado comercial de 1703, o Tratado de Methuen, mais
conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos. Os produtos importados por Portugal eram
manufaturados, de maior valor agregado, enquanto exportava vinhos e outros produtos
artesanais, com baixo valor agregado. Em pouco tempo, uma dívida gigantesca surgiu, tornando a
economia lusitana dependente da britânica, que acumulou capitais para industrializar-se,
enquanto Portugal continuou um império comercial e agrário, dependente de tecnologia externa.
Gabarito: B
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As Revoltas Nativistas foram provocadas pela insatisfação das elites coloniais com o
monopólio comercial da metrópole e com as disputas por território, como a guerra dos emboabas.
Elas não pretendiam a independência de Portugal, mas flexibilizações no pacto colonial, pois eram
contra os altos impostos.
Principais razões:
Monopólio português do comércio de mercadorias (pacto colonial).
Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os
comerciantes.
Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.
Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de
ouro realizada pelos colonos brasileiros.
Exploração colonial praticada por Portugal e o rígido controle imposto pela metrópole,
por meio de leis, sobre o Brasil.
Em 1640, contra o fim da União Ibérica, os paulistas que queriam ficar com a Espanha
recusaram-se a reconhecer o novo rei de Portugal, D. João duque de Bragança, e aclamaram como
rei o governador-geral Amador Bueno, que não aceitou a aclamação e jurou lealdade à coroa.
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Comentários
Foram os principais movimentos “emancipacionistas”, ou seja, lutaram pela independência
do Brasil, rejeitando o pacto colonial que caracterizava o domínio português. Os dois
movimentos foram influenciados pelo iluminismo e defendiam um modelo republicano para
o país livre. Enquanto o movimento baiano teve forte presença popular e defendeu o fim da
escravidão, o movimento mineiro foi elitizado e se omitiu frente à questão do escravismo.
Gabarito: C
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7. O PERÍODO POMBALINO
Corresponde ao período do governo do primeiro ministro português Marques de Pombal,
entre 1750 e 1777. Ele era um déspota esclarecido, ou seja, era representante de um poder
absolutista, mas influenciado pelas ideias liberais do iluminismo. Pretendia dinamizar a economia
da colônia e aumentar a arrecadação portuguesa, bem como aumentar o controle metropolitano.
Criou companhias de comércio colonial no Grão Pará (Amazônia), Pernambuco e
Paraíba.
Extinguiu a capitação (imposto sobre escravos nas minas) e decretou a derrama.
Tratado de Madri.
Transferência da capital de Salvador para o RJ.
Liberação de Manufaturas.
Expulsão dos Jesuítas.
Proibição da escravidão indígena.
Extinção das capitanias hereditárias.
Pombal teve um governo determinante para Portugal. Em 1755 ocorreu o terremoto de
Lisboa, que destruiu a capital. Ele reconstruiu a cidade e as regiões destruídas, organizou a
administração colonial tirando a influência jesuítica, promoveu o fim das capitanias e o mais
importante: liberou as manufaturas, que eram expressamente proibidas pelo pacto colonial, desde
o início da colonização. Apesar de sua importância, não gozava de popularidade entre a nobreza e
era protegido do rei. Seu governo teve fim com a morte do rei Jaime I, que foi sucedido pela rainha
Maria, conhecida como a louca, por apresentar sinais de demência. Ela revogou todas as medidas
tomadas por Pombal, o que ficou conhecido como a Viradeira.
No final do século XVIII, o antigo sistema colonial apresentava sinais de desgaste, e o contexto
político europeu era de revoluções que combatiam o antigo regime e, consequentemente, o
sistema colonial então vigente. Em 1808, para escapar das ameaças francesas de Napoleão
Bonaparte (desfecho da Revolução Francesa), a corte portuguesa foi transferida para o RJ, dando
início ao processo de independência do Brasil.
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1. A mão de obra dos engenhos era, inicialmente, indígena. Contudo, a partir do século XVII,
ocorreu uma redução na população indígena, o que fez com que os colonos buscassem
alternativas de trabalho.
2. Para tanto, optou-se pela escravidão africana, a qual resultou em um lucrativo tráfico de
negros entre o continente africano e o litoral brasileiro (sobretudo a Bahia e o Rio de
Janeiro).
3. A mão de obra africana representou a base das atividades econômicas no Brasil colonial,
com a produção do açúcar e a mineração. Contudo, os africanos também foram utilizados
em outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e algodão), na criação de animais, no transporte
e nos serviços domésticos.
4. O mercado interno colonial era voltado à produção para exportação, com base na
exploração de recursos em proveito da metrópole portuguesa e do comércio europeu.
Neste sentido, a plantation representa a forma básica da colonização, constituída pela
grande propriedade agrícola (o latifúndio), a monocultura exportadora e a escravidão.
5. A economia brasileira também se dedicou à pecuária, em regiões como o Maranhão, a
Bahia, o sul de Minas e o Rio Grande do Sul.
6. No século XVIII, com a descoberta de jazidas de ouro no interior do país, a necessidade da
mão de obra aumentou, o que incentivou o crescimento significativo do tráfico negreiro
para o Brasil. Vinham, em grande parte, da África Central (no caso dos bantos, vindos da
Angola e do Congo) e da África Ocidental (Daomé, atual Benin, Nigéria e Guiné, no caso
dos sudaneses).
7. Dentre os escravos que vinham para o Brasil, havia distinção entre as suas funções. Os
escravos de ganho, obtidos em leilões, trabalhavam nos engenhos, nas plantações de
algodão, na mineração, em serviços domésticos, fazendo artesanato ou nas cidades. Os
escravos que trabalhavam nas lavouras eram chamados de negros de eito e estavam sob a
fiscalização dos feitores. Os escravos domésticos recebiam, normalmente, melhores
roupas e uma alimentação mais adequada, ao contrário dos que trabalhavam em lavouras.
8. O processo de adaptação cultural também distinguia os negros em dois grupos: boçal, que
tinha menor valor e desconhecia a língua portuguesa e o trabalho na colônia, e o ladino,
que já conhecia o idioma e a rotina de trabalho.
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18. A concorrência açucareira, com a produção do açúcar antilhano pelos holandeses, também
agravou a crise financeira portuguesa. Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão
entre Olinda e Recife. Nesse ano, os olindenses invadiram o Recife dando início à Guerra
dos Mascates. Inicialmente os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711, os
recifenses (mascates) se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na
cidade. A guerra terminou em 1711, sendo que os mascates reassumiram suas posições.
1. A partir do século XVII, a ocupação territorial do Brasil ganhou força rumo ao interior,
resultado de diferentes sujeitos: os exploradores, em expedições feitas pelo governo para
expulsar invasores; os bandeirantes, que aprisionavam indígenas e africanos fugidos em
sua busca por metais preciosos; os jesuítas, que fundaram aldeamentos para a
catequização de nativos e busca de riquezas naturais; e os criadores de gado, cujos
rebanhos e fazendas se expandiram rumo ao interior do país.
2. Houve, ainda no século XVI, uma série de expedições em busca de ouro organizadas pelo
governo e que ficaram conhecidas como as entradas. No século XVII, por sua vez, também
ocorreram expedições organizadas por particulares, as chamadas bandeiras. Os
bandeirantes entravam pelo sertão em busca de riquezas sob a liderança de um armador.
3. São comuns 3 tipos de atividades bandeirantes: a de apresamento (captura de nativos para
a venda como escravos), a de caráter prospector (procura de metais preciosos) e a de
sertanismo de contrato (combate de nativos e captura de negros fugidos).
4. Outro tipo de expedição ficou conhecido pelo nome de monções: expedições de comércio
com o intuito de atender às necessidades de abastecimento, sobretudo nas regiões de São
Paulo, Mato Grosso e Goiás.
5. No que diz respeito à presença jesuíta, sacerdotes pertencentes à Companhia de Jesus,
fundada na Europa por Inácio de Loyola em 1534, procuravam divulgar o catolicismo pelo
mundo, inclusive no Brasil. Contudo, muitos colonos eram contrários à presença jesuíta,
uma vez que desejavam a captura e a escravização dos nativos, algo que era condenado
pela ordem jesuítica.
6. Em 1684, no Maranhão, ocorreu a chamada Revolta de Beckman, cuja causa é o
descontentamento com a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão,
instituída dois anos antes e que não cumpriu com seus compromissos, agravando a crise
econômica e o descontentamento dos colonos.
7. A pecuária também gerou um avanço das fronteiras, os tratados até então estabelecidos
(no caso, o de Tordesilhas, de 1494) foram desconsiderados e as atividades foram
intensificadas, sobretudo, nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo,
com o charque (nome sulino para a carne bovina cortada em mantas, salgada e secada ao
sol).
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8. Para fixar novas fronteiras coloniais, alguns tratados foram assinados entre Portugal,
França e Espanha:
Tratado de Ultrecht (1713 e 1715): estabelecia que o limite de fronteira entre Brasil
e Guiana Francesa seria, inicialmente, o rio Oiapoque; o segundo procurava resolver
as pendências entre portugueses e espanhóis, estabelecendo que a Colônia de
Sacramento pertenceria aos portugueses.
Tratado de Madri (1750): entre Espanha e Portugal, deixava a Colônia de
Sacramento sob posse da Espanha, mas reivindicava a Portugal a região dos Sete
Povos das Missões, mas não foi cumprido.
Tratado de Santo Ildefonso (1777): estabelecia que os espanhóis ficariam com
Sacramento e a região dos Sete Povos, mas exigia que as terras do Rio Grande do
Sul, até então ocupadas pela Espanha, fossem devolvidas a Portugal, mas os
portugueses recusaram.
Finalmente, o Tratado de Badajós (1801) estabeleceu os mesmos pontos do
Tratado de Madri e foi aceito pelas potências.
9. A mineração, a partir do século XVIII, também foi um fator determinante para a expansão
das fronteiras, sendo que jazidas de ouro de aluvião (encontrado às margens de rios)
foram descobertas desde o final do século anterior. Sua notícia se espalhou e inúmeras
pessoas foram em direção às Minas Gerais.
10. Entre 1707 e 1709 ocorreu a Guerra dos Emboabas, conflito pelo direito de exploração das
recém-descobertas jazidas de ouro em Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os
desbravadores paulistas e os portugueses que vieram depois da descoberta das minas,
tendo sido vencido pelos portugueses.
11. Para o controle do ouro, a Coroa Portuguesa criou as Casas de Fundição, responsáveis pela
transformação do ouro em barras e que, de sua transformação, já retirava o quinto, ou
seja, 20% de todo o ouro extraído deveria ser pago, sob o título de impostos, a Portugal.
12. Tais atitudes geraram revoltas em Minas Gerais, sendo a mais famosa delas a de Vila Rica,
em 1720, na qual cerca de 2 mil pessoas se rebelaram contra a existência das Casas de
Fundição. Contudo, seu líder, Felipe dos Santos,foi preso, enforcado e esquartejado em 16
de julho de 1720.
13. Devido à alta exploração ao longo do século XVIII, ocorreu uma crise econômica na qual os
mineradores não conseguiam mais pagar os impostos. Portugal, então, estipulou a
cobrança da Derrama, em 1765, que representava a cobrança compulsória dos impostos
atrasados. Isto gerou inúmeras insatisfações na população e causou, em 1789, aquela que
ficou conhecida como a Inconfidência Mineira, de caráter separatista, sob a liderança do
alferes Tiradentes e outros letrados, cujos referenciais iluministas já estavam existentes.
Denunciada por Joaquim Silvério dos Reis, um de seus membros, em troca do perdão de
suas dívidas, a revolta foi contida e seus líderes presos, à exceção de Tiradentes, membro
mais pobre, que foi punido com o esquartejamento.
14. Em virtude da decadência da economia açucareira e da transferência da capital da colônia
para o Rio de Janeiro, em 1763, a Bahia passava por uma grave crise econômica,
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9. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
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5) Como foi o contato inicial dos portugueses com os indígenas e o que mudou ao longo
do século XVI?
6) Quantas eram as capitanias hereditárias e quais resultados elas apresentaram?
7) O que foi o sistema de Governo-Geral?
8) Quem eram os chamados “homens bons” e onde eles atuavam?
9) Comoera a relação entre a Igreja e o Estado nesse período?
10) Como se chamava o órgão responsável pela punição de práticas contrárias ao
catolicismo?
11) Quais eram os principais beneficiados com a produção do açúcar no Brasil?
12) Comente os principais fatores que levaram ao uso da escravidão africana na América
Portuguesa.
13) Quais foram as principais divisões entre os escravos africanos no Brasil?
14) De que forma se estruturou o mercado interno colonial?
15) Cite algumas das principais formas de resistência utilizadas pelos escravos africanos.
16) Quais foram as principais repercussões da União Ibérica no Brasil?
17) Quais foram as principais medidas do governo de Maurício de Nassau em Pernambuco?
18) Quais foram as formas de expansão rumo ao interior do Brasil?
19) Cite e explique, sucintamente, os principais Tratados fronteiriços do século XVIII.
20) Explique a diferença entre “bandeiras” e “entradas” no contexto da expansão
territorial.
21) Cite as causas da Guerra dos Emboabas.
22) O que eram as Casas de Fundição e o que representava o “quinto”?
23) O que gerou a Revolta de Vila Rica, em 1720, e como ela pode ser relacionada com a
sociedade da época?
24) O que foi a “derrama”?
25) O que defendia a Conjuração Baiana de 1798?
História. 29
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italiana, Portugal voltou sua atenção de forma mais direta às terras descobertas, além da
preocupação com as possíveis invasões. Vale lembrar que não são apenas Portugal e Espanha
que estão realizando a expansão marítimo-comercial no período.
2) O primeiro produto a ser explorado pelos portugueses foi o pau-brasil, árvore típica da
região e que tinha enorme valor no mercado europeu. Qual era o interesse econômico e
como a árvore era extraída?
O pau-brasil foi amplamente explorado no Brasil, sobretudo nas regiões litorâneas do
território, de forma a ser enviado mais facilmente à Europa. O interesse econômico em
relação à árvore era devidoa sua pigmentação avermelhada, que era utilizada para colorir
tecidos europeus. Sua extração se deu a partir do trabalho indígena, o qual inicialmente era
trocadopor objetos de pouco valor, vindos da Europa, e que os nativos nunca tinham visto
antes, ou seja, o chamado escambo. Posteriormente, com as resistências indígenas, passou-
se a utilizar da força física e de castigos para que a extração continuasse.
3) Que motivos levaram a Coroa Portuguesa a intensificar a colonização do Brasil?
A intensificação da colonização brasileira se deu como consequência da esperança em achar
metais preciosos, como em territórios espanhóis, e também como proteção das terras de
invasões estrangeiras. Ademais, pode-se apontar o declínio no comércio das especiarias em
virtude da concorrência estabelecida.
4) Sabemos que a produção açucareira foi incentivada no Brasil. Qual era o interesse
português nessa produção?
Sua produção ocorreu, inicialmente, graças às experiências positivas do cultivo de cana-de-
açúcar na África. Como os solos eram semelhantes, Portugal procurou plantar a cana no
Brasil, pois sua produção e venda gerariam imensos lucros à Coroa.
5) Como foi o contato inicial dos portugueses com os indígenas e o que mudou ao longo do
século XVI?
Inicialmente foi positivo e mais acessível em razão do escambo realizado, no entanto, no
decorrer do século XVI, o contato com os indígenas passou a sofrer resistências, como
resultado da violência empregada pelos colonos e do excesso de trabalho aos quais os
indígenas eram submetidos.
6) Quantas eram as capitanias hereditárias e quais resultados elas apresentaram?
No total, o território brasileiro foi dividido em 15 capitanias, de norte a sul. Contudo, elas não
obtiveram o sucesso esperado, uma vez que o território era muito vasto e dificultava a
comunicação entre si. Houve, inclusive, capitanias em que os donatários sequer tomaram
posse. Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente obtiveram êxito financeiro, e tal
sistema foi gradualmente substituído pelo Governo-Geral.
7) O que foi o sistema de Governo-Geral?
Foi um sistema que procurou integrar o território brasileiro por meio da centralização do
poder administrativo da colônia. Seu primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa e sua sede
era em Salvador.
8) Quem eram os chamados “homens bons” e onde eles atuavam?
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23) O que gerou a Revolta de Vila Rica, em 1720, e como ela pode ser relacionada com a
sociedade da época?
A insatisfação de inúmeros minerados de Vila Rica culminou, em 1720, em uma revolta contra
as Casas de Fundição, uma vez que estas dificultavam a circulação e o comércio do ouro
dentro da capitania e facilitavam somente a cobrança dos impostos. Esse cenário, associado à
insatisfação popular, ocasionou a Revolta de Vila Rica, quando cerca de 2 mil revoltosos,
comandados por Felipe dos Santos, conquistaram a cidade, exigindo a extinção das Casas de
Fundição. O governador fingiu aceitar as reivindicações e organizou suas tropas para reagir à
revolta. Dias depois, seus líderes foram presos e Felipe dos Santos foi condenado, enforcado
e esquartejado.
24) O que foi a “derrama”?
A derrama foi um dispositivo utilizado em Minas Gerais a partir de 1751, com o intuito de
garantir a cobrança dos 20% de impostos à Coroa Portuguesa. Ela representava a cobrança
obrigatória dos impostos atrasados, os quais não eram pagos pelos mineradores em virtude
de extravios e, sobretudo, em razão da diminuição na extração do ouro.
25) O que defendia a Conjuração Baiana de 1798?
A Conjuração ou Revolta dos Alfaiates, de caráter popular, ocorreu em 1798 e pretendia
libertar o Brasil do domínio português. Procurava, ademais, atender às demandas da
população mais pobre e foi composta, em sua grande parte, por escravos, negros livres,
brancos pobres e mestiços. Teve influência na Revolta de São Domingos, chefiada pelo negro
Toussaint Louverture no Haiti contra os colonizadores franceses. Era também uma revolta de
caráter separatista, a qual procurava fundar a República Baiana.
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10. EXERCÍCIOS
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O Item I é correto, pois o primeiro registro que se tem da entrada de africanos no Maranhão e
Grão-Pará é de março de 1662 e, a partir da década de 1680, essa entrada ficaria sob encargo da
Companhia de Comércio do Maranhão, criada em 1682, principalmente para regular e organizar a
entrada de escravos africanos na região. Essa companhia tinha como promessa entregar, ao
menos, 500 escravos por ano no Maranhão, mas nunca conseguiu cumprir sua promessa. Essa
companhia também tinha como atribuição o monopólio do comércio no Maranhão. Isso foi uma
determinação régia, portanto, vinha de uma ordem real. A Companhia de Comércio do Maranhão
era a única autorizada a comprar as mercadorias produzidas pelos locais e ela era a responsável
por realizar a venda dessas mercadorias adquiridas. Outros itens relacionados ao abastecimento
do Maranhão também eram trazidos e vendidos exclusivamente pela companhia. Esse monopólio
recebeu o nome de estanco.
O Item II é correto, pois na questão econômica, o estanco prejudicava os interesses comerciais dos
colonos. Além disso, havia denúncias de favorecimentos de terceiros por parte da Companhia de
Comércio do Maranhão; outras denúncias falavam que a companhia pagava valores muito baixos
pelas mercadorias trazidas pelos locais e abastecia São Luís com produtos de baixa qualidade. A
rivalidade existente entre São Luís e Belém também repercutiu para o início da Revolta de
Beckman. Os habitantes da cidade maranhense sentiam-se prejudicados pelo fato de o governador
da província, Francisco de Sá e Menezes, preferir morar em Belém. Do ponto de vista popular, a
miséria, na qual uma parte da população era obrigada a viver, também serviu de motivação para a
revolta.
O Item III é correto, pois a chegada do governador fez com que a normalidade (do ponto de vista
da Coroa) fosse restabelecida. O novo governador emitiu as ordens para prender os envolvidos
com a revolta, e as punições foram ditadas. Manuel Beckman e Jorge de Sampaio de Carvalho
foram condenados à forca. Tomás Beckman e Eugênio Ribeiro Maranhão foram presos, Belquior
Gonçalves foi açoitado e degredado de volta para Portugal. Outros envolvidos foram multados.
Com o fim da revolta, os jesuítas retornaram e continuaram explorando a mão de obra dos
indígenas. A Companhia de Comércio do Maranhão foi extinta, pois a rejeição popular a ela era
muito grande (a revolta em si foi um sinal disso). Por fim, a proibição acerca da escravização dos
indígenas foi revista pela Coroa no Maranhão. Em 1688, uma nova lei entrou em vigor a partir do
mês de abril. Com essa lei, foram criados critérios para escravização de indígenas e o controle
sobre essas questões foi atribuído à Fazenda Real e à Corte. Com essa lei, retomaram-se as
expedições (chamadas de “descimentos”) para realizar a captura de indígenas. A escravização de
indígenas no Brasil só foi terminantemente proibida em 1755, por ordem do Marquês de Pombal.
Sendo assim, a resposta correta é a letra D).
(NEVES, 2020)
Gabarito: D
3. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
A respeito da Revolta de Filipe dos Santos (1720), assinale a alternativa incorreta.
A) O governo português proibiu a circulação de ouro em pó em Minas Gerais, exigindo que
todo o minério extraído fosse entregue às Casas de Fundição.
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B) Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro e a revolta durou um ano.
C) Felipe dos Santos, considerado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
D) Após a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalização na região das
minas, visando combater a evasão fiscal e o contrabando de ouro.
E) Para aumentar o controle sobre a região, foi criada a capitania de Minas Gerais.
Comentários:
A Alternativa A) não é a resposta correta, pois a região de Minas Gerais produzia muito ouro no
século XVIII. A coroa portuguesa aumentou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por
exemplo, era cobrado sobre todo outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança
ocorria nas Casas de Fundição. Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse
pego desrespeitando as leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a
África era a principal).
A Alternativa B) é a resposta certa, pois Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro
(dono de tropas de mulas para transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a
atenção das camadas mais populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das
Casas de Fundição e a diminuição da fiscalização metropolitana. A revolta durou quase um mês. Os
revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situação tensa, o
governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que
abandonassem as armas.
A Alternativa C) não é a resposta correta, pois os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde
haviam saído. Aproveitando a trégua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas
casas foram incendiadas. Muitos deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi
condenado e executado. Assim, essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente
sufocada pelo governo. Felipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de
fundição.
A Alternativa D) não é a resposta correta, pois, vencedor, o Conde de Assumar impôs todas as suas
vontades: as Câmaras se calaram, o povo ficou submisso enquanto a polícia do governador passava
a vigiar todo o distrito, com uma legislação pesada que a todos subjugava. As casas de fundição
foram, então, instaladas, passando a funcionar a partir de 1725. As estradas passaram então a ser
ainda mais limitadas para o escoamento do ouro, a fim de se evitar o contrabando e a sonegação.
Foi criado um sistema de salvo-conduto, erguidos postos de alfândega e de pedágio nos caminhos
que levavam às regiões mineradoras.
A Alternativa E) não é a resposta correta, pois ainda se pode apontar como consequência do
levante a emancipação da Capitania das Minas do Ouro da de São Paulo; e o fato de ter se
registrado que no movimento tenha sido falado em República, fazendo com que a revolta seja
considerada uma precursora da Conjuração Mineira de 1789.
(SOUSA, 2020).
Gabarito: B
4. (IDHTEC - Pref. de Maragogi-AL - Professor de História /2019)
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A alternativa B está incorreta, pois o quinto era um imposto cobrado pela Coroa de Portugal e as
Casas de Contratações sobre o ouro encontrado em suas colônias. Correspondia a 20% do metal
extraído e sua forma de cobrança variou conforme a época e a Coroa Portuguesa era feita das
primeiras doações das capitanias hereditárias por D. João III, em outra época, na colonização em
1534.
A alternativa C está incorreta, pois a vinda da família real foi um acontecimento iniciado em 29 de
novembro de 1807, e o seu desembarque em terras brasileiras ocorreu em 22 de janeiro de 1808,
na cidade de Salvador. A vinda foi consequência direta do Período Napoleônico e do
desentendimento existente entre França e Portugal na questão do Bloqueio Continental.
A alternativa D está incorreta, pois a Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a
1709 pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro na região do atual estado
de Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos e os forasteiros que
vieram depois da descoberta das minas.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013)
Gabarito: A
6. (IBADE - Pref. Municipal de Vilhena-RO – Prof. De Geografia / 2019)
A colonização neerlandesa no Nordeste Brasileiro, embora tenha durado menos de trinta
anos, marcou de forma indelével o desenvolvimento econômico e urbano de cidades como
Recife e Olinda. Quais teriam sido as motivações neerlandesas para a tomada de territórios
americanos considerados pertencentes a Portugal no século XVII?
A) A invasão das capitanias do Nordeste insere-se em um cenário mais amplo de guerra entre
os Países Baixos e a Inglaterra, aliada do Reino de Portugal
B) Manutenção e ampliação da hegemonia neerlandesa no comércio do açúcar no contexto
europeu, sendo considerado também um ataque à Coroa Espanhola durante o período da
União Ibérica
C) A ocupação das terras da capitania de Pernambuco teria sido realizada a pedido dos
próprios colonos, os quais consideravam economicamente vantajosa a presença da
Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais
D) Contestação dos tratados diplomáticos celebrados entre Portugal e Espanha nos séculos
XV e XVI, os quais excluíam os Países Baixos do processo de colonização das Américas
E) Conflitos religiosos entre protestantes e católicos na Europa, o que teria aumentado as
hostilidades entre neerlandeses e portugueses em meados do século XVII
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois as invasões holandesas no Brasil ocorreram quando os
holandeses ocuparam territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. Essa invasão estava
diretamente relacionada com as questões diplomáticas envolvendo Portugal, Espanha e a própria
Holanda naquele período. Os holandeses procuraram construir sua própria colônia na América ao
se apropriar de uma das principais praças produtoras de açúcar da América Portuguesa.
História. 40
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A Alternativa E) é incorreta, pois essa guerra entre Espanha e Holanda tinha relação com a luta dos
holandeses por sua independência (até 1581, a Holanda estava sob o domínio dos Habsburgo, a
dinastia que reinava na Espanha). Por conta desse contexto, os inimigos da Espanha tornaram-se
os inimigos de Portugal, já que os dois países passaram a ser governados pelo mesmo rei. Assim, os
holandeses acabaram sendo excluídos do negócio do açúcar e isso resultou em uma ação dos
holandeses contra Portugal.
(MOTA; BRAICK, 2005; NEVES. 2020)
Gabarito: B
7. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)
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importantes na luta contra os holandeses, tais como André Vidal de Negreiros e João Fernandes
Vieira. A mobilização contra os holandeses teve a participação de donos de engenhos, negros e
indígenas.
A Alternativa B) é correta, pois as invasões holandesas no Brasil ocorreram quando os holandeses
ocuparam territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. Essa invasão estava diretamente
relacionada com as questões diplomáticas envolvendo Portugal, Espanha e a própria Holanda
naquele período. Os holandeses procuraram construir sua própria colônia na América ao se
apropriar de uma das principais praças produtoras de açúcar da América Portuguesa.
A Alternativa C) é incorreta, pois entre 1630 e 1637, os holandeses estenderam o seu domínio pelo
Nordeste brasileiro e conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Para isso,
contaram com a preciosa ajuda de um colono chamado Domingo Fernandes Calabar. O
conhecimento que ele tinha da terra foi crucial para o sucesso dos holandeses. A partir de 1637, foi
enviado pela WIC o Alemão Maurício de Nassau para administrar a colônia holandesa. Ele era um
militar e foi indicado para assumir o cargo e aqui permaneceu até 1643. A administração de Nassau
foi um momento importante para o estabelecimento dos holandeses no Brasil. Maurício de Nassau
realizou inúmeras ações para o desenvolvimento da colônia. Ele procurou recuperar a economia
açucareira de Pernambuco ao vender engenhos que tinham sido abandonados durante a guerra
entre portugueses e holandeses e procurou estabelecer algumas normas para a melhoria da vida,
como a obrigatoriedade de se plantar mandioca, proibição de se jogar lixo nas ruas, entre outras
medidas.
A Alternativa D) é incorreta, pois a invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses resultou
diretamente das relações diplomáticas entre Portugal, Espanha e Holanda no final do século XVI.
Até 1580, a Holanda tinha um envolvimento direto com o negócio do açúcar produzido no Brasil,
pois foram eles que financiaram o desenvolvimento do negócio aqui e eles também participavam
do refino e da comercialização do açúcar na Europa.
A Alternativa E) é incorreta, pois a decadência da colônia holandesa pode ser explicada por alguns
fatores. Primeiramente, houve a falência da Companhia das Índias Ocidentais, o que acabou
prejudicando severamente o empreendimento, uma vez que eles eram os responsáveis. Nessa
questão, podemos destacar também a demissão de Maurício de Nassau de sua função de
governador-geral da colônia. Os problemas econômicos da WIC acabaram fazendo com que ela
não investisse o necessário para garantir a segurança de sua colônia. Isso foi um erro muito
grande, porque desde a Restauração de Portugal, em 1640, os rumores de que os portugueses se
lançariam em uma guerra contra os holandeses por Pernambuco só aumentavam.
(NEVES, 2020)
Gabarito: B
8. (FGV - Pref. de Salvador-BA - Professor de História /2019)
Leia o texto a seguir. “Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do
Antigo Regime não o destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o
absolutismo, a sociedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos
clérigos e da Igreja, o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada,
História. 43
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A Alternativa C) é correta, pois a relação das Cortes portuguesas com as autoridades brasileiras
permaneceu irreconciliável e prejudicial aos interesses dos brasileiros. Em 28 de agosto de 1822,
ordens de Lisboa chegaram ao Brasil com a mensagem que o retorno de D. Pedro para Portugal
deveria ser imediato. Além disso, anunciava-se o fim de uma série de medidas em vigor no Brasil e
tidas pelos portugueses como “privilégios” e os ministros de D. Pedro eram acusados de traição.
A Alternativa D) é incorreta, pois nossa independência resultou mais de um acordo entre as elites
dominantes, que estavam interessadas em manter a mesma estrutura colonial e agrária do Brasil.
Claro que tivemos algumas lutas, mas a participação popular foi praticamente nula, pois a maioria
esmagadora da população, que vivia no campo, viu indiferente o poder mudar de mão e sua
situação de penúria continuar exatamente a mesma.
A Alternativa E) é incorreta, pois Entre as consequências do processo de independência do Brasil,
podem ser mencionados o surgimento do Brasil enquanto nação independente e a construção da
nacionalidade “brasileira”.
(NEVES, 2020)
Gabarito: C
9. (FUNDEP – Pref. de Uberlândia – Professor de História / 2019)
[...] são questionáveis algumas observações de (Fernando) Novais (1986) no que se refere às
interpretações das inconfidências, em especial a Mineira. Sua concepção de que as ideias que
em Portugal possuíam uma face reformista, quando transpostas a uma situação colonial,
ganhavam uma face ‘revolucionária’ nos parece hoje inadequada e mesmo insustentável. [...]
FURTADO, João Pinto. Inconfidências e conjurações no Brasil: notas para um debate
historiográfico em torno dos movimentos do último quartel do século XVIII. In: FRAGOSO,
João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção O Brasil Colonial, 1720-1821. V. 3. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2014. p. 647.
Para justificar sua contraposição a Fernando Novais, João Pinto Furtado argumenta, entre
outros elementos, que
A) o baixo nível de alfabetização da região impedia, por si só, a expansão do ideal
revolucionário, absolutamente dependente da leitura dos princípios franceses, embora os
Autos de Devassa indiquem o confisco de vários livros nas bibliotecas dos inconfidentes.
B) havia uma crença plantada pelo Conde de Assumar, em 1720, de que o ar de Minas
inspirava revoluções e, por isso, todos os governantes enviados pelo rei para a região eram
negociadores por natureza, contendo, assim, todo ímpeto revolucionário local.
C) manifestações populares nas ruas ao som de “viva o rei, viva o povo e morra o
governador” eram especificamente contra o governador Barbacena, não contra o rei, porque
este aplicava cegamente as determinações de Lisboa quanto à cobrança dos impostos
atrasados.
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História. 46
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Gonzaga, ouvidor da comarca de Vila Rica, e o eloquente Alferes Joaquim José, o movimento
parece ter ganho maior visibilidade, pela primeira vez, no batizado de um filho do poeta Alvarenga
Peixoto em oito de outubro de 1788 quando, em meio a “bravatas etílicas” e imprecações contra o
governador, alguns aspectos da trama foram trazidos à luz. Segundo afirma a historiografia,
estiveram presentes ao batizado vários inconfidentes da Comarca do Rio das Mortes sendo ali,
pela primeira vez, traçadas publicamente e com grande excitação, algumas das linhas do levante.
Inicialmente, acordou-se que era preciso um fato de inequívoco apelo político, que estimulasse a
revolta popular e reacendesse o velho espírito insurgente que desde o início caracterizara as
Minas. Sendo a cobrança dos débitos acumulados especialmente adequada a este fim, optou-se
por deixar em aberto a data efetiva de deflagração pois julgava-se, por aquela ocasião, que uma
das principais instruções trazidas pelo novo governador era relativa ao lançamento da derrama, o
que deveria se dar ainda no primeiro semestre de 1789. Segundo o que se acertou grosseiramente
naquela data, o movimento inconfidente seria, portanto, deflagrado a partir de decretação da
derrama e através da senha “hoje é o dia do batizado”, a ser divulgada entre todos os sediciosos
através de emissários designados por Francisco de Paula Freire de Andrade e por Tiradentes.
(FURTADO. 2002)
Gabarito: D
10. (IBADE - SEMED-Porto Velho-RO – Professor Nível II - História / 2019)
Em 3 de setembro de 1759 a Coroa portuguesa expulsou a Companhia de Jesus de todos os
seus territórios ultramarinos. Entre as principais razões apontadas para o banimento da
ordem religiosa está:
A) o apoio jesuítico à Espanha em meio a disputas por fronteiras ao Sul da América do Sul.
B) o fracasso da política indianista da Cia. De Jesus, incapaz de transformá-los em súditos de
Portugal.
C) a falta de apoio dos jesuítas para impedir a União Ibérica, que submetia Portugal à
Espanha.
D) a descoberta de articulações políticas entre os jesuítas para deporem o Rei D. José I de
Portugal.
E) a política de modernização do Estado português levada a frente pelo futuro Marquês de
Pombal.
Comentários:
A Alternativa A) é incorreta, pois na raiz dos conflitos entre as autoridades civis e eclesiásticas com
os missionários jesuítas no norte do Brasil (atuais estados do Pará e do Maranhão), estavam
reformas político-econômicas propostas pelo Marquês de Pombal, implementadas naquela região
por seu meio-irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador entre 1751 e 1759.
A Alternativa B) é incorreta, pois boa parte desses conflitos tinham sua raiz no modo como os
jesuítas administraram as aldeias sob seu controle, pois esses apartavam os povos nativos da
sociedade colonial; sendo, desse modo, um obstáculo aos interesses dos colonos de explorar, sem
restrições, o trabalho dos povos nativos, portanto, pode-se concluir que as leis decretadas pelo
História. 47
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Marquês de Pombal, atendiam os interesses dos colonos. Tais conflitos estão entre as causas da
expulsão dos Jesuítas do Grão-Pará e Maranhão, em 1759.
A Alternativa C) é incorreta, pois como antecedentes próximos da referida expulsão, pode-se citar
a expulsão de dez jesuítas no ano de 1757, com destaque para: o padre João Daniel, que
apresentou reclamações ao governador contra uma lei de 1757, que retirou dos missionários a
administração temporal das aldeias e, por isso, foi acusado de insubordinação; e os Padres André
Meisterburg e Anselmo Eckart, acusados de terem armado os índios, de modo similar a fatos que
teriam ocorrido na Guerra Guaranítica.
A Alternativa D) é incorreta, pois o Embaixador português no Vaticano, a pedido do Marquês de
Pombal, denunciou a Companhia de Jesus pela prática de comércio no Estado do Grão-Pará e
Maranhão, o que resultou na investigação dirigida pelo Cardeal Saldanha da Gama, indicado pelo
Papa para o cargo de Reformador e Visitador da Companhia de Jesus no Estado do Grão-Pará e
Maranhão. Em 1758, as investigações foram encerradas, e permitiram que o Cardeal confirmasse
as denúncias, retirasse as faculdades de confessar dos jesuítas e condenou Lorenzo Ricci, então
Superior-geral da Companhia de Jesus, por permitir a comercialização das "drogas do sertão".
A Alternativa E) é correta, pois Após o Sismo de Lisboa de 1755, percebendo, no episódio, uma
oportunidade para reforma dos costumes e da moral, o padre jesuíta Gabriel Malagrida escreveu
um opúsculo sobre moral do qual ofereceu exemplares a José I de Portugal e ao Marquês de
Pombal. Este último, entretanto, entendeu a oferta e as exortações moralistas do religioso como
uma insinuação acusatória, pelo que desterrou o religioso para Setúbal. Pouco tempo depois,
Pombal acusou os jesuítas de instigarem os motins contra si, nomeadamente contra a sua criação
da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (Porto, 1757), o que lhe permitiu
entre outras coisas o de extinguir as missões no Brasil e passar as suas enormes propriedades
imobiliárias e empresariais para o Estado. Na época, o Marquês de Pombal, insinuou que o
atentado seria obra daquela família em conluio com os jesuítas. Em 1759, Pombal enviou um
relatório oficial a Roma acerca do ferimento de D. José, mas este acabou por ter poucas
repercussões na Santa Sé. Em 28 de junho de 1759, foi publicada uma Carta Régia que proibiu os
jesuítas de ensinarem latim, grego e retórica. Em 3 de setembro, o Rei Dom José I, de Portugal,
proclamou a "Lei de Extermínio, Proscrição e Expulsão dos seus Reinos e Domínios Ultramarinos
dos Regulares da Companhia de Jesus", que incluia o imediato confisco das suas casas e bens.
Naquele ato, o Rei afirmou que os jesuítas seriam: "Notórios Rebeldes, Traidores, Adversários, e
Agressores". Após a referida publicação, os jesuítas foram detidos nos principais colégios em cada
região e expulsos para a Europa em 1760. Dom José I e o Marquês de Pombal acreditavam que,
esmagando a força dos jesuítas, estariam eliminando o principal entrave político interno para um
maior controle da economia por parte do Estado, o que possibilitaria a formação de forças políticas
mais racionais de fomento manufatureiro. A expulsão foi a ruptura de uma colaboração entre a
Companhia de Jesus e a Coroa Portuguesa que já durava cerca de dois séculos e foi um prelúdio,
do que ocorreria em 21 de julho de 1773: a Supressão da Companhia de Jesus, com a assinatura
pelo Papa Clemente XIV do breve Dominus ac Redeptor Noster.
(OLIVEIRA, BORGES, BORTOLOSSI. 2020)
Gabarito: E
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Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica
de:
A) reafirmação da prática econômica mercantilista e de instauração na metrópole portuguesa
do absolutismo monárquico.
B) avanço dos movimentos socialistas de contestação social e de difusão da concepção de
igualdade natural dos homens.
C) consolidação das independências políticas latino-americanas e de retração das riquezas
proporcionadas pelas exportações agrícolas brasileiras.
D) crítica ao Antigo Regime europeu e de aumento do peso da exploração colonial com o
declínio da produção aurífera.
E) disputas econômicas entre metrópoles coloniais e de guerras permanentes entre
economias industrializadas europeias.
Comentários
O trecho do livro de Kenneth Maxwell, historiador britânico especializado nos estudos sobre a
História Ibérica e as relações entre o Brasil e Portugal ao longo do século XVIII, é trazido pela banca
para dar subsídio a uma questão (muito bem elaborada, por sinal) sobre o período colonial
brasileiro. No caso em específico, aborda-se sobre uma das revoltas de caráter separatista
ocorridas à época e muito conhecida até os dias de hoje: a chamada Inconfidência (ou Conjuração)
Mineira, ocorrida no ano de 1789.
Para compreender melhor a sua origem, é preciso entender que a mineração, a partir do século
XVIII, foi um fator determinante para a expansão das fronteiras no interior do país, sendo que
muitas jazidas de ouro de aluvião (encontrado às margens dos rios) foram descobertas desde o
final do século XVII. A notícia dessas descobertas se espalhou pelo Brasil e inúmeras pessoas foram
em direção às Minas Gerais.
Com isso, a Coroa Portuguesa, que detinha o controle sobre o ouro extraído, criou as chamadas
Casas de Fundição, instituições responsáveis pela transformação do ouro em barras e que, a partir
de sua transformação, já teria retirado o “quinto”, ou seja, 20% de todo o ouro extraído deveria ser
pago, sob o título de impostos, à Portugal.
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Devido à alta exploração ao longo do século XVIII, uma grave crise econômica ocorreu, na qual os
mineradores não conseguiam mais pagar os impostos para a Coroa. Acreditando que os
mineradores estavam roubando o ouro que era extraído (o que de fato acontecia durante a época,
sobretudo em virtude dos contrabandos) devido à sua brusca redução, Portugal determinou, em
1765, a existência de um novo pagamento, a Derrama, que representava o pagamento
compulsório dos impostos devidos pelos colonos.
No dia 16 de julho de 1788, Luís Antônio Furtado de Mendonça, o Visconde de Barbacena,
pronunciou-se perante a Junta da Fazenda, em Vila Rica, cinco dias depois de assumir o governo da
capitania de Minas Gerais. Deu origem a um plano de reformas que Lisboa elaborara para a região.
Reivindicou o pagamento das dívidas do quinto real. Nesta ocasião, a derrama transformava-se no
dilema histórico, preâmbulo da Inconfidência Mineira.
Sob a ameaça do lançamento da Derrama entre 1788 e 1789 por Portugal, os mineiros ilustrados,
insatisfeitos com a situação ocasionada, organizaram uma revolta em 1789, que ficou conhecida
como a Inconfidência Mineira, de caráter separatista e sob a liderança do alferes Tiradentes e de
outros letrados, cujos referenciais iluministas já estavam presentes em suas ações.
Denunciada, contudo, por Joaquim Silvério dos Reis, um dos membros do grupo, em troca do
perdão de suas dívidas, a revolta foi, por sua vez, suprimida e os seus líderes foram presos ou
exilados, à exceção de Tiradentes, membro mais pobre, que foi punido com o esquartejamento e
exposição a público.
(Fonte: Derrama, boatos e historiografia: o problema da revolta popular na Inconfidência Mineira - Tarcísio de Souza Gaspar).
Gabarito: D
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A sua expulsão, contudo, deu-se somente em 1654, mas foi efetivamente encerrada através de um
acordo diplomático conhecido como Tratado de Haia, de 1661, assinado entre Portugal e Holanda,
na qual a chamada Nova Holanda (região que abrangia o leste de Pernambuco, então sob o
domínio holandês) era “vendida” a Portugal.
Gabarito: A
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grandes filósofos iluministas. A maioria deles eram senhores de escravos, motivo pelo qual o fim
da escravidão não era uma de suas bandeiras, ao contrário da Conjuração Baiana.
(REBELIÕES NATIVISTAS, 2018; GOMES, 2019).
Gabarito: D
16. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
Em novembro de 1807, temendo ser aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o
príncipe regente de Portugal, D. João VI, deixou Lisboa acompanhado de sua família e de boa
parte da nobreza da Corte, em direção ao Brasil, onde se estabeleceu até 1821, ano em que
regressou à metrópole já como rei.
Com relação às diversas consequências, para a colônia, da permanência de D. João VI no
Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
A noção de brasilidade, ou seja, a consciência de ser brasileiro, esteve presente desde cedo
na cultura política e na identidade da sociedade brasileira, tendo-se manifestado nas sedições
nativistas da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, ambas de cunho
emancipacionistas, e, em fins do período colonial, terminado por ser a base da luta pela
independência do Brasil
Comentários
A afirmativa está errada, pois o tema da identidade brasileira é uma reivindicação que se pode
considerar gestada com a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, ocorrido em
1815. Vale dizer que a identidade coletiva não é uma marca indelével, mas uma construção muitas
vezes imaginária e histórica. Por outro lado, o nativismo é uma forma variada que assume a
explicação de revoltas isoladas ocorridas na colônia portuguesa, motivadas por um sentimento
muito mais regionalista dos “filhos da terra” (nascidos em suas respectivas províncias), do que uma
relação nacionalista.
Gabarito: Errada
17. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís-MA - Professor Nível Superior/PNS-A)
A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida em 1755, voltada ao
desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer preços atraentes para os
produtos que a região deveria exportar para o mercado europeu, foi instituída pelo Marquês
de Pombal e denominada
A) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
B) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
C) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
D) Companhia das Índias Ocidentais.
E) Companhia Comercial do Governo Geral.
Comentários
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A alternativa C também é falsa, pois a chamada Revolta ou Levante de Vila Rica, também
conhecido como Revolta de Felipe dos Santos, aconteceu no ano de 1720, em razão do
descontentamento dos viventes com os impostos e imposições da Coroa Portuguesa.
A alternativa D também é falsa, uma vez que a Guerra Mata-Maroto foi um movimento que
aconteceu na área do São Francisco, com disputas entre brancos nacionais, que participavam da
luta pela independência do Brasil em 1823, e portugueses.
(FARIA, 2013; GASPAR, 2010).
Gabarito: A
19. (ACAFE - 2015 - SED-SC - Professor - História)
Integrando diversas regiões, construindo caminhos e formando vilarejos e cidades, o
tropeirismo foi muito importante na história do período colonial brasileiro. Sobre as
atividades dos tropeiros, assinale a alternativa correta.
A) Comercializavam gado somente na faixa litorânea do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná.
B) Exerciam a mineração e o comércio de terras no interior da colônia.
C) Praticavam a agricultura extensiva e o comércio de ouro nas cidades do litoral.
D) Transportavam gado e mercadorias para suas atividades mercantis.
E) Foram os responsáveis pela mudança da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois os tropeiros trataram de fazer a ligação entre as zonas agrícolas mais
ao sul da colônia e as zonas mineradoras do interior.
A alternativa B é incorreta, pois os tropeiros não exerciam a mineração, de tal modo que seu
comércio se dava principalmente com os mineradores.
A alternativa C também é incorreta, de tal modo que não eram os tropeiros que praticavam a
agricultura, sendo eles os comerciantes que cuidavam de estabelecer a relação entre as regiões
econômicas da colônia, além das zonas portuárias.
A alternativa D é a resposta certa. O tropeirismo se estruturou como o mercado paulista
abastecedor das zonas mineradoras. As mercadorias comercializadas passam a ser discriminadas,
bem como os tipos de agentes mercantis envolvidos nos negócios. Como a demanda era cada vez
maior, a produção agrícola foi intensificada e o comércio paulista estendido aos confins dos
campos sulinos, representado pelo intenso tráfico de animais, entre eles, muares, gado cavalar e
vacum. Mais do que isto, a corrente comercial paulista foi decisiva para a articulação da região
mineira com os mercados produtores do além-mar, transformando o porto de Santos em local
privilegiado de entrada de mercadorias importantes. Dessa forma, eram mandados às Minas
Gerais e, posteriormente, a Cuiabá e Goiás, boiadas, toucinho, aguardente, açúcar, panos,
calçados, drogas e remédios, trigo, algodão, enxadas e artigos importados como sal, armas, azeite,
vinagre, ferro, tecidos, enfim, todas as manufaturas cuja fabricação era proibida no Brasil. Também
escravos africanos entraram para as minas através do porto de Santos.
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A alternativa E também é falsa, de tal modo que a mudança da capital, de Salvador para o Rio de
Janeiro, em 1763, se deu principalmente por causa da descoberta do ouro e o consequente risco
de contrabando, que exigia uma capital mais perto das Minas Gerais.
(BORREGO, 2006).
Gabarito: D
20. (EXATUS-PR - 2015 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Guarda Municipal)
Que fator abaixo foi determinante para que a Coroa Portuguesa transferisse a Capital do
Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro?
A) A descoberta de minas de ouro no atual Estado de Minas Gerais.
B) A Revolta dos Alfaiates que ocorreu em Salvador.
C) A Revolução Haitiana, onde os negros mulatos tomaram o poder na então colônia
francesa.
D) Os movimentos separatistas ocorridos na Região Nordeste do Brasil.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, de maneira que até 1763, quando houve a mudança da capital,
Salvador foi a sede do poder português no Estado do Brasil. Salvador era considerada uma cidade
mais moderna e equipada do que o Rio de Janeiro, mas a descoberta do ouro e o consequente
risco de contrabando exigia uma capital mais perto das Minas Gerais.
A alternativa B é falsa, uma vez que a Revolta dos Alfaiates ocorreu entre 1798 e 1799, quando a
capital já estava instalada no Rio de Janeiro.
A alternativa C também é falsa, pois quando ocorreu a Revolução do Haiti, entre 1791 e 1804, a
capital já estava instalada no Rio de Janeiro.
A alternativa D também é falsa, pois no período a inquietação que levou à mudança da capital foi
de ordem econômico-política, além do que não se tem registros de movimentos separatistas no
período específico.
(CANUTO, 2013).
Gabarito: A
21. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)
Leia o texto abaixo.
O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das
capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades
mineradoras, agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas
açucareiras em retração.
Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa população.
(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de
Janeiro: Graal, 2004. p. 41-42)
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C) Guerra do Paraguai.
D) Guerra dos Emboabas.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a Guerra de Canudos (1896-1897) ocorreu no sertão da Bahia, nos anos
finais do século XIX, já no período republicano.
A alternativa B também é falsa, pois a Guerra dos Farrapos (1835-1845) ocorreu no Rio Grande do
Sul, durante o Período Regencial.
A alternativa C também é falsa, pois a Guerra do Paraguai ocorreu durante o Segundo Reinado,
entre 1864 e 1870.
A alternativa D é a resposta certa. A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado entre 1707 e
1709, pelo direito de exploração das recém descobertas jazidas de ouro, na região das Minas
Gerais. O conflito contrapunha, de um lado, os desbravadores vicentinos, ou Bandeirantes, que
haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam à exclusividade de
explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e imigrantes das
demais partes do Brasil – pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos Bandeirantes –, todos
atraídos à região pela febre do ouro.
(FARIA, 2013).
Gabarito: D
23. (CESPE - 2013 - SEE-AL - Professor - História)
Com relação à história colonial brasileira, julgue o item que se segue.
A descoberta do ouro nos sertões mineiros foi recebida pela Coroa portuguesa com grande
apreensão. Não havia um projeto de colonização definido a priori. A tarefa de controlar a
multidão de aventureiros que se dirigiria àqueles sertões parecia algo grande demais para os
poucos recursos lusos. Por fim, existia a possibilidade da descoberta daquela riqueza
despertar a cobiça das demais nações europeias.
Comentários
A afirmativa está correta. O ouro inicialmente foi encontrado no leito dos rios e riachos. Era o ouro
de aluvião, isto é, encontrado em depósitos de cascalho, areia e argila que se formam junto às
margens dos rios. A notícia da descoberta trouxe para as zonas auríferas uma enorme multidão:
calcula-se que tenham chegado à região cerca de 30 a 50 mil aventureiros. Em decorrência desse
afluxo populacional, a região das minas alcançou uma densidade populacional relativamente alta e
assistiu ao primeiro surto urbano da vida brasileira. Nos primeiros anos a fome e a desnutrição
assolaram as regiões mineradoras. Além da fome, ocorriam todo tipo de contravenções,
principalmente assassinatos e roubos. Era uma região que não contava com a presença e nem com
o controle do governo metropolitano. Só após um primeiro momento de caos e violência que o
governo metropolitano começou a interferir na área das lavras de ouro. Promoveu a construção de
estradas e passou a cobrar impostos. As principais medidas administrativas implantadas na região
foram: criação da capitania de São Paulo e Minas do Ouro; distribuição das jazidas;
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estabelecimento do quinto (imposto que cobrava a quinta parte do ouro extraído); a criação de
Casas de Fundição, permitindo a circulação apenas do ouro em barras com o selo real; e a
implantação da taxa de capitação, que cobra imposto sobre o número de escravos.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: Correto
24. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)
Sobre a economia do período colonial do Brasil, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
A) O ciclo do ouro contribuiu para a formação de núcleos urbanos no interior do Brasil e para
a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
B) A propriedade agrícola no qual se baseava o sistema colonial tinha duas características
básicas: a monocultura e o trabalho escravo.
C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos
europeus numa relação de escambo com os nativos.
D) O ciclo da cana-de-açúcar foi fundamental para a criação de um mercado econômico
interno, realizando a ligação comercial entre o litoral e o interior da colônia.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois de fato o ciclo do ouro contribui para o primeiro surto urbano do
Brasil. A notícia espalhou-se rapidamente e milhares de pessoas da Colônia e da Metrópole
dirigiram-se para a região das Minas Gerais. Essa alteração na ordem colonial acabou exigindo que
a capital colonial se transferisse para o Rio de Janeiro, que tinha menos infraestrutura do que
Salvador, mas era mais perto das minas de ouro, facilitando o controle da situação.
A alternativa B também é incorreta, pois de fato a produção agrícola do período colonial foi
organizada aos moldes do sistema de plantation, isto é, baseado na monocultura e no trabalho
escravo, produzindo para a exportação e comercio metropolitano.
A alternativa C também é incorreta, pois de fato os portugueses exploraram primeiramente o pau-
brasil, sob a mão de obra indígena, que era explorada em troca de objetos desconhecidos para
eles, como espelhos, facas, miçangas, foices e machados.
A alternativa D é a resposta certa, uma vez que é falso afirmar que o ciclo da cana-de-açúcar
contribuiu para a criação de um mercado econômico interno, ao passo que a produção de cana-de-
açúcar seguiu os moldes mercantilistas, firmando o pacto colonial que permitia o comércio apenas
com a metrópole e monopolizando a produção. Além disso, também é falso dizer que o ciclo do
açúcar fez a ligação entre o litoral e o interior da Colônia, de modo que a atividade açucareira se
concentrou especialmente na costa do nordeste brasileiro.
(VAZ, 2013).
Gabarito: D
(CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
Acerca da configuração territorial da América portuguesa, julgue (C ou E) os seguintes itens.
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25.
A criação de gado foi a primeira atividade produtiva promotora da interiorização mais
profunda da colonização.
Comentários
A afirmativa está correta. A pecuária bovina contribuiu para a ocupação de áreas mais irrigadas do
sertão, entre Pernambuco e Bahia. A atividade expandiu-se pelo vale do Rio São Francisco e foi a
principal responsável pela interiorização do projeto colonial português do século XVII. Alguns
indígenas trabalhavam nas fazendas de gado, mas a maioria dos trabalhadores era composta de
caboclos, mestiços e brancos pobres. Embora o couro e o sebo fossem exportados, em geral a
criação de gado estava voltada para o mercado interno. Além da produção de carne, os animais
eram usados para transporte e tração.
(VAZ, 2013).
Gabarito: Correto
26.
O Tratado de Madri tinha como princípio principal, quanto à definição de fronteiras, o uti
possidetis e como argumento subsidiário, aplicável à foz do Amazonas e ao Rio da Prata, o
mare liberum.
Comentários
A afirmativa está errada, uma vez que o Tratado de Madri, firmado em 13 de janeiro de 1750 entre
os reinos de Portugal e Espanha, tinha o intuito de substituir o Tratado de Tordesilhas (1494), o
qual dividia as terras conquistadas no Novo Mundo, estabelecendo assim, novas fronteiras de
exploração. Depois de 1750, a região dos Sete Povos das Missões (atual região oeste do Rio Grande
do Sul), que era da Espanha, deveria ser entregue aos portugueses. Em troca, a Espanha ficaria
com a Colônia do Sacramento.
(RAMOS, 2017).
Gabarito: Errado
27. (CESPE - 2013 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas a partir do final do
século XVI. Essa expansão não era coisa simples. Exigia um grande investimento, que deveria
cobrir os gastos em instalações para o processamento da cana e na compra de mão de obra
importada da África.
Considerando o texto acima e os aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil,
julgue o item seguinte.
História. 62
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Comentários
A afirmativa está errada, pois durante o período colonial, devido ao grande contingente de
aventureiros que imigraram da Metrópole e de diferentes cantos da Colônia em busca do ouro,
existiu um conjunto heterogêneo de elementos, na maioria pobres, designados como
desclassificados do ouro. Esses homens e mulheres desempenhavam papéis diferentes e até
opostos: ora exerciam funções necessárias à manutenção da ordem, ora ameaçavam-na, na
medida em que muitos não se incorporavam ao mundo do trabalho. Esse contingente era formado
pelos escravos libertos, mulatos, mamelucos (mestiço de branco e índio), índios aculturados e
brancos pobres. Os homens tendiam a concentrar-se nos ofícios de artesão, alfaiate, sapateiro,
carpinteiro, barbeiro e pescador. Já as mulheres costumavam trabalhar como costureiras e
vendedoras ambulantes. Outro conjunto de pessoas, predominantemente brancas, situava-se
acima dos desclassificados na hierarquia social, mas sem integrar as elites coloniais. Eram
classificados como pertencentes ao povo. Esse grupo englobava desde os pequenos proprietários
rurais, soldados, funcionários inferiores, pequenos comerciantes, até os artesãos urbanos.
Raramente essa gente conseguiu assegurar um posição entre os “homens bons das vilas”.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
28. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - História)
Com relação ao Brasil colonial, julgue o item que se segue.
A aliança entre a Companhia de Jesus e o Marquês de Pombal permitiu aos jesuítas estender
o projeto missionário desenvolvido com os indígenas ao vale do rio Amazonas e ao sul da
colônia.
Comentários
A afirmativa está errada. Quando Pombal assumiu o cargo de ministro de D. José I, implantou uma
política governamental de natureza despótica. Uma das medidas mais controvertidas da
administração pombalina foi a expulsão dos jesuítas da Colônia, em 1759. No intuito de centralizar
a administração, julgando que os jesuítas formavam um segundo Estado dentro do Estado
português, Pombal impediu que as missões se transformassem num centro de poder autônomo.
Após a expulsão dos jesuítas, os bens pertencentes à Companhia de Jesus passaram às mãos de
militares e particulares, e parte foi doada ou vendida em leilão.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
29. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
No que concerne à configuração territorial da América portuguesa, assinale a opção correta.
A) Em oposição às determinações da Coroa portuguesa, ao longo do século XVII, colonos
partiram de Piratininga em busca de riquezas pelos sertões afora, o que foi decisivo para a
configuração das fronteiras do Brasil e para a consolidação de São Paulo como importante
polo econômico no período colonial.
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quando o reino da Espanha incorporou o reino de Portugal, de tal modo que facilitou aos
portugueses atravessarem os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas em 1494.
As alternativas B e E estão incorretas pelo mesmo motivo, pois o modo de exploração da Colônia
portuguesa na América seguia o modelo mercantilista, que estabelecia o pacto colonial, impedindo
a criação de manufaturas na Colônia e o comércio que não fosse com a Metrópole.
A alternativa C está correta. Os missionários da Companhia de Jesus que se dedicaram a converter
os indígenas americanos eram também difusores no poder ibérico, sendo parte constituinte e
transformador da expansão portuguesa no século XVI, e uma ação paulatina de tomadas de
decisões possíveis que as diferentes realidades de um novo mundo impunham aos reis lusitanos.
Outra ação importante na expansão portuguesa foram as bandeiras que partiram de Piratininga
em busca de jazidas de pedras preciosas, ouro, prata e as sonhas esmeraldas. Os Bandeirantes
abriram diversos caminhos e picadas pelo sertão brasileiro, especialmente durante o século XVII.
A alternativa D é incorreta, de modo que a produção de tabaco era associada à economia de
subsistência, desenvolvendo-se desde meados do século XVII no Recôncavo Baiano e no litoral e
zona da mata da capitania de Pernambuco.
(SABEH, 2009).
Gabarito: C
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a mineração na Colônia não dependeu de investimentos holandeses e
franceses, de tal modo que a Coroa portuguesa realizou concessões das jazidas descobertas para
metropolitanos e colonos particulares, sob um processo legal que definia as exigências para a
concessão.
A alternativa B também é falsa, uma vez que a primeira ferrovia do Brasil foi construída em 1852
pelo Barão de Mauá.
A alternativa C também é falsa, pois a mão de obra da mineração no Brasil colonial foi de escravos
vindos da África ou nascidos no território.
A alternativa D está correta, uma vez que por meio da busca por metais preciosos a Coroa
portuguesa investiu nas entradas e bandeiras, o que levou à expansão para o interior e sua
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consequente ocupação, como em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Assim sendo, a mineração
contribuiu significativamente para o povoamento e ocupação do interior do Brasil.
A alternativa E também é falsa, uma vez que durante o ciclo do ouro no Brasil o comércio dos
tropeiros se intensificou, de modo que eles faziam a ligação entre a economia agraria e a
mineradora, pois nas regiões auríferas a febre do ouro voltava a todos para a exploração do metal,
deixando em outro plano a subsistência.
(VAZ, 2013).
Gabarito: D
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entre os grupos maçônicos. Ambas as revoltas defendiam mudanças sociais em seus estados, ainda
que a Inconfidência Mineira tenha sido organizada por uma elite intelectual. Ao passo que a
Conjuração Baiana foi uma revolta de cunho popular. O que há em comum entre elas, além disso, é
que as duas revoltas foram de caráter separatista e republicano, buscando romper com Portugal e
estabelecer a independência destas províncias.
(VAZ, 2013).
Gabarito: C
35. (VUNESP/PM-SP/2009 – SOLDADO - SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO)
Na região das Minas Gerais, em fins do século XVIII, ocorreu uma revolta colonial contra a
dominação portuguesa. Esse movimento foi provocado pelos impostos abusivos cobrados
sobre a produção mineradora.
Identifique corretamente esse movimento.
A) Revolução Praieira.
B) Inconfidência Mineira.
C) Guerra de Canudos.
D) Guerra da Independência.
E) Revolta dos Farrapos.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a Revolução Praieira ocorreu na província de Pernambuco em meados
do século XIX, entre 1848 e 1850.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a Inconfidência Mineira, de caráter separatista, se
opôs à cobrança forçada de impostos atrasados (a chamada derrama), referentes aos tributos
sobre a extração do ouro nas Minas Gerais. O tributo cobrado era o quinto, ou seja, 20% sobre
toda a extração de ouro. Devido à intensa exploração do ouro durante todo o século XVIII, houve
uma redução drástica na quantidade de impostos recolhidos nas últimas décadas daquele século
por causa da diminuição das explorações, o que deixou a Coroa portuguesa insatisfeita e a levou a
decretar a referida derrama. Diante disso, uma parcela letrada da população mineira, da qual se
destacam mineradores, grandes proprietários de terras e membros do clero, sob a influência dos
ideais iluministas que ecoava, inclusive, no Brasil, passaram a se reunir para discutir formas
contrárias à exploração portuguesa. Dentre alguns de seus objetivos, podemos destacar: a
separação de Minas Gerais de Portugal e a respectiva proclamação da República; o fim do
monopólio do comércio com Portugal; o serviço militar obrigatório. Os inconfidentes iriam se
rebelar contra o governo português em 1789, ano que seria cobrada a derrama. Organizados um
ano antes, os inconfidentes, contudo, foram denunciados por Joaquim Silvério dos Reis, que
buscava o perdão das suas dívidas com a Coroa. Todos os membros que preparavam a revolta
foram presos, mas o único condenado à morte foi Tiradentes, que teve seu corpo esquartejado e
exibido em praça pública, a fim de servir como modelo aos que buscavam a insurreição.
A alternativa C também é falsa, pois a Guerra de Canudos aconteceu no interior da Bahia, entre
1896 e 1897, já no período republicano.
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Gabarito: C
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contra os índios guaranis que, orientados pelos jesuítas, tinham a intenção de fundar uma
República Teocrática na região das Missões.
Comentários
A afirmativa [02] está incorreta, porque os superiores da Companhia de Jesus foram contra o apoio
que os padres deram aos indígenas na região dos Sete Povos das Missões;
A afirmativa [16] está incorreta, porque os indígenas não tinham a intenção de fundar uma
República na região dos Sete Povos das Missões. Eles, simplesmente, recusavam-se a abandonar
suas terras e cruzar a fronteira, como ficou determinado pelo Tratado de Madrid. Além disso,
Portugal e Espanha financiaram de maneira diferente o ataque aos Sete Povos das Missões.
Gabarito: 01+04+08 = 13
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(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por
Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles
trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das
missões jesuíticas eram:
A) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que
implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de
trabalho e organização social.
B) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-
brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação
da sua organização social.
C) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de
fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade
por conta dos confrontos com os espanhóis.
D) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os
índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
E) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o
que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho
e organização habitacional.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete as missões jesuíticas na América Latina
durante o período colonial. No contexto da contrarreforma ou Reforma católica em meados do
século XVI foi criada por Inácio de Loyola a Companhia de Jesus com o objetivo de angariar fiéis
para o catolicismo e impedir o avanço protestante. Estes jesuítas desempenharam um papel
importante na América, criaram as missões para catequese dos nativos. Daí que as aldeias que
eram um espaço indígena passaram a ser um aldeamento, ou seja, missões jesuíticas que ao
catequizar os nativos contribuíram para o processo de aculturação e destribalização. No caso do
Brasil, os padres jesuítas foram expulsos em 1759 pelo ministro Pombal.
Gabarito: E
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E) Revolução Farroupilha.
Comentários
A Guerra Guaranítica – assim chamada devido a etnia dos indígenas nela envolvidos – foi
caracterizada pelo confronto entre os exércitos de Portugal e Espanha e os índios guaranis que
ocupavam a região dos chamados Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul).
Após acordo envolvendo Portugal e Espanha pelo domínio das terras ao sul da Colônia portuguesa,
os indígenas e os missionários deveriam sair das Missões Jesuítas rio-grandenses (pertencentes a
Portugal) e dirigir-se para o território do atual Uruguai (pertencente à Espanha). Como se
recusaram a isso houve confronto armado, vencido pelos exércitos de Portugal e Espanha.
Gabarito: B
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seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos
Pampas. Esse tratado
A) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de
Sacramento, no Brasil.
B) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis.
C) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.
D) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da Igreja
Católica.
E) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao
Uruguai.
Comentários
O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado de Tordesilhas, que, na prática,
já não era respeitado desde o período da União Ibérica. De acordo com aquele tratado, Portugal e
Espanha admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade de estipular os novos domínios
territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base do novo Tratado era o direito privado
romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo
assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por Portugal passaram a ser, por direito,
dos portugueses.
Gabarito: B
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47.
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.
Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.
Comentários
A região amazônica foi pouco explorada durante o período colonial e a atividade econômica
predominante foi o extrativismo. A maior preocupação portuguesa na época da construção das
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unidades militares foi garantir a posse da terra em uma região que pertenceu teoricamente aos
espanhóis até 1750, mas nunca foi efetivamente dominada. Apesar da presença de grandes rios, a
pesca nunca foi uma atividade econômica desenvolvida, assim como não havia entre os povos
indígenas a ideia de fronteira.
Gabarito: A
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Gabarito: C
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modernizando Recife, que se converteu num centro urbano repleto de notáveis obras
arquitetônicas, passando a chamar-se Mauritzstadt, ou cidade Maurícia.
Fonte: VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2008. p. 188-189. (adaptado)
A economia colonial portuguesa do nordeste açucareiro constituiu um dos núcleos
fundamentais do mercado mundial em expansão, nos séculos XVI e XVII. As invasões dos
holandeses, o domínio das regiões produtoras e os investimentos feitos atestam essa
importância.
Integram esse contexto histórico, entre outros, os seguintes processos:
I. o domínio da Espanha sobre Portugal durante a denominada “União Ibérica”.
II. as rivalidades entre holandeses e espanhóis na Europa, fruto das lutas para a formação do
Estado Nacional holandês em territórios sob o domínio da monarquia espanhola.
III. a continuidade da produção açucareira, caracterizada como uma economia colonial típica,
voltada para o exterior, com a função de promover a acumulação primitiva do capital.
IV. o enfraquecimento do controle dos senhores sobre seus escravos durante o conflito com
os holandeses, facilitando o aumento das fugas e a ampliação da população dos quilombos,
principalmente o de Palmares.
Está(ão) correta(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
Comentários
As invasões holandesas e o domínio de uma porção do norte do Brasil se insere no contexto da
União Ibérica – quando Portugal esteve submetido a coroa espanhola – e as guerras entre Espanha
e Holanda, uma vez que esta última se rebelou contra o domínio estrangeiro, libertou-se e
promoveu sua independência, tornando-se um Estado livre. No primeiro período de ocupação,
antes da administração de Nassau, os conflitos prejudicaram os fazendeiros e dentre outras
consequências, perderam parte de seus escravos, devido às fugas.
Gabarito: E
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Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela
oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo
como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com
a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia
de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus.
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( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve
como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer
4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte
por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes),
primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os
seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.
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Gabarito: D
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A colonização no Brasil pela coroa portuguesa teve sua origem no sistema de Capitanias
Hereditárias que definiu a propriedade e a posse das terras. No início do século XIX, com a
vinda de imigrantes europeus para o Brasil, estabeleceu-se a Lei de Terras de 1850, com o
intuito de normatizar a propriedade e o seu uso.
Sobre o domínio de terras no Brasil, no contexto das Capitanias Hereditárias e da Lei de 1850,
assinale a alternativa correta.
A) Os donatários eram impedidos pela Coroa Portuguesa de vender suas terras. A Lei de
Terras definiu que as terras públicas poderiam tornar-se propriedade privada somente pela
compra.
B) Os donatários se isentavam da defesa de suas terras, convocando o poder real para fazê-la.
Com a vinda dos imigrantes, a Lei de Terras possibilitou a apropriação aos desprovidos de
recursos.
C) Os recursos empregados pelos donatários viabilizaram o pleno sucesso do modelo das
capitanias. Com a Lei de Terras, expandiu-se o domínio do setor industrial pelo monopólio do
poder econômico.
D) O sistema de capitanias vigorou até o século XIX quando aconteceram as insurreições do
Maranhão e da Bahia. A Lei de Terras impediu que a mão de obra livre pudesse se locomover
para as atividades industriais.
E) A Coroa tinha o direito de confiscar todos os metais preciosos extraídos das capitanias. A
Lei de Terras facilitou a ocupação ilegal e o arrendamento das terras consideradas devolutas.
Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a propriedade e posse de terras no Brasil
entre 1534 com a criação das Capitanias Hereditárias até 1850 com a aprovação da Lei de Terras
no Brasil. No contexto das Capitanias Hereditárias, os donatários não podiam vender as terras, pois
estas pertenciam à Coroa Portuguesa. Assim, os colonos deveriam ocupar e explorar as terras e
pagar impostos à Portugal. A partir de meados do século XIX, o Brasil começou a receber muitos
imigrantes europeus. Desta forma, a elite política aprovou a Lei de Terras em 1850 afirmando que
a posse de terras no Brasil só acontecia através de compra. O objetivo era impedir a ocupação de
terras por parte de imigrantes e pobres em geral e vincular estes trabalhadores à lavoura cafeeira
de exportação. As demais alternativas estão incorretas.
Gabarito: A
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Ali, em 1625 foi construída a redução jesuítica de San Joseph – o termo missão foi adotado
pelos portugueses, enquanto espanhóis e pesquisadores preferem redução
(Jornal de Londrina, 3 mar. 2013. p.21.)
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Comentários
A colonização da América se deu em um contexto mercantilista e absolutista. Surgiram os Estados
Nacionais Modernos Europeus através de uma aliança entre rei e burguesia. Estes Estados
necessitavam de muitos recursos para montar e equipar exército, montar e equipar a marinha bem
como manter a burocracia estatal. Assim a colonização da América tinha como escopo gerar
recursos para a metrópole. O papel da colônia era complementar a economia da metrópole, enviar
matéria prima e produtos tropicais e importar produtos manufaturados da metrópole. As demais
alternativas estão incorretas. Não foram criadas indústrias nas colônias. Havia o pacto colonial no
qual a colônia não tinha autonomia política e econômica, portanto não tinha liberdade para
comercializar.
Gabarito: E
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Para justificar sua contraposição a Fernando Novais, João Pinto Furtado argumenta, entre
outros elementos, que
A) o baixo nível de alfabetização da região impedia, por si só, a expansão do ideal
revolucionário, absolutamente dependente da leitura dos princípios franceses, embora os
Autos de Devassa indiquem o confisco de vários livros nas bibliotecas dos inconfidentes.
B) havia uma crença plantada pelo Conde de Assumar, em 1720, de que o ar de Minas
inspirava revoluções e, por isso, todos os governantes enviados pelo rei para a região eram
negociadores por natureza, contendo, assim, todo ímpeto revolucionário local.
C) manifestações populares nas ruas ao som de “viva o rei, viva o povo e morra o govenador”
eram especificamente contra o governador Barbacena, não contra o rei, porque este aplicava
cegamente as determinações de Lisboa quanto à cobrança dos impostos atrasados.
D) nomes importantes do movimento mineiro, como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio
Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto, almejavam algumas reformas no sistema, mas restritas
à troca de nomes em postos de poder, não alterando os seus pilares.
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Os projetos defendidos pelos inconfidentes podem ser explicados pela conjuntura histórica
de:
A) reafirmação da prática econômica mercantilista e de instauração na metrópole portuguesa
do absolutismo monárquico.
B) avanço dos movimentos socialistas de contestação social e de difusão da concepção de
igualdade natural dos homens.
C) consolidação das independências políticas latino-americanas e de retração das riquezas
proporcionadas pelas exportações agrícolas brasileiras.
D) crítica ao Antigo Regime europeu e de aumento do peso da exploração colonial com o
declínio da produção aurífera.
E) disputas econômicas entre metrópoles coloniais e de guerras permanentes entre
economias industrializadas europeias.
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D) o forte vínculo econômico que aproximava Portugal à Holanda, responsável pelo refino e
pela comercialização de grande parte do açúcar português exportado para a Europa, o que
tornava a guerra direta entre portugueses e holandeses algo incômodo e desinteressante.
E) o receio que tinha Portugal de que a guerra contra a Holanda pudesse insuflar a própria
população contra a dominação portuguesa, acirrando os conflitos entre colônia e metrópole,
e colocando em risco o projeto português de construção de um grande império colonial.
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B) Inconfidência Mineira.
C) Levante de Vila Rica.
D) Guerra Mata Maroto.
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C) O pau-brasil foi um dos primeiros produtos explorados no Brasil, sendo obtido pelos
europeus numa relação de escambo com os nativos.
D) O ciclo da cana-de-açúcar foi fundamental para a criação de um mercado econômico
interno, realizando a ligação comercial entre o litoral e o interior da colônia.
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II. O Forte do Presépio, instalado em 1616, deu origem à cidade de Belém; do Forte de São
José do Rio Negro, fundado em 1669, nasceu Manaus.
III. Os índios, nas Missões, cultivavam a terra e entravam na floresta para colher as drogas do
sertão, tais como: a baunilha, o cacau, o guaraná e a castanha-do-pará. Porém, as Missões
transformaram-se em empreendimentos pouco lucrativos, uma vez que os índios não
gostavam de trabalhar.
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04) Segundo o Tratado de Madri, o território dos Sete Povos das Missões, a leste do rio
Uruguai, na atual região missioneira do estado do Rio Grande do Sul, passaria para o domínio
português.
08) A recusa de parte dos jesuítas e dos índios em abandonar os territórios dos Sete Povos
das Missões levou à “guerra dos guaranis” (ou Guerra Guaranítica).
16) A derrama, imposto sobre a mineração cobrado por Portugal na região de Minas Gerais,
em 1769, financiou as expedições militares organizadas por Portugal e Espanha para lutar
contra os índios guaranis que, orientados pelos jesuítas, tinham a intenção de fundar uma
República Teocrática na região das Missões.
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Dessa guerra, os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados.
Esse episódio ficou conhecido como:
A) Revolução dos Tamoios.
B) Guerra Guaranítica.
C) Inconfidência Mineira.
D) Guerra dos Emboabas.
E) Revolução Farroupilha.
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47.
O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia
amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século
XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de
Madri, apenas em 1750.
História. 114
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Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente,
dominar
A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas.
B) economicamente as grandes rotas comerciais.
C) as fronteiras entre nações indígenas.
D) o escoamento da produção agrícola.
E) o potencial de pesca da região.
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História. 116
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Está(ão) correta(s)
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A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I, II e III.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
Coluna B
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A) Minas Gerais e Bahia se comunicavam ativamente para que seus movimentos ocorressem.
Tanto é verdade que Tiradentes se tornou herói nacional por lutar nas duas revoltas.
B) Tanto a Conjuração Baiana quanto a Inconfidência Mineira foram movimentos burgueses,
com a participação popular quase nula e apenas os mais pobres foram condenados: João de
Deus Nascimento, na Bahia, e Tiradentes, em Minas Gerais.
C) Diferente da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana tinha como proposta o fim da
escravidão e um levante armado imediato.
D) Um dos grandes motivos para que as revoltas ocorressem foi a Independência dos Estados
Unidos. Os revoltosos da Bahia e de Minas Gerais foram em comitiva para o país recém-
independente conseguir apoio para suas revoltas.
E) Os dois movimentos foram sumariamente reprimidos. Os dois líderes, João de Deus
Nascimento e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foram enforcados juntos, lado a
lado, no Rio de Janeiro para servirem de exemplos.
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Sobre o domínio de terras no Brasil, no contexto das Capitanias Hereditárias e da Lei de 1850,
assinale a alternativa correta.
A) Os donatários eram impedidos pela Coroa Portuguesa de vender suas terras. A Lei de
Terras definiu que as terras públicas poderiam tornar-se propriedade privada somente pela
compra.
B) Os donatários se isentavam da defesa de suas terras, convocando o poder real para fazê-la.
Com a vinda dos imigrantes, a Lei de Terras possibilitou a apropriação aos desprovidos de
recursos.
C) Os recursos empregados pelos donatários viabilizaram o pleno sucesso do modelo das
capitanias. Com a Lei de Terras, expandiu-se o domínio do setor industrial pelo monopólio do
poder econômico.
D) O sistema de capitanias vigorou até o século XIX quando aconteceram as insurreições do
Maranhão e da Bahia. A Lei de Terras impediu que a mão de obra livre pudesse se locomover
para as atividades industriais.
E) A Coroa tinha o direito de confiscar todos os metais preciosos extraídos das capitanias. A
Lei de Terras facilitou a ocupação ilegal e o arrendamento das terras consideradas devolutas.
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