64

AULA 01: BRASIL COLÔNIA (PARTE 1).................................................................................66

AULA 02: BRASIL COLÔNIA (PARTE 2).................................................................................69

AULA 03: IMPÉRIO..................................................................................................................73

AULA 04: REPÚBLICA (PARTE 1)...........................................................................................77

AULA 05: REPÚBLICA (PARTE 2)...........................................................................................80

AULA 06: FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILRA............................................................84

AULA 07: ESCRAVIDÃO..........................................................................................................87

AULA 08: OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO.........................................................90

AULA 09: MEMÓRIA E CULTURA...........................................................................................93

AULA 10: DEMOCRACIA E CIDADANIA ................................................................................96

AULA 11: URBANIZAÇÃO.......................................................................................................98

AULA 12: SETORES DA ECONOMIA....................................................................................101

AULA 13: AGRICULTURA NO BRASIL..................................................................................104

AULA 14: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL...................................................................................107

AULA 15:TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO..........................................................................110

AULA 16: FONTES DE ENERGIA..........................................................................................113

AULA 17: DEMOCRACIA E CIDADANIA................................................................................117

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 AULA 01
AULA 01: BRASIL COLÔNIA (PARTE 1)
Humanas
Como consequência das Grandes
Navegações, os portugueses que faziam
parte da esquadra de Pedro Álvares Cabral
chegaram ao território que hoje conhecemos
como Brasil, no dia 22 de abril de 1500. No
dia seguinte, portugueses encontraram um
grupo de 18 indígenas, sendo esse o primei-
ro contato entre eles e nativos brasileiros,
o qual foi pacífico e marcado pela troca de
presentes.
Período Pré-Colonial (1500 - 1530)
Logo após a chegada dos portugueses ao
novo território, a primeira atividade econômi-
ca foi a exploração do pau-brasil. O trabalho
de derrubar árvores e preparar a madeira
para embarque era feito pelos indígenas
e poucos europeus que permaneciam em
feitorias na costa. A exploração do pau-brasil
foi meramente extrativista e não deu origem
a uma ocupação efetiva.
Período Colonial (1530 - 1822)
Com a ameaça da ocupação do território
brasileiro por outros povos, como os france-
ses, a coroa portuguesa decidiu, no início
da década de 1530, dividir o território em 15
capitanias hereditárias. Estas eram imensos
lotes de terra que se estendiam do litoral até
o limite estabelecido pelo Tratado de Tor-
desilhas. Em 1548, foi criado O sistema de
Governo Geral, com o objetivo de organizar
a administração colonial.
Cana-de-açúcar: A partir da fase dos gover-
nos gerais, começou-se o estabelecimento
de uma estrutura econômica um pouco mais
sofisticada, com a montagem dos engenhos
de açúcar e do sistema da plantation (lati-
fúndios, monocultores, mão de obra escrava
e agroexportadores). A ausência de metais
preciosos, o alto valor de mercado do pro-
66
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duto, o clima e solo propícios da região
e o anterior desenvolvimento de técnicas
de plantio nas Ilhas do Atlântico ofereciam
condições favoráveis para a adoção dessa
atividade.
No Brasil Colônia, o engenho era o centro
dinâmico de toda a vida social. Isso possibi-
litava ao “senhor da casa grande” concentrar
em torno de si, grande quantidade de indiví-
duos e ter a autoridade máxima, o prestígio
e o poder local. A mão de obra, a princípio,
era indigena. Estes, no entanto, resistiram
e, além disso, a prática era condenada
pelos jesuítas. A partir de então, donos de
comércios escravizaram negros que vieram
da África nos navios-negreiros. Os jesuítas
reagiram contra a prática de escravidão dos
índios. Porém concordavam com a escravi-
dão dos negros.
No século XVII, os holandeses investiram
o território brasileiro, o que resultou em um
dos maiores conflitos do Brasil Colônia.
Após a expulsão definitiva dos holandeses,
em 1654, eles se instalaram na região das
Antilhas, onde passaram a produzir um
açúcar extremamente competitivo, atingindo
diretamente o comércio portuguê e produ-
zindo uma crise no ciclo do açúcar, que se
somou à descoberta, no final do século XVII,
de ouro.
ANOTAÇÕES
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
 AULA 01
QUESTÂO 1 A Proteção de diversidade natural.
Todo dia é dia de índio
Preconceitos em nossa sociedade nutrem
estereótipos sobre as populações indígeanas. O
resultado é um jeito de enxergar os índios, con-
denando-os a serem “primitivos” ou considerando
que o fato de os nossos contemporâneos usarem
celulares, aparelhos de televisão ou computadores
os torna “menos índios”. Como se mais de 500
anos de contatos entre os índios e a sociedade
não indígena não tivessem consequências e fosse
possível esperar que os atikuns, terenas, xavantes,
baniwas, kaingangs e tantos outros apresentem
comportamentos e cultura material semelhantes
aos de seus ancestrais.
SILVA, G. J. Revista de História da Biblioteca Nacional,
n82, jul. 2012 (adaptado).
O preconceito descrito no texto reforça a
A separação de tribos locais.
B exclusão de grupos minoritários.
C preservação das identidades regionais.
D valorização das inovações tecnológicas.
QUESTÂO 2 e ser alforriado.
A ocupação da costa brasileira foi mar-
cada pela condição de área de defesa, com
o estabelecimento de fortes marcando as pri-
meiras instalações, seguida das atividades
de extração do pau-brasil e da cultura de ca-
na-de-açúcar.
IBGE. Atlas das representações literárias de regiões brasileiras.
Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
Essas atividades contribuíram para qual aspec-
to do povoamento do território brasileiro?
Humanas
B Fixação dos colonizadores europeus.
C Valorização das populações nativas.
D Consolidação da soberania nacional.
QUESTÂO 3
Muitos aspiram à condição de senhor
de engenho, porque se trata de um título que
traz consigo a possibilidade de ser servido,
obedecido e respeitado.
ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil.
Belo Horizonte-São Paulo: Itatiaia-Edusp, 1982 (adaptado).
Quanto à organização da sociedade colonial
brasileira, para ocupar a posição social des-
crita, era necessário
A exercer condição social privilegiada a ser
jesuíta.
B realizar função eminentemente provedora
e ser nobre.
C desenvolver atividade comercial rentável
e ser mascate.
D conquistar situação econômica diferenciada
QUESTÂO 4
O açúcar e suas técnicas de produ-
ção foram levados à Europa pelos árabes no
século VIII, durante a Idade Média, mas foi
principalmente a partir das Cruzadas (sécu-
los XI e XIII) que a sua procura foi aumen-
tando. Nessa época passou a ser importado
do Oriente Médio e produzido em pequena
escala no sul da Itália, mas continuou a ser
um produto de luxo, extremamente caro,
67
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 AULA 01

chegando a figurar nos dotes de princesas C foi marcada por uma sociedade dominada
Humanas

casadoiras. pelos senhores de engenho, escravocrata

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). e permeada de religiosidades.
São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema D propiciou uma colonização urbana e a

Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por produção focava o mercado interno.
Portugal para dar início à colonização brasi-
leira, em virtude de: ANOTAÇÕES

A O lucro obtido com o seu comércio seria

________________________
muito vantajoso. ________________________
B os africanos dominavam as técnicas de
________________________
cultivo desse produto. ________________________
C o mercado interno brasileiro era bom para ________________________
a venda do produto. ________________________
as feitorias no continente africano facilitam a ________________________
D comercialização do produto.
________________________
QUESTÂO 5
________________________
________________________
A cana-de-açúcar tornou-se a grande
riqueza do Brasil colonial dos séculos XVI e ________________________
XVII. Suas primeiras mudas foram plantadas ________________________
em São Vicente, atual estado de São Paulo,
e depois em outras regiões do Brasil, mas foi
________________________
no nordeste, onde atualmente se localizam os ________________________
estados da Bahia e Pernambuco, que a cana-
-de-açúcar teve melhor adaptação, devido ao
________________________
clima. ________________________
disponivel em: l2fsistemasweb.com.br
________________________
Sobre a produção citada no texto, no Brasil, ________________________
é correto afirmar que: ________________________
A tinha como base mão de obra escrava e ________________________
como foco o mercado interno.
________________________
B propiciou uma colonização urbana e do-
minada pelos senhores de engenho.
________________________

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 AULA 02
AULA 02: Brasil Colônia (PARTE 2)
Período Colonial (1530 - 1822)
Mineração: No fim do século e início do XVIII,
as bandeiras começaram a achar ouro em
quantidades significativas no interior da co-
lônia, especificamente nas regiões de Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso.
A exploração do ouro em Minas desencadeou
uma grande onda migratória de portugueses
e de pessoas de outras regiões da colônia
no século XVII. A densidade populacional au-
mentou nesta região. Mais uma vez, os es-
cravos africanos foram fundamentais nesse
processo, eram encarregados do trabalho
braçal e passaram a compor a base da socie-
dade mineradora.
Além da formação de uma nova composi-
ção social, houve também um novo sistema
de fiscalização, desenvolvido pela Coroa
Portuguesa especialmente para a atividade
mineradora. Portugal passou a exercer um
controle mais rígido sobre a arrecadação de
impostos e as atividades econômicas, cau-
sando descontentamento
com a política econômica da metrópole fa-
zendo surgir algumas revoltas, entre elas:
•Revolta de Beckman (1684), no Maranhão
•Guerra dos Emboabas (1708-1709), em Minas Gerais
•Guerra dos Mascates (1710), em Pernambuco
•Inconfidência Mineira (1789)
•Conjuração Baiana (1798).
Vinda da Família Real para o Brasil: A corte
portuguesa resolveu mudar-se para o Brasil,
no fim de 1807, para fugir das tropas napole-
ônicas que invadiram Portugal em represália
pelo país ter furado o Bloqueio Continental.
Essa mudança resultou em transformações
Humanas
profundas nas áreas cultural, comercial e
econômica, e deu abertura para um proces-
so político que resultou na independência da
colônia.
Processo de independência: Com a Re-
volução Liberal do Porto em Portugal o rei
passou a ser ameaçado de ser destituído do
trono se não retornasse, e, assim, acabou
retornando para Portugal, em 26 de abril de
1821. Seu filho, Pedro de Alcântara, foi dei-
xado no Rio de Janeiro como príncipe regen-
te do Brasil.
A independência do Brasil aconteceu na me-
dida em que a elite brasileira percebeu que
com a volta do rei D. João V, o desejo dos
portugueses era restabelecer os laços co-
loniais. Quando os portugueses exigiram o
retorno de D. Pedro, os brasileiros reagiram
e criaram o Clube da Resistência, que en-
tregou um documento a D. Pedro exigindo a
sua permanência e como resposta no dia 9
de janeiro de 1822, o príncipe regente decla-
rou que ficaria no Brasil (Dia do Fico).
Em seguida, uma série de decisões só piorou
a relação entre Portugal e Brasil. Em maio,
ficou decretado o Cumpra-se, que determi-
nava que as leis decretadas em Portugal só
valeriam no Brasil com a aprovação pessoal
de D. Pedro. No dia 28 de agosto de 1822,
notícias chegaram de Portugal. Essas, na
verdade, eram ordens, e as Cortes portugue-
sas exigiam o retorno imediato de D. Pedro
para a metrópole. Nessas ordens também
estava incluída a revogação de uma série
de medidas em vigência no Brasil e classifi-
cadas pelos portugueses como “privilégios”.
As ordens foram lidas por D. Maria
69
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 AULA 02
Leopoldina, que convocou uma sessão extra-
Humanas
ordinária em 2 de setembro de 1822 e nela
assinou uma declaração de independência.
Então organizou uma mensagem e enviou-a
para D. Pedro, que estava em São Paulo. D.
Pedro estava próximo ao Rio Ipiranga e, de
acordo com a história oficial, deu o grito da in-
dependência no dia 7 de setembro, após ficar
sabendo da situação.
ANOTAÇÕES
__________________________
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__________________________
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__________________________
 AULA 02

QUESTÂO 1 O movimento presente no texto e a criação

extensiva do gado, no período colonial, con-
Esperada desde o início das atividades tribuíram para o(a):
exploratórias sob terras brasileiras, a descoberta
de metais preciosos pela administração colonial A desenvolvimento da cana-de-açúcar.
portuguesa só aconteceu no fim do século XVII.
O anúncio dessa nova atividade de exploração B ampliação territorial do Brasil.
inaugurou uma nova fase da história do Brasil
C manutenção do Tratado de Tordesilhas.
colonial. Desde então, a chegada dos portugue-
ses atraídos pelo ouro e pela prata motivou um D fixação do homem no litoral brasileiro.
processo de povoamento das regiões interiora-
nas no país.
QUESTÂO 3
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/
economia-mineradora.htm
“... quando o príncipe regente português,
No século XVIII a atividade econômica presente
D. João, chegou de malas e bagagens para residir
no texto provocou muitas transformações na
no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade
colônia. Entre elas podemos destacar:
do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarna-
A a urbanização da Amazônia e o início da ção do rei (...) que aqui desembarcava. D. João
produção do tabaco não precisou, porém, caminhar muito para alo-
jar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o
B a introdução do tráfico africano e o fim das
relações com a Inglaterra. Palácio dos Vice-Reis”.
(Lilia Schwarcz. As Barbas do Imperador.)

C a preservação da população indígena e a Esse acontecimento pode ser resumido

introdução da mão-de-obra de operários como:
europeus.
A vontade da família real de conhecer me-
D o aumento da produção de alimentos e a lhor suas colônias.
mudança do eixo econômico para sudeste.
B inversão da relação entre metrópole e
colônia, já que a sede política do império
QUESTÂO 2
passava do centro para a periferia.
“As expedições denominadas entradas
e bandeiras tiveram como objetivo a captura de C necessidade de vir ao Brasil resolver os
índios para o trabalho escravo e a procura por conflitos no país.
metais preciosos, como ouro, prata e diamante. D imposição do comércio inglês, pois facili-
Logo após a crise do açúcar, iniciada em me- taria o comércio.
ados do século XVI, tanto a Coroa portuguesa
como particulares organizaram expedições para
explorar outros tipos de riqueza no interior da co-
lônia.”
disponivel em:https://brasilescola.uol.com.br/historiab/
entradas-bandeiras.htm
71
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 AULA 02

QUESTÂO 4 correto afirmar que:

Humanas

Observe atentamente o quadro de Pedro A resultou de um processo político com partici-

Américo, “Independência ou Morte”. pação somente dos grandes proprietários de
terras.

B girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de

garantir a unidade do país.

C proporcionou mudanças radicais na estrutura

de produção para beneficiar as elites.

D continuou a produção a atender às exigências

do mercado interno.

ANOTAÇÕES
Assinale a alternativa correta sobre esta obra: __________________________
A A pintura exalta a figura de Dom Pedro I
__________________________
que deu o grito da independência no dia 7
de setembro de 1822. __________________________
B A pintura não retrata a realidade, pois a
__________________________
independência não foi feita por D. Pedro I. __________________________
C A obra não tem nenhuma importância na __________________________
construção do imaginário brasileiro. __________________________
D A pintura é extremamente fantasiosa, pois __________________________
o dito fato, na realidade, não ocorreu.
__________________________
QUESTÂO 5
__________________________
__________________________
A independência política brasileira (7 de
setembro de 1822) foi resultado de um acordo __________________________
entre as elites dominantes, caracterizando-se pela __________________________
manutenção da forma de governo (monarquia),
da base produtiva (escravismo - monocultura - la-
__________________________
tifúndio) e pela vinculação do Brasil à esfera de __________________________
influência da Inglaterra, principal potência industrial __________________________
da época.
Sobre o processo apresentado no texto, é __________________________
__________________________

72
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 AULA 03

AULA 03: IMPÉRIO

Humanas
Primeiro Reinado (1822 - 1831): Com a in- governo no comando do Brasil. Pressionado
dependência, determinadas regiões do país por diversos grupos insatisfeitos, D. Pedro I
permaneceram fiéis a Portugal e fizeram opo- renunciou ao trono em 1831, em favor de seu
sição ao processo de independência do Bra- filho, e retornou para Portugal.
sil. Ao saber dos movimentos contrários ao
seu governo, Dom Pedro I ordenou a aqui- Período Regencial (1831- 1840): Regentes
sição de navios e a contratação de militares. eleitos governaram o Brasil durante o Perío-
A partir daí, diversas tropas foram organiza- do Regencial, fase que ficou marcada pela
das com o objetivo de consolidar os territó- instabilidade, disputas entre os parlamenta-
rios e a supremacia política do novo país e os res brasileiros e por rebeliões provinciais. Ao
conflitos foram encerrados. Porém, o reco- longo desse período, aconteceram rebeliões
nhecimento por parte de Portugal só foi for- como:
malizado em 1825 por meio de negociações
•Cabanagem
mediadas pela Inglaterra e o pagamento de
•Balaiada
uma indenização.
•Sabinada
•Revolta dos Malês
No início de 1823, D. Pedro I deu início à for-
•Revolução Farroupilha.
mação de uma Assembleia Constituinte para
a elaboração de uma Constituição para o
Como alternativa para resolver a instabilida-
país. Entretanto, com as rivalidades políticas
de no país, os políticos brasileiros antecipa-
na assembleia e por não concordar com os
ram a maioridade de Pedro de Alcântara para
termos que limitavam seus poderes, o impe-
que ele pudesse ser coroado imperador do
rador resolve dissolver a assembleia, em no-
Brasil com 14 anos de idade em 1840 (Golpe
vembro de 1823. Esse episódio ficou conhe-
da Maioridade).
cido como Noite da Agonia. A versão final da
Constituição de 1824 foi outorgada no dia 24
Segundo Reinado (1840 - 1889): O Segun-
de março e possuía um caráter centralizador.
do Reinado é o momento em que o Brasil se
Em resposta à nova constituição, no Nordes-
consolida como nação.O regime político do
te do país, mais especificamente na Província
país era a monarquia parlamentarista, onde
de Pernambuco, iniciou-se um movimento re-
o Imperador escolhia o Presidente do Conse-
voltoso exigindo mais autonomia em relação
lho (equivalente ao cargo de primeiro-minis-
ao Império, mas foi duramente reprimido pelo
tro) e os dois partidos que atuaram na política
governo central.
brasileira nesse período formaram-se duran-
te o Período Regencial e eram conhecidos
Seu governo também foi marcado por deci-
como Partido Conservador e Partido Liberal.
sões equivocadas, como a Guerra da Cispla-
tina, que destruiu nossa economia, levando
No plano econômico, o café se tornou o pro-
ao fechamento do Banco do Brasil, e por
duto mais exportado pelo Brasil. O que fez o
rebeliões, que demonstravam a fraqueza do

73
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 AULA 03
Brasil se encontra num dilema, pois a produ-
Humanas
ção dependia da mão-de-obra escrava e os
movimentos abolicionistas estavam ganhan-
do destaque na sociedade. No entanto, a eli-
te cafeeira se opunha, pois isso acarretaria
perdas econômicas. Com a Lei Áurea (1988)
a escravidão foi abolida a elite escravocata se
tornou forte oposição ao governo de D. Pe-
dro II. Outro fato marcante desse período é a
Guerra do Paraguai, o Paraguai foi derrotado
e o Exército se viu fortalecido após o conflito,
passando a reivindicar mais espaço na políti-
ca nacional.
O desgaste do governo devido ao desconten-
tamento da elite política e econômica do país
levou ao fim do Segundo Reinado. O grupo
que teve maior envolvimento com esse fim
foi o Exército. Assim, em 15 de novembro de
1889, o marechal Deodoro da Fonseca pro-
clamou a República no Brasil.
ANOTAÇÕES
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 AULA 03

Humanas
QUESTÂO 1 ao governo, e o confronto entre os dois gru-
pos ocorreu na noite de 11 de março de 1831.
D. Pedro I decide abdicar do trono em 7 Ressalta-se que os brasileiros saíram vitoriosos
de abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro do confronto contra os portugueses por estarem
de Alcântara. No bilhete de sua abdicação está em maior quantidade, e a pressão levou à abdi-
escrito: “Usando do direito que a Constituição me cação de D. Pedro I.
concede, declaro que, hei mui voluntariamente, Disponivel em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/
abdicado na pessoa do meu muito amado e pre- a-noite-das-garrafadas.htm

zado filho, o sr. D. Pedro de Alcantara. Boa Vista,

Esse que episódio ficou marcado pela quebra
sete de abril de mil oitocentos e trinta e um, déci-
de garrafas e de luminárias recebe qual nome?
mo da Independência e do Império. Pedro.”
disponivel em: https://brasilescola.uol.com.br/ A Embates políticos na Corte
historiab/abdicacao-dom-pedro-i.htm
B Noite do Quebra-quebra
Entre as causas da abdicação do trono por
parte de D. Pedro I, está: C Noite das Garrafadas

A União Ibérica, entre Portugal e Espanha. D Conflitos luso-brasileiros

B a crise financeira de 1829, que ocasionou QUESTÂO 3

o fechamento do Banco do Brasil.
Durante o período regencial as re-
C a crise de legitimidade pelo não uso do voltas provinciais lutavam contra a estrutura
Poder Moderador. centralizada do poder político, buscando mais
autonomia para as províncias. Entretanto,
D o processo de Impeachment protocolado
por senadores da época. essas revoltas iam contra os interesses da
antiga oligarquia brasileira, que via no poder
centralizado do Império a garantia de seus
QUESTÂO 2
privilégios.
“Em busca da recuperação da popula-
ridade e do apoio brasileiro, Dom Pedro I saiu O periodo citado no texto, tem como principal
do Rio de Janeiro e seguiu para a cidade minei- características:
ra de Ouro Preto. Ao chegar lá, o imperador foi A A unidade territorial do país.
recebido com hostilidade pelos moradores e
políticos locais. Nas sacadas dos casarões histó- B O fim da escravidão no Brasil.
ricos, foram colocadas faixas pretas representando
luto em protesto contra as ações autoritárias C A instabilidade causada pelas revoltas.
do imperador. Para compensar a visita hos- D A perda de território no Sul do país.
til em Minas Gerais, os portugueses simpáti-
cos ao imperador organizaram uma recepção
calorosa no Rio de Janeiro para recebê-lo. Isso
causou indignação entre os brasileiros contrários

75
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 AULA 03

QUESTÂO 4
Texto II:
Humanas

O Período Regencial (1831-1840) foi mar-
cado por várias mudanças políticas. Nesse
contexto, a instabilidade política acendeu as
discussões sobre a antecipação da maiori-
dade de Dom Pedro II. Em maio de 1840, a
Câmara aprovou a lei que garantia a anteci-
pação da coroação de Dom Pedro II. No dia
23 de junho do mesmo ano, inaugurava-se o
Segundo Reinado, com a coroação de Dom
Pedro II.
diponivel em: https://brasilescola.uol.com.br/
historiab/o-golpe-maioridade.htm
O episódio que marcou o início do Segundo
Reinado no Brasil foi
A Noite das Garrafadas
B a Abdicação de Dom Pedro I
C o Golpe da Maioridade
D a Confederação do Equador
QUESTÂO 5 mento patriótico
Texto I:
Com seu manto real em verde e amarelo, as
cores da casa dos Habsburgo e Bragança,
mas que lembravam também os tons da na-
tureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas
representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente,
com o cabeção de penas de papo de tucano
em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado
imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão
tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco,
coroado como um César em meio a coqueiros
e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinô-
nimo da nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um mo-
narca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).
No Segundo Reinado, a Monarquia brasilei-
ra recorreu ao simbolismo de determinadas
figuras e alegorias. A análise da imagem e do
texto revela que o objetivo de tal estratégia
era
A exaltar a imagem do imperador e o senti-
B valorizar a mestiçagem brasileira

C valorizar a memória portuguesa

D exaltar os a ligação com portugal e o pro-

cesso de colonização

Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa

com louros o monarca.

76
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 AULA 04

AULA 04: REPÚBLICA (PARTE 1)

Humanas
República: é uma palavra que descreve uma além do café resultaram em conflitos por di-
forma de governo em que o Chefe de Estado ferentes regiões do Brasil:
é eleito pelos representantes dos cidadãos ou
•Guerra de Canudos,
pelos próprios cidadãos, e exerce a sua fun-
•Revolta da Armada
ção durante um tempo limitado. Esta palavra
•Guerra do Contestado
deriva do latim res publica, expressão que
•Revolta da Vacina
pode ser traduzida como “assunto público”.
•Revolta da Chibata
•Movimento tenentista
Primeira República (1889 - 1930): A Primei-
•Movimento dos trabalhadores
ra República, além de República Velha, é muito
conhecida também como República Oligárquica.
Somado aos conflitos, as eleições de 1930
As oligarquias eram forças políticas que baseavam
levaram ao fim da Primeira República. O pre-
o seu poder em suas posses de terra. Esse período
sidente Washington Luís resolveu romper com
teve como marca as políticas que sustentavam as
a Política Café e em vez de lançar um candi-
estruturas no âmbito político do Brasil, a política
dato mineiro optou por lançar Júlio Prestes,
dos governadores e a política do café com leite.
candidato paulista. Isso desagradou profunda-
mente a oligarquia mineira que lançou Getúlio
Na Constituição de 1891 a República rompe
Vargas como candidato presidencial. Getúlio
de vez com a dinâmica de Estado Imperial.
Vargas foi derrotado e a desculpa utilizada
Ao definir o Estado como laico, deu fim ao Pa-
pela chapa de Vargas para iniciar uma revolta
droado e à união de Estado e Igreja Católi-
armada contra o governo foi o assassinato de
ca e definir separação tripartidária do Poder,
João Pessoa, vice-presidente de Vargas.
excluindo a mediação Imperial, que era exercida
por meio do Poder Moderador.
A revolta contra o governo, nomeada como
Revolução de 1930, resultou na deposição
Economicamente o Brasil se tornou dependen-
de Washington Luís da presidência. Júlio
te do café. No começo do século XX, os culti-
Prestes foi impedido de assumir a presidência
vadores começaram a aumentar a quantidade
do país. Em novembro do mesmo ano, Getúlio
de café produzida, o que acarretou a queda do
Vargas foi empossado como presidente provi-
preço desse produto, uma vez que o mercado
sório do país.
ficou abarrotado com a mercadoria. Visando
ANOTAÇÕES
a defender seus interesses, os cafeicultores __________________________
reuniram-se no Convênio de Taubaté que de-
cidiu que o governo brasileiro compraria o ex- __________________________
cedente de sacas de café com o objetivo de __________________________
controlar o preço desse produto no mercado
internacional. __________________________
__________________________
As tensões sociais causadas pela falta de
investimento do governo em outros setores
__________________________

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 AULA 04
Humanas
QUESTÂO 1 usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz
A Revolta da Vacina (1904) mostrou cla-
ramente o aspecto defensivo, desorganizado,
fragmentado da ação popular. Não se negava
o Estado, não se reivindicava participação nas
decisões políticas; defendiam-se valores e direitos
considerados acima da intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que
não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta,
na medida em que a ação popular questionava:
A alta de preços
B a política clientelista
C as reformas urbanas
D as práticas eleitorais.
QUESTÂO 2
TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único
em toda a história, resistiu até o esgotamento
completo. Vencido palmo a palmo, na precisão
integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer,
quando caíram os seus últimos defensores, que
todos morreram. Eram quatro apenas: um ve-
lho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil solda-
dos.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francis-
co Alves, 1987.
TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, per-
maneciam quatro fanáticos sobreviventes do
extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e
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de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um
caboclo. Ao serem intimados para deporem as
armas, investiram com enorme fúria. Assim es-
tava terminada e de maneira tão trágica a san-
guinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo
traziam acesa por longos meses, naquele re-
canto do território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos
fazem uso de representações que se perpetu-
ariam na memória construída sobre o conflito.
Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude
dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
A manipulação e incompetência.
B hesitação e obstinação.
C esperança e valentia.
D bravura e loucura.
QUESTÂO 3
Nas palavras das historiadoras Lília
Schwarcz e Heloísa Starling, havia determi-
nada política, iniciada por Campos Sales no
Brasil, que “reconhecia a plena autonomia
das elites regionais, fazia vista grossa aos es-
bulhos cometidos por essas elites para eleger
as bancadas e o governo estadual, acenava
com benesses do Tesouro e apresentava a
fatura: as unidades da federação deveriam
agir coesas e em consonância com o poder
central”.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma
Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 321.
 AULA 04
As historiadoras mencionavam a que prática
da nossa política:
A Política do café com leite
B Política dos governadores
C Política das minorias
D Política de contenção
QUESTÂO 4 estrangeirismo da fórmula implantada em 1889.
O coronelismo era fruto de alteração
na relação de forças entre os proprietários ru-
rais e o governo, e significava o fortalecimento
do poder do Estado antes que o predomínio
do coronel. Nessa concepção, o coronelismo
é, então, um sistema político nacional, com
base em barganhas entre o governo e os co-
ronéis. O coronel tem o controle dos cargos
públicos, desde o delegado de polícia até a
professora primária. O coronel hipoteca seu
apoio ao governo, sobretudo na forma de
voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).
No contexto da Primeira República no Brasil,
as relações políticas descritas só era possível
através
A do voto do cabresto
B da coação das milícias nacionais.
C da estagnação da dinâmica urbana.
D de valorização do proselitismo partidário
QUESTÂO 5
Humanas
É difícil encontrar um texto sobre a
Proclamação da República no Brasil que não
cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário
Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu
àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pe-
los enaltecedores da Revolução de 1930, que
não descuidaram da forma republicana, mas
realçaram a exclusão social, o militarismo e o
Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido
em 1930.
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e cientí-
fica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma
determinada memória sobre a Proclamação
da República no Brasil teve, na Revolução de
1930, um de seus momentos mais importantes.
Os defensores da Revolução de 1930 procuraram
construir uma visão negativa para os eventos de
1889, porque esta era uma maneira de:
A valorizar as propostas políticas democráti-
cas e liberais vitoriosas.
B resgatar simbolicamente as figuras políticas
ligadas à Monarquia.
C criticar a política educacional adotada du-
rante a República Velha.
D legitimar a ordem política inaugurada com a
chegada desse grupo ao poder.
79
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 AULA 05
AULA 05: REPÚBLICA (PARTE 2)
Humanas
Era Vargas (1930-1945): Teve início em 1930
com a Revolução de que expulsou a oligarquia
cafeeira do poder e é dividida em:
•Governo Provisório (1930-1934): Getúlio
Vargas centralizou o poder e eliminou os órgãos
legislativos. Em oposição às ações de Vargas,
opositores exigiram a elaboração de uma As-
sembleia Constituinte, originando a chamada
Revolução Constitucionalista de 1932. Vargas
derrotou as forças oposicionistas e, em 1934,
promulgou uma nova Constituição.
•Governo Constitucional ou Presidencial
(1934-1937): no segundo mandato, Getúlio
Vargas manteve a centralização do poder, per-
seguiu seus oponentes e desarticulou o movi-
mento comunista brasileiro, cancelou uma elei-
ção prevista para 1937, anulou a Constituição
de 1934, acabou com o Poder Legislativo e
passou a governar com amplos poderes, dando
início ao chamado Estado Novo.
•Estado Novo (Regime Ditatorial de 1937-
1945): durante a ditadura de Vargas ele impôs
a censura aos meios de comunicação, reprimiu
a atividade política, perseguiu e prendeu seus
inimigos políticos. Também nesse período Var-
gas criou a CLT (Consolidação das Leis do Tra-
balho) e publicou os Códigos Penal.
República Populista (1945-1964): Essa fase
do Brasil república começou com a posse de
Eurico Gaspar Dutra. Em 18 de setembro de
1946 foi promulgada a quinta Constituição bra-
sileira. Marcada por fortes tensões políticas e
pela política desenvolvimentista, durante a Re-
pública Populista, o Brasil foi governado por:
80
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•Eurico Gaspar Dutra (1946-1951);
•Getúlio Vargas (1951-1954);
•Café Filho (1954-1955); Carlos Luz (1955);
•Nereu Ramos (1955-1956);
•Juscelino Kubitschek (1956-1960);
•Jânio Quadros (1961);
•João Goulart (1961-1964).
Em 1º de 1964, o Golpe Civil-Militar colocou fim
à fase democrática do Brasil, dando início à Di-
tadura Militar.
Ditadura Militar (1964-1985): Durante esse
período os militares cassaram mandatos po-
líticos, retiraram a estabilidade de funcionários
públicos, suspenderam direitos políticos dos
cidadãos, ampliaram a repressão e intensifica-
ram a censura. Durante 21 anos, o Brasil foi
governado por militares que estabeleceram um
regime totalitário e centralizador. Após anos de
censura e repressão, em 1982, a sociedade
brasileira começou a organizar a campanha
das Diretas já, para realização de eleições para
a Presidência da República. Em 15 de janei-
ro de 1985, Tancredo foi eleito Presidente pelo
Congresso Nacional.
Os presidentes desse período foram:
•Marechal Castelo Branco (1964-1967);
•General Costa e Silva (1967-1969);
•General Médici (1969-1974);
•General Ernesto Geisel (1974-1979);
•General Figueiredo (1979-1985).
Nova República (1985 - hoje): Esse período
do Brasil República marcou a democratização
política com a promulgação da Constituição
de 1988. A eleição de Tancredo Neves (1910-
1985) iniciou uma nova fase da história republi
 AULA 05
cana, no entanto, Tancredo não chegou a exer-
cer o cargo. A doença e a morte de Tancredo
abalaram o país. Com a morte de Tancredo,
assumiu a Presidência, em caráter definitivo, o
vice José Sarney. Se sucederam no poder:
•Fernando Collor
•Itamar Franco
•Fernando Henrique Cardoso
•Luiz Inácio Lula da Silva
•Dilma Rousseff
•Michel Temer
•Jair Bolsonaro
ANOTAÇÕES
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Humanas
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 AULA 05
Humanas

QUESTÂO 1

Observe a imagem.

Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o intuito de
A destacar a sabedoria e carisma do líder C promover o desenvolvimento consistente
governamental. das atitudes solidárias.

B atender a necessidade familiar de obedi- D estimular o interesse acadêmico por meio

ência infantil. de exercícios intelectuais.

QUESTÂO 2

O fim da guerra em 1945 coincidiu com a volta
ao regime democrático, que vigorou até 1964.
Foi um período de grandes mobilizações po-
pulares, com o retorno de Vargas ao poder, o
governo desenvolvimentista de Juscelino Ku-
bitschek, a renúncia de Jânio Quadros e o go-
verno reformista de João Goulart, que culminou
no golpe de 1964.
A autora faz um breve resumo da história do
Brasil no período que se estende de 1945 a
1964, em que se distinguem, sobretudo,
A Os fatores de estabilidade política e social.
B As causas do atraso da economia brasileira.
C As ausências de propostas governamentais.

(Emília Viotti da Costa. Brasil: história, textos e contextos, 2015.) D Pelos governos populistas.

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 AULA 05
QUESTÂO 3
Ato Institucional nº 5
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas
corpus, nos casos de crimes políticos, contra
a segurança nacional, a ordem econômica e
social e a economia popular.
Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação
judicial todos os atos praticados de acordo
com este Ato Institucional e seus Atos Com-
plementares, bem como os respectivos efei-
tos.
Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo
militar procurou limitar a atuação do poder ju-
diciário, porque isso significava
A a substituição da Constituição de 1967
B o início do processo de liberdade política
C a garantia do fim da censura
D o aumentando o autoritarismo e da censura
QUESTÂO 4
Em 2 de março de 1983, o deputado Dante
de Oliveira (PMDB-MT) apresentou ao Congresso
Nacional proposta de emenda à Constituição pre-
vendo o restabelecimento de eleições diretas para
a Presidência da República em dezembro do ano
seguinte. Em abril, o PMDB lançou oficialmente a
campanha nacional de apoio à emenda, com o slo-
gan que ganharia as ruas: “Diretas já”.
Disponível em: https://memoriaglobo.globo.com/erros/
diretas-ja/noticia/diretas-ja.ghtml
A Campanha das “Diretas-Já” foi um episódio mar-
Humanas
cante ocorrido na década de 1980, constituindo um
dos significativos momentos do processo histórico
brasileiro conhecido como:
A autoritarismo
B coligação
C redemocratização
D militarização
QUESTÂO 5
No dia 1º de julho de 1994 começaram,
oficialmente, a circular as cédulas e moedas
do Real. Era uma sexta-feira, o presidente
da República era Itamar Franco, o ministro
da Fazenda era Rubens Ricupero. Fernando
Henrique Cardoso, político que mais colheria
os frutos do bem-sucedido plano, já havia dei-
xado o comando da Fazenda e se preparava
para a campanha presidencial que começaria
oficialmente dois dias depois.
Disponivel em:
https://www.nexojornal.com.br/explicado/2019/06/30/O-que-foi-o-
-Plano-Real-e-como-ele-controlou-a-hiperinfla%C3%A7%C3%A3o
Muitos foram os planos de estabilização im-
plantados a partir da década de 80 no Brasil,
com o objetivo de debelar o processo infla-
cionário. Assinale a alternativa que apresenta
corretamente o plano apresentado no texto
A Plano Collor
B Plano Cruzado
C Plano Bresser
D Plano Real
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 AULA 06
FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Humanas
O povo brasileiro é resultado da miscigenação
de vários povos.
Indígenas: Antes do descobrimento do Brasil, o
território já era habitado por povos nativos que
se dividiam em diversos grupos entre os prin-
cipais estão: Karajá, Bororo, Kaigang e Yano-
mani. Estima-se que a população desses índios
era de quase 5 milhões de pessoas.
Portugueses: Os portugueses chegaram em
1500 com a intenção de explorar a nossa terra.
Introduziram novos conceitos de sociedade, eco-
nomia e religião, muito diferentes aos costumes
indígenas.
Holandeses: Igualmente, durante o período co-
lonial, devido ao interesse na produção açuca-
reira os holandeses vieram para o Brasil e se
instalaram especialmente em Pernambuco.
Africanos: Os africanos foram trazidos, involun-
tariamente, para serem utilizados como mão-
-de-obra escrava.Vindos de diferentes partes
do continente africano, cada indivíduo trouxe
seu idioma, sua fé e suas habilidades. Desta
maneira, este saber foi se disseminando tanto
nas fazendas onde trabalhavam como nos qui-
lombos, que eram espaços de liberdade.
Imigrantes séc. XIX e XX: Por volta do século
XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada
de um grande número de imigrantes europeus
e também asiáticos. Na primeira metade do sé-
culo XX, pelo menos quatro milhões de imigran-
tes desembarcaram no Brasil. Desta maneira,
levas de italianos, alemães, suíços, poloneses,
espanhóis, árabes e japoneses vieram ao Brasil.
Com o passar do tempo e com o contado de to-
84
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dos esses povos, culturas e etnias, o resultado
só poderia ser uma miscigenação, a qual pro-
moveu uma grande riqueza cultural. Por esse
motivo, encontramos inúmeras manifestações
culturais, costumes, pratos típicos, entre outros
aspectos.
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
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__________________________
 AULA 06
QUESTÂO 1 A manutenção da organização familiar.
Uma população, com origem comum,
sustentou a economia do país durante vários
anos por meio de seu trabalho, embora tenha
sido trazida à força para o Brasil . Boa parte de
nossa cultura, práticas sociais, religiões, tra-
dições e costumes está associada a valores
oriundos desse povo.
O fragmento acima faz referência a que elemen-
to étnico constituinte da população brasileira?
A Imigrantes árabes.
B Africanos
C Imigrantes japoneses.
D Indígenas.
QUESTÂO 2
O índio era o único elemento então dis-
ponível para ajudar o colonizador como agricul-
tor, pescador, guia, conhecedor da natureza tro-
pical e, para tudo isso, deveria ser tratado como
gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na
medida do possível. A discussão religiosa e jurí-
dica em torno dos limites da liberdade dos índios
se confundiu com uma disputa entre jesuítas e
colonos. Os padres se apresentavam como de-
fensores da liberdade e para facilitar a comuni-
cação aprenderam a língua nativa.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999
(adaptado).
Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas busca-
ram a conversão dos indígenas ao catolicismo.
Essa aproximação dos jesuítas em relação ao
mundo indígena foi mediada pela
Humanas
B valorização dos líderes religiosos indíge-
nas.
C preservação do costume das moradias
coletivas.
D comunicação pela língua geral baseada
no tupi.
QUESTÂO 3
Foi, porém, na virada do século XIX
para o século XX que ocorreu o ápice do flu-
xo migratório (maior fluxo imigratório já vivido
pelo país). Isto se deu por uma conjunção de
fatores internos e externos.
Disponivel em: https://www.infoescola.com/historia/
imigracao-para-o-brasil-nos-seculos-xix-e-xx/
Um dos fatores que contribuiu para o fato
apontado no texto foi:
A o fim da escravidão e a necessidade de
mão-de-obra nas lavouras de café.
B a mudança econômica no brasil no século
XIX, tornando o país uma potência indus-
trial.
C o incentivo do governo na vinda de trabalha-
dores apenas para o setor industrial.
D o investimento das autoridades para a vinda
somente de trabalhadores japoneses.
85
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 AULA 06

QUESTÂO 4 A defesa do patriotismo e rejeição ao hibridismo.

Humanas

Brasil se torna destino de novos imigrantes B universalização de direitos e respeito à di-

versidade.
[…] Além de atrair cada vez mais imigrantes
de países vizinhos e executivos europeus e ameri- C segregação do território e estímulo ao auto-
canos que fogem da crise econômica, o Brasil tem governo.
assistido a um aumento expressivo na chegada de
migrantes e refugiados de nacionalidades que tra- D políticas de compensação e homogeneiza-
ção do idioma.
dicionalmente não migram ao país.[...]
BBC Brasil, 26 jan. 2012. Disponível em: <bbc.co>. Adaptado. ANOTAÇÕES
__________________________
O crescimento do número de estrangeiros no país,
conforme podemos observar no trecho acima, __________________________
ocorre em razão dos seguinte fator: __________________________
A busca por melhores condições vida por par- __________________________
te dos migrantes.
__________________________
B caos social ou conflitos no brasil. __________________________
C excessiva propaganda migratória brasileira __________________________
no exterior.
__________________________
D problemas econômicos do Brasil nos últi- __________________________
mos anos.
__________________________
QUESTÂO 5 __________________________
Muitos países se caracterizam por __________________________
terem populações multiétnicas. Com frequ-
ência, evoluíram desse modo ao longo de __________________________
séculos. Outras sociedades se tornaram mul- __________________________
tiétnicas mais rapidamente, como resultado
de políticas incentivando a migração, ou por
__________________________
conta de legados coloniais e imperiais. __________________________
GIDDENS. A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado). __________________________
Do ponto de vista do funcionamento das de- __________________________
mocracias contemporâneas, o modelo de so-
ciedade descrito demanda, simultaneamente, __________________________
__________________________

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 AULA 07
ESCRAVIDÃO
As primeiras pessoas a serem escravizadas
na colônia foram os indígenas, mas foi sendo
gradativamente substituída pela escravização
dos africanos que chegavam no Brasil pelo
tráfico negreiro. Em 1535 chegou a Salvador
(BA), o primeiro navio com negros escraviza-
dos.
Após sua captura na África, os seres huma-
nos escravizados enfrentavam a perigosa
travessia da África para o Brasil nos porões
dos navios negreiros, onde eram embarcados
à força e aprisionados em porões que mal
davam para permanecerem sentados. Eles
eram mantidos nus, separados por sexo e os
homens permaneciam acorrentados a fim de
evitar revoltas. Assim, permaneciam confina-
dos em viagens que poderiam durar dois me-
ses, muitos acabavam morrendo no caminho.
Quando chegavam no Brasil eram levados
aos mercados para serem vendidos. Já na
posse do seu dono, passavam a trabalhar de
sol a sol, errar ou desobedecer alguma ordem
não era permitido e poderia ser punível com
castigos dolorosos. Nas fazendas habitavam
as senzalas, locais escuros, úmidos e com
pouca higiene, adaptado apenas para evitar
fugas e recebiam uma alimentação de pés-
sima qualidade. Diante dessas condições a
expectativa de vida de uma pessoa escravi-
zada adulta não passava de 10 anos após
sua chegada no Brasil.
Forma de resistência: Existiram diversas
formas de resistencia durante a escravidão,
mas as principais delas foram os quilombos.
Muitos grupos de escravos fugiam e forma-
vam comunidades fortificadas e escondidas
Humanas
na mata chamadas “quilombos” e uma dos
mais significativos, no Brasil colonial, foi o “Qui-
lombo dos Palmares”. Ali, podiam praticar sua
cultura e exercer seus rituais religiosos.
Abolição da escravatura: No Brasil o fim da
escravidão foi um processo gradual. O tráfico
foi oficialmente abolido em 1850, com a “Lei
Eusébio de Queirós”. Em 1871, a “Lei do Ven-
tre Livre” garantiu a liberdade aos filhos de es-
cravos. Em 1879, teve início a campanha abo-
licionista liderada por intelectuais e políticos.
Depois, em 1885, a “Lei dos Sexagenários”
garantia a liberdade aos escravos maiores de
60 anos. Mas a abolição da escravidão no país
só foi concedida pela Lei Áurea, assinada pela
princesa Isabel, dia 13 de maio de 1888.
A abolição colocou fim na escravidão, mas ela
não foi acompanhada por medidas de suporte
aos negros libertos, e eles continuaram sendo
vítimas do preconceito, violência e com a desi-
gualdade.
ANOTAÇÕES
__________________________
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 AULA 07
Humanas
QUESTÂO 1 Algumas das formas mais conhecidas de resis-
A escravidão não há de ser suprimida no
Brasil por uma guerra servil, muito menos por in-
surreições ou atentados locais. Não deve sê-lo,
tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos
Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, tal-
vez, depois de uma revolução, como aconteceu
na França, sendo essa revolução obra exclusiva
da população livre. É no Parlamento e não em
fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas
e praças das cidades, que se há de ganhar, ou
perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto
político sobre como deveria ocorrer o fim da es-
cravidão no Brasil, no qual
A Copiava o modelo haitiano de emancipa-
ção negra.
B Incentivava a conquista de alforrias por
meio de ações judiciais
C Optava pela libertação por meio da lei.
D Priorizava a negociação em torno das in-
denizações aos senhores.
QUESTÂO 2
As religiões Afro-brasileiras surgiram
após a junção da cultura de diversos povos afri-
canos trazidos entre os séculos XVI e XIX. Elas
possuem influências de religiões vindas da Eu-
ropa e de sua cultura ancestral. Além disso, elas
possuem características específicas de cada re-
gião do país.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/sin-
cretismo-e-religioes-afro-brasileiras
88
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tência escrava, durante o período colonial brasi-
leiro, foram a fuga e a formação de quilombos.
O tesxto destaca outra forma de resistência que
ocorriam no cotidiano dos cativos, caracterizada
por:
A Greves que reivindicavam direitos traba-
lhistas e liberdade.
B A preservação de hábitos culturais que re-
metiam à sua ancestralidade.
C A recusa em aceitar a catequização pelas
ordens religiosas missionárias.
D A proibição da entrada de brancos nos
movimentos abolicionistas.
QUESTÂO 3
A escravidão no Brasil iniciou-se por vol-
ta da década de 1530, quando os portugueses
implantaram as bases para a colonização da
América portuguesa, para atender, mais espe-
cificamente, à demanda dos portugueses por
mão de obra para o trabalho.
Disponivel em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/
escravidao-no-brasil.htm
No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se
essencialmente:
A Por sua vinculação exclusiva ao sistema
agrário exportador.
B Pelo incentivo da Igreja e da Coroa à es-
cravidão de índios e negros.
C Por constituir a base econômica da socie-
dade.
D Por destinar os trabalhos mais penosos
aos negros e os mais leves aos índios.
 AULA 07

QUESTÂO 4 De acordo com o texto, é correto afirmar que

Humanas
A escravidão no Brasil, mas não só aqui, os principais interessados na manutenção do
mostrou-se uma instituição perversa e cruel, e as tráfico de africanos escravizados, no período
suas consequências ainda são sentidas atualmen- colonial brasileiro, eram os
te, mais de 130 anos depois que a Lei Áurea aboliu
essa prática no país. A violência e a discriminação A Tumbeiros e retornados, que organizavam
que os negros sofrem atualmente são o reflexo di- o tráfico nos portos de embarque africanos.
reto de um país que se construiu por meio da nor-
malização do preconceito e da violência para com B Líderes da Igreja, interessados em reforçar
esse grupo.” o trabalho dos escravos indígenas nas pro-
priedades eclesiásticas.
Disponivel em: https://brasilescola.uol.com.br/
historiab/escravidao-no-brasil.htm
C Funcionários portugueses que controlavam,
Sobre a escravidão no Brasil é correto afirmar que: nos portos da metrópole, o movimento de
entrada e saída de navios negreiros.
A trabalhavam apenas no campo, as ativida-
des urbanas ficavam para os homens livres. D Traficantes e latifundiários, que se bene-
ficiavam dos lucros e da força do trabalho
B resistiam de diversas formas, praticando o escravo, respectivamente.
suicídio, organizando rebeliões, fugindo ou
formando quilombos. ANOTAÇÕES
__________________________
C tinham a mesma cultura e religião, já que
eram todos provenientes de Angola.
__________________________
__________________________
D estavam proibidos pela legislação de efetu-
ar pagamento por sua alforria. __________________________
QUESTÂO 5
__________________________
Mais da metade de todo tráfico de es-
__________________________
cravos da África para o Brasil era realizado __________________________
por traficantes do Brasil. Isso mesmo, uma __________________________
parte enorme dos lucros com o tráfico ne-
greiro acabava ficando com os habitantes da __________________________
própria colônia! Os mais ricos traficantes de __________________________
escravos moravam em Salvador e no Rio de
Janeiro. Alguns tinham acumulado tanta for- __________________________
tuna que possuíam mais riquezas que os la- __________________________
tifundiários. Chegavam a agir como banquei-
ros, emprestando dinheiro aos fazendeiros
__________________________
da colônia. __________________________
(SCHMIDT, 2005, p. 197).

89
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 AULA 08
OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Humanas
Com a chegada dos portugueses no século XVI,
no território que hoje conhecemos como Brasil,
foi iniciado um processo de tomada das terras
indígenas e a devastação da floresta, com a in-
tenção de povoar e colonizar essa área. Até
o século XVI, o povoamento se limitou aos ter-
ritórios litorâneos, onde desenvolveram inúme-
ras lavouras de cana-de-açúcar, com destaque
para a região nordeste. A região interior do Nor-
deste foi ocupada com a atividade de criação
de gado. Esta atividade econômica era comple-
mentar à produção açucareira.
No século XVII, aconteceram as primeiras ex-
pedições denominadas bandeiras. As bandei-
ras eram organizadas para explorar o interior
do território brasileiro com o propósito de pro-
curar riquezas minerais, tais como ouro, prata e
pedras preciosas. Objetivavam também caçar
e apresar índios para escravizá-los. Os bandei-
rantes encontraram ouro na região de Minas
Gerais no final do século XVII desencadeando
uma grande onda migratória de portugueses e
de pessoas de outras regiões da colônia, princi-
palmente as regiões hoje denominadas Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia. O povoa-
mento ocorrido no interior do território teve in-
tenção de explorar e extrair riquezas de lá, mas
este também trouxe alguns benefícios, como a
abertura de estradas que dava acesso a regi-
ões litorâneas e o fortalecimento das ligações
entre os criadores de gado.
No século XVII, Portugal intensificou a ocupa-
ção das terras amazônicas com a criação da
Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará
e Maranhão, no intuito de organizar a produção
de drogas do sertão realizada na região e co-
mercializada com a Europa. Durante o século
90
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XIX teve início na região Norte o Ciclo da Bor-
racha (1870-1910). O látex extraído da serin-
gueira sempre foi de conhecimento dos índios,
que o utilizavam para a impermeabilização de
materiais e para a confecção de combustíveis
e tochas. Com o avanço da industrialização a
demanda pela borracha aumentou e a região
se tornou muito próspera.
O processo de ocupação da Região Sul está
ligado, especialmente, a duas atividades pri-
márias: a agricultura e a pecuária. A região in-
tensificou o povoamento somente a partir do
século XIX, até esse momento o território se
encontrava quase que completamente desabi-
tado, salvo os povos nativos, como os índios.
Diante desse fator, o governo promoveu uma
política de povoamento que atraiu imigrantes,
sobretudo de origem europeia.
O Centro-Oeste foi uma das últimas regiões
geográficas do Brasil exploradas pelos portu-
gueses. Os primeiros registros de exploração
do território centro-oestino foram por meio das
incursões dos bandeirantes e a descoberta
desses minerais potencializou a instalação dos
primeiros núcleos urbanos da região, como as
cidades de Goiás e Cuiabá. Porém, é no final
do século XIX e no início do século XX, houve
um aumento do processo de ocupação da re-
gião Nesse período, destacou-se a criação de
linhas de telégrafo, utilizadas para comunica-
ção, assim como de linhas de transporte, como
a ferrovia Novoeste, entre São Paulo e Mato
Grosso do Sul.
 AULA 08
QUESTÂO 1 O papel histórico da atividade descrita no texto
A ocupação do território brasileiro, res-
trita, no século XVI, ao litoral e associada à la-
voura de produtos tropicais, estendeu-se ao in-
terior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à
exploração de novas atividades econômicas e
aos interesses políticos de Portugal em definir
as fronteiras da colônia.
Sobre a ocupação do interior do território brasi-
leiro é correto afirmar que
A No vale amazônico, as drogas do sertão
foram pouco atrativas para os coloniza-
dores.
B O planalto central, nas áreas correspon-
dentes aos atuais estados de Minas Ge-
rais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos
principais alvos do bandeirismo, e sua
ocupação está ligada à mineração.
C A região Sul do Brasil foi ocupada devido
à mineração.
D O Sertão nordestino, primeira área interior
ocupada no processo de colonização de-
vido à lavoura canavieira.
QUESTÂO 2
Os Bandeirantes empreenderam várias
expedições denominadas de bandeiras. Estas
reuniam indivíduos que iam aos sertões colo-
niais com a intenção de capturar indígenas para
uso como mão de obra escrava. Nestas primei-
ras expedições, o armamento básico utilizado
eram arco e flecha (mesmo poderio bélico de
muitos indígenas que se intencionava capturar).
Por conta de seus propósitos, muitas bandeiras
se constituíram como verdadeiras expedições
de apresamento.
disponivel em: https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/bandeirantes/
Humanas
pode ser assim resumido:
A Determinaram a ocupação efetiva do inte-
rior do Brasil e deram ao nosso país sua
atual configuração geográfica.
B Contribuíram para a implantação de uma
nova política colonizadora, aproximando ín-
dios e colonos.
C Iniciaram aproveitamento verdadeiro das
terras agrícolas do oeste mudando a situa-
ção econômica da Colônia.
D Por razões políticas e econômicas, contri-
buíram para a mudança da capital do Vice-
-Reino do Rio de Janeiro para a Bahia.
QUESTÂO 3
Os tropeiros foram figuras decisivas
na formação de vilarejos e cidades do Bra-
sil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa”
que, no passado, se referia ao conjunto de
homens que transportava gado e mercadoria.
Por volta do século XVIII, muita coisa era le-
vada de um lugar a outro no lombo de mulas.
O tropeirismo acabou associado à atividade
mineradora, cujo auge foi a exploração de
ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goi-
ás. A extração de pedras preciosas também
atraiu grandes contingentes populacionais
para as novas áreas e, por isso, era cada vez
mais necessário dispor de alimentos e produ-
tos básicos. A alimentação dos tropeiros era
constituída por toucinho, feijão preto, farinha,
pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um mo-
lho de vinagre com fruto cáustico espremido).
Nos pousos, os tropeiros comiam feijão qua-
se sem molho com pedaços de carne de sol e
91
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 AULA 08

toucinho, que era servido com farofa e couve A construção de Brasília durante o governo
Humanas

picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típi- Juscelino Kubitschek (1956-1961) teve, entre
cos da cozinha mineira e recebe esse nome suas motivações oficiais,
porque era preparado pelos cozinheiros das
tropas que conduziam o gado. A afastar de São Paulo a sede do governo federal.
Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br.
B estimular a ocupação do interior do país.
A criação do feijão tropeiro na culinária brasi-
C deslocar o funcionalismo público do Rio de
leira está relacionada à
Janeiro.
A atividade comercial exercida pelos homens
que trabalhavam nas minas. D reordenar o aparato militar brasileiro.

B atividade culinária exercida pelos morado- QUESTÂO 5

res cozinheiros que viviam nas regiões das
minas.
C atividade mercantil exercida pelos homens
que transportavam gado e mercadoria.
D atividade agropecuária exercida pelos tro-
peiros que necessitavam dispor de alimen-
tos.
O desenvolvimento da pecuária no período
colonial aconteceu com o próprio processo
de colonização, quando os portugueses trou-
xeram as primeiras reses para a realização
da tração animal, o consumo local e o trans-
porte de cargas e pessoas.
Disponivel em: https://mundoeducacao.uol.com.br/
historiadobrasil/pecuaria-colonial.htm

No Brasil colônia, a atividade descrita no tex-

QUESTÂO 4 to teve um papel decisivo na:
Os cinco anos do governo Juscelino A ocupação das áreas litorâneas
são lembrados como um período de otimis-
mo associado a grandes realizações, cujo B formação e exploração dos minifúndios.
maior exemplo é a construção de Brasília. [...]
C fixação do escravo na agricultura
A ideia não era nova, pois a primeira Cons-
tituição Republicana, de 1891, atribuía ao
D expansão para o interior.
Congresso a competência de “mudar a capi-
tal da União”. Coube porém a Juscelino levar
o projeto à prática, com enorme entusiasmo,
mobilizando recursos e mão de obra constitu-
ída principalmente por migrantes nordestinos
– os chamados “candangos”.
(Adaptado de: FAUSTO, B. História do Brasil. 8 ed. São Paulo:
EDUSP/FDE, 2000, p. 425-430.)

92
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 AULA 09
MEMÓRIA E CULTURA
Todos possuímos uma trajetória de vida: nas-
cemos em um determinado ano, em uma dada
cidade, aprendemos uma língua e vários as-
pectos culturais; crescemos dentro de uma
sociedade com características políticas, eco-
nômicas, sociais e culturais específicas. Esses
aspectos combinados compõem a história de
vida de uma pessoa. Da mesma forma, uma
cidade, um estado e um país também têm his-
tórias, relacionadas às experiências dos grupos
que os habitaram e que construíram e transfor-
maram esses espaços. Construindo assim sua
história, memória e identidade.
Todas as sociedades e todos os povos e grupos
sociais passaram por diferentes experiências
sociais, políticas, econômicas e culturais. Por
isso, existem várias maneiras de contar, trans-
mitir e preservar a história, como por meio da
tradição oral, do registro escrito e, também, das
fontes. Existem vários tipos de documentos,
que não usados como fontes, geralmente, são
divididos em dois grupos:
Cultura material: pode ser dividida em bens
imóveis e móveis. Entre os bens imóveis estão
os sítios arqueológicos, as cidades históricas.
Alguns exemplos são:
•Vestimentas
•Museus
•Teatros
•Igrejas
•Praças
•Universidades
•Monumentos
•Obras de Arte
Cultura imaterial: abrange práticas, bens e as-
pectos intangíveis da cultura. Eles são abstra-
Humanas
tos e passados entre gerações, muitas vezes,
pela oralidade. Alguns exemplos são:
•Danças
•Músicas
•Literatura
•Linguagem
•Culinária
•Rituais
•Festas
•Feiras
•Lendas
Nosso país possui uma imensa diversidade
cultural, devido ao seu processo histórico. Ou
seja, cada região do país apresenta diversas
características culturais e históricas próprias.
Isso faz com que o Brasil abrigue muitos ele-
mentos pertencentes ao patrimônio cultural
material e imaterial.
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
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 AULA 09
Humanas

QUESTÂO 1 QUESTÂO 3
A festa é dos negros
Atualmente, muitas festas negras ga-
nharam especial valorização, para além dos
próprios grupos ou do interesse pontual de al-
guns folcloristas. Dentre elas, jongos, sambas
de roda, tambores de crioula e festas do boi re-
ceberam o reconhecimento oficial do Instituto do
Patrimômio Histórico e Artístico Nacional.
ABREU, M. Revista de História da Biblioteca Nacional,
n. 100, jan. 2014.
Essas manifestações foram reconhecidas ofi-
cialmente como parte do patrimônio histórico e
artístico brasileiro porque
A integram a cultura imaterial.
B reforçam a tradição clássica.
C destacam a estética regional.
Em várias partes do Brasil, as danças
folclóricas sobrevivem e são fundamentais
sociologicamente. As danças folclóricas e re-
gionais, que geralmente aconteciam nos fins
de colheitas, são bons elementos para se en-
sinar os costumes, histórias orais e mesmo
sobre épocas de plantio de algumas regiões.
GORZONI, P. Um povo que dança! Geografia,
n. 33, out. 2010 (adaptado).
O folclore é a expressão da identidade de um
povo, de uma região, de um país, na medida
em que
A destaca a individualidade dos membros
do grupo e de seu espaço.
B privilegia grupos sociais com origens étni-
cas ou raciais comuns.

D preservam a herança europeia. C expõe as diferenças entre as diversas

classes sociais de uma mesma região.
QUESTÂO 2 D simboliza as ligações dos indivíduos com
O folclore consiste em “uma educação o meio cultural em que vivem.
informal” que se dá ao lado da sistemática; uma
educação que orienta e revigora comportamen- QUESTÂO 4
tos, faz participar de crenças e valores, perpetua
ameaçadas, também o folclore entra em crise.
BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias.
Petrópolis: Vozes, 2000.

A valorização do tipo de manifestação cultural

descrita é importante para a promoção
A dos costumes elitizados.

B das práticas religiosas.

C dos saberes científicos.

D das identidades regionais.

94
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 AULA 09

O bumba meu boi do Maranhão é uma ANOTAÇÕES

Humanas
celebração múltipla que congrega diversos __________________________
bens associados, como as performances dra-
máticas, musicais e coreográficas associa- __________________________
das aos bordados do boi e à confecção de __________________________
instrumentos musicais, entre outros.
__________________________
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br.
Acesso em: 12 set. 2013 (adaptado) __________________________
Quanto ao festejo apresentado, sua identifi- __________________________
cação como patrimônio brasileiro diz respeito __________________________
à valorização da
__________________________
A vida aristocrática e dos costumes antigos.
__________________________
B identidade popular e das tradições culturais.
__________________________
C sociedade rural e da exploração do sertanejo. __________________________
D influência colonial e dos valores consevadores. __________________________
__________________________
QUESTÂO 5
__________________________
“(...) transmitido de geração em gera-
ção, é constantemente recriado pelas comu- __________________________
nidades e grupos em função do seu meio en- __________________________
volvente, da sua interacção com a natureza
e da sua história, e confere-lhes um sentido
__________________________
de identidade e de continuidade, contribuindo __________________________
assim para promover o respeito da diversida-
de cultural e a criatividade humana.”
__________________________
(Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio
__________________________
Cultural Imaterial, Paris, 2003)
__________________________
São exemplos de patrimônio cultural material: __________________________
A danças e rituais __________________________
B feiras e festas __________________________
C linguagem e literatura __________________________
__________________________
D vestimentos e utensílios

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 AULA 10
DEMOCRACIA E CIDADANIA
Humanas
Cidadania: Conjunto de direitos e deveres
exercidos por um indivíduo que vive em socie-
dade, no que se refere ao seu poder e grau de
intervenção no usufruto de seus espaços e na
sua posição em poder nele intervir e transfor-
má-lo.
Democracia: Regime político em que a sobe-
rania deve ser exercida pelo povo. Os cidadãos
são os detentores do poder e depositam parte
desse poder nas instituições do Estado, para
que este possa coordenar a organização da so-
ciedade.
Constituição: Conjunto de leis, normas e re-
gras de um país. É a constituição federal que
regula e organiza todas as possíveis atuações
do Estado perante sua população, interna e ex-
ternamente.
A democracia e a participação política no Brasil
passaram por um processo de transformação
ao longo dos anos. Conforme as mudanças
foram ocorrendo, novas leis foram criadas, em
alguns casos, novas constituições. Ao todo o
Brasil teve sete constituições.
1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império):
Foi outorgada por D. Pedro primeiro após a
independência do Brasil. Essa constituição é
conhecida por estabelecer no Brasil um gover-
no de Monarquia hereditária e aplicar quatro
poderes, executivo, legislativo, judiciário e mo-
derador que era exercido pelo imperador. Foi a
constituição que teve maior vigência no Brasil,
durou mais de 65 anos.
2ª - Constituição de 1891 (Brasil República):
Após a proclamação da República, em 15 de
96
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novembro de 1889, houve mudanças significa-
tivas no sistema político e econômico do país,
com a abolição do trabalho escravo, a amplia-
ção da indústria, o deslocamento de pessoas
do meio rural para centros urbanos e também
o surgimento da inflação. As principais inova-
ções dessa nova Constituição são: instituição
da forma federativa de Estado e da forma repu-
blicana de governo; estabelecimento da inde-
pendência dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário; criação do sufrágio com menos
restrições, impedindo ainda o voto aos mendi-
gos e analfabetos; separação entre a Igreja e
o Estado.
3ª - Constituição de 1934 (Segunda Repúbli-
ca): A terceira Constituição ocorreu em 1934,
seu contexto politico estava incluído na cha-
mada Era Vargas, onde Getúlio Vargas era o
presidente. Nela foi criada o voto secreto, e o
voto feminino, além da criação da Justiça do
Trabalho e de Leis trabalhistas. Foi a Constitui-
ção com menor duração.
4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo): Em
10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas revo-
gou a Constituição de 1934, dissolveu o Con-
gresso e outorgou ao país, sem qualquer con-
sulta prévia, a Carta Constitucional do Estado
Novo. Entre as principais medidas adotadas,
destacam-se: instituição da pena de morte; su-
pressão da liberdade partidária e da liberdade
de imprensa; anulação da independência dos
Poderes Legislativo e Judiciário; restrição das
prerrogativas do Congresso Nacional; permis-
são para suspensão da imunidade parlamen-
tar; prisão e exílio de opositores do governo; e
eleição indireta para presidente da República,
com mandato de seis anos.
 AULA 10
5ª - Constituição de 1946: Faz parte do contex-
to de redemocratização do país. Vargas agora
tinha sido deposto, e era de grande importância
ter uma nova ordem constitucional, afinal, agora
o país tinha se redemocratizado.
6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar):
Ela estava inserida em uma nova ditadura, ago-
ra a militar, um passado negro na historia brasi-
leira. Ela dava toda liberdade aos governantes
para combater qualquer ameaça inimiga contra
o governo, desde manifestações populares até
influências estrangeiras. Essa Constituição foi
emendada por sucessiva expedição de Atos Ins-
titucionais (AIs), que serviram de mecanismos
de legitimação e legalização das ações políticas
dos militares, dando a eles poderes extra-consti-
tucionais. De 1964 a 1969, foram decretados 17
atos institucionais, regulamentados por 104 atos
complementares.
7ª - Constituição de 1988 (Constituição Ci-
dadã): Com o fim de uma nova ditadura o Bra-
sil estava na mesma situação que anos atrás,
precisava de uma ordem que estabelecesse a
redemocratização do país. Com ela houve uma
reforma eleitoral, combate ao racismo, garantia
aos índios de posse de suas terras, novos direi-
tos trabalhistas, entre outros. É essa constitui-
ção que está vigente até os dias de hoje.
ANOTAÇÕES
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
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Humanas
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 AULA 10
Humanas

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AULA 10

Humanas

99
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 AULA 11
URBANIZAÇÃO
Humanas
Urbanização: é o crescimento das cidades,
tanto em população quanto em extensão terri-
torial.
O processo de industrialização, propiciado pela
Revolução Industrial iniciada na Europa no sé-
culo XVIII, teve seu início no Brasil no século
XX e foi o fator propulsor da urbanização no
Brasil . A modernização do campo vivida no pe-
ríodo da industrialização, conhecida como Re-
volução Verde, provocou um expressivo êxodo
rural. Pois, até por volta de 1950, a população
brasileira vivia, em sua maioria, nas zonas ru-
rais.
O processo de urbanização no Brasil ocorreu
de maneira desigual e a Região Sudeste é a
que mais concentra população. E isso se deve
aos inúmeros fatores atrativos, como a pre-
sença de indústrias e a consequente oferta de
emprego. A urbanização sem um devido plane-
jamento tem como consequência vários proble-
mas de ordem social e ambiental. O inchaço
das cidades, provocado pelo acúmulo de pes-
soas, e a falta de uma infraestrutura adequada
gera transtornos para a população urbana. São
alguns deles:
- Favelização: A falta de planejamento e de polí-
ticas públicas faz com que muitas pessoas ocu-
pem áreas terrenas, muitas vezes em áreas de
risco.
- Excesso de lixo: O aumento do número de ha-
bitantes nas grandes cidades fez com que hou-
vesse maior produção de lixo, que, por vezes,
é descartado de maneira incorreta, provocando
outros problemas urbanos e também proble-
mas ambientais.
- Poluição: As grandes cidades concentram,
100
termineseusestudos.com.br
além de um elevado número de habitantes,
também um grande número de indústrias e au-
tomóveis, que, diariamente, emitem diversos
gases poluentes à atmosfera, causando polui-
ção do ar.
- Violência: O inchaço das cidades associado à
incapacidade de abrigar toda a população, às
condições insalubres de moradia e à falta de
políticas públicas que atendam essa parcela
da população tem como consequência direta o
aumento da criminalidade.
- Inundações: O asfaltamento das cidades e o
mau planejamento prejudicam o escoamento
das águas, provocando inundações.
- Engarrafamento: um dos sintomas das más
condições da mobilidade urbana é o conges-
tionamento. São carros demais para vias de
menos. Como se não bastasse esse problema
afetar a rotina dos habitantes, ele também pre-
judica a economia.
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
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 AULA 11

Humanas
QUESTÂO 1

CAO. Jornal de Santa Catarina, 24 ago. 2009 (adaptado).

Considerando a primeira imagem, qual dentre

as seguintes apresenta a mesma problemática
social das grandes cidades?

QUESTÂO 2
A violência não é fato inédito em nossa
cinematografia. Na fase silenciosa de nosso-
cinema, crimes e criminosos famosos foram
retratados nas telas brasileiras em reali-
zações como: Os estranguladores do Rio
(1906), Rocca, Carleto e Pegatto na casa de
detenção (1906), A mala sinistra (1908), O
crime da mala (1908), O crime da Paula Ma-
tos (1913), O crime de Banhados (1913), Dio-
guinho (1916), O crime de Cravinhos (1920).
RAMOS, P. R. A imagem, o som e a fúria: a representação
da violência no documentário brasileiro.
Estud. Av., n. 61, set./dez. 2007.

A temática da produção cinematográfica men-

cionada está relacionada a transformações
ocorridas no Brasil na época, entre elas o(a)

101
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 AULA 11

A organização de associações artísticas. Com a leitura do texto, podemos perceber

Humanas

que o melhor conceito de urbanização é:

B desenvolvimento de projetos sociais.
C ampliação da influência americana. A crescimento das cidades de um país em re-
lação ao crescimento das demais cidades do
D crescimento da população urbana. mundo.

QUESTÂO 3 B somente aumento do espaço físico das cida-

Urbanização consiste no processo
pelo qual a população urbana cresce em pro-
porção superior à população rural. É um fenô-
meno de concentração urbana e consequente
crescimento e desenvolvimento das cidades.
Uma sociedade é considerada urbanizada
quando a população urbana ultrapassa 50%.
Disponivel em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/496/Processo-
-de-urbanizacao.
No Brasil, esse fenômeno aconteceu de ma-
neira muito intensa na segunda metade do
século XX, em razão do
A êxodo rural.
B aumento da mineração.
C aumento da fronteira agrícola.
D crescimento do agronegócio.
des.
C crescimento da população das zonas urba-
nas em relação às zonas rurais.
D crescimento do número de pessoas de um
país.
QUESTÂO 5
O processo de concentração urbana no Bra-
sil em determinados locais teve momentos
de maior intensidade e, ao que tudo indica,
atualmente passa por uma desaceleração
no ritmo de crescimento populacional nos
grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento
populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociolo-
gia.com.br.Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).

Uma causa para o processo socioespacial

mencionado no texto é o(a):
QUESTÂO 4
A carência de matérias-primas.
Níveis de urbanização baixos não sig-
nificam pequena população urbana. A China, B degradação da rede rodoviária.
que tem “apenas” 40% de sua população nas
cidades, é o país com a maior população ur- C diminuição do crescimento vegetativo.
bana do planeta: cerca de 525 milhões de
pessoas! As cidades da Índia, um país com D Aumento da atividade industrial.
menos de 30% da população no meio urba-
no, abrigam 330 milhões de habitantes.
MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual,
2008.p.403.
São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

102
termineseusestudos.com.br
 AULA 12

SETORES DA ECONOMIA

Humanas
Os setores da economia são segmentos em cas deste setor econômicos, podemos citar:
que se dividem as atividades econômicas e pro- • comércio
dutivas da sociedade. A divisão se dá entre os • educação
setores: • saúde
Setor Primário: é o setor responsável pela • telecomunicações
produção de alimentos e matérias-primas, en- • serviços de informática
globa: • seguros
• produção agrícola • transportes
• exploração dos recursos naturais • serviços de limpeza
• mineração • serviços de alimentação
• caça • turismo
• pesca • serviços bancários
A agropecuária é o destaque nesse setor, pois • administrativos
é responsável por cerca de 27% do PIB brasi- Entre os três setores da economia, o que vem
leiro e utiliza o solo para o cultivo de vegetais e mais crescendo no Brasil desde as últimas dé-
a criação de animais como bovinos, caprinos, cadas do século XX é o setor terciário e, atual-
equinos, ovinos e suínos. mente, o setor terciário emprega mais de 70%
Setor Secundário: É o setor da economia da população brasileira.
que transforma as matérias-primas (produzi-
das pelo setor primário) em produtos industria- ANOTAÇÕES
lizados. Como há conhecimentos tecnológicos __________________________
agregados aos produtos do setor secundário, o
__________________________
lucro obtido na comercialização é significativo.
A presença de um grande mercado interno e a __________________________
abundância de matérias-primas são elementos __________________________
primordiais para a consolidação da industriali- __________________________
zação no Brasil. Atualmente, o país possui um
__________________________
parque industrial diversificado, ancorado em so-
luções tecnológicas e até mesmo sustentáveis. __________________________
Setor Terciário: É o setor econômico relacio- __________________________
nado aos serviços. Os serviços são produtos __________________________
não materiais em que pessoas ou empresas
prestam a terceiros para satisfazer determina-
__________________________
das necessidades. Como atividades econômi- __________________________

103
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 AULA 12
Humanas

QUESTÂO 1 A produção voltada somente para a exporta-

A interface clima/sociedade pode ser
considerada em termos de ajustamento à exten-
são e aos modos como as sociedades funcio-
nam em uma relação harmônica com seu clima.
O homem e suas sociedades são vulneráveis às
variações climáticas. A vulnerabilidade é a me-
dida pela qual uma sociedade é suscetível de
sofrer por causas climáticas.
AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado).
Considerando o tipo de relação entre ser huma-
no e condição climática apresentado no texto,
uma sociedade torna-se mais vulnerável quan-
do
A concentra suas atividades no setor primário.
B apresenta estoques elevados de alimentos.
C possui um sistema de transportes articulado.
D diversifica a matriz de geração de energia.
ção de bens acabados.
B expansão das unidades industriais para re-
giões urbanizadas.
C acentuação da emissão de poluentes pelas
unidades industriais.
D promoção de técnicas artesanais de produ-
ção manufatureira.
QUESTÂO 3
Setor primário mostra estabilidade
no terceiro trimestre
No terceiro trimestre de 2010, a maior parte
dos segmentos do setor primário registrou es-
tabilidade em relação ao mesmo período do
ano passado. A informação, divulgada nesta
segunda-feira (25/10) pela consultoria Serasa
Experian, apresenta 13 áreas dentro do se-
tor primário. Seis apresentaram melhora em
relação a 2009; as outras sete se mostraram
estáveis.

QUESTÂO 2 (Revista Globo Rural, 25 out. 2010. Disponível em: http://revistagloborural.globo.

com)
Setor secundário é uma parte da eco-
nomia que contempla as atividades industriais. No setor primário brasileiro, a atividade que
Nesse setor estão inseridas ainda a construção gera maior contribuição para o Produto Inter-
civil e o fornecimento de serviços industriais. A no Bruto (PIB) brasileiro é:
principal característica do setor secundário é a
transformação da matéria-prima em produto A a mineração
acabado.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/setor-secundario.
B o extrativismo vegetal

C a agropecuária
Apesar dos benefícios advindos da sua imple-
mentação no setor da economia destacado no D a caça e a pesca
texto, ele também gera impactos negativos na
sociedade. Um exemplo desse cenário é a

104
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 AULA 12

QUESTÂO 4 C promoção de medidas sustentáveis de pre-

Humanas
servação ambiental em todo o mundo.
O setor terciário reúne todas as ati-
vidades formais e informais associadas ao D ocorrência do processo de êxodo rural que
comércio e à prestação de serviços, como culminou no crescimento das cidades.
segurança, limpeza, finanças, turismo, edu-
cação e outros. É uma das áreas mais impor- ANOTAÇÕES
tantes da economia, por compreender ofícios
essenciais à sociedade e, ainda, por alocar __________________________
grande parte da mão de obra. __________________________
Disponivel mais em: https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-terciario.htm
__________________________
As alternativas abaixo apresentam exemplos
de atividades desse setor, com exceção de
__________________________
__________________________
A turismo religioso. __________________________
B centros de estética. __________________________
C extração de madeira.
__________________________
__________________________
D pousadas turísticas.
__________________________
__________________________
QUESTÂO 5
__________________________
O desenvolvimento das atividades ter- __________________________
ciárias aconteceu de maneira muito forte nas
últimas décadas e hoje esse setor é o que
__________________________
mais cresce no Brasil. atualmente, o setor __________________________
terciário emprega mais de 70% da população __________________________
brasileira.
Um exemplo que justifica esse cenário é a
__________________________
De que maneira uma pessoa pode ter impedi- __________________________
do o seu direito à cidadania política? __________________________
A diminuição da industrialização registrada __________________________
nos países subdesenvolvidos do globo. __________________________
B substituição da mão de obra braçal nas in-
__________________________
dústrias por adoção de técnicas arcaicas. __________________________

105
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 AULA 13

AGRICULTURA NO BRASIL
Humanas

No decorrer da história, a economia no Brasil passou por vários ciclos. Cada ciclo econômico
detalha um setor específico que promoveu constantes transformações culturais, políticas, popu-
lacionais e sociais na história do Brasil. Até 1930 o setor primário teve destaque nas atividades
econômicas brasileiras (pau-brasil, cana-de-açúcar, mineração, borracha e café). Hoje apesar de
o setor terciário ser o de maior destaque, o primário não perdeu sua importância, principalmente
devido às atividade agropecuárias.

No espaço agrário, a análise da estrutura fundiária, como às características de tamanho e orga-

nização do espaço agrário, permite conhecer melhor como funciona a vida no campo. Elas são
divididas principalmente em dois grupos:

• Revolução Verde: A Revolução Verde foi o processo de transformação na agricultura em esca-

la global, entre as décadas de 1960 e 1970, que se deu por meio do desenvolvimento e incor-
poração de novos meios tecnológicos na produção. Alguns exemplos desse uso de tecnologia
são: o melhoramento genético de espécies vegetais, o investimento em maquinários, o uso de
adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas ou agrotóxicos empregados no preparo do solo e a
modernização dos sistemas de irrigação.
A principal vantagem trazida pela Revolução Verde foi o ganho de eficácia na produção agrícola,
que suscitou o aumento de produtividade em diversas lavouras, com destaque para os cereais e
para os grãos, como a soja e o milho. Entre as desvantagens desse processo, houve a expulsão
de pequenos proprietários e trabalhadores rurais do campo. As novas técnicas incorporadas ao
campo exigiram, ademais, maior qualificação profissional, o que acabou por colocar muitos traba-
lhadores menos qualificados em situação de desemprego.

106
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 AULA 13

Humanas
QUESTÂO 1 A escassez de mão de obra.
Distribuição percentual da população
B abertura do comércio externo.
por situação de domicílio - Brasil - 1980 a 2010
C mudança da técnica produtiva.

D agregação de valor de mercado.

QUESTÂO 3

BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2004 (adaptado).

A evolução da distribuição populacional retrata-

da no gráfico sofreu influência do seguinte
processo ocorrido no espaço agrário brasileiro:
A A Expansão de frentes pioneiras.
B Formação de cooperativas agrícolas.
C Criação de assentamentos familiares.
D Modernização de métodos produtivos.

QUESTÂO 2
Os produtores de algodão estão realizan-
do o maior investimento da história. A nova co-
lheitadeira substitui até duas colheitadeiras con-
vencionais e poupa seis dos oito trabalhadores.
Produtor de algodão investe em renovação de máquinas. Disponível em:
www.valor.com.br. Acesso em: 7 set. 2013 (adaptado).

As transformações nas relações de trabalho, Uma implicação socioespacial no campo,

nesse tipo de cultivo, devem-se à resultante da passagem do sistema 1 para
sistema 2, é a

107
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 AULA 13

A redução do trabalho formal. QUESTÂO 5

Humanas

B intensificação do êxodo rural.

C diversificação da cultura alimentar.

D desconcentração da estrutura fundiária

QUESTÂO 4

A primeira colheita mecanizada de ar-

roz no Brasil começou nos anos 1930, no Rio
Grande do Sul. Era o início de um processo
que teria consequências não apenas na eco-
nomia, mas em toda a sociedade. Em algu- Disponível em: www.portoferreirahoje.com.br.
mas décadas, o país passou da tração ani- Acesso em:26 ago. 2013

mal para a máquina, da subsistência para a

economia de escala no campo, da agricultura
tradicional para a agroindústria.
MONTEIRO, A. Décadas de mudanças. Disponível em: http://revis-
tagloborural.globo.com.
Acesso em: 30 jul. 2014 (adaptado).

O processo de transformação descrito no tex-

to contribuiu para qual mudança na estrutura
agrária brasileira?

A Crescimento de áreas desapropriadas.

B Estímulo do consumo regional. Disponível em: www.agrocim.com.br. Acesso

em:25 ago.2013

C Aumento da produção rural.

A alteração da técnica produtiva ilustrada nas
imagens exigiu do setor agrícola a
D Impulso do cultivo familiar.
A valorização da agricultura familiar.

B fiscalização dos direitos trabalhistas.

C ampliação de trabalhadores no campo.

D qualificação da mão de obra empregada.

108
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 AULA 14
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Revolução Industrial: as ciências humanas
compreendem como o período de grande de-
senvolvimento tecnológico que foi iniciado na
Inglaterra a partir da segunda metade do século
XVIII.
A Primeira Revolução Industrial ocorreu em me-
ados do século XVIII e do século XIX. Sua prin-
cipal característica foi o surgimento do carvão
mineral como principal fonte de energia e da
mecanização, que operou significativas trans-
formações em quase todos os setores da vida
humana. Esses avanços contribuíram para a
consolidação de uma nova forma de produção,
bem como deram início a uma nova realidade
industrial, estabelecendo um novo padrão de
consumo na sociedade e novas relações de
trabalho.
A segunda fase da revolução corresponde ao
processo evolutivo das tecnologias que modifi-
caram ainda mais o cenário econômico, indus-
trial e social. Essa fase iniciou-se da metade do
século XIX até o início do século XX. As princi-
pais inovações dessa fase da revolução estão
associadas à introdução de novas fontes de
energia e de novas técnicas de produção, com
destaque para a ampliação da divisão do traba-
lho. O uso da eletricidade do petróleo possibili-
tou a substituição do vapor. A eletricidade, antes
usada apenas no desenvolvimento de pesqui-
sas laboratoriais, passou a ser usada também
no setor industrial.
Devido à baixa remuneração, condições de tra-
balho e de vida sub-humanas, os operários se
organizam. Desta forma, associaram-se em or-
ganizações trabalhistas e sindicatos para reivin-
dicar melhores jornadas menores e aumento de
Humanas
salários. No Brasil, embora tenha ocorrido de
forma gradual, a conquista dos direitos traba-
lhistas foi um grande passo dado rumo ao pro-
gresso social. A promulgação da Consolidação
das Leis Trabalhistas – CLT trouxe inovação às
legislações vigentes na época e ao modo como
o trabalhador era visto pela sociedade. Entre
essas conquistas podemos citar:
• instituiu o salário mínimo,
• jornada de trabalho de oito horas,
• repouso semanal, as férias anuais remunera-
das
• indenização por dispensa sem justa causa
Com a promulgação da Constituição Federal,
em 1988, essas conquistas se ampliaram:
• salário mínimo unificado no país inteiro
• licença maternidade de 120 dias
• 5 dias de licença paternidade
• a estabilidade no emprego para servidores
públicos
• direito irrestrito de greve
• adicional de um terço de férias
• aviso prévio de 30 dias
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
109
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 AULA 14
Humanas
QUESTÂO 1
Em junho de 1917, uma greve geral para-
lisou totalmente a cidade de São Paulo por
oito dias. As principais reivindicações eram o au-
mento de salários, a redução de jornada
trabalhava-se de 12 a 16 horas diárias -, o fim da
exploração de menores e mulheres, e a
transformação das condições gerais de trabalho.
Vitorioso, o movimento assustou as elites.
18.001
IPEA. Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 24 ago. 2013
A iniciativa que viabilizou a conquista dos direitos
mencionados no texto partiu dos
A grupos empresariais receosos de retalia-
ção.
B partidos políticos atuantes nas causas so-
ciais.
C trabalhadores organizados em sindicatos
de classe.
D líderes religiosos preocupados com o
avanço socialista
QUESTÂO 2
Em consequência da divisão do trabalho,
o mesmo número de pessoas é capaz de
executar uma quantidade maior de trabalho. Isso
ocorre por três motivos: primeiro, o aumento
de destreza de cada um dos trabalhadores; se-
gundo, a possibilidade de poupar o tempo que
habitualmente se perdia ao passar de uma tarefa
a outra; e, finalmente, a invenção de um
grande número de máquinas que facilitam e re-
duzem o trabalho e tornam um só homem capaz
de realizar o trabalho de muitos.
18.pdf
SMITH, A. A riqueza das nações. Lisboa: Fundação Calouste Gul-
benkian, 1981 (adaptado).
110
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Uma consequência econômica da situação des-
crita no texto foi a
A diminuição dos custos produtivos.
B falência das grandes corporações.
C redução dos mercados consumidores.
D decadência das instituições financeiras
QUESTÂO 3
A temática dos direitos da criança e do
adolescente - a qual se inscreve na agenda
dos Direitos Humanos
- foi se consolidando e se renovando. É uma
área que ainda exige
esforços teóricos concentrados, à altura da
grande rede de atores e processos envolvidos
na
implementação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei n. 8.069/90), que, muito mais
do
que uma legislação, constitui uma política de
aposta no presente e no futuro das crianças e
dos
adolescentes de todo o país.
SALES, M. A. Metáforas da violência: adolescentes infratores sob a mira da mídia,
da polícia e da política. In: FRANCISCO, E. M. V.; ALMEIDA, C. C. L. (Org.). Tra-
balho, território, cultura novos prismas para o debate das políticas públicas. São
Paulo: Cortez, 2007 (adaptado).18.pdf SMITH, A. A riqueza das nações. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1981 (adaptado).
No contexto do Brasil atual, dentre os desafios
para a concretização dos direitos assegurados
pela lei mencionada está a
A erradicação do trabalho infantil.
B valorização da diversidade religiosa.
C divulgação de campanhas de vacinação.
D implementação do estímulo da natalidade.
 AULA 14

QUESTÂO 4

Humanas
Em relação ao mundo do trabalho, a trans-
Em 1913, Henry Ford lançou a moder-
formação apontada no texto teve como
na linha de montagem em sua fábrica, nas
consequência a:
proximidades de Detroit, com a qual provocou
uma transformação radical da produção e da A Melhoria da qualidade da produção indus-
sociedade norte-americana. Reduziu o tempo trial.
necessário para montar um Ford Modelo T, B Redução da oferta de emprego nas zonas
de 12,5 horas para apenas 93 minutos. Henry rurais.
Ford dizia que se pudesse economizar a cada
um de seus trabalhadores 50 passos diários, C Permissão ao trabalhador para controlar
poderia economizar milhares no final do ano. seus próprios horários.
Há um século, a linha de montagem da Ford mudava a sociedade.
Disponível em: http://exame.abril.com.br.
D Ampliação do período disponível para a jor-
Acesso em: 25 jul. 2014 (adaptado) nada de trabalho.

Um impacto do modelo produtivo descrito ANOTAÇÕES

para o setor industrial foi a
__________________________
__________________________
A redução dos estoques.
__________________________
B diversificação de bens
__________________________
C especialização de tarefas.
__________________________
D desorganização dos sindicatos. __________________________
QUESTÂO 5 __________________________
__________________________
Dominar a luz implica tanto um avanço
tecnológico quanto uma certa liberação dos __________________________
ritmos cíclicos da natureza, com a passagem __________________________
das estações e as alternâncias de dia e noi-
te. Com a iluminação noturna, a escuridão
__________________________
vai cedendo lugar à claridade, e a percepção __________________________
temporal começa a se pautar pela marcação
do relógio. Se a luz invade a noite, perde sen-
__________________________
tido a separação tradicional entre trabalho e __________________________
descanso — todas as partes do dia podem __________________________
ser aproveitadas produtivamente.
(SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: __________________________
Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 - adaptado) __________________________
__________________________

111
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 AULA 15
TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO
Humanas
O ponto culminante do desenvolvimento in-
dustrial, em termos de tecnologia, teve início
em meados do século XX (Terceira Revolução
Industrial), por volta de 1950, com o desenvol-
vimento da eletrônica. Esta permitiu o desen-
volvimento da informática e a automação das
indústrias. Deste modo, as indústrias foram dis-
pensando a mão de obra humana e passaram
a depender cada vez mais das máquinas para
fabricar seus produtos. O trabalhador intervinha
como supervisor ou em apenas algumas eta-
pas da produção.
A revolução que vivemos agora, conhecida
como Indústria 4.0, tem como principal carac-
terística a interconexão de todas as etapas da
produção. Baseada em um novo fenômeno tec-
nológico – a digitalização das informações e a
utilização dos dados para tornar a indústria mais
eficiente –, esta nova revolução visa reduzir fa-
lhas, aumentar a sustentabilidade da indústria e
a lucratividade.
Com os avanços tecnológicos, consequência
da terceira e quarta revolução industrial, surgem
novas soluções para um mercado mais produti-
vo e lucrativo, o que resulta em profundas trans-
formações, como a extinção de determinados
cargos e o surgimento de novas profissões. a
criação de máquinas substituiu funções que
antes eram exercidas pelos trabalhadores, o
que provocou demissões e extinção de cargos.
Entretanto, o impacto da tecnologia também re-
sultou no surgimento de novas profissões liga-
das à criação, produção e manutenção desses
novos recursos tecnológicos e cada vez mais é
necessário investir em qualificação profissional.
Toda essa tecnologia não ficou só na produção,
também teve reflexos no cotidiano das pesso-
as. É fácil notar essas consequências, como
por exemplo na aceleração dos sistemas de
112
termineseusestudos.com.br
comunicação de transporte. Eventos que ocor-
rem nas mais diversas partes do mundo são
rapidamente repercutidos e transmitidos para
nós, em uma velocidade dita em “tempo real”.
Atualmente, também é possível para nós o rá-
pido deslocamento em distâncias que, ante-
riormente, levavam muito tempo para serem
percorridas.
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
 AULA 15
QUESTÂO 1 No texto, retrata-se um aspecto do modo de
As transformações geradas pelas descober-
tas tecnológicas das últimas décadas estão na
base das mudanças que ocorrem no mundo
hoje. A descoberta da informática e, sobretudo,
os avanços extremamente rápidos que se se-
guiram nessa área, a partir da década de 1970,
foram tão significativos para a humanidade que
se decidiu igualar sua importância à da desco-
berta da máquina a vapor ou do tear mecânico e
da divisão do trabalho, chamando-os de Tercei-
ra Revolução Industrial.
FERREIRA, J. S. W. Os contrastes da mundialização:
a economia como instrumento de poder em um sistema
internacional excludente. Disponível em: www.usp.br.
Acesso em: 4 set. 2014.
No mundo contemporâneo, uma consequência
socioeconômica do processo descrito é a
A integração dos espaços mundiais.
B redução dos fluxos migratórios.
C ampliação do emprego formal.
D estagnação do setor terciário.
QUESTÂO 2
Em sua esmagadora maioria, as pessoas tra-
balham a partir de casa, de seus carros, trens
e aviões, de seus aeroportos e hotéis, durante
as férias e à noite estão sempre disponíveis,
enquanto seus bipes e telefones móveis nunca
param de tocar. Quanto à vida cotidiana, as pes-
soas continuam fazendo compras no shopping
center depois de verificar opções e preços na
internet, ou vice-versa.
CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre
a internet, os negócios e a sociedade.
Rio de Janeiro: Zahar, 2003 (adaptado).
Humanas
vida das sociedades contemporâneas que é
caracterizado pela
A ampliação do tempo dedicado ao lazer.
B limitação do alcance de atuação das
empresas.
C restrição dos espaços em que o trabalho é
realizado.
D flexibilização dos locais em que as
atividades são desenvolvidas.
QUESTÂO 3
A notícia do assassinato do presidente norte-a-
mericano Abraham Lincoln em 1865 levou 13
dias para cruzar o Atlântico e chegar à Europa.
A queda da Bolsa de Valores de Hong-Kong, na
semana passada, levou 13 segundos para cair
como um raio sobre São Paulo e Tóquio, Nova
York e Tel Aviv, Buenos Aires e Frankfurt. Eis ao
vivo e em cores a globalização como um fato da
vida real.
ROSSI, C. Globalização diminui distâncias e lança o
mundo na era da incerteza. Folha de S. Paulo,
2 nov. 1997 (adaptado).
No contexto mundial, a mudança citada ilustra
a influência da
A submissão dos mercados ocidentais aos
asiáticos.
B sobreposição dos aspectos econômicos
aos políticos.
C ampliação dos transportes intermarítimos
e terrestres.
D aceleração dos fluxos de informações e
comunicações.
113
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 AULA 15

QUESTÂO 4
Humanas

As novas formas de interconexão e A falta de variedade no quadro de notícias vol-

de organização política e cultural, rotuladas tadas ao público jovem.
com a expressão “cibercultura”, têm potencial B imprecisão das informações apuradas por
para originar uma verdadeira revolução, com agências de notícias mundiais.
uma inédita multiplicidade de pontos de vista
em todos os debates socialmente relevantes. C predominância dos meios digitais sobre plata-
formas tradicionais de informações
MAEDA, D. O fim da dicotomia? Revista de Ciências Sociais, n. 1,
abr.-maio 2012 (adaptado).
D exploração sensacionalista de notícias coti-
No texto, a originalidade da “cibercultura” dianas sem preocupação com os fatos
está associada à
ANOTAÇÕES
A capacidade de promover a circulação de
ideias. __________________________
B competência de inovar a organização dos
__________________________
sindicatos. __________________________
C vocação de esclarecer a consciência de __________________________
classe.
__________________________
D virtude de reforçar a aplicação das leis.
__________________________
QUESTÂO 5
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
Disponível em: www1.folha.uol.com.br.
__________________________
Acesso em: 24 ago. 2013 __________________________
A charge demonstra a atual realidade
__________________________
do jornalismo impresso mundial, marcada __________________________
pela __________________________

114
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 AULA 16
FONTES DE ENERGIA
As fontes de energia são recursos naturais ou
artificiais utilizados pela sociedade para produ-
ção de algum tipo de energia. A energia, por sua
vez, é utilizada para propiciar o deslocamento
de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade
para os mais diversos fins.
Conforme a capacidade natural de reposição
de recursos, as fontes de energia podem ser
classificadas em renováveis e não renováveis.
Fontes não renováveis de energia: As fon-
tes não renováveis de energia são aquelas que
não se renovam rapidamente no meio ambien-
te, sendo consideradas combustíveis fósseis,
ou seja, seu uso é altamente poluente e causa
grandes impactos no meio ambiente. Alguns
exemplos são:
• Combustíveis fósseis: A queima de com-
bustíveis fósseis pode ser empregada tan-
to para o deslocamento de veículos quanto
para a produção de eletricidade em esta-
ções termoelétricas. Os três tipos principais
são petróleo, carvão mineral e gás natural.
Vantagens: Possuem alta eficiência energética
Desvantagem: A queima desses combustíveis
libera gases poluentes à atmosfera, levando à
danificação da camada de ozônio e à intensifi-
cação o aquecimento global.
• Energia nuclear (atômica): é adquirida pela
quebra ou fissão do núcleo atômico, em usi-
nas nucleares. Essa energia não se renova,
pois um núcleo quebrado não retorna ao
seu estado original.
Vantagens: O uso dessa fonte de energia não
libera gases de efeito estufa e não depende de
fatores climáticos para viabilizar seu uso.
Desvantagem: Seu uso apresenta alto poten-
cial de risco de acidentes nucleares.
Humanas
Fontes renováveis de energia: As fontes re-
nováveis de energia são aqueles recursos na-
turais que não se esgotam com seu uso, ou
seja, renovam-se ao longo do tempo natural-
mente. Alguns exemplos são:
• Energia solar: é o aproveitamento da luz
do sol para gerar eletricidade e aquecer a
água para uso.
Vantagem: É uma fonte de energia limpa,
abundante em diversas áreas e apresenta bom
custo-benefício.
Desvantagem: Requer avanços tecnológicos
que viabilizem economicamente seu uso.
• Energia eólica: os ventos ativam as turbi-
nas dos aerogeradores, fazendo com que
os geradores convertam a energia mecâni-
ca produzida em energia elétrica.
Vantagem: Não emite gases poluentes à at-
mosfera.
Desvantagem: A instalação provoca modifica-
ção na paisagem e prejudica a rota migratória
de aves.
• Energia hidrelétrica: corresponde ao apro-
veitamento da água dos rios para movimen-
tação das turbinas de eletricidade.
Vantagem: É uma fonte de energia limpa, com
baixo custo operacional.
Desvantagem: Provoca danos ambientais, im-
pactando a biodiversidade e a população resi-
dente no local de construção das usinas.
• Biomassa: consiste na queima de substân-
cias de origem orgânica para produção de
energia. Ocorre por meio da combustão de
materiais como lenha, bagaço de cana e
outros resíduos agrícolas, restos florestais
e até excrementos de animais.
115
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 AULA 16
Vantagem: É uma fonte de energia pouco po-
Humanas
luente cujos recursos são renováveis a curto
prazo.
Desvantagem: Pode impactar os recursos hídri-
cos em virtude da demanda de água utilizada
e pode provocar também aumento do desma-
tamento.
• Energia das marés (maremotriz): é o apro-
veitamento da subida e da descida das ma-
rés para produção de energia elétrica. Fun-
ciona de forma relativamente semelhante a
de uma barragem comum.
Vantagem: É considerada uma fonte de energia
limpa por agredir minimamente o meio ambien-
te.
Desvantagem: Requer avanços tecnológicos.
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
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 AULA 16
QUESTÂO 1 A opção tecnológica retratada na notícia pro-
O Japão produzia mais de 10 por cento
da energia nuclear global, mas desativou
temporariamente suas usinas depois do aciden-
te de Fukushima, em março de 2011. O país
se junta agora à Alemanha, Suíça e Bélgica como
nações que decidiram eliminar suas usinas
atômicas e investir mais em energias renová-
veis. Em Paris, o presidente da França, François
Hollande, confirmou sua promessa de campa-
nha de reduzir a energia nuclear de 75 para 50
por
cento da matriz energética até 2025.
Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 19 ago.2014
A reportagem revela uma nova tendência esta-
belecida por alguns países que têm como obje-
tivo
A reestruturar os custos de produção.
B incentivar a concentração industrial.
C prevenir a ocorrência de acidentes.
D minimizar o desperdício de recursos.
QUESTÂO 2
Empresa vai fornecer 230 turbinas para o
segundo complexo de energia à base de ventos,
no sudeste da Bahia. O Complexo Eólico Alto
Sertão, em 2014, terá capacidade para gerar 375
MW (megawatts), total suficiente para abastecer
uma cidade de 3 milhões de habitantes.
MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na
Bahia. Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.
Humanas
porciona a seguinte consequência para o sis-
tema energético brasileiro:
A Redução da utilização elétrica.
B Ampliação do uso bioenergético.
C Expansão das fontes renováveis.
D Contenção da demanda urbano-industrial.
QUESTÂO 3
Energias renováveis são aquelas que se
regeneram espontaneamente ou através da in-
tervenção humana. São consideradas energias
limpas, pois os resíduos deixados na natureza
são nulos.
Disponivel em: https://www.todamateria.com.br/fontes-de-energia/
Assinale qual alternativa apresenta apenas fon-
tes renováveis de energia:
A carvão mineral, solar, eólica e biomassa.
B biomassa, solar, eólica e gás natural.
C nuclear, petróleo, gás natural e biomassa.
D eólica, solar, hidrelétrica e biomassa.
QUESTÂO 4
Quando se projeta um cenário de cres-
cimento do PIB brasileiro para o ano de 2001,
imediatamente tem que se levar em conta os
limites da oferta de eletricidade. Nesse senti-
do, aponta-se como alternativa a energia atô-
mica para suprir essa demanda.
117
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 AULA 16

Aponte a alternativa apresenta um ponto po- __________________________

Humanas

sitivo do uso da energia atômica:

__________________________
A consolidar o controle privado da gestão.
__________________________
B assegurar a participação da sociedade civil.
__________________________
C garantir a arrecadação de recursos tributários. __________________________
D favorecer o modelo empresarial de fiscalização. __________________________
__________________________
QUESTÂO 5 __________________________
A energia gerada pela força dos ven-
__________________________
tos é chamada de eólica. As usinas eólicas __________________________
são comumente implantadas em áreas onde
há uma elevada circulação atmosférica, que
__________________________
garante a continuidade dos ventos para a ati- __________________________
vação das turbinas. Dentre as vantagens da __________________________
energia eólica, pode-se citar:
__________________________
A a elevada emissão de poluentes na atmos- __________________________
fera.
__________________________
B a impossibilidade de emprego nas regiões
brasileiras. __________________________
C a não utilização de tecnologias modernas.
__________________________
__________________________
D o baixo impacto ambiental do seu funciona-
mento. __________________________
__________________________
ANOTAÇÕES
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
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 AULA 17
IMPACTOS AMBIENTAIS
Os impactos ambientais podem ser definidos
como alterações provocadas no ambiente por
ação humana. Eles podem ser positivos, quan-
do resultam em melhorias para o ambiente, ou
negativos, quando essas alterações causam al-
gum risco para o ser humano ou para os recur-
sos naturais encontrados no espaço.
- Impactos ambientais positivos:
• plantio de mudas
• limpeza ou no desassoreamento dos rios
• construções de barragens com o intuito de
recuperar ou impossibilitar danos ambien-
tais
- Impactos ambientais negativos:
• Redução da biodiversidade de plantas e
animais: Com o desenvolvimento das ativi-
dades humanas, tornou-se cada vez mais
comum a substituição da vegetação nativa
por construções humanas. Com isso, mui-
tas espécies já desapareceram ou correm
risco de extinção.
• Contaminação do ar, água, fauna e flora: As
atividades humanas geram muitos resíduos,
que se acumulam na natureza e causam a
poluição e contaminação do ar, água, solo,
fauna, flora e até mesmo do próprio homem.
• Alterações climáticas: Acredita-se que as
atividades humanas tenham contribuí-
do para a intensificação do efeito estufa e
aquecimento global do mundo, uma vez que
os gases emitidos pelas indústrias e auto-
móveis contribuem para a conservação do
calor na atmosfera, aumentando assim, o
efeito estufa, e, consequentemente, a tem-
peratura no planeta Terra.
Quando avaliamos nossa relação com o meio
Humanas
ambiente, percebemos que ela acontece de
forma desigual. Quanto mais as atividades hu-
manas se desenvolvem, mais o meio é afeta-
do, principalmente pelos impactos negativos.
Por isso, é cada vez mais comum o estudo
sobre os impactos ambientais para que haja
conscientização da população e de governan-
tes sobre a necessidade de se praticar um de-
senvolvimento sustentável, que promova o de-
senvolvimento econômico sem comprometer o
meio ambiente e a oferta de recursos naturais
para o futuro. Algumas medidas sustentáveis
são:
• Descarte adequado do lixo e dos rejeitos
tanto domésticos quanto industriais
• Utilização de energias limpas e renováveis,
como é o caso da energia solar;
• Adoção de meios alternativos de transpor-
te que sejam menos poluentes ou, ainda, a
priorização do transporte coletivo em detri-
mento do individual;
• Evitar o desperdício de água;
• Economizar energia elétrica;
• Praticar o consumo consciente, atentando-
-se à certificação ambiental e procedência
dos produtos;
• Redução do desmatamento e da prática de
queimadas;
ANOTAÇÕES
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
__________________________
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 AULA 17

QUESTÂO 1 A Vazão dos rios.

O açúcar inventou uma paisagem origi- B Grau de arborização.
nalíssima, marcada por canaviais e pelo famoso
“triângulo rural”, a casa-grande e a senzala, a ca- C Declividade do relevo.
pela e a fábrica, mas também depredou o meio
físico, empobreceu o solo, poluiu as águas dos D Intensidade das chuvas.
rios e devastou a Mata Atlântica. QUESTÂO 3
MELLO, E. C. Um imenso Portugal: história e historiografia. São Paulo:
Humanas

Editora 34, 2002 (adaptado). Em Salvador e na região metropolitana, são

Uma técnica do modelo agrícola descrito que descartados, por ano, cerca de dois milhões
contribuiu para esses resultados ambientais foi de toneladas de resíduos sólidos. Se não fo-
rem tomadas providências, em pouco tempo,
A arar a terra. os aterros sanitários não serão suficientes
para manter tanto lixo.
B adubar a lavoura. Considerando-se a problemática do lixo das
grandes regiões metropolitanas do país, en-
C irrigar a plantação tre as soluções corretas para reduzir o acú-
mulo desse material nos aterros sanitários,
D queimar a vegetação. pode-se incluir

A a incineração de resíduos sólidos descar-

QUESTÂO 2
Na Avenida Paulista, cartão-postal da ci-
dade de São Paulo, os termômetros indicam 30
graus
Celsius às 15 horas. No mesmo dia, na mesma
hora, no sul e no norte do município, onde se
encontram as áreas rurais e de proteção dos
mananciais, a temperatura é de 20 graus, 10
graus
a menos que na zona central da cidade.
LOUREIRO, T. Disponível em: http://abril.com.br. Acesso em: 20 ago.
2013 (adaptado).
As diferenças descritas no texto observadas em
um mesmo município derivam do seguinte fator
componente da paisagem:
tados nos aterros sanitários.
B o incentivo às cooperativas de catadores
e aos artesões para transformar os resí-
duos sólidos em material reciclado.
C o reaproveitamento de resíduos com ob-
jetivo de reciclá-los e introduzi-los na eco-
nomia.
D a ampliação de aterros sanitários para
aproveitar a energia gerada na biodecom-
posição de resíduos sólidos.

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 AULA 17

QUESTÂO 4

A indústria de manufatura eletrônica é B relação entre o elevado índice de desem-

o setor da produção que mais cresce. Em ter-
mos de faturamento, só perde para a indús-
tria petrolífera. Em função desse crescimento,
combinado com a rápida obsolescência dos
seus produtos, o lixo eletrônico (e-waste) é,
agora, o tipo de lixo que cresce mais rapida-
mente no mundo. Está começando a alcan-
çar proporções desastrosas e, tardiamente,
prego e a inocorrência de mudanças climá-
ticas.
C diminuição dos níveis de poluição verifi-
cados nas áreas mais industrializadas do
mundo.
D conciliação entre os ideais de desenvolvi-

Humanas
os países industrializados começaram a lidar mento econômico e a preservação ambien-
com o problema. tal.
MATTOS, K. M. C.; PERALES, W. J. S. Os impactos ambientais
causados pelo lixo eletrônico e o uso da logística reversa para mini-
mizar os efeitos causados ao meio ambiente. Disponível em: www.
abepro.org.br. Acesso em: 25 mar. 2013. ANOTAÇÕES

Uma ação eficiente para minimizar o impacto

__________________________
ambiental provocado por essas característi- __________________________
cas produtivas é
__________________________
__________________________
A intensificar o fomento à modernização. __________________________
B instalar filtros nas unidades produtivas. __________________________
C aplicar investimentos em processos de
__________________________
reciclagem. __________________________
D aumentar impostos sobre produtos __________________________
industrializados. __________________________
__________________________
QUESTÂO 5
__________________________
O uso do termo desenvolvimento sustentável __________________________
tem se tornado recorrente à medida que cres-
ce a preocupação mundial com as questões
__________________________
ambientais. O conceito de dese volvimento __________________________
está ligado à
__________________________
A atuação dos principais organismos interna- __________________________
cionais na incentivação do desmatamento.
__________________________

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 RESPOSTA DOS EXERCÍCIOS
HUMANAS AULA 1 HUMANAS AULA 8
1-B 1-B
2-B 2 -A
3-B 3-C
4 -A 4-B
5-C 5-D
HUMANAS AULA 2 HUMANAS AULA 9
1-D 1 -A
2-B 2-D
3-B 3-D
4 -A 4-B
5-B 5-D
HUMANAS AULA 3 HUMANAS AULA 10
1-B 1-D
2-C 2-D
3-C 3-B
4-C 4-B
5 -A 5-D
HUMANAS AULA 4 HUMANAS AULA 11
1-C 1-B
2-D 2-D
3-B 3 -A
4 -A 4-C
5-D 5-D
HUMANAS AULA 5 HUMANAS AULA 12
1 -A 1 -A
2-D 2-C
3-D 3-C
4-C 4-C
5-D 5-D
HUMANAS AULA 6 HUMANAS AULA 13
1-B 1-D
2-D 2-C
3 -A 3-B
4 -A 4-C
5-B 5-D
HUMANAS AULA 7 HUMANAS AULA 14
1-C 1-C
2-B 2 -A
3-C 3 -A
4-B 4-C
5-D 5-D

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 RESPOSTA DOS EXERCÍCIOS
HUMANAS AULA 15
1 -A
2-D
3-D
4 -A
5-C
HUMANAS AULA 16
1-C
2-C
3-D
4-B
5-D
HUMANAS AULA 17
1-D
2-B
3-C
4-C
5-D

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