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Início: século VXII – Apogeu após a Revolução industrial, início do século XIX
Visão liberal - consiste em enxergar que todos os seres humanos são dotados de
capacidades para o trabalho e intelectuais e que todos têm direitos naturais a exercer a sua
capacidade.
Estado não tem o direito de interferir na vida e nas liberdades individuais dos cidadãos, a
menos que esses atentem contra a ordem vigente.
Esse pensamento liberal norteou eventos como a Revolução Francesa e a Revolução
Industrial, criando um Estado de Direito liberal na modernidade, que visava assegurar os
direitos dos cidadãos.
As primeiras insurgências liberais começaram com um pensamento burguês que desafiava a
ordem vigente do absolutismo.
O pensamento liberal começou a se espalhar pela Europa, destacando-se personalidades
como o filósofo inglês John Locke, Jeremy Bentham, Voltaire, Montesquieu e Diderot.
Também foi fundamental a percepção de que existem direitos básicos que devem ser
garantidos, o que John Locke chamou de naturais e que os iluministas franceses chamaram
de direitos do homem e do cidadão. Dentre tais direitos, destacam-se a liberdade, a igualdade
e o direito à propriedade.
Outro fator que impulsionou o pensamento liberal foi a Revolução Industrial e o
desenvolvimento do capitalismo industrial.
Características do liberalismo
Visava a acabar com a opressão do chamado Antigo Regime.
Para os teóricos liberais modernos, não havia qualquer justificativa para o controle da vida, do
governo e da economia por parte dos monarcas.
Centro do pensamento liberal: a capacidade individual de trabalhar, criar e evoluir.
Tipos de liberalismo
Liberalismo político
O pensamento liberal - acabar com a opressão estatal sobre a vida das pessoas em seus
aspectos políticos e econômicos.
Os liberais modernos adotaram uma visão política baseada no republicanismo ou no
parlamentarismo. Esses sistemas políticos permitiam a divisão dos poderes, retirando das
mãos de um monarca o poder absoluto.
Charles de Montesquieu, defendeu a divisão dos poderes estatais em três partes: o Poder
Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário.
Liberalismo econômico
Adam Smith - O liberalismo econômico consiste no entendimento de que o Estado não deve
interferir na economia, pois essa deve ser feita a partir da livre iniciativa dos cidadãos.
A meritocracia e a valorização do esforço individual são marcantes no pensamento liberal,
que coloca como responsável pela riqueza e pelo sucesso, unicamente, o indivíduo.
Revolução Industrial
Revolução Industrial foi iniciada na segunda metade do século XVIII e causou profundas
transformações para a humanidade, por meio do surgimento da indústria e do capitalismo.
A Inglaterra foi a pioneira do desenvolvimento industrial por ser a nação que possuía as
condições mínimas necessárias para desencadear esse processo.
O ponto de partida da Revolução Industrial foi o desenvolvimento da máquina a vapor.
A revolução resultou em transformações sensíveis no modo de produção das mercadorias e
nas relações de trabalho e em forte redução do salário.
Os trabalhadores, intensamente explorados, mobilizaram-se em organizações e coordenaram
dois movimentos: o ludismo e o cartismo.
A Revolução Industrial, mesmo que não tenha tido rupturas, foi dividida em fases que
representam um processo evolutivo tecnológico que transformou o setor econômico e social.
A Primeira Revolução Industrial representa o início do processo de industrialização limitado à
Inglaterra no século XVIII.
A Segunda Revolução Industrial iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial e representou um
período de grandes inovações tecnológicas.
A Terceira Revolução Industrial teve início na metade do século XX e corresponde ao
desenvolvimento não só do setor industrial, mas também do campo científico.
As principais consequências da Revolução Industrial foram as novas relações de trabalho; a
consolidação do capitalismo; a industrialização dos países; a expansão do imperialismo; o
êxodo rural e a urbanização; os avanços nos campos da medicina, do transporte e das
telecomunicações; o aumento da capacidade produtiva e do consumo; os impactos
ambientais negativos etc.
Fases da Revolução Industrial
Geograficamente, a Revolução Industrial, no que tange às transformações nos campos
econômico, tecnológico e social, possibilitou uma nova forma de organização da sociedade,
bem como deu início a uma nova forma de produção e consumo de bens e serviços.
Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial é marcada pelo início do processo de industrialização que
transformou cenário econômico e social.
A primeira fase da Revolução Industrial corresponde à sua eclosão no século XVIII (1760 a
1850), limitada à Europa ocidental e tendo a Inglaterra como precursora. Essa primeira fase
representa o conjunto de mudanças no setor econômico e no setor social possibilitado pela
evolução tecnológica.
Esses avanços contribuíram para a consolidação de uma nova forma de produção, bem como
deram início a uma nova realidade industrial, estabelecendo um novo padrão de consumo na
sociedade e novas relações de trabalho.
Marca a substituição da manufatura pela maquinofatura.
Expansão do comércio, e a mecanização possibilitou maior produtividade e,
consequentemente, o aumento dos lucros.
Os principais avanços tecnológicos conhecidos nessa fase foram:
uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;
desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;
invenção do telégrafo;
aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;
ampliação da indústria siderúrgica.
Segunda Revolução Industrial
Uma das invenções na Segunda Revolução Industrial foi a locomotiva.
A segunda fase da revolução corresponde ao processo evolutivo das tecnologias que
modificaram ainda mais o cenário econômico, industrial e social. Essa fase iniciou-se da
metade do século XIX até o início do século XX, findando-se durante a Segunda Guerra
Mundial (1939 a 1945).
Esse período representou avanços geográficos, representando o momento em que a
revolução deixou de limitar-se à Inglaterra espalhando-se para outros países, como Estados
Unidos, Japão, Alemanha e França.
Fim do Antigo Regime e também influenciaram o fortalecimento do capitalismo, impulsionado
pela industrialização.
Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar essa fase, que
ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e aperfeiçoamento
tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem como os lucros obtidos.
O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa, principalmente no campo da
medicina.
As principais inovações dessa fase da revolução estão associadas à introdução de novas
fontes de energia e de novas técnicas de produção, com destaque para a indústria química. O
uso da eletricidade do petróleo possibilitou a substituição do vapor. A eletricidade, antes
usada apenas no desenvolvimento de pesquisas laboratoriais, passou a ser usada também
no setor industrial. O petróleo passou a ser utilizado como combustível, e seu uso difundiu-se
com a invenção do motor a explosão.
Antecedentes
Esse movimento organizou-se principalmente por causa das tentativas inglesas de ampliar a
exploração sobre a economia das treze colônias. Essas ações da metrópole, que visavam
aumentar a exploração, principalmente a partir da cobrança de impostos, geraram grande
insatisfação nas elites locais, as quais passaram a defender a independência.
Ao longo do século XVIII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos, como a Guerra
de Sucessão Espanhola, a Guerra da Orelha de Jenkins e, principalmente, a Guerra dos Sete
Anos. Essas guerras contribuíram para o endividamento dessa metrópole e evidenciou que os
interesses da Coroa eram mais importantes que os dos colonos da América.
A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) foi a mais relevante dessas guerras, pois colocou
franceses e ingleses disputando o controle de territórios na América do Norte. Com a vitória
nessa guerra, a Inglaterra recebeu da França territórios que passaram a ser almejados pelos
colonos.
Os colonos americanos desejavam ocupar os novos territórios obtidos, porém a Coroa
inglesa, visando apaziguar as nações indígenas que habitavam aquela região, proibiu
qualquer iniciativa de ocupação e colonização com uma lei em 1763.
Interesses metropolitanos
A ampliação dos interesses metropolitanos, devido ao envolvimento da metrópole em
diversas guerras contribuiu para esvaziar os cofres ingleses e onerar os colonos com os
custos de manutenção dos exércitos. Para recuperar sua condição financeira, os ingleses
decretaram uma série de leis impondo taxas à colônia.
A Inglaterra estava passando pelo processo de Revolução Industrial, que foi responsável pelo
desenvolvimento das fábricas. Isso fez com que a produção interna aumentasse e,
consequentemente, a demanda por mercados consumidores também. A colônia surgiu, então,
aos olhos dos metropolitanos, como cliente em potencial.
A maior interferência da metrópole e a procura por ampliar sua exploração sobre a colônia
fizeram com que a Inglaterra decretasse uma série de leis nas décadas de 1760 e 1770
visando aumentar a arrecadação de sua colônia, como:
Guerra de independência
A declaração de independência das Treze Colônias deu início a uma guerra contra a
Inglaterra. Durante esse conflito, os ingleses enviaram o que possuíam de melhor em seu
exército, contudo, o apoio de franceses e de espanhóis aos colonos garantiu a vitória das
colônias sobre os ingleses.
A vitória decisiva dos americanos aconteceu em Yorktown, no estado da Virgínia, em 1781.
Após essa batalha, os ingleses conduziram negociações que levaram ao Tratado de Paris,
em 1783, no qual os ingleses reconheceram a independência dos Estados Unidos da
América. A partir disso, os Estados Unidos consolidaram-se como uma nação republicana,
baseada em um sistema federalista que dava grande autonomia para os governos estaduais.