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Seropédica, 2006
SUMÁRIO:
É indicada para pessoas que, por força de suas atividades profissionais ou de lazer,
estejam expostas permanentemente ao risco de infecção pelo vírus da raiva, tais como
profissionais e estudantes das áreas de Medicina Veterinária e de Biologia e profissionais e
auxiliares de laboratórios de Virologia e/ou Anatomopatologia para raiva. É indicada, também, para
aqueles que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de mamíferos
passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos, Centros de Controle de
Zoonoses, etc.
Esquema: 03 doses
Dias de aplicação: 0, 7, 14
Via de administração: intramuscular profunda
Local de aplicação: músculo deltóide ou vasto lateral da coxa (não aplicar no glúteo).
Controle sorológico: a partir do 14º dia, após a última dose do esquema.
Resultados:
a) Insatisfatório: se o título de anticorpos for menor do que 0,5 UI/ml. Nesse caso, aplicar
uma dose de reforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço.
b) Satisfatório: se o título de anticorpos for maior ou igual a 0,5 UI/ml.
Esquema: 03 doses
Dias de aplicação: 0, 7, 28
V ia de administração e dose: intramuscular profunda utilizando dose completa, ou
havendo capacitação técnica, por via intradérmica, utilizando a dose de 0,1 ml.
Local de aplicação: músculo deltóide ou vasto lateral da coxa (não aplicar no glúteo).
Controle sorológico: a partir do 14º dia após a última dose do esquema.
Resultados:
a) Insatisfatório: se o título de anticorpos for menor do que 0,5 UI/ml. Nesse caso, aplicar
uma dose de reforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço.
b) Satisfatório: se o título de anticorpos for maior ou igual a 0,5 UI/ml.
Importante: Deve-se fazer o controle sorológico anual dos profissionais que se expõem
permanentemente ao risco de infecção ao vírus da raiva, administrando-se uma dose de reforço sempre
que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/ml. Repetir a sorologia a partir do 14º dia, após à dose de reforço.
2. CARACTERÍSTICAS DO ANIMAL ENVOLVIDO NO ACIDENTE:
d. Os hábitos de vida do animal: o animal deve ser classificado como domiciliado ou não-
domiciliado.
ATENÇÃO: O contato indireto, como, a manipulação de utensílios, potencialmente contaminados e a lambedura da pele integra, não são
considerados acidentes de risco e não exigem tratamento profilático.
(1)É preciso avaliar, sempre, os hábitos dos cães e gatos e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do tratamento as pessoas
agredidas por cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do
domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus
donos e que não circulem em área com a presença de morcegos’. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado.
(2) Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de
reexposição;
(3) Aplicação do soro na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, a quantidade restante deve ser aplicada pela via
intramuscular podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina
Quadro 2. ESQUEMA PARA TRATAMENTO PROFILÁTICO ANTI-RÁBICO HUMANO COM A FUENZALIDA & PALACIOS
MODIFICADA
ATENÇÃO: O contato indireto, como, a manipulação de utensílios, potencialmente contaminados e a lambedura da pele integra, não são
considerados acidentes de risco e não exigem tratamento profilático.
(1)É preciso avaliar, sempre, os hábitos dos cães e gatos e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do tratamento as pessoas
agredidas por cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do
domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus
donos e que não circulem em área com a presença de morcegos’. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado.
(2) Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de
reexposição;
(3) Aplicação do soro na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, a quantidade restante deve ser aplicada
pela via intramuscular podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina
Quadro 3. ESQUEMAS DE REEXPOSIÇÃO, CONFORME O ESQUEMA E VACINA PRÉVIOS E A VACINA A SER UTILIZADA POR
OCASIÃO DA REEXPOSIÇÃO.
(1)pelo menos 3 doses da vacina fuenzalida & palácios em dias alternados ou 5 doses em dias seguidos:
(2)pelo menos 2 doses da vacina de cultivo celular em dias alternados;
(3)não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de doses do que aqueles referidos nas notas acima “1” e “2”
Importante:
1. Em caso de REEXPOSIÇÃO, com histórico de tratamento anterior completo e se o animal agressor, cão ou gato, for
passível de observação, considerar a hipótese de somente observar o animal;
2. Quando o paciente tiver o esquema de pré-exposição, em qualquer momento, adotar conduta conforme Quadro 4.
No Quadro 4 estão indicados os procedimentos a serem adotados para pacientes que acidentalmente se expuseram ao risco de infecção pelo
vírus da raiva e que tenham recebido tratamento pré-exposição anteriormente.
Quadro 4. CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL EXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA EM PACIENTES QUE RECEBERAM
ESQUEMA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO
SOROLOGIA VACINA
COMPROVADA FUENZALIDA & PALÁCIOS CULTIVO CELULAR
(TITULAÇÃO)
Com comprovação 3 (três) doses em dias alternados. 2 (duas) doses, uma no dia 0 e
sorológica Não indicar soro. outra no dia 3.
(título maior ou igual a Não indicar soro.
0,5 UI/ml)
Sem comprovação Verificar Quadro 3 em caso de Verificar Quadro 3 em caso
sorológica ou esquema vacinal incompleto de esquema vacinal
título inferior a 0,5 incompleto
UI/ml
Quadro 5. ESQUEMA PARA COMPLEMENTAÇÃO VACINAL CONTRA RAIVA COM A VACINA DE CULTIVO
CELULAR NO CASO DE EVENTOS ADVERSOS À VACINA FUENZALIDA & PALÁCIOS MODIFICADA
de 7 a 9 3 Doses 0*, 7, 21
É indispensável investigar história de vacinação anterior com Fuenzalida & Palácios modificada, para verificar a ocorrência
de eventos adversos e qual o tipo, para evitar novos eventos e orientar o tratamento. Ocorrendo reações locais e sistêmicas leves,
continuar o esquema com a vacina Fuenzalida e Palácios modificada. Recomenda-se o uso de anti-histamínicos e analgésicos. Na
vigência de sintomas sugestivos de reações sistêmicas graves ou comprometimento neurológico (cefaléia com dor muscular e
articular, diminuição do tônus muscular, parestesia plantar e outros sintomas e sinais neurológicos) completar o esquema com a
vacina de cultivo celular. Deve-se levar em consideração as doses de vacina já aplicadas, como indicado no Quadro 5.
As vacinas de cultivo celular estão disponibilizadas, inicialmente, nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais
Todo caso de evento adverso deve ser investigado e notificado ao Sistema de Vigilância de Eventos
Adversos do Programa de Imunizações das Secretarias Estaduais de Saúde em formulário próprio.
(CRIEs) do Programa de Imunizações das Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal.