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Português - Aula 04 - Hemocentro
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SUMÁRIO PÁGINA
1. Substantivo 3
2. Artigo 18
3. Adjetivo 19
4. Preposição 30
5. Advérbio 43
6. Lista de questões para revisão 51
7. Gabarito 65
Olá, pessoal!
Vamos falar do substantivo, adjetivo, preposição, artigo e advérbio.
Antes disso, vamos a uma pergunta:
O que são as classes de palavras?
Para responder a ela, é interessante observarmos alguns princípios
gramaticais.
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a
semântica, a morfologia e a sintaxe.
O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase.
A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas,
subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e
advérbios.
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da
palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes
de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase.
Esses vocábulos podem ser:
a) substantivo (dá nome aos seres);
b) artigo (determina o substantivo);
c) adjetivo (caracteriza o substantivo);
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio);
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo);
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc);
g) conjunção (liga orações ou palavras);
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos);
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres);
j) interjeição (marca exclamações).
Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um
elemento de consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre
morfologia, semântica e sintaxe; pois, quando a prova junta os conteúdos
numa só questão, isso ajudará muito.
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de
palavras.
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de
palavras (substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral,
interjeição, preposição e conjunção). Logicamente, não nos interessa comentar
todas as classes, mas aquilo que é cobrado em prova.
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram
basicamente nas classes “verbo”, “artigo”, “substantivo”, “adjetivo”,
“advérbio”, “pronome”, “conjunção” e “preposição”.
O que é importante a ser trabalhado sobre conjunção basicamente é
visto nas aulas de orações coordenadas e subordinadas adverbiais e
substantivas.
O que é importante a ser trabalhado sobre verbo já foi visto nas duas
aulas anteriores.
Os assuntos numeral e interjeição praticamente não têm ocorrências nas
provas.
Por isso, basicamente trabalharemos preposições, substantivos,
adjetivos, artigos e pronomes.
Vamos lá?!!!
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve
incluir os nomes de pessoas, lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes
de natureza espiritual ou mitológica:
mulher Teresina cavalo anjo alma
comunidade saci sereia sociedade Maria
Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades,
sensações, sentimentos:
acontecimento integridade correria encontro amor
miséria honestidade cidadania liberdade
1
A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
2
A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
3
A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
4
A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
5
A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
Metafonia
Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de
timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia.
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:
abrolho destroço miolo posto caroço
esforço olho povo corno forno
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)
ovo reforço corpo fosso poço
rogo corvo imposto porco socorro
despojo jogo porto tijolo
b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:
acordo consolo estorno moço adorno
contorno ferrolho molho “condimento” almoço
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III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:
a girafa a águia a barata
a cobra o jacaré a onça
o tatu a anta a arara
a borboleta o canguru o caranguejo
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao
gênero. Atente para os mais importantes:
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São masculinos:
o açúcar o afã o alvará
o anátema o aneurisma o antílope
o apêndice o apetite o algoz
o cataclismo o cônjuge o champanha
o gengibre o herpes o lança-perfume
São femininos:
a abusão a acne a aguarrás
a alface a apendicite a aguardente
a alcunha a aluvião a bacanal
a bólide a couve a couve-flor
a cal a comichão a derme
a dinamite a debênture a elipse
a ênfase a echarpe a enzima
3. Flexão em grau
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação,
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado.
Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de
derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos.
Formação do grau – existem dois processos:
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação
sufixal:
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo sintético)
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que
indicam aumento ou diminuição de proporções.
rato rato grande (aumentativo analítico) rato pequeno (diminutivo analítico)
Gabarito: E
Gabarito: A
Adjetivo
2. Flexão de número
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da
formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e
são formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em
gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.
papel cor de rosa papéis cor de rosa
giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja
carro (cor de) creme carros (cor de) creme
camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional.
A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos
I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural):
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último
elemento sofre flexão:
cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros
cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras
olho verde-claro olhos verde-claros
camisa verde-clara camisas verde-claras
O adjetivo que, por sua tipologia, mostra um tipo diferente dos demais é:
(A) ignorada;
(B) previstas;
(C) severas;
(D) justa;
(E) generosa.
Comentário: Note o contexto. Observe que os adjetivos “justa” e “generosa”
são modificados pelo advérbio de intensidade “bem”. O adjetivo “ignorada” é
modificado pelo advérbio de intensidade “largamente” e o adjetivo “severas” é
modificado pelo advérbio de intensidade “menos”.
Agora, note o adjetivo “previstas”, o qual caracteriza o substantivo
“sanções” e não é modificado por nenhum intensificador.
Assim, podemos entender os adjetivos “justa”, “generosa”, “ignorada” e
“severas”, quanto à tipologia, como superlativos absolutos analíticos. Já o
adjetivo “previstas” é apenas um adjetivo sem intensificador, o que foge à
regra dos demais.
Gabarito: B
atividades diárias.
Já alternativa (D) é a correta, pois o adjetivo “públicas” transmite um
sentido de coletividade, que, mesmo antes da interpelação da autora, sem sua
consideração, tais contas já eram públicas. Assim, não há opinião da autora.
Gabarito: D
Questão 28: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa que indica a frase em que a troca de posição dos termos
sublinhados acarreta mudança de sentido.
(A) “...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
(B) “O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso”.
(C) “...na linha de frente de ações criminosas”.
(D) “...o ECA contém dispositivos importantes”.
(E) “...incapaz de discernir entre o certo e o errado”.
Comentário: A alternativa (A) é a que traz mudança de sentido por motivo
sintático. Note que o trecho se refere a jovens que são criminosos, os
menores de 18 anos. Agora, vamos analisar sintaticamente. Veja que a oração
“para afrontar a lei” é subordinada adverbial de finalidade. Ela se refere à
oração principal “serve de salvo-conduto a jovens criminosos”, principalmente
ao verbo “serve”: serve para afrontar a lei.
Com a troca, esta oração subordinada adverbial de finalidade pode ser
interpretada como modificadora do adjetivo “jovens”, isto é, podemos
interpretar que eles são jovens para afrontar a lei. Compare:
“...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
“...ou serve de salvo conduto a criminosos jovens para afrontar a lei”.
As demais alternativas não apresentam mudança de sentido. Vejamos:
As alternativas (B) e (E) apresentam vocábulos coordenados por adição,
os quais não apresentam mudança de sentido com a troca.
Preposição
A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações
reduzidas. Essa ligação pode se dar pela regência verbal ou nominal, a qual
chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a qual é
chamada de preposição nocional.
Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o
complemento nominal, as orações subordinadas substantivas objetivas
indiretas e as completivas nominais são as relacionais e não possuem sentido.
Já as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e
orações subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais.
Exemplos com preposições relacionais:
Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios.
VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal
2) finalidade: nascer para o trabalho; vir para ficar; chegar para a conferência.
3) lugar de destino, direção: ir para Madri; apontar o dedo para o céu.
Observação: Não é de rigor, mas a preposição “para”, com valor de lugar
de destino dá ideia de estada permanente ou definitiva; ao contrário da
preposição “a”, que geralmente exprime breve regresso: De fato, vamos para
o céu, para o inferno, etc.
Deve-se evitar a construção “Vamos ao céu, ao inferno”, porque de tais
lugares não há regresso.
4) proporção: As baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as
galinhas.
5) em benefício: Busque para mim aquele lençol, menino.
6) tempo: Aqui tem água para dois dias apenas. Para o ano irei a Salvador. Lá
para o final de dezembro viajaremos.
7) opinião: Para mim o Brasil nunca teve políticos de verdade.
Observações:
a) Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra,
sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns
exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em frente
a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto
a/com/de.
b) Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou
necessidade: Tenho de/que viajar amanhã sem falta.
Temos de/que terminar isto ainda hoje.
O “que”, neste caso, é uma preposição.
c) A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando
limitação de um grupo:
Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
Você é o menos crítico do grupo.
A frase abaixo em que a preposição COM tem o mesmo valor semântico que
apresenta nas frases acima é:
(A) Anda com o violão debaixo do braço.
(B) Ele está em desacordo com a família.
(C) Os pais são dóceis com os filhos.
(D) O jarro com vinho está sobre a mesa.
(E) Mexeu no braseiro com um garfo.
Comentário: A preposição “com” tem valor de meio (ou instrumento), isto é,
o meio utilizado para a criação do programa de medicamentos genéricos foi a
promulgação da Lei 9787. O meio utilizado para tratar a maioria das doenças
foram os medicamentos genéricos.
A alternativa (A) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
modo (Anda como? Com o violão debaixo do braço. O violão não é o meio
utilizado para andar, concorda?!).
A alternativa (B) está errada, porque a preposição “com” não tem valor
semântico, ela é o resultado da regência do substantivo “desacordo”.
A alternativa (C) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
referência (dóceis em proveito dos filhos, em relação a eles).
A alternativa (D) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
conteúdo (o jarro contém vinho).
A alternativa (E) é a correta, pois “com um garfo” traduz valor de
instrumento, isto é, um meio utilizado para realizar a ação de mexer no
braseiro.
Gabarito: E
1) Lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, longe, perto, dentro,
adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, em cima, por fora, de cima, à
direita, à esquerda, ao lado, de fora, alhures (= em outro lugar) nenhures (=
em nenhum lugar), algures (= em algum lugar) etc.
Deixei minha carteira ali. Estavam todos atrás da porta.
2) Tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente,
sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, logo, já, agora, ora, então,
outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes,
de repente, hoje em dia etc.
Ontem falei com ela. Estudaram à noite.
3) Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, às claras, às pressas, à
vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem
medo, frente a frente, face a face, facilmente (e a maioria dos terminados em
–mente), rapidamente, lentamente etc.
Eles entraram depressa. Ela está bem.
(a) quantidade.
(b) finalidade.
(c) adversidade.
(d) intensidade.
Comentário: O advérbio “muito” transmite o sentido de intensidade, pois
entendemos que alguém gostava bastante de passar o dia judiando de
pequenos animais.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D
imagine).
A alternativa (B) está errada, pois o conector “mas também” trabalha
correlativo ao conector “não só”. Assim, equivalem semanticamente a “e”.
A alternativa (C) está errada, pois os pronomes “sua” e “seus” possuem
mesmo referente: “um animal”.
A alternativa (D) é a correta, pois o advérbio interrogativo de modo
encontra-se numa frase interrogativa indireta, haja vista que ela termina com
ponto final. Mas podemos ter certeza de seu valor transformando em
interrogativa direta, com o uso do ponto de interrogação:
Como pode ser o mundo de um animal considerando que não só sua
inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos nossos?
A alternativa (E) está errada, porque “difícil” e “sensoriais” são
exemplos de adjetivos, mas “animal” é exemplo de substantivo.
Gabarito: D
(d) “surpreso”.
(e) “bonito”.
(B) inédito/desconhecido;
(C) impávido/orgulhoso;
(D) eficaz/eficiente;
(E) habitual/inóspito.
Questão 28: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa que indica a frase em que a troca de posição dos termos
sublinhados acarreta mudança de sentido.
(A) “...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
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1A 2E 3C 4E 5E 6A 7A 8A 9D 10 B
11 A 12 B 13 D 14 C 15 B 16 E 17 D 18 D 19 B 20 E
21 B 22 D 23 C 24 E 25 A 26 D 27 D 28 A 29 E 30 C
31 D 32 C 33 A 34 D 35 E 36 D 37 A 38 C 39 B 40 D
41 D 42 C 43 A 44 D 45 D 46 E 47 D 48 A 49 D 50 D
51 D 52 D 53 C 54 A 55 B 56 A 57 B