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SUMÁRIO PÁGINA
1. Substantivo 3
2. Artigo 20
3. Adjetivo 24
4. Preposição 38
5. Advérbio 47
6. Lista das questões apresentadas 56
7. Gabarito 71
Olá, pessoal!
Como o assunto desta aula é bem extenso e precisamos treinar com
muitas questões, tomei a liberdade de dividi-la em 4 partes. Nesta primeira
parte, trabalharemos as funções das classes de palavras e a flexão nominal.
Na segunda parte da aula, em outro arquivo, trabalharemos os pronomes!
A fim de treinarmos bastante todo o conteúdo previsto no edital, inseri
questões de outras bancas que possuem o mesmo tipo de cobrança da
Consulplan.
Mas o que são as classes de palavras? Para responder a essa pergunta, é
interessante observarmos alguns princípios gramaticais.
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a
semântica, a morfologia e a sintaxe.
O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase.
A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas,
subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e
advérbios.
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da
palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes
de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase.
Esses vocábulos podem ser:
a) substantivo (dá nome aos seres);
b) artigo (determina o substantivo);
c) adjetivo (caracteriza o substantivo);
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio);
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo);
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc);
g) conjunção (liga orações ou palavras);
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos);
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres);
1
A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
2
A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
3
A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
4
A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
5
A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
Metafonia
Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de
timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia.
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:
abrolho destroço miolo posto caroço
esforço olho povo corno forno
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)
ovo reforço corpo fosso poço
rogo corvo imposto porco socorro
despojo jogo porto tijolo
b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:
acordo consolo estorno moço adorno
contorno ferrolho molho “condimento” almoço
desgosto globo morro bolo encosto
golfo piolho bolso engodo gosto
rolo cachorro esgoto gozo sogro
coco estofo lobo (animal) sopro colosso
estojo logro
III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:
a girafa a águia a barata
a cobra o jacaré a onça
o tatu a anta a arara
a borboleta o canguru o caranguejo
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao
gênero. Atente para os mais importantes:
São masculinos:
o açúcar o afã o alvará
o anátema o aneurisma o antílope
o apêndice o apetite o algoz
o cataclismo o cônjuge o champanha
o gengibre o herpes o lança-perfume
São femininos:
a abusão a acne a aguarrás
a alface a apendicite a aguardente
a alcunha a aluvião a bacanal
a bólide a couve a couve-flor
a cal a comichão a derme
a dinamite a debênture a elipse
a ênfase a echarpe a enzima
3. Flexão em grau
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação,
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado.
Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de
derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos.
Formação do grau – existem dois processos:
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação
sufixal:
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo sintético)
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que
indicam aumento ou diminuição de proporções.
rato rato grande (aumento analítico) rato pequeno (diminutivo analítico)
No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são
normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados
pelos substantivos, como os seguintes:
amigão partidão bandidaço mulheraço
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho
Gabarito: D
Gabarito: B
Artigo
de uma ação.
A alternativa (E) é a correta, pois a palavra “estragos” é caracterizada
pelo adjetivo “grandes”; além de dar nome a algo. Por isso, é um substantivo.
Gabarito: E
Adjetivo
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-
lhe qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma
dentre três funções sintáticas na oração: aposto explicativo, adjunto
adnominal ou predicativo. Os adjetivos classificam-se em:
1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma
outra palavra: deles é que se formam outras palavras: azul, claro, curto,
grande.
2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras
palavras: cheiroso, invisível, infeliz, esverdeado, desconfortável.
3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o
caso de todos os exemplos apontados nos itens anteriores.
4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional.
1. Flexões em gênero
Flexão de gênero (masculino/feminino):
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere:
Um comportamento estranho uma atitude estranha
Um jornalista ativo uma jornalista ativa
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes.
I - Adjetivos biformes
A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo
com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece
com os substantivos.
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a:
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta
Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da
vogal tônica, que de fechado passa a aberto:
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa
b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a
terminação –a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua.
Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis:
hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor.
O mesmo ocorre com estas formas comparativas:
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior.
Cuidado com o par mau / má.
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e,
mais raramente, por –oa:
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre
aberto); os terminados em –éu, por –oa :
plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia.
2. Flexão de número
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da
formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e
são formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em
gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.
papel cor de rosa papéis cor de rosa
giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja
carro (cor de) creme carros (cor de) creme
camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza
Gabarito: A
Gabarito: B
Preposição
A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações
reduzidas. Essa ligação pode se dar pela regência verbal ou nominal, a qual
chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a qual é
chamada de preposição nocional.
Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o
complemento nominal, as orações subordinadas substantivas objetivas
indiretas e as completivas nominais são as relacionais e não possuem sentido.
Já as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e
orações subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais.
Exemplos com preposições relacionais:
Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios.
VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal
Observações:
a) Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra,
sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns
exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em frente
a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto
a/com/de.
b) Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou
necessidade: Tenho de/que viajar amanhã sem falta.
Temos de/que terminar isto ainda hoje.
O “que”, neste caso, é uma preposição.
c) A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando
limitação de um grupo:
Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
Você é o menos crítico do grupo.
Questão 48: CODEG 2013 Advogado (banca Consulplan)
Os termos em destaque têm sua relação semântica corretamente identificada
em
A) “… lutando por pastos e fazendas…” / afirmação
B) “Mas já cresceu para outra plantação,…” / temporalidade
C) “Para Cláudia, ‘plantar no espaço urbano…’” / finalidade
D) “… humildes em tamanho, mas carregadas de significado,…” / acréscimo
E) “Quando converso com meus amigos que plantam nos tetos…” /
conformidade
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Português para TRF 2ªR
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 2.1
Questão 56: Fiscal de Rendas do Município do Rio de janeiro 2010 (banca ESAF)
Fragmento do texto: Deve ser ressaltado que a política tributária, embora
consista em instrumento de arrecadação tributária, necessariamente não
precisa resultar em imposição.
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Teoria e exercícios comentados
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1) Lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, longe, perto, dentro,
adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, em cima, por fora, de cima, à
direita, à esquerda, ao lado, de fora, alhures (= em outro lugar) nenhures (=
em nenhum lugar), algures (= em algum lugar) etc.
Deixei minha carteira ali. Estavam todos atrás da porta.
2) Tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente,
sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, logo, já, agora, ora, então,
outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes,
de repente, hoje em dia etc.
Ontem falei com ela. Estudaram à noite.
3) Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, às claras, às pressas, à
vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem
Gabarito: A
B) novo e enorme.
C) pior e melhor.
D) requentada e novo.
E) velho e novo.
Questão 56: Fiscal de Rendas do Município do Rio de janeiro 2010 (banca ESAF)
Fragmento do texto: Deve ser ressaltado que a política tributária, embora
consista em instrumento de arrecadação tributária, necessariamente não
precisa resultar em imposição.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “em
instrumento”( .2) por de instrumento.
GABARITO
1E 2B 3A 4A 5A 6D 7C 8C 9E 10 D
11 D 12 B 13 A 14 A 15 B 16 A 17 B 18 E 19 A 20 D
21 C 22 B 23 E 24 D 25 C 26 B 27 E 28 C 29 D 30 B
31 A 32 C 33 C 34 B 35 E 36 D 37 B 38 B 39 A 40 C
41 E 42 B 43 D 44 B 45 D 46 E 47 A 48 B 49 D 50 D
51 C 52 A 53 D 54 D 55 D 56 E 57 E 58 D 59 D 60 D
61 C 62 D 63 B 64 C 65 A 66 A 67 D 68 B 69 A 70 A
71 B 72 B 73 E