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Aula 08

Português p/ ICMS-RO 2017 (Todos os Cargos) Pós-Edital - Com videoaulas

Professor: Décio Terror

90563972220 - Jarbas Gomes Duarte Neto


Português para ICMS RO
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 8

Aula 8: Morfologia. Substantivo: classificação, flexão, emprego;


Adjetivo: classificação, flexão, emprego. Advérbio: classificação e
emprego.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Substantivo 3
2. Artigo 13
3. Adjetivo 14
4. Preposição 21
5. Advérbio 27
6. Lista das questões da FGV 33
7. Gabarito 67
Olá, pessoal!
Nesta aula vamos falar do substantivo, artigo, adjetivo, adjetivo,
preposição e preposição. Além disso, trabalharei especificamente em vídeo a
interjeição e numeral.
A fim de treinarmos bastante todo o conteúdo previsto, inseri numa
primeira parte da aula questões de várias bancas, por isso elas não estão
numeradas. Em seguida, praticaremos somente com questões da FGV.
Mas o que são as classes de palavras? Para responder a essa pergunta, é
interessante observarmos alguns princípios gramaticais.
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a
semântica, a morfologia e a sintaxe.
O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase.
A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas,
subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e
advérbios.
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da
palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes
de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase.
Esses vocábulos podem ser:
a) substantivo (dá nome aos seres);
b) artigo (determina o substantivo);
c) adjetivo (caracteriza o substantivo);
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio);
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo);
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc);
g) conjunção (liga orações ou palavras);
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos);
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres);
j) interjeição (marca exclamações).
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática,
que é o seu desempenho dentro de uma oração.
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas,
dependendo do contexto em que é inserida. Um substantivo, por exemplo,
pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto,

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complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um


adjetivo pode, além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de
adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto
adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são
o verbo, a conjunção, a preposição e a interjeição.
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação:
Classe de Palavras Função sintática
Núcleo do sujeito
Núcleo do objeto direto
Núcleo do objeto indireto
Substantivo (valor substantivo) Núcleo do complemento
nominal
Núcleo do aposto
Núcleo do predicativo
Núcleo do agente da passiva
Vocativo
Aposto
Adjetivo (valor adjetivo) Adjunto adnominal
Predicativo
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal
Núcleo do sujeito
Núcleo do objeto direto
Núcleo do objeto indireto
(valor substantivo) Núcleo do complemento
nominal
Pronome Núcleo do aposto
Núcleo do predicativo
Núcleo do agente da passiva
Vocativo
Aposto
(valor adjetivo) Adjunto adnominal
Predicativo
Núcleo do sujeito
Núcleo do objeto direto
Núcleo do objeto indireto
(valor substantivo) Núcleo do complemento
nominal
Núcleo do aposto
Numeral Núcleo do predicativo
Núcleo do agente da passiva
Vocativo
Aposto
(valor adjetivo) Adjunto adnominal
Predicativo
Advérbio Adjunto adverbial
Verbo
Preposição (sem função sintática)
Conjunção
Interjeição

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Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um
elemento de consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre
morfologia, semântica e sintaxe; pois, quando a prova junta os conteúdos
numa só questão, isso ajudará muito.
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de
palavras.
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de
palavras (substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral,
interjeição, preposição e conjunção). Logicamente, não nos interessa comentar
todas as classes, mas aquilo que é cobrado em prova.
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram
basicamente nas classes “artigo”, “substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”,
“pronome”, “conjunção” e “preposição”. O que é importante a ser trabalhado
sobre conjunção basicamente é visto nas aulas de orações subordinadas
adverbiais, substantivas e coordenadas.
Os assuntos numeral e interjeição praticamente não têm ocorrências nas
provas.
Por isso, basicamente trabalharemos preposições, substantivos,
adjetivos, artigos, verbos e pronomes.
Vamos ao primeiro tema?!!!
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve
incluir os nomes de pessoas, lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes
de natureza espiritual ou mitológica:
mulher Teresina cavalo anjo alma
comunidade saci sereia sociedade Maria
Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades,
sensações, sentimentos:
acontecimento integridade correria encontro amor
miséria honestidade cidadania liberdade

Os substantivos classificam-se em:


1) Substantivo comum: designa os seres de uma espécie de forma
genérica: pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
2) Substantivo próprio: designa um ser específico, determinado,
individualizando-o: Londrina, Luana, Natália, Ester.
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
3) Substantivo concreto: dá nome a seres de existência independente, reais
ou imaginários: ar, som, Deus, computador, sereia, pedra, Ester.
Note que são considerados concretos os substantivos que nomeiam divindades
ou seres fantásticos, pois, existentes ou não, são tomados sempre como seres
dotados de vida própria.

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4) Substantivo abstrato: designa prática de ações verbais, existência de


qualidades ou sentimentos humanos: saída (prática de sair), beleza
(existência do belo), saudade, amor.
5) Substantivo primitivo: é aquele que não se origina de outra palavra
existente na língua portuguesa: pedra, jornal, gato, homem.
6) Substantivo derivado: é aquele que provém de outra palavra da língua
portuguesa: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo.
7) Substantivo simples: é simples o substantivo formado por um único
radical: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
8) Substantivo composto: é composto o substantivo formado por dois ou
mais radicais: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
9) Substantivo coletivo: é aquele que, no singular, indica diversos
elementos de uma mesma espécie, como:
alcateia lobos
álbum fotografias
antologia trabalhos literários
armada navios de guerra
armento gado grande (bois, búfalos etc.)
arquipélago ilhas
assembleia parlamentares / associados
O substantivo pode se flexionar em gênero (masculino e feminino),
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
1. Flexão de número - singular e plural
a. Plural dos substantivos simples
Na pluralização de um substantivo simples, devemos observar sua
terminação:
1) Quando os substantivos terminarem em vogal e semivogal, acrescenta-se a
desinência nominal de número S:
saci = sacis chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus.
2) Quando os substantivos terminarem em ão, devemos observar o seguinte:
a) Fazem o plural em ões:
gavião = gaviões formão = formões folião = foliões questão =
questões
b) Fazem o plural em ães:
escrivão = escrivães tabelião = tabeliães capelão = capelães
c) Fazem o plural em ãos:
artesão = artesãos; cidadão = cidadãos; cristão = cristãos; pagão = pagãos
d) todas as paroxítonas terminadas em -ão: bênçãos, sótãos, órgãos.

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3) Cuidado com os que admitem mais de uma forma para o plural:


aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos ancião = anciões, anciães, anciãos
ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos pião = piões, piães, piãos
vilão = vilões, vilães, vilãos alcorão = alcorões, alcorães
charlatão = charlatões, charlatães cirurgião = cirurgiões, cirurgiães
faisão = faisões, faisães guardião = guardiões, guardiães
peão = peões, peães anão = anões, anãos
corrimão = corrimões, corrimãos verão = verões, verãos
vulcão = vulcões, vulcãos
4) Veja esta regra importante sobre os substantivos terminados em L:
a) Quando terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”, troca-se o L por IS:
vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis
paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis

Mas cuidado com as exceções:


mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales
mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis
real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols
b) Quando terminados em –il, deve-se observar o seguinte:
I - Palavras oxítonas trocam a terminação L por S: cantil/cantis; canil/canis;
barril/barris.
I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas trocam a terminação IL por EIS:
fóssil/fósseis; fácil/fáceis
Cuidado com as seguintes palavras:
projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis
reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis
c) Quando terminados em M, troca-se o M por NS: item/itens; nuvem/nuvens.
d) Quando terminados em N, soma-se S ou ES:
espécimen = espécimens ou especímenes hífen = hifens ou hífenes
abdômen = abdomens ou abdômenes pólen = polens ou pólenes
e) Quando terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:
caráter = caracteres sênior = seniores júnior = juniores
f) Quando terminados em X, ficam invariáveis: o/os tórax; a/as fênix
g) Quando terminados em S, deve-se observar o seguinte:
I - Palavras monossílabas ou oxítonas acrescentam ES.
ás = ases deus = deuses ananás = ananases
II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam invariáveis.
os lápis. os tênis os atlas
Cuidado: Cais é invariável.

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h) Substantivos só usados no plural:


as calças as costas os óculos
os parabéns as férias as olheiras
as hemorroidas as núpcias as trevas
os arredores
i) Substantivos terminados em ZINHO:
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau
normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e,
finalmente, acrescenta-se o s no final.
Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o
substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho
(pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos).
mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas.
alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos.
barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.
j) Substantivos terminados em INHO, sem Z, acrescentam S.
lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos
k) Plural com deslocamento da sílaba tônica:
carácter = caracteres espécimen = especímenes
júnior = juniores sênior = seniores
b. Plural do substantivos compostos
Quando pluralizamos um substantivo composto, devemos observar os
vocábulos que o formam individualmente.
1) Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elementos pluralizáveis, portanto,
quando formarem um substantivo composto, normalmente irão para o plural.
aluno-mestre = alunos-mestres erva-doce = ervas-doces
alto-relevo = altos-relevos gentil-homem = gentis-homens
segunda-feira = segundas-feiras cachorro-quente = cachorros-quentes
salário-mínimo= salários-mínimos laranja-baiana= laranjas-baianas
couve-flor=couves-flores
2) Pronome: alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os
pronomes possessivos são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os
pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo
composto, o mesmo ocorre.
padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém
3) Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis, portanto, quando
formarem um substantivo composto, continuarão invariáveis.
pica-pau = pica-paus beija-flor = beija-flores
alto-falante = alto-falantes abaixo-assinado = abaixo-assinados
salve-rainha = salve-rainhas ave-maria = ave-marias

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Casos especiais
4) Substantivo + Substantivo: como vimos anteriormente, ambos irão para o
plural, porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade
do primeiro, somente este irá para o plural.
banana-maçã = bananas-maçã
navio-escola = navios-escola
salário-desemprego = salários-desemprego
5) Três ou mais palavras:
I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural.
pé de moleque1 = pés de moleque
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino
mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça
Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará
invariável. P. ex. fora da lei3, fora de série4.
II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o
plural.
Bem-te-vi = bem-te-vis bem-me-quer = bem-me-queres
6) Verbo + Verbo:
I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural,
outros, somente o último.
corre-corre = corres-corres ou corre-corres.
pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas
lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes
II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis.
o leva e traz5 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde
7) Palavras repetidas ou onomatopeia: quando o substantivo for formado por
palavras repetidas ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o
plural.
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques
lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues
8) Substantivo composto iniciado por Guarda:
I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural.
guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos
guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins
II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural.

1
A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
2
A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
3
A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
4
A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
5
A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

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guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas


guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis
III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam
invariáveis.
O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta.
o guarda-costas = os guarda-costas
o guarda-volumes = os guarda-volumes
o porta-joias = os porta-joias
o porta-malas = os porta-malas
Substantivos que admitem mais de um plural
fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão,
guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas
padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos
terra-nova = terras-novas, terra-novas
salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos
xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates.
chá-mate = chás-mates, chás-mate

Metafonia

Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de


timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia.
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:
abrolho destroço miolo posto caroço
esforço olho povo corno forno
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)
ovo reforço corpo fosso poço
rogo corvo imposto porco socorro
despojo jogo porto tijolo
b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:
acordo consolo estorno moço adorno
contorno ferrolho molho “condimento” almoço
desgosto globo morro bolo encosto
golfo piolho bolso engodo gosto
rolo cachorro esgoto gozo sogro
coco estofo lobo (animal) sopro colosso
estojo logro
c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural:
estorvo forro toco torno troco

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b. flexão em gênero (masculino, feminino)

Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais e apresentam


uma forma para o masculino e outra para o feminino.
Essas duas formas podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes.
b.1 mesmo radical:
Com o mesmo radical, a formação do feminino está ligada principalmente à
terminação da forma masculina, pois a maior parte dos substantivos
terminados em -o átono forma o feminino pela substituição desse -o por -a:
menino/menina gato/gata pombo/pomba
Veja a exceção com os pares galo/galinha e maestro/maestrina.
A maior parte dos substantivos terminados em consoante forma o feminino
pelo acréscimo da desinência -a:
freguês/freguesa camponês/camponesa remador/remadora
professor/professora deus/deusa juiz/juíza
Veja a exceção com os pares ator/atriz, czar/czarina e imperador/imperatriz.
Para o substantivo embaixador, existem as formas embaixatriz (esposa do
embaixador) e embaixadora (mulher que ocupa o cargo).
A maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela
substituição de -ão por -ã ou -oa:
cidadão/cidadã órfão/órfã anfitrião/anfitriã
leão/leoa patrão/patroa leitão/leitoa
Nos aumentativos, a substituição é por -ona:
sabichão/sabichona valentão/valentona
Veja a exceção com os pares sultão/sultana; cão/cadela; ladrão/ladra;
perdigão/perdiz; barão/baronesa.
Alguns substantivos ligados a títulos de nobreza, ocupações ou dignidades
formam femininos em -esa, -essa, -isa:
abade/abadessa conde/condessa visconde/viscondessa
cônsul/consulesa duque/duquesa barão/baronesa
poeta/poetisa profeta/profetisa sacerdote/sacerdotisa
Alguns substantivos terminados em -e formam o feminino com a substituição
desse -e por -a:
mestre/mestra elefante/elefanta infante/infanta
monge/monja parente/parenta
Alguns substantivos apresentam formações irregulares para o feminino:
avô/avó silfo/sílfide réu/ré
herói/heroína rei/rainha marajá/marani

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b.2 radicais diferentes para as formas masculinas e femininas:


b.2.1) relativos a seres humanos:
cavaleiro/amazona frei/sóror ou soror padrasto/madrasta
cavalheiro/dama genro/nora padrinho/madrinha
compadre/comadre homem/mulher pai/mãe
frade/freira marido/mulher
b.2.2) relativos a animais:
boi, touro/vaca carneiro/ovelha zangão ou zângão/abelha
bode/cabra cavalo/égua
Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para
ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que
são os seguintes:

I – Comum de dois gêneros: os comuns de dois são os que têm uma só


forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos:
o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata
o / a agente o / a intérprete o / a lojista
o / a patriota o / a mártir o / a viajante
o / a artista o / a aspirante o / a atleta

II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos


os gêneros. Eis alguns exemplos:
o cônjuge a criança o carrasco
o indivíduo o apóstolo o monstro
a pessoa a testemunha o algoz

III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:
a girafa a águia a barata
a cobra o jacaré a onça
o tatu a anta a arara
a borboleta o canguru o caranguejo
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao
gênero. Atente para os mais importantes:

São masculinos:
o açúcar o afã o alvará
o anátema o aneurisma o antílope
o apêndice o apetite o algoz
o cataclismo o cônjuge o champanha
o gengibre o herpes o lança-perfume

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São femininos:
a abusão a acne a aguarrás
a alface a apendicite a aguardente
a alcunha a aluvião a bacanal
a bólide a couve a couve-flor
a cal a comichão a derme
a dinamite a debênture a elipse
a ênfase a echarpe a enzima

Mudança de gênero com mudança de significado


Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de
significado. Eis alguns deles:
o caixa = o funcionário a caixa = o objeto
o capital = dinheiro a capital = sede de governo
o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim
o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação
o guia = aquele que serve de guia, cicerone
a guia = documento, formulário; meio-fio
o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão
o banana = o molenga. a banana = a fruta

3. Flexão em grau
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação,
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado.
Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de
derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos.
Formação do grau – existem dois processos:
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação
sufixal:
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo
sintético)
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que
indicam aumento ou diminuição de proporções.
rato rato grande (aumentativo analítico) rato pequeno (diminutivo analítico)
No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são
normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados
pelos substantivos, como os seguintes:
amigão partidão bandidaço mulheraço
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho

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Em todas essas palavras, o que interessa é transmitir dados como


carinho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico
dos seres nomeados.
Vamos a algumas questões!!!
Prefeitura de Mendes-RJ 2015 – Agente Comunitário (banca IBEG)
“Um dos critérios usados para saber a idade da tartaruga é contar os anéis
que formam seu casco.” Assinale a alternativa cujo plural do substantivo não
seja formado pela mesma regra de “anel-anéis”:
(a) chapéu-chapéis
(b) papel-papéis
(c) pastel-pastéis
(d) hotel-hotéis
(e) coronel-coronéis
Comentário: Nas palavras oxítonas terminadas em “el”, troca-se o “l” por
“is”: papel-papéis; pastel-pastéis; hotel-hotéis; coronel-coronéis.
Já palavras terminadas em vogal ou semivogal recebem a desinência de
número “s”: chapéu-chapéus.
Por isso, o gabarito é a alternativa (A).
Gabarito: A

Prefeitura de Nova Iguaçu - 2012 – Assist Administ (banca Consulplan)


Analise.
I. Em “... o resultado exato de toda aquela bonança”, (bonança é adjetivo)
II. Em “... era uma nuvem negra” (uma é artigo definido)
III. Em “Deus tira os anéis, mas deixa os dedos. (mas é conjunção
adversativa)
IV. Em “durante uma eternidade...” (eternidade é substantivo)
Considerando a classificação gramatical, estão corretas apenas as afirmativas
A) I, III, IV B) I, II, III C) II, III D) II, IV E) III, IV
Comentário: O item I está errado, pois “bonança” é um substantivo que está
determinado pelo pronome demonstrativo “aquela”. Assim, eliminamos as
alternativas (A) e (B).
O item II está errado, pois “uma” é artigo indefinido. Os definidos são
“o, a, os, as”. Assim, eliminamos as alternativas (C) e (D) e já sabemos que a
alternativa correta é a (E).
O item III está correto. Vemos na aula de sintaxe do período que “mas”
é uma conjunção coordenativa adversativa, a qual pode ser substituída por
“porém”, “contudo” etc.
O item IV está correto, pois o artigo indefinido “uma” precede o
substantivo “eternidade”.
Gabarito: E

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Liquigás 2013 Técnico (banca Cesgranrio)


A maioria dos nomes da Língua Portuguesa terminados em -ão fazem o plural
em -ões.
Essa mesma formação de plural é encontrada em todas as palavras do
seguinte grupo:
(A) capitão, coração, facão
(B) cidadão, órfão, figurão
(C) leão, destruição, pressão
(D) botão, escrivão, rapagão
(E) cristão, operação, pão
Comentário: Na alternativa (A), os plurais são “capitães”, “corações” e
“facões”.
Na alternativa (B), os plurais são “cidadãos”, “órfãos” e “figurões”.
A alternativa (C) é a correta, pois os plurais são “leões”, “destruições” e
“pressões”.
Na alternativa (D), os plurais são “botões”, “escrivães” e “rapagões”.
Na alternativa (E), os plurais são “cristãos”, “operações” e “pães”.
Gabarito: C

Artigo

O artigo é a palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-


lo, particularizá-lo ou determinar o seu sentido.
Muitas vezes, é o artigo que especifica o gênero e o número do
substantivo.
O pianista tocou por longa noite para os artistas homenageados.
A pianista tocou por longa noite para as artistas homenageadas.
O lápis estava na carteira.
Os lápis estavam na carteira.
Em função da particularização ou generalização referente ao substantivo,
o artigo pode ser considerado definido e indefinido.
O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) generaliza o substantivo,
determinando-o de modo vago:
Gostaria de ter uma conversa com você.
Já o artigo definido (o, a, os, as) particulariza o substantivo,
determinando-o de modo mais preciso:
A conversa que tivemos ontem não ajudou em nada.
Prefeitura Poço Redondo Agente de Trânsito 2010 (banca Consulplan)
Assinale a alternativa em que haja ERRO no emprego do artigo:
A) O Brasil é um país maravilhoso.
B) Ela não quis responder a ambas as perguntas.
C) Ele tinha amor a ambos os filhos.
D) Feliz a mãe cujo os filhos são educados.
E) N.R.A.

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Comentário: Os artigos são as palavras “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uns”,
“uma”, “umas”, as quais servem para determinar um substantivo. As
alternativas (A), (B) e (C) possuem artigos corretamente empregados, pois
antecedem e determinam os substantivos “Brasil”, “país”, “perguntas” e
“filhos”, respectivamente.
Note que a palavra “a”, nas alternativas (B) e (C), é apenas preposição.
Isso é fácil de observar porque os vocábulos posteriores estão no plural e o
“a” não se flexionou.
A alternativa (D) é a errada. Vemos, na aula de sintaxe do período, que
o pronome relativo “cujos” não admite artigo. A forma correta seria: “Feliz a
mãe cujos filhos são educados.”
O substantivo “mãe” é antecipado pelo artigo definido “a”.
Gabarito: D

Adjetivo
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-
lhe qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma
dentre três funções sintáticas na oração: aposto explicativo, adjunto
adnominal ou predicativo. Os adjetivos classificam-se em:
1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma
outra palavra: deles é que se formam outras palavras: azul, claro, curto,
grande.
2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras
palavras: cheiroso, invisível, infeliz, esverdeado, desconfortável.
3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o
caso de todos os exemplos apontados nos itens anteriores.
4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional.

1. Flexões em gênero
Flexão de gênero (masculino/feminino):
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere:
Um comportamento estranho uma atitude estranha
Um jornalista ativo uma jornalista ativa
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes.

I - Adjetivos biformes

A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo


com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece
com os substantivos.
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a:
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta

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Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da


vogal tônica, que de fechado passa a aberto:
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa
b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a
terminação –a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua.
Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis:
hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor.
O mesmo ocorre com estas formas comparativas:
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior.
Cuidado com o par mau / má.
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e,
mais raramente, por –oa:
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre
aberto); os terminados em –éu, por –oa :
plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia.

II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma


para o masculino e o feminino:
pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola
ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar

2. Flexão de número

A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da


formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e
são formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em
gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.
papel cor de rosa papéis cor de rosa
giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja
carro (cor de) creme carros (cor de) creme
camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional.

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A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos


I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural):
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último
elemento sofre flexão:
cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros
cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras
olho verde-claro olhos verde-claros
camisa verde-clara camisas verde-claras
Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis:
tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro
camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro
terno verde-mar ternos verde-mar
camisa verde-mar camisas verde-mar
Observações:
a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis:
Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste.
O sol transmite raios ultravioleta.
b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois
elementos flexionados.
Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção.
Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção.
Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa
sociedade.
3. Flexão de grau:
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar
as características que atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o
comparativo e o superlativo:
1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas
qualidades de um mesmo elemento. São três os comparativos:
De superioridade:
Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química.
De igualdade:
Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química.
Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão.
De inferioridade:
Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química.
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas
qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais
bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.

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Essa solução é melhor (do) que a outra.


Minha voz é pior (do) que a sua.
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário.
Ele é mais bom (do) que inteligente.
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.
Meu salário é mais pequeno (do) que justo.
Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é
intensificada de forma relativa ou absoluta.
a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a
todos os demais seres de um conjunto que a possuem. O superlativo relativo
pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre expresso de forma
analítica:
I – superlativo relativo de superioridade:
Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
II - superlativo relativo de inferioridade:
Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma.
Observações:
 Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de),
empregados para especificar o ser (papel fundamental do artigo) dentro de um
grupo (uso da preposição para indicar limitação).
Você é o menos crítico do grupo.
 As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom,
mau, grande e pequeno são sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor.
b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo
adjetivo a um determinado ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo
absoluto pode ser analítico ou sintético:
I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a
participação de um advérbio:
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente.
Somos excessivamente tolerantes.
II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação
de sufixos. O mais comum deles é –íssimo; nos adjetivos terminados em
vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo:
Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo.
Seremos tolerantíssimos.

Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau


superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o
adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos

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terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel,


volubilíssimo; indelével, indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará
muitas formas irregulares do superlativo absoluto sintético. Observe que
algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto
outras pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo).

Adjetivo Superlativo absoluto Adjetivo Superlativo absoluto


sintético sintético
acre acérrimo geral generalíssimo
ágil agílimo grande máximo
agudo acutíssimo humilde humílimo
alto altíssimo, supremo incrível incredibilíssimo
amargo amaríssimo infame infamérrimo
amável amabilíssimo inimigo inimicíssimo
amigo amicíssimo jovem juveníssimo
antigo antiquíssimo livre libérrimo
áspero aspérrimo magnífico magnificentíssimo
atroz atrocíssimo magro macérrimo ou
magríssimo
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo
benéfico beneficentíssimo mau péssimo
benévolo benevolentíssimo miserável miserabilíssimo
bom boníssimo ou ótimo miúdo minutíssimo
capaz capacíssimo negro Nigérrimo ou
negríssimo
célebre celebérrimo nobre nobilíssimo
comum comuníssimo notável notabilíssimo
cruel crudelíssimo pequeno mínimo
difícil dificílimo perspicaz perspicacíssimo
doce dulcíssimo pessoal personalíssimo
eficaz eficacíssimo pobre paupérrimo,
pobríssimo
fácil facílimo possível possibilíssimo
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo
feroz ferocíssimo próspero prospérrimo
fiel fidelíssimo sábio sapientíssimo
frágil fragílimo sagrado sacratíssimo
frio friíssimo ou soberbo superbíssimo
frigidíssimo

Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um


adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o
substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de
um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos:
Noite de chuva (chuvosa) Atitudes de anjo (angelical)

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TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)


Querendo-se intensificar o sentido das expressões “dias angustiosos e
terríveis” e “Fadinha ficou boa, completamente boa”, elas podem ser
reescritas, em conformidade com a norma-padrão, respectivamente, das
seguintes formas:
(A) dias angustiosíssimos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima.
(B) dias muito angustiosos e muito terríveis; Fadinha ficou boa, boazíssima.
(C) dias angustiosíssimos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima.
(D) dias muito angustiosos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima.
(E) dias muito angustiosos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima.
Comentário: Para se intensificar as características, podemos empregar os
superlativos absolutos analíticos (muito + adjetivo) ou sintéticos (por meio do
sufixo –íssimo).
Assim, devemos trabalhar por eliminação.
1
Certamente, você sabe que não existem as palavras “terrivíssimos” e
“boíssima”.
O superlativo absoluto analítico de “angustiosos” é “muito angustiosos”;
de “terrível” é “muito terrível”, de “boa” é “muito boa”.
O superlativo absoluto sintético de “angustiosos” é “angustiosíssimos”;
de “terrível” é “terribilíssimo”, de “boa” é “boníssima”.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

MPE SP 2016 Oficial de Promotoria (banca VUNESP)


No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... –, a
expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem.
Essa relação também se verifica na expressão destacada em:
a) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos.
b) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável.
c) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião?
d) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado.
e) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos.
Comentário: A expressão “Bombeiros mineiros” é constituída do substantivo
“bombeiros” e o adjetivo “mineiros”. Assim, devemos encontrar expressão
com essa mesma constituição respectivamente.
Na alternativa (A), “imprudente” é adjetivo e “atitude” é substantivo,
respectivamente.
A alternativa (B) é a correta, pois “espanto” é substantivo e
“indisfarçável” é adjetivo.
Na alternativa (C), “Alguma” é pronome indefinido, o qual tem valor
adjetivo, e “pessoa” é substantivo, respectivamente.
Na alternativa (D), “bastante” é advérbio de intensidade e “forte” é
adjetivo, respectivamente.
Na alternativa (E), “estimados” é adjetivo e “padrinhos” é substantivo,
respectivamente.

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Gabarito: B

Prefeitura de Torres-RS 2016 Agente Adm (banca Fundatec)


Para responder à questão, considere o seguinte trecho:
Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e
informações novas tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que
parecia pouco viável. Planeje e transforme – o momento é bom para isso.
Assinale a alternativa que apresenta de forma correta e respectiva a
classificação gramatical das palavras sublinhadas.
a) substantivo – pronome – artigo
b) adjetivo – pronome – pronome
c) advérbio – artigo – preposição
d) advérbio – pronome – pronome
e) adjetivo – artigo – pronome a
Comentário: Sabemos que o substantivo “informações” é seguido do
adjetivos “novas”. Em seguida, o substantivo “condições” é precedido do
artigo “as”. Assim, já sabemos que a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Prefeitura de Apuiarés 2014 Agente de Administração (banca Consulplan)


CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de
Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira
do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela.
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama?
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76)
Em relação aos adjetivos “barrigudinho” e “engraçadinho”:
i) Ambos são formados pelo mesmo processo.
ii) O segundo adjetivo sofre apreciação afetiva positiva.
iii)Ambos os adjetivos sofrem apreciação afetiva positiva.
a) I e II estão corretas.
b) Apenas I está correta.
c) Apenas III está correta.
d) Nenhuma das afirmações está correta.
Comentário: Os vocábulos “barrigudinho” e “Engraçadinho” são adjetivos
derivados, pois “barrigudo” “engraçado” receberam o sufixo “inho”. Assim,
aqueles adjetivos foram formados pelo mesmo processo: derivação sufixal.
Deve-se notar que ambos os adjetivos não receberam o sufixo “-inho”
com valor afetivo positivo, tendo em vista o contexto. O primeiro adjetivo está
relacionado a “triste”. O segundo está relacionado à expressão “duma figa”.
Assim, percebe-se que há um tom negativo.
Gabarito: B

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Preposição
A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações
reduzidas. Essa ligação pode se dar pela regência verbal ou nominal, a qual
chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a qual é
chamada de preposição nocional.
Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o
complemento nominal, as orações subordinadas substantivas objetivas
indiretas e as completivas nominais são as relacionais e não possuem sentido.
Já as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e
orações subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais.
Exemplos com preposições relacionais:
Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios.
VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal
5
Tenho certeza de que você será aprovado.
oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal

Não duvide de que você será aprovado.


oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta

Exemplos com preposições nocionais:


Estou sem recursos. Estudei a aula de Regência Verbal
VI adjunto adverbial de modo VTD adjunto adnominal
objeto direto

Comprei esta aula para realizar muitos exercícios.


oração principal oração subordinada adverbial de finalidade

Além dessa divisão das preposições, as palavras exclusivamente de valor


preposicional são chamadas preposições essenciais (a, ante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás); e as
palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos,
podem atuar como preposições são chamadas de preposições acidentais
(como=na qualidade de, exceto, fora, mediante, salvo, senão, tirante).
Como advogado, não é conveniente agir dessa forma.
O conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor de uma preposição
é chamado de locuções prepositivas. A última palavra dessas locuções é
sempre uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a
respeito de, a despeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima
de, em frente a, em redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa
de, por cima de, por trás de etc
Várias preposições ligam-se a palavras de outras classes gramaticais,
passando a constituir um único vocábulo. Essa ligação se dá por combinação
ou contração.
a) Ocorre combinação quando a preposição, ao unir-se a outra palavra,
mantém todos os seus fonemas. É o que acontece entre a preposição a e o
artigo masculino o, os: ao, aos.

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b) Ocorre contração quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, sofre


modificações em sua estrutura fonológica. As preposições de e em, por
exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes,
originando formas como as seguintes: do, dos, da, das, num, numa, numas,
disto, disso, daquilo, naquele, naqueles, naquela, naquelas, pelo, pelos, pela,
pelas.
c) A contração da preposição a com artigos ou pronomes demonstrativos a, as
ou com o a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo
recebe o nome de crase: à, às, àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo.
Observação: Deve-se evitar a contração de preposição que inicia orações
preposicionadas com o sujeito dela, em construções como “Está na hora da
onça beber água”. O ideal é a separação. Veja:
Está na hora de a onça beber água.
Neste caso, perceba que a preposição f “de” é exigida pelo substantivo “hora”
para iniciar a oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de
infinitivo “de a onça beber água” (Está na hora disso.), e o sujeito do verbo
“beber” é apenas “a onça”, sem a preposição “de”. Por isso, devemos evitar a
contração.
Vejamos, agora, os principais valores e empregos das preposições:
A: Normalmente introduz o objeto indireto, o complemento nominal e o
adjunto adverbial. Pode, ainda, ligar os verbos de uma locução (estou a
entender). Veja os principais sentidos da preposição nocional “a”:
1) causa ou motivo: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a
pedido dos amigos.
2) conformativa: puxar ao pai; sair à mãe.
3) destino (em correlação com a preposição de): de São Paulo a Salvador;
daqui a Belo Horizonte.

Ante: Normalmente introduz adjunto adverbial, indicando posicionamento:


1) lugar: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos;
2) causa: em consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da
decisão.
Observação: A preposição “ante” não admite outra preposição em
seguida. Assim, não se pode dizer “Ante a ela...”, o correto é “Ante ela...”.
O mesmo ocorre com “perante”: “Chorou perante ela.”
Veja que a preposição “ante” tem como sinônimas as locuções
prepositivas “em frente a”, “em consequência de”, “diante de”, as quais
obrigatoriamente são finalizadas com a preposição “de”.

Até: Normalmente introduz adjunto adverbial; indica o limite, o término de


movimento, e, acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido),
pode vir ou não seguida da preposição a:
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou
Caminharam até à entrada do estacionamento.

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Observação: Não devemos confundi-la com a palavra denotativa de inclusão


“até”, que se usa para reforçar uma declaração com o sentido de “inclusive”,
“também”, “mesmo”, “ainda”. Isso é importante, porque a preposição pede
pronome pessoal oblíquo: João chegou até mim e disse tudo.
Já a palavra denotativa exige pronome pessoal reto: Até eu acreditei nele.

Com: A preposição “com” introduz objeto indireto, complemento nominal,


adjunto adverbial e indica estas relações:
1) causa: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação.
2) companhia: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos.
3) concessão: com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro; com ser
imperfeito, o homem constrói máquinas perfeitas.
4) instrumento: abrir a porta com a chave, matar alguém com as mãos.
5) matéria: vinho se faz com uva.
6
6) modo: andar com cuidado; tratar com carinho.
7) oposição: jogar com (= contra) os ingleses.
8) referência: com sua irmã aconteceu diferente; comigo sempre é assim.
9) simultaneidade (tempo): o povo canta, com os soldados, o Hino Nacional;
com o tempo os frutos amadurecem; hoje, em todas as atividades a mulher
concorre com o homem.

Contra: Introduz objeto indireto ou adjunto adverbial e indica estas relações:


1) oposição: jogar contra os ingleses; lançar uma pedra contra alguém; remar
contra a maré; depor contra alguém; ser contra o governo.
2) direção: olhar contra o sol.
3) proximidade ou contiguidade: apertar alguém contra o peito; cingir contra o
coração a bandeira.

De: A preposição “de” introduz objeto indireto, complemento nominal, agente


da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e indica estas relações:
1) assunto: falar de futebol.
2) causa: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade.
3) conteúdo: xícara de café; maço de cigarros.
4) definição: homem de bom-senso; pessoa de coragem.
5) dimensão: prédio de dois andares; sala de vinte metros quadrados.
6) fim: dar-lhe algo de beber; automóvel de passeio.
7) instrumento ou meio: apanhar de chicote; briga de faca, brincar de mão,
viajar de avião, viver de ilusões.
8) lugar (de origem): vir de Madri; descender de alemães; ver de perto.
9) matéria: corrente de ouro; chapéu de palha; material feito de plástico.
10) medida ou extensão: régua de 30cm, rua de 20km.
11) modo: olhar alguém de frente, ficar de pé.
12) posse: casa de Luís, olhar de Maísa.
13) preço: caderno de um real.
14) qualidade: vender artigo de primeira.
15) semelhança ou comparação: olhos de gata, atitudes de imbecil.
16) tempo: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite.

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Desde: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:


1) lugar: dormir desde lá até cá.
2) tempo: desde ontem estou assim.
É errada a construção “desde de”: desde de 1945 isso não acontece por aqui.

Em: Introduz objeto indireto, complemento nominal e adjunto adverbial e


indica estas relações:
1) estado ou qualidade: ferro em brasa; televisor em cores; foto em branco e
preto; votos em branco.
2) fim: vir em socorro; pedir em casamento.
3) forma ou semelhança: juntar as mãos em conchas.
4) limitação: em Matemática nunca foi bom aluno.
5) lugar: ficar em casa; o jantar está na mesa.
6) meio: pagar em cheque; indenizar em ações.
7) modo: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês.
8) preço: avaliar a casa em milhares de reais.
9) sucessão: de grão em grão; de porta em porta.
10) tempo: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em
minutos, no ano 2000.
11) transformação ou alteração: mudar a água em vinho, transformar reais em
dólares.

Entre: Introduz adjunto adverbial e indica posição intermediária:


1) lugar: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os
aprovados.
2) meio social: entre os índios se age dessa forma.
3) reciprocidade: entre mim e ela sempre houve harmonia; entre nós há paz.
4) tempo: ela virá entre dez e onze horas.

Para: Introduz complemento nominal, adjunto adverbial e pode indicar estas


relações:
1) consequência: estar muito alegre para preocupar-se com mesquinharias;
ser bastante inteligente para não cair em esparrela.
2) fim: nascer para o trabalho; vir para ficar; chegar para a conferência.
3) lugar de destino, direção: ir para Madri; apontar o dedo para o céu.
Observação: Não é de rigor, mas a preposição “para”, com valor de lugar
de destino dá ideia de estada permanente ou definitiva; ao contrário da
preposição “a”, que geralmente exprime breve regresso: De fato, vamos para
o céu, para o inferno, etc.
Deve-se evitar a construção “Vamos ao céu, ao inferno”, porque de tais
lugares não há regresso.
4) proporção: As baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as
galinhas.
5) em benefício: Busque para mim aquele lençol, menino.

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6) tempo: Aqui tem água para dois dias apenas. Para o ano irei a Salvador. Lá
para o final de dezembro viajaremos.
7) opinião: Para mim o Brasil nunca teve políticos de verdade.

Perante: Introduz adjunto adverbial e indica a relação de lugar (posição em


frente): Perante o juiz, negou o crime.
Seu sentido se estende ao posicionamento sobre algo:
Perante tais circunstâncias, inclinei-me a defender o réu.
Observação: Esta preposição não admite outra preposição em seguida. Assim,
não use perante a: perante a Deus, perante ao juiz, etc.

Por: Introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva,


adjunto adverbial e pode indicar estas relações:
1) causa: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem, por
isso é que a chamei.
2) conformativa: tocar pela partitura; copiar pelo original.
3) favor: morrer pela pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu.
4) lugar: ir por Bauru, morar por aqui.
5) medida: vender bolacha por quilo.
6) meio: ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mão; contar pelos dedos;
enviar pelo Correio; mandar um recado por alguém.
7) modo: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por alto o
que aconteceu.
8) preço: comprar o livro por dois reais; vender a mercadoria pelo custo.
9) quantidade: chorar por três vezes; perder por O a 2.
10) substituição: deixar o certo pelo duvidoso; comprar gato por lebre; jurar
por Deus; valer por cinco homens.
11) tempo: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela
manhã.
Sem: Introduz adjunto adnominal e adjunto adverbial e indica a relação de
ausência ou desacompanhamento (que pode ser vista como modo): estar sem
dinheiro; palavras sem sentido; sem o empréstimo, não construiremos a casa;
não se vive sem oxigênio.
Sob: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:
1) lugar (posição inferior): ficar sob o viaduto.
2) modo: sair sob pretexto não convincente.
3) tempo: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II.
Sobre: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações:
1) assunto: conversar sobre política; falar sobre futebol.
2) direção: ir sobre o adversário.
3) excesso: sobre ser ignorante, era presunçoso.
4) lugar (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; flutuar
sobre as ondas.

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Trás: No português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; atua,


sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para trás”
e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva “por trás
de” (ficar por trás do muro).

Observações:
a) Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra,
sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns
exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em frente
a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto
a/com/de.
b) Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou
necessidade: Tenho de/que viajar amanhã sem falta.
Temos de/que terminar isto ainda hoje.
O “que”, neste caso, é uma preposição.
c) A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando
limitação de um grupo:
Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
Você é o menos crítico do grupo.
TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)
Fragmento do texto: A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão
os milicianos armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio
das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do
armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população
armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil
está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência
social.
No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância
traduz ideia de
(A) causa.
(B) intensidade.
(C) modo.
(D) consequência.
(E) finalidade.
Comentário: A preposição “por” traduz um valor de causa. Note que tal
preposição poderia ser substituída por “devido a”, “por causa de”.
Gabarito: A

IF AP 2016 Auxiliar em Administração (banca FUNIVERSA)


Fragmento do texto: Pode-se dizer que o trabalho de levar informações
científicas precisas sobre cognição e aprendizagem a professores seja
responsabilidade de faculdades de educação, estados, distritos e organizações
profissionais de professores, mas essas instituições mostraram pouco

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interesse na função. Um conselho nacional de revisão neutro seria a resposta


mais simples e rápida para um problema que é um grande obstáculo para a
melhoria em muitas escolas.
A preposição “sobre” (linha 2) expressa ideia de
a) finalidade.
b) lugar.
c) modo.
d) meio.
e) assunto.
Comentário: Veja que o contexto permite que troquemos a preposição
“sobre” por “a respeito de”, “acerca de”. Assim, seu valor é de assunto e a
alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

IF AP 2016 Auxiliar em Administração (banca FUNIVERSA)


Fragmento do texto: Podemos entender cultura como uma dimensão do
processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as
sociedades contemporâneas. O que não podemos fazer é discutir sobre cultura
ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou entre sociedades.
Em “um instrumento para compreender as sociedades contemporâneas” (linha
2), a preposição “para”
(A) indica a direção de um movimento.
(B) expressa duração.
(C) denota uma ideia de finalidade.
(D) expressa proporção.
(E) introduz o destinatário da ação.
Comentário: A preposição “para” tem valor de finalidade, pois entendemos
que há uma intenção, um objetivo. Tanto assim que podemos substituir tal
preposição por “a fim de”. Dessa forma, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Várias questões de preposição são trabalhadas na aula de sintaxe da


oração. Agora, falaremos sobre o advérbio!
O advérbio é palavra que não varia e transmite circunstância. Ela pode
modificar o verbo, o adjetivo, outro advérbio e também toda uma oração.
Vemos na aula de sintaxe que sua função sintática é a de adjunto adverbial.
Pode haver duas ou mais palavras com valor de um advérbio. A elas
chamamos locução adverbial, a qual é iniciada por uma preposição.

Os principais advérbios e locuções adverbiais são de:

1) Lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, longe, perto, dentro,
adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, em cima, por fora, de cima, à
direita, à esquerda, ao lado, de fora, alhures (= em outro lugar) nenhures (=
em nenhum lugar), algures (= em algum lugar) etc.
Deixei minha carteira ali. Estavam todos atrás da porta.

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2) Tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente,


sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, logo, já, agora, ora, então,
outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes,
de repente, hoje em dia etc.
Ontem falei com ela. Estudaram à noite.
3) Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, às claras, às pressas, à
vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem
medo, frente a frente, face a face, facilmente (e a maioria dos terminados em
–mente), rapidamente, lentamente etc.
Eles entraram depressa. Ela está bem.
4) Intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, tão, bastante, assaz,
demais, bem, tanto, de pouco, deveras, quanto, quase, apenas, mal, de todo
etc.
Meu irmão estuda muito. (ligado ao verbo estuda)
Ela é muito alta. (ligado ao adjetivo alta)
Seu colega escreve muito bem. (ligado ao advérbio bem)
5) Afirmação: sim, decerto, efetivamente, seguramente, realmente,
certamente, sem dúvida, por certo, com certeza etc.
Iremos realmente. Estarei aí amanhã com certeza.
6) Negação: não.
Não participarei da reunião.
7) Dúvida: talvez, acaso, porventura, quiçá, provavelmente, possivelmente,
eventualmente etc.
Talvez ele acerte tudo.
Além dessas circunstâncias, veja outras que só podem ocorrer com
locuções adverbiais:
1) De causa: Tremia de frio.
2) De meio: Iremos de navio.
3) De instrumento: Cortou-se com a lâmina.
4) De condição: As feras não vivem sem carne.
5) De concessão: Foi à praia apesar do temporal.
6) De conformativa: Agiu conforme a situação.
7) De assunto: Conversaram sobre a situação.
8) De fim ou finalidade: Sempre viveu para o estudo.
9) De companhia: Saiu com o pai.

Também é importante ressaltarmos os advérbios interrogativos, os quais


são empregados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Esses advérbios
podem exprimir lugar, tempo, modo, causa ou preço:
1) De lugar: onde?
Onde está o material? Ignoro onde está o material.
2) De tempo: quando?
Quando virá o cientista? Não sei quando virá o cientista.

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3) De modo: como?
Como aconteceu o acidente?
Desconhecemos como aconteceu o acidente.
4) De preço ou valor: quanto?
Quanto custa o aparelho? Não me disseram quanto custa o aparelho.
5) De causa: por que?
Por que ele faltou? Explique-me por que ele faltou.
Nessas construções, perceba que a frase interrogativa direta é a que
termina com ponto de interrogação, e a interrogativa indireta normalmente
possui verbo transitivo direto. Assim, as orações “onde está o material”,
“quando virá o cientista”, “como aconteceu o acidente”, “quanto custa o
aparelho”, “por que ele faltou” são subordinadas substantivas objetivas
diretas, pois os verbos “Ignoro”, “sei”, “Desconhecemos” e “disseram” são
transitivos diretos e “Explique” é transitivo direto e indireto.
Esta é uma das peculiaridades da oração subordinada substantiva
objetiva direta. Note que as orações elencadas acima não estão sendo
iniciadas por conjunção integrante, mas por advérbios interrogativos.
Veja que a última oração (“por que ele faltou”) é entendida como oração
objetiva direta preposicionada, por ser iniciada com a preposição “por” sem a
exigência do verbo “Explique-me”.
Observações:
a) Os vocábulos “muito, pouco, bastante, tanto, mais, menos” podem ser
advérbios de intensidade ou pronomes indefinidos. Assim, dependendo do
contexto muda-se a classe gramatical:
Eles falavam bastante. Tenho bastantes livros.
Eles falavam muito. Recebi muitos apoios.
advérbio pronome indefinido

b) A palavra “bem” pode ser advérbio de intensidade ou de modo.


Ele fala bem. (advérbio de modo)
Ele está bem cansado. (advérbio de intensidade)
c) As palavras derivadas terminadas em -mente são advérbios.
Antigamente se lia menos. (advérbio de tempo)
Andavam tranquilamente pela praia. (advérbio de modo)
Irei certamente à noite. (advérbio de afirmação)
d) Nunca e jamais são advérbios de tempo.
Jamais farei isso. (Em momento algum farei isso.)
TJ SP 2017 Escrevente Técnico (banca VUNESP)
Fragmento do texto: Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos
executivos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua equipe
para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que
todos estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente.
Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro.
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados
estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.

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É correto afirmar que a expressão – até então –, em destaque no início do


segundo parágrafo, expressa um limite, com referência
(A) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do setor de tecnologia
que aboliram paredes e divisórias.
(B) temporal ao momento em que se deu a transferência da equipe de
Nagele para o escritório aberto.
(C) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e temporal às mudanças
favoráveis à integração.
(D) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a equipe de Nagele
antes da mudança para locais abertos.
(E) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exemplo de outros
executivos, e espacial ao tipo de escritório que adotou.
Comentário: A expressão adverbial “até então” é o mesmo de até agora.
Assim, transmite circunstância de tempo. Assim, devemos eliminar as
alternativas (A), (C) e (D).
Note que a alternativa (E) também se refere a espaço. Assim, também a
eliminamos e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

TJ SP 2017 Escrevente Técnico (banca VUNESP)


Fragmento do texto: A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia
tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca
saliva que pacientemente juntava.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água,
pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela
procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
Na passagem do 2º parágrafo – Não sabia como e por que mas agora se
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões
destacadas trazem ao contexto, correta e respectivamente, as ideias de
(A) modo, causa e lugar.
(B) modo, causa e intensidade.
(C) modo, dúvida e lugar.
(D) comparação, causa e tempo.
(E) comparação, dúvida e tempo.
Comentário: A palavra “como” é o advérbio interrogativo de modo, “por que”
é a expressão interrogativa de causa e “mais” é o advérbio de intensidade.
Note que o advérbio de lugar é “perto”. O advérbio “mais” apenas intensifica.
Dessa forma, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)


Outra estatística
Leio que certa cidade,
E olhe que não das maiores,
Tem quatro milhões de almas...
Mas isso deve ser para atenuar a situação.
O que a cidade tem, no duro,

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São quatro milhões de bocas!


(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho)
Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa
que traz, correta e respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela
locução adverbial destacada e o advérbio que pode substituí-la nesse
contexto.
(A) Intensidade / excessivamente.
(B) Modo / rigorosamente.
(C) Tempo / hodiernamente.
(D) Dúvida / provavelmente.
(E) Afirmação / certamente.
Comentário: A expressão “no duro” é uma afirmação, certeza. Assim, essa
locução adverbial pode ser substituída por “certamente”. Compare:
O que a cidade tem, no duro, são quatro milhões de bocas!
O que a cidade tem, certamente, são quatro milhões de bocas!
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

SANEAGO 2013 – Administrador (banca IBEG)


No período “mas não gera resultados práticos por falta de vontade e,
sobretudo, de comprometimento governamental com as políticas públicas de
preservação das riquezas naturais.”, sem que o sentido original fosse alterado,
o vocábulo em destaque poderia ser substituído por:
(a) Provavelmente.
(b) Indubitavelmente.
(c) Esporadicamente.
(d) Principalmente.
(e) Infelizmente.
Comentário: O advérbio “sobretudo” significa principalmente, especialmente.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Prefeitura Uruaçu-GO 2014 – Agente (banca IBEG)


No período “Gostava muito de passar o dia judiando de pequenos animais.”, o
vocábulo em destaque, em relação ao verbo “Gostava”, indica ideia de
(a) quantidade.
(b) finalidade.
(c) adversidade.
(d) intensidade.
Comentário: O advérbio “muito” transmite o sentido de intensidade, pois
entendemos que alguém gostava bastante de passar o dia judiando de
pequenos animais.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

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MAPA – 2014 – Agente Administrativo (banca Consulplan)


Na expressão “Os cômodos são ridiculamente pequenos!”, o termo em
destaque está diretamente ligado ao adjetivo “pequenos” e estabelece, na
frase, uma relação de sentido de
A) meio. B) causa. C) modo. D) intensidade.
Comentário: Note que podemos entender que os cômodos são muito
pequenos. Assim, há um advérbio de intensidade. Assim, a alternativa correta
é a (D).
Você poderia ter ficado na dúvida quanto à possibilidade de ser modo,
tendo em vista a terminação em “mente”, porém nem sempre essa terminação
marcará o modo. Neste contexto, por exemplo, é fácil perceber a ideia de
intensidade pela troca pelo advérbio “muito” ou “bastante”, ok?!
Gabarito: D

AVAPE 2013 Advogado (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o termo destacado está, quanto à sua classe
gramatical, INCORRETAMENTE classificado.
A) “O diferente nunca é um chato.”– advérbio
B) “Ele aprendeu a suportar o riso,...”– preposição
C) “… entende o porquê de quem o agride.”– pronome
D) “... em coisas que só ele sabe importantes.”– adjetivo
E) “... enquanto todos em torno agridem e gargalham.”– conjunção
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “nunca” é um advérbio de
tempo.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “aprendeu” rege a
preposição “a”.
A alternativa (C) está correta, pois “o” é o pronome pessoal oblíquo
átono, o qual retoma uma palavra anterior.
A alternativa (D) é a errada, pois “só”, neste contexto, é um advérbio, o
qual pode ser substituído por “somente”: “... em coisas que somente ele
sabe importantes.”. Tal palavra, neste contexto, não se flexiona.
Já a palavra “só” como adjetivo pode ser substituída por “sozinho” e
ocorre em contextos, como: “Ela estava só (sozinha)”. “Eles estavam sós
(sozinhos)”.
A alternativa (E) está correta, pois “enquanto” é uma conjunção
temporal.
Gabarito: D

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Prefeitura de Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan)

É um marcador que expressa ideia semelhante a “até agora”:


a) “Até a minha resposta foi impensada”.
b) “Até onde devo pôr a faixa? Estique-a até o fim do muro.”
c) “Até mesmo uma criança é capaz de realizar a tarefa que solicitei.”
d) “Até aqui nos tem ajudado o Senhor.”
Comentário: O marcador “até agora” apresenta um limite temporal, haja
vista que a preposição “até” transmite valor semântico de limite e o advérbio
“agora” transmite valor de tempo.
O mesmo ocorre na alternativa (D) com o marcador “Até aqui”. Note
que “Até” marca um limite e o advérbio “aqui” não é de lugar, mas de tempo
contemporâneo, atual, presente. Assim, esta é a alternativa correta.
Na alternativa (A), a palavra “até” é denotativa de inclusão. Note que
podemos trocar a palavra “Até” por “Inclusive”.
Na alternativa (B), a expressão “até o fim” transmite limite de espaço,
de lugar: o fim do muro.
Na alternativa (C), a expressão “Até mesmo” é constituída da palavra
denotativa de inclusão “Até” e do pronome demonstrativo “mesmo”, o qual
transmite um reforço. Note que podemos trocar a expressão “Até mesmo” por
“Inclusive”.
Gabarito: D

Agora é hora de praticarmos com questões da FGV! Vamos lá?!

Questão 1: IBGE 2017 Analista Censitário (banca FGV)


“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se juntássemos os
adjetivos sublinhados em forma de adjetivo composto, a forma correta, no
contexto, seria:
(A) econômicas-sociais;
(B) econômico-social;
(C) econômica-social;
(D) econômico-sociais;
(E) econômicas-social.

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Comentário: Quando unimos adjetivos para formar o substantivo composto,


o primeiro deles não se flexiona, e o segundo sim. Assim, a forma correta é
“econômico-sociais” e a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 2: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Texto 2 – “Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do
Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro. Passados
quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento que envolveu
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros
didáticos e se restringiu às discussões acadêmicas. Neste livro, fruto de
pesquisas históricas rigorosas, mas escrito com o ritmo de uma grande
reportagem, o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e
acompanhar de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas
profundas no continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”.
(adaptado – A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima)
Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou adjetivo +
substantivo, retirados do texto, aquele em que a troca de posição dos termos
provoca modificação de sentido é:
(A) página desbotada;
(B) conflito sangrento;
(C) discussões acadêmicas;
(D) pesquisas rigorosas;
(E) grande reportagem.
Comentário: Como o texto é pequeno, eu o reproduzi abaixo, já com a troca,
para você comparar e perceber em qual deles há diferença de sentido.
Compare:
“Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do Paraguai
é uma desbotada página na memória do povo brasileiro. Passados quase
150 anos das últimas batalhas deste sangrento conflito que envolveu Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros didáticos e se
restringiu às acadêmicas discussões. Neste livro, fruto de rigorosas
pesquisas históricas, mas escrito com o ritmo de uma reportagem grande,
o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar
de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no
continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”.
Ao compararmos “grande reportagem” com “reportagem grande”, a
primeira forma, a original do texto, dá destaque positivo à reportagem, pois o
adjetivo grande anteposto significa “notável”, “respeitável”. Já a segunda
construção transmite um tom negativo, de que ela seria longa, muito extensa,
o que tenderia à ideia de ser penosa para ler. Assim, a alternativa (E) é a
correta.
Fica fácil notar que as demais trocas não ferem o sentido original no
texto.
Gabarito: E

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Questão 3: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS
“Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais
que foram extintas por vários motivos.
Atualmente, quando se mencionam „espécies em extinção‟, afloram as
várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando.
Dentre essas ações, as principais talvez sejam:
i) a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais
menores; todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem
expressivos lucros;
ii) a descuidada aplicação dos chamados „defensivos agrícolas‟ ou
agrotóxicos, desestabilizando completamente o ecossistema;
iii) as grandes tragédias provocadas também pela incúria humana como os
incêndios florestais e derramamento de petróleo cru nos mares;
iv) o desmatamento de grandes áreas, fator de cruel desalojamento dos
habitats de incontáveis espécies animais”.
(Eurípedes Kuhl)
O par abaixo que muda de sentido se for invertida a posição de seus dois
elementos é:
(A) vários motivos;
(B) grande porte;
(C) animais menores;
(D) grandes áreas;
(E) cruel desalojamento.
Comentário: É normal vermos o adjetivo grande mudar de sentido ao ser
trocado de posição, mas veja que ele, nas duas ocorrências, se encontra
caracterizando os substantivos concretos “porte” e “áreas”. Assim, tanto antes
quanto depois, tal adjetivo estará relacionado à noção de extensão, dimensão
alongadas. Assim, eliminamos as alternativas (B) e (D).
Na alternativa (C), “animais menores” ou “menores animais” não
apresentam diferença de sentido, pois ambos transmitem a noção de
pequenez.
Na alternativa (E), “cruel desalojamento” ou “desalojamento cruel” não
apresentam diferença de sentido.
Agora note a alternativa (A). O vocábulo “vários”, quando antecipado, é
pronome indefinido e transmite noção de quantidade generalizada. Já quando
se encontra após o substantivo, transmite a noção de variedade, diversidade,
multiplicidade: motivos variados, motivos vários. Assim, a alternativa (A) é a
correta.
Gabarito: A

Questão 4: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


A ORIGEM DA VIDA NO UNIVERSO
Uma descoberta anunciada na semana passada joga mais luz sobre a origem
da vida no universo. Em um artigo publicado na revista Nature – uma das
mais importantes publicações científicas do mundo –, pesquisadores ingleses
relatam a identificação de microfósseis de bactérias que teriam surgido entre

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4,2 bilhões de anos e 3,7 bilhões de anos atrás. Se for confirmado, será o
mais antigo registro de vida na Terra.
No texto, há três ocorrências do vocábulo “mais”: (1) “...joga mais luz sobre a
origem da vida”; (2) “...uma das mais importantes publicações científicas” e
(3) “...será o mais antigo registro de vida na Terra”.
Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que em:
(A) (1) e (2) “mais” tem valor de intensidade;
(B) (1) e (3) “mais” tem valor de quantidade;
(C) (2) e (3) “mais” tem valor de intensidade;
(D) (2) “mais” tem valor de quantidade indeterminada;
(E) (3) “mais” tem valor de quantidade determinada.
Comentário: O vocábulo “mais” pode ser um pronome indefinido, quando se
relaciona com um substantivo ou palavra de valor substantivo. Sendo
==1a5f6==

pronome indefinido, expressa quantidade.


Tal vocábulo pode ser também um advérbio de intensidade, mesmo que
muito, bastante.
No segmento 1, “mais” é pronome indefinido, pois se liga ao substantivo
“luz”. Nos segmentos 2 e 3, “mais” é um advérbio de intensidade, pois
modifica os adjetivos “importantes” e “antigo”.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 5: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Fragmento do texto: “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado – corporativismo, incompetência pública, intervencionismo, burocracia,
estatismo, carga tributária complexa, entre outros –, ainda somos um país de
muita sorte. Pelo simples fato de que a solução para nossos problemas só
depende de nós mesmos.
A primeira frase do texto “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado”, poderia ter a preposição inicial substituída adequadamente ao sentido
do texto por:
(A) apesar de;
(B) por causa de;
(C) em razão de;
(D) pois;
(E) além de.
Comentário: Podemos entender do contexto que, mesmo com todos os
problemas que temos em nosso Estado, ainda somos um país de muita sorte.
Assim, há uma relação de contraste, de concessão.
Dessa forma, cabe a locução prepositiva concessiva “apesar de”.
Gabarito: A

Questão 6: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Fragmento do texto: “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado – corporativismo, incompetência pública, intervencionismo, burocracia,
estatismo, carga tributária complexa, entre outros –, ainda somos um país de

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muita sorte. Pelo simples fato de que a solução para nossos problemas só
depende de nós mesmos.
No texto há um conjunto de verbos no infinitivo; se substituirmos essas
formas verbais por substantivos correspondentes, a única frase INCORRETA
será:
(A) “Imagine reunir um grupo” / imagine a reunião de um grupo;
(B) “para estudar” / para o estudo;
(C) “treinar visões” / treino de visões;
(D) “uma forma de estar na vida” / uma forma de estada na vida;
(E) “uma possibilidade de mudar” / uma possibilidade de mutação.
Comentário: A questão trabalho a formação do substantivo abstrato, haja
vista que ele transmite o nome de uma ação.
O nome da ação de “reunir” é reunião.
O nome da ação de “estudar” é estudo.
O nome da ação de “treinar” é treino.
O nome da ação de “estar” é estada.
Já o nome da ação de “mudar” é mudança, e não mutação. O
substantivo mutação é gerado do verbo “mutar”, que significa mudança.
Assim, devemos marcar a alternativa (E).
Gabarito: E

Questão 7: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida
cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele
contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes,
ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à
interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou
de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os
quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou
de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a
beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais
recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque
de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos
fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das
etapas da sua adaptação ao mundo.
O texto apresenta alguns termos precedidos da preposição COM; os
segmentos em que o valor semântico dessa preposição é idêntico são:
(A) “com maior ou menor evidência” / “com isso”;
(B) “com rapidez” / com a música de Bach”;
(C) “com maior ou menor evidência” / com rapidez;
(D) “com a música de Bach” / com maior ou menor evidência”;
(E) “com isso” / com rapidez.
Comentário: A locução adverbial “com maior ou menor evidência” transmite
o modo como o cristianismo impregna a vida cotidiana. Esse valor de modo
também é expresso na locução adverbial “com rapidez”, a qual expressa o

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modo como se apagam os conhecimentos necessários à interpretação.


Assim, a alternativa (C) é a correta.
A expressão “com isso” tem valor adverbial de causa: devido a isso, por
causa disso.
A expressão “com a música de Bach” é o meio utilizado para deleitar-se.
Gabarito: C

Questão 8: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que fazem
seus plurais, exata e respectivamente, como:
(A) escrivão / vulcão;
(B) cristão / ademão;
(C) anão / corrimão;
(D) chorão / ancião;
(E) cartão / aldeão.
Comentário: Na alternativa (A), o plural de “escrivão” é “escrivães”; de
“vulcão” é “vulcões” ou “vulcãos”.
Na alternativa (B), o plural de “cristão” é “cristãos”; de “ademão” é
“alemães”.
A alternativa (C) é a correta, pois o plural de “anão” é “anões” ou
“anãos”; de “corrimão” é “corrimãos”, mas também é aceita a forma
“corrimões”.
Na alternativa (D), o plural de “chorão” é “chorões”; de “ancião” é
“anciões”, “anciães” ou “anciãos”.
Na alternativa (E), o plural de “cartão” é “cartões”; de “aldeão” é
“aldeões, aldeães, aldeãos”.
Gabarito: C

Questão 9: FBN 2013 – auxiliar de documentação (banca FGV)


Assinale alternativa em que a forma verbal sublinhada funciona como
substantivo.
(A) “Estenderam se na praia para descansar”
(B) “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da
mediocridade”
(C) “Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao
alvorecer”
(D) “Em terra de gente que lê sem ler...”
Comentário: Para haver verbo com valor substantivo, deve ser precedido de
artigo, como ocorreu na alternativa (C): o alvorecer.
Assim, as demais palavras sublinhadas são apenas verbos.
Gabarito: C

Questão 10: ALMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que um dos termos foi formado a partir de uma
classe de palavra diferente da dos demais.
(A) Recolhimento – discernimento

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(B) Segurança – punição


(C) Interpretação – obrigação
(D) Confronto – abandono
(E) Recuperação – população
Comentário: Os substantivos das alternativas (A), (B), (C), (D) e o
substantivo “recuperação”, da alternativa (E), são formados a partir de
verbos. Veja:
Recolher gerou recolhimento, discernir gerou discernimento, segurar gerou
segurança, punir gerou punição, interpretar gerou interpretação, obrigar
gerou obrigação, confrontar gerou confronto, abandonar gerou abandono,
recuperar gerou recuperação.
Porém, o substantivo “população” não foi gerado de verbo. Ele foi
gerado do adjetivo “popular”, o qual foi gerado do substantivo “povo”.
Assim, a alternativa (E) é a diferente das demais.
Gabarito: E

Questão 11: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV)


No segmento “parceria público-privada” há uma correta informação sobre a
concordância dos adjetivos compostos por dois adjetivos e, por isso mesmo,
devemos considerar errada a seguinte construção:
(A) tratado luso-brasileiro;
(B) comunidades afro-asiáticas;
(C) relações econômico-sociais;
(D) injustiças arcaico-tradicionais;
(E) agentes públicos-financeiros.
Comentário: Sabemos que no adjetivo composto, quando constituído de dois
adjetivos, o primeiro não varia. Assim, estão corretas as flexões em “tratado
luso-brasileiro”, “comunidades afro-asiáticas”, “relações econômico-sociais” e
“injustiças arcaico-tradicionais”.
Por isso, devemos corrigir a alternativa (E) para:
“agentes público-financeiros”
Gabarito: E

Questão 12: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV)


O par de palavras que apresenta uma disposição de classes de palavras
diferente das demais é:
(A) pessoa adaptada;
(B) sociedade moderna;
(C) cuidado espiritual;
(D) doenças psicossomáticas;
(E) eminente psicólogo.
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), ocorrem os substantivos
“pessoa”, “sociedade”, “cuidado” e “doenças”, seguidos dos seus respectivos
adjetivos “adaptada”, “moderna”, “espiritual” e “psicossomáticas”.
Porém, na alternativa (E), a sequência muda: agora, é o adjetivo
“eminente” que é seguido do substantivo “psicólogo”.

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Gabarito: E

Questão 13: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se
chegar à internação, há uma série de outras menos severas, como a
advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida,
que são frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de
liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica”.
O adjetivo que, por sua tipologia, mostra um tipo diferente dos demais é:
(A) ignorada;
(B) previstas;
(C) severas;
(D) justa;
(E) generosa.
Comentário: Note o contexto. Observe que os adjetivos “justa” e “generosa”
são modificados pelo advérbio de intensidade “bem”. O adjetivo “ignorada” é
modificado pelo advérbio de intensidade “largamente” e o adjetivo “severas” é
modificado pelo advérbio de intensidade “menos”.
Agora, note o adjetivo “previstas”, o qual caracteriza o substantivo
“sanções” e não é modificado por nenhum intensificador.
Assim, podemos entender os adjetivos “justa”, “generosa”, “ignorada” e
“severas”, quanto à tipologia, como superlativos absolutos analíticos. Já o
adjetivo “previstas” é apenas um adjetivo sem intensificador, o que foge à
regra dos demais.
Gabarito: B

Questão 14: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


A frase abaixo em que está ausente qualquer processo de intensificação de
adjetivos é:
(A) “O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa”;
(B) “...ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção”;
(C) “Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à
internação, há uma série de outras menos severas, como a
advertência...”;
(D) “...a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são
frequentemente ignoradas”;
(E) “...é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas preconizadas pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois os adjetivos “justa” e
“generosa” são intensificados pelo advérbio “bem”.
A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “ignorada” é intensificado
pelo advérbio “largamente”.

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A alternativa (C) está errada, pois o adjetivo “severas” é intensificado


pelo advérbio “menos”.
A alternativa (E) está errada, pois o adjetivo “eficaz” é intensificado pelo
advérbio “mais”.
Assim, sobra a alternativa (D) como a correta, pois não há intensificador
para os adjetivos “assistida” e “ignoradas”. Note que o adjetivo “ignoradas” é
precedido do advérbio “frequentemente”, o qual não transmite intensificação,
mas apenas o modo, além de subentender tempo.
Gabarito: D

Questão 15: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população
jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Os termos que, se trocados de posição, acarretam modificação de sentido,
são:
(A) o único remédio / o remédio único;
(B) população jovem / jovem população;
(C) determinados casos / casos determinados;
(D) punição mais eficaz / mais eficaz punição;
(E) Estatuto da Criança e do Adolescente / Estatuto do Adolescente e da
Criança.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois único remédio ou remédio
único transmitem a mesma ideia: apenas um remédio.
A alternativa (B) está errada, pois população jovem ou jovem população
transmitem a mesma ideia: o universo dos jovens.
A alternativa (C) é a correta, pois “determinados casos” tem valor
generalizante: significa alguns casos que se enquadram nesta situação. Já
“casos determinados” são os casos demarcados, decretados, impositivos.
A alternativa (D) está errada, pois punição mais eficaz ou mais eficaz
punição transmitem a mesma ideia: a intensificação do adjetivo “eficaz”. O
reposicionamento do adjetivo também não muda o sentido.
A alternativa (E) está errada, pois as locuções adjetivas “da Criança” e
“do Adolescente” estão unidas pela conjunção “e”, sem relação temporal entre
elas, nem de causa e consequência. Assim, o reposicionamento de tais
locuções não faz mudar o sentido.
Gabarito: C

Questão 16: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


ANTES QUE A FONTE SEQUE
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram

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não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela
carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente
cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do
mineral.
Observando os pares “empolgado escrivão”, “ancestrais lusitanos” e “políticas
públicas”, podemos constatar, no emprego de adjetivos, que todos os
elementos dessa classe:
(A) podem trocar de posição com o substantivo;
(B) modificam o sentido quando antepostos;
(C) apresentam variação de grau;
(D) indicam a opinião do enunciador;
(E) referem-se a termos de função substantiva.
Comentário: Nesta questão, devemos apenas tomar cuidado, pois questão
faz referência a todos os adjetivos para cada consideração das alternativas.
Dessa forma, fica fácil perceber que os adjetivos “empolgado”,
“lusitanos” e “públicas” se referem, respectivamente, aos substantivos
“escrivão”, “ancestrais” e “políticas”. Assim, a alternativa (E) é a correta.
As alternativas (A) e (B) estão erradas, porque a expressão “empolgado
escrivão” se liga à expressão “da frota de Cabral”. Assim, transmite-nos a
ideia de que o escrivão da frota de Cabral é empolgado. Já a segunda forma
“escrivão empolgado” transmitiria a ideia de um escrivão empolgado com a
frota de Cabral. Isso ocorre simplesmente por conta da aproximação do
adjetivo com a locução adjetiva “da frota de Cabral”.
Além dela, a troca de posição entre “políticas públicas” e “públicas
políticas” transmite mudança de sentido. A primeira transmite a ideia de uma
política voltada ao povo. A segunda significaria políticas que são publicadas.
A alternativa (C) está errada, porque nenhum dos adjetivos apresenta
variação de grau.
A alternativa (D) está errada, porque apenas o adjetivo “empolgado”
pode ser considerado um modalizador, isto é, transmite a opinião do autor. Na
visão do autor, Caminha estava empolgado ao relatar a situação na terra
descoberta.
Gabarito: E

Questão 17: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem
deprimente, não há maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é:
(A) transferido/mantido;
(B) inédito/desconhecido;
(C) impávido/orgulhoso;

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(D) eficaz/eficiente;
(E) habitual/inóspito.
Comentário: Maniqueísmo significa o emprego de opostos (antônimos), como
ocorre com os adjetivos “bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente”. O
mesmo ocorre com os adjetivos “transferido/mantido”, por isso a alternativa
(A) é a correta.
Os adjetivos “inédito” e “desconhecido” são sinônimos.
O adjetivo “impávido” significa destemido, sentido diferente de
orgulhoso, mas devemos notar que esses não são opostos.
Gramaticalmente, os adjetivos “eficaz” e “eficiente” são sinônimos,
apesar de alguns ramos da Administração discordarem por essas palavras
transmitirem-lhes sentidos mais específicos.
O adjetivo “habitual” significa corriqueiro, rotineiro; já o adjetivo
“inóspito” significa lugar em que não se consegue viver ou hospedar-se. Tais
adjetivos não são sinônimos nem antônimos (opostos).
Gabarito: A

Questão 18: ALMA 2013 – Agente Legislativo (banca FGV)


A empregada foi embora
Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século,
em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem
empregada, esse personagem que, dentro de casa, serve de amortecedor às
tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de
uma família.
Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um
nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por
vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas
infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão
exigia uma abolição. A lei é bem vinda. Abre uma dinâmica de transformação
da sociedade que ainda não está visível em toda a sua profundidade e cujos
desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além
do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas
empresas.
(Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.)
Nas alternativas a seguir há sempre um adjetivo que se refere a um
substantivo. Assinale a alternativa em que o adjetivo não representa uma
opinião da autora do texto.
(A) Baixos salários.
(B) Jornadas infindáveis.
(C) Condições deploráveis.
(D) Contas públicas.
(E) Pequenos gestos.
Comentário: A opinião da autora aparece nos adjetivos que possuem uma
consideração, uma característica que foi motivada pelo estado emotivo da
autora, marcada por elementos linguísticos do texto. Note que a questão
pediu o adjetivo que não apresenta a opinião da autora. Então, releia a
enumeração: “Baixos salários, jornadas infindáveis, condições de alojamento

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deploráveis, essa sequela da escravidão exigia uma abolição.” Tal segmento


ocorreu logo após a autora abordar a luta diária da empregada doméstica.
Assim os adjetivos sublinhados possuem a opinião da autora e as alternativas
(A), (B) e (C) podem ser eliminadas.
A alternativa (E) também apresenta a opinião da autora no adjetivo
“pequenos”, pois podemos subentender aí gestos sutis, sublimes, nas
atividades diárias.
Já alternativa (D) é a correta, pois o adjetivo “públicas” transmite um
sentido de coletividade, que, mesmo antes da interpelação da autora, sem sua
consideração, tais contas já eram públicas. Assim, não há opinião da autora.
Gabarito: D

Questão 19: ALMA 2013 – Auxiliar Legislativo (banca FGV)


O substantivo “imprudência” está ligado ao adjetivo “imprudente”.
Entre os substantivos e adjetivos a seguir, assinale a correspondência
incorreta.
(A) Lei / Legal
(B) Morte / Mortal
(C) Acidente / Acidental
(D) Álcool / Alcoolismo
(E) Rodovia / Rodoviário
Comentário: O substantivo “lei” gera o adjetivo “legal”, o substantivo
“morte” gera o adjetivo “mortal”, o substantivo “acidente” gera o adjetivo
“acidental”, o substantivo “rodovia” gera o adjetivo “rodoviário”.
Assim, a alternativa (D) é a errada, pois o substantivo “álcool” gera
outro substantivo: alcoolismo.
Gabarito: D

Questão 20: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa que indica a frase em que a troca de posição dos termos
sublinhados acarreta mudança de sentido.
(A) “...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
(B) “O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso”.
(C) “...na linha de frente de ações criminosas”.
(D) “...o ECA contém dispositivos importantes”.
(E) “...incapaz de discernir entre o certo e o errado”.
Comentário: A alternativa (A) é a que traz mudança de sentido por motivo
sintático. Note que o trecho se refere a jovens que são criminosos, os
menores de 18 anos. Agora, vamos analisar sintaticamente. Veja que a oração
“para afrontar a lei” é subordinada adverbial de finalidade. Ela se refere à
oração principal “serve de salvo-conduto a jovens criminosos”, principalmente
ao verbo “serve”: serve para afrontar a lei.
Com a troca, esta oração subordinada adverbial de finalidade pode ser
interpretada como modificadora do adjetivo “jovens”, isto é, podemos
interpretar que eles são jovens para afrontar a lei. Compare:
“...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
“...ou serve de salvo conduto a criminosos jovens para afrontar a lei”.

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As demais alternativas não apresentam mudança de sentido. Vejamos:


As alternativas (B) e (E) apresentam vocábulos coordenados por adição,
os quais não apresentam mudança de sentido com a troca.
As alternativas (C) e (D) apresentam substantivos seguidos de seus
adjetivos sem outros elementos linguísticos que possam mudar o sentido.
Gabarito: A

Questão 21: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida
cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele
contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes,
ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à
interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou
de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os
quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou
de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a
beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais
recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque
de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos
fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das
etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas.
Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores de um
vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego de um
vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais alusões a um
suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São
Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).

Texto 2 – Comunicação Política na Suíça Os cidadãos suíços são convocados a


se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes por ano
aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política.
Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a
dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro
problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos
especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa
popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do
referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a
preocupa. (Argumentação, Hermès. Paris: CNRS Edições. 2011, p. 58)

Entre as frases abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela em que a preposição


sobre tem valor diferente do dos demais casos é:

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(A) “Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de


quatro a cinco vezes por ano aproximadamente, sobre um total de quinze
temas da atualidade política”. (texto 2)
(B) “Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são
convidados a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre
três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam
alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas”. (texto 2)
(C) “Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum,
que permitem a uma minoria...”. (texto 2)
(D) “...obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa”.
(texto 2)
(E) “Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas...”. (texto 1)
Comentário: As alternativas (A), (B), (D) e (E) apresentam a preposição de
assunto “sobre”. Assim, podemos trocá-la pela locução prepositiva “a respeito
de”:
Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar (...) a respeito de um
total de quinze temas da atualidade política.
... os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (...) a respeito de três ou
quatro problemas de interesse nacional...
...obrigar o conjunto do país a se interessar a respeito do que a preocupa..
Entender os debates mais recentes a respeito da colonização, das práticas
humanitárias, da bioética, do choque de culturas...
Já na alternativa (C) a preposição “sobre” transmite a noção de posição
acima: repousar sobre a iniciativa popular e sobre o referendum.
Gabarito: C

Questão 22: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


“A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar
banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes
atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para
consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não
bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da
casa”.

Assinale a opção que apresenta o conectivo sublinhado nesse segmento que


tem um sinônimo incorretamente indicado.

(A) para = a fim de.


(B) porque = visto que.
(C) com = após.
(D) por = com.
(E) na = para a.
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque a preposição “para” tem
valor de finalidade, da mesma forma que a locução prepositiva “a fim de”.
A alternativa (B) está correta, porque a conjunção “porque” tem valor
de causa, da mesma forma que a locução conjuntiva “visto que”.

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A alternativa (C) está correta, porque a preposição “com”, neste


contexto, traduz valor temporal, pois entendemos do contexto que essa água
só é indicada para consumo depois de passar por tratamento químico. Assim,
podemos substituir “com” por “após”.
A alternativa (D) é a errada, pois a preposição “por” indica o agente da
ação de realizar o tratamento químico. A substituição dessa preposição por
“com” transmitiria um sentido diferente: o de que o tratamento químico seria
realizado apenas na presença dos especialistas, isto é, os especialistas não
realizariam tal ação, eles apenas assistiriam a ela. Ademais, tal preposição
inicia o agente da passiva, por isso só cabe a preposição “por”, neste
contexto.
A alternativa (E) está correta, pois a preposição “em” está sendo
empregada com valor de finalidade, por isso pode ser substituída pela
preposição “para”.
Gabarito: D

Questão 23: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao
invés de”, como ocorre na seguinte frase
(A) “Os fregueses bebem suco se frutas em vez de água.”
(B) “Preferimos lanches em vez de grandes jantares.”
(C) “Muitos casais viajam em vez de ficar em casa.”
(D) “Comeram churrasco em vez de feijoada.”
(E) “Usam os celulares em vez de telefones fixos.”
Comentário: A expressão “ao invés de” significa o inverso, o oposto de
alguma coisa. Já “em vez de” significa em lugar de.
Assim, entendemos que “Os fregueses bebem suco se frutas no lugar
de água.” (suco não é oposto de água); “Preferimos lanches no lugar de
grandes jantares.” (lanches não são opostos de jantares), “Comeram
churrasco no lugar de feijoada.” (churrasco não é oposto de feijoada) e
“Usam os celulares no lugar de telefones fixos.” (celulares não são opostos
de telefones fixos). Assim, não há oposição entre os elementos, mas um no
lugar de outro, uma variação. Agora, veja que o ato de viajar pode ser
entendido como oposição ao ato de ficar em casa, isto é, viajar e não viajar.
Assim, o ideal é o emprego da expressão “ao invés de”. Veja:
“Muitos casais viajam ao invés de ficar em casa.”
Gabarito: C

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Questão 24: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“As coisas adquirem propriedades novas quando vamos em direção a elas com
novos projetos”; o termo que equivale exatamente ao segmento sublinhado é:
(A) ao encontro delas;
(B) de encontro a elas;
(C) junto delas;
(D) em companhia delas;
(E) contra elas.
Comentário: A locução prepositiva “em direção a” transmite a ideia de
direcionamento, rumar a um sentido. O mesmo sentido é encontrado em “ao
encontro de”. Assim, a alternativa (A) é a correta.
A alternativa (B) está errada, pois a locução prepositiva “de encontro a”
transmite valor de choque, oposição.
A alternativa (C) está errada, pois a locução “junto delas” não transmite
uma ideia de direcionamento a, mas simplesmente de proximidade.
A alternativa (D) está errada, pois a locução “em companhia delas” não
transmite uma ideia de direcionamento a, mas simplesmente de companhia,
proximidade.
A alternativa (E) está errada, pois a preposição “contra” transmite valor
de choque, oposição.
Gabarito: A

Questão 25: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“O ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico, parecido com o dos
patos, as descargas elétricas produzidas pelos camarões, a um metro de
distância. As abelhas percebem as alterações elétricas causadas por uma
tempestade distante e voltam para a colmeia; as serpentes detectam o calor
de suas vítimas; os morcegos percebem o eco dos sons que lançam.”
O termo que indica corretamente o seu sentido no contexto é:
(A) com / companhia;
(B) pelos / meio;
(C) a / direção;
(D) por / agente;
(E) para / finalidade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a preposição “com” transmite
valor de meio.
A alternativa (B) está errada, pois a preposição “por” (por+os=pelos)
inicia o termo sintático agente da passiva. Assim, tem valor agente.
A alternativa (C) está errada, pois a preposição “a” transmite valor de
distância (lugar).
A alternativa (D) é a correta, pois a preposição “por” inicia o termo
sintático agente da passiva. Assim, tem valor agente.
A alternativa (E) está errada, pois a preposição “a” transmite valor de
direção (lugar).
Gabarito: D

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Questão 26: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787...”; “Atualmente temos mais de 21 mil
apresentações, sendo possível tratar, com medicamentos genéricos, a maioria
das doenças...”.
A frase abaixo em que a preposição COM tem o mesmo valor semântico que
apresenta nas frases acima é:
(A) Anda com o violão debaixo do braço.
(B) Ele está em desacordo com a família.
(C) Os pais são dóceis com os filhos.
(D) O jarro com vinho está sobre a mesa.
(E) Mexeu no braseiro com um garfo.
Comentário: A preposição “com” tem valor de meio (ou instrumento), isto é,
o meio utilizado para a criação do programa de medicamentos genéricos foi a
promulgação da Lei 9787. O meio utilizado para tratar a maioria das doenças
foram os medicamentos genéricos.
A alternativa (A) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
modo (Anda como? Com o violão debaixo do braço. O violão não é o meio
utilizado para andar, concorda?!).
A alternativa (B) está errada, porque a preposição “com” não tem valor
semântico, ela é o resultado da regência do substantivo “desacordo”.
A alternativa (C) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
referência (dóceis em proveito dos filhos, em relação a eles).
A alternativa (D) está errada, porque a preposição “com” tem valor de
conteúdo (o jarro contém vinho).
A alternativa (E) é a correta, pois “com um garfo” traduz valor de
instrumento, isto é, um meio utilizado para realizar a ação de mexer no
braseiro.
Gabarito: E

Questão 27: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“Após apenas 4 anos da criação dessa lei, os genéricos já se encontravam
disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes
terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições
médicas.”
O comentário INADEQUADO sobre um componente desse segmento do texto 1
é:
(A) “após” é uma preposição com valor de “tempo”;
(B) “apenas” é um modalizador que indica serem 4 anos pouco tempo, na
consideração do enunciador;
(C) “já” é um modalizador que mostra ter a disponibilidade de 4 mil
apresentações ocorrido muito rapidamente;
(D) “mais de” é uma locução com valor de “intensidade”;
(E) as formas de gerúndio “atendendo” e “abrangendo” têm valor equivalente
a “que atendem” e “que abrangem”.

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Comentário: Na expressão “após apenas 4 anos da criação dessa lei”, a


preposição “após” realmente transmite a ideia de tempo e “apenas” marca a
ideia de que o período foi bem curto em relação às ações ao longo desse
tempo. Assim, as alternativas (A) e (B) estão corretas.
Na expressão “os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4
mil apresentações”, o advérbio “já” transmite a ideia de rapidez na
distribuição num curto tempo. Assim, a alternativa (C) está correta.
A expressão “mais de” tem o sentido de além de, e não de intensidade.
Assim, a alternativa (D) é a errada.
As orações “abrangendo as principais classes terapêuticas, atendendo a
mais de 60% das necessidades de prescrições médicas” são subordinadas
adjetivas explicativas reduzidas de gerúndio. Assim, podem ser desenvolvidas
para “que abrangem as principais classes terapêuticas, que atendem a
mais de 60% das necessidades de prescrições médicas”. Assim, a alternativa
(E) está correta.
Gabarito: D

Questão 28: Prefeitura de Cuiabá 2015 – Técnico de Laboratório (banca FGV)


“Se as mulheres enfrentam dupla jornada de trabalho, a forma eficiente de
resolver o problema é por meio de mudanças culturais que tornem os homens
mais ativos nos afazeres domésticos e por meio de boas creches e escolas que
deixem as mães mais tranquilas com o cuidado dos filhos.”
A substituição dos elementos sublinhados por outros de sentido equivalente só
não é adequada em
(A) se / caso.
(B) de / para.
(C) por meio de / através de.
(D) e / além de.
(E) com / em companhia de.
Comentário: Na alternativa (A), a conjunção condicional “se” pode ser
substituída por “caso”.
Na alternativa (B), a preposição “de” tem valor de finalidade, da mesma
forma que a preposição “para”.
Na alternativa (C), a locução prepositiva “por meio de” tem sentido
equivalente a “através de”. Numa construção gramatical mais apurada, nota-
se que a primeira é mais adequada por ter valor adverbial de meio. A segunda
forma, apesar de ser amplamente utilizada em nossa linguagem, adapta-se
melhor quando se refere a traspassar, transpor (Realizei uma corrida através
dos campos. Através dos tempos o ser humano constrói seu saber.).
Na alternativa (D), a locução prepositiva “além de” tem valor de adição,
assim como a conjunção “e”.
A alternativa (E) é a errada, pois a preposição “com” tem valor de
modo, já a locução prepositiva “em companhia de” tem valor de companhia.
Gabarito: E

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Questão 29: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Um jornal apresentava a seguinte manchete:
“Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”
Na frase “Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar
água.”, o emprego do até mostra um modalizador, ou seja, um termo em que
o enunciador do texto expressa uma opinião.
Nesse caso, a opinião é de que
(A) há um exagero na medida.
(B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.
(C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.
(D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.
(E) demonstra um apoio à medida tomada.
Comentário: A preposição “até” é também entendida como denotativa de
inclusão, isto é, transmite uma informação de inclusão numa situação em que
normalmente não haveria. Neste caso, não se esperaria que uma escola
induziria os alunos a pararem de escovar os dentes, por ser algo básico,
necessário.
Chama atenção o fato de uma escola, a qual deveria zelar pela higiene e
educação dos alunos, induzir o aluno a não escovar os dentes. Tal medida é
extrema, por isso a alternativa (A) é correta.
A alternativa (B) está errada, pois não se quis demonstrar que a medida
é exemplar, é algo inesperado. Justamente por ser algo inesperado, não
cabem também as alternativas (C), (D) e (E).
Gabarito: A

Questão 30: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Um amigo conta a situação na sua rua: os galhos de uma árvore cresceram
muito e encostaram no transformador; quando chove com vento, os galhos
vão batendo no transformador, já molhado, até desligá lo. Sempre acontece
isso”.
Assinale a alternativa em que ocorre um comentário correto sobre os
componentes desse segmento do texto.
(A) o possessivo “sua” indica somente uma posse afetiva.
(B) o conectivo “de” tem presença solicitada pelo substantivo “galhos”.
(C) o conectivo “e” mostra oposição entre “cresceram” e “encostaram”.
(D) o conectivo “com” indica instrumento.
(E) o termo “até” mostra finalidade.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a relação de posse afetiva
ocorre num valor conotativo, isto é, a rua não é literalmente da pessoa, é o
seu endereço, o seu lugar. Assim, por uma relação afetiva com o meio onde
se vive, diz-se rua do fulano, rua do cliclano, minha rua, sua rua.
A alternativa (B) está errada, pois a preposição não ocorre por regência
nominal, isto é, por exigência do nome “galhos”. Na realidade, tal preposição
inicia uma locução adjetiva que caracteriza o substantivo “galhos” e tem o
valor semântico de posse. Assim, a expressão “de uma árvore” é um adjunto

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adnominal.
A alternativa (C) está errada, porque não há oposição na conjunção “e”,
mas adição.
A alternativa (D) está errada, porque “com vento” não é instrumento,
mas o modo como chove.
A alternativa (E) está errada, pois a preposição “até” tem valor de limite
de tempo.
Gabarito: A

Questão 31: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito
desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas
específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o
público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código
Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores imprudentes passaram a
frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação”.
As duas ocorrências do conectivo “com”, sublinhadas no fragmento acima,
indicam, respectivamente,
(A) companhia / companhia.
(B) companhia / modo.
(C) meio / tempo.
(D) comparação / meio.
(E) tempo / comparação.
Comentário: A primeira ocorrência da preposição “com” pode ser substituída
pela locução prepositiva de meio “por meio de”:
“É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito
desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, por meio de aulas
específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o
público infantil nos departamentos de trânsito.
Já a segunda ocorrência da palavra “com” pode ser substituída pela
locução prepositiva de tempo “depois de”. Veja:
Depois da chegada do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os
condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o
propósito de reeducação”.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 32: SSP AM 2015 – Técnico de Nível Superior (banca FGV)


“Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há
mais ética, conceitos estéticos, nenhum objetivo mais profundo e mais
humano a atingir?”
Nesse segmento do texto 1 há três ocorrências do vocábulo “mais”, que se
encontram sublinhadas. A afirmação correta sobre essas ocorrências é:
(A) as três mostram o mesmo valor semântico;
(B) as três mostram classes gramaticais distintas;

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(C) a primeira tem valor diferente das demais;


(D) as duas primeiras possuem o mesmo sentido;
(E) as duas últimas têm valor de “tempo”.
Comentário: A palavra “mais” é um advérbio nas três ocorrências do texto. A
primeira é um advérbio de tempo, que modifica o verbo “há” (não há mais = a
partir de agora não há). A segunda é um advérbio de intensidade e modifica o
adjetivo “profundo” (mais profundo). A terceira é um advérbio de intensidade
e modifica o adjetivo “humano” (mais humano).
Assim, a alternativa (C) é a correta, pois a primeira ocorrência tem valor
temporal e as duas últimas têm valor de intensidade.
Gabarito: C

Questão 33: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


Millôr Fernandes disse certa vez que “Beber é mal, mas é muito bom”.
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S.Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.) Sobre o
emprego do vocábulo “mal” nesse pensamento, pode-se afirmar que:
(A) se opõe semanticamente a “bom”;
(B) pertence à mesma classe gramatical de “bom”;
(C) está grafado erradamente;
(D) exemplifica um caso de derivação imprópria;
(E) compõe um jogo humorístico de palavras com “bom”.
Comentário: A palavra “mal” normalmente não se adapta ao verbo de
ligação “é”, haja vista que ela é um advérbio. Como há um jogo humorístico
de um escritor renomado, não se condena o uso, mas se deve perceber sua
intenção comunicativa. Na realidade, devemos analisar tal palavra com base
na seguinte reescrita: Beber faz mal (oposto de bem). Já o adjetivo “bom” é o
predicativo, o qual é precedido do verbo de ligação “é”.
Dessa forma, sabemos que as alternativas (A) e (B) estão erradas.
Entendendo que a construção ideal é “Beber faz mal”, sabemos que a
grafia da palavra não está errada, por ser um advérbio. Assim, houve uso
próprio do advérbio e eliminamos as alternativas (C) e (D).
Sobra a alternativa (E) como a correta, por entendermos uma
brincadeira do escritor: um jogo de palavras.
Gabarito: E

Questão 34: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


“Coloque um balde embaixo do chuveiro”; a opção em que a forma sublinhada
está ERRADA é:
(A) Abaixo o desperdício de água!
(B) Todos devíamos consumir abaixo do consumo atual.
(C) As famílias devem perseguir o baixo consumo.
(D) Os preços das contas deviam vir de alto a baixo.
(E) As contas vieram debaixo do esperado.
Comentário: A palavra “Abaixo” é uma interjeição, a qual transmite uma
ideia de levante, protesto. Assim, a alternativa (A) está correta.
O advérbio “abaixo” significa “em lugar menos elevado”, “num nível
menor do que o esperado”. Assim, a alternativa (B) está correta.

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A palavra “baixo” é um adjetivo, o qual significa pouco (pouco


consumo). Assim, a alternativa (C) está correta.
A locução adverbial “a baixo” se associa à locução “de alto”,
transmitindo um movimento vertical de cima para baixo. Assim, a alternativa
(D) está correta.
Já alternativa (E) é a errada, pois o contexto induz uma ideia de um
nível menor do que o esperado. Assim, o advérbio correto é “abaixo”. A
locução adverbial “debaixo de” transmite a noção de “por baixo de”, posição
inferior a outra.
Gabarito: E

Questão 35: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que
não só sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes
dos nossos.”
O comentário adequado sobre os componentes desse segmento do texto é:
(A) o infinitivo “imaginar” pode ser substituído por “que se imaginasse”;
(B) o conector “mas também” equivale semanticamente a “porém”;
(C) os pronomes “sua” e “seus” possuem referenciais diferentes;
(D) o termo “como” tem valor de interrogativo de modo;
(E) “difícil”, “animal” e “sensoriais” são exemplos de adjetivos.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “É” encontra-se no
presente do indicativo. Assim, força, numa suposta oração desenvolvida, que
o verbo “imaginar” se flexione no presente do subjuntivo (É difícil que se
imagine).
A alternativa (B) está errada, pois o conector “mas também” trabalha
correlativo ao conector “não só”. Assim, equivalem semanticamente a “e”.
A alternativa (C) está errada, pois os pronomes “sua” e “seus” possuem
mesmo referente: “um animal”.
A alternativa (D) é a correta, pois o advérbio interrogativo de modo
encontra-se numa frase interrogativa indireta, haja vista que ela termina com
ponto final. Mas podemos ter certeza de seu valor transformando em
interrogativa direta, com o uso do ponto de interrogação:
Como pode ser o mundo de um animal considerando que não só sua
inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos nossos?
A alternativa (E) está errada, porque “difícil” e “sensoriais” são exemplos
de adjetivos, mas “animal” é exemplo de substantivo.
Gabarito: D

Questão 36: FBN 2013 – auxiliar de documentação (banca FGV)


Aponte a alternativa em que as duas ocorrências do termo sublinhado
mostram valor semântico diferente.
(A) “Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver
um gosto...” / “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber...”.
(B) “... impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte” /
“Apolo é o patrono das artes, o deus da inspiração, entre outras coisas”.

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(C) “...– inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da


subliteratura...” / “...o eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e
lúcidos como os dos argonautas...”.
(D) “...um livro que me iluminou particularmente sobre essas questões...” /
“...episódio contado por Apolônio de Rodes sobre os argonautas”.
Comentário: A alternativa (A) é a que apresenta os valores distintos. Na
primeira ocorrência, a palavra “meio” é um substantivo, o qual faz parte da
locução prepositiva “em meio a”, transmitindo o sentido de permeio, junto aos
demais. Já, na segunda ocorrência, tal vocábulo é um advérbio, o qual
modifica o adjetivo “cegos”, tem valor semântico de intensidade e pode ser
substituído por “um pouco”.
A alternativa (B) está correta, pois ocorre a repetição literal da
expressão “entre outras coisas”, a qual nos indica que ocorrem mais coisas
além das citadas.
A alternativa (C) está correta, pois a palavra “como” tem valor
exemplificativo.
A alternativa (D) está correta, pois a preposição “sobre” tem valor
semântico de assunto.
Gabarito: A

Questão 1: IBGE 2017 Analista Censitário (banca FGV)


“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se juntássemos os
adjetivos sublinhados em forma de adjetivo composto, a forma correta, no
contexto, seria:
(A) econômicas-sociais;
(B) econômico-social;
(C) econômica-social;
(D) econômico-sociais;
(E) econômicas-social.

Questão 2: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Texto 2 – “Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do
Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro. Passados
quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento que envolveu
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros
didáticos e se restringiu às discussões acadêmicas. Neste livro, fruto de
pesquisas históricas rigorosas, mas escrito com o ritmo de uma grande
reportagem, o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e
acompanhar de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas
profundas no continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”.
(adaptado – A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima)
Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou adjetivo +
substantivo, retirados do texto, aquele em que a troca de posição dos termos

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provoca modificação de sentido é:


(A) página desbotada;
(B) conflito sangrento;
(C) discussões acadêmicas;
(D) pesquisas rigorosas;
(E) grande reportagem.

Questão 3: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS
“Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais
que foram extintas por vários motivos.
Atualmente, quando se mencionam „espécies em extinção‟, afloram as
várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando.
Dentre essas ações, as principais talvez sejam:
i) a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais
menores; todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem
expressivos lucros;
ii) a descuidada aplicação dos chamados „defensivos agrícolas‟ ou
agrotóxicos, desestabilizando completamente o ecossistema;
iii) as grandes tragédias provocadas também pela incúria humana como os
incêndios florestais e derramamento de petróleo cru nos mares;
iv) o desmatamento de grandes áreas, fator de cruel desalojamento dos
habitats de incontáveis espécies animais”.
(Eurípedes Kuhl)
O par abaixo que muda de sentido se for invertida a posição de seus dois
elementos é:
(A) vários motivos;
(B) grande porte;
(C) animais menores;
(D) grandes áreas;
(E) cruel desalojamento.

Questão 4: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


A ORIGEM DA VIDA NO UNIVERSO
Uma descoberta anunciada na semana passada joga mais luz sobre a origem
da vida no universo. Em um artigo publicado na revista Nature – uma das
mais importantes publicações científicas do mundo –, pesquisadores ingleses
relatam a identificação de microfósseis de bactérias que teriam surgido entre
4,2 bilhões de anos e 3,7 bilhões de anos atrás. Se for confirmado, será o
mais antigo registro de vida na Terra.
No texto, há três ocorrências do vocábulo “mais”: (1) “...joga mais luz sobre a
origem da vida”; (2) “...uma das mais importantes publicações científicas” e
(3) “...será o mais antigo registro de vida na Terra”.
Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que em:
(A) (1) e (2) “mais” tem valor de intensidade;
(B) (1) e (3) “mais” tem valor de quantidade;

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(C) (2) e (3) “mais” tem valor de intensidade;


(D) (2) “mais” tem valor de quantidade indeterminada;
(E) (3) “mais” tem valor de quantidade determinada.

Questão 5: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Fragmento do texto: “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado – corporativismo, incompetência pública, intervencionismo, burocracia,
estatismo, carga tributária complexa, entre outros –, ainda somos um país de
muita sorte. Pelo simples fato de que a solução para nossos problemas só
depende de nós mesmos.
A primeira frase do texto “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado”, poderia ter a preposição inicial substituída adequadamente ao sentido
do texto por:
(A) apesar de;
(B) por causa de;
(C) em razão de;
(D) pois;
(E) além de.

Questão 6: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Fragmento do texto: “Com todos os problemas que temos em nosso
Estado – corporativismo, incompetência pública, intervencionismo, burocracia,
estatismo, carga tributária complexa, entre outros –, ainda somos um país de
muita sorte. Pelo simples fato de que a solução para nossos problemas só
depende de nós mesmos.
No texto há um conjunto de verbos no infinitivo; se substituirmos essas
formas verbais por substantivos correspondentes, a única frase INCORRETA
será:
(A) “Imagine reunir um grupo” / imagine a reunião de um grupo;
(B) “para estudar” / para o estudo;
(C) “treinar visões” / treino de visões;
(D) “uma forma de estar na vida” / uma forma de estada na vida;
(E) “uma possibilidade de mudar” / uma possibilidade de mutação.

Questão 7: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida
cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele
contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes,
ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à
interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou
de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os
quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou
de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a
beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais
recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque

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de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos


fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das
etapas da sua adaptação ao mundo.
O texto apresenta alguns termos precedidos da preposição COM; os
segmentos em que o valor semântico dessa preposição é idêntico são:
(A) “com maior ou menor evidência” / “com isso”;
(B) “com rapidez” / com a música de Bach”;
(C) “com maior ou menor evidência” / com rapidez;
(D) “com a música de Bach” / com maior ou menor evidência”;
(E) “com isso” / com rapidez.

Questão 8: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que fazem
seus plurais, exata e respectivamente, como:
(A) escrivão / vulcão;
(B) cristão / ademão;
(C) anão / corrimão;
(D) chorão / ancião;
(E) cartão / aldeão.

Questão 9: FBN 2013 – auxiliar de documentação (banca FGV)


Assinale alternativa em que a forma verbal sublinhada funciona como
substantivo.
(A) “Estenderam se na praia para descansar”
(B) “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da
mediocridade”
(C) “Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao
alvorecer”
(D) “Em terra de gente que lê sem ler...”

Questão 10: ALMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que um dos termos foi formado a partir de uma
classe de palavra diferente da dos demais.
(A) Recolhimento – discernimento
(B) Segurança – punição
(C) Interpretação – obrigação
(D) Confronto – abandono
(E) Recuperação – população

Questão 11: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV)


No segmento “parceria público-privada” há uma correta informação sobre a
concordância dos adjetivos compostos por dois adjetivos e, por isso mesmo,
devemos considerar errada a seguinte construção:
(A) tratado luso-brasileiro;
(B) comunidades afro-asiáticas;
(C) relações econômico-sociais;

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(D) injustiças arcaico-tradicionais;


(E) agentes públicos-financeiros.

Questão 12: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV)


O par de palavras que apresenta uma disposição de classes de palavras
diferente das demais é:
(A) pessoa adaptada;
(B) sociedade moderna;
(C) cuidado espiritual;
(D) doenças psicossomáticas;
(E) eminente psicólogo.

Questão 13: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se
chegar à internação, há uma série de outras menos severas, como a
advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida,
que são frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de
liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica”.
O adjetivo que, por sua tipologia, mostra um tipo diferente dos demais é:
(A) ignorada;
(B) previstas;
(C) severas;
(D) justa;
(E) generosa.

Questão 14: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


A frase abaixo em que está ausente qualquer processo de intensificação de
adjetivos é:
(A) “O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e
generosa”;
(B) “...ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e
promoção”;
(C) “Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à
internação, há uma série de outras menos severas, como a
advertência...”;
(D) “...a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são
frequentemente ignoradas”;
(E) “...é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas preconizadas pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente”.

Questão 15: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV)


“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida
pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção,
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população

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jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em


determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Os termos que, se trocados de posição, acarretam modificação de sentido,
são:
(A) o único remédio / o remédio único;
(B) população jovem / jovem população;
(C) determinados casos / casos determinados;
(D) punição mais eficaz / mais eficaz punição;
(E) Estatuto da Criança e do Adolescente / Estatuto do Adolescente e da
Criança.

Questão 16: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


ANTES QUE A FONTE SEQUE
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram
não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela
carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente
cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do
mineral.
Observando os pares “empolgado escrivão”, “ancestrais lusitanos” e “políticas
públicas”, podemos constatar, no emprego de adjetivos, que todos os
elementos dessa classe:
(A) podem trocar de posição com o substantivo;
(B) modificam o sentido quando antepostos;
(C) apresentam variação de grau;
(D) indicam a opinião do enunciador;
(E) referem-se a termos de função substantiva.

Questão 17: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem
deprimente, não há maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é:
(A) transferido/mantido;
(B) inédito/desconhecido;
(C) impávido/orgulhoso;
(D) eficaz/eficiente;
(E) habitual/inóspito.

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Questão 18: ALMA 2013 – Agente Legislativo (banca FGV)


A empregada foi embora
Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século,
em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem
empregada, esse personagem que, dentro de casa, serve de amortecedor às
tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de
uma família.
Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um
nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por
vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas
infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão
exigia uma abolição. A lei é bem vinda. Abre uma dinâmica de transformação
da sociedade que ainda não está visível em toda a sua profundidade e cujos
desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além
do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas
empresas.
(Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.)
Nas alternativas a seguir há sempre um adjetivo que se refere a um
substantivo. Assinale a alternativa em que o adjetivo não representa uma
opinião da autora do texto.
(A) Baixos salários.
(B) Jornadas infindáveis.
(C) Condições deploráveis.
(D) Contas públicas.
(E) Pequenos gestos.

Questão 19: ALMA 2013 – Auxiliar Legislativo (banca FGV)


O substantivo “imprudência” está ligado ao adjetivo “imprudente”.
Entre os substantivos e adjetivos a seguir, assinale a correspondência
incorreta.
(A) Lei / Legal
(B) Morte / Mortal
(C) Acidente / Acidental
(D) Álcool / Alcoolismo
(E) Rodovia / Rodoviário

Questão 20: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa que indica a frase em que a troca de posição dos termos
sublinhados acarreta mudança de sentido.
(A) “...ou serve de salvo conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
(B) “O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso”.
(C) “...na linha de frente de ações criminosas”.
(D) “...o ECA contém dispositivos importantes”.
(E) “...incapaz de discernir entre o certo e o errado”.

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Questão 21: ALERJ 2017 Registro de Debates (banca FGV)


Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida
cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele
contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes,
ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à
interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou
de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os
quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou
de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a
beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais
recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque
de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos
fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das
etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas.
Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores de um
vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego de um
vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais alusões a um
suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São
Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).

Texto 2 – Comunicação Política na Suíça Os cidadãos suíços são convocados a


se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes por ano
aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política.
Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a
dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro
problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos
especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa
popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do
referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a
preocupa. (Argumentação, Hermès. Paris: CNRS Edições. 2011, p. 58)

Entre as frases abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela em que a preposição


sobre tem valor diferente do dos demais casos é:
(A) “Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de
quatro a cinco vezes por ano aproximadamente, sobre um total de quinze
temas da atualidade política”. (texto 2)
(B) “Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são
convidados a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre
três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam
alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas”. (texto 2)

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(C) “Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum,


que permitem a uma minoria...”. (texto 2)
(D) “...obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa”.
(texto 2)
(E) “Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas...”. (texto 1)

Questão 22: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


“A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar
banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes
atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para
consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não
bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da
casa”.
Assinale a opção que apresenta o conectivo sublinhado nesse segmento que
tem um sinônimo incorretamente indicado.
(A) para = a fim de.
(B) porque = visto que.
(C) com = após.
(D) por = com.
(E) na = para a.

Questão 23: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao
invés de”, como ocorre na seguinte frase
(A) “Os fregueses bebem suco se frutas em vez de água.”
(B) “Preferimos lanches em vez de grandes jantares.”
(C) “Muitos casais viajam em vez de ficar em casa.”
(D) “Comeram churrasco em vez de feijoada.”
(E) “Usam os celulares em vez de telefones fixos.”

Questão 24: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“As coisas adquirem propriedades novas quando vamos em direção a elas com
novos projetos”; o termo que equivale exatamente ao segmento sublinhado é:
(A) ao encontro delas;
(B) de encontro a elas;
(C) junto delas;

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(D) em companhia delas;


(E) contra elas.

Questão 25: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“O ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico, parecido com o dos
patos, as descargas elétricas produzidas pelos camarões, a um metro de
distância. As abelhas percebem as alterações elétricas causadas por uma
tempestade distante e voltam para a colmeia; as serpentes detectam o calor
de suas vítimas; os morcegos percebem o eco dos sons que lançam.”
O termo que indica corretamente o seu sentido no contexto é:
(A) com / companhia;
(B) pelos / meio;
(C) a / direção;
(D) por / agente;
(E) para / finalidade.

Questão 26: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a
promulgação da Lei 9787...”; “Atualmente temos mais de 21 mil
apresentações, sendo possível tratar, com medicamentos genéricos, a maioria
das doenças...”.
A frase abaixo em que a preposição COM tem o mesmo valor semântico que
apresenta nas frases acima é:
(A) Anda com o violão debaixo do braço.
(B) Ele está em desacordo com a família.
(C) Os pais são dóceis com os filhos.
(D) O jarro com vinho está sobre a mesa.
(E) Mexeu no braseiro com um garfo.

Questão 27: DPE RO 2015 – Técnico Administrativo (banca FGV)


“Após apenas 4 anos da criação dessa lei, os genéricos já se encontravam
disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes
terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições
médicas.”
O comentário INADEQUADO sobre um componente desse segmento do texto 1
é:
(A) “após” é uma preposição com valor de “tempo”;
(B) “apenas” é um modalizador que indica serem 4 anos pouco tempo, na
consideração do enunciador;
(C) “já” é um modalizador que mostra ter a disponibilidade de 4 mil
apresentações ocorrido muito rapidamente;
(D) “mais de” é uma locução com valor de “intensidade”;
(E) as formas de gerúndio “atendendo” e “abrangendo” têm valor equivalente
a “que atendem” e “que abrangem”.

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Questão 28: Prefeitura de Cuiabá 2015 – Técnico de Laboratório (banca FGV)


“Se as mulheres enfrentam dupla jornada de trabalho, a forma eficiente de
resolver o problema é por meio de mudanças culturais que tornem os homens
mais ativos nos afazeres domésticos e por meio de boas creches e escolas que
deixem as mães mais tranquilas com o cuidado dos filhos.”
A substituição dos elementos sublinhados por outros de sentido equivalente só
não é adequada em
(A) se / caso.
(B) de / para.
(C) por meio de / através de.
(D) e / além de.
(E) com / em companhia de.

Questão 29: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Um jornal apresentava a seguinte manchete:
“Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”
Na frase “Escolas de São Paulo vetam até escova de dente para economizar
água.”, o emprego do até mostra um modalizador, ou seja, um termo em que
o enunciador do texto expressa uma opinião.
Nesse caso, a opinião é de que
(A) há um exagero na medida.
(B) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.
(C) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.
(D) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.
(E) demonstra um apoio à medida tomada.

Questão 30: Detran 2013 – Analista (banca FGV)


“Um amigo conta a situação na sua rua: os galhos de uma árvore cresceram
muito e encostaram no transformador; quando chove com vento, os galhos
vão batendo no transformador, já molhado, até desligá lo. Sempre acontece
isso”.
Assinale a alternativa em que ocorre um comentário correto sobre os
componentes desse segmento do texto.
(A) o possessivo “sua” indica somente uma posse afetiva.
(B) o conectivo “de” tem presença solicitada pelo substantivo “galhos”.
(C) o conectivo “e” mostra oposição entre “cresceram” e “encostaram”.
(D) o conectivo “com” indica instrumento.
(E) o termo “até” mostra finalidade.

Questão 31: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


“É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito
desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas
específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o
público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código

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Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores imprudentes passaram a


frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação”.
As duas ocorrências do conectivo “com”, sublinhadas no fragmento acima,
indicam, respectivamente,
(A) companhia / companhia.
(B) companhia / modo.
(C) meio / tempo.
(D) comparação / meio.
(E) tempo / comparação.

Questão 32: SSP AM 2015 – Técnico de Nível Superior (banca FGV)


“Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há
mais ética, conceitos estéticos, nenhum objetivo mais profundo e mais
humano a atingir?”
Nesse segmento do texto 1 há três ocorrências do vocábulo “mais”, que se
encontram sublinhadas. A afirmação correta sobre essas ocorrências é:
(A) as três mostram o mesmo valor semântico;
(B) as três mostram classes gramaticais distintas;
(C) a primeira tem valor diferente das demais;
(D) as duas primeiras possuem o mesmo sentido;
(E) as duas últimas têm valor de “tempo”.

Questão 33: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


Millôr Fernandes disse certa vez que “Beber é mal, mas é muito bom”.
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S.Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.) Sobre o
emprego do vocábulo “mal” nesse pensamento, pode-se afirmar que:
(A) se opõe semanticamente a “bom”;
(B) pertence à mesma classe gramatical de “bom”;
(C) está grafado erradamente;
(D) exemplifica um caso de derivação imprópria;
(E) compõe um jogo humorístico de palavras com “bom”.

Questão 34: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV)


“Coloque um balde embaixo do chuveiro”; a opção em que a forma sublinhada
está ERRADA é:
(A) Abaixo o desperdício de água!
(B) Todos devíamos consumir abaixo do consumo atual.
(C) As famílias devem perseguir o baixo consumo.
(D) Os preços das contas deviam vir de alto a baixo.
(E) As contas vieram debaixo do esperado.

Questão 35: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


“É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que
não só sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes
dos nossos.”

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O comentário adequado sobre os componentes desse segmento do texto é:


(A) o infinitivo “imaginar” pode ser substituído por “que se imaginasse”;
(B) o conector “mas também” equivale semanticamente a “porém”;
(C) os pronomes “sua” e “seus” possuem referenciais diferentes;
(D) o termo “como” tem valor de interrogativo de modo;
(E) “difícil”, “animal” e “sensoriais” são exemplos de adjetivos.

Questão 36: FBN 2013 – auxiliar de documentação (banca FGV)


Aponte a alternativa em que as duas ocorrências do termo sublinhado
mostram valor semântico diferente.
(A) “Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver
um gosto...” / “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber...”.
(B) “... impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte” /
“Apolo é o patrono das artes, o deus da inspiração, entre outras coisas”.
(C) “...– inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da
subliteratura...” / “...o eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e
lúcidos como os dos argonautas...”.
(D) “...um livro que me iluminou particularmente sobre essas questões...” /
“...episódio contado por Apolônio de Rodes sobre os argonautas”.

1D 2E 3A 4C 5A 6E 7C 8C 9C 10 E
11 E 12 E 13 B 14 D 15 C 16 E 17 A 18 D 19 D 20 A
21 C 22 D 23 C 24 A 25 D 26 E 27 D 28 E 29 A 30 A
31 C 32 C 33 E 34 E 35 D 36 A

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