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Óscar Raimundo

A Influência de Acidez do Solo nas Quantidades das Antocianinas em


Pêssegos Colectados em Diferentes Pontos da Cidade de Lichinga

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão de Laboratório

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2019
1

Óscar Raimundo

A Influência de Acidez do Solo nas Quantidades das Antocianinas em


Pêssegos Colectados em Diferentes Pontos da Cidade de Lichinga

Monografia Científica a ser apresentada no


Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, no Curso de Biologia, como
requisita para obtenção do Grau Académico
de Licenciatura em Ensino de Biologia com
Habilitação em Gestão de Laboratório.

Supervisor: dr. Baduíno Milton Aleixo

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2019
2

Índice
Lista de Abreviaturas e Símbolos................................................................................III

Índice de Tabelas.........................................................................................................IV

Índice de gráfico............................................................................................................V

Resumo........................................................................................................................XI

1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO...............................................................................10

1.1. Problematização............................................................................................11

1.2. Justificativa.....................................................................................................12

1.3. Objectivos......................................................................................................13

1.3.1. Geral........................................................................................................13

1.3.2. Específicos..............................................................................................14

2. CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................15

2.1. Acidez do solo................................................................................................15

2.2. Antocianinas...................................................................................................16

2.2.1. Mudança no pH.......................................................................................16

2.2.2. Características físicas e estruturais das antocianinas............................18

2.2.3. Efeito do pH sobre a estabilidade da cor................................................18

2.2.4. Influência da Temperatura......................................................................19

2.3. Importância das antocianinas........................................................................19

2.3.1. Importaria para a saúde humana............................................................20

2.4. O pêssego......................................................................................................21

2.4.1. Polpa do pêssego....................................................................................22

2.4.2. Amêndoa de pêssego.............................................................................22

2.4.3. Antioxidantes do pêssego.......................................................................23

2.4.4. Valores nutricionais do pêssego  (valores para 100 gramas da fruta)...24

2.4.5. Benefícios do pêssego............................................................................24

3. CAPITULO III: METODOLOGIA...........................................................................26


3

3.1. Descrição da área de estudo.........................................................................26

3.1.1. Clima e pluviosidade da cidade de Lichinga...........................................26

3.2. Determinação de acidez do solo...................................................................26

3.2.1. Preparo das amostras e extracção das antocianinas.............................27

3.2.2. Quantificação das antocianinas..............................................................29

3.2.3. Análise estatística...................................................................................31

4. CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...........32

4.1. Absorbâncias Obtidas....................................................................................32

4.2. Quantificação das antocianinas.....................................................................32

4.3. Comparação das antocianinas a partir das médias......................................34

5.CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................37

5.1. Recomendações:...........................................................................................37

5. BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................38
III

Lista de Abreviaturas e Símbolos

AntT - Antocianinas Totais;

ED - Extracto Diluído;

PH – potencial de hidrogénio;

HCl – ácida clorídrico;

E1%1cm: Coeficiente de Extinção;


DO: Densidade óptica do extracto diluído ou os valores de absorbância;

VE1: Volume total do extracto concentrado;


VE2: Volume total do extracto diluído;
Valq: Volume da alíquota utilizado na diluição do extracto concentrado;
m: Massa da amostra.
IV

Índice de Tabelas

Tabela 1: Resultado das absorbâncias obtidas da extracção de antocianina em


pêssegos provenientes em bairros com acides do solo diferentes............................34
Tabela 2: Resultado das quantidades de antocianinas presentes em cada amostra
de pêssego expressos em mg/100g...........................................................................35
Tabela 3: Comparação das médias das antocianinas em pêssegos.........................36
Tabela 4: Relação entre os valores da acides do solo e as quantidades das
antocianinas................................................................................................................37
V

1 Índice de gráfico
Gráfico 1: Relação entre os valores da acidez do solo e as quantidades das
antocianinas com os valores do pH do solo...............................................................35
VI

Índice de Figuras

Figura 1: Estrutura química das antocianinas.............................................................18


Figura 2: pesagem do solo..........................................................................................27
Figura 3: comparador de pH e pHmetro electrónico...................................................28
Figura 4: Procedimentos usados para a extracção das antocianinas:.......................30
Figura 5: Sequência de purificação das antocianinas extraídas, A, B, C e D............31
Figura 6: Diluição do extracto concentrado com a solução de pH único formando o
extracto diluído (A – solução de pH Único; e B - o extracto diluído)..........................31
Figura 7: A leitura das absonâncias a partir do espectofotometro.............................32
VII

Declaração de Honra

Declaro que esta Monografia Científica é o resultado da minha investigação pessoal


e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e contou com a
consulta de fontes que estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia.

O trabalho nunca tinha sido apresentado em nenhuma outra instituição de ensino


superior para obtenção de qualquer grau académico.

Lichinga, 11 de Novembro de 2019

_____________________________________________
Óscar Raimundo
VIII

Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus irmãos e minha mãe Maria Rosa Cassimo Limas que
com sacrifício, amor, força e convicção encorajaram-me a enfrentar todos os
desafios na vida académica.
IX

Agradecimentos

Primeiramente agradeço, a Deus por me abençoar desde o começo desta pesquisa


científica, contribuindo para mais uma etapa a ser concluída em minha vida.
Ao meu orientador MSc. Balduino Aleixo, que brilhantemente mostrou-se disponível
em me orientar nessa pesquisa, pela constante ajuda e dedicação em aprimorar
mais este trabalho, que contribuiu muito para o meu aprendizado.

À universidade Rovuma, Extensão de Niassa, caso específico dos docentes do


curso de Biologia, por abrir os caminhos da produção científica e instruir
metodicamente profissionais da educação rumo a um mundo melhor.

À directora do curso MSc. Francesinha Uarota, pela forma social e o simples sorriso,
tornou minha vida académica mais feliz no decurso do tempo.
Ao monitor Octávio da Conceição Pio, que contribuiu para o enriquecimento do
trabalho, agradeço-a, pois sua ajuda foi de extrema importância para conclusão
dessa pesquisa.

À minha mãe, Maria Rosa Cassimo Limas, pelos constantes ensinamentos e


incentivo na minha realização profissional e pessoal.

À minha namorada Belmira Correia, que sempre esteve ao meu lado desde o início
dessa pesquisa, me ajudando, auxiliando, incentivando e me apoiando em todos os
momentos, meu muito obrigado.

Agradeço muito a todos que colaborarão seja de forma directa ou indirectamente, na


execução desse trabalho: familiares, a directora do curso, amigos e docentes.
X

Resumo

As antocianinas presentes nas culturas de pêssegos são responsáveis pela coloração


vermelha intensa nos pêssegos e desempenham importantes funções como: protecção à
acção da luz; mecanismo de defesa; função biológica; e actividade anticarcinogênica,
antiangiogênica e antioxidante. O objectivo do presente trabalho foi estudar a influência da
acidez do solo nas quantidades das antocianinas em pêssegos colectados em diferentes
pontos da cidade de Lichinga, que para análise da influência da acidez do solo, fez-se uma
relação entre os valores de acidez do solo que rondaram no intervalo de 6,4-7 com as
concentrações das antocianinas nos pêssegos representados num gráfico. Efectuou-se a
análise da influência de acidez do Solo nas quantidades das antocianinas extraídas com
etanol acidificado com HCl e leitura em espectrofotômetro em 535 nm. Através da
comparação feita com os resultados obtidos do pH do solo com os das antocianinas,
observou-se que a concentração das antocianinas foi maior nas amostras de frutas
provenientes no bairro da cerâmica com pH=6,8 e este solo mostrou-se ser mais eficiente
em termos de produção de pêssegos com altos teores das antocianinas, isto é, com uma
meia de 148,7373 mg/100g e o solo com pH=6,4 foi menos eficiente com uma media de
14,11408 mg/100g. As quantidades das antocianinas mostraram-se dependentes das
concentrações da acidez do solo.

Palavras-chave: acidez do solo, antocianina, absorbância, pêssego, quantificação, pH e


amostras.
10

1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO

Actualmente, a população mundial tem uma nova visão de que os alimentos não são
apenas para nutrir, mas também oferecem compostos ou elementos biologicamente
activos, que proporcionam benefícios adicionais a saúde. Portanto, nasce assim um
conceito de alimentos funcionais. Entre os compostos bioactivos estão as
antocianinas, que para além de serem corantes naturais dos alimentos, possuem
também actividades biológicas.

Segundo JUNIOR et al., (2009) apud em FERREIRA (2014:20) a principal utilização


biológica das antocianinas é atribuída a actividade antioxidante, que possibilitam o
sequestro de radicais livres, causadores de danos celulares e doenças
degenerativas.

Os pêssegos com altos teores das antocianinas que podem são verificados em
certos pontos da cidade de Lichinga são extremamente atraentes para aceitação e o
consumo humano e que por consequência, dentro do mesmo organismo,
desempenham actividades meramente importantes para a saúde humana, fazendo
com que o organismo esteja prevenido de várias doenças como: câncer, diabetes,
desordens cardiovasculares e neurológicas visto que, a exposição do organismo a
certos factores como ozónio, tabaco, radiações gama e ultravioleta, substâncias
tóxicas presentes na alimentação e pelo elevado consumo de gorduras saturadas e
alguns medicamentos podem promover a formação de radicais livres que são
responsaveis pela causa de várias doenças.

Ao ingerir antioxidantes que podem ser encontrados em certas quantidades nos


pêssegos e que por sinal na cidade de Lichinga são produzidas quase em todos os
bairros, eles protegem o organismo dos radicais livres, que aceleram o
envelhecimento, levam as doenças cardiovasculares, que danificam o DNA das
células e até podem causar alguns tipos de câncer (SALEM, 2012).

É de facto que, a sociedade humana em particular a população de Lichinga não esta


isenta a esta exposição dos factores acima mencionadas, que de certa forma estão:
o consumo de gorduras saturadas, certos medicamentos, o tabaco, e não se
esquecendo das radiações frequentemente as ultravioletas que condicionam a
formação de radicais livres como consequência possibilitando o aparecimento de
11

varias doenças crónicas que também se tem verificado casos como as de cancro de
mama, a hipertensão, diabete entre outros casos que vão arruinar progressivamente
a saúde humana.

Por tanto, com o consumo de pêssegos com altas quantidades de antocianinas


(pêssegos com a casca vermelha ou intensamente vermelha) pode reduzir a
geração dessas espécies reactivas de oxigénio, isto é, os radicais livres em sangue
humano e proporcionar protecção contra estas doenças crónicas.

As frutadas de pessegueiro podem sofrer alterações sejam elas, físicas assim como
quimicas que grande parte dessas alterações que ocorrem nelas é devido as
condições de pré-colheita que influenciam a qualidade pós-colheita de pêssegos,
tais como: clima, solo, cultivar, manejo da cultura e maturidade (MATIAS et al.,
2014).

O pêssego (Prunus pérsica (L.) Batsch) classifica-se como uma fruta do tipo drupa
de endocarpo lenhoso, pertencente à família Rosaceae. Na província do Niassa, é
produzido o pêssego principalmente na cidade de Lichinga quase em todos os
bairros, devido ao clima mais frio sendo que, grandes partes das frutas são
destinadas ao consumo familiar (D’ÁVILA et al., 2015).
O pêssego produzido e consumido na cidade de Lichinga na sua fase de maturação
têm sido de colorações diferentes na sua superfície, isto é, na casca da fruta, onde
algumas apresentam uma cor vermelha tão intensa, outras com uma coloração
pouco vermelha e outras totalmente sem nenhuma cor vermelha permanecendo com
a cor verde mesmo madura.

1.1. Problematização
O pêssego é uma das frutas mais produzida e consumida na cidade de Lichinga,
que na sua fase de maturação apresenta diferentes colorações e sabores bem
diferentes isto é, em torno da cor algumas delas apresentam-se com uma coloração
vermelha tão intensa e doce, outras delas apresentam-se com uma coloração pouco
avermelhada com um sabor menos doce e algumas destas apresentam uma cor
verde mesmo maduras sendo elas azedas. As quantidade ou o teor das
antocianinas nos alimentos são determinadas a partir das colorações que no qual as
frutas apresentam.
12

Acidez do solo é um dos factores fundamentais na qualidade dos alimentos porem, a


antocianinas proporcionam a qualidade nos alimentos dependendo as suas
colorações, que Segundo o estudo de LUCIANO at al, (2013), os teores de Ca e Mg
do solo correlacionam-se negativamente com os teores de antocianinas nas uvas
'Cabernet Sauvignon', e o teor de K do solo correlaciona-se positivamente ao pH do
mosto (suco). Questiona-se:

 Qual é a influência de acidez do solo na quantidade das antocianinas em


pêssegos colectados em diferentes pontos da cidade de Lichinga?

1.2. Justificativa

Casos relacionados com estudos referentes a das antocianinas são de extrema


relevância para a sociedade humana pós a sociedade precisa de alimentos ricos em
antocianinas, visto que estas quando consumidas desempenham um papel muito
importante para a saúde humana, isto é, desempenham uma actividade
antioxidactiva, fazendo com que o organismo esteja prevenido de várias doenças
como: câncer, diabetes, desordens cardiovasculares e neurológicas visto que, a
exposição do organismo a certos fatores como ozónio, tabaco, radiações gama e
ultravioleta, substâncias tóxicas presentes na alimentação e pelo elevado consumo
de gorduras saturadas e alguns medicamentos podem promover a formação radicais
livres que são responsaveis pela causa de várias doenças a cima citadas e entre
outras doenças. Razão pela qual, os alimentos com actividades biológicas no caso
do pêssego que na cidade de Lichinga tem sido produzido merecem o seu estudo.

Segundo SEGANTINI et al. (2012), a ingestão dietética de pêssego pode reduzir a


geração de espécies reactivas de oxigénio em sangue humano e proporcionar a
protecção contra um número de doenças crónicas. Actualimente existe grande
demanda de pesquisas para desenvolver corantes alimentícios a partir de fontes
naturais, visando diminuir (ou eliminar), gradativamente, a dependência do uso de
corantes alimentícios sintéticos no processamento de alimentos por que, estes
quando consumidas causam efeitos colaterais para o organismo humano como
alergia, asma e mais (FRANCIS, 1989). No entanto, corantes naturais, com
colorações atractivas e possíveis acções benéficas à saúde, despertam o interesse
para estudos sobre sua obtenção, estabilidade e conservação desenvolvendo assim,
13

o uso de corantes naturais no fabrico de produtos alimentares no caso dos


refrigerantes, sorvetes, entre outros produtos disponíveis no mercado.

Na perspectiva do RACEIRA at al (1993), o pH ideal para a produção de pêssegos


recomenda-se que o solo seja de pH=6,0. Com este trabalho, pretende-se perceber
a influência de acidez do solo na quantidade das antocianinas em pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade de Lichinga uma vez que, a presença
destas (antocianinas) nos alimentos sobre tudo nos pêssegos actua como um dos
elementos ou a candidata para a qualidade do alimento e por outro, proporcionando
benefícios para a saúde humana quando consumidas, dai que, surgiu a necessidade
de pesquisar a influência de acidez na quantidade das antocianinas em pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade.

Por tanto, o estudo também pode ajudar a incentivar a descoberta de novas


espécies nativas e exóticas que são fontes desses corantes tornando assim, estudos
deste género muito interessantes.

Ainda com este trabalho pode ajudar a determinar regiões ou pontos da cidade
cultivado o pêssego com o padrão de acidez recomendado para a sua produção
proporcionando assim, a qualidade das mesmas para o consumo.

Por outro, os estudos relacionados com à das antocianinas podem ajudar a


desenvolver o uso de corantes naturais para a utilização industrial no fabrico de
refrigerantes e os sorvetes no sentido de substituir os corantes sintéticos que estes
quando consumidos podem causar efeitos colaterais como são o caso da alergia.

O pêssego na sua fase de maturação apresenta uma coloração vermelha que é a


partir destas colorações presentes nas frutas para estudos de química, podem servir
também como indicadores de pH.

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral
 Estudar a influência de acidez do solo nas quantidades das antocianinas em
pêssegos colectados em diferentes pontos da cidade de Lichinga.
14

1.3.2. Específicos
 Determinar acidez dos solos colectados em diferentes pontos da cidade de
Lichinga;
 Quantificar as antocianinas presentes nas diferentes amostras de pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade;
 Comparar as quantidades obtidas das antocianinas em diferentes pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade;
 Analisar a influência de acidez do solo nas quantidades das antocianinas em
pêssegos.
15

CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.4. Acidez do solo


A acidez do solo refere-se a sua capacidade de liberar protões, passando de um
determinado estado para outro em relação a um de referência (JACKSON, 1963).

Segundo LOPES (1989) afirma que quando saturado com H, um solo comporta-se
como um ácido fraco. Quanto mais H+ for retido no complexo de troca, maior será a
acidez do solo. O alumínio também age como um elemento acidificante e activa o
H+. Os íons básicos, tais como Ca2+ e Mg2+, tornam o solo menos ácido (mais
básico).

Segundo o estudo feito pelo WILLIAM NATAL at al (2012: 1294-1306), a acidez do


solo é um dos mais importantes factores que limitam a produção em regiões
tropicais.
Dentre os factores ambientais do solo, os ligados à acidez (pH, saturação por bases,
acidez potencial e solubilidade de nutrientes) são os que mais interferem na
produtividade agrícola, especialmente nas regiões tropicais (SANCHES & SALINAS,
1983).

De acordo com MALAVOLTA (2006), a baixa fertilidade encontrada nos solos ácidos
está associada, em grande parte, à pobreza em bases trocáveis e ao excesso de
alumínio e manganês. Assim sendo, os solos formados sob condições de alta
pluviosidade são mais ácidos do que aqueles formados sob condições áridas
(LOPES, 1989).

RAIJ (1991), afirma que o alumínio é, assim, a causa da acidez excessiva de solos,
sendo um dos responsáveis pelos efeitos desfavoráveis desta sobre os vegetais, por
ser um elemento fitotóxico (tóxico aos vegetais). Em condições elevadas de acidez
dos solos, podem ocorrer também teores solúveis de outros metais, como manganês
e até ferro, também tóxicos para as plantas, se absorvidos em quantidades
excessivas.

As consequências da acidez do solo para as práticas agrícolas são, segundo SILVA


(1997):
 A disponibilidade dos nutrientes minerais cai sensivelmente, principalmente,
cálcio e fósforo;
16

 O meio ácido torna ambiente desfavorável para a vida microbiana do solo,


responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e fixação de nitrogênio;

 Os níveis tóxicos às plantas são atingidos em razões dos teores de alumínio e


manganês existentes.
Segundo o estudo realizado pelo LUCIANO at al, (2013), os teores de Ca e Mg do
solo correlacionam-se negativamente com os teores de antocianinas nas uvas
'Cabernet Sauvignon', e o teor de K do solo correlaciona-se positivamente ao pH do
mosto (suco).

1.5. Antocianinas

Segundo CARDOSO et al (2011:15-17) As antocianinas são pigmentos naturais que


pertencem ao grupo de metabolitos secundários vegetais conhecidos como
flavonoides.
As antocianinas em solução aquosa podem apresentar-se em diferentes formas
estruturais, tais como o cation flavilio (vermelho), a base quinoidal (azul), o carbinol
(incolor) e a chalcona (incolor ou levemente amarela).

Essas estruturas podem sofrer interferência de diversos factores, entre estes,


temperatura, pH e possíveis ligações com outras substancias químicas,
proporcionando diferentes colorações as antocianinas. O pH é o factor que mais
influencia na coloração das antocianinas, visto que, em função de sua acidez ou
alcalinidade, estas podem apresentar diferentes estruturas.

1.5.1. Mudança no pH
As estruturas das antocianinas sofrem influência de diversos factores, como:
temperatura, substituição dos grupos hidroxila e metoxila na molécula, mudança de
pH e possíveis com outras substâncias químicas, o que confere a elas, diferentes
colorações (BRILHANTE et al., 2013).

A palavra antoniana é de origem grega, derivada de duas palavras por onde anthos,
(significa uma flor) e kyanos, (azul escuro), são pigmentos que conferem às flores,
frutos, caules, raízes de plantas e até em algumas folhas, a coloração azul, roxa e
as nuances de cores entre laranja e vermelha (MALACRIDA & MOTTA, 2006).
17

As antocianinas caracterizam-se, após a clorofila, como um grupo de pigmento de


maior distribuição no reino vegetal, responsável por diversas cores em frutas,
legumes e hortaliças, como azul, roxo, violeta, magenta, vermelho e laranja
(FENNEMA at al, 2010).
As antocianinas pertencem à família dos flavonóides, compostos fenólicos
caracterizados pelo núcleo básico flavílio (cátion 2-fenilbenzopirílio) que consiste de
dois anéis aromáticos unidos por uma unidade de três carbonos e condensados por
um oxigênio. A molécula de antoniana é constituída por duas ou três porções, uma
aglicona (antocianidina), um grupo de açúcares e, frequentemente, um grupo de
ácidos orgânicos (FRANCIS, 1989: 273-314).
São solúveis em água e que a solubilidade nelas ocorre por facto destas serem
moléculas polares, possuindo assim, grupos substituintes polares (hidroxilas,
carboxilas e metoxilas) e glicosilas residuais ligados aos seus anéis aromáticos. Mas
dependendo das condições do meio, as antocianinas podem ser solúveis em éter.
Essas características ajudam na extracção e separação das antocianinas
(VALDUGA et al., 2008).

Existem aproximadamente 400 antocianinas diferentes. As antocianinas encontram-


se distribuídas em numerosas famílias de plantas: Vitaceae (uva), Rosaceae (cereja,
ameixa, framboesa, morango, amora, maçã, pêssego, etc.), Solanaceae (tamarindo,
batata), Saxifragaceae (groselha preta e vermelha), Ericaceae (mirtilo, oxicoco),
Cruciferae (repolho roxo, rabanete), Leguminoseae (vagem) e Gramineae (sementes
de cereais) (MALACRIDA & MOTTA, 2006).

A principal desvantagem das antocianinas frente aos corantes sintéticos deve-se à


mudança de coloração decorrente de reações químicas dos produtos alimentícios,
pois as antocianinas possuem grupos cromóforos que são bastante sensíveis às
alterações de pH do meio, segundo estudo de. (ANDERSEN et al 1998).

1.5.2. Características físicas e estruturais das antocianinas


São assim consideradas antocianinas, com uma ou mais unidades de açúcar ligado
ao núcleo flavílico como pode se observar na (Figura 1). São sais derivados do
cátion flavílio, 2-fenilbenzopirílio (Figura 1).
18

Figura 1: Estrutura química das antocianinas. Fonte: (LÓPEZ, et al., 2000:18).

As antocianinas estão presentes em diferentes órgãos da planta, como nas flores,


caules, folhas e raízes, sendo encontrada em maior quantidade nas angiospermas
(BRILHANTE et al., 2013). Actuam como filtro às radiações ultravioletas nas folhas,
melhoram e regulam a taxa de fotossíntese (TEIXEIRA, et al, 2008).
As estruturas das antocianinas sofrem influência de diversos factores, como:
temperatura, substituição dos grupos hidroxila e metoxila na molécula, mudança de
pH e possíveis com outras substâncias químicas, o que confere a elas, diferentes
colorações (BRILHANTE et al., 2013).

1.5.3. Efeito do pH sobre a estabilidade da cor

A sensibilidade ao pH é o principal factor limitante no processamento e utilização


das antocianinas, afetando a cor e a estabilidade química. Em soluções ácidas, a
antocianina é vermelha, mas com o aumento do pH a intensidade de cor diminui. Em
solução alcalina, a cor azul é obtida, porém é instável (MAZZA & BROUILLARD,
1987). Esta instabilidade foi observada por (JACKMAN et al 1987: 245-309 ), quando
o tratamento com o calor ou devido ao armazenamento em que a antoniana
manifestou mudança da pigmentação do azul para o amarelo.

Em meio aquoso, a hidratação do cátion flavilium leva ao equilíbrio entre a forma


carbitol e chalcona. As soluções contendo pigmentos com pH acima de 7,0,
gradualmente mudam a coloração de tonalidade azul para amarela, como um
resultado indirecto da formação de chalcona, via ficção do anel da anidrobase
(LOPES et al., 2007).
19

A presença de um ou mais grupos acila, na molécula de antocianina, inibe a


hidrólise do cátion flavilium (vermelho) para formar a base carbitol (incolor),
permitindo a formação preferencial da base quinoidal (azul), resultando em
pigmentos menos sensíveis às mudanças de pH (ou seja, eles mantêm a coloração
em meio levemente acidificado a neutro). Os pigmentos acilados são mais estáveis
do que seus análogos não acilados (LOPES et al., 2007).

1.5.4. Influência da Temperatura

Segundo SAPERS et al. (1981), apud em XAVIER at al (2007), A estabilidade das


antocianinas frente à temperatura é influenciada pelo grau de acilação.
A temperatura é importante na estabilidade das antocianinas porque à medida que
se submete a solução de antocianinas a uma temperatura superior à ambiente
(25°C), a sua degradação é maior, mesmo quando complexadas com ácido tânico, e
esta degradação é ainda mais acentuada quando se aumenta o pH do meio
(STRINGHETA, 2001).

1.6. Importância das antocianinas


As antocianinas podem ser usadas como corantes alimentares naturais e, ainda,
apresentam potencial na promoção da saúde humana. Numerosos estudos têm
mostrado os efeitos terapêuticos positivos das antocianinas, tais como antioxidante,
anti-inflamatórios, protector de DNA e protector de doenças cardiovasculares
(VIZZOTTO, 2012). O efeito protector das antocianinas tem sido relacionado ao seu
poder antioxidante, pois os compostos fenólicos, incluindo as antocianinas, possuem
a capacidade de doar hidrogénios ou electrões aos radicais (FERREIRA et al.,
2010).

Antioxidantes são substâncias que inibem ou retardam a acção dos radicais livres no
organismo (DOSSIE ANTIOXIDANTES, 2009). Os antioxidantes são considerados
uma categoria de substâncias não nutrientes, mas com papel fisiológico na
manutenção das funções normais do organismo (ROSSATO, 2009).

As antocianinas são consideradas umas das responsáveis pela grande interacção


entre plantas e animais, pois apresentam actividade inibidora sobre o crescimento
de larvas de alguns insectos e devido as cores vivas e intensas que elas produzem,
participam dos mecanismos reprodutores das plantas, tais como a capacidade de
20

agirem como atraentes de insectos e pássaros para polinização e dispersão das


sementes. Nas plantas, apresentam as funções também de antioxidantes, de
protecção à acção da luz, mecanismo de defesa e na função biológica (LIMA, 2007).
Que para além de contribuir para a cor de flores e frutas, as antocianinas actuam
como filtro das radiações ultravioletas nas folhas. Em certas espécies de plantas
estão associadas com a resistência aos patógenos e actuam melhorando e
regulando a fotossíntese (MALACRIDA e MOTTA, 2006). As antocianinas são
usadas também na indústria, para o fabrico de vinhos e corantes naturais, como
também, na área de ensino em química, prestando serviços de indicadores de pH.

1.6.1. Importaria para a saúde humana


Para a saúde humana as antocianinas desempenham um papel extremamente
importante, pois agem na prevenção de doenças como câncer, diabetes, desordens
cardiovasculares e neurológicas. Sendo que estudos mais recentes mostraram que
esses compostos naturais são responsáveis por redução da pressão arterial,
melhoria da visão, alta actividade anti-inflamatória e anti-microbiana e supressão da
proliferação de células cancerígenas humanas (SILVA, 2007).
O principal emprego biológico das antocianinas é atribuído às actividades
antioxidantes, devido a sua estrutura química ser formada por três anéis, que
possuem ligações duplas conjugadas e também hidroxilas distribuídas ao longo da
estrutura que possibilitam o sequestro de radicais livres, causadores de danos
celulares e doenças degenerativas (BORDIGNON et al., 2009). Este agente natural,
quando adicionado a alimentos, além de conferir a coloração propicia a prevenção
contra auto-oxidação e peroxidação de lipídeos em sistemas biológicos (LOPES et
al., 2007).

Por tanto, as antocianinas apresentam algumas desvantagens em relação aos


corantes sintéticos, devido à mudança de coloração decorrente de reacções
químicas dos produtos alimentícios, apresentam também baixa estabilidade ao pH, à
luz, presença endógena de enzimas, à temperatura de processamento e ao menor
poder tintorial. Durante a preparação e processamento dos alimentos, o conteúdo de
antocianinas pode decrescer em até 50%, seja durante a lavagem com água devido
à sua solubilidade ou pela remoção de porções dos alimentos que sejam ricas em
flavonóides (LOPES et al., 2007).
21

Entretanto, sua acção como corante natural não apresenta nenhum efeito adverso à
saúde, além de apresentarem propriedades químicas e sensoriais desejáveis e
funcionais, contribuindo assim, para a agregação de valor à imagem final do produto
(TEIXEIRA at al, 2008).

1.7. O pêssego
O pêssego é um fruto climatérico pertencente à espécie Prunus pérsica originária da
Ásia, de alta perecibilidade, com curto período de conservação. Por esses motivos, a
produção de pêssegos necessita ser escoada rapidamente (BARRETO et al., 2016).

O pêssego (Prunus pérsica (L.) Batsch) classifica-se como uma fruta do tipo drupa
de endocarpo lenhoso, pertencente à família Rosaceae. Na província do Niassa, é
produzido principalmente na cidade de Lichinga quase em todos os bairros, devido
ao clima mais frio, sendo que, grandes partes das frutas são destinadas ao consumo
familiar (D’ÁVILA et al., 2015).
O pêssego é uma fruta muito apreciada pelo sabor, aroma e aparência (SEIXAS,
2011). Por tanto, quando armazenados em ambiente refrigerado, possuem vida útil
de aproximadamente vinte dias de armazenamento. Após esse período, ocorrem
elevadas perdas de massa e firmeza, e aumenta a susceptibilidade a podridões
(SEIBERT et al., 2010). Além dessas perdas, ocorrem também a redução dos teores
de fitoquímicos na polpa dos frutos. As variações nos teores de compostos do
metabolismo especializado são importantes de serem avaliados, principalmente em
pêssegos de polpa amarela que possuem elevado potencial antioxidante (SANTOS
et al., 2013).

Segundo BAENA (2015: 17-21), os fitoquímicos são elementos químicos, não


nutrientes, de origem vegetal, encontrados em frutas, verduras, leguminosas, grãos
e outros tecidos vegetais, e que apresentam actividade biológica.

Segundo SEGANTINI et al. (2012), a ingestão dietica de pêssego pode reduzir a


geração de EROS (espécies reactivas de oxigénio) em sangue humano e
proporcionar protecção contra um número de doenças crónicas. Segundo BAENA
(2015: 17-21) a formação de excesso de espécies reactivas de oxigénio causa dano
ao DNA, que se não for reparado, gera mutações, quebras em ligações, ligações
22

cruzadas e desorganização cromossoma. Esses danos oxidativos podem ser


prevenidos ou minimizados pelos antioxidantes encontrados nas frutas e verduras.

1.7.1. Polpa do pêssego


A polpa de fruta tem grande importância como matéria-prima, podendo ser
produzida nas épocas de safra ou colheita, armazenadas e processadas nos
períodos mais propícios ou segundo a demanda do mercado consumidor, como
doces em massa, geleias ou sucos, gelados comestíveis ou néctares (PARIZ, 2011).

As polpas de frutas apresentam como características gerais: elevada actividade de


água, potencial de óxido-redução positivo e baixo pH. Destes factores, a elevada
acidez restringe a microbiota deteriorados, que se limita principalmente a bolores e
leveduras, sendo principalmente estes os mais importantes agentes de deterioração
de polpas e sucos de frutas (PARIZ, 2011).

1.7.2. Amêndoa de pêssego


As amêndoas em geral proporcionam uma série de benefícios à saúde, dos quais
podemos destacar a tonificação do sistema nervoso, diminuição do colesterol,
prevenção contra doenças cardíacas, ósseas e diabetes (BENEFÍCIOS DAS
AMÊNDOAS, 2015).
O caroço do pêssego é um resíduo agro-industrial que corresponde a cerca de 10%
do peso da fruta (PELENTIR, 2007). A amêndoa presente no interior do caroço
apresenta potencial para utilização como alimento, devido aos teores de proteínas e
lipídicos de 21 e 25%, respectivamente, sendo o restante representado pela
humidade, superior a 25%, fibras e carboidratos, que totalizam 24% (D’ÁVILA,
2013).
A amêndoa de pêssego é uma fonte rica em óleo apresentando cerca de 32-55%,
representada principalmente por ácidos oleico e linoléico (MEZZOMO, 2008). Óleos
essenciais das amêndoas do pêssego apresentam potente toxicidade como
fumegantes, portanto, estes resíduos podem apresentar aplicação no
desenvolvimento de protectores naturais para a lavoura (PELLENTIR, 2007).
23

1.7.3. Antioxidantes do pêssego

MANICA-BERTO (2008), apud GETTENS (2016: 48), afirma que os compostos


presentes no pêssego, destacam-se a vitamina C, os compostos fenólicos e β-
caroteno em razão das suas funções antioxidantes.

a) β-caroteno
Este último destaca-se como sendo um pigmento natural responsável pela coloração
amarelo-alaranjado dos frutos, mas também por seu papel biológico como precursor
da vitamina A.
Sendo encontrada em diversos vegetais como pêssego, cenoura, abóbora, manga e
mamão (SILVA et al., 2010).

b) Ácido ascórbico (Vitamina C)

O ácido ascórbico é uma vitamina hidrossolúvel que pode ser sintetizada a partir da
D-glicose e D- galactose por plantas e muitas espécies de animais. Por apresentar
actividade antioxidante é a primeira linha de defesa contra radicais derivados do
oxigénio em meio aquoso (GONÇALVES, 2008).

Nos frutos do pessegueiro a variação do conteúdo de vitamina C depende de muitos


factores, incluindo as cultivares, genética, estádio de maturação, tratos culturais, tipo
de solo, condições climáticas e época de colheita (MACHADO, 2014).
c) Os compostos fenólicos

Os compostos fenólicos são metabólitos secundários que abrangem uma grande


diversidade de substâncias químicas (OLIVEIRA et al., 2011).
Os antioxidantes maioritários presentes no pêssego são os compostos fenólicos,
que a maior destes compostos são da categoria de fitoquímicos em vegetais. Por
tanto, estes para a saúde humana, agem como antioxidantes naturais e também
para a fisiologia pós-colheita, devido ao desenvolvimento da cor e do flavor nos
frutos (MANICA-BERTO, 2008).
Muitos estudos têm sido realizados sobre a presença de compostos fenólicos em
plantas, tendo em vista que, estes compostos apresentarem actividades
farmacológicas, antinutricional e também por inibirem a oxidação lipídica e a
proliferação de fungos (SOARES, 2002). Além disso, a actividades anticarcinogênica
24

dos fenólicos tem sido relacionada à inibição dos cânceres de cólon, esófago,
pulmão, fígado, mama e pele, sendo que, os compostos fenólicos que possuem este
potencial são resveratrol, quercetina, ácido caféico e flavonóis (ANGELO e JORGE,
2007).
O composto fenólico de maior abundância no pêssego é o ácido clorogênico, este
por sua vez, é formado pela junção do ácido químico e ácido cafeíco. A ingestão de
alimentos que contenham ácido clorogênico está relacionada à redução de doenças
como diabetes tipo 2 (GARAMBONE e ROSA, 2007).

1.7.4. Valores nutricionais do pêssego  (valores para 100 gramas da fruta)

Segundo MUSTEFAGA (2018) em 100g de pêssego encontram-se os seguintes


nutrientes:
 Valor calórico – 39 kcal;
 Proteína – 0,91 g;
 Lipídeos – 0,25 g;
 Gordura saturada – 0,02 g;
 Gordura monoinsaturada – 0,07 g;
 Ômega 6 – 0,08 g;
 Fibra – 1,50 g;
 Cálcio – 6,00 mg;
 Manganês – 0,06 mg;
 Magnésio – 9,00 mg;
 Fósforo – 20,00 mg;
 Ferro – 0,25 mg;
 Potássio – 190,0 mg;
 Vitamina C – 6,60 mg;
 Vitamina E – 0,71 mg;
 Vitamina A – 16,29 mg;
 Carboidrato – 8,38 g.

1.7.5. Benefícios do pêssego

Na perspectiva do mesmo autor acima citado, o pêssego tem inúmeros benefícios


dentre os quais destacam-se os seguintes:
25

 Ajuda na prevenção do câncer e outras doenças crónicas - A fruta apresenta


bom número de antioxidantes, o que afasta o surgimento de radicais livres,
que são responsáveis por alguns tipos de câncer;
 Melhora a visão - No pêssego é possível encontrar betacaroteno, substância
que é usada no tratamento contra problemas na visão;
 Ajuda no funcionamento fígado - A presença de fibra é responsável por livrar
o fígado de resíduos tóxicos que não são eliminados;
 Ajuda o sistema cardiovascular - O potássio presente na fruta ajuda a impedir
a coagulação sanguínea, afastando riscos de doenças cardíacas. O ferro,
outra substância que compõe a fruta, é importante para preservar o estado
salutar do sangue;
 Trata sintomas do stress - O magnésio é o nutriente que ajuda no combate à
depressão;
 Mantém a pele saudável - A vitamina C é responsável pelo retardar das
rugas. Outro detalhe estético que é tratado com o consumo de pêssego é a
queda de cabelos (novamente as substâncias antioxidantes);
 Fortalece os ossos - O consumo de pêssego previne problemas ósseos,
como a osteoporose e a descalcificação;
 Auxilia no emagrecimento - Uma fruta com zero gordura, mas com muita fibra,
é óptima para quem busca perder peso. As fibras também ajudam o intestino
a funcionar melhor.
26

2. CAPITULO III: METODOLOGIA

2.1. Descrição da área de estudo


O estudo foi realizado no laboratório de Biologia da Universidade Rovuma, na cidade
de Lichinga.

Segundo MAE (2005:4) a Cidade de Lichinga localiza-se na região Noroeste da


Província de Niassa, entre as latitudes 11º e 25’ Norte e 15º e 26’ Sul e as longitudes
35º e 35’ Este e 34º e 30’ Oeste. Possui uma área de 290 km 2 com 169.837
habitantes, distribuídos em postos administrativos como Lione, Lichinga e Meponda
(CMCL, 2009).

2.1.1. Clima e pluviosidade da cidade de Lichinga

O clima da Cidade de Lichinga é tropical húmido com uma temperatura média anual
que varia de 24ºC a 26ºC em alguns períodos do ano, podendo atingir uma
temperatura máxima absoluta de 34ºC e a mínima de 14ºC (MAE, 2005).

A precipitação ocorre de Novembro a Abril atingindo cerca de 1400mm. A estacão


seca é severa, com impacto sobre o abastecimento da agua a população, e a pratica
da agricultura nas zonas baixas para a produção de horticulturas, (MAE, 2005).

2.2. Determinação de acidez do solo


O solo foi colectado a 20 cm de profundidade nos locais onde colectou-se os
pêssegos, colocou-se a secar a temperatura ambiente durante 2 dias. As amostras
foram transportadas para o Laboratório de Biologia da Universidade Rovuma
extensão de Niassa, com o pistilo e almofariz triturou-se obtendo-se o solo em forma
de pó, pesou-se a 20g (Figura 2). As amostras foram filtradas no sentido de diminuir
as impurezas. Feita a filtração com água destilada tomou-se 10ml da mesma para o
comparador de pH e adicionou-se um comprimido de vermelho de fenol e com ajuda
de um triturador esmagou-se o comprimido ate a sua dissolução total em seguida a
luz de fusa, fez-se a leitura macroscópica.
27

Figura 3: pesagem do solo. Fonte o autor (2019)


Foi determinado o pH de cada amostra a partir do Lovebond ou comparador de pH
O pH (potencial hidrogeniónica) tem como função a determinação do nível baixo,
neutro e alto nas substâncias líquidas assim como sólidas. Neste caso, para este
trabalho, usou-se o comparador ao invés do pHmetro electrónico como ilustra a
imagem abaixo (figura 3):

Figura 4: comparador de pH e pHmetro electrónico. Fonte o autor (2019)

2.2.1. Preparo das amostras e extracção das antocianinas


Para a extracção das antocianinas em pêssegos usou-se álcool etílico com uma
concentração de 95-96% de álcool e água destilada se obtendo assim:
a) Solução extratora: Álcool etílico absoluto foi preparado com água destilada
na proporção 70:30 (v/v);
Reagentes utilizados durante o processo da análise
Para análise das antocianinas em pêssegos preparou-se 85mL de álcool etílico e
15mL de HCl se obtendo assim:
b) Solução pH Único: Álcool etílico absoluto e HCl na proporção 85:15 (v/v);
28

Os pêssegos, foram colectados em quatro bairros da cidade de Lichinga


nomeadamente, no bairro de Namacula, Muchenga, Maome e Cerâmica onde foram
seleccionadas somente as frutas maduras com diferentes colorações.

As amostras foram pesadas a 25g e com o pistilo e almofariz foram trituradas


obtendo-se o suco, posteriormente transferido para erlenmeyer e adicionando 50 mL
de solução extractora, de seguia transferiu-se para os frascos de 500ml tendo-se
adicionando 2 ml de HCl. Posteriormente, foi passado papel alumínio sobre os
frascos evitando a incidência da luz e os frascos foram colocados no refrigerador a
7ºC durante 24 horas para extracção das antócianias

A B

C D
29

Figura 5: Procedimentos usados para a extracção das antocianinas: A-trituração; B –


diluição com a solução extratora; C – despejado nos frascos e adicionado 2ml de
HCl; D - passado com o papel alumínio; e E – colocadas no refrigerador durante
24h.

De seguida, as amostras das antocianinas foram purificadas isto porque, a


purificação da amostra torna-se necessária, pois os solventes empregados na
extracção não são específicos para antocianinas e podem extrair diversos materiais
(como outros compostos fenólicos e pectina). Esses contaminantes podem
influenciar a estabilidade e a análise das antocianinas (JACKMAN & SMITH, 1996).
Por onde:

 Com algodão filtrou-se e colectou-se o filtro em Erlenmeyer de 100mL;


 De seguida, centrifugou-se a 2000g/10 min;
 E por último, filtrou-se o sobre nadante em papel de filtro, como ilustra as
imagens por baixo:

A B
30

C D

Figura 6: Sequência de purificação das antocianinas extraídas, A, B, C e D

2.2.2. Quantificação das antocianinas

Para a quantificação das antocianinas precisamente efectuou-se a análise de


antocianina de acordo com o método de Teixeira; Stringheta onde usou-se o método
de pH único que consistiu na transferência quantitativa de uma alíquota (VAlq), isto é, um
número exacto de vezes de 6 mL do Extracto Concentrado (50 mL de solução – amostra
mais Solução Extractora), para um béquer de 100 mL e acrescentado 6 mL de solução
Etanol 95-97% – HCl 1,5N (85/15), formando dessa maneira o Extracto Diluído (ED), no total
de 12 mL;

A B

Figura 7: Diluição do extracto concentrado com a solução de pH único formando o


extracto diluído (A – solução de pH Único; e B - o extracto diluído).

De seguida, efectuou-se a leitura das absorbâncias a partir do espectrofotômetro


(QUIMIS – MODELO – Q798DP e Q798DRM), no comprimento de onda de 535 nm;

 Os valores de absorbância (DO) foram contrastados com os valores dos


brancos (Solução Etanol-HCl 1,5M na proporção de 85:15).
31

Figura 8: A leitura das absonâncias a partir do espectofotometro.

A quantificação de antocianina foi feita por meio da equação descrita abaixo e o


resultado expresso em equivalente da antocianina principal, cianidina-3-glucosídeo.
32

Onde:

DO: Densidade óptica do extracto diluído


VE1: Volume total do extracto concentrado
VE2: Volume total do extracto diluído
Valq: Volume da alíquota utilizado na diluição do extracto concentrado
m: Massa da amostra.
100: Factor de Correcção para que resultado seja expresso em 100 gramas de
Amostra.
E1%1cm: Coeficiente de Extinção
10: Constante para correcção do Coeficiente de Extinção de modo a expressar o
resultado em mg de Antocianima / 100 gramas de Amostra.
O Coeficiente de Extinção será o utilizado segundo a metodologia de Teixeira et al
(2008), adoptando para pH Único (pH 2,0) valor de 982.

2.2.3. Análise estatística


O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatro
tratamentos e quatro repetições de cada amostra. Os valores obtidos foram
submetidos à análise de variância (ANOVA) e determinou-se as médias que
posteriormente foram comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5 % de
probabilidade. Os dados da acidez do solo e das médias foram submetidos a uma
correlação simples.
33

3. CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1. Determinacao da acidez do solo

Os valores da concentração da acidez nos solos colectados em diferentes pontos da


cidade de Lichinga rondaram de 6,4-7, isto é, no bairro da cerâmica com 6,8,
Namacula 7, Maome com 6,6 e Muchenga 6,4.

3.2. Absorbâncias Obtidas e Quantificação das antocianinas

Após extracção das antocianinas presentes nos extractos hidroalcoólicos das


amostras de pêssego, a partir da metodologia citada anteriormente, foi possível a
efectuar quantificação do seu teor, através da leitura em espectrofotômetro, no
comprimento de onda de 535 nm, obtendo as seguintes absorbâncias mostradas na
tabela 1.

Tabela 1: Resultado das absorbâncias obtidas da extracção de antocianina em pêssegos provenientes em bairros com
acides do solo diferentes

Amostras Namacula Muchenga Maome Cerâmica

1 1,4 0,167 1,204 1,306

2 1,355 0,171 1,224 1,394

3 1,345 0,175 1,248 1,301

4 1,304 0,18 1,251 1,302

Fonte: Autor (2019)

Para o efeito de cálculo das antocianinas totais (AT), os valores de absorbâncias,


foram submetidos a uma fórmula a cima descrita obtendo-se os valores de
antocianinas totais, sendo demonstradas na tabela 2.
34

Tabela 2: Resultado das quantidades de antocianinas presentes em cada amostra


de pêssegos expressos em mg/100g
Antocianinas
Amostras Totais (mg
/100g)

Cerâmica Muchenga Maome Namacula

1 114,0529 13,6049 98,0855 106,3951

2 108,7576 13,9308 99,7149 113,564

3 109,5723 14,2566 10,1629 268,9206

4 106,4494 14,664 101,833 106,0692

Fonte: Autor (2019)

Na tabela 2, pôde se verificar que as antocianinas extraídas nos pêssegos


conectados em diferentes bairros da cidade, as amostras apresentaram diferenças
na quantidade.

Segundo CAMPOS (2006) a quantificação de antocianinas em extractos de fruta ou


vegetais frescos onde, geralmente, há poucos componentes interferentes, realiza-se
a leitura da absorbância do extracto diluído em álcool acidificado em um único
comprimento de onda situado na região do visível, entre 465 e 550 nm.

De acordo com MALAVOLTA (2006), a baixa fertilidade encontrada nos solos ácidos
está associada, em grande parte, à pobreza em bases trocáveis e ao excesso de
alumínio e manganês.
35

Segundo o estudo feito pelo WILLIAM NATAL at al (2012: 1294-1306), a acidez do


solo é um dos mais importantes factores que limitam a produção em regiões
tropicais.

Foram determinadas as médias das antocianinas totais extraídas em pêssegos


provenientes nos bairros de Namacula, Muchenga, Maome e Cerâmica e foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade apresentada na tabela a
seguir (Tabela 3).

3.3. Comparação das antocianinas a partir das médias


Para fim de comparação das antocianinas totais em pêssegos, os dados foram
processados pelo teste de variância (ANOVA) e por outro, se determinou as médias
e com o teste de Turky se fez a referida comparação.

Tabela 4: Comparação das médias das antocianinas em pêssegos colectados em


quatro bairros da cidade de Lichinga.

Bairros Atocianinas

Muchenga 14.11 a
Maome 77.45 ab

Namacula 109.71 ab

Cerâmica 148.74 b
CV (%) 59.54
Média geral 87.50

Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si, pelo
teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

A média mais alta foi do bairro da cerâmica com 148.74 e a mais baixa foi do bairro
de Muchenga com 14.11 De acordo com os resultados, o coeficiente de variação
entre as médias mostrou-se tão alto cerca de 100% das variáveis analisadas
apresentaram coeficientes de variação alta de 50%, indicando muito baixa precisão
experimental (GOMES, 1985). A distribuição dos dados é heterogenia porque o CV é
36

maior que 30%. As quantidades das antocianinas foram dependentes das zonas,
onde estas interferiram negativamente.

Relação dos dados das antocianinas com os valores de pH do solo dos bairros

3.4. Influência de acidez do solo nas quantidades das antocianinas

Os valores das antocianinas foram relacionados com os dados da acidez do pH dos


solos a partir do gráfico a seguir (Gráfico 1), podendo-se melhor analisar-se a
influência da acidez do solo nas concentrações das antocianinas em pêssegos.

Fonte: autor

Gráfico 1: Relação entre os valores da acidez do solo e as quantidades das


antocianinas com os valores do pH do solo.
Segundo RONQUIM (2010), Solos com acidez elevada (baixos valores de pH)
geralmente apresentam: pobreza em bases (cálcio e magnésio principalmente). O
alumínio é um elemento químico que age como acidificante e activa o H+. Os íons
básicos, tais como Ca2+ e Mg2+, tornam o solo menos ácido (mais básico).
(LOPES, 1989). Segundo o estudo realizado pelo LUCIANO at al, (2013), os teores
de Ca e Mg do solo correlacionam-se negativamente com os teores de antocianinas,
e o teor de K do solo correlaciona-se positivamente ao pH do mosto (suco). Quanto
37

menor for acidez do solo maior será o Ca, Mg e o K aumentando a boa capacidade
do solo para a obtenção de pêssegos com extrema qualidade seja, no tamanho,
sabor, e na coloração do mesmo.O potássio encontrado no solo é um nutriente de
grande importância para as plantas, pois está envolvido em todas as fases do
crescimento vegetativo, auxilia na fixação do nitrogênio; promove o armazenamento
de açúcar e amido (AQUINO et al., 1993).

Em função dos valores da concentração de acidez do solo, os teores das


antocianinas aumentaram no intervalo de pH do solo de 6,4-6,8 e para acima de 6,8
verificou-se uma redução em torno das concentrações das antocianinas isto é, a
medida em que acidez do solo reduz aumentando o seu pH ate quase ao básico, a
concertação das antocianinas aumenta isto porque, a concentração dos macro
nutrientes como o potássio (K) foi também alta nestes em relação aos outros solos,
ate ao pH básico, verificou-se uma redução das antocianinas porem, a produção de
pêssegos com os teores altos das antocianinas necessita também de acidez o mais
baixo que seja, por tanto, assim seja, em solos que tendem ao básico.

Quanto maior acidez do solo for, menores são as concentrações das antocianinas,
isto porque, os solos mais ácidos são pobres em nutrientes sendo que, em solo que
o seu pH foi de 6,4 a concentração do potássio foi muito baixo que acabou
interferindo negativamente no baixo resultado das antocianinas.
38

5.CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

 Os valores da concentração da acidez nos solos colectados em diferentes


pontos da cidade de Lichinga rondaram de 6,4-7, isto é, no bairro da cerâmica
com 6,8, Namacula 7, Maome com 6,6 e Muchenga 6,4;

 Das quantificações feitas das antocianinas extraídas nos pêssegos


colectados em diferentes bairros da cidade, as amostras apresentaram
diferenças naquantidade.

 As maiores quantidades das antocianinas foram observadas no solo


colectado no bairro da Cerâmica e as menores no bairro de Muchenga, com
148.74 mg/100g e 14.11 mg/100g respectivamente.

 As quantidades das antocianinas foram influenciadas pela maior


concentração da acidez do solo negativamente, visto que, mostraram-se
valores baixos de antocianina em solos muitos ácidos.

5.1. Recomendações:

 Recomenda-se a produção de pêssegos em solos menos ácido porque


quanto mais acido for e mais tóxico ele torna-se e como consequência, menor
é o teor das antocianinas em pêssegos e assim afectando mais outras
qualidades da fruta

 A UR Que incentive os estudantes a desenvolverem pesquisas de natureza


experimental, com vista à resolução de problemas sociais da província e
problemas científicos, baseando-se na inovação.
39

4. BIBLIOGRAFIA
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Anexo

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