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Óscar Raimundo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2019
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Óscar Raimundo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2019
2
Índice
Lista de Abreviaturas e Símbolos................................................................................III
Índice de Tabelas.........................................................................................................IV
Índice de gráfico............................................................................................................V
Resumo........................................................................................................................XI
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO...............................................................................10
1.1. Problematização............................................................................................11
1.2. Justificativa.....................................................................................................12
1.3. Objectivos......................................................................................................13
1.3.1. Geral........................................................................................................13
1.3.2. Específicos..............................................................................................14
2.2. Antocianinas...................................................................................................16
2.4. O pêssego......................................................................................................21
5.1. Recomendações:...........................................................................................37
5. BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................38
III
ED - Extracto Diluído;
PH – potencial de hidrogénio;
Índice de Tabelas
1 Índice de gráfico
Gráfico 1: Relação entre os valores da acidez do solo e as quantidades das
antocianinas com os valores do pH do solo...............................................................35
VI
Índice de Figuras
Declaração de Honra
_____________________________________________
Óscar Raimundo
VIII
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus irmãos e minha mãe Maria Rosa Cassimo Limas que
com sacrifício, amor, força e convicção encorajaram-me a enfrentar todos os
desafios na vida académica.
IX
Agradecimentos
À directora do curso MSc. Francesinha Uarota, pela forma social e o simples sorriso,
tornou minha vida académica mais feliz no decurso do tempo.
Ao monitor Octávio da Conceição Pio, que contribuiu para o enriquecimento do
trabalho, agradeço-a, pois sua ajuda foi de extrema importância para conclusão
dessa pesquisa.
À minha namorada Belmira Correia, que sempre esteve ao meu lado desde o início
dessa pesquisa, me ajudando, auxiliando, incentivando e me apoiando em todos os
momentos, meu muito obrigado.
Resumo
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Actualmente, a população mundial tem uma nova visão de que os alimentos não são
apenas para nutrir, mas também oferecem compostos ou elementos biologicamente
activos, que proporcionam benefícios adicionais a saúde. Portanto, nasce assim um
conceito de alimentos funcionais. Entre os compostos bioactivos estão as
antocianinas, que para além de serem corantes naturais dos alimentos, possuem
também actividades biológicas.
Os pêssegos com altos teores das antocianinas que podem são verificados em
certos pontos da cidade de Lichinga são extremamente atraentes para aceitação e o
consumo humano e que por consequência, dentro do mesmo organismo,
desempenham actividades meramente importantes para a saúde humana, fazendo
com que o organismo esteja prevenido de várias doenças como: câncer, diabetes,
desordens cardiovasculares e neurológicas visto que, a exposição do organismo a
certos factores como ozónio, tabaco, radiações gama e ultravioleta, substâncias
tóxicas presentes na alimentação e pelo elevado consumo de gorduras saturadas e
alguns medicamentos podem promover a formação de radicais livres que são
responsaveis pela causa de várias doenças.
varias doenças crónicas que também se tem verificado casos como as de cancro de
mama, a hipertensão, diabete entre outros casos que vão arruinar progressivamente
a saúde humana.
As frutadas de pessegueiro podem sofrer alterações sejam elas, físicas assim como
quimicas que grande parte dessas alterações que ocorrem nelas é devido as
condições de pré-colheita que influenciam a qualidade pós-colheita de pêssegos,
tais como: clima, solo, cultivar, manejo da cultura e maturidade (MATIAS et al.,
2014).
O pêssego (Prunus pérsica (L.) Batsch) classifica-se como uma fruta do tipo drupa
de endocarpo lenhoso, pertencente à família Rosaceae. Na província do Niassa, é
produzido o pêssego principalmente na cidade de Lichinga quase em todos os
bairros, devido ao clima mais frio sendo que, grandes partes das frutas são
destinadas ao consumo familiar (D’ÁVILA et al., 2015).
O pêssego produzido e consumido na cidade de Lichinga na sua fase de maturação
têm sido de colorações diferentes na sua superfície, isto é, na casca da fruta, onde
algumas apresentam uma cor vermelha tão intensa, outras com uma coloração
pouco vermelha e outras totalmente sem nenhuma cor vermelha permanecendo com
a cor verde mesmo madura.
1.1. Problematização
O pêssego é uma das frutas mais produzida e consumida na cidade de Lichinga,
que na sua fase de maturação apresenta diferentes colorações e sabores bem
diferentes isto é, em torno da cor algumas delas apresentam-se com uma coloração
vermelha tão intensa e doce, outras delas apresentam-se com uma coloração pouco
avermelhada com um sabor menos doce e algumas destas apresentam uma cor
verde mesmo maduras sendo elas azedas. As quantidade ou o teor das
antocianinas nos alimentos são determinadas a partir das colorações que no qual as
frutas apresentam.
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1.2. Justificativa
Ainda com este trabalho pode ajudar a determinar regiões ou pontos da cidade
cultivado o pêssego com o padrão de acidez recomendado para a sua produção
proporcionando assim, a qualidade das mesmas para o consumo.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Estudar a influência de acidez do solo nas quantidades das antocianinas em
pêssegos colectados em diferentes pontos da cidade de Lichinga.
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1.3.2. Específicos
Determinar acidez dos solos colectados em diferentes pontos da cidade de
Lichinga;
Quantificar as antocianinas presentes nas diferentes amostras de pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade;
Comparar as quantidades obtidas das antocianinas em diferentes pêssegos
colectados em diferentes pontos da cidade;
Analisar a influência de acidez do solo nas quantidades das antocianinas em
pêssegos.
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Segundo LOPES (1989) afirma que quando saturado com H, um solo comporta-se
como um ácido fraco. Quanto mais H+ for retido no complexo de troca, maior será a
acidez do solo. O alumínio também age como um elemento acidificante e activa o
H+. Os íons básicos, tais como Ca2+ e Mg2+, tornam o solo menos ácido (mais
básico).
De acordo com MALAVOLTA (2006), a baixa fertilidade encontrada nos solos ácidos
está associada, em grande parte, à pobreza em bases trocáveis e ao excesso de
alumínio e manganês. Assim sendo, os solos formados sob condições de alta
pluviosidade são mais ácidos do que aqueles formados sob condições áridas
(LOPES, 1989).
RAIJ (1991), afirma que o alumínio é, assim, a causa da acidez excessiva de solos,
sendo um dos responsáveis pelos efeitos desfavoráveis desta sobre os vegetais, por
ser um elemento fitotóxico (tóxico aos vegetais). Em condições elevadas de acidez
dos solos, podem ocorrer também teores solúveis de outros metais, como manganês
e até ferro, também tóxicos para as plantas, se absorvidos em quantidades
excessivas.
1.5. Antocianinas
1.5.1. Mudança no pH
As estruturas das antocianinas sofrem influência de diversos factores, como:
temperatura, substituição dos grupos hidroxila e metoxila na molécula, mudança de
pH e possíveis com outras substâncias químicas, o que confere a elas, diferentes
colorações (BRILHANTE et al., 2013).
A palavra antoniana é de origem grega, derivada de duas palavras por onde anthos,
(significa uma flor) e kyanos, (azul escuro), são pigmentos que conferem às flores,
frutos, caules, raízes de plantas e até em algumas folhas, a coloração azul, roxa e
as nuances de cores entre laranja e vermelha (MALACRIDA & MOTTA, 2006).
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Antioxidantes são substâncias que inibem ou retardam a acção dos radicais livres no
organismo (DOSSIE ANTIOXIDANTES, 2009). Os antioxidantes são considerados
uma categoria de substâncias não nutrientes, mas com papel fisiológico na
manutenção das funções normais do organismo (ROSSATO, 2009).
Entretanto, sua acção como corante natural não apresenta nenhum efeito adverso à
saúde, além de apresentarem propriedades químicas e sensoriais desejáveis e
funcionais, contribuindo assim, para a agregação de valor à imagem final do produto
(TEIXEIRA at al, 2008).
1.7. O pêssego
O pêssego é um fruto climatérico pertencente à espécie Prunus pérsica originária da
Ásia, de alta perecibilidade, com curto período de conservação. Por esses motivos, a
produção de pêssegos necessita ser escoada rapidamente (BARRETO et al., 2016).
O pêssego (Prunus pérsica (L.) Batsch) classifica-se como uma fruta do tipo drupa
de endocarpo lenhoso, pertencente à família Rosaceae. Na província do Niassa, é
produzido principalmente na cidade de Lichinga quase em todos os bairros, devido
ao clima mais frio, sendo que, grandes partes das frutas são destinadas ao consumo
familiar (D’ÁVILA et al., 2015).
O pêssego é uma fruta muito apreciada pelo sabor, aroma e aparência (SEIXAS,
2011). Por tanto, quando armazenados em ambiente refrigerado, possuem vida útil
de aproximadamente vinte dias de armazenamento. Após esse período, ocorrem
elevadas perdas de massa e firmeza, e aumenta a susceptibilidade a podridões
(SEIBERT et al., 2010). Além dessas perdas, ocorrem também a redução dos teores
de fitoquímicos na polpa dos frutos. As variações nos teores de compostos do
metabolismo especializado são importantes de serem avaliados, principalmente em
pêssegos de polpa amarela que possuem elevado potencial antioxidante (SANTOS
et al., 2013).
a) β-caroteno
Este último destaca-se como sendo um pigmento natural responsável pela coloração
amarelo-alaranjado dos frutos, mas também por seu papel biológico como precursor
da vitamina A.
Sendo encontrada em diversos vegetais como pêssego, cenoura, abóbora, manga e
mamão (SILVA et al., 2010).
O ácido ascórbico é uma vitamina hidrossolúvel que pode ser sintetizada a partir da
D-glicose e D- galactose por plantas e muitas espécies de animais. Por apresentar
actividade antioxidante é a primeira linha de defesa contra radicais derivados do
oxigénio em meio aquoso (GONÇALVES, 2008).
dos fenólicos tem sido relacionada à inibição dos cânceres de cólon, esófago,
pulmão, fígado, mama e pele, sendo que, os compostos fenólicos que possuem este
potencial são resveratrol, quercetina, ácido caféico e flavonóis (ANGELO e JORGE,
2007).
O composto fenólico de maior abundância no pêssego é o ácido clorogênico, este
por sua vez, é formado pela junção do ácido químico e ácido cafeíco. A ingestão de
alimentos que contenham ácido clorogênico está relacionada à redução de doenças
como diabetes tipo 2 (GARAMBONE e ROSA, 2007).
O clima da Cidade de Lichinga é tropical húmido com uma temperatura média anual
que varia de 24ºC a 26ºC em alguns períodos do ano, podendo atingir uma
temperatura máxima absoluta de 34ºC e a mínima de 14ºC (MAE, 2005).
A B
C D
29
A B
30
C D
A B
Onde:
Tabela 1: Resultado das absorbâncias obtidas da extracção de antocianina em pêssegos provenientes em bairros com
acides do solo diferentes
De acordo com MALAVOLTA (2006), a baixa fertilidade encontrada nos solos ácidos
está associada, em grande parte, à pobreza em bases trocáveis e ao excesso de
alumínio e manganês.
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Bairros Atocianinas
Muchenga 14.11 a
Maome 77.45 ab
Namacula 109.71 ab
Cerâmica 148.74 b
CV (%) 59.54
Média geral 87.50
Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si, pelo
teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)
A média mais alta foi do bairro da cerâmica com 148.74 e a mais baixa foi do bairro
de Muchenga com 14.11 De acordo com os resultados, o coeficiente de variação
entre as médias mostrou-se tão alto cerca de 100% das variáveis analisadas
apresentaram coeficientes de variação alta de 50%, indicando muito baixa precisão
experimental (GOMES, 1985). A distribuição dos dados é heterogenia porque o CV é
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maior que 30%. As quantidades das antocianinas foram dependentes das zonas,
onde estas interferiram negativamente.
Relação dos dados das antocianinas com os valores de pH do solo dos bairros
Fonte: autor
menor for acidez do solo maior será o Ca, Mg e o K aumentando a boa capacidade
do solo para a obtenção de pêssegos com extrema qualidade seja, no tamanho,
sabor, e na coloração do mesmo.O potássio encontrado no solo é um nutriente de
grande importância para as plantas, pois está envolvido em todas as fases do
crescimento vegetativo, auxilia na fixação do nitrogênio; promove o armazenamento
de açúcar e amido (AQUINO et al., 1993).
Quanto maior acidez do solo for, menores são as concentrações das antocianinas,
isto porque, os solos mais ácidos são pobres em nutrientes sendo que, em solo que
o seu pH foi de 6,4 a concentração do potássio foi muito baixo que acabou
interferindo negativamente no baixo resultado das antocianinas.
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5.1. Recomendações:
4. BIBLIOGRAFIA
ANGELO, P.M, JORGE, N. “Compostos fenólicos em alimentos – Uma breve
revisão”.Revista Instituto Adolfo Lutz, v.66, n.1, p.1-9, 2007.
BARRETO, C. F.; at al. “Armazenamento refrigerado de pêssegos ‘maciel’ de
plantas conduzidas em diferentes porta-enxertos ”. Revista Iberoamericana de
Tecnología Postcosecha. v. 17, n. 2, p. 254-261, 2016
BORDIGNON JR. C. L.; at al. “Influência do pH da solução extractiva no teor de
antocianinas em frutos de morango”. Ciências e Tecnologia de Alimentos, v..29, n.1,
jan/mar, 2009.
BAENA Renato Corrêa. Nutrição, saúde e actividade física; Muito além dos
nutrientes: o papel dos fitoquímicos nos alimentos integrais Departamento de Clínica
Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), 2015;
Anexo