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Lição 06: Expressando Palavras Honestas

TEXTO ÁUREO

“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de
procedência maligna”. (Mt 5.37)

VERDADE PRÁTICA

Fazer um juramento ou uma promessa é algo muito sério. Por isso, o cristão deve
cuidar para não prometer ou votar aquilo que não vai ter condições de cumprir.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Mateus 5.33-37

33 – Outrossim, ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás
teus juramentos ao Senhor.
34 – Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o
trono d e Deus,
35 – nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém , porque é
a cidade do grande Rei,
36 – nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto.
37 – Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de
procedência maligna.
PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO
Qual o valor de uma palavra? Houve um tempo em que o empenho da palavra bastava para se concretizar um
negócio. A presente lição é um estudo a partir do ensino do Sermão do Monte a respeito da retidão que
devemos ter com as palavras empenhadas. Nosso Senhor nos ensinou a respeito dessa verdade. O mesmo
cuidado que temos de ter com o nosso comportamento moral, devemos ter com a emissão de nossas palavras
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Afirmar que não devemos jurar nem pelos Céus nem pela Terra;
II) Enfatizar que nossas palavras devem ser “ sim ” e “ não”;
III) Pontuar a honestidade com as palavras.
B) Motivação: Quando expomos pensamentos em palavras, revelamos o que pensamos e sentimos. A retidão
nas palavras requer retidão no pensamento e no sentimento.
C) Sugestão de Método: Ao terminar o último tópico da lição, faça um resumo do assunto , enfatizando as
palavras retidão, honestidade e verdade nas palavras. Assim , deixe claro para a classe que a palavra do cristão
não pode ser banalizada.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição deve levar o aluno a conscientizar-se a respeito da retidão no falar. As palavras
revelam o que pensamos e sentimos e, portanto, elas revelam o que somos. Se a nossa mente estiver permeada
com os valores do Reino, nossos sentimentos e, consequentemente, nossas palavras expressarão os valores do
Reino.
INTRODUÇÃO

Os juramentos sempre estiveram presentes na sociedade. Eles são o compromisso


que a pessoa assume publicamente de que cumprirá realmente aquilo que prometeu.
Nas Escrituras, os juramentos são de dois tipos: aqueles feitos por Deus e aqueles
feitos pelos homens. Quando Jesus ensina que o nosso falar seja “ Sim , sim; não,
não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt 5.37), Ele condena o
uso indiscriminado, leviano ou evasivo do juramento que prevalecia entre os
judeus. Por isso, nesta lição, veremos como o Mestre ensinou que os homens
deveriam ser transparentes e honestos em seu falar, para que os juramentos entre
eles se tornassem desnecessários. Em seu Reino, a honestidade de seus membros
elimina o uso dos juramentos (Tg 5.12).

Palavra-Chave: PALAVRA

I – NÃO DEVEMOS JURAR NEM PELOS CÉUS NEM PELA TERRA

1- A Lei do Juramento. De acordo com O Dicionário Bíblico Wycliffe, a lei


mosaica enfatizou a natureza obrigatória dos juramentos (Nm 30.2) e decretou o
castigo para o perjurado, aquele que faz um juramento falso (Dt 19.16-19; 1 Tm
1.10). O falso juramento de uma testemunha ou uma falsa afirmação com relação a
uma promessa ou a alguma coisa encontrada, exigia uma oferta pelo pecado (Lv
5.1-6; 6.2-6). A lei enfatizou a seriedade dos juramentos (Êx 20.7; Lv 19.2; Zc
8.16,17) e proibiu o juramento por deuses falsos (Js 23.7; Jr 12.16; Am 8.14).

2- O propósito da Lei do Juramento. O propósito do juramento antes era


benéfico, tinha o objetivo de descobrir a verdade. Tratava-se de um apelo solene
que o adorador fazia a Deus, tendo consciência de que Ele era o grande juiz
onisciente e onipotente, dono de tudo, que esquadrinhava os corações de todos o s
homens (1 Cr 28.9; Jr 17.10) e que revelava o íntimo de cada um, a verdade e a
sinceridade presentes no espírito do homem. 1 *Os juramentos nas Escrituras são
de dois tipos, aqueles feitos por Deus e aqueles feitos pelos homens.

3- Não jureis nem pelo Céu nem pela Terra. O estratagema dos escribas e
fariseus quanto ao juramento pode ser notado quando eles diziam que qualquer voto
que o adorador fiz esse usando o nome de Deus estaria vinculado àquele juramento,
mas um voto feito sem que fosse pronunciado o nome de Deus era de menor valor,
e nesse caso não precisava ser cumprido. Foi contra esse procedimento dissimulado
e hipócrita que Jesus os confrontou (Mt 23.16 -18 ). Essa tenuidade de
classificações feitas pelos escribas e fariseus, entre os votos obrigatórios e não
obrigatórios, não tinha qualquer base. Para Jesus, quem jurasse pelo céu teria de
cumprir seu juramento, pois eles foram feitos por Deus (Gn 1.1), e a terra era o
estrado dos seus pés (Is 66.1), e Jerusalém era a cidade do grande Deus (SI 48.3).
A conclusão é que qualquer juramento feito, usando alguns desses elementos, teria
de ser cumprido, pois neles o nome de Deus estava envolvido. Um cristão
verdadeiro e sincero , que tem o coração transformado pelo Evangelho, não precisa
invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está dizendo é a
verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu coração, no qual
não há mentira, engodo ou engano (Sl 15.2; 24.4; Pv 8.7; Ml 2.6; Mq 6.8).

SINOPSE I

O seguidor de Jesus não jura pelo céu nem pela terra. Suas palavras têm o peso da Verdade

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, ‘jurar
falsamente’ – no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas Jesus disse: De maneira nenhuma
jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça
(34-36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de Deus vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar
pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio,
para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: ‘Como o céu e a terra passarão, assim também o
juramento passará, pois os conclamou como testemunhas’. 36 Jesus defendeu que Deus está sempre presente
quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente (CHILDERS, Charles L.; EARLE,
Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.60).

II – NOSSAS PALAVRAS DEVEM SER “SIM” E “NÃO”

1- Como deve ser o nosso falar. Tomar cuidado com o que se fala é valioso
demais. Esta atitude declara que tipo de pessoa nós somos. Um cristão verdadeiro
sempre procura falar com verdade e sabedoria. 3* Com muita propriedade, o sábio
rei Salomão falou que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21). Jesus
foi bem categórico quando afirma que pelas palavras alguém pode ser justificado ou
condenado (Mt 12.37), o que nos impele a ter cuidado no nosso falar. Um cristão
cheio das verdades divinas terá um falar verdadeiro e reagirá contra todo tipo de
falsidade e mentira. Jesus exige honestidade o tempo todo, seja um homem sob
juramento ou não. Não há padrão duplo para o cristão.

2- O sim e o não na vida de Paulo. Há situações em que empregamos nossa


palavra e, por algum motivo, não conseguimos nos realizar o que dissemos ou
planejamos. Em 2 Coríntios 1.12-24, há o relato de um episódio que ocorreu com o
apóstolo Paulo. Ele fez planos de visitar os irmãos da Igreja de Corinto, porém, por
diversas vezes, foi impedido e as coisas não saíram como havia planejado (2 Co
1.6; Rm 1.10; 15.22; l Ts 2.18). Por isso, seus acusadores se valeram da situação
para fazer graves e sérias acusações contra Paulo, dizendo que ele não era
confiável. Paulo refuta seus opositores dizendo que não era o tipo de pessoa que
diria “sim” quando na realidade queria dizer “não”.
O apóstolo toma Deus como sua fiel testemunha e explica o motivo pelo qual não
tinha ido logo fazer essa visita, que era para poupar os irmãos (2 Co 1.23). Deus,
que conhecia o seu coração, disse o apóstolo, sabia do seu verdadeiro sentimento e
da grande vontade de ir visitá-los, e declarou a todos que sua vida era de
simplicidade e sinceridade, tanto diante da Igreja como do mundo (2 Co 1.12). Da
mesma maneira que os coríntios podiam confiar que Deus manteria suas promessas,
também podia confiar que Paulo, como representante de Deus, manteria as suas.
Ele ainda os visitaria, mas em uma ocasião melhor.

3- O que passar disso é uma procedência maligna. Como o caso que aconteceu
em Corinto, em que Paulo conhece a importância da honestidade e
da sinceridade nas palavras e ações, Deus quer que sejamos verdadeiros e
transparentes em todos os nossos relacionamentos. Se não for assim , poderemos
nos rebaixar, passando a divulgar rumores, fofocas e a ter segundas intenções, ou
seja, daremos lugar a situações de procedência maligna.
SINOPSE II

As palavras dos seguidores de Jesus devem ser precisas e assertivas

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

A pura honestidade
“Maldizer não é o assunto aqui. Ao contrário, Jesus comenta sobre a prática de obrigar-se a manter uma
promessa ao fazer um juramento. No século I, todo um sistema havia se desenvolvido para diferenciar entre os
juramentos que se comprometem e os que não com promessas. Assim, uma pessoa ficava comprometida ao
jurar “em relação a Jerusalém , mas não se jurasse “por Jerusalém”. Uma pessoa ficava comprometida ao jurar
“pelo ouro do altar” , mas não se jurasse “ pelo altar” propriamente dito. Jesus descarta isso como sendo um
sofisma. Uma pessoa poderia ser tão honesta que o seu sim significasse sim e o seu não significasse sempre
não. O próprio hábito de fazer juramentos fornece uma prova de que a pessoa que jura é desonesta e não se
poderia confiar que ela iria manter a sua palavra! Deus não fica satisfeito com a discussão sobre juramentos que
comprometem ou não. Deus fica satisfeito com a pura honestidade” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário:
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.26).

III – HONESTIDADE COM NOSSAS PALAVRAS

1- A palavra honestidade. Honestidade é uma virtude de alguém que é correto,


sincero. Do hebraico, tem os o adjetivo yashar, “reto, honesto, correto, direito,
plano, certo, justo”. Jó foi descrito como um homem honesto (Jó 1.8). Em Atos,
temos a descrição de Cornélio como um homem reto, honesto (At 10.22). Aquele
que tem um viver reto, honesto, jamais permitirá que saiam de sua boca palavras
falsas, mentirosas, enganadoras.

2- É possível ser honesto com nossas palavras neste mundo? Na vida daquele
que o Evangelho já entrou, houve transformação plena, pois o mesmo busca não
apenas curar os sintomas da doença do pecado, mas também prevenir. Não há como
negar, que nesse mundo, muitos já adotaram a mentira como um hábito. É normal
para aquele que não vive as bem-aventuranças de Cristo dizer uma mentira, com a
desculpa de mentir para apoiar uma causa nobre. Quem sustenta isso está
comprometendo o caráter humano e um valor importante, que é o respeito pela
verdade. O verdadeiro discípulo de Cristo, que faz parte do seu Reino, é honesto em
suas palavras, íntegro no seu caráter, e jamais usa de meias-verdades, através das
quais grandes mentiras têm sido ditas, sendo influenciados pelo pai da mentira, o
Diabo. Jesus é a verdade em essência (Jo 14.6), e os que vivem nEle são honestos
em tudo, e seu falar é sim, sim; não, não.

3- Dando testemunho. Uma pessoa honesta revela dignidade de caráter, é honrada,


digna, e procede rigorosamente dentro da regra. Salomão disse que tortuoso é o
caminho do homem cheio de culpa, mas reto o proceder do homem honesto (Pv
21.8). O verdadeiro cristão procura ser honesto no que fala, mantendo-se longe da
falsidade e da mentira, conservando a verdade no coração e na conduta, pois esse é
o seu objetivo maior (3 Jo 4 ). Você é conhecido por ser uma pessoa de palavra? Se
dissermos a verdade durante todo o tempo, vamos nos sentir menos pressionados a
apoiar nossa palavra em juramentos ou promessas.
SINOPSE III

As palavras dos servidores de Jesus devem apresentar retidão e honestidade

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Juramento
[…] Os juramentos eram comumente feitos levantando-se a mão a Deus (Gn 14.22; Ez 20.5, Hb 3.18; 6.13;
7.21; Ap 10.5) e em casos excepcionais colocando-se a mão debaixo da ‘coxa’ […] daquele a quem o
juramento era prestado (Gn 24.2; 47.29 ). Este era o modo solene de significar que, se o juramento fosse
violado, a descendência da pessoa vingaria o ato de deslealdade.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o
Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD, pp.1119.

CONCLUSÃO

Devemos viver neste mundo como verdadeiros seguidores de Cristo , sendo


honestos em tudo, em especial em nossas palavras, sem recorrermos a juramentos
hipócritas, profanos e desnecessários, que buscam fundamentar as conversas do dia
a dia. Antes, procuremos ser simples e objetivos dizendo sim, sim; não, não.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Quais são os dois tipos de juramentos citados na lição? Os juramentos nas


Escrituras são de dois tipos, aqueles feitos por Deus e aqueles feitos pelos homens.

2- No Reino de Cristo, o que elimina a necessidade de juramentos? Um cristão


verdadeiro e sincero que tem o coração transformado pelo Evangelho não precisa
invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está dizendo é a
verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu coração, no qual
não há mentira, engodo ou engano.
3- De acordo com Provérbios 18.21, o que está no poder da língua? Com muita
propriedade, o sábio rei Salomão falou que a morte e a vida estão no poder da
língua (Pv 18.21).

4- O que é honestidade? Honestidade fala de alguém que é correto, que tem


seriedade, do hebraico temos o adjetivo yashar, “reto, honesto, correto, direito,
plano, certo, justo”.

5- Como devemos viver neste mundo? Devemos viver neste mundo como
verdadeiros seguidores de Cristo, sendo honestos em tudo, em especial em nossas
palavras, sem recorrermos a juramentos hipócritas, profanos e desnecessários, que
buscam condimentar as conversas do dia a dia.

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