TEXTO ÁUREO
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de
procedência maligna”. (Mt 5.37)
VERDADE PRÁTICA
Fazer um juramento ou uma promessa é algo muito sério. Por isso, o cristão deve
cuidar para não prometer ou votar aquilo que não vai ter condições de cumprir.
33 – Outrossim, ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás
teus juramentos ao Senhor.
34 – Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o
trono d e Deus,
35 – nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém , porque é
a cidade do grande Rei,
36 – nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto.
37 – Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de
procedência maligna.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Qual o valor de uma palavra? Houve um tempo em que o empenho da palavra bastava para se concretizar um
negócio. A presente lição é um estudo a partir do ensino do Sermão do Monte a respeito da retidão que
devemos ter com as palavras empenhadas. Nosso Senhor nos ensinou a respeito dessa verdade. O mesmo
cuidado que temos de ter com o nosso comportamento moral, devemos ter com a emissão de nossas palavras
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Afirmar que não devemos jurar nem pelos Céus nem pela Terra;
II) Enfatizar que nossas palavras devem ser “ sim ” e “ não”;
III) Pontuar a honestidade com as palavras.
B) Motivação: Quando expomos pensamentos em palavras, revelamos o que pensamos e sentimos. A retidão
nas palavras requer retidão no pensamento e no sentimento.
C) Sugestão de Método: Ao terminar o último tópico da lição, faça um resumo do assunto , enfatizando as
palavras retidão, honestidade e verdade nas palavras. Assim , deixe claro para a classe que a palavra do cristão
não pode ser banalizada.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição deve levar o aluno a conscientizar-se a respeito da retidão no falar. As palavras
revelam o que pensamos e sentimos e, portanto, elas revelam o que somos. Se a nossa mente estiver permeada
com os valores do Reino, nossos sentimentos e, consequentemente, nossas palavras expressarão os valores do
Reino.
INTRODUÇÃO
Palavra-Chave: PALAVRA
3- Não jureis nem pelo Céu nem pela Terra. O estratagema dos escribas e
fariseus quanto ao juramento pode ser notado quando eles diziam que qualquer voto
que o adorador fiz esse usando o nome de Deus estaria vinculado àquele juramento,
mas um voto feito sem que fosse pronunciado o nome de Deus era de menor valor,
e nesse caso não precisava ser cumprido. Foi contra esse procedimento dissimulado
e hipócrita que Jesus os confrontou (Mt 23.16 -18 ). Essa tenuidade de
classificações feitas pelos escribas e fariseus, entre os votos obrigatórios e não
obrigatórios, não tinha qualquer base. Para Jesus, quem jurasse pelo céu teria de
cumprir seu juramento, pois eles foram feitos por Deus (Gn 1.1), e a terra era o
estrado dos seus pés (Is 66.1), e Jerusalém era a cidade do grande Deus (SI 48.3).
A conclusão é que qualquer juramento feito, usando alguns desses elementos, teria
de ser cumprido, pois neles o nome de Deus estava envolvido. Um cristão
verdadeiro e sincero , que tem o coração transformado pelo Evangelho, não precisa
invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está dizendo é a
verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu coração, no qual
não há mentira, engodo ou engano (Sl 15.2; 24.4; Pv 8.7; Ml 2.6; Mq 6.8).
SINOPSE I
O seguidor de Jesus não jura pelo céu nem pela terra. Suas palavras têm o peso da Verdade
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, ‘jurar
falsamente’ – no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas Jesus disse: De maneira nenhuma
jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça
(34-36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de Deus vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar
pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio,
para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: ‘Como o céu e a terra passarão, assim também o
juramento passará, pois os conclamou como testemunhas’. 36 Jesus defendeu que Deus está sempre presente
quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente (CHILDERS, Charles L.; EARLE,
Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.60).
1- Como deve ser o nosso falar. Tomar cuidado com o que se fala é valioso
demais. Esta atitude declara que tipo de pessoa nós somos. Um cristão verdadeiro
sempre procura falar com verdade e sabedoria. 3* Com muita propriedade, o sábio
rei Salomão falou que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21). Jesus
foi bem categórico quando afirma que pelas palavras alguém pode ser justificado ou
condenado (Mt 12.37), o que nos impele a ter cuidado no nosso falar. Um cristão
cheio das verdades divinas terá um falar verdadeiro e reagirá contra todo tipo de
falsidade e mentira. Jesus exige honestidade o tempo todo, seja um homem sob
juramento ou não. Não há padrão duplo para o cristão.
3- O que passar disso é uma procedência maligna. Como o caso que aconteceu
em Corinto, em que Paulo conhece a importância da honestidade e
da sinceridade nas palavras e ações, Deus quer que sejamos verdadeiros e
transparentes em todos os nossos relacionamentos. Se não for assim , poderemos
nos rebaixar, passando a divulgar rumores, fofocas e a ter segundas intenções, ou
seja, daremos lugar a situações de procedência maligna.
SINOPSE II
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A pura honestidade
“Maldizer não é o assunto aqui. Ao contrário, Jesus comenta sobre a prática de obrigar-se a manter uma
promessa ao fazer um juramento. No século I, todo um sistema havia se desenvolvido para diferenciar entre os
juramentos que se comprometem e os que não com promessas. Assim, uma pessoa ficava comprometida ao
jurar “em relação a Jerusalém , mas não se jurasse “por Jerusalém”. Uma pessoa ficava comprometida ao jurar
“pelo ouro do altar” , mas não se jurasse “ pelo altar” propriamente dito. Jesus descarta isso como sendo um
sofisma. Uma pessoa poderia ser tão honesta que o seu sim significasse sim e o seu não significasse sempre
não. O próprio hábito de fazer juramentos fornece uma prova de que a pessoa que jura é desonesta e não se
poderia confiar que ela iria manter a sua palavra! Deus não fica satisfeito com a discussão sobre juramentos que
comprometem ou não. Deus fica satisfeito com a pura honestidade” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário:
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.26).
2- É possível ser honesto com nossas palavras neste mundo? Na vida daquele
que o Evangelho já entrou, houve transformação plena, pois o mesmo busca não
apenas curar os sintomas da doença do pecado, mas também prevenir. Não há como
negar, que nesse mundo, muitos já adotaram a mentira como um hábito. É normal
para aquele que não vive as bem-aventuranças de Cristo dizer uma mentira, com a
desculpa de mentir para apoiar uma causa nobre. Quem sustenta isso está
comprometendo o caráter humano e um valor importante, que é o respeito pela
verdade. O verdadeiro discípulo de Cristo, que faz parte do seu Reino, é honesto em
suas palavras, íntegro no seu caráter, e jamais usa de meias-verdades, através das
quais grandes mentiras têm sido ditas, sendo influenciados pelo pai da mentira, o
Diabo. Jesus é a verdade em essência (Jo 14.6), e os que vivem nEle são honestos
em tudo, e seu falar é sim, sim; não, não.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Juramento
[…] Os juramentos eram comumente feitos levantando-se a mão a Deus (Gn 14.22; Ez 20.5, Hb 3.18; 6.13;
7.21; Ap 10.5) e em casos excepcionais colocando-se a mão debaixo da ‘coxa’ […] daquele a quem o
juramento era prestado (Gn 24.2; 47.29 ). Este era o modo solene de significar que, se o juramento fosse
violado, a descendência da pessoa vingaria o ato de deslealdade.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o
Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD, pp.1119.
CONCLUSÃO
REVISANDO O CONTEÚDO
5- Como devemos viver neste mundo? Devemos viver neste mundo como
verdadeiros seguidores de Cristo, sendo honestos em tudo, em especial em nossas
palavras, sem recorrermos a juramentos hipócritas, profanos e desnecessários, que
buscam condimentar as conversas do dia a dia.