Você está na página 1de 2

O verdadeiro entendimento da lei: Juramento e verdade - Mateus 5.

27-32
Mateus registra uma antítese sobre um novo tema. Trata de Juramentos.
O que o povo tinha ouvido não é fornecido como citação direta do Antigo Testamento,
mas como uma declaração resumida condensando acuradamente o fardo de:
- Êxodo 20.7: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não
terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”
- Levítico 19.12: “nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus.
Eu sou o Senhor”.
- Números 30.2 e Deuteronômio 5.11; 6.3; 22.21-23.
A lei mosaica proibia juramentos irreverentes, o uso leviano do nome do Senhor, a quebra
de votos. Uma vez que o nome do Senhor fosse invocado, o voto que a ele estava ligado passa a
ser uma dívida que deve ser paga ao Senhor, acima de tudo.
Diante desse compilado na citação indireta de Jesus, ele ataca a forma como os juramentos
que eram uma forma de encorajar a verdade se tornaram uma oportunidade para mentiras
espertas e falsidades no meio do povo. Muitos, para se desviar da lei, juravam clamando em
nome do céu ou da terra, pois, pensavam assim que não se ligavam ao juramento.
Em sua reposta as essas atitudes, Jesus mostra a realidade da lei ao povo: “de modo algum
jureis”. Em sua declaração somos levados a compreender que a direção que o Antigo Testamento
aponta é fundamental para a compreensão do que realmente significa ser verdadeiro e consistente
em nossas declarações.
Ao abolir o juramento, Jesus retrata que se o indivíduo não jurar, logo, não haverá falso
juramento que lhe acuse. O juramento não cumprido é uma afronta ao nome de Deus.
Com isso, Jesus explica nos versos 34-36 que tudo pelo que o homem jura, de alguma
maneira, está relacionado a Deus: o céu, a terra, Jerusalém, e até mesmo os fios de cabelo de
nossas cabeças estão sobre o controle e propriedade de Deus.
Aqui Jesus cita: Salmos 48.2 e Isaías 66.1-2. Não há nada pelo qual juramos que não
remeta a Deus, tudo é dele e está no controle dele.
Essa foi a mesma ideia que Jesus apresentou em Mateus 23.16-22, onde retorna com esse
tópico para condenar os escribas e fariseus, chamados aqui de guias de cegos.
Jesus, então, conclui no verso 37: “seja a tua palavra: sim, sim; não, não”. A versão da
NVI, torna mais compreensível es declaração, traduzindo como: Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu
‘não’, ‘não’.
O que passar disso, segundo Jesus, vem do maligno, que como é dito lá em João 8.44, é o
pai da mentira.
Assim, é que Tiago em Tiago5.12, também, esclarece esse ponto, cintando a Jesus, diz:
“Sobretudo, meus irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra
coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.”
Muitos grupos (exemplo: testemunhas de Jeová) entendem esses versículos de forma
totalmente literal e, por isso, recusam-se até mesmo a fazer juramento em tribunal. O zelo deles
em se conformar às Escrituras é até louvável, mas eles, provavelmente, não interpretaram o texto
muito bem.
Assim, para terminar, podemos ponderar o seguinte sobre essa passagem:
O propósito maior de Jesus, no contexto dessa passagem, é enfatizar a verdadeira direção
pela qual aponta o mandamento do Antigo Testamento: a importância do povo de Deus ser um
povo que é verdadeiro e fala a verdade.
Quando os juramento não são usados para levar a ilusão ou de modo astucioso, quando a
verdade não é ameaçada, não é óbvio concluir que o texto exige uma abolição absoluta de um
juramento. Assim, o grande ponto é: nunca dar brecha para a mentira em nossas vidas, pois a
mentira pertença ao Diabo.
Como é triste ver crentes sendo descredibilizados como mentirosos ou com palavra sem
valor! Não cabe ao cidadão do reino agir assim.
Deus mesmo jura em algumas partes da Escritura, com o fim de ajudar os homens a crer
(Hebreus 6.17). Desse modo, precisamos entender que Jesus, nessa passagem, realmente chama
a termos a VERDADE como uma marca presente em nossa vida.
Embora pareça que, de algum modo, Jesus contradiz o que o Antigo Testamento ensina,
devemos lembrar que o seu propósito aqui é combater o ensino e prática errada dos fariseus e
escribas. Desse modo, ao se colocar em contraste com o que foi dito na lei, ele aponta a direção
correta com sua interpretação autoritativa , logo, seu ensino cumpre a lei!
Com isso, o que não devemos nos esquecer ao olhar para esse texto é que nós como
crentes em Jesus, desejosos de obedecer a sua lei, devemos ser pautados por um andar verdadeiro
e um falar de credibilidade!
Aristóteles disse: Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando
dizem a verdade.
Como pode um crente ser mentiroso?
Avalie a si mesmo:
- O quanto você tem sido verdadeiro com seu próximo?
- O quanto você tem sido verdadeiro consigo mesmo?
- O quanto você tem sido verdadeiro com Deus?
- Cuidado com o agir falso.
Que nosso falar seja verdadeiro e que nosso andar testifique e confirme que somos filhos do
Deus da verdade e não do pai da mentira.

Você também pode gostar