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Informática Médica

Mestrado em Engenharia Biomédica


Introdução
Matérias -A informática e os sistemas de informação

- Conceitos básicos -Os sistemas informáticos na saúde e os sistemas de registo


eletrónico de saúde
- Breve revisão dos sistemas --Exemplos de Aplicações Hospitalares
numéricos --HIS - Hospital Information System. Exemplo do SONHO
- O Modelo OSI e TCP/IP
-Normas da informática biomédica
- A linguagem UML --Recolha de imagem: a norma DICOM e o sistema PACS
- A informática da imagem --Troca de mensagens: o HL7
- A norma DICOM --Integração de sistemas e processos: o IHE
- PACS
-Bioinformática e bioinformática transaccional:
- Interoperabilidade --Dados biomédicos, armazenamento, análise e integração com
- HL7 outras áreas informáticas relacionadas
- IHE --Pervasive Health e o Big Data
--Recolha de dados genéticos
- Os Sistemas de Informação na --Recolha de dados Breve referência aos algoritmos de recolha
Saúde de dados em saúde
- As Aplicações e os
Sistemas de Informação no
SNS
- O Open EHR e o HL7 v3
O que é a Informática Médica?

Ciência da Ciência dos


Informação Computadores
Ciências dos
Cuidados de
Saúde
Sistemas Numéricos
Binário, hexadecimal. Conversões. Exemplos
Maia Suméria/Babilónia

2*20 + 9 3*60+12
Base 20 Base 60

https://pplware.sapo.pt/high-tech/sistemas-de-numerao-decimal-binrio-octal-e-hexadecimal/
https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/sistema-numeracao.htm
Sistema decimal

Dez dígitos, ou algarismos:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
É um sistema POSICIONAL, pois o dígito tem valores diferentes em diferentes posições.
Por exemplo, no número 35 o dígito 3 vale 30 pois está na POSIÇÃO das dezenas.

Curiosidade:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcuarismi
Sistema decimal: a posição e o valor
Sistema decimal: a posição e o valor
Sistema pseudo-
vigesimal ou MAIA
Vinte dígitos diferentes,
do 0 ao 19

Repete-se a partir do
VINTE,

atribuindo posições
diferentes aos dígitos: o
sistema divide-se em
duas camadas: na
superior contam-se as
vintenas, na de baixo
contam-se as unidades.
É UM SISTEMA
POSICIONAL
Sistema maia: a posição e o valor
Que número é este?
Sistema maia: a
posição e o valor

´O sistema Maia foi desenvolvido para


a astronomia, pelo que não segue
exatamente a escala de Base 20.
Sistema hexadecimal

Dezasseis dígitos, ou algarismos:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B CD E F
É um sistema POSICIONAL, pois o dígito tem valores diferentes em diferentes posições.
Sistema hexadecimal: a posição e o
valor
Sistema hexadecimal: a posição e o
valor
Sistema binário

Dois dígitos, ou algarismos:

0 1
É um sistema POSICIONAL, pois o dígito tem valores diferentes em diferentes posições.
Sistema binário: a posição e o valor
Sistema binário: a posição e o valor
Bases numéricas mais usadas
Algoritmo de conversão:
decimal => binário
Basta aplicar ao número decimal a divisão inteira por dois.
Algoritmo de conversão:
decimal => binário
Outro exemplo
Algoritmo de conversão:
decimal => hexadecimal
Basta aplicar ao número decimal a divisão inteira por dois.
Algoritmo de conversão:
decimal => binário
Outro exemplo
Algoritmo de
conversão:
binário =>
hexadecimal
Algoritmo de conversão:
binário => hexadecimal
Algoritmo de conversão:
binário => hexadecimal
SPMS - gere base de dados saude

By João Pavão – UTAD University - PT

Introducing

PORTUGUESE NATIONAL
HEALTH SERVICE
Where is Portugal?
The actuality
Portugal in facts
10.340.349 inhabitants

Capital: Lisboa

Area (land): 92090 Km2

Area (sea & land):


1.700.000Km2
PORTUGUESE National Health Service

National Health
Health Information Examples on
Service Systems patient flows

What we will talk about today…


National Health Service SNS
An Universal Service
Portuguese National
Health Service (SNS) Primary
Care
Since 1979
Universal
Free (tendentiously free)
Specialized
24Health
Care
Other entities:
SNS (Care
DGS Service
components)
ACSS
INFARMED
SPMS

Continued Emergency
Care Care

Sistema de saude é universal e destina-se a toda a gente, abrange todas as areas


Primary Care
Health Centers
At least one per Municipality
387 (total in 2012)

128 (with internship in 2012)

Grouped in clusters (ACES)

Responsibility (Dec. Lei no 28/2008):


“aim the provision of primary health care to
the population of a given geographical
area”;

“develop activities to promote health and


disease prevention, care in sickness and
connection to other services for continuity of
care “

“also develop epidemiological surveillance


activities, health research , monitoring and
evaluation of the results,…”

centros de saude
Primary Care
Health Centers

Inhabitants for each Health


Center, range from 438 to more
than 159.000

Mirrors the difference of


populational density of the
country
Specialized Care
Hospitals
Data for 2013

107 (total)
No data for overseas

82 General Hospitals
25 Specialized Hospitals
cuidados continuados

Continued Care Number


Health and Social Support
4500
4000
Data for March 2016 3500
http://www.acss.min-saude.pt 3000
2500
2000
1500
Covers all main land territory
1000
Still small service 500 Number
0

d
ed

es

e
nc
ite

rg
c

ra
ha
en
Hospitalização em casa- informatica ajuda

ad

nt
er

i sc

re
f

s
re

D
er

fo
Temos que ter confiança na rede

Us
er

g
devido a privatização dos dados de saude alta

n
Us

iti
admitidos

a
doentes referenciados

w
A
(lista de espera)
Medical Emergency
National Institute
Call 112
European Emergency Number
Accessible from all country.
5 Coordinator Centers (CODU)

- Motorcycles (8, avoid traffic jams)


- Ambulances (around 380 of 3 types:
Rescue, Basic Live Support,
Immediate Live Support )
- Medical Vehicle of Emergency and
Recovery (44 as in Apr2016): placed
in the Hospitals. 1 doctor, 1 nurse, Live
Support
- Helicopters (5 to 12 depending on
the season): spread all over the
country; each with 1 doctor, 1 nurse,
two pilots. Equipped with Advanced
Live Support
Health Line 24
Call 808 24 24 24

- 346 nurses, 24 supervisors

• Triage, advice, routing (due to an


integrated vision of National Health
Service)
• Aid on public health issues (ex:
epidemic situations like flu)
• General information about health

saude publica sua principal ajuda sao os centros de saude


Health Financing
National
Budget
Health Income: SNS
National Global Budget, from taxes

Public insurance, a.k.a. Health Sub-


systems (contribute ap. 25%):
Direct
- ADSE (public servants: 1.275.356 ) payment Health Public
- SAMS (banks) (Private financing insurance
System)
- (…)

Private insurance (contribute ap.10%)

Health Expenses: Private


insurance
911,9 € per capita
sistema de info:guarda dados composto por tecnologia e pessoas e processos
como recolha de informação, tratamento.

Health Information Systems


The data support for Health Care
SNS Information Systems
Presenting the most important. PDS (Health data platform)
Others ongoing
• Platform to share data among health institutions
• User, professional, institutional and international portals
• Emergency contacts, allergies, illness’, basic health data
• Data set is growing from basic to more complex

Exhaustive list in: EHR (SClinico)


http://spms.min-saude.pt/product • Nurses and doctors
• Hospitals and Health centers

SONHO (HIS)/SINUS (Primary Care Service)

• Hospital/Health Centers Information System


• Used for scheduling appointments/billing
-PDS (plataforma de dados de saude): esta integrado
no sistema de saude nuclear. os medicos tem acesso a essa informação
na pds podemos definir quem tem acesso a essa info
- sonho: base de dados do hospital
-sinus: base de dados centro de saude
-EHR: utilizado pelos profssionais de saude
SNS Information Systems
CTH (NEW)
Presenting the most important.
•Allows the dematerialization of the
Others ongoing transference of the patient from referencing
to attendance

PEM (Electronic prescription - NEW)


Consulta tempo e horas CTH: desmaterialização de
informarção, serve para entrar no hospital
•Many implementations from different
PEM: prescrição eletrónica médica companies
•Subject to approval by SPMS (State Health
Rentenv: testamento vital Corporation)

Rentev (Vital will)

•Document with early directives of will


•a.k.a. Vital Testament
SClinico – EHR interface for medics and nurses (primary
care)982 x 594 px
Resolution:
SClinico – Registration (SOAP)

anamnese

observações

diagnostico

prescrições

codigo especifico para cada doença


Examples on Patient Flows
Paperless routing of patients in SNS
DESMATERIALIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO PARA A URGÊNCIA
Referencing Linha de Saúdea patient to Primary
24 -> Cuidados Care (from H24 to
de Saúde Primários
The patient
Calls H24
Hospital)
H24 routes
Patient to Health Center

Appointment Appointment Patient


admission execution rounting

ja tinha chegado toda a informação


que tinha dado na consulta a tempo e horas
Centro de saude por causa SINUS
30-03-2016 SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. www.spms.pt 4
DESMATERIALIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO PARA A URGÊNCIA
Referencing
Cuidados a patient
de Saúde Primários-> to emergency
Estabelecimentos (from
hospitalares + SUBHealth Center
The patient
to appointment
Hospital)
Apply for an
Appointment

Emergency Triage of Patient


admission Manchester observation

30-03-2016 SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. www.spms.pt 3


DESMATERIALIZAÇÃO DA REFERENCIAÇÃO PARA A URGÊNCIA

Referencing a 24
Linha de Saúde patient to emergency
-> Estabelecimentos hospitalares (from
+ SUB Health24 to

Hospital)

30-03-2016 SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. www.spms.pt 5


Still…much to
do
We still have the “many islands”
problem, even inside an hospital !
Hope it was useful

Questions?
PORTUGUESE NATIONAL
ThankSERVICE
HEALTH you!
Processos e Aplicações
em Saúde
Dados e Grande
Quantidades de Dados
Big data é um termo geral para um conjunto de dados complexos onde processamentos tradicionais de dados sao
inadequados.
volume de fontes de informação saber utilizar los quantificar a facilidade de
(métodos que conseguem estruturar dados.
fornecer os dados. p.e passar de papel a digital
(base de dados)
iot-
consolidação de informação
dados diferente de informarção

preciso de ter contexto se nao n sei


de onde vem ou de onde e os dados
conhecimento implica tomada de decisao
info chega a grande velocidade
e em grande quantidade mas tem menos significado
internet of medical things ou pervasive health
pensamento critico é formar conhecimento
biomedical transformacional
trazer no dia a dia, os resultados da investigação biomedica feita
em laboratoriso
ex : gwnoma
As Comunicações
O OSI e o TCP/IP

01.04.2022
Modelo de comunicações digitais (standart) da iso e ta divido em 7 camadas de responsabilidades
router tem como responsabilidade encaminhar informação (rede)

OSI – Open Systems Interconnection


circuit switching (comutação de circuitos) passou de packet switching (comutação por pacotes)
broadcast emissao para multiplos utilizadores
TOKEN bus rede- liga todos os computadores
por um fio em barramento. Basta um problema
numa ficha que os restantes deixam de ter rede.
Se todos falarem ao mesmo tempo, os pacotes
colidem
uns com os outro. Quem quiser transmitir tem de
ter o token e enquanto tem o token pode injetar
dados. no osi na ligação de dados existe
protocolos para nao haver colisões
TOKEN RING Se o token tiver um padrao
de dados bem conhecido quem a informação é mandada por pacotes. Eles podem ser mandados por
diferentes routers então a informação parte-se, entao a camada de
quiser transmitir pode tirar o token da rede transporte (TCP)volta a juntar essa info. quando os pacotes chegam ao
destinatirio, os pacotes sao reordenados pelo TCP.
e ja pode transmitir os dados porque mais
router, encaminha info de acordo com os endereços q
ningm vai ter o token. Camada 2 existem; endereço IP propriedades

como é implantado o sistema


ETHERNET

OSI e DoD (TCP/IP)


OSI e DoD (TCP/IP)
OSI – Open Systems Interconnection
OSI – Open Systems Interconnection

Data Data
Application AH Data Application

Presentation PH AH Data Presentation

Session SH PH AH Data Session

Transport TH SH PH AH Data Transport

Network NH TH SH PH AH Data Network

Data Link DH NH TH SH PH AH Data Data Link

Physical DH DH NH TH SH PH AH Data Physical

01100101101010110101100011100011010101001111101010001010101011110100010010100100010
OSI – Pacote IP (exemplo)
OSI – Pacote IP (header)
Sistemas de Informação
em Saúde
SONHO
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?

PAPEL + COMPONENTS (ROLE + COMPONENTS)

O Papel de um SI é armazenar e organizar os dados de uma organização e


apresentá-los sob a forma de Informação, a qual servirá como base de
Conhecimento dessa Organização. (Bourgeois 2019)
The role of an IS is to store and organize an organization's data and present it
in the form of Information, which will serve as an Organization's Knowledge
base. (Bourgeois 2019)
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?
COMPONENTES DE UM SI = PESSOAS + PROCESSOS + TECNOLOGIA
IS COMPONENTS = PEOPLE + PROCESSES + TECHNOLOGY

Pessoas: É necessário compreender o envolvimento das pessoas num SI por


forma a entender qual a melhor forma de contribuirem para o seu
funcionamento, numa espécie de relação simbiótica: quanto mais
sintonizadas estiverem as pessoas, os processos e a tecnologia, mais eficiente
será o funcionamento do sistema de informação.
People: It is necessary to understand the involvement of people in an IS in
order to understand what is the best way to contribute to its functioning, in a
kind of symbiotic relationship: the more attuned people, processes and
technology are, the more efficient the functioning will be. information system.
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?
COMPONENTES DE UM SI = PESSOAS + PROCESSOS + TECNOLOGIA
IS COMPONENTS = PEOPLE + PROCESSES + TECHNOLOGY

Os processos são uma parte fundamental em qualquer organização. São o


modo através do qual uma organização atinge os seus fins. Por isso é muito
importante que a parte tecnológica de um SI acompanhe os processos de
forma a torná-los mais eficientes, rápidos e seguros.
Processes are a fundamental part of any organization. They are the way in
which an organization achieves its ends. That is why it is very important that the
technological part of an IS accompanies the processes in order to make them
more efficient, faster and safer.
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?
COMPONENTES DE UM SI = PESSOAS + PROCESSOS + TECNOLOGIA
IS COMPONENTS = PEOPLE + PROCESSES + TECHNOLOGY

A Tecnologia tornou os SI mais rápidos e eficientes, sendo também dividida


em componentes básicos: hardware, software e dados. Num mundo em
digitalização, a tecnologia ganha cada vez mais importância na definição e
operação dos SI.
Technology has made IS faster and more efficient, and is also further divided in
basic components: hardware, software and data. In a digital world,
technology is gaining more and more importance in the definition and
operation of IS.
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?
A expressão TI (tecnologias de informação) está muito enraizada neste
conceito de tecnologia associada aos SI.
Mas e quanto à expressão TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação)?
Esta sigla acrescenta um aspeto de “comunicações” à expressão anterior.

The term IT (information technologies) is very much rooted in this concept of


technology associated with IS.
But what about the term ICT (Information and Communication Technologies)?
This acronym adds a “communications” aspect to the previous expression.
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?
Um aspeto importante dos modernos SI é a sua capacidade de comunicar
(emitir e receber) informação. Porque não está esse componente incluído na
definição de SI? De facto um sistema de comunicação é também
decomposto em hardware e software, pelo que se pode considerar que já
estava incluído na definição básica. Mas como é um aspeto relevante de um
SI, há autores que destacam este aspeto e o incluem lado a lado com o
hardware, software e dados.
An important aspect of modern IS is their ability to communicate (send and
receive) information. Why is this component not included in the IS definition? In
fact, a communication system is also broken down into hardware and
software, so it can be considered that it was already included in the basic
definition. But as it is a relevant aspect of an IS, there are authors who highlight
this aspect and include it side by side with the hardware, software and data.
O que é um Sistema de Informação?
What is an Information System?

(Adaptado de James O’Brien 2004)


Sistemas de Informação de Saúde
Health Information Systems
´ Um Sistema de Informação de Saúde, é um sistema de informação em
que os dados, a informação gerida, as pessoas e os processos estão
relacionados com os Cuidados de Saúde.

´ Pergunta: O que são dados/informação relativos aos Cuidados de Saúde?

Há, como sempre, diferentes visões e definições. Tomaremos como exemplo


a definição norte americana da HIPAA (Health Insurance Portability and
Accountability)
Sistemas de Informação de Saúde
Health Information Systems
´ A informação de saúde tal como como qualquer outra informação,
registada sob qualquer forma ou meio (aúdio, texto, etc.), é aquela que:
´ (A) é criada ou recebida por um provedor de assistência na saúde, plano de
saúde, autoridade de saúde pública, empregador, seguradora de vida, escola
ou universidade ou outro subsistema de assistência na saúde; e
´ (B) relata a saúde ou condição física ou mental passada, presente ou futura de
um indivíduo, a prestação de cuidados de saúde a um indivíduo ou o
pagamento passado, presente ou futuro pela prestação de cuidados de saúde
a um indivíduo.
Sistemas de Informação de Saúde
Health Information Systems
´ Associados com os dados de saúde estão os conceitos de:
´ Eletronic Medical Record (EMR): Registo eletrónico médico;
´ Eletronic Health Record (EHR): Registo eletrónico de saúde e
´ Personal Health Record : Registo pessoal de saúde(PHR)

Havendo grandes discussões sobre estes termos, houve uma tentativa de


solidificação do seu significado através das definições feitas em “Defining Key
Health Information Technology Terms (2018)” pela Aliança Nacional para a
tecnologia de informação em saúde dos EUA
Sistemas de Informação de Saúde
Health Information Systems
Fundamentalmente, um EMR é qualquer tipo de registo feito por um médico em
relação a um paciente. [o termo ”médico” deveria ser substituído por “clínico”]
Como um paciente pode consultar diferentes médicos em diferentes instituições,
há a necessidade de esse registo poder “acompanhar” o paciente através das
diferentes instituições e médicos. Esta propriedade de um registo acompanhar o
paciente implica a noção de INTEROPERABILIDADE.
A diferença entre o EMR e o EHR é, fundamentalmente a interoperabilidade, ou
seja a capacidade de agregar diferentes tipos de dados de diferentes
organizações.
Finalmente o PHR nasce da necessidade de incorporar os dados relativos à saúde
recolhidos pelos próprios utilizadores, tais como peso, pulsações, alimentação, etc.
O EMR e o EHR são ferramentas dos prestadores de cuidados de saúde enquanto
que os PHR são uma ferramenta pessoal de cada utilizador.
Sistemas de Informação de Saúde
Health Information Systems
Definições:
EMR: An electronic record of health-related information on an individual that
can be created, gathered, managed, and consulted by authorized clinicians
and staff within one health care organization.
EHR: An electronic record of health-related information on an individual that
conforms to nationally recognized interoperability standards and that can be
created, managed, and consulted by authorized clinicians and staff across
more than one health care organization.
PHR: An electronic record of health-related information on an individual that
conforms to nationally recognized interoperability standards and that can be
drawn from multiple sources while being managed, shared, and controlled by
the individual.
The National Alliance for Health Information Technology
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
O SONHO é o sistema de informação em funcionamento em 90% dos
Hospitais públicos do SNS
- Registo de pacientes (gestão administrativa)
- Os procedimentos efetuados ao paciente durante um atendimento
hospitalar (registo dos fluxos internos que um paciente percorreu)
- Registo de saída com classificação administrativa para efeitos de
cobrança.
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
O SONHO foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde com a participação do
INESC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores).

Apesar de ter começado a ser desenvolvido em 1988 só em 1995 começou a


ser instalado no terreno.

O SONHO é designado por Sistema ADT (Admission, Discharge, Transfer), na


medida que gere as Admissões dos Utentes, as Altas Hospitalares e as
Transferências internas e externas.
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
´ O SONHO foi recentemente remodelado para a Versão 2
´ Foi reforçada a sua capacidade de interoperabilidade através da plataforma
LIGHT. Esta plataforma de integração é à base de FHIR (Fast Healthcare
Interoperability Resources, - que é HL7 v2.5) para produtos SPMS).

´ Os sistemas de gestão de Base de Dados foram também atualizados, com uma


consequente atualização das interfaces do SONHO.

http://aprendis.gim.med.up.pt/index.php/SONHO#cite_ref-7
O SONHO – Sistema Integrado de
Informação Hospitalar
´ Persistem vários problemas
´ Na Versão 1 os maiores problemas estão relacionados com a falta de
interoperabilidade;
´ uma tecnologia (incluindo a BD) e uma arquitetura obsoleta que causa falhas
frequentes.
´ Na Versão 2, o elevado custo das licenças Oracle é o maior problema.
Classificação e
Terminologia da
Informação em
Saúde
Propostas de trabalho
• Sistema Nacional de Saúde (níveis de hospitais, a SPMS,
DataCenter, software na saúde...)

• Pervasive Health (IoT e BigData: dados da investigação


Biomédica e Saúde personalizada)

• Sistemas de informação em saúde e registos eletrónicos de


saúde (EHR, PHR, interoperabilidade...)

• Segurança dos dados clínicos (não só a privacidade mas a


segurança – ver triângulo CIA)
Interoperabilidade

´Interoperabilidade técnica:
´Normas como o OSI e o TCP/IP
´Interoperabilidade semântica:
´Tem a ver com o significado ou semântica das
informações vindas de diferentes origens.
Resolve-se com normas de representação da
informação, tais como terminologias (ou
ontologias) e classificações.
´(Voltaremos a este tema mais tarde quando
falarmos de IHE)
Terminologias e classificações

UMA TERMINOLOGIA É UM CONJUNTO DE UMA CLASSIFICAÇÃO AGRUPA OBJETOS


TERMOS QUE REPRESENTAM OS CONCEITOS E OU ENTIDADES EM CATEGORIAS
SUAS LIGAÇÕES NUMA DETERMINADA ÁREA DE BASEADAS NAS SEMELHANÇAS ENTRE AS
CONHECIMENTO. SUAS PROPRIEDADES.
SNOMED CT
Terminologia Clínica
SNOMED CT (SNOMED Clinical
Terms) é um sistema de
terminologia médica que serve
principalmente para codificar a
ENTRADA de informação. A sua
função é recolher e representar
os dados dos pacientes para fins
clínicos.
O SNOMED é uma coleção
sistematizada de termos médicos,
que fornece códigos, termos,
sinónimos e definições usados em
documentação e relatórios clínicos.
SNOMED CT Os termos incluem as observações
Terminologia Clínica clínicas, sintomas, diagnóstico,
procedimentos, estruturas
corporais, organismos, substâncias
farmacêuticas, dispositivos, entre
outros.
É usado para inserir dados nos
Registos Eletrónicos de Saúde
(EHR), contribuindo dessa forma
para a INTEROPERABILIDADE
SNOMED CT destes registos, ao nível
Terminologia Clínica semântico.
O SNOMED é suportado por
aplicações stand-alone ou
inserido em aplicações de
modo a facilitar a busca dos
SNOMED CT descritores adequados para
Terminologia Clínica codificar um relatório clínico.
Existem mapeamentos entre o
SNOMED CT e outras normas e
CLASSIFICAÇÕES internacionais.

SNOMED CT
Terminologia Clínica Ver uma demonstração no site do
SNOMED CT

(https://browser.ihtsdotools.org/?)
ICD
International Classification of Desease

A ICD (International
Classification of Diseases and
Related Health Problems) é um
sistema de classificação de
doenças e problemas de saúde
com elas relacionados.
Segundo a OMS A ICD é uma
norma global para dados de
saúde, documentação clínica e
agregação estatística.
ICD
International Classification of Desease

Segundo a OMS A ICD é uma norma


global para dados de saúde,
documentação clínica e agregação
estatística.
Agrega mais de 80.000 conceitos em
17.000 categorias.
ICD
International Classification of Desease

Ver em conjunto com a webapp (notas)


LOINC
International Classification of Desease

´ LOINC é uma linguagem comum,


composta por identificadores, nomes e
códigos) para a identificação de
medições de saúde, observações e
documentos.
[referência](https://loinc.org/get-
started/what-loinc-is/)

´ Geralmente usada nos laboratórios


clínicos.

Webapp em: https://loinc.org/search/


(requer login)
ICF
International Classification of
Functioning

´ Classificação internacional de
Funcionalidade
´ Evolução da ICIDH-2 (classificação de
deficiência)
´ Critérios biomédicos/sociais que estão
na origem dos dois sistemas.
A INFORMÁTICA DA IMAGEM
DICOM - Digital Images and Communications in Medicine
PACS – Picture Archiving and Communications
DICOM
Digital Images and Communications in Medicine
O que é a DICOM?

O DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) é uma


norma ANSI, ISO (ISO 12052) e Europeia para a imagem médica.

Esta norma é gerida pela MITA (Medical and Imaging Technical


Alliance), que é uma divisão da NEMA (Association of Electrical
Equipment and Medical Imaging Manufacturers) -
https://www.dicomstandard.org

A última versão é a DICOM PS3.1 2021b


O que é a DICOM?

Na sua versão atual a norma é composta por 20 partes ativas e 34


Grupos de Trabalho (WG-Working Groups)

Alguns desses grupos de trabalho são:


- Informação Cardíaca e Vascular
- Radiografia e Angiografia
-Medicina Nuclear
- Radioterapia
- Oftalmologia
- Ultrasom
- Mamografia e CAD
- Ressonância magnética
- Investigação e ensaios clínicos
Porquê adotar uma norma para a
imagem médica?

CONFORMIDADE
Como funciona o DICOM

Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


Mapeamento
Mundo Real -> Mundo DICOM
O mapeamento consiste da representação de atributos
do utilizador no mundo real para uma codificação bem
definida pela norma DICOM usando um dicionário
específico e as suas representações de valor (VR).
Do mundo real para o mundo DICOM
Mapeamento
VR (Value Representations)
O que são VR?

Os VR usam texto ou números para representar diferentes


tipos de dados – existem ao todo 27 tipos diferentes de
representação de valores.
Exemplos de VR
para codificação de TEXTO

Nome Definição de Conteúdo Caracteres permitidos Tamanho em


caracteres

CS (Code String) String de caracteres Maiúsculas, 0-9, Máximo de 16


ESPAÇO, underscore

SH (Short string) números de telefone, Máximo de 16


IDs

LT (Long text) Pode conter um ou Máximo de 10240


mais parágrafos

UT (unlimited texto) Semelhante a LT Máximo de 232-2


Exemplos de VR
para codificação de DISPOSITIVOS, PESSOAS e INSTÂNCIAS
Nome Definição de Conteúdo Caracteres Tamanho em
permitidos caracteres
AE (Application Entity) Para identificar o nome de um Máximo de 16
dispositivo (“MyPC-03”)
PN (Person Name) Nome de uma pessoa usando o Máximo de 64
caractere ^ como delimitador
(“PAVAO^JOAO”)
UI (Identificador É usado como identificador 0-9 incluindo o Máximo de 64
Único-UID) único para diversas coisas ponto (.)
Exemplos de VR
para codificação de DATA e TEMPO
Nome Definição de Conteúdo Caracteres permitidos Tamanho em
caracteres
DA (Data) Formato YYYYMMDD (sem 0-9 8
separações). Ex. 20210505 (5 de
maio de 2021)
TM (Tempo) Formato HHMMSS.FRAC (HH de 0-9 incluindo o ponto (.) Máximo de 16
“00”-”23”, MM de “00”-”59”, SS
de “00”-”59” e FRAC é uma
fração de um segundo)
DT (Data Tempo) YYYYMMDDHHMMSS.FFFFFF 0-9 incluindo o ponto (.), + e - Máximo de 26
AS (String de Idade) Formato nnnD ou nnnW ou nnnM 0-9, D, W, M, Y 4
ou nnnY; nnn representa o
número de dias (nnnD), o
número de semanas (nnnW), etc.
Exemplos de VR
para codificação de NÚMEROS no formato de TEXTO

Nome Definição de Conteúdo Caracteres Tamanho em


permitidos caracteres
IS (String de Inteiro) String representando um inteiro. Ex. 0-9, +, - Máximo 12
“-1234567”
DS (String Decimal) String representando números em 0-9, +, -, E, e, . Máximo de 16
decimal e em notação de vírgula
flutuante. Ex. “12345.67” ou “-
3.0e3”
Exemplos de VR
para codificação de NÚMEROS no formato BINÁRIO
Nome Definição de Conteúdo Caracteres Tamanho em
permitidos caracteres
SS (Signed Short) Inteiro COM sinal em binário com 2
16bits de comprimento.
US (Unsigned Short) Inteiro SEM sinal em binário com 2
16bits de comprimento.
SL (Signed Long) Inteiro COM sinal em binário com 4
32bits de comprimento.

(...) Outras
representações de
números
AT (Attribute Tag) Par ordenado de 16 bits (2 bytes) 4
representando inteiros SEM sinal que
é o valor de um Data Element Tag
Exemplos de VR
para codificação de NÚMEROS no formato BINÁRIO

Nome Definição de Conteúdo Caracteres Tamanho em


permitidos caracteres
SQ (Sequence of Items) Sequencia de Items
UN (Unknown) String de bytes onde a codificação
do conteúdo é desconhecida.
PN (PERSON NAME)

O VR para o nome de uma pessoa codifica todo o nome de uma


pessoa. Isto é, não existem campos diferentes para o FIRST NAME,
LAST NAME, etc.
Todo o nome é codificado dentro deste campo único, o que traz
problemas:

Joao^Agostinho^Pavao, também pode ser Pavao^Joao^Agostinho


ou ainda Pavao, Joao^Agostinho CONFUSO!!!

O DICOM recomenda:
NomeFamilia^NomePróprio^NomeMeio^Prefixo^Sufixo

Por exemplo Professor Adélio Ermelindo Machado Júnior

Machado^Adelio^Ermelindo^Professor^Junior
AE (APPLICATION ENTITIES)

A VR AE destina-se a identificar inequivocamente um dispositivo ou


programa DICOM. Não pode haver duas AE iguais no espaço DICOM
nem na rede PACS.

Geralmente as AE usam letras maiúsculas e números (não é


obrigatório mas é a regra geral). Algumas aplicações DICOM só
aceitam mesmo letras maiúsculas e números deixando de fora o
ESPAÇO e outros caracteres.

O DICOM é case sensitive! E portanto “Workstation1” é diferente de


“WORKSTATION1”.
SQ (Sequence Data Sets)

O VR SQ serve para identificar sequências. Como em DICOM os


dados podem estar aninhados uns dentro dos outros, a sequência
serve para identificar essa estrutura. A sequência é identificada por
um sinal “>”

Nome do atributo
Referenced Series Sequence
>Series Instance UID
>Referenced Instance Sequence
>>Referenced SOP Class UID
>>Referenced SOP Instance UID

Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


O DICIONÁRIO DCOM
O dicionário é uma vasta coleção de items, ou
atributos, usados em medicina digital.

Todos esses items vão ser formatados num dos 27


VR.
Para organizar os mais de 2000 items, eles são
agrupados segundo as suas semelhanças, donde
se conclui que qualquer atributo pode ser
identificado por um GRUPO e por uma posição
dentro desse grupo.

Ao par (grupo, elemento) também se chama TAG.

Os elementos classificados por um TAG são, pois os


atributos, a que também se chamam “DICOM
data elements” ou “DICOM elements”.
O DICIONÁRIO DCOM
Exemplos

VM
TAG (Grupo, Elemento) Atributo VR
(Multiplicidade)
Patient PN 1
(0010, 0010)
Name
(0010, 0020) Patient ID LO 1
Patient’s DA 1
(0010, 0030)
Birth Date
(0010, 0040) Patients Sex CS 1
Other PN 1-n
(0010, 1001) Patient
Names
Usando o dicionário para “codificar o
mundo real”

Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


OBJETOS
DICOM
´Representação de objetos
DICOM:

Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)
OBJETOS DICOM

Representação de objetos DICOM:

A frase “O paciente John Smith, masculino, nasceu em 6 de


agosto de 1954”

É codificada como um elemento DICOM:

(0010, 0010)Smith^John(0010,0030)19540806(0010,0040)M

Este é um elemento simples. Mas os objetos do mundo real,


referentes à saúde de um paciente são muito mais complexos.

COMO SÃO REPRESENTADOS?


DICOM Composite Instance IOD Information Model
ENTITY-RELATIONSHIP MODEL
(http://dicom.nema.org/medical/dicom/current/output/html/part03.html#sect_A.1.2)

O IOD – Objetos de Patient

informação DICOM
1
is the subject of
1-n

Study Equipment Frame of Reference

1 1 0-1
spatially
contains creates or temporally
1-n 1-n defines 0-n

Na imagem pode ver-se o Series

Modelo Geral de um Objeto contains


1

de Informação, a partir do SR Document


0-n 0-n
Plan
qual se podem gerar 0-n 0-n

diferentes IOD (Information Presentation State

0-n 0-n
Image

Object Definition) para Raw Data Waveform

diferentes modalidades. Tractography Results


0-n 0-n
Surface

0-n 0-n
Spectroscopy Spatial Fiducials

0-n 0-n
Encapsulated Document Registration

0-n 0-n
Real-World Value Mapping Measurements

0-n 0-n
Content Assessment Result Dose

0-n 0-n
Stereometric Relationship Structure Set

0-n 0-n
Performed Procedure Protocol Treatment Record
O IOD Imagem da CR Patient

1
is the subject of
1-n

Por exemplo: este IOD para


Study Equipment
imagem de Radiologia
Computadorizada (CR) é
derivado do Modelo Geral, 1 1
contains creates
selecionando as partes 1-n 1-n
adequadas.
Cada IOD é composto de IE
(Information Entity), como por Series
exemplo “Paciente”, “Estudo”,
1
“Equipamento”. contains

0-n
Image

CR Image IOD
A.2.2 CR Image IOD Entity-Relationship Model
Módulos do IOD
Imagem
Para cada IE existem vários
Módulos.
Por exemplo no IE “Patient”
existem 2 Módulos, o
“Patient” e o “Clinical Trial
Subject”.
A cada Módulo
corresponde uma
Referência, que define
atributos do Módulo.
Atributos dos Módulos

Esta tabela
exemplifica os
atributos do módulo
“Paciente”.

Cada atributo é
codificado segundo
uma Data Element
(DE)

Tipo 1: Atributo obrigatório e valor não nulo


Tipo 2: Atributo obrigatório, o valor pode ser nulo
Tipo 3: Opcionais
Tipo 2C: Obrigatoriedade condicional (se ISTO então é obrigatório
Atributos codificados em DEs
Data Set ordem da transmissão
Data Data Data Data Data Data
Element ...
Element Element Element Element Element

Comprim-
Tag VR ento Campo para o Valor
do Valor

campo opcional - depende da


Sintax de Transferência negociada

Cada atributo é codificado segundo uma Data Element (DE).


Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)
Dados compostos ou normalizados

Se um IOD apenas contém dados referentes a UMA ÚNICA


ENTIDADE do mundo real, essa IOD é do tipo NORMALIZADO.

Por exemplo se uma IOD só contém dados referentes à


ENTIDADE do mundo real PACIENTE, é do tipo normalizado.

Se a IOD agrega dados de várias ENTIDADES do mundo real, é


do tipo COMPOSTO (composite).

Por exemplo uma imagem CT tem dados do paciente, dados


do dispositivo de scan e dados da imagem propriamente ditos,
logo é do tipo composto.
Comandos DICOM

O DICOM também tem comandos:

PRINT
STORE
GET
MOVE

Estes comandos servem para movimentar os ficheiros DICOM de,


para e entre Bases de Dados de Imagens.

Estes comandos não têm nome específico, como são


codificados?
Através de TAGs reservadas pertencentes ao grupo 0000.

Por isso o grupo 0000 não pertence ao dicionário


DIMSE – DICOM Message Service Elements
O DICOM É DINÂMICO!

O DICOM não serve apenas para codificar dados de um determinado


exame, de um determinado paciente.

Também consegue transferir esses dados (contidos nos IOD) para


impressoras, bases de dados ou outros dispositivos.

Este dinamismo aparece no DICOM sob a forma de SERVIÇOS de


mensagens.
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM

As mensagens ou COMANDOS estão definidos no DICOM e


agrupados no grupo 0000.

Há serviços que implicam enviar um comando e um conteúdo – por


exemplo ARMAZENAR (STORE) um IOD.

Se for este o caso o IOD a armazenar tem que fazer parte do pedido.

Para este efeito, há um campo (DATA SET TYPE) no fim de cada objeto
de serviço que diz se este serviço usa ou não um IOD em anexo.
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM

Adaptado de Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


DIMSE
Serviço de mensagens DICOM

DIMSE-C: Se os serviços DIMSE são dados compostos


são do tipo C (composite).

DIMSE-N: Se os serviços DIMSE são dados normalizados,


são do tipo N (normal).

Geralmente a letra C e N são prefixos dos comandos para


facilitar a sua interpretação imediata quanto à existência
ou não de composições. Por exemplo:

C-Store – comando “Store”, dados compostos


C-Echo – comando “Echo”, dados compostos
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM

Há também sufixos que se usam nos comandos: Rq


(request) e Rsp (response).

Então a nomenclatura dos comandos é:

prefixo-comando-sufixo

Exemplos:

C-Store-Rq (comando Store, composto, pedido de serviço)


C-Store-Rsp (comando Store, composto, resposta a um
pedido de serviço)
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM
DIMSE
Exemplo: serviço C-ECHO
Serviço usado para verificar a ligação entre duas AE.
É composto por duas mensagens, ou comandos:

C-Echo-Rq e C-Echo-Rsp

Este comando assegura que as entidades DICOM estão


ligadas. O significa isto?

Que há EFETIVAMENTE uma ligação DICOM entre as AE e


não apenas uma ligação física ou de rede (TCP/IP).
DIMSE
Serviço de mensagens DICOM
DIMSE
Exemplo:
serviço C-
ECHO
Estrutura da mensagem C-Echo-Rq

In Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


DIMSE
Exemplo:
serviço C-
ECHO
Estrutura da mensagem C-Echo-Rsp

In Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)


DIMSE
SOP (Service-Object Pair)
Modelo de Comunicação

Mensagens (DIMSE/OSI)

Imagens médicas Entidade


e informação Aplicação Web (HTTP/WEB)
relacionada
DICOM

Media (Serviço bás. de fich.)


Imagens médicas
e informação
relacionada

Modelo de Entidade de Aplicação DICOM

Comunicação Service Class Specifications

Information Objects Definitions

Dataset Structure and Encoding - Data Dictionary

Message Exchange Web Services Media Interchange

BOUNDARY: BOUNDARY: BOUNDARY:


DICOM Upper Layer Service DICOM – HTTP DICOM Basic File Service

Security Layer
DICOM Upper Layer HTTP
(Optional)

Physical Media and File Formats


Security Layer Security Layer
(Optional) (Optional) <FILE>
<FIELD>
.
.
.
TCP/IP Transport Layer TCP/IP Transport Layer </FIELD>
</FILE>

Network Exchange Network Exchange Media Storage Interchange


On-Line Communication On-Line Communication Off-Line Communication
Informação contida num ficheiro
DICOM
Há 3 tipos de informação que estão presentes num ficheiro DICOM:

• Dados de imagem, raw ou comprimida;

• Identificação do paciente e respetivos dados demográficos;

• Informação técnica sobre o exame, série, slice/imagem;


Formatos de ficheiros DICOM

Há 3 tipos básicos de formatos:

• Formato fixo, com o mesmo layout em cada ficheiro;

• Formato em bloco, onde o cabeçalho contém apontadores para a


informação;

• Formato baseado em etiquetas (tag) em que cada item contém o seu


próprio comprimento
Para que serve o DICOM?

O DICOM serve para:

• Produzir...
• Armazenar...
• Mostrar...
• Enviar...
• Procurar...
• Processar...
• Recuperar...
• Imprimir...

Imagens médicas e respetivas estruturas documentais, assim como gerir o


seu fluxo de trabalho.
Quem precisa da DICOM?

Médicos:
os médicos têm um melhor acesso às imagens e aos relatórios,
permitindo-lhes efetuar diagnósticos mais rápidos e de qualquer
lugar.
Quem precisa da DICOM?

Os pacientes podem obter cuidados de saúde mais rápidos e


mais efetivos quando é usado o DICOM para enviar informação
através da rede hospitalar.
Quem precisa da DICOM?

Hospitais, clínicas, centros de imagens e especialistas podem


adquirir material com base nas normas DICOM de maneira a ter
a certeza que as suas ferramentas trabalham em conjunto
independentemente dos fabricantes
Quem precisa da DICOM?

Os fabricantes de equipamento de imagem (CT, MR, Ultrasom,


etc.), de sistemas de informação de imagem (HIS, RIS, PACS) e os
seus periféricos (workstations, impressoras 3D, drives CD, etc)
podem ter a certeza de que os seus equipamentos são
compatíveis em todas as instalações
Quem precisa da DICOM?

Os investidores beneficiam de um serviço mais rápido e efetivo a


custos potencialmente mais baixos.
Aspetos de Segurança

Sendo a norma DICOM uma norma antiga (final dos anos 80 do séc XX)
importa questionar a sua capacidade de manter seguros e privados os
dados.

Como reage a norma às novas ameaças na cibersegurança?

A norma remete para a sua implementação estas questões de


segurança. Implementação das aplicações DICOM e implementação em
termos de instalação no terreno e integração noutros sistemas.
Aspetos de Segurança
Já desde 1999 a norma inclui opções para encriptar e proteger os dados
em circulação na rede.

Esta ação foi tomada porque a HIPAA assim o decidiu, e não porque
estivesse a haver alguma preocupação em relação à norma.

Em 2001 a DICOM passou a ter uma encriptação CMS (cryptographic


Message Syntax), descrevendo que partes da informação sensível de um
objeto DICOM podem ser encriptados para salvaguarda da informação.

Este é um tipo de segurança que atua no objeto, sendo por isso


permanente, e não apenas durante a circulação do mesmo na rede.

A definição da encriptação DENTRO de um objeto DICOM faz parte da


norma, no entanto a encriptação de TODO o objeto não faz, mas a
norma aponta para soluções que se adaptam bem a esta tarefa.
Mecanismos de Segurança
A maioria dos objetos DICOM contém informação sobre imagens e dados
demográficos relativos ao paciente, que importa proteger.

A encriptação é uma maneira de atingir este fim e manter a


confidencialidade dos dados.

No contexto da norma como um todo, a DICOM apenas define como


usar a encriptação, mas não a exige, apenas facilita a aplicação da
encriptação.

Para tal fez várias modificações que facilitam a sua aplicação, incluindo a
encriptação dos objetos DICOM (porque estes sim, fazem parte da
norma) e a definição da encriptação com o fim de circulação na rede.
Mecanismos de Segurança

• Para enviar por email, o DICOM define como encriptar os ficheiros


usando o CMS

• Quando os dados são transferidos pelos métodos tradicionais


(protocolo DIMSE), a DICOM como usar uma ligação encrostada TLS.

• Quando os objetos são enviados usando a web (DICOM web services)


a DICOM define como usar as interfaces encriptadas HTTPS
Mecanismos de Segurança

Já se afirmou que a segurança não é um aspecto que deve fazer parte


do contexto da DICOM.

Quando, e se se aplicar, uma política de segurança é da


responsabilidade do hospital e uma opção do vendedor do serviço.

Quer o hospital ou o vendedor não apliquem alguma medida de


segurança, o hospital pode sempre definir que o acesso aos objetos
DICOM só pode ser feito através de uma VPN, com os Objetos DICOM
desprotegidos. Esta prática não é aconselhada.
PACS
Picture Archiving and Communications
Porquê o PACS?

Se já há máquinas para adquirir imagens médicas e para as enviar de


um modo seguro para os médicos e pacientes através da rede,
baseadas na norma DICOM, qual a necessidade de haver mais um
sistema de gestão de imagem?

A resposta está em que num ambiente hospitalar é necessária uma


gestão mais eficaz, não só da imagem em si, mas também da gestão
do fluxo dessa imagem, integrando médicos prescritores e relatores,
pacientes, técnicos, e, também as máquinas produtoras de imagens
DICOM.
Radiologia antes do PACS
Arquitetura geral de um PACS
Tipos de arquitetura PACS

Há três tipos básicos de arquitetura:

• Stand-alone
• Cliente-servidor
• Baseadas na Web
Arquitetura PACS: Stand-alone (thick cliente model)

• As imagens são
automaticamente
enviadas pelo SERVER
para as WS designadas
para fazer o diagnóstico e
a revisão.

• As WS podem também
aceder às imagens em
arquivo no SERVER.

• As WS têm capacidade
de armazenamento
temporário em cache
Arquitetura PACS: Cliente-servidor (thin-cliente)
• As imagens são arquivadas
centralmente no PACS
SERVER

• A partir de uma única


worklist do cliente a WS
tem uma lista de trabalhos
completa de todos os
exames onde um utilizador
seleciona o paciente e as
imagens via o PACS
SERVER

• As WS não têm cache


local, as imagens são
descartadas depois de
serem lidas
Arquitetura PACS: Baseadas na web

• Basicamente a mesma arquitetura do modelo Cliente-Servidor.

• Vantagens em relação ao modelo Cliente-Servidor:

• A estação de trabalho pode ser de qualquer tipo de plataforma e


sistema operativo, desde que seja suportado um browser web.
• O sistema é independente do local de trabalho.
Teleradiologia: não é o mesmo
que o PACS?
Os sistemas tradicionais de Teleradiologia limitam-se a ter uma gestão
centralizada (o centro de teleradiologia), que fornece o
encaminhamento das imagens para os seus pontos finais (Centros
especializados) onde é feita a análise da imagem e os respetivos
relatórios.

O centro de teleradiologia recolhe depois os relatórios e envia-os para


os clientes originais que lhes tinham enviado as imagens para análise.

Faz também a gestão administrativa e financeira. São usados na


maioria por hospitais pequenos que não têm médicos suficientes para
a análise e reporte da imagem, ou nos fim-de-semana ou durante a
noite em que o pessoal especializado é mais escasso.
Integração de um Centro de
Teleradiologia num PACS
PACS empresarial
Normas e tecnologias envolvidas
tipicamente num PACS

Sistemas operativos das estações de trabalho:


UNIX (com X) e/ou Windows

Linguagens de programação
C/C++, JAVA, XML, SQL

Protocolos de comunicação
TCP/IP (transporte e rede), HL7 (sistema de mensagens)
Interoperabilidade
IHE
Integrating Healthcare Enterprise
Perfil de integração SWF do technical
Framework de Radiologia
Conformidade: declaração de integração
Conceitos

• Technical Framework
• Planeamento
• Executa soluções: estabelece perfis
• Conect-a-thon
• Perfil de integração
• Atores: não são pessoas, são funcionalidades
• Transações: ações
Exemplo: perfil Scheduled Workflow

Diagrama do perfil Scheduled Workflow


https://www.ihe.net/uploadedFiles/Documents/Radiology/IHE_RAD_TF_Vol1.pdf
Exemplo: perfil Scheduled Workflow

Relação entre Atores e Transações no perfil Scheduled


Workflow (https://www.ihe.net/uploadedFiles/Document
s/Radiology/IHE_RAD_TF_Vol1.pdf
Exemplo: perfil Scheduled Workflow

Diagrama de fluxo do processo administrativo no perfil


Scheduled Workflow
Exemplo: perfil Scheduled Workflow

Diagrama E/R do Sistema de informação que suporta


no perfil Scheduled Workflow (excerto)

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