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FÍSICA GERAL

Física Geral

A física é uma ciência de fundamental importância para a humanidade, sendo ela estudada tanto por
meio de teorias como por experimentos. Para a teorização da física, conhecimentos matemáticos e de
cálculo são fundamentais.

Por outro lado, a experimentação exige ainda mais prática – já que a partir dela novas leis e fenômenos
podem ser estabelecidos. Para resumir, devemos destacar que a física pode ser separada entre física
clássica e física moderna.

A física clássica é aquela que engloba conhecimentos e teorias desenvolvidas até o final do século 19
(XIX). Sendo assim, os princípios de termodinâmica, mecânica ondulatória, mecânica clássica e eletro-
magnetismo se enquadram neste “tipo” de física.

Já a física moderna abrange conceitos e conhecimentos desenvolvidos a partir do século 20 (XX).


Sendo assim, os conceitos de relatividade, física quântica e física experimental são estudados pelos
físicos ‘modernistas’.

Entre as principais teorias da física geral podemos destacar: mecânica clássica, relatividade (o que
engloba os conceitos de gravidade e relação entre o tempo e espaço), mecânica quântica e eletromag-
netismo (baseado no estudo do magnetismo e da eletricidade).

A Física Geral também pode ser dividida em 5 principais campos, sendo eles:
1. Física Acústica (que engloba estudos e pesquisas sobre a relação entre o som e a física);
2. Física Mecânica (estudo sobre os movimentos);
3. Eletricidade;
4. Física Óptica (que estuda a luz e seus efeitos);
5. Física Nuclear (que estuda tanto a matéria como seus variados núcleos).

Resumo Física Geral – principais campos de estudo da ciência

Como você já deve ter notado, o campo de pesquisa e de estudo da física é amplo. Não à toa, e assim
como também vemos em outras ciências, a física conta com algumas ‘divisões’ de estudo, que tem
como principal objetivo facilitar a compreensão de seus conceitos e cálculos.

A seguir, confira quais são os principais campos de estudo da Física Geral.

Física Mecânica

A física mecânica é de extrema importância uma vez que ela é a base para a compreensão de uma
série de estudos físicos.

Por meio dela, compreendemos os movimentos, as causas para que eles ocorram, a interação entre
diferentes corpos e até mesmo conceitos como: movimento de corpos ‘celestes’, pressão e trabalho de
uma força.

Calor e termodinâmica

Já essa área da física nos permite compreender uma série de procedimentos térmicos comuns em
nosso dia a dia: como a queima de combustíveis fósseis, o cozimento e a própria medição climática.

Entre os principais conceitos estudados pela termodinâmica podemos destacar: estudo de gases, leis
e escalas da termodinâmica, principais equipamentos e máquinas térmicas e a diferença conceitual e
prática entre temperatura e calor.

Óptica geométrica e movimentos ondulatórios

Esses estudos da física também visam responder a algumas questões que podemos ter dúvidas no dia
a dia. Você sabe, por exemplo, como funcionam as ondas sonoras ou como a imagem do arco íris é
projetada?

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Pois é. Entre os principais estudos deste ramo da física destacamos: luz e sua propagação; fenômenos
de reflexão, difração e refração de ondas; ondas sonoras; espelhos e movimentação das ondas e assim
por diante.

Magnetismo e eletricidade

O segmento da física responsável pelo estudo de eletricidade e magnetismo é, certamente, um dos


mais amplos da física geral. Essa área da física se dedica a estudar os fenômenos magnéticos e elé-
tricos tão comuns em nosso cotidiano.

É por meio dessa área da física que compreendemos como funcionam os circuitos elétricos, as lâmpa-
das, o chuveiro quente ou até mesmo os geradores de eletricidade.

E diferentemente do que você pode estar imaginando, magnetismo e eletricidade têm muito em comum
– motivo pelo qual dificilmente são estudados em sua particularidade. Entre os principais estudos deste
ramo da física geral podemos destacar:

Corrente elétrica, carga elétrica e seus diferenciados movimentos;

Diferentes procedimentos de eletrização;

Conceito e utilização de circuitos elétricos e seus elementos, assim como o capacitor ou resistor;

Fenômenos do tipo magnéticos, como é o caso da indução eletromagnética, por exemplo.

Por fim, informamos que por mais que a física geral se ‘divida’ em vários ramos, dificilmente eles são
individualizados. Sendo assim, em praticamente todos os casos de estudos um assunto está relacio-
nado a outro.

Ao estudar os movimentos ondulatórios, por exemplo, podemos nos deparar com conceitos de magne-
tismo e eletricidade. Além disso, vale destacar que quase todos os fenômenos da física são compre-
endidos após o estudo da física mecânica.

Física (do grego antigo: φύσις physis "natureza") é a ciência que estuda a natureza e seus fenôme-
nos em seus aspectos gerais. Analisa suas relações e propriedades, além de descrever e explicar a
maior parte de suas consequências. Busca a compreensão científica dos comportamentos naturais e
gerais do mundo em nosso torno, desde as partículas elementares até o universo como um todo. Com
o amparo do método científico e da lógica, e tendo a matemática como linguagem natural, esta ciência
descreve a natureza através de modelos científicos.

É considerada a ciência fundamental, sinônimo de ciência natural: as ciências naturais, como a quí-
mica e a biologia, têm raízes na física. Sua presença no cotidiano é muito ampla, sendo praticamente
impossível uma completíssima descrição dos fenômenos físicos em nossa volta. A aplicação da física
para o benefício humano contribuiu de uma forma inestimável para o desenvolvimento de toda a tec-
nologia moderna, desde o automóvel até os computadores quânticos.[nota 1]

Historicamente, a afirmação da física como ciência moderna está intimamente ligada ao desenvolvi-
mento da mecânica, que tem como pilares principais de estudo a energia mecânica e os momentos li-
near e angular, suas conservações e variações. Desde o fim da Idade Média havia a necessidade de
se entender a mecânica, e os conhecimentos da época, sobretudo aristotélicos, já não eram mais sufi-
cientes. Galileu centrou seus estudos nos projéteis, pêndulos e movimentos dos planetas; Isaac New-
ton, mais tarde, elaborou os princípios fundamentais da dinâmica ao publicar suas leis e a gravitação
universal em seu livro Principia, que se tornou a obra científica mais influente de todos os tempos.

A termodinâmica, que estuda as causas e os efeitos de mudanças na temperatura, pressão e vo-


lume em escala macroscópica, teve sua origem na invenção das máquinas térmicas durante o século
XVIII. Seus estudos levaram à generalização do conceito de energia. A ligação da eletricidade, que
estuda cargas elétricas, com o magnetismo, que é o estudo das propriedades relacionadas aos ímãs,
foi percebida apenas no início do século XIX por Hans Christian Ørsted. As descrições físicas e mate-
máticas da eletricidade e magnetismo foram unificadas por James Clerk Maxwell. A partir de então,
estas duas áreas, juntamente com a óptica, passaram a ser tratadas como visões diferentes do mesmo
fenômeno físico, o eletromagnetismo.

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No início do século XX, a incapacidade da descrição e explicação de certos fenômenos observados,


como o efeito fotoelétrico, levantou a necessidade de abrir novos horizontes para a física. Albert Eins-
tein publicou a teoria da relatividade geral em 1915, propondo a constância da velocidade da luz e suas
consequências até então inimagináveis. A teoria da relatividade de Einstein leva a um dos princípios
de conservação mais importantes da física, a relação entre massa e energia, geralmente expressa pela
famosa equação E=mc².

A relatividade geral também unifica os conceitos de espaço e tempo: a gravidade é apenas uma con-
sequência da deformação do espaço-tempo causado pela presença de massa. Max Planck, ao estudar
a radiação de corpo negro, foi forçado a concluir que a energia está dividida em "pacotes", conhecidos
como quanta.

Einstein demonstrou fisicamente as ideias de Planck, fixando as primeiras raízes da mecânica quântica.
O desenvolvimento da teoria quântica de campos trouxe uma nova visão da mecânica das forças fun-
damentais. O surgimento da eletro e cromodinâmica quânticas e a posterior unificação do eletromag-
netismo com a força fraca a altas energias são a base do modelo padrão, a principal teoria de partículas
subatômicas, capaz de descrever a maioria dos fenômenos da escala microscópica que afetam as
principais áreas da física.

A física é uma ciência significativa e influente e suas evoluções são frequentemente traduzidas no
desenvolvimento de novas tecnologias. O avanço nos conhecimentos em eletromagnetismo permitiu o
desenvolvimento de tecnologias que certamente influenciam o cotidiano da sociedade moderna: o do-
mínio da energia elétrica permitiu o desenvolvimento e construção dos aparelhos elétricos; o domínio
sobre as radiações eletromagnéticas e o controle refinado das correntes elétricas permitiu o surgimento
da eletrônica e o consequente desenvolvimento das telecomunicações globais e da informática.

O desenvolvimento dos conhecimentos em termodinâmica permitiu que o transporte deixasse de ser


dependente da força animal ou humana graças ao advento dos motores térmicos, que também impul-
sionou toda uma Revolução Industrial. Nada disso seria possível, entretanto, sem o desenvolvimento
da mecânica, que tem suas raízes ligadas ao próprio desenvolvimento da física. Porém, como qualquer
outra ciência, a física não é estática.

Físicos ainda trabalham para conseguir resolver problemas de ordem teórica, como a "catástrofe do
vácuo",[3] gravitação quântica, termodinâmica de buracos negros,[4] dimensões suplementares,[5] fle-
cha do tempo, inflação cósmica[6] e o mecanismo de Higgs.[7] Ainda existem fenômenos observados
empiricamente e experimentalmente que ainda carecem de explicações científicas, como a possível
existência da matéria escura,[8] raios cósmicos com energias teoricamente muito altas[9] e até mesmo
observações cotidianas como a turbulência.

Para tal, equipamentos sofisticadíssimos foram construídos, como o Large Hadron Collider, o
maior acelerador de partículas já construído do mundo, situado na Organização Europeia para a Inves-
tigação Nuclear (CERN).

As pessoas, desde a Antiguidade, estavam conscientes da regularidade da Natureza.[10] Desde tem-


pos remotos sabia-se que o ciclo lunar era de aproximadamente 28 dias, e que os objetos, na ausência
de suporte, caíam.[11] Inicialmente, tentaram explicar tais regularidades usando a metafísica e a mito-
logia; tais regularidades eram obras de deuses e deusas, que controlavam o mundo ao seu bel prazer.

Entretanto, a física, conhecida desde a antiguidade até o século XVIII como filosofia natural, iniciou-se
como uma tentativa de se obter explicações racionais para os fenômenos naturais, evitando-se sobre-
maneira as infiltrações religiosas ou mágicas.[13]

Povos de diferentes partes da Terra começaram a desenvolver ciência, sempre em torno da filosofia
natural, em épocas e com ênfases diferentes.[13] Os Indianos já refletiam sobre questões físicas desde
o terceiro milênio antes de Cristo.[14] Entre o nono e o sexto século a.C. os filósofos indianos já defen-
diam o heliocentrismo e o atomismo.

No quarto século a.C., os chineses já haviam enunciado o que é conhecido hoje como a Primeira lei de
Newton.[15] No primeiro século a.C. os povos maias já haviam elaborado a noção de zero, antes
mesmo dos europeus.

Desenvolvimento da mecânica, termodinâmica e eletromagnetismo

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Após Galileu, Isaac Newton foi um dos cientistas mais importantes para o desenvolvimento da mecâ-
nica clássica.[44] Suas três leis serviram de base para toda a mecânica até o início do século
XX.[45] Sua mecânica tornou-se modelo para a construção de teorias científicas futuras.[46] Em seu
livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, considerado a publicação mais influente de toda a
história,[47] descreveu a universalidade de suas leis[48] e concluiu a primeira grande unificação da
História da física, já iniciada por Galileu, ao unir Céus e Terra sob as mesmas leis físicas, a gravitação
universal.[49]

A invenção da máquina a vapor, aprimorada por Thomas Newcomen e James Watt, levou a um grande
interesse científico no estudo do calor.[50] O francês Sadi Carnot, já no século XIX, formulou as bases
para o entendimento de máquinas térmicas.[51] Joseph Black começou a quantificar o calor através da
medida da capacidade térmica das substâncias.[52] James Prescott Joule estabeleceu uma equivalên-
cia numérica entre trabalho e calor e mostrou que o calor produzido por uma corrente elétrica I em um
condutor de resistência R era dado por I²R, conhecido atualmente como Lei de Joule.

Os trabalhos de Joule estabeleceram o princípio da conservação da energia,[53] que se tornou a base


para a primeira lei da termodinâmica, formulada por Rudolf Clausius e William Thomson (Lord Kel-
vin).[54] Clausius também formulou o conceito de entropia, que é a base para a segunda lei da termo-
dinâmica.[55] Assim como a mecânica Newtoniana se apoia em três leis fundamentais, as quatro leis
da termodinâmica apoiam todo o conhecimento nesta área.

As forças magnética e elétrica já eram conhecidas desde a antiguidade.[56] Entretanto, o estudo cien-
tífico da eletricidade e do magnetismo foi iniciado no século XVII por William Gilbert, em seu livro De
Magnete.[57] Otto von Guericke produziu o primeiro gerador eletrostático.[58] Pieter van Musschen-
broek construiu a primeira garrafa de Leiden, que acumula cargas elétricas.[58] Alessandro Volta cons-
truiu a primeira pilha voltaica, que podia fornecer uma corrente elétrica contínua.[58]

Benjamin Franklin foi um dos primeiros a propor que os relâmpagos eram uma forma de eletricidade.
Também propôs que as cargas elétricas eram divididas em dois tipos, negativa e positiva, com cargas
elétricas idênticas se repelindo e cargas contrárias se atraindo.[58] Hans Christian Ørsted argumentou
que a corrente elétrica gera magnetismo em torno do fio condutor.[58] André-Marie Ampère forneceu
os primeiros apoios matemáticos para o magnetismo em função da corrente elétrica.[58] Michael Fara-
day postulou que o inverso também era válido, sendo que a variação do campo magnético induz a
geração de corrente elétrica. Faraday elaborou um modelo qualitativo de como as forças elétrica e
magnética agem.

Também elaborou os conceitos de campos magnético e elétrico.[58] James Clerk Maxwell unificou as
teorias elétricas e magnéticas de Ampère, Faraday e de Gauss, resultando no nascimento da teoria
eletromagnética, resumindo matematicamente o trabalho experimental de seus antecessores em qua-
tro equações, conhecidas como as Equações de Maxwell.

Maxwell propôs a existência de ondas eletromagnéticas, e sugeriu que a própria luz seria um exemplo
de onda eletromagnética.[59] A existência de tais ondas foi comprovada por Heinrich Hertz, em 1888,
e a constatação da luz como onda eletromagnética completou outra grande unificação da física, fun-
dindo a eletricidade, o magnetismo e a óptica dentro da teoria eletromagnética.

Física Moderna

No final do século XIX, as teorias clássicas da física estavam firmemente estabelecidas. Restavam aos
físicos realizar medidas mais precisas para as constantes universais e aplicar o conhecimento obtido
em tecnologias vindouras.[61] Os "fenômenos rebeldes" consistiam um problema, embora fosse "uma
questão de tempo" adequá-las às teorias vigentes. Entretanto, tais "fenômenos rebeldes" se tornaram
um imenso desafio para física no final do Século XIX e no início do Século XX.[61]

Entre os "fenômenos rebeldes", destacavam-se a radiação de corpo negro,[61][62] o efeito fotoelé-


trico[61][63] e o espectro de raias dos elementos.[61][64] Max Planck, em 1900, em uma tentativa de
dar suporte matemático à radiação de corpo negro, propôs a tese de que havia uma limitação energé-
tica na vibração dos osciladores causadores da radiação; um oscilador não poderia vibrar com qualquer
energia, mas apenas com algumas energias "demarcadas", ou seja, discretas, sendo que seus valores
seriam múltiplos de números naturais. As regiões discretas de energia ficaram conhecidas
como quanta de energia.

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A energia desses quanta seria dada pelo produto de um número natural pela frequência e por uma
constante universal, que ficou conhecida como a constante de Planck.[61]

Em 1905, Albert Einstein publica cinco artigos no periódico alemão Annalen der Physik, onde apresenta
ao mundo todo o início da relatividade e da mecânica quântica. Alcançando o mesmo resultado para a
constante de Planck, Einstein explicou também o efeito fotoelétrico e deu argumentações físicas para
a existência dos quanta de energia.

Postulou também que a velocidade da luz é constante em qualquer referencial inercial.[65] Dez anos
mais tarde, Einstein publicou a sua teoria da relatividade geral, estendendo a relatividade para referen-
ciais não-inerciais e para a gravitação.

Em 1924, Louis de Broglie propõe a dualidade onda-partícula para o elétron,[66] e dois anos mais
tarde, Erwin Schrödinger publica a sua equação, que é a base da mecânica quântica moderna.[67] No
ano seguinte, Werner Heisenberg defende que não se pode mensurar a posição e a velocidade de uma
partícula subatômica ao mesmo tempo, estabelecendo o Princípio da Incerteza.[

67] No final da década de 40, Richard Feynman desenvolveu a eletrodinâmica quântica, uma das teo-
rias mais precisas já inventadas pelo homem atualmente. Feynman desenvolveu uma das primeiras te-
orias quânticas de campo[68] e com a idealização e descoberta dos quarks, a cromodinâmica quân-
tica foi elaborada.[69] A eletrodinâmica e a cromodinâmica quântica são as bases de um conjunto de
teorias quânticas de campo chamada de modelo padrão, que descreve três das quatro forças funda-
mentais da Natureza.

Entretanto, o Modelo Padrão não é capaz de descrever a gravitação, alvo de estudos desde o início da
ciência moderna, quando Galileu realizou o experimento da queda livre. A gravitação ainda não tem
um suporte teórico-experimental enraizado pela física moderna sobre a sua verdadeira causa.[71] A re-
latividade geral de Einstein entra em conflito com a mecânica quântica e constitui um dos maiores de-
safios para os Físicos Teóricos e Experimentais atualmente.

A física estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais essenciais e gerais.[73] Analisa
suas relações e propriedades, além de descrever e explicar a maior parte de suas consequências, mas
não a sua totalidade, pois a física não é um objeto pronto e acabado, mas sim uma ciência que busca
obter respostas para os inúmeros problemas em aberto.[74] Tem como pilares fundamentais o estudo
da matéria, energia, espaço e tempo, e deriva destes entes fundamentais e de suas propriedades e
relações todo o vasto escopo da física.

Nesta busca por respostas e generalizações, a física tem o apoio do método científico, um conjunto de
técnicas e procedimentos com o objetivo de tornar científico o conhecimento produzido, que deve ser
validado, corroborado e verificável experimentalmente.[76] Nesse processo há também o apoio da ló-
gica, que permeia o conhecimento produzido e em produção como um conjunto de regras de raciocínio
comum a todos e permite que o conhecimento esteja disponível a todos que queiram compreendê-lo e
utilizá-lo, validando-o desta forma. O uso da lógica implica o uso de sua linguagem e escrita, a mate-
mática. As regularidades encontradas no conhecimento e fundamentadas pela lógica devem ser ex-
pressadas matematicamente, pois os argumentos que as sustentam devem ser corroborados por ou-
tros que também utilizam a mesma lógica para a compreensão do conhecimento.

O escopo da física não se restringe às dimensões, pois tudo o que está contido no Universo é seu
objeto de estudo, desde as partículas elementares que constroem a matéria até as estrelas, galáxias e
o próprio Universo como um todo.[73] Porém, está ciência não é exclusiva na abordagem dos fenôme-
nos naturais, pois suas especificidades e complexidades requerem uma maior atenção de estudo. Os
fenômenos mais restritos são geralmente estudados por outras ciências naturais, como a química e
a biologia. A física, porém, é conhecida como a ciência fundamental por buscar a essência primordial
da natureza e muitas vezes torna-se sinônimo da própria ciência natural.

Constrói modelos científicos que descrevem o funcionamento da natureza e permitem compreender e


prever com a precisão requerida os comportamentos e fenômenos naturais. Porém, tais modelos não
conseguem descrever e explicar a natureza em toda sua complexidade, fato inerente aos limites do
conhecimento humano.[73] Por ser uma ciência com um escopo tão amplo, costuma-se dividi-la em
áreas mais restritas. Tais divisões são históricas e muitas vezes uma área desenvolve-se historica-
mente de forma independente, como a astronomia.

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Historicamente, a afirmação da física como ciência moderna está intimamente ligada ao desenvolvi-
mento da mecânica clássica, pois desde o advento do Renascimento havia a necessidade de se en-
tender os fenômenos físicos relacionados aos movimentos e forças, e os conhecimentos da época, so-
bretudo aristotélicos, já não eram mais suficientes. Este panorama começou a ser superado com os
estudos de Galileu Galilei e finalizado com a publicação científica mais influente de todas as épocas,
o Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, de Isaac Newton.

A termodinâmica teve sua origem na invenção das máquinas térmicas e sua consolidação veio com a
formulação de seus princípios e a generalização do conceito de energia.[81] A ligação da eletrici-
dade com o magnetismo foi percebida apenas no início do século XIX por Hans Christian Ørsted. As
descrições físicas e matemáticas da eletricidade e magnetismo foram unificadas por James Clerk
Maxwell,[59] e a partir de então estas duas áreas, juntamente com a óptica, passaram a ser tratadas
como visões diferentes do mesmo fenômeno físico, o eletromagnetismo.[59] O início do século XX
marca a fronteira entre a física clássica e a física moderna, com as profundas alterações do entendi-
mento científico da época.

A incapacidade da descrição e explicação de certos fenômenos observados levantou a necessidade


de abrir novos horizontes para a física.[82] Albert Einstein publicou a teoria da relatividade geral em
1915 afirmando a constância da velocidade da luz e suas consequências até então imagináveis. Max
Planck, ao estudar a radiação de corpo negro, foi forçado a concluir que a energia está dividida em
"pacotes", conhecidos como quanta. Einstein demonstrou fisicamente as ideias de Planck, fixando as
primeiras raízes da mecânica quântica, a física que descreve e explica fenômenos de dimensões su-
batômicas.[65] Mesmo estes campos de atuação são muito amplos e são, por sua vez, subdividios em
áreas mais restritas.

Os fenômenos naturais apresentam quase sempre naturezas mais complexas e implicam, portanto, em
investigações mais específicas. Surge, então, a necessidade de outras ciências naturais. Tais ciências
têm necessariamente a física como ponto de partida, mas o estudo completo das complexidades físicas
envolvidas nestes fenômenos torna-se inviável se estas forem abordadas apenas pela física.

Por exemplo, a química se dedica ao estudo da matéria e suas mudanças,[85] enquanto a biologia es-
tuda os seres vivos.[86] Para que o estudo de áreas mais específicas fossem aprofundadas, várias
ciências mais especializadas se separaram da física com o decorrer dos séculos, para formar campos
de estudos autônomos com conhecimentos e metodologias próprios.

Embora a física esteja particularmente preocupada com os aspectos da natureza que possam ser en-
tendidos fundamentalmente na forma de leis ou princípios elementares,[73] o advento destas novas
ciências não removeu da física o seu objetivo original: entender e explicar a estrutura da natureza e
seus fenômenos mesmo em escala de maior complexidade.[73] A teoria da termodinâmica e o conse-
quente desenvolvimento da física estatística é um notório exemplo disto, e conceitos como o de tem-
peratura são indissociáveis ao estudo de qualquer sistema natural, seja complexo ou não.

As divisões clássicas da física foram baseadas em classes gerais de fenômenos naturais para os quais
uma determinada metodologia da física aplica-se de forma comum. Estas divisões ainda são atuais e
tendem a ser usadas cotidianamente. O ensino de física a nível secundário geralmente inicia-se com o
estudo da mecânica clássica, seguindo para termodinâmica e para o eletromagnetismo, embora áreas
como a cosmologia, a óptica e a física moderna também sejam tratadas.[75] Por outro lado, as divisões
ou ramos da física moderna são feitas em acordo com os tipos particulares de estruturas da natureza
com qual cada ramo está preocupado.

Costuma-se também dividir a física em aplicada e pura. Enquanto a física pura busca produzir conhe-
cimentos sobre os princípios mais fundamentais da natureza sem a intenção de produzir conhecimen-
tos práticos imediatos,[91] a física aplicada busca dar resposta a problemas práticos.[91] As engenha-
rias se aproximam da física aplicada quando buscam resolver problemas de ordem prática, como na ae-
ronáutica, computação, automação, mineralogia, eletrônica, fotônica, acústica, biofísica, topogra-
fia, geociências, resistência dos materiais, telecomunicações, hidráulica, metalurgia, entre outras.

Entretanto, as fronteiras entre física pura e aplicada podem não ser claras. Enquanto a biofísica se
preocupa em produzir conhecimentos de como o olho humano reconhece e codifica a luz visível, ten-
tando produzir sensores que possam substituir a retina para aqueles que não são mais ou nunca foram

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capazes de enxergar, produz conhecimentos sobre os comportamentos físicos e biológicos de nano-


partículas sem ainda ter, entretanto, alguma utilidade prática.

A física se preocupa com o estudo da matéria, energia, espaço e tempo, buscando sempre uma maior
precisão e uma maior profundidade no entendimento dos elementos e princípios fundamentais. Tam-
bém tem, contudo, o objetivo de construir uma teoria unificada expressada em linguagem matemática
precisa e corroborada experimentalmente de forma universal, que apresente uma estrutura e um com-
portamento que permitam que seus modelos científicos sejam capazes de descrever e prever os fenô-
menos naturais na maneira mais compreensiva e detalhada possível, sejam estes quais forem.[

Em sintonia com este objetivo, a física está caracterizada por uma instrumentação e medições alta-
mente precisas. Outras ciências naturais estão preocupadas em descrever e relatar os fenômenos em
seus conceitos peculiares restritos às suas próprias disciplinas, mas a física sempre busca entender o
mesmo fenômeno como uma manifestação especial de uma estrutura uniforme e superior da natureza
como um todo.

Física Clássica

A mecânica clássica descreve o movimento de objetos macroscópicos, desde projéteis a partes de má-
quinas, além de corpos celestes, como espaçonaves, planetas, estrelas e galáxias. A mecânica clás-
sica em si também é muito ampla e várias especializações são derivadas dela. Referente aos conceitos
abordados, pode ser dividida em Cinemática, que estuda os movimentos sem se preocupar com suas
causas, a Estática, que aborda sistemas sob ação de forças que se equilibram, e a Dinâmica, que es-
tuda o movimento considerando suas causas, em outras palavras, aborda sistemas sob ação de forças
que não se equilibram.

Surgiu durante a revolução científica, juntamente com a consolidação da física como ciência mo-
derna. Galileu Galilei pode ser considerado o marco inicial da mecânica clássica,[94] mas sua consoli-
dação definitiva veio com a publicação dos Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, de Isaac
Newton, considerada a obra científica mais influente de todos os tempos.[47] Entretanto, em certos
sistemas, a mecânica de Newton passa a ser pouco eficiente para ser usado na resolução de proble-
mas. No final do século XVIII e durante o século XIX a mecânica foi reformulada por Joseph-Louis La-
grange e William Rowan Hamilton, para que abarcasse a resolução analítica de um maior número de
problemas com um ferramental matemático mais refinado.

A mecânica não se limita à análise de partículas discretas, mas estuda também meios contínuos. O mo-
mento de inércia de um disco rígido com centro de rotação coincidente com o seu próprio centro é
diferente de uma partícula isolada que orbita um centro de rotação qualquer.[103] A mecânica de meios
contínuos é a mecânica que aborda o estudo dos materiais de massa contínua, em oposição de mate-
riais de partículas discretas ou isoladas. A mecânica dos fluidos e a Dinâmica de corpo rígido são
exemplos de divisões da mecânica de meios contínuos.

É considerada a divisão base da física, pois as outras divisões são derivadas dela. Seu escopo continua
sendo o estudo dos entes fundamentais da física: espaço, tempo, matéria e energia. De suas relações
e consequências, surgem outros conceitos, como as leis de Newton, posição, dimensão, invariância de
Galileu, velocidade, aceleração, força, torque, momento linear, momento angular, energia mecâ-
nica, trabalho, potência, massa, inércia, momento de inércia, referencial, entre outros.

Eletromagnetismo

O eletromagnetismo é basicamente a unificação da eletricidade, que é o estudo das cargas elétricas,


estáticas ou em movimento, com o magnetismo, que é basicamente o estudo dos ímãs. A luz é uma ra-
diação eletromagnética, e seu campo de estudo, a óptica, também faz parte do eletromagnetismo.

William Gilbert foi o pioneiro no estudo do magnetismo e da eletrostática,[57] parte da eletricidade que
aborda o estudo das propriedades físicas das cargas elétricas estacionárias, em oposição à eletrodi-
nâmica, que estuda a relação da força eletromagnética entre cargas e correntes elétricas. Otto von
Guericke, Benjamin Franklin e Alessandro Volta contribuíram para o desenvolvimento desta área,
mas Hans Christian Ørsted foi o primeiro a perceber, em 1820, a ligação entre o magnetismo e eletrici-
dade, até então áreas independentes e sem conexões. Michael Faraday descobriu a indução eletro-
magnética[58] e James Clerk Maxwell unificou as descrições matemáticas da eletricidade e magne-
tismo em um grupo de quatro equações, conhecidas como Equações de Maxwell.

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Física Moderna

No final do século XIX, permeava no pensamento científico a satisfação de que todos os fenômenos
naturais poderiam ser descritos pela ciência já desenvolvida até então. Restava apenas a conquista de
uma maior precisão do valor das constantes universais e da resolução de alguns "pequenos" proble-
mas. Estes se tornaram uma grande dor de cabeça com o passar dos anos, pois continuariam insolú-
veis. Entre estes fenômenos "problemas" destacam-se a radiação de corpo negro e a catástrofe do ul-
travioleta, o espectro de raias dos elementos e o efeito fotoelétrico. As contribuições iniciais de Max
Planck e sobretudo Albert Einstein abriram novos campos para a explicação destes fenômenos e abri-
ram margens para descobertas e ponderações até então inimagináveis.

Relatividade

Em 1905, Albert Einstein publicou os fundamentos da relatividade restrita, afirmando constância da ve-
locidade da luz em qualquer referencial inercial e postulando que as leis da física são as mesmas para
qualquer referencial. Isso implica efeitos e consequências que não são previstas pela mecânica clás-
sica, como a dilatação do tempo e a contração do comprimento. Dez anos mais tarde Einstein publica
a teoria da relatividade geral, que generaliza, através da equações de campo de Einstein, os efeitos
descritos pela relatividade restrita para referenciais não-inerciais. Também engloba a mais completa
descrição da gravidade disponível atualmente, sendo esta meramente um efeito da curvatura do es-
paço-tempo provocada pela presença de grande quantidade de massa.

Mecânica Quântica

Max Planck, em 1900, durante seus estudos sobre radiação de corpo negro, apresentou uma descrição
matemática do fenômeno que coincidia com os resultados experimentais. Esta descrição tentava fugir
da descrição clássica, que levava ao que foi conhecido como catástrofe do ultravioleta. Nesta descri-
ção, Planck argumentou que a distribuição energética era discreta, não contínua, como na descrição
clássica. Cinco anos mais tarde, Einstein apresentou argumentações físicas para os resultados de
Planck, elucidando também o efeito fotoelétrico. Planck e Einstein fundamentaram os princípios da me-
cânica quântica, que é basicamente a física das dimensões subatômicas. Seu desenvolvimento foi
impulsionado, entre outros, por Niels Bohr, Louis de Broglie, Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger.

A teoria mais precisa elaborada pela ciência é a eletrodinâmica quântica de Richard Feynman, onde é
utilizado as noções da mecânica quântica para a descrição e explicação de campos eletromagnéticos.
Feynman elaborou uma das primeiras e a mais famosa teoria quântica de campos e foi sucedido pela
elaboração da cromodinâmica quântica, a teoria quântica do campo da força forte, que levou à previsão
e a posterior descoberta dos quarks. Após a fusão das descrições da força fraca com o eletromagne-
tismo em altas energias, três das quatro forças fundamentais são descritas por teorias quânticas de
campos. Entretanto, a gravidade ainda não é descrita por nenhuma teoria quântica de campos corro-
borada experimentalmente.[120]

A física moderna não está limitada apenas à relatividade e à mecânica quântica. Destacam-se também
a física das partículas elementares, que estuda as propriedades das partículas elementares que cons-
tituem a matéria; a física nuclear, que estuda as propriedades dos núcleos atômicos; a física atômica e
molecular, que estuda as propriedades físicas da associação dos núcleos e elétrons; a física da matéria
condensada, que aborda o entendimento do comportamento da matéria composta por um grande nú-
mero de átomos; e a física do plasma, que estuda as propriedades da matéria que exibe um grau de
agitação térmica suficiente para que elétrons e núcleos consigam se manter separados (plasma).

A óptica, que é uma área da física ligada ao eletromagnetismo, também tem pilares na Mecânica quân-
tica, pois a luz visível, uma faixa de toda a radiação eletromagnética, exibe propriedades duais: com-
porta-se como ora como partícula ora como onda.[121] As disciplinas físicas da astronomia, como a as-
trofísica, utilizam grandemente a mecânica clássica em seus estudos, mas a relatividade geral encontra
a sua maior aplicação nesta cadeira, especialmente na cosmologia.

A física pura está preocupada com a obtenção do conhecimento básico e preciso, sem se preocupar
com pesquisas que tenham utilidade prática imediata. Almeja a obtenção de conhecimentos para a
resolução de problemas de caráter mais geral, embora não tenha um objetivo bem delineado. Busca
atender demandas exigidas pela própria comunidade científica, como a necessidade de se propor no-
vas teorias para problemas que são insolúveis para a teoria vigente.

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FÍSICA GERAL

Em 1916, Albert Einstein propôs o modelo de emissão estimulada, onde a colisão de um átomo exci-
tado com um fóton de mesma energia provoca a emissão de um fóton idêntico ao primeiro, que se
propaga na mesma direção e sincroniza sua onda com a do estimulador, somando sua intensidade e
aumentando, dessa forma, a intensidade da luz emitida. Este conceito é a base do funcionamento
do laser, que viria a ser inventado apenas em 1960.

A física aplicada é o termo geral para pesquisas em física com objetivo de uso particular. Está associ-
ada à engenharia. Um físico aplicado, que pode ser ou não um engenheiro, está projetando algo em
particular usando a física ou conduzindo uma pesquisa física com o objetivo de desenvolver novas tec-
nologias ou de resolver problemas.

A abordagem é semelhante à abordagem da matemática aplicada. Os físicos aplicados também podem


estar interessados no uso da física para pesquisas científicas no desenvolvimento tecnológico ou em
aplicações práticas, que podem não estar relacionados à própria engenharia. Os cientistas que traba-
lham em um acelerador de partículas buscam desenvolver detectores de partículas mais eficazes para
permitir um maior progresso da física teórica, mas podem estar trabalhando na miniaturização de cir-
cuitos eletrônicos para que a própria tecnologia avance.

A física é muito usada na engenharia.[125] A estática, uma subdisciplina da mecânica, é muito usada
na engenharia civil. A física também pode ser utilizada na interdisciplinaridade em outras ciências, in-
clusive utilizando seus métodos em ciências não-naturais.

Física Teórica E Física Experimental

Uma teoria física é um modelo de eventos físicos, uma aproximação construída por humanos para
descrever a Natureza. É endossado segundo a concordância de suas predições com as observa-
ções empíricas.[130] Uma teoria física também é endossada pela sua habilidade de realizar novas pre-
visões que podem ser verificadas através de novas observações. Uma teoria física difere de um teo-
rema matemático; ambos são baseados em axiomas ou postulados, mas aplicabilidade matemática
não é baseada com a concordância de resultados experimentais. Uma teoria física envolve uma ou
mais relações entre as várias grandezas físicas. Em certas ocasiões, a visão provida por sistemas ma-
temáticos puros podem prover pistas de como um sistema físico deve ser modelado.

Os avanços teóricos existem quando velhos paradigmas são postos de lado; a mecânica Newtoni-
ana foi suplantada pela mecânica relativística, mas a mecânica Newtoniana é um de seus casos parti-
culares.[135] O conjunto de teorias físicas, dentro de um paradigma, é aceito quando é capaz de reali-
zar previsões corretas, embasados pela experimentação, suplantando outro velho conjunto de teorias
físicas que já não é capaz de descrever os novos fenômenos observados. O método científico existe
para testar as consequências de uma teoria física.

A física experimental está preocupada com a aquisição de dados, seus métodos e conceitualizações
detalhados, além da realização de experimentos laboratoriais, em contraste com os experimentos men-
tais. Está preocupada em obter conhecimentos da Natureza, em contraste com a física teórica, que
está preocupada em entender como a Natureza se comporta. Apesar da física experimental e a física
teórica terem objetivos distintos, a física experimental depende da física teórica.

A maioria dos experimentos elaborados pela física experimental têm o propósito de confirmar ou con-
tradizer as conclusões feitas pela física teórica, que, por sua vez, não pode evoluir sem o conhecimento
produzido pela física experimental.

Experimentos podem ser formulados para fornecerem fatos completamente novos sobre sistemas
nunca estudados ou modelados, mas mesmo nestes casos não se pode negar que o ponto de partida
é diretamente influenciado pelas teorias e conhecimentos até a corrente data já produzidos.

Física Estatística

A física estatística tem por objetivo o estudo dos sistemas constituídos por "incontáveis" partículas, tão
numerosas que se torna impraticável a sua descrição através da consideração de cada uma das suas
partículas isoladamente. Tais sistemas não são raros e uma simples amostra de gás confinado em uma
garrafa seria um exemplo. As ferramentas para solução dessa questão residem nos conceitos de pro-
babilidade e de estatística.

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FÍSICA GERAL

Surge, então, um problema filosófico em relação ao questionamento sobre a exata definição de proba-
bilidade. Alguns filósofos sugerem que a probabilidade seja a medida da "ignorância" sobre um número
real.

Entretanto, esta definição é bastante subjetiva e não explica o sentido de probabilidade usada pela fí-
sica estatística ou pela mecânica quântica.

Em termos físicos, a probabilidade ganha um sentido mais concreto. A probabilidade é uma propriedade
intrínseca a alguns processos físicos e não depende do "nível de conhecimento" do físico experimental.
Um átomo pode decair radioativamente sob certa probabilidade entre 0 e 1 e isso não depende da
quantidade de "ignorância" do observador. Isso é fundamental para a própria existência da física esta-
tística, que é a teoria dos processos físicos probabilísticos.

Dentro dos processos probabilísticos está arraigada a noção de entropia, conceito fundamental tam-
bém em termodinâmica. Ludwig Boltzmann propôs que a direção da "flecha do tempo" é determinada
pela entropia.[190] Desde então, os filósofos debatem contra e a favor da tese de Boltzmann. Para
alguns, a entropia, em termodinâmica, não pode ser generalizada para eventos universais.

É necessário que haja determinismo estrito e pontual, inconcebível dentro da mecânica quântica; a
direção do tempo determinado pela entropia não passaria de um ponto de vista metafísico. Entretanto,
outros afirmam que é absolutamente possível conciliar as duas teorias e que a direção do tempo é
realmente determinada pela entropia. A segunda corrente de ideias está grandemente relacionada ao
relacional ismo de Leibniz, onde o tempo existiria apenas se existissem objetos e eventos em constante
complexidade, que pode ser traduzida como a própria entropia.

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