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MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES

FÍSICA
QUEM FEZ ESTA CAPA

E
sta imagem foi criada pelo físico e
artista gráfico Eric J. Heller. Partindo
de um arranjo simples de camadas
azuis, verdes e brancas, Heller apli-
cou deslocamentos verticais e horizontais
para elaborar uma imagem que lembra, de
perto, as misturas turbulentas causadas pelas
ondas do mar. As ondas – sejam elas sono-
ras, luminosas, da matéria, de terremotos, de
rádio ou originais de movimento marinho –
São uma presença constante na natureza. Na
verdade, nossa própria existência depende
da física, das ondas sem a qual não podería-
mos receber a energia do sol.
O que vem por aí...

O que é
Física?
A
Física é uma ciência que se originou das reflexões
dos primeiros filósofos gregos, no século VI a.C..
Esses filósofos se perguntavam sobre a natureza do
universo, isto é, do que seria feito e como se transfor-
mava. A palavra grega para natureza é physis (pronuncia
“físis”), e dela derivou-se a palavra física.
A Física foi se desenvolvendo ao longo dos séculos,
até que, no final do século XIX, parecia ter atingido seu ápice.

GUIA DAS ESPECIALIDADES Muitos cientistas acreditavam que nada mais havia para ser
descoberto. Nessa época, ela podia ser dividida nas seguintes
Clube de Desbravadores /// Volume 10. 2015 áreas: Mecânica, Termologia, Óptica, Ondulatória e Eletromag-
netismo.
FÍSICA
No final do século XIX e início do século XX foram ob-
servados alguns fenômenos que não podem ser explicados
1ª Edição: Disponível em pela Física até então conhecida. Surgiram então duas novas
www.mundodasespecialidades.com.br teorias que explicavam esse fenômeno: A Teoria da Relativida-
Direção Geral: Khelven Klay de Azevedo Lemos de e a Mecânica Quântica. Basicamente, a Teoria da Relativi-
Diagramação e Edição: Khelven Klay de A. Lemos dade é necessária para analisar os movimentos de objetos que
Coord. de Guias das Especialidades: Thomé Duarte tem velocidade muito “grande” (próximo da velocidade da luz),
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie e a Mecânica Quântica é imprescindível para analisar o com-
portamento de objetos muito “pequenos” (como átomos, pró-
Autor: Marcos P. Leitzke
tons e elétrons). Para o estudo de objetos macroscópicos que
Impressão: Servgrafica Editora não se movem com velocidade muito grande, podemos usar a
Física desenvolvida até o século XIX, conhecida como Física
SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES Clássica. A Física desenvolvida no século XX é conhecida co-
Telefones:(84)8778-0532 mo Física Moderna.
E-mail: mundodasespecialidades@hotmail.com O conhecimento dos conceitos relacionados à Física
Site: www.mundodasespecialidades.com pode proporcionar um melhor entendimento dos fenômenos
Facebook: Facebook.com/mundodasespecialidades naturais e das inúmeras aplicações práticas desses conceitos,
quer sejam uma simples lente de aumento, um abridor de gar-
rafa ou o movimento de um projétil, como também podem ser
DIREITOS RESERVADOS: uma complexa usina de energia nuclear, um tomógrafo com-
A reprodução deste material seja de forma total ou putadorizado ou um microscópio eletrônico. Veremos a seguir
parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde vários princípios e conceitos básicos de física, algumas leis,
que seja referenciado o Mundo das Especialidades e teorias e aplicações.
seus autores pela nova autoria ao fim de seu material.
Todos os direitos reservados para Mundo das
Especialidades

UNIÃO LESTE BRASILEIRA


UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MARCOS PAULO LEITZKE
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Natal, RN, Agosto de 2015 Sou membro do Clube de Desbravadores Portadores da Con-
quista da Igreja Central de Guarapari – ES. Sou Estudante de
Engenharia Civil na Universidade Vila Velha e dou aulas parti-
culares de Matemática e de Física. Gosto de ler, estudar, fazer
trekking, jogar vôlei e atividades de camping em geral. Sou
apaixonado pelo Clube de Desbravadores e sonho em partici-
par do maior campori de todos os tempos que acontecerá em
breve, no céu!
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CIÊNCIA E SAÚDE

C
omo já citado na introdução, a
Física Clássica se divide em 5
áreas. Abaixo, procurarei ex-
plicar melhor um pouco de
cada uma dessas áreas.
I. Mecânica – Que estuda os movimen-
tos nos seus mais variados aspectos, desde o
simples movimento de uma bola de futebol chu-
tada por um jogador até os complexos movi-
Quando escrevemos um número em
mentos dos planetas e estrelas.
notação científica é possível conhecer, rapida-
II. Termologia – Como o nome já diz,
mente, sua ordem de grandeza. Voltemos aos
estuda o calor. Ela procura responder a pergun-
exemplos iniciais:
tas do tipo: “O que é o calor?”, “O que muda no
interior de um objeto quando ele esquenta ou
esfria?”, “O que faz com que a água ferva?” e
muitas outras...
III. Óptica – É o estudo da luz. Com ba-
se nesse estudo são construído os óculos, os
binóculos, os microscópios e os grandes teles-
cópios usados na observação dos astros.
IV. Ondulatória – É o estudo das ondas,
cujo exemplo mais familiar são as ondas do
mar. Porém há outros tipos de onda, como o
som, por exemplo
V. Eletromagnetismo – Estuda os fenô-
menos elétricos e magnéticos. Esse estudo ex-
plica o funcionamento de uma série de apare-
lhos que nos rodeia: ferros de passar roupa,
televisores, computadores entre outros.
Para o estudo da física, a matemática é
uma ferramenta essencial. Alguns conceitos
devem ser observados. A Notação Científica
são números muito pequenos e muito grandes
que são freqüentes em estudos científicos e
medições de grandezas, permeando várias
áreas do conhecimento, como Física, Química,
Astronomia, Biologia, Meio Ambiente, etc. Ob-
serve alguns exemplos:

A leitura desses números é facilitada


quando são escritos em notação científica. Basi-
camente, trata-se de escrevê-los como produto
de um número real;

e uma potência de base dez e expoente


inteiro. Observe alguns exemplos:

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GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS

Existem dois tipos de grandezas: as es-


calares e as vetoriais. As escalares são aquelas A
que ficam completamente definidas por apenas
um número real (acompanhado de uma unida-
de adequada). Comprimento, área, volume,
massa, temperatura, densidade, são exemplos
de grandezas escalares. Assim, quando dize-
mos que uma mesa tem de comprimento ou
que a temperatura é de , estamos determinan-
do perfeitamente estas grandezas.
Existem, no entanto, grandezas que não B
ficam completamente definidas pelo seu módu-
lo, ou seja, pelo número com que sua unidade
corresponde. Falamos das grandezas vetoriais,
que para serem perfeitamente caracterizadas Agora vamos a um exemplo. Considere-
necessitam conhecer seu módulo (ou compri- mos um avião com uma velocidade constante
mento ou intensidade), direção e sentido. Velo- de , deslocando-se para o nordeste, sob um
cidade, aceleração, força, são exemplos de ângulo de 40º (na navegação aérea, as dire-
grandezas vetoriais. ções são dadas pelo ângulo considerado a par-
tir do norte (N), em sentido horário). Esta gran-
Antes de apresentar um exemplo mais
palpável de grandeza vetorial, precisamos ter deza (velocidade) seria representada por um
bem presente as idéias de direção e sentido. A segmento orientado (uma flecha – Figura 2),
figura (a) apresenta três retas. A reta determi- sendo o seu módulo dado pelo comprimento
na, ou define, uma direção. A reta determina do segmento (no caso,4cm , e cada 1cm cor-
outra direção, diferente da direção de . Já a re- responde a 100km/h), com a direção e o senti-
ta , por ser paralela a , possui a mesma direção do definidos pelo ângulo de 40º. O sentido será
de . Assim a noção de direção é dada por uma indicado por uma seta na extremidade superior
reta e por todas as que lhe são paralelas. Quer do segmento. Observemos que no caso do
dizer, retas paralelas têm a mesma direção. ângulo ser 220º (40º + 180º), a direção conti-
nua sendo a mesma, porém, o sentido é opos-
Na figura (b) a direção é definida pela
reta que passa pelos pontos A e B. O desloca-
mento de uma pessoa nessa mesma direção
pode ser feito de duas maneiras: no sentido de
A para B ou no sentido contrário, de B para A.
Portanto, a cada direção podemos associar
sentidos. Fica claro então que só podemos falar
em “sentidos iguais” ou em “sentidos contrá-
rios” caso estejamos numa mesma direção. (ver
ao lado)

Na física, quando uma grandeza é vetori- Notação Sigma: Um somatório é um opera-


al, representamos com uma letra com uma seta dor matemático que nos permite representar
acima do símbolo. Na equação acima facilmente somas de um grande número de
(somatório das forças é igual ao produto da termos, até infinitos. É representado com a
massa pela aceleração), a força e a aceleração letra grega sigma
são grandezas vetoriais, enquanto a massa, é
uma grandeza escalar.

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CIÊNCIA E SAÚDE
MÉTODO CIENTÍFICO

Uma das metas da Física é observar e


entender regularidade dos fenômenos naturais.
Por regularidade, se entende aqueles fenôme- Observação:
nos que são repetitivos, reprodutíveis e previsí-
veis.
 Sistemática
Todos sabem que se jogarmos uma pe-
 Controlada
dra na água, ela afunda. Se jogarmos uma cor-
tiça, ela flutua. Sabemos que a Terra descreve
movimentos ao redor do Sol num movimento
específico. Essas, são manifestações da nature- Fatos:
za que se repetem e que podem ser previstas.
Por traz de cada regularidade, existe sem-
 Verificável
pre uma lei física que previu ou que descreveu
essas regularidades.
Quem rege a elaboração ou obtenção de
uma lei física é o método científico.
Hipóteses:
 Testável
 Falseáveis

COMO FUNCIONA

Teoria científica
Conjunto indispensável de
todos os fatos e hipóteses,
harmônicos entre si

Explicações Experimentos:
Conclusões
previsões  Novas Observações Novos fatos
 Análise lógica

Os resultados são
Reciclar condizentes com a
hipóteses não teoria? sim

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 Sistema Internacional de Unidades:  Matéria: É tudo o que tem massa e ocupa


Existem 7 grandezas fundamentais das quais lugar no espaço e, por tanto, tem volume.
todas as demais são derivadas. Elas descrevem  Massa: A massa é a magnitude física que
toda a ciência conhecida. Veja abaixo, na tabe- permite exprimir a quantidade de matéria conti-
la, essas grandezas: da num corpo.
 Força: qualquer agente externo que modifi-
ca o estado de movimento de um corpo livre
ou causa deformação num corpo fixo. Matema-
ticamente, a força é o produto da massa pela
aceleração. A unidade de força é o Newton.

Observação: Como uma notação pessoal usa-


rei os colchetes, [ ], para simbolizar a extração
Alguns exemplos grandezas derivadas são: das unidades das grandezas em seu interior.
Velocidade = Espaço/Tempo
Aceleração = Velocidade/Tempo  Força Peso (força gravitacional): É o re-
Força = Massa X Aceleração sultado da interação da massa com a acelera-
Energia = Força X Deslocamento ção da gravidade.

 Prefixos: são multiplicadores (potências de


10) empregados para abreviar a anotação de

 Atrito: É uma força contrária à tendência do


movimento que é resultante da interação entre
as superfícies de dois corpos. Exemplo: Tente
arrastar um bloco de concreto sobre uma su-
perfície bem lisa (como uma chapa de aço po-
lida ou num piso de cerâmica encerado) de-
pois sobre uma superfície rugosa (áspera) co-
mo o asfalto. O que você notou?
Como você acaba de notar, quanto mai-
or a rugosidade dos dois corpos, mais força é
necessária para realizar o movimento. Parte da
força foi dissipada (ou empregada) para ven-
cer a força de atrito.

 Inércia: Inércia é a tendência que um corpo


uma grandeza. Exemplo: possui em manter-se em um dos estado inerci-
Prefixos mais usados ais. Estados Inerciais, por sua vez, caracteri-
zam por terem aceleração nula . Ou seja, ou o
Agora que já aprendemos o básico, vamos en- corpo está em repouso ( ou ele tem a velocida-
trar na física propriamente dita. Vamos a alguns de constante
conceitos:

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 O Trabalho é definido como a energia trans-


ferida para um corpo devido a aplicação de
uma força que age sobre o corpo.
Considere um bloco sobre uma superfí-
cie plana, inicialmente em repouso, o qual se
deseja mover para a direita por uma distancia .
A ação de uma força (F) sobre um corpo pro-
duzindo um deslocamento (d), é chamada de
trabalho.

O Trabalho é a energia transferida para


um objeto ou de um objeto através de uma for-
ça que age sobre o objeto. Quando a energia é
transferida para o objeto, o trabalho é positivo;
quando a energia é transferida do objeto, o
trabalho é negativo.

Tanto a força como o deslocamento são


grandezas vetoriais, de uma forma mais geral:

Se você não ainda não estudou em trigono-


Observe que apenas a força paralela ao metria o ciclo trigonométrico e ainda não sa-
deslocamento pode realizar o trabalho requeri- be (ou não se lembra) o que é seno e cosse-
do. Logo no, faça uma pesquisa sobre “ciclo trigono-
métrico”.

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 Energia: definir energia não é algo trivial e


alguns autores chegam a argumentar que
“a ciência não é capaz de definir energia, ao
menos como um conceito independente”. En-
tretanto, vou utilizar algumas ilustrações para
dar uma definição bem intuitiva e pouco rigoro-
sa. Alguns exemplos podem ser dados como:
Bola de Basquete quicando ou um carro em
movimento
Aquecer, movimentar um objeto, quebrar
ou amassar um corpo, levantar um peso são
exemplos de trabalho. Para realizar qualquer Bola de Basquete quicando
trabalho, é necessário o uso da energia. Por-
tanto, a energia é o que permite realizar qual-
quer tipo de trabalho. O homem não cria ener- = Independe do caminho
gia, apenas transforma um tipo de energia em
outro para poder aproveitá-la. Existem várias
formas de energia... Vejamos algumas formas
na mecânica:

 Energia Cinética: A energia cinética (K) é a


energia que está relacionada com o estado de
movimento de um corpo. Este tipo de energia
é uma grandeza escalar que depende
da massa (m) e do módulo da velocidade (v)
do corpo em questão. Quanto maior o módulo
da velocidade do corpo, maior é a energia ci-
nética. Quando o corpo está em repouso, ou
seja, o módulo da velocidade é nulo, a energia
cinética é nula. A expressão geral para o cálcu-
lo da energia é: O trabalho realizado de um ponto inicial (i)
até ele mesmo (i) é nulo

 Energia Potencial: Energia potencial é a


forma de energia que está associada a um sis-
tema onde ocorre interação entre diferentes
corpos e está relacionada com a posição que
o determinado corpo ocupa.
Forças Conservativas são uma classe
especial de forças que satisfazem duas condi-
ções: 1º O Trabalho realizado de um ponto ini-
cial ( i ) até o ponto final (f) é o mesmo! Inde-
pendente do caminho.

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GUIA

 Potência: Razão entre trabalho realizado e


o tempo gasto para realizá-lo. A unidade usada
para medir trabalho é watt.

 Centro de Gravidade (ou Centro de Mas-


sa): Todo engenheiro mecânico contratado
como perito para reconstituir um acidente de
transito usa a física. Todo treinador que ensina
uma bailarina a saltar usa a física. Na verdade,
para analisar qualquer tipo de movimento com- A
plicado é preciso recorrer a simplificações que
são possíveis apenas com um entendimento
da física. Vamos agora discutir de que forma o
movimento complicado de um sistema de ob-
jetos, como um carro ou uma bailarina, pode
ser simplificado se determinarmos um ponto
especial do sistema: o centro de massa.
Eis um exemplo: se você arremessa uma
bola sem imprimir nela muita rotação, o movi-
mento é simples. A bola descreve uma trajetó-
ria parabólica e pode ser tratada como uma
partícula. Se em vez disso você arremessar um
taco de beisebol, o movimento é mais compli-
cado. Como cada parte do taco segue uma
trajetória diferente, não é possível representar
o taco como uma partícula. Entretanto, o taco
possui um ponto especial, o centro de massa,
que descreve uma trajetória parabólica sim-
ples; as outras partes do taco se movem em
torno do centro de massa. (Para localizar a
centro de massa, equilibre a taco em um dedo
esticado; o ponto esta acima do dedo, no eixo B
central do taco.)
É difícil fazer carreira arremessando tacos  Fulcro: “Dê me uma alavanca e um ponto de
de beisebol, mas muitos treinadores ganham apoio e eu moverei o mundo” – Arquimedes
dinheiro ensinando atletas de salto em distan- A alavanca é um objeto rígido que é usado
cia ou dançarinos a saltar da forma correta, com um ponto fixo apropriado (fulcro) para multi-
movendo pernas e braços ou girando o torso. plicar a força mecânica que pode ser aplicada a
O ponto de partida e sempre o centro de mas- um outro objeto (resistência). Isto é denominado
sa da pessoa, porque é o ponto que se move também vantagem mecânica, e é um exemplo do
de modo mais simples. princípio dos momentos. O princípio da força de
Definimos o centro de massa (CM) de um alavanca pode também ser analisado usando
sistema de partículas (uma pessoa, por exem- as leis de Newton. A alavanca é uma máquina sim-
plo) para podermos prever com facilidade o ples. Em geral, a alavanca foi criada para facilitar o
movimento do sistema. nosso cotidiano, que é seu principal objetivo.

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 As máquinas simples são dispositivos que,


apesar de sua absoluta simplicidade, trouxe-
ram grandes avanços para a humanidade e se
tornaram base para todas as demais máquinas
(menos ou mais complexas) criadas ao longo
da história pela humanidade.
As máquinas simples são dispositivos
capazes de alterar forças, ou simplesmente de
mudá-las de direção e sentido.
A idéia de uma máquina simples foi cria-
da pelo filósofo grego Arquimedes, no século
III a.C., que estudou as máquinas
"Arquimedianas": alavanca, polia, e parafu-
so. Arquimedes também descobriu o princípio
da alavancagem

 Onda: A figura representa uma corda estica-


da horizontalmente, tendo uma das extremida-
des fixas e a outra segura por um operador. Se
o operador fizer com a mão um rápido movi-
mento para cima e para baixo, poderemos per-
ceber uma ondulação percorrendo a corda.
Um fato importante a observar é que as partí-
culas da corda não se movem ao longo dela;
elas apenas executam um movimento para ci-
ma e para baixo. Dizemos então que o que ca-
minha através da corda é uma perturbação,
que transporta energia e quantidade de movi-
mento. O que acabemos de descrever é uma
onda mecânica.
Onda mecânica: é a perturbação de um
meio material elástico que se propaga por esse
meio, transportando energia e quantidade de
movimento.
Um requisito da especialidade é retirar uma aplica-
Quando uma carga elétrica oscila, ela
ção espiritual para o Fulcro. Cada um, deve reali-
produz campos elétrico e magnético que vari-
zar sua própria aplicação! Mas, vou dar uma su-
am com a mesma freqüência da carga oscilan-
gestão... Relacione fulcro e alavanca com a fé!
te. Isso constitui uma onda eletromagnética.

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LEIS DE NEWTON
 Temperatura e Calor: As pessoas confun-
dem os dois conceitos. Calor é uma quantida- 1ª Lei de Newton: Se nenhuma força atua so-
de de energia e temperatura é uma medida. bre um corpo, sua velocidade não pode mu-
O calor é uma forma de energia que flui dar, ou seja, o corpo não pode sofrer uma ace-
de um corpo mais quente a um corpo mais frio. leração.
Pode ser interpretado como estado de agita-
ção das partículas de um corpo; quanto mais Experiência: Coloque uma toalha bem fina
agitadas as partículas, mais energia é liberada (quanto mais fina e lisa maior a probabilidade
e, portanto, maior é a temperatura. Em contra- de dar certo) em cima da mesa. Coloque al-
partida, quanto menor o grau de agitação das guns livros pesados sob a mesa e, em segui-
partículas, menor a temperatura. O Zero Abso- da, puxe a toalha bem rápido e para baixo. Ob-
luto, é um estado em que a agitação das partí- serve os resultados e observe a tendência dos
culas cessa totalmente; numericamente, equi- livros em permaneceram parados.
vale a ou, na escala Kelven, . A temperatura
pode ser medidas em algumas escalas... As
três principais são: Graus Celsius (°C), graus
Fahrenheit (°F) ou em Kelven (K).

Você também pode usar um copo


com papel sulfite e uma moeda, reti-
rando o papel rapidamente, também
pode ser usada como exemplo da 1ª
Lei de Newton

2ª Lei de Newton: A força resultante que age


sobre um corpo é igual ao produto da massa
do corpo pela aceleração.

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3ª Lei de Newton: Quando dois corpos intera-


gem, as forças que cada corpo exerce sobre o
outro são iguais em módulo e tem sentidos
opostos. (Ação e Reação)
Sobre as forças:
As forças sempre aparecem aos pares (Ação
e Reação);
Aparecem de mesmo módulo e direção, mas
em sentidos opostos;
Em corpos diferentes.
Exemplo: Veja esse sistema de dois bloqui-
nhos com uma força (F) aplicada no bloco 1.

Atenção! Caso você ainda não tenha estuda-


do as Leis de Newton, não se desespere
com essa representação! Na verdade, ela é
bem simples e quando seu professor expli-
car, provavelmente você entenderá. Note
apenas que as forças aparecem sempre aos
pares! Sempre ação e reação!
Experiência: Com um balão, um carrinho e
um canudo verifique a 3ª Lei de Newton
Representação de todas as forças atuantes: (Ação e Reação)

EQUIVALÊNCIA MASSA E ENERGIA

Em física, a equivalência massa-energia é


o conceito de que qualquer massa possui
uma energia associada e vice-versa. Na relativi-
dade especial, essa relação é expressa pela
fórmula de equivalência massa-energia. Onde:
E = energia; m= massa e c= velocidade da
luz no vácuo

PARA APRENDER MAIS


 Quer se aprofundar um pouco mais? Veja esse pe- Pesquise: Sobre a vida, obra e contribuição
queno documentário cujo título é: “A Teoria da Relativi- de Sir Isaac Newton e de Albert Einstein
dade de Albert Einstein” https://goo.gl/KJIJCc

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REFERÊNCIAS CIÊNCIA E SAÚDE

HALLIDAY, D., RESNICK, R., EALKER, J. PARA SABER +


Fundamentos de Física – Mecânica
DIFERENÇA ENTRE FORÇA PESO E FORÇA GRAVITACIONAL
Vol 1. 9ª Edição. São Paulo: Ed. LTC, 2012
Vejamos o peso de uma pessoa cuja massa é de
HALLIDAY, D., RESNICK, R., EALKER, J. 70Kg na Terra, na Lua, em Marte e em Júpiter.
Fundamentos de Física - Gravitação, Ondas e
Termodinâmica
TERRA
Vol 2. 9ª Edição. São Paulo: Ed. LTC, 2012 ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

TIPLER, P. A., MOSCA, G.


Física Para Cientistas e Engenheiros - Mecânica,
Oscilação e Ondas, Termodinâmica.
686N
Vol 1. 5ª Edição: Ed. LTC, 2009

ZEMANSKY, SEARS, F. W.
Física 1 – Mecânica
Vol 1. 12ª Edição: Addison-wesley - Br, 2009
LUA
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
RAMALHO, NICOLAU, TOLEDO
Os Fundamentos da Física – Mecânica
Vol 1. 9ª Edição: Ed. Moderna, 2007

http://fisica.rra.etc.br/ 112N
Site do Prof. Rudson R. Alves,
Mestre em Física pela UNICAMP, Professor e co-
ordenador do Departamento de Física da Univer-
sidade Vila Velha (UVV/ES)
MARTE
Notas de Aula de Física I do Prof. Rudson R. Al- ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
ves Mestre em Física pela UNICAMP, Professor e
coordenador do Departamento de Física da Uni-
versidade Vila Velha (UVV/ES)
259N
Notas de Aula de Física I do Prof. Jhone Ramsay
Andrez. Doutorando em Física na UFES e Profes-
sor de Física da Universidade Vila Velha (UVV/
ES)
JÚPITER
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

1736N

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