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Introducao

Desde a Antiguidade o ser humano demonstra curiosidade a respeito da natureza que o cerca.
Naqueles tempos remotos já existia o desejo de compreender fenômenos, buscar respostas,
solucionar problemas que interferiam de uma forma ou outra na vida da sociedade. Tales de
Mileto, filósofo grego do século VI a.C, já observava que quando atritava uma resina fossilizada,
chamada âmbar, em pele de animais, essa resina passava a atrair pequenos objetos, como
pedaços de palha. Sabemos hoje que aquele fenômeno era de natureza elétrica. Ao longo da
história, diversos foram os pensadores e filósofos que se lançaram em busca de respostas para de
certa forma retirar a humanidade daquele vazio obscuro da falta de conhecimento a respeito da
natureza que a cercava. Entre os mais importantes está Aristóteles de Estagira (384 a.C – 322
a.C), filósofo da Grécia antiga, que é considerado o pai da lógica, da metafísica, das Ciências
Naturais, entre outras. E à medida que o tempo foi passando, diversos pensadores foram dando
sua contribuição para o crescimento do conhecimento, de tal forma que esse conhecimento
precisou ser divido em áreas para que pudesse se desenvolver ainda mais. Daí nasceram ciências
como a Física, a Química, a Biologia.

Importancia da a Fisica

Podemos dizer que a Física é uma ciência natural que estuda as interações entre matéria

e energia. Ela estuda os fenômenos mais fundamentais da natureza, desde os mais elementares
até os mais complexos. Através das leis da Física podemos compreender o simples fato de
caminharmos e até mesmo o movimento das galáxias. A Física busca compreender a natureza
que nos cerca, e não é só uma questão de curiosidade, mas sim uma questão de sobrevivência.
Compreender os fenômenos naturais, conhecer os ciclos desses fenômenos e quem sabe poder
prevê-los é vital! É essa a busca, tanto da Física quanto de outras ciências. E à medida que se
conseguiu tal compreensão, esse conhecimento associado à diversas técnicas deu origem a toda a
tecnologia que temos hoje e que tanto melhorou nossa vida.

Muitas pessoas não vivem sem a tecnologia, porém não tem nenhum interesse em conhecer a
ciência que está por trás dela. A Física está presente em tudo na vida do ser humano e é no
mínimo estranho fechar os olhos a esse conhecimento. Temos a necessidade de ter um mínimo de
conhecimento geral, e a Física faz parte de tudo isso. No nosso dia a dia, quantas vezes podemos
evitar situações até mesmo de perigo se tivermos um pouco de conhecimento de Física. Saber
que não se pode mudar a chave seletora do chuveiro com as mãos molhadas, que não se fica em
área descampada em dia de tempestades, que não se deve ultrapassar a velocidade máxima
permitida em uma rodovia, enfim, tudo isso envolve o conhecimento de Física, e tudo pode fazer
a diferença na nossa vida!

A física é uma disciplina super importante para os Homens, pois ela está diretamente ligada à
nossa vida. Esta matéria é um dos campos de informação subjacentes ao universo físico e se
aplica continuamente à vida normal das pessoas. Ela pode ser tão fundamental quanto a
conversão de energia elétrica em calor para fazer o café da manhã ou tão complexa quanto traçar
a trajetória do vôo de um ônibus espacial na órbita da Terra.

Mesmo que alguns conceitos sejam inicialmente difíceis de apreender, a recompensa quanto à
satisfação e ao conhecimento pode fazer todo o esforço valer a pena.

Estudar física traz benefícios que duram a vida toda. Tal disciplina é responsável pela aquisição
de consciência e habilidades que são valorizadas pela maioria das empresas, quando chegada a
hora de enfrentar o mercado de trabalho. Elas incluem, por exemplo, uma abordagem prática
para a solução de problemas, a capacidade de raciocinar com clareza e de se interconectar bem.

A física é um estudo do funcionamento e das limitações das leis da natureza. Quer você ainda
esteja na escola ou optando por um diploma universitário, apresentamos abaixo alguns aspectos
que mostram como esta disciplina é importante e fascinante!

Importância da física para a sociedade

O futuro de qualquer país e sua contribuição para a economia global estão ligados à sua
capacidade de desenvolver seu capital humano no campo da ciência e da engenharia. Por meio de
seus cientistas e engenheiros, ele é capaz de desenvolver infraestrutura para o comércio e a
indústria.

A física estuda uma série de tópicos interessantes que vão desde matéria, energia e suas
interações. Esta disciplina possui uma linguagem internacional que desempenha um papel
proeminente no futuro do progresso e da sobrevivência da humanidade.

Sendo assim, a física e a pesquisa dentro deste campo é importante para a sociedade porque:

• É uma emocionante aventura intelectual que inspira os jovens e expande as fronteiras do


nosso conhecimento sobre a Natureza.

• Gera conhecimentos fundamentais necessários para os futuros avanços tecnológicos que


continuarão a impulsionar os motores econômicos do mundo.
• Contribui para a infraestrutura tecnológica e fornece pessoal treinado necessário para
aproveitar os avanços e descobertas científicas.

• É um elemento importante na educação de químicos, engenheiros e cientistas da


computação, bem como de praticantes de outras ciências físicas e biomédicas.

• Amplia e aprimora nossa compreensão de outras disciplinas, como ciências terrestres,


agrícolas, químicas, biológicas e ambientais, além da astrofísica e cosmologia - assuntos
de importância substancial para todos os povos do mundo.

• Melhora nossa qualidade de vida, fornecendo o conhecimento básico necessário para o


desenvolvimento de novos instrumentos e técnicas para aplicações médicas, como
tomografia computadorizada, imagem por ressonância magnética, tomografia por
emissão de pósitrons, imagem ultrassônica e cirurgia a laser.

Qual a origem da palavra física?

O dicionário de etimologia online define a origem da palavra "física" como sendo de 1580.
Segundo a fonte, ela quer dizer "ciência natural, a ciência dos princípios operantes na natureza
orgânica". A física tendo sentido de "ciência natural".

Baseado no latim physica (neutro plural), do grego ta physika, o que significa literalmente "as
coisas naturais", este foi também o título do tratado de Aristóteles sobre a natureza.

O sentido restrito da palavra que utilizamos atualmente, sendo ele o de "tratamento científico das
propriedades da matéria e energia", surgiu em 1715.

O Online Etimology Dictionary diz ainda que "antes do aparecimento da ciência moderna, a
física era geralmente definida como a ciência daquilo que é móvel, ou a ciência dos corpos
naturais. Era comumente feita para incluir todas as ciências naturais. Atualmente, os fenômenos
vitais não são considerados objetos da física, que se divide em física geral e física aplicada."

Conceitos básicos da física

Então prepare-se para encontrar logo abaixo explicações muito simplificadas sobre 5 conceitos
fundamentais da física. Eles te ajudarão a começar a estudar para suas aulas, assim como a darem
uma ideia do que os físicos fazem no dia-a-dia. Abordaremos, então, os seguintes princípios:

Gravidade;

Fótons e dualidade onda / partícula;

Quarks;
Leis de movimento de Newton;

Leis da termodinâmica.

Gravidade

A gravidade é uma das quatro forças encontradas naturalmente no universo. É a força de atração
entre dois objetos com massa. Isso mesmo, quaisquer dois objetos com massa serão atraídos um
pelo outro. A força atrativa é proporcional à massa dos objetos e ao quadrado da distância entre
eles, criando a equação:

Relacao da Fisica com a Geologia (Geofisica)

Geofísica é o estudo da estrutura, da composição, das propriedades físicas e dos processos


dinâmicos da Terra. Diferente da Geologia cujo estudo da Terra é feito via observações diretas
das rochas, a Geofísica investiga o subterrâneo através de medidas indiretas. Subdivide-se em
global (pura) e de prospecção (exploração ou aplicada).

Na Geofísica global ou pura podemos estudar os fenômenos físicos que acontecem no planeta
como terremotos, tsunamis, vulcões entre outros. Já Geofísica de prospecção ou de exploração
utilizamos levantamentos/métodos como os sísmicos, elétricos, eletromagnéticos, potenciais
(magnético e gravimétrico), radiométricos, geotérmicos, etc..

A investigação geofísica do interior da Terra consiste em fazer medições na superfície ou


próxima a ela. Estas medições são influenciadas pela distribuição interna das propriedades
(parâmetros) físicas. A análise das medições pode revelar como é que as propriedades físicas do
interior da Terra variam vertical e lateralmente. Grande parte do conhecimento terrestre, abaixo
das profundidades que se podem atingir por intermédio de furos, é proveniente de observações
geofísicas.Os levantamentos podem ser terrestres, aéreos e marinhos. Possui aplicação em água
subterrânea, combustíveis fósseis, geotermia, geotecnia, contaminação ambiental e investigação
de outros minérios em geral como ouro, ferro, etc..

Métodos

As rochas diferem em uma ou mais de suas propriedades, provocando variações nos campos
físicos e na propagação de ondas que atuam sobre elas. Consequentemente, essas variações, ao
serem detectadas, podem fornecer informações dos materiais que as provocaram.

Essa é a base da Geofísica de Prospecção, a investigação de feições da subsuperfície de


dimensões relativamente pequenas, a partir da observação de seus efeitos nos campos físicos e na
propagação de ondas.
Gravimétrico

Todas as massas estão sob o efeito da atração mútua, regido pela lei da gravitação universal.
Mudanças laterais na densidade da Terra produzem variações locais no valor do campo
gravitacional terrestre que, embora muito pequenas, podem frequentemente ser detectadas,
permitindo deduções sobre a subsuperfície.

A Gravimetria está voltada para o estudo dessas pequenas perturbações locais do campo
gravitacional terrestre, geradas pela distribuição de massas no subsolo, ou seja, pela presença de
rochas de diferentes densidades. Materiais mais densos contribuem mais fortemente para o
campo gravitacional do que os menos densos, quando se considera o mesmo volume e a mesma
profundidade para ambos; se os materiais apresentam a mesma densidade, a contribuição maior é
daqueles mais próximos da superfície, se eles ocupam igual volume, ou, se os materiais ocorrem
à mesma profundidade, daqueles que perfazem o maior volume.

Magnético

Cada rocha magnetiza-se de acordo com a sua susceptibilidade magnética, que depende da
quantidade e do modo de distribuição dos minerais magnéticos presentes. A concentração de
minerais magnéticos produz distorções locais no campo magnético da Terra, que podem ser
detectadas e fornecem informações sobre a subsuperfície.

A Magnetometria baseia-se no estudo das variações locais do campo magnético terrestre,


derivadas da existência, na subsuperfície, de rochas contendo minerais com forte
susceptibilidade magnética, tais como a magnetita, ilmenita e pirrotita.

Tanto na Gravimetria como a Magnetometria, os campos físicos estão presentes; com isso, não é
necessário que as rochas em subsuperfície sejam excitadas para que se obtenha uma medida do
campo físico. Estes métodos obedecem à Teoria do Potencial e guardam várias semelhanças
entre si. São referenciadas como Métodos Potenciais.

Elétricos

Lidam com fenômenos puramente galvânicos e, portanto, utilizam corrente contínua ou mesmo
alternada, mas de frequência muito baixa (< 10 Hz), tal que o fenômeno de indução possa ser
desprezado. A corrente pode ser introduzida no terreno através de eletrodos enquanto a diferença
de potencial é medida através de outros eletrodos, trazendo as informações sobre a subsuperfície.
Dentre estes métodos elétricos destacam-se: Método do Potencial Espontâneo (SP – utiliza
correntes naturais que podem aparecer, por exemplo, nas imediações de concentrações de
minerais condutivos); Método da Eletrorresistividade (as correntes são geradas artificialmente);
Método da Polarização Induzida (IP – correntes também geradas artificialmente, porém a
diferença de potencial é medida após cessada a corrente ou fazendo-se variar a sua frequência, o
que permite avaliar a capacidade das rochas de armazenar energia elétrica)

Eletromagnéticos

A investigação tem como base o fenômeno de indução. Uma corrente, sempre de baixa
frequência (< poucas dezenas de milhares de Hz), que pode circular numa bobina, inicia o
processo de excitação da subsuperfície através do fenômeno de indução; condutores elétricos,
por ventura presentes no subsolo, provocam distorções no campo eletromagnético, detectáveis
por meio de uma outra bobina, que fornecem informações sobre os condutores que as
provocaram.

Radiométrico

Alguns isótopos de vários elementos desintegram-se espontaneamente emitindo partículas e


radiações eletromagnéticas que podem ser detectadas e permitir a locação do material que as
produziu. Esse fenômeno, cuja ocorrência é probabilística, é conhecido como radioatividade e
tem origem no núcleo dos átomos instáveis. Por isso mesmo, a radioatividade não é considerada
uma propriedade física, mas uma propriedade do núcleo atômico.

O estudo da distribuição de material radioativo nos materiais terrestres é realizado na


Radiometria, levando em consideração, em especial, a radiação eletromagnética emitida quando
de sua desintegração.

Sísmica

Rochas com elasticidades diferentes permitem a propagação de ondas com velocidades


diferentes. Essas ondas, ao encontrarem meios com propriedades elásticas diferentes, têm a sua
energia em parte refletida e em parte refratada. Conhecendo-se o tempo de percurso das ondas
em diferentes pontos bem como a distância entre esse pontos, pode-se deduzir as velocidades de
propagação das ondas e a posição das interfaces que separam os meios com diferentes valores de
elasticidade. Associando-se a esses meios os diferentes tipos de rochas, é possível conhecer-se a
distribuição das rochas em subsuperfície.

A Sísmica baseia-se na medição, em vários pontos, do tempo de percurso de ondas elásticas


induzidas artificialmente, em geral nas imediações da superfície do terreno. Há duas técnicas
distintas: uma que faz uso das ondas refletidas, a Sísmica de Reflexão, e a outra, das ondas
refratadas, a Sísmica de Refração.
Geotérmico

A propagação de calor na Terra, seja ele de origem interna, devido às desintegrações radioativas
ou processos químicos e físicos de menor expressão, ou de origem externa, devido à energia
radiante do Sol, depende da condutividade térmica das rochas.

O Método Térmico investiga, através da medição de temperatura, diferenças na propagação de


calor, cuja origem remonta à existência, na subsuperfície, de rochas com diferentes valores de
condutividade térmica ou de fontes de calor anômalo, o que permite a identificação e a
delimitação de ambas.

Perfilagem geofísica de poços

A perfuração constitui-se na última etapa da prospecção de um poço tubular, quer para petróleo
quer para água ou outro uso qualquer. Não obstante os avançados métodos geofísicos e
geológicos atuais possam sugerir as mais promissoras das locações, é somente a perfuração do
poço que revelará se os prognósticos serão ou não confirmados.

As rochas podem ser identificadas em função de suas propriedades elétricas (condutividade


elétrica, polarização induzida, constante dielétrica ou potencial eletroquímiconatural), acústicas
(velocidade de propagação ou tempo de trânsito de ondas elásticas compressionais ou
cisalhantes), radioativas (radioatividade natural ou induzida), mecânicas, térmicas, etc.. Tais
propriedades podem ser obtidas com o deslocamento continuo de um ou mais sensores de
perfilagem (sonda) dentro de um poço e foram denominados genericamente, no passado, de
perfis elétricos, independentemente do processo físico de medição utilizado. O ideal é dizer-se
perfis geofísicos elétricos, acústicos, radioativos, mecânicos, térmicos etc., a depender da
propriedade usada para registro. A representação gráfica entre as profundidades e as propriedades
petrofísicas, é denominada de Perfil Geofísico. Para tanto, o cabo das unidades de perfilagem,
por meio do qual são descidos nos poços os mais variados tipos de sensores.

Plataformas de levantamento

Terrestres

Também conhecido como Geofísica Terrestre. Os levantamentos são realizados com equipes
portando os equipamentos de medições (sensores e receptores), e, no caso de produção do campo
físico, também são utilizados equipamentos transmissores e de registro dos dados (registradores).
Todos os métodos geofísicos podem ser utilizados em levantamentos terrestre. Estes métodos a
princípio foram desenvolvidos para este tipo de levantamento.

Aéreos
Também conhecidos como Geofísica Aérea. Os equipamentos são conduzidos por pequenos
aviões (tipo DC-3 ou Bandeirantes), ultraleves e helicópteros, bem como por meio de satélites
artificiais e aeronaves de altas altitude.

Nos aerolevantamentos, os sensores, e se for o caso, os transmissores podem ser instalados na


aeronave ou num reboque da mesma (bird), para evitar os efeitos da aeronave. Os registradores
ficam acondicionados dentro da aeronave.

Este levantamento caracteriza-se pelo baixo custo e rapidez com que permitem obter os
resultados. Em uma única passagem podem ser feitas medidas concomitantes com mais de um
método geofísico. À exceção dos Métodos Elétrico, Sísmico e térmico, todos os demais (radiação
eletromagnética, campos magnéticos e gravitacionais) podem ser utilizados em levantamentos
aéreos convencionais.

Marinhos

Levantamentos conduzidos no mar, rios, lagos ou em barragens são conhecidos como


levantamentos marinhos ou Geofísica Marinha. Utilizam-se embarcações de diferentes
dimensões; os sensores e, se for o caso, os transmissores podem ser acondicionados para evitar
os efeitos da embarcação, num reboque da mesma (fish), que fica nas imediações da superfície
ou do fundo do meio aquoso. Os registradores são acomodados na embarcação. Todos os
métodos podem ser utilizados neste tipo de levantamento.

Referências

TELFORD, W.M.; GELDART, L.P.; SHERIFF, R.E. & KEYS, D.A. – 1990 – 2. Ed. Cambridge:
Cambridge University,: 770p.

BIZZI, L. A.; SCHOBBENHAUS, C.; VIDOTTI, R. M. et al. Geologia, Tectônica e Recursos


Minerais do Brasil: texto, mapas e SIG. Brasília: CPRM, 2003. 674 p. il. 1 DVD anexo.

TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI,
Fabio. Decifrando a Terra – 2a edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009.

PRESS,S.;SIEVER,R. In: Para entender a terra, 3ª Edição. Trechos; Figs.1.10 e 2.15. Artmed
Editora. Porto Alegre. 2006.Reinaldo Mavungo "Encruzilhadas 2009"

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