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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
OBJECTIVOS............................................................................................................................4
DESCRIÇÃO DA OBRA..........................................................................................................5
ESQUEMA GERAL DO SISTEMA.........................................................................................5
LEVANTAMENTO DAS POTÊNCIAS LIGADAS................................................................6
ESCOLHA DA POTENCIA DO TRANSFORMADOR A SER USADO...............................6
DIMENSIONAMENTO DOS POSTOS DE TRANSFORMAÇÂO........................................6
DIMENSIONAMENTO DAS PROTECÇÕES.........................................................................7
QUEDA DE TENSÃO PERCENTUAL DO TRANSFORMADOR ATÉ AO (QGBT)..........9
SECÇÃO DOS BARRAMENTOS DE BT.............................................................................10
COMANDO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA.........................................................................12
MEDIDAS DE SEGURANÇA................................................................................................12
DETERMINAÇÃO DAS REDES DE BAIXA TENSÃO......................................................13
ESCOLHA DA SECÇÃO DO CABO PARA DISTRIBUIÇÃO............................................14
FERRAMENTA DE EXPANSÃO DA REDE DE BAIXA TENSÃO...................................14
LISTA DE COMPONENENTES E ANALISE ECONOMICA.............................................14
CARACTERÍSTICAS DE MONTAGEM..............................................................................16
DESENHO DE PEÇAS...........................................................................................................17
PLANO DE MANUTENÇÃO.................................................................................................21
CONCLUSÃO.........................................................................................................................23
RECOMENDAÇÕES..............................................................................................................23
ANEXOS..................................................................................................................................24

0
1. INTRODUÇÃO
Dimensionamento Eléctrico é a arte de medir, calcular, indicar e descrever os parâmetros
adequados e equipamentos certos, de forma correcta a instalar em um sistema eléctrico. Os
postos de transformação, devem ser dimensionadas correctamente, para que atenda às
necessidades dos usuários, ofereça maior segurança, que não consuma o inesperado, para que
não hajam oscilações repentinas devido ao mau dimensionamento. Para que isso aconteça, é
crucial e necessário, que o instalador dimensione a instalação devidamente, seguindo se
possível todas as regras e normas eléctricas.

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2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral:

 Dimensionar a Rede de Distribuição de Baixa Tensão para o Bairro Gumbane.

2.2. Objectivos Específicos:

 Levantamentos das Cargas Eléctricas;


 Dimensionamento dos Postos de Transformação;
 Dimensionamento das Protecções;
 Projecção da rede de distribuição de energia eléctrica;
 Dimensionamento da Rede de Distribuição de Baixa Tensão.

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3. DESCRIÇÃO DA OBRA
Este é um projecto de dimensionamento e instalação de posto de transformação no bairro
Gumbane, no distrito de Boane, província de Maputo com 492 casas, onde já possui a linha
de Média de tensão 33kV que tem como destino o distrito da Moamba. Na zona, a
temperatura ambiente é de uma média de 30°C. a temperatura do solo é de 20°C. Previsto
para o presente projecto uma taxa de crescimento de 15% e uma projeção de crescimento
para o horizonte de 5 anos.

3.1. Dados referentes ao posto de transformação:


Tipo de posto de transformação
 O posto de transformação é em pórtico de madeira, tipo M1.
 Pórtico de chegada é constituido por dois postes de madeira tratada de 12.25 m de
altura.
3.2. Dados referentes as características elétricas:
 Tensão da rede de MT 33 KV;
 Resistividade do solo 20Ω

3.3. Características do transformador:


 Tensão no primário 33 KV
 Tensão no secundário 0.4 KV

4. ESQUEMA GERAL DO SISTEMA

1-Geração;
2-Substação elevadora;
3-Linha de transmissão;
4-Substação abaixadora;
5-consumidores.

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5. LEVANTAMENTO DAS POTÊNCIAS LIGADAS

Esta tabela apresenta o factor de utilização (em anexo 1) e de simultaneidade que é o produto
da potência unitária pelo factor de utilização somente é aplicado em instituições públicas, que
não aplica-se o factor de utilização em residências, somente potência de utilização máxima
estimada por residência.

Nome das Instituições Quantidade Potência Unitária Factor de Potência


públicas Utilização Ligada
Posto policial 1 3KW 0,75 2,25KW
Posto de Saúde 1 19KW 0,75 14,25KW
Escola Primaria 1 15KW 0,75 11,25KW
Mercado 1 16KW 0,75 12KW
Iluminação publica 200 100W 1,0 20KW
Casas de classe A 291 3,3KW - -
Casas de classe B 201 6,6KW - -

5.1. Dimensionamento da potência do Bairro Habitacional

Casas classe A (monofásicas): 291 casas com potência máxima estimada (Pm) de 3.3KW

Pra=n× Pm × Ks × Ku

Onde: Pra- potência para residências de classe A, n- número de casas, Pm- potência máxima
estimada, Ks- factor de simultaneidade (Na tabela 1 em anexo). Ku- Coeficiente de
utilização a dotado para estas habitações, caracteriza o regime de um receptor, estabelecendo
a relação entre a potência que se presume utilizada e a potência instalada. (Na tabela 1 em
anexo).

Prb=291×3,3 × 0,75× 0,4=360,1 Kw

Casas classe B (trifásicas): 201 casas com potência máxima estimada (Pm) de 6.6Kw

Prb=201× 6,6× 0,75 ×0,4=397,9 kw

5.1.1. Somatório total das potências residenciais

Pr=360,1+397,9

Pr=758 kw

5.1.2. Cálculo da potência das Instituições Públicas (Php)


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Para o cálculo da potência das instituições públicas há necessidade de fazer se o somatório
das potências parciais de cada instituição pelo produto do seu coeficiente de simultaneidade
(consultar tabela 2 em anexo)

Php=∑ (Pip × Ks+ Ph × Ks+ Pm × Ks+ Ppp× Ks+ Pep× Ks)

Php=∑ (20 ×1+14,25 ×0,4 +12× 0,6+2,25 ×1+11,25 ×0,5)

Php=¿ 40,8Kw

5.1.3. Cálculo da potência do bairro habitacional (Pb)

É feito o somatório da potência requerida em residências e em instituições públicas. Previsto


para o presente projecto uma taxa de crescimento de 15% e uma projecção de crescimento
para o horizonte de 5 anos.

Pb=∑ ( Pr+ Php)

Onde: Pr- potência de casas, Php- potência de instituições públicas.

Pb=∑ (758 kw+ 40,8 Kw)

Pb=798,8 kw

5.1.4. Cálculo da potência do bairro habitacional (Pc) com factor de acréscimo

α
Pc=Pb.( 1+ )∆ N
100

15 %
Pc=798,8.(1+ )∆ 5
100 %

Pc=1605,1 kw

5.1.5. Cálculo da potência aparente do bairro habitacional (Sb)

Pc
Sb=
cosφ

1605,1 kw
Sb=
0,8

Sb=2006,4 KVA

5.1.6. Cálculo da potência aparente do bairro pelo método de sobre carga admissível

30 % +100 %
SnT ≥ SnT > {Sb} over {KSCadm KScadm=
100

5
Sb ≥ {2006,4 KVA} over {1,3

Sb ≥1543,4KV

5.1.7. Cálculo da potência do transformador (SnT)

A pontencia do transformador deve se maior ou igual a 9% utilizar a potencia total do bairro.

SnT ≥ SnT”(1+9%)

SnT ≥ 1543,4(1+9%)

SnT ≥ 1682,3kVA

ESCOLHA DA POTENCIA DO TRANSFORMADOR A SER USADO


Os valores abaixo são referentes a potência nominal padronizada concedidas pelas diversas
formas produtoras e distribuidoras de transformadores eléctricos. (EFACEC- Portugal).

SnT padronizadas (100, 160, 250, 315, 400, 500, 630, 800, 1000, 1250, 1600, 2000, 2250,
2500 e 3000) KVA.

 Para o projecto sera usado um Transformador de 2000KVA

DIMENSIONAMENTO DOS POSTOS DE TRANSFORMAÇÂO


Na rede de distribuição em centros urbanos recomenda-se que as variações de tensão em
relação ao valor nominal não excedam (mais ou menos) 8%.
 O Transformador antenderá as seguintes cargas:

Nome das Instituições Quantidade Potência Unitária Factor de Potência


públicas Utilização Ligada
Posto policial 1 3KW 0,75 2,25KW
Escola Primaria 1 15KW 0,75 11,25KW
Iluminação publica 200 100W 1,0 20KW
Casas de classe A 291 3,3KW - -
Casas de classe B 201 6,6kW - -
Mercado 1 16kW 0,75 12kW
Posto de saúde 1 19kW 0,75 14,25kW

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6. DIMENSIONAMENTO DAS PROTECÇÕES
Para o dimensionamento das protecções dos PT´s temos a protecção contra sobre tensão que
por sua vez provoca uma sobre corrente que é uma corrente cujo valor excede o valor
nominal e as correntes dividem-se em uma corrente de sobrecarga ou a um curto-circuito que
por muitas das vezes tem aparecido devido a descargas atmosféricas ou quando e feita uma
manobra línea ou defeitos na alimentação eléctrica.

6.1. Protecção contra sobretensões e curto-circuitos

Para a protecção contra sobre tensões e curto-circuitos na parte da média tensão usar-se a os
pára-raios e os drop-out’s.

6.2. Pára-raios

É conveniente instalar pára-raios para proteger as redes de distribuição aéreas contra


sobretensões de origem atmosférica, quando estas forem estabelecidas em regiões de elevado
para evitar a transmissão de Alta Tensão para as instalações de Baixa Tensão. (Tabela 3 em
anexo)

Para a escolha dos pára-raios deve se obedecer alguns critérios respectivamente;

Unp ≥ Unr 1º

Ic ≥ Is; 2º

Onde: Unp - tensão nominal do dispositivo de protecção, Unr - tensão nominal da rede, Ic -
corrente de corte do dispositivo, Is - corrente nominal da rede.

PT S (kVA) UP (KV) U do Pára-raios I (kA)


(KV)
A1 2000 33 36 10
Tabela3 - Características dos pára-raios escolhido

6.3. Drop-Out´s:

Cálculo do drop-out (chave de fusível) é feita do lado da média tensão, é utilizado para
protecção de equipamentos e ramais das redes de distribuição, para interromper correntes de
alta intensidade, também pode ser utilizada para manobras, para o seu dimensionamento
seguiremos a seguinte expressão:

Snt
¿=
√3 ×Ur
Onde; In - Corrente nominal do PT; Ur- Tensão da linda, Snt- potencia do trafo.

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2000
¿=
√3 ×33
¿=34,98 A

Potência do PT (KVA) Corrente nominal do PT (A) Link drop-out (A)


2000 34,98 10
Tabela 5 – Corrente nominal do elo fusível

6.4. Secção do Cabo Alimentador do Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT)

O cabo alimentador que será instalado, será do tipo VAV instalado ao ar, com a temperatura
ambiente de 30ºC.

Para o cálculo da secção do cabo alimentador devemos ter em conta a corrente máxima
admissível que o condutor possa suportar respectivamente.

Snt
Is=
Uc ×√ 3

2000
Is=
400 × √ 3

Is=2886,8 A

PT Secção (mm2)
2000 KVA 454,66 2886,8 A 2*185
Tabela 6 - Secções dos cabos entre o Transformador e o QGBT

6.5. Cálculo do disjuntor do (QGBT)

Para o cálculo do disjuntor geral de Baixa Tensão deve-se seguir as seguintes condições:

Para o caso de sobrecarga:

Iª condição: Is≤∈≤ Iz

IIª condição: If ≤ 1,45 Iz → If =1,3∈¿

Então teremos:

Snt
Is=
Uc ×√ 3

2000
Is=
400 × √ 3

8
Is=2886,8 A

Usando a condição de sobre carga para a protecção do transformador de teremos:

2886,8 A ≤∈≤ 2000

¿=60 0

Onde teremos: Logo:

If =1,3∈If ≤ 1,45 × Iz

If =1,3× 600 A If ≤ 1,45 ×720 A

If =780 A If ≤ 1044 A

6.6. Queda de tensão percentual do transformador até ao (QGBT)


A queda de tensão do transformador até ao (QGBT) não deve ultrapassar a 8%.

Iª condição: ∆ U =α . L . Is

∆U
IIª condição: ∆ U %= ×100 %
Uc

IIª condição: ∆ U % ≤8

Do transformador até ao QGBT terá 5m de comprimento.

Secção igual a 185mm2

100 %
∆ U %=0,238 × 0,005× 227,33 ×
400

∆ U %=0,067 %

0,067 ≤ 8 %

Secção igual a 240mm2

100 %
∆ U %=0,198 × 0,005× 288,67 ×
400

∆ U %=0,071 %

0,071 % ≤ 8 %

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6.7. Secção dos barramentos de BT
A secção do barramento deve ser igual ou superior a secção do cabo alimentador do
transformador, por esta razão dá-se um acréscimo de 15% da sua potência nominal que o
fabricante fornece aos transformadores, a corrente que deve ser suportada pelos barramentos
e dada pela expressão:

Snt
¿=
√3 ×Ur
Snt=Sn ×(1+15 %)

Onde:

Snt- Potência do transformador com o acréscimo de 15% da sua potência nominal; Ur -


tensão composta na saída do transformador In – corrente nominal do transformador com o
acréscimo de 15%.

Fica:

Snt=2000 kVA × ( 1+15 % )

Snt=2300

2300
¿=
√3 × 400V
¿=331,9 A

E a secção a ser escolhida é de 483 mm2

6.7. Saídas de BT

As saídas de Baixa tensão serão executadas em cabo de cobre do tipo VAV até aos primeiros
postes de rede de baixa tensão, os cabos serão subterrâneos e a sua profundidade será de
0,80m, e o comprimento do circuito será de 15 m:

Assim ficam distribuidas na tabela a seguir:

PT S (KVA) Saídas Sn´ (KVA) Is´ (A) Secção (mm2)


1º 98,056 141,531 50
A 200 2º 94,309 136,123 50
3º 91,004 131,352 50
Tabela 8 – Saídas do PT

Dimensionamento do Fusível para protecção das saídas

Para o cálculo do fusível devemos seguir as seguintes condições estabelecidas pelas normas.

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Iª condição: Is≤∈≤ Iz

IIª condição: If ≤ 1,45 Iz → If =1,6∈¿

Usando a condição de sobre carga para a protecção das saídas da Baixa tensão teremos:

1ª- Saída:

141,5 ≤∈≤ 190

¿=160 A

Onde teremos: Logo:

If =1,6 ×∈If ≤1,45 × Iz

If =1,3× 160 A If ≤ 1,45 ×190 A

If =256 A If ≤ 275,5 A

2ª Saida:

136,1 ≤∈≤ 190

¿=160 A

Onde teremos: Logo:

If =1,6 ×∈If ≤1,45 × Iz

If =1,3× 160 A If ≤ 1,45 ×190 A

If =256 A If ≤ 275,5 A

3ª Saida:

141,1 ≤∈≤ 190

¿=160 A

Onde teremos: Logo:

If =1,6 ×∈If ≤1,45 × Iz

If =1,3× 160 A If ≤ 1,45 ×190 A

If =256 A If ≤ 275,5 A

PT Saídas I
1ª 144,21 160 190 256 275,5

11
2ª 131,352 160 190 256 275,5
200KVA 3ª 131,352 160 190 256 275,5

Tabela 9- Protecção das saídas do transformador

9. COMANDO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA


As redes de Iluminação Pública (IP) englobam os circuitos eléctricos que fornecem energia
eléctrica aos candeeiros utilizados para iluminar as vias rodoviárias. A iluminação pública
será comandada por relés fotoeléctricos, que tem princípios de funcionamento denominados
térmicos, magnéticos e electrónicos. O accionamento por princípio térmico se dá através da
deformação de lâminas bimetálicas, devido à passagem de uma corrente eléctrica, que só
ocorre quando o nível de luminância atinge valor suficiente para sensibilizar o sensor
fotoeléctrico. As redes de iluminação pública terão condutores de 25mm2.

Para efectuarmos a distribuição da iluminação pública devemos obedecer as seguintes


expressões:

Ink=Is×1,15

Onde: Ink - é a corrente nominal do contactor.

A corrente da iluminação pública será dada:

P
Is=
√ 3 ×U × COSφ

20 kW
Is=
√ 3 × 0,38× 0.8

Is=¿ 37,7 A

Corrente nominal do contactor

Ink =37,7 ×1,15

Ink =43,4 A

7. MEDIDAS DE SEGURANÇA
7.1. Ligação a terra

Ligação a terra é feita através de um eléctrodo de terra, que serve de ligação do neutro a terra
da rede de distribuição como terra de protecção e serviço.

10.2. Terra de serviço

O condutor de terra de serviço estará ligado ao barramento do neutro por um ligador


amovível até ao eléctrodo de terra que terá uma secção de 35mm2 de cobre.

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7.3 Terra de Protecção

Os pára-raios devem ter, no local do seu estabelecimento, um eléctrodo de terra, que sirva
também de eléctrodo de ligação do neutro a terra da rede de distribuição. Serão usados
condutores de terra de 35mm2, de cobre. Os eléctrodos de terra serão de cobre interligados
entre si por um cabo de secção 35mm 2, a distância entre os eléctrodos de cada terra será igual
ao comprimento do eléctrodo 2m. E a separação das terras na horizontal será de 3m, a
resistência do solo não deve ser inferior a 10Ω

8. DETERMINAÇÃO DAS REDES DE BAIXA TENSÃO


8.1. Cálculos mecânicos

Para efectuar-se os cálculos mecânicos para instalação de uma rede de BT devemos te em


conta vários factores que influenciam respectivamente; a distância entre os apoios (postes),
acção do vento, mudança de temperatura, peso dos condutores, são essenciais para ter-se em
conta para efectuar-se o cálculo mecânico.

8.2. Cálculo do encastramento de postes.

A implantação de postes no solo deverá ser executada de forma que os mesmos não sofram
inclinação, independente da flexão actuante devido à aplicação de esforços mecânicos e é
dada pela seguinte expressão:

Onde H é a altura do poste, usar-se há para este projecto postes de 9m então o seu cálculo
será:

Cálculo das espias

Para o cálculo das espias podemos obedecer o seguinte critério:

Onde Hu é a altura útil do apoio, dada pela diferença entre a altura do apoio é a profundidade
de encastramento;

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Então para o cálculo da espia será:

9. ESCOLHA DA SECÇÃO DO CABO PARA DISTRIBUIÇÃO


Para as saídas do ramal utilizar-se à os cabos torçados, efectuando mesmos cálculos

PT Sn (kVA) Saídas S (kVA) Ramal S (kVA) In (A) Secção


(mm2)
1º 98,056 I 98,056 141,53 50
A 2000 2º 94,309 I 94,309 136,12 50
3º 45,502 II 45,502 65,67 16
45,502 II 45,502 65,67 16
Tabela 6 - Secção dos cabos para distribuição.

NB: Sobre ponto de vista técnico este Posto de transformação terá cabos torçados

10. FERRAMENTA DE EXPANSÃO DA REDE DE BAIXA TENSÃO


Cinto de segurança, Barra mina, trado, Pá, Cardinal, Roldana, Escadas, Chaves diversas,
Estribos, Corda de serviço, Grua, Catana, Serrote, Luvas de Latex para MT, Vara de
manobra, Mala de ferramentas de electricista.

11. LISTA DE COMPONENENTES E ANALISE ECONOMICA


11.1. Estimativa de custo/ Orçamento:

Item Designação Qt. Preço Unit. Total


01 Transformador 1 600,000.00 Mt 600,000.00 Mt
02 Espia completa 2 4,500.00 Mt 9,000.00 Mt
MT
03 Eléctrodo de 10 310.00 Mt 3,100.00 Mt
terra
04 Terminais 15 200.00 Mt 3000.00 Mt
Bimetálico de

14
95mm
05 Terminais cobre 15 90.00 Mt 1,350.00 Mt
de 50mm
06 Ligadores 6 160.00 Mt 960.00 Mt
paralelos de
Alumínio
07 Ligadores 18 270.00 Mt 4,860.00 Mt
paralelos de
Cobre
Parafusos 16 510.00 Mt 8,160.00 Mt
08 M18x300x100
09 Parafusos 16 600.00 Mt 9,600.00 Mt
M18x400x100
10 Ligador 2 800.00 Mt 1,600.00 Mt
amovível
11 Cintas metálicas 1 1,890.00 Mt 1,890.00 Mt
e fivelas
12 Maciço 1 20,000.00 Mt 20,000.00 Mt
completo
13 Vedação 1 19,000.00 Mt 19,000.00 Mt
completa
14 Travessas 4 2600.00 Mt 10,400.00 Mt
metálicas
15 Poste de madeira 2 5,700.00 Mt 11,400.00 Mt
de 12,25m x
0,16/0,18
16 Quadro Geral de 1 68,000.00 Mt 68,000.00 Mt
BT
17 Cabo de cobre 15 1,800.00Mt 27,000.00Mt
nú de 16 mm2
18 Cabo de cobre 15 1,500Mt 22,500.00Mt
nú de 35 mm2
19 Cabo NYBY 3 x 8m 2,600.00 Mt 20,800.00 Mt
50 + 35 mm2
20 Cabo VAV 4 x 30 m 125.00Mt 3,750.00Mt
1.5 mm2
21 Cabo VAV 4 x 4 38 m 250.00Mt 9,500Mt
mm2
22 CaboVAV 4 x 6 30 m 900.00Mt 27,000.00Mt
mm2
23 Cabo NYBY 4 x 27 m 1,200.00Mt 32,400.Mt
10 mm2
24 Fusíveis APC 3 720.00Mt 2,160.00Mt
"NH 100 A
25 Fusíveis APC 3 350.00Mt 1,050.00Mt
"NH 6 A
26 Fusíveis APC 3 350.00Mt 1,050.00Mt
"NH 15 A
27 Fusíveis APC 3 500.00Mt 1500.00Mt

15
"NH 32 A
28 Fusíveis APC 3 500.00Mt 1500.00Mt
"NH 40 A
29 Base de fusíveis 15 700.00Mt 10,500Mt
APC 01
30 Pinça de 6 600.00 Mt 3,600.00 Mt
amarração
31 Cadeia de 6 900.00 Mt 5,400.00 Mt
isoladores HT
32 Para - Raios 3 3,300.00 Mt 9,900.00 Mt
30kV
33 Drop outs 33kV 3 3,250.00 Mt 9,750.00 Mt
34 Tubo de copo 5m 250.00Mt 1,250.00Mt
lene ou similar
35 Disjuntor de 1 8000 8,000.00Mt
B.T., 400V, tipo
SN
36 Barra de cobre 4 800 3,200.00Mt
(Barramento de
B.T.)
Total 974,130.00Mt

Em função da análise do trabalho a realizar, estipulou-se o valor da Mão de obra de 30% do


valor dos material.
Valor dos materiais 974,130.00Mt
Mao de obra 295,000.00 Mt
Custo total do projeto

12. CARACTERÍSTICAS DE MONTAGEM

12.1. Pórtico de Madeira


Para a execução do pórtico de madeira serão usados postes de eucalipto creosotado da espécie
"Eucaliptus Saligna" com 12,25 metros de altura e com um diâmetro médio de 15 cm no
topo, e 23,35cm na base, no mínimo. A profundidade de enterramento dos postes será de
1,80m, devendo no fundo das covas serem colocadas lajes, para evitar o seu afundamento. Os
postes serão atacados com pedra solta e arreia devendo colocar-se duas coroas de pedras
grandes com uma espessura de 25 cm, uma na base do poste e outra no início do terreno
superior da cova. A distância entre os dois postes deve ser de 2,5 m (entre eixos). Outros
pormenores podem ser observados nos desenhos.

12.2. Espiamento
Serão necessárias duas espias montadas no lado oposto à chegada da linha, executadas em
arame galvanizado nº 8 (três fios), ou em cabo de aço adequado. O ponto de fixação ao
pórtico deve situar-se a 10,2 metros de altura enquanto na horizontal devem distar do pórtico
7 m.

12.3 Fixação dos Para-raios e Drop-outs

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Os Pára-raios e os Drop-outs serão montados sobre perfis UNP-10 de acordo com as medidas
constantes no desenho da estrutura.

12.4 Montagem do Transformador no Pórtico


O transformador será colocado no pórtico sobre dois UNP-12 (120x55x7mm), devendo ficar
fixo a estes. Para garantir a estabilidade da montagem do transformador, deve montar-se na
parte superior da cuba uma braçadeira, que é igualmente fixa aos postes

12.5 Fixação dos Isoladores de Barramento


O barramento de média tensão entre os drop-outs e o transformador tem uma distância
considerável, o que implica a montagem de isoladores de barramento, de forma a não ter vãos
superiores a 1,75 m. Os isoladores de barramento serão montados sobre perfis UNP-10 ou
em outro perfil equivalente.

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13. DESENHO DE PEÇAS
13.1 Vista frontal do PT

18
13.2. Vista lateral do PT

1-Pára-raios tipo;

2-Cadeias de isoladores (armação);

3-Conjunto de drop-outs;

4-Barramento;

5-Transformador de potência;

6-Espiras;

7-Postes de Madeira de 12,25 m;

8-Quadro de baixa tensão.

9-Eléctrodo de terra de protecção;

10-Eléctrodo de terra de serviço.

19
13.3. Pormenores do tipo do pórtico

20
14. QUADRO DE BAIXA TENSÃO

Onde:
1-Cabo NYY vindo do transformador de potência;
2.-Disjuntor de baixa tensão;
3-Transformadores de intensidade;
4-Contador trifasico de energia;
5-Célula fotoelétrica;
6-Contactor para comando de iluminação pública;
7-Fusíveis de proteção da iluminação pública;
8,9 e 10-Fusíveis para proteção de saídas;
11. Saídas da iluminação pública;
12,13 e 14 Saídas para consumidores;

15. PLANO DE MANUTENÇÃO


Deveram ser feitos no poste de transformação três tipos de manutenção, nomeadamente:
1. Manutenção preditiva;
2. Manutenção preventiva;
3. Manutenção corretiva.
As manutenções obedeceram ao seguinte plano de atividades:

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A cada seis meses A cada dois anos
Nível do óleo isolante Todas conexões do aterramento
Estado do indicador de pressão Limpeza das porcelanas
Posição das válvulas do radiador Conectores, cabos porcelana
Pintura e oxidação Fixação do conservador
Pás e grades de proteção Calibração e afinação
Condições da sílica gel Verificar a integridade da membrana
Estado das juntas e vedação Verificar o funcionamento do micromotor

As operações de manutenção também vão ser incluídos aspectos como:


 Inspeção visual do conjunto do transformador e dos seus constituintes;
 Verificação de todos os apertos;
 Verificação do funcionamento das proteções intrínsecas;
 Verificação da ligação do transformador à terra de proteção;
 Recolha de amostra de óleo para análise físico-química e eventual tratamento ou
substituição integral.

22
16. CONCLUSÃO
Feita a selecção, o dimensionamento e a especificação de aparelhagem de protecção segundo
as condições técnicas e regulamentares, demonstra que efectivamente os objectivos foram
alcançados.

Tendo em conta que os cálculos das protecções não foi com base em marca de fabricantes,
isto possibilita a escolha e a experimentação de novos equipamentos eléctricos de outros
fabricantes, sem prejuízos dos tradicionais fabricantes e fornecedores.
As correntes de curto-circuito calculados são aproximadamente iguais as correntes tabelados
para os transformadores do projecto.
O projecto não apresenta danos ambientais assinaláveis.

17. RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se a observância e cumprimento dos seguintes aspectos:

 A não entrada de pessoas estranhas, não autorizadas, e ou Pessoas não devidamente


equipadas, no interior da vedação do posto de transformação;
 Em caso de intervenções de manutenção, estas intervenções deveram serem feitas por
pessoas altamente qualificadas, competentes, e devidamente equipadas;
 Sinalização na rede vedação da existência de perigo, e a proibição de acesso;
 Existência de um extintor de incêndio dentro da rede de vedação em um local de fácil
acesso;

Em casos de aumento da demanda até ultrapassar o acréscimo, recomenda-se a contactar-se a


concessionaria especializado nesta área para avaliar se a potência nova a ser instalada vai
estar em conformidade com a potência do transformador.

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ANEXOS
Anexo 1

Factores de simultaneidade para diferentes utilizações

Utilização Factor de utilização


Hospital 0.4
Escola 0.5
Mercado 0.6
Hotéis 0.5
Iluminação 1.0
publica

Anexo 2
Tensões nominais dos pára-raios

Tensão nominal da rede KV Tensão nominal dos pára-raios


‘’XBE’’
Neutro isolado Neutro a terra
6.6 7.2 6
11 12 12
22 24 24
30 36 30
33 36 30

24

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