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HUMANO ILLUSKANO

Wikktor Angelus
Paladino

Em uma remota área entre as regiões de Canato da cruz e Meravia, consideravelmente distante dos
polos comerciais, há um médio vilarejo conhecido por não possuir uma só alma viva, mas estar
repleta de estátuas de mármore de adultos, idosos, crianças e animais. De fato, não há nenhuma
informação concreta sobre o peculiar local nem nas mais antigas bibliotecas ou nos conhecimentos
dos sábios, havendo apenas especulações como às que sugerem que o vilarejo tenha sido
abandonado e que algum meticuloso escultor tenha utilizado o local como um acervo à luz do dia.

O intrigante fato é que o mármore, por ser uma rocha metamórfica resistente, impossibilitaria que
pequenos detalhes como às asas de uma abelha adentrando em sua colmeia fossem esculpidos,
tornando a teoria do minucioso escultor pouco provável.

Havia uma pessoa que sabia a real história do vilarejo, um paladino: chamado Wikktor.

Wikktor Angelus é filho de comerciantes, tendo nascido rodeado por pais carinhosos e muitos
amigos. Seu avô, que também era seu mestre, era um monge, ensinando-o sobre a arte da batalha,
além de treiná-lo visando o autocontrole e a destreza durante situações difíceis.

Wikktor viveu muitos anos ajudando seus pais no comércio, cuidando dos animais e treinando com
seu avô, aperfeiçoando suas habilidades de batalha.

Tudo corria bem até seus 16 anos, quando iniciaram as invasões bárbaras, que buscavam saquear o
humilde vilarejo que, mesmo que pequeno, dotava de capacitados soldados treinados pelo avô de
Wikktor e outros monges do local.

Houveram diversos confrontos que ocorriam esporadicamente, fazendo que a cada guerra os
bárbaros de Canato da Cruz deixassem de subestimar as capacidades dos soldados e monges do
vilarejo.

Após anos de confrontos, quando Wikktor fazia 17 anos, houve um cessar de 6 meses, fazendo com
que os moradores do vilarejo abaixassem a guarda e o comércio voltasse a se reestruturar, e Wikktor
começou a fazer viagens comerciais de poucos dias.

Foi no retorno de uma dessas viagens que Wikktor percebeu algo estranho: Havia fogo no vilarejo.
Apressou seu cavalo, e quando adentrou o local percebeu que não haviam gritos nem o barulho de
lâminas. Havia apenas corpos de bárbaros no chão e soldados de seu vilarejo petrificados em
mármore. Depois de se tocar de que aquilo não era uma visão e que ele não estava delirando, iniciou
uma inspeção. Não demorou muito para que ele encontrasse a razão daquilo tudo: Um mago que
havia sido contratado pelos bárbaros. Ao se aproximar, notou que haviam graves ferimentos no
tórax do mago, e que ele não tinha muito tempo de vida.

Wikktor tentou iniciar um diálogo com o mago, mas já era tarde. A única coisa que o mago
conseguiu falar foi “fiz pelo dinheiro, é uma maldição, poupe minha vida e todos serão salvos!”

Wikktor não pode nem pensar sobre poupar ou não poupar a vida do mago, pois com aqueles
ferimentos não havia nada que poderia ser feito.
Sem pais, parentes ou amigos, Wikktor partiu rumo às cidades próximas, na esperança de obter
respostas e de salvar seu antigo vilarejo, tornando-se um paladino.

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