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Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal

Departamento de Engenharia Rural


Secção de Fertilidade do solo
Disciplina de Tecnologia e Conservação de Solos
Licenciatura em Engenharia Agronómica
Tema: Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos

Nível #3

Discentes: Docentes:

➢ Alfredo, Celso Jaime Prof. Daniel Chongo, PhD


➢ Cumbe, Orcélio das Neves António
➢ Cumbe Jr, Adolfo Raul Monitora:
➢ Saria, Amisse Selemane Kiara Dimande
➢ Subuana, José Martins Brito
➢ Taimo, Closse Da Cruz

Maputo, 08 de Maio de 2020


Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

índice
1. Orientação geral da área de estudo ........................................................................................ 3

1.1. Localização da área de estudo ..................................................................................... 3

1.2. Clima, Relevo e Solos ................................................................................................. 4

1.3. Relações entre solos e Geologia ou Solos e Vegetação .................................................. 8

1.4. Determinação dos declives íngremes e áreas susceptíveis ............................................. 8

2. Análise dos dados climáticos .............................................................................................. 9

2.1. Precipitação mensal e anual ........................................................................................ 9

2.1.2. Precipitação máxima 24 horas de cada mês ............................................................... 10

2.1.3 Número de dias de chuva ............................................................................................ 12

2.1.4. Evapotranspiração ...................................................................................................... 12

2.1.5. Período de Crescimento ............................................................................................. 13

Conclusão sobre os dados de Precipitação, Regime de temperaturas e Período de


crescimento sobre as possibilidades de agricultura na região .............................................. 15

2.2 Determinação das Precipitações máximas em 24horas para os tempos de retorno 2, 5,


10, 25 e 50 anos. .................................................................................................................. 15

2.3 Precipitação de 10 min, 30 min e 1 hora para o tempo de retorno de 2, 5, 10, 25 e 50


anos. ..................................................................................................................................... 17

3.Determinação dos factores da USLE .................................................................................... 18

3.1 Determinação do factor R .............................................................................................. 18

3.2. As unidades de terra escolhidas abaixo, apresentam grandes diferenças em termos de


solo, declive e uso/vegetação ............................................................................................... 22

3.3. Estimativa dos valores dos factores R, K, L, S, P e C da USLE .................................. 22

4. Avaliação de terra ................................................................................................................ 25

5. Necessidades de medidas de conservação ........................................................................... 26

5.1. Medidas de conservação de solos ................................................................................. 26

5.2. Terraços de valas........................................................................................................... 26

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

6. Referencia Bibliográfica ...................................................................................................... 30

1. Orientação geral da área de estudo

1.1. Localização da área de estudo


O distrito de Milange está localizado na parte Nordeste da Zambézia a 324Km da cidade de
Quelimane, confinado ao Norte com os distritos de Macanhela da Províncias do Niassa e
Gurrue, a Sul com o distrito de Morrumbala, a Sudeste com o distrito de Mocuba, a Este com
os distritos de Namarrói e Lugela e a Oeste com a República de Malawi, através dos rios
Melosa e Ruo, numa faixa de 230Km. Com uma superfície de 9860Km2 e uma população
recenseada em 2007 de 498635 Habitantes

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1.2.Clima, Relevo e Solos

O distrito é influenciado pelo clima do tipo tropical chuvoso de savana onde as precipitações
médias anuais são acima de 800mm, chegando na maioria dos casos a 1200mm ou mesmo
1400mm, concentrando-se no período compreendido entre Novembro de um ano e finais de
Março podendo localmente estender-se até Maio. A evapotranspiração potencial regista valores
médios na ordem dos 1.000 a 1.400mm e as temperaturas médias anuais variam de 24 a 26°C,
facto que possibilita e encoraja a prática de agricultura de sequeiro com apenas uma colheita
sem riscos significativos de perda de culturas devido ao défice hídrico.

A Norte do distrito estão as zonas de altas altitudes cobertas pelo clima do tipo tropical chuvoso
de Savana. É de salientar que é a região Agro-ecologica R10 onde se localizam maior parte das
nascentes dos rios de curso permanente.

O Sul da região marca a transição para a região de alta altitude. Tem uma altitude média,
compreendendo planaltos baixos, médios e sub-planaltos que abrangem altitudes que variam
de 200 a 100 metros acima do nível do mar. O relevo apresenta declives que variam de
suavemente ondulado a fortemente dissecados.

É dominado por solos residuais derivados, na maioria, de rochas metamórficas e eruptivas do


soco pré-câmbrico, em particular, do complexo gnaisse-granítico do Moçambique Belt. São
solos de textura variável, profundos a muito profundos, castanhos-avermelhados, sendo ainda
ligeiramente lixiviados, excessivamente drenados ou moderadamente bem drenados. Ocorrem
ainda, solos aluvionares e hidromórficos ao longo das linhas de drenagem natural associados
aos dambos.

Economia

A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De um


modo geral a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares em
regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre bem-


sucedida, uma vez que o risco de perda de colheita é alto, dada a baixa capacidade de

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armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas. A


pecuária, caça e a pesca são dentre as várias outras actividades desempenhadas pela população
local.

Orientação geral da área de estudo

Com base no Mapa topográfico do distrito de Milange fez-se a selecção da área susceptível a
erosão em virtude do Declive, Mapas de solos e uso e cobertura da terra. Seguidamente
caracterizou-se, a vegetação, tipos de solos, uso e cobertura da terra e geologia da área que se
presumiu que seja susceptível a erosão com indicam as figuras 1, 1.1., 1.2, 1.3 e 1.4 abaixo.

Declive

Fig.1. Declive da área suceptível a erosão

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Vegetação

Fig.1.1. Tipo de Vegetação da área susceptível a erosão

Solo

Fig.1.2. Tipo de solo da área susceptivel a erosão

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Uso e cobertura da terra

Fig.1.3. Uso e cobertura da área suceptível a erosão

Geologia

Fig.1.4. Geologia da área suceptível a erosão

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1.3. Relações entre solos e Geologia ou Solos e Vegetação

De entre vários factores, as condições edáficas de uma dada região influenciam de forma
significativa e afectam a natureza e distribuição da vegetação. Os solos da região são derivados
na maioria de rochas metamórficas e eruptivas que contribui para a predominância de solos
profundos, factor que favorece a formação de vários tipos de vegetação.

O solo constitui o suporte físico e fonte de nutrientes para a planta. A sua importância é decisiva
na distribuição geral da vegetação. As características físicas e químicas do solo são muito
importantes no desenvolvimento da planta pois são estas que ditam a disponibilidade de
nutrientes e a possibilidade de penetração das raízes para suporte físico da planta. Ora, um solo
arenoso tem a capacidade de ser de fácil penetração para as raízes, mas por outro lado não tem
capacidade de retenção de água e, consequentemente, dos nutrientes, portanto, é um solo não
adequado para o desenvolvimento vegetal. No outro extremo, um solo argiloso, com uma alta
capacidade de retenção de nutrientes e de água, é demasiado duro para a penetração de raízes
vegetais. Um solo de características médias, por exemplo, um solo franco-argilo-arenoso, seria
o ideal para um bom desenvolvimento vegetal. Portanto, as características da área de estudo
favorecem a formação de vários tipos de vegetação, tal como ilustra o mapa de uso e cobertura
da terra e Vegetação.

1.4. Determinação dos declives íngremes e áreas susceptíveis

Com base no Mapa de distribuição de declives, observa-se uma variação dos valores da
inclinação da área (0 a 6), sendo que a susceptibilidade a erosão aumenta com o aumento do
declive. As áreas com declives superiores a 5% são as consideradas sob o ponto de vista de
risco de erosão as mais susceptíveis. É de referir que outros factores com o tipo de solo e
natureza da vegetação contribuem de forma significativa para a assunção.

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

2. Análise dos dados climáticos

Mês Prec.Med prec Dias Tmax Tmin Tmed ETP HR 1/2ETP


Total Max de med med (%)
(mm) 24Hrs chuva
Janeiro 112,5 42,2 9,3 31,8 21,8 26,8 156,0 70,0 78,0
Fevereiro 101,8 42,3 9,5 31,8 22,2 27,0 129,0 71,0 64,5
Marco 76,2 35,3 7,8 31,4 21,3 26,3 121,0 71,0 60,5
Abril 26,3 12,1 5,7 30,0 18,6 24,3 91,0 69,0 45,5
Maio 13,0 9,1 3,1 28,5 14,9 21,7 71,0 71,0 35,5
Junho 12,7 9,5 2,2 26,8 11,9 19,4 53,0 72,0 26,5
Julho 11,8 7,3 2,4 26,5 11,5 19,0 59,0 69,0 29,5
Agosto 11,2 9,1 2,6 27,8 13,5 20,6 82,0 65,0 41,0
Setembro 20,8 10,3 3,8 29,0 16,0 22,5 105,0 65,0 52,5
Outubro 53,2 21,9 7,0 29,3 18,1 23,7 125,0 64,0 62,5
Novembro 83,7 33,6 8,9 30,3 20,1 25,2 136,0 64,0 68,0
Dezembro 100,7 39,0 9,0 31,4 21,0 26,2 156,0 65,0 78,0
total 624,0 271,7 1280,0 68,4 640,0

2.1.Precipitação mensal e anual


As principais características do regime pluviométrico de Umbeluzi são a sua sazonalidade bem
definida em um período chuvoso que se estende de Novembro a Marco com precipitação
mensal oscilando entre 76,2 mm a 112,5 mm, e um período seco de Junho a Setembro com
precipitação mensal oscilando entre 11,2 mm a 20,8 mm, sendo os meses de Maio e Outubro
considerados meses de transição de um regime para outro. As maiores médias mensais
concentram-se nos meses de dezembro a marco.

Precipitação anual (mm)


Ano 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Prec. T 554,1 527,6 598,7 610,6 879,6 506,7 571,1 312,3 552,7 587,1 476,3
anual
(mm)

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Prec. T 721 851,7 785,8 911 1066,7 898,5 238,4 258 715,6 326,9 702
anual
(mm)

Precipitação mensal

precipitacao total mensal


120,0

100,0
precipitacao (mm)

80,0

60,0

40,0 Série1

20,0

0,0

2.1.2. Precipitação máxima 24 horas de cada mês


ano precipitação máxima de 24 horas de cada mês do ano
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1985 0 119,7 21,5 12 12,9 2,5 0,5 1,3 4,8 30,6 44,6 22,7
1986 34,9 12,7 29,6 13,8 3,9 12,8 0,7 0,1 7,5 2,9 19 38
1987 43,3 1,4 27,3 16,3 7,9 1,6 0,5 34,3 56,3 17,2 32,7 33,1
1988 16 64,3 37,5 17 15,3 25,4 6,5 6,5 6,4 24,4 13,8 19,7
1989 21,8 63,1 17,3 13,1 7,1 39 0,6 7,5 11 15,6 43,1 95,5
1990 25,3 17,2 43 10,5 2,4 0,3 0 6,1 0,4 19,3 14,3 32,6
1991 19 12,7 30,7 3,1 4,7 20,8 18,6 0 2 3,5 36,3 34
1992 14,7 17,7 8,7 6,5 6 11 2,2 8,8 0,6 3,4 14 38,1
1993 45,2 28,5 74,5 20,7 16,8 6,5 6,7 8,1 0,9 8,6 8,3 68,1
1994 109,6 9,6 26,2 24,8 5,6 0,5 0,4 9,4 7,9 42,6 13,7 39,2

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

1995 49,7 9,3 31,4 4,1 31,8 0,6 0,3 8,6 0,6 26,4 13,7 39,4
1996 45,7 64,4 23,3 22,1 22,3 0 5,8 3,5 0,5 82,9 37 37,3
1997 55,4 27,5 55, 5 11,9 11 17,2 26,5 43,3 17,2 21 25,1 63,2
1998 142,2 27,5 52,2 7,4 0 0 2 2,9 8,4 25,2 54,8 26,7
1999 62,6 71,7 34,2 14,9 14,3 8,5 5,6 24,1 16,3 32,5 52,2 39,2
2000 18,9 134,7 45,1 9,8 5,9 17,5 5,6 2,3 24,9 28,7 94,2 42,9
2001 54,3 150 11,2 12,8 9,1 0 9,6 5,3 1,6 9,7 94,4 42
2002 21,3 6,3 5,6 2,5 0 0 15,4 9,2 2,8 19,3 5,3 17,5
2003 5,8 25,2 23,8 2 4,4 39,1 2,7 0 16,8 4,2 10,2 9,2
2004 89,2 23,6 52,2 21,9 8,5 2,2 40,2 0,9 21 29,3 39,9 48,7
2005 26,2 20,6 13,1 9,2 1,1 1,2 7,2 1 4,5 21,9 8,3
2006 28,1 22,1 111,6 6,6 1,5 2,8 8,3 10,9 18,3 29 50,2 62,6
media 42,2 42,3 35,3 12,1 9,1 9,5 7,3 9,1 10,3 21,9 33,6 39,0

precipitacao maxima de 24 h mensais


45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

2.1.3 Número de dias de chuva

Dias de chuva
12,0

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0

2.1.4. Evapotranspiração
O gráfico a baixo mostra os valores associados de evapotranspiração. a partir de Setembro, a
taxa de evapotranspiração total é crescente, atingindo o seu pico no mês de Janeiro devido
Posteriormente, se mantém em declínio até Junho, quando alcança seu menor valor.

Evapotranspiracao media mensal


180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Época fresca e seca (Abril a Agosto) com ETP inferiores.


Época quente e chuvosa (Setembro a Março) geralmente com ETP mais elevados. A Cultura
de milho ira consumir mais água em períodos em que ETP é muito alta.

2.1.5. Período de Crescimento


O gráfico mostra que não existe um período húmido, dado que a evapotranspiração é superior
a precipitação, ao longo do ano. Pelo facto de não existir um período húmido e de não haver
humidade armazenada, o período de crescimento não foi determinado através do método de
Humidade Armazenada

periodo de crecimento
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0

Prec.Med Total (mm) ETP 1/2ETP

Período de dormência: Como as temperaturas médias mensais são superiores a 6.50C, não há
período de dormência.
Inicio período de crescimento

Inicio do período de crescimento é igual ao mês em que P>½ETP

Cálculo

Qual é o último mês seco (= o mês antes da P=½ETP)?

O último mês seco é Outubro: ETPOut = 125 mm; ½ETPOut = 62,5mm; POut = 53,2 mm

Qual é o primeiro mês em que P>½ETP?

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

O primeiro mês em que P>½ETP é Novembro.

Novembro: ETPNov = 136 mm; PNov = 83,7 mm

Calcular o número de dias depois do 15º dia do último mês seco; neste caso Outubro através
da seguinte fórmula:

1⁄ 𝐸𝑇𝑃 − 𝑃
𝑥 = 30 × 2 𝑂𝑢𝑡 𝑂𝑢𝑡
1
(𝑃𝑁𝑜𝑣 − 𝑃𝑂𝑢𝑡 ) + ⁄2 (𝐸𝑇𝑃𝑂𝑢𝑡 − 𝐸𝑇𝑃𝑁𝑜𝑣 )

62,5𝑚𝑚 − 53,2 𝑚𝑚
𝑥 = 30 ×
(83,7 𝑚𝑚 − 53,2 𝑚𝑚) + 1⁄2 (125 𝑚𝑚 − 136 𝑚𝑚)

𝑥 = 11 dias

Então o início do período de crescimento será: 15 de outubro + 11 dias = 26 de Outubro

Fim do período de crescimento

✓Qual é o ultimo mês húmido (ultimo mês em que P>½ETP)?

O ultimo mês em que P>½ETP é Março.

Março: ETPMar= 121 mm; PMar = 60,5 mm; ½ETPMar= 76,2 mm

Qual é o primeiro mês seco (P<½ETP)?

O primeiro mês seco é Abril.

Abril: ETPAbr=91 mm; PAbr=26,3 mm; 1/3ETP=45,5

Y = ao número de dias depois do 15º dia do último mês húmido (P>½ETP), que é, portanto, o
mês de Abril.

𝑃𝑀𝑎𝑟 − 1⁄2 𝐸𝑇𝑃𝑀𝑎𝑟


𝑥 = 30 ×
(𝑃𝑀𝑎𝑟 − 𝑃𝐴𝑏𝑟 ) + 1⁄2 (𝐸𝑇𝑃𝐴𝑏𝑟 − 𝐸𝑇𝑃𝑀𝑎𝑟 )

76,2𝑚𝑚 − 60,2 𝑚𝑚
𝑥 = 30 ×
(76,2𝑚𝑚 − 26,3 𝑚𝑚) + 1⁄2 (91 𝑚𝑚 − 121𝑚𝑚)

𝑥 = 14 dias

Então, o fim do período chuvoso é 15 de Março + 14 dias = 29 de Marco

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Comprimento do período de crescimento

Período total de crescimento: 26 de Outubro a 29 de Marco= 154dias

Conclusão sobre os dados de Precipitação, Regime de temperaturas e Período de


crescimento sobre as possibilidades de agricultura na região
O período de crescimento desta região tem uma duração de 5 meses, período suficiente para
completar o ciclo de produção da maioria das culturas anuais. Durante este período, chove um
total de 529,0 mm, que pode se afigurar como limitação para o desenvolvimento normal de
culturas anuais. O regime de temperaturas é caracterizado por apresentar baixas temperaturas
no inverno e temperaturas relativamente altas no verão, período correspondente ao período de
crescimento.

2.2 Determinação das Precipitações máximas em 24horas para os tempos de retorno 2, 5,


10, 25 e 50 anos.
Anos max. observad Ordem frequencia
crescente
pre 24 horas 24 horas
1 119,70 21,30 0,043
2 38,00 38,00 0,087
3 56,80 38,10 0,130
4 64,30 39,10 0,174
5 95,50 43,00 0,217
6 43,00 49,70 0,261
7 110,00 56,80 0,304
8 38,10 63,20 0,348
9 74,50 64,30 0,391
10 109,60 66,00 0,435
11 49,70 71,70 0,478
12 82,90 74,50 0,522
13 63,20 82,90 0,565
14 142,20 89,20 0,609
15 71,70 95,50 0,652
16 134,70 109,60 0,696

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

17 150,00 110,00 0,739


18 21,30 111,60 0,783
19 39,10 119,70 0,826
20 89,20 134,70 0,870
21 66,00 142,20 0,913
22 111,60 150,00 0,957

valores duracao formula


24 horas
X 80,5 1/n.(Σxi)
desvio 37,0 √s²
a 0,0 Sn/Sx
Xo 65,3 X – Yn/a
Y1=0 65,3 xo+Y1/a
Y2 =2 123,0 xo+Y2/a

Imagem 1: tempo de retono no papel de Gumbel

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

tempo de retorno Duração (n)


em anos 24 horas
2 75mm
5 112mm
10 130mm
25 157mm
50 177mm

2.3 Precipitação de 10 min, 30 min e 1 hora para o tempo de retorno de 2, 5, 10, 25 e 50


anos.
tempo de retorno duracao
1hora 10 min 30 min
2 31,25 5,208333 15,625
5 46,66667 7,777778 23,33333
10 54,16667 9,027778 27,08333
25 65,41667 10,90278 32,70833
50 73,75 12,29167 36,875

Intensidade de precipitação durante 10 min, 30 min e 1 hora para os períodos de retornos


indicados

Intensidade da duracao
precipitação 10h 10 mi 30mi
(mm/min)
2 0,058333 0 0,066667
5 0,083333 0 0,166667
10 0,108333 0,04 0,333333
25 0,125 0,05 0,833333
50 0,141667 0,09 1,666667

Conclusão chegada sobre a intensidade de precipitações de curta duração

17
Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

➢ O estudo da variação de chuvas intensas de curta duração é de grande importância para


analise e previsão de eventos extremos, necessária para projecto de controlo. Estas são
necessárias para o controlo de escoamento, taxa de infiltração entre outros parâmetros.
A área de estudo possui media a baixa intensidade de chuvas intensas (de curta
duração).

3.Determinação dos factores da USLE

3.1 Determinação do factor R


Erosividade media anual da precipitação: Fórmula da FAO (Ateshian, 1974)

𝑅𝑤 = 1.11 × 10−3 × 𝑎 × 𝑏 × 𝑐 + 660

Onde:

a = precipitação anual (mm)

b = precipitação máxima de 24 horas, tempo de retorno de 2 anos (mm)

c = precipitação máxima de 1 hora, período de retorno de 2 anos (mm)

Tempo de duração (n)


retorno (anos) 1 hora 24 horas
2 31,25 mm 75 mm

𝑅𝑤 = 1.11 × 10−3 × 620,56 × 75 × 31,25 + 660

𝑅𝑤 = 2274,4256 MJ.mm.ha-1.h-1

Equação de Ateshian

Desenvolvida para regiões da costa ocidental dos EUA

RA = 0.373 P6h 2.2

Onde:

P = precipitação máxima de 6 horas com o período de retorno de 2 anos.

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

2.2
𝑅𝐴 = 0.373 × 𝑃6ℎ

𝑅𝐴 = 0.373 × 51,52.2

𝑅𝐴 = 2176,1295 MJ.mm.ha-1.h-1

Equação de Cordeiro

Desenvolvida para a província de Maputo

R = EI30 (ano) = i=1,12EI30,i,

EI30,i = 0.2163 * Pi0.791 * Pmax,i1.049 * Di-0.138 onde:

EI30,i é a soma do produto da energia cinética total e a intensidade máxima durante 30


minutos de todas as ocorrências de chuva no mês i (J.mm.h-1)#;

Pi é a precipitação total no mês i;

Pmax,i é a chuva máxima em 24 horas ocorrida no mês i

Di é o número de dias com chuva durante o mês i

R = EI30 (ano) =  EI30 (mês),

Mes Prec.Med prec Max Dias de Erosividade Erosividade


Total (mm) 24Hrs chuva (%)
Janeiro 112,5 42,2 9,3 625,3 22,25
Fevereiro 101,8 42,3 9,5 581,5 20,69
Marco 76,2 35,3 7,8 371,7 13,22
Abril 26,3 12,1 5,7 50,0 1,78
Maio 13,0 9,1 3,1 19,4 0,69
Junho 12,7 9,5 2,2 19,1 0,68
Julho 11,8 7,3 2,4 13,9 0,49

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Agosto 11,2 9,1 2,6 17,0 0,60


Setembro 20,8 10,3 3,8 33,1 1,18
Outubro 53,2 21,9 7,0 167,0 5,94
Novembro 83,7 33,6 8,9 387,3 13,78
Dezembro 100,7 39,0 9,0 525,5 18,70
total 624,0 271,7 71,4 2811,0 100,00

Comparação dos resultados e fazer comentários sobre o uso de equações empíricas

➢ Os valores de R calculado com as três fórmulas diferem muito um dos outros. Isto deve
ser devido ao facto que estas fórmulas foram desenvolvidas apropriadamente para uma
área e condição específica, então o emprego destas fórmulas em outras áreas não
recomendado terá resultados diferentes e até podem ser inválidos. Por exemplo no
estudo baseando na equação de Wischmeier e Smith (1962) desenvolvida para áreas
ocidentais sub-húmidas e semi-áridas dos EUA, R =2274,4256 MJ.mm.ha-1.h-1 e com
base na equação de Ateshian (1974) desenvolvida para regiões da costa ocidental dos
EUA, R 2176,1295 MJ.mm.ha-1.h-11 enquanto com base na equação de Cordeiro
(1996) desenvolvida para a província de Maputo, R =2 811MJ.mm.ha-1. h-1.
➢ Neste caso pode se considerar o valor calculado com base na equação de Cordeiro
(1996) desenvolvida para a província de Maputo como sendo valido para a área do
estudo pois estas encontram-se no mesmo país.

Gráfico da distribuição percentual mensal da erosividade R

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Erosividade (%)
25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

Conclusão do gráfico:
O gráfico acima apresentado da erosividade, mostra a existência de harmonia entre a
distribuição da erosividade e precipitação mensal. Portanto, pode se concluir que haverá
grandes perdas de solo entre os meses de Novembro a Março devido a elevada precipitação em
relação ao restantes meses.

21
Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

3.2. As unidades de terra escolhidas abaixo, apresentam grandes diferenças em termos

de solo, declive e uso/vegetação

Unidad 2

Unidade
1

3.3. Estimativa dos valores dos factores R, K, L, S, P e C da USLE


A equação mundialmente mais aceite para estimar a perda de solo pela erosão foi desenvolvida
na base de mais de 40 anos de medições em muitos Estados dos EUA (Wischmeier, 1958). Esta
equação, pretensiosamente chamada de Equação Universal de Perda de Terras (Universal Soil
Loss Equation: USLE),

Factor K

O factor K (características físicas do solo) foi estimada com base no tipo de solo, textura e MO
com auxílio da tabela 2 dos apontamentos.

Parâmetros Unidade 1 Unidade 2


Tipo de Solo Vermelhos de textura media Arenosos avermelhados
Textura Franco argiloso Areia franca
MO (%) 4 2
Factor K 0,028 0,013

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Factor L e S

Para a determinação do factor L (do comprimento do declive) fez-se o uso da relação:

𝑙 𝑚
𝐿=( )
22,1

Onde: l= comprimento do declive (m) e m= coeficiente que varia co o declive em %

Para a estimar o factor S fez-se o uso da formula seguinte:

𝑆 = 0,0065𝑠 2 + 0,0454𝑠 + 0,065

Onde: s= declive em %, assumindo que o declive e uniforme

LS (factor topográfico), pelo método de anould pela seguinte formula

𝐿𝑆 = 𝑙 0,5 × (0,0138 + 0,00965𝑠 + 0,00138𝑠 2 )

Parametros Unidade 1 Unidade 2


Comprimento do declive (m) 100 100
Declive (%) 6 2
Coeficiente m 0,5 0,3
Factor L 2,127 1,57
Factor S 0,5714 0,1818
L*S 1,215 0,2854
LS ( metodo de Arnould) 1,213 0,3863

Factores P e C

O factor P foi estimado assumindo que as praticas de conservação são cultivo em curvas de
níveis e cultivo em faixas

Factor Unidade 1 Unidade 2


P 0,25 0,25
strip cropping+contouring
C 1 1

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Estimativa da perda do solo de cada unidade de terra através da equação universal de


perda de solos (USLE).

A perda do solo de cada unidade foi calculada com base na equação universal de perda de solos.

Unidade 1 2
R 2811 2811
K 0,028 0,013
L 2,127 1,57
S 0,5714 0,1818
LS 1,215 0,2854
P 0,25 0,25
C 1 1
A 29,05 0,74

Onde A= R*K*L*S*P*C em (ton/ha/ano) e R= valor da erosividade media anual da


precipitação, calculada pela fórmula de Cordeiro (desenvolvida para a cidade de Maputo)

Verifica-se na tabela acima grandes diferenças de perda de solos nas unidades escolhidas,
resultado da diferença das características físicas e químicas do local, apresentando com
destaque o declive, tipos de solo, Matéria orgânica e o tipo de uso. Para a unidade 1, a perda e
de 29,05 ton/ha/ano e para a unidade 2 e de 0,74ton/ha/ano.

A tolerância de perda de solo por erosão pode referir-se ao limite da perda que ainda mantenha
um alto nível de produtividade das culturas, económica e indefinidamente, podendo se utilizada
na equação universal de perda de solo (Wichmeier & Smith, 1978).

De acordo com Boot et al. (2006), para solos de textura argilosa, a perda de solos máxima
aceitável e de cerca de 11ton/ha/ano e para os solos com textura grosseira e de 9ton/ha/ano.
Para a primeira unidade o nível de perda e aceitável, em contrapartida, na segunda unidade a
perda e severa e excede o limite sendo por isso necessário adoptar medidas adequadas de
conservação do solo pra diminuir as perdas de solo por erosão.

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

4. Avaliação de terra

Unidade 1 Unidade 2
Característica Aptidão Característica Aptidão
Precipitação anual (mm) 624 S2 624 S2
Comprimento do período 154 S1-0 154 S1-0
de crescimento (dias)

Precipitação do período 529 S3 529 S3


de crescimento (mm)

Temperatura média do 26 26 S1-1


período de crescimento
(oC)
Declive (%) 6 S2 2 S1-1
Frequência de inundação
(classe)
Classe de drenagem Moderada S1-1 Imperfeita S3

Profundidade efectiva <30 S3 <30 S3


(cm)
Classe textural AF-FAgAr S2 FA S2

Fragmentos de rocha (%)

Carbono-org (%) 3,6 S1-1 1,35 S1-1


PH Mod acido (5-6) S1-0 Lac-Lalc S1-1

CEe (mS.cm-1) 0-2 S1-1 02/abr S1-0


PST (%) nao sodico 0-2 S1-1 Nao - moderad 1-25 S2

Aptidao S3 S3

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

5. Necessidades de medidas de conservação

5.1. Medidas de conservação de solos:


➢ Medidas biológicas: Reflorestamento, Plantação de árvores de produção,
Estabelecimento de pastagens, Rotação de culturas, Sistema de cultivo adaptado e
Culturas múltiplas.
➢ Medidas de melhoramento do solo: Cobertura morta (mulching), Leys, Melhoramento
da fertilidade e Operações adaptadas de cultivo (Tillage).
➢ Medidas de maneio do terreno: Cultivo paralelo às curvas de nível e Cultivo em faixas.
➢ Medidas mecânicas: Terracing e Linhas de pedras.
5.1.1. Determinação e justificação para cada tipo de uso de terra deste estudo as medidas que
devem ser aplicadas para diminuir a erosão até a um nível aceitável.
➢ Áreas com plantações e cultivadas em sequeiro aponta-se o uso de medidas biológicas
e medidas de melhoramento do solo visto que além de ter um declive baixo, a presença
de actividade de agricultura pode levar a degradação do solo.
➢ A área com vegetação tipo pradaria recomenda-se as medidas mecânicas, pois esta área
possui declive ingremes. Como esta unidade possui vegetação de tipo pradaria,
recomenda-se também a plantação das árvores a fim de diminuir a velocidade de fluxo
de água e ação directa da força das gotas de chuva no solo.
➢ A área com floresta de baixa altitude aberta as medidas que se recomenda são medidas
biológicas especialmente reflorestamento (com árvores altas) e estabelecimento de
pastagens nas zonas abertas.
➢ Para a área com vegetação de tipo matagal médio recomenda-se medida biológicas
especialmente reflorestamento (com árvores de altura média a altas) e medidas
mecânicas especialmente estabelecimento de bom sistema de drenagem.
➢ Para a área com formação herbácea, as medidas recomendadas são geralmente medidas
preventivos uma vez que esta zona já possui vegetações baixas com árvores que dão
boa variabilidade de altura geral das vegetações na zona.

5.2. Terraços de valas


➢ Na área de estudo os terraços de valas são mais apropriados para terrenos menos
inclinados.
➢ Calcular a distância entre os possíveis terraços com as fórmulas de Stewards e Saccardy

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

Factor Unidade 1 Unidade 2


Clima 25 25
Solo 15 15
Uso da terra 25 25
Manutenção 25 25
Gestão 25 25
Stewards
Ks 115 115
S 6 2
x 19,2 57,5
v 1,2 1,5
Saccardy
Z3 20 10
Z 2,71415 2,15427
x 33,9268 53,8567

➢ Comparação dos resultados


• As duas distâncias calculadas usando as duas fórmulas são diferentes, uma
distância maior entre valas é apropriada numa área com declive baixo enquanto
uma distância menor entre valas é apropriada para áreas com declive ingreme.
• Considerando que o terraceamento é usado em superfícies com declives
elevados, esta prática não seria necessária na unidade 2, pois o declive é baixo.
Sendo assim, será desenhado para a unidade 1, com base na equação de
Stewards.

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

5.3. Desenhar um sistema de terraços na área determinada.

Imagem 2: Os terraços de vala.

Imagem 3: Direção do fluxo de água nos canais de terraços e no canal principal de drenagem

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

5.4. Calcular o caudal máximo para o dimensionamento da vala do terraço com a fórmula
Racional.
Qp = c * I * A
Onde: Qp = descarga máxima na saída (m3/s)
c = coeficiente de escoamento (-)
I = Intensidade da chuva durante o tempo de concentração (m/s)
A = Área da bacia (m2)

𝐿1 𝐿2
Tc = +
𝑉0 𝑣𝑐

Tc = Tempo de concentração (s); L1 = distancia entre dois terraços (m); L2 = comprimento da


vala do terraço (m); vo = velocidade de escoamento (m/s); vc = velocidade máxima aceitável
na vala do terraço (m/s)

vc = 0.55m/s; vo = 𝛼√𝑠; 𝛼 = 0.273; s = 8 %; então, vo = 0.273√8 = 0.77m/s; L1 = 6m; L2 =


400m
6 400
Tc = + 0.55 = 735,1s = 12min; P24hr.Tr=10anos = 130mm
0.77

0.84∗𝑃24ℎ𝑟𝑇𝑟10𝑎𝑛𝑜𝑠 0.84∗130
P13min = = = 27,6mm
3.95 3.95

𝑃13𝑚𝑖𝑛 27.6𝑚𝑚
I= = = 0.038mm/s = 3.8*10-5m/s
𝑡𝑐 735.1𝑠

Coeficiente de escoamento, c = 0.10

Área de bacia, considerando uma vala de secção triangular A = zd2, onde z = 1 e profundidade
d = 0.8m

A = 1*0.82 = 0.64m2

Qp = 0.10 *3.8*10-5m/s * 0.64m2 = 1,02*10-6m3/s


O caudal máximo para o dimensionamento da vala do terraço = 1,02*10-6m3/s

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Avaliação de Terras e Plano de Conservação dos Solos 9 de Maio de 2020

6. Referencia Bibliográfica

➢ Cordeiro, P.C. do Afonseca, 1996. Correlação entre índices de erosividade e


características de precipitação facilmente mensuráveis da Beira e Maputo.
Universidade Eduardo Mondlane, Fac. De Agronomia e Engenharia Florestal; Tese de
licenciatura: 73 pp
➢ Ministério da Administração Estatal (MAE). 2014. Perfil Do Distrito De Milange.
Direcção Nacional da Administração Local.
➢ Boot, U. A., Berg, M. van den, Djik, K. J. van e Massingue, F. 2006. Apontamentos de
Tecnologia e Conservação do Solo. FAEF-UEM. Maputo.

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