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Fotogrametria

„ Introdução
„ Histórico
„ Processos envolvidos no aerolevantamento;
„ Escala
„ Aplicações
INTRODUÇÃO

„ Definição de Fotogrametria:
„ Fotogrametria é a arte, ciência e tecnologia de obtenção de
informação confiável sobre objetos físicos e o meio ambiente
através de processos de registro, medição e interpretação de
imagens fotográficas e padrões de energia eletromagnética;

„ palavra grega photos, que significa luz,


„ gramma, que significa algo desenhado ou escrito e
„ metron, que significa "medir“;
Fotogrametria
„ Fotogrametria (métrica): métodos de obtenção de dados
quantitativos, como coordenadas, áreas, etc.., a partir dos quais
são elaborados os mapas e cartas topográficas

„ Fotointerpretação, que consiste em obter dados qualitativos a


partir da análise das fotografias e de imagens de satélite.

„ Videogrametria, Videometria, Fotogrametria eletrônica,


Fotogrametria digital, Fotogrametria em tempo real –
relacionados à tecnologia de imageamento de vídeo, de
dispositivos de digitalização e de câmaras digitais;
Fotogrametria

„ Quanto à participação instrumental:


„ Fotogrametria analógica:
„ Fotogrametria analítica
„ Fotogrametria digital
„ Posição e orientação a plataforma de coleta:
„ Aerofotogrametria
„ Fotogrametria Terrestre e Fotogrametria à Curta-distância
„ Fotogrametria Espacial ou Orbital
„ Estereofotogrametria
„ Fotogrametria Assistida por Computador
HISTÓRICO DA FOTOGRAMETRIA
HISTÓRICO DA FOTOGRAMETRIA

„ Aristóteles, em 350 A.C. já mencionava como projetar imagens


por meio ótico;
„ Leonardo da Vinci, em 1492 demonstrou graficamente os
princípios da aerodinâmica e da projeção ótica. Também
projetou mecanismos para o polimento de lentes;
„ Albrecht Drer, produziu um esboço das leis da perspectiva e, em
1525, construiu um aparato mecânico para desenhar
perspectivas verdadeiras; também construiu um mecanismo
para produzir desenhos estereoscópicos.
„ O astrônomo alemão Johannes Kepler, por volta de 1600,
formulou uma definição precisa para estereoscopia;
Dispositivo mecânico renascentista para
desenhar perspectivas
O pintor florentino Jacopo Chimenti produziu o
primeiro par estereoscópico desenhado a mão
Conceito de estereoscopia foi usado pela primeira vez em um
levantamento prático, para construção de cartas topográficas,
pelo suiço F. Kapeller, em 1726;
Gerações da Fotogrametria

(SCHENK, 1999).
Histórico

„ Gerações da Fotogrametria
„ Primeira Geração (1840 - 1900)
„ Fase iniciada com a invenção de Louis Daguerre;
„ Primeiros resultados com Fotogrametria a bordo de balões e com
câmaras terrestres;
„ primeiros livros textos sobre Fotogrametria;
„ Segunda Geração (1900-1960)
„ Fotogrametria Analógica;
„ Uso de câmaras aéreas e aviões;
„ retificadores analógicos e restituidores estereofotogramétricos;
„ teoria e fundamentos matemáticos;
„ instrumentos continuam sendo usados até hoje;
HISTÓRICO DA FOTOGRAMETRIA (cont)

„ no século XVII o Dr. Brook Taylor publicou trabalhos sobre


perspectiva linear;
„ 1759 J. H. Lambert - tratado clássico sobre a perspectiva;
„ 1839 - invenção da fotografia - Louis Daguerre (Hercule
Florence);
„ 1840 - geodesista francês Arago demonstrou a viabilidade do
uso de fotografias nos levantamentos topográficos;
„ 1849 - Aimé Laussedat - fotografias a bordo de balões; depois
concentrou seus esforços no mapeamento usando fotogrametria
terrestre;
„ 1909 - Carl Pulfrich iniciou experimentos com estereo pares –
princípio da marca flutuante;
HISTÓRICO
„ 1899 –
„ T. Scheimpflug –
Teoria do duplo
projetor óptico;
HISTÓRICO DA FOTOGRAMETRIA (cont)

„ 1913 - o avião foi utilizado pela primeira vez para a tomada de


fotografias aéreas com o objetivo de mapeamento;
„ 1918 – 1945 - a Aerofotogrametria tornou-se uma tecnologia
largamente utilizada para a produção de mapas; equipamentos
de restituição como Multiplex e do Estereoplanígrafo; principais
métodos analógicos como as técnicas de orientação empírica e a
aerotriangulação analógica;
Histórico
„ Exemplo de
restituidor
analógico
HISTÓRICO DA FOTOGRAMETRIA (cont)

„ Década de 1950 – utilização do computador para cálculos de


blocos de aerotriangulação;
„ 1958 – Helava - protótipo do restituidor analítico;
„ 1976 - modelos comerciais de restituidores analíticos;
„ Década de 1990 – Fotogrametria Digital com fotos analógicas
digitalizadas em scanners fotogramétricos; automação de
processos fotogramétricos como a geração de ortofotos e de
Modelos Digitais de Terreno;
„ 2000 – Apresentação de câmaras digitais fotogramétricas em
Amsterdan;
INTRODUÇÃO
„ Terceira Geração (1960-1990)
„ Fotogrametria Analítica;

„ Restituidores Analíticos e Restituição numérica assistida por computador;

„ U.V.Helava, inventor do Rest. Analítico (1957);

„ Aerotriangulação por modelos independentes e por feixes perspectivos;

„ Quarta Geração (1990 - )


„ Fotogrametria Digital e Visão de Máquina;

„ todo o processo é numérico, desde a coleta até a saída dos dados;

„ avanço na ciência da computação e no hardware disponível;

„ câmaras digitais e scanners;


Histórico
1976 - modelos comerciais de restituidores analíticos;
Histórico
„ Década de 1990 – Fotogrametria Digital com fotos
analógicas digitalizadas em scanners fotogramétricos;
automação de processos fotogramétricos como a
geração de ortofotos e de Modelos Digitais de Terreno;
„ 2000 – Apresentação de câmaras digitais
fotogramétricas em Amsterdan;
Vantagens da Fotogrametria:

„ O objeto a ser medido não é tocado;


„ A aquisição dos dados é rápida;
„ Os fotogramas armazenam grandes quantidades de informações
semânticas e geométricas;
„ As fotografias são documentos legais relativos à época de sua
tomada;
„ Podem ser medidos movimentos e deformações;
„ Os fotogramas podem ser medidos a qualquer momento que se
desejar, podendo-se repetir a medida várias vezes;
„ A precisão pode ser aumentada de acordo com as necessidades
particulares de cada projeto;
„ Superfícies complicadas podem ser facilmente determinadas
com a densidade desejada;
Métodos de coleta de dados Geoespaciais

„ Métodos Diretos:
„ Topografia e Geodésia por Satélite;
„ Sensores Remotos:
„ Ativos
„ Varredura a Laser;
„ Radar
„ Passivos (óticos)
„ Fotografia convencional;
„ Imagens digitais
Processamento fotogramétrico convencional

Projeto fotogramétrico e Plano de vôo

Vôo e tomada dos fotogramas

Processamento fotográfico e digitalização Reproduções


e ampliações

Determinação do apoio de campo

AEROTRIANGULAÇÃO:

RESTITUIÇÃO Edição dos dados

Orientação do modelo ORTOFOTOS Plotagem final

Coleta digital das Coleta digital da altimetria: Exportação em


feições planimétricas Curvas de nível ou diferentes
Modelo Digital do Terreno formatos
Seqüência de processamento
Plano de vôo
Qf
B

HV
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

ALTURA
DE VOO
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

Superposição
Longitudinal
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

MODELO

Superposição Normalmente
Longitudinal é de 60%
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

Entre a 1a e 3a fotos há
uma superposição de
10%
1 2 3

Superposição
Longitudinal
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

Superposição
Longitudinal
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA

Superposição
Longitudinal
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 1

FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 1
BLOCO
FAIXA 2
Seqüência de processamento
Execução do voo fotogramétrico

LINHA DE VOO

FAIXA 1
BLOCO
FAIXA 2
Processamento fotográfico e digitalização

Exemplos de emulsões

Fonte: Esteio S.A.


Processamento fotográfico e digitalização
COPIADOR DE FOTOGRAFIAS AÉREAS

Fonte: Nóbrega (2002)


Processamento fotográfico e digitalização

AMPLIAÇÃO

Fonte: Esteio S.A.


Processamento fotográfico e digitalização

SCANNERS
FOTOGRAMÉTRICOS
Determinação do apoio de campo
„ Há necessidade de pontos
fotoidentificáveis, cujas
coordenadas de terreno sejam
conhecidas;
„ São os pontos de apoio.
Determinação do apoio de campo
„ Estes pontos são identificados nas
fotos e depois levantados em campo,
normalmente com GPS

Levantamento em campo
com GPS

Detalhe da fotografia
aérea mostrando o ponto
a ser levantado
AEROTRIANGULAÇÃO

„ É um processo numérico que permite calcular:


1. As posições e inclinações de cada foto; e:
2. As coordenadas de terreno de pontos medidos nas fotos
(pontos de passagem)
Pontos de
passagem

Pontos de
apoio
RESTITUIÇÃO

„ É possível, após a determinação da orientação


exterior, restituir as feições de interesse:
„ Planimétricas;
„ Altimétricas;
„ Isto é feito em instrumentos restituidores, que
hoje são digitais;
RESTITUIÇÃO

„ Restituidores
analógicos
RESTITUIÇÃO

„ Restituidores digitais
RESTITUIÇÃO PLANIMÉTRICA
Fonte: Esteio Aerolevantamento
RESTITUIÇÃO PLANIMÉTRICA

Fonte: Engemap, município


de Tarumã
RESTITUIÇÃO ALTIMÉTRICA

Fonte: Engemap, BRVias


RESTITUIÇÃO PLANOALTIMÉTRICA

Fonte: Engemap, município


de Tarumã
Modelo Digital de Terreno

„ Feições topográficas originais

Fonte: http://www.softree.com/
Modelo Digital de Terreno

„ Modelo – Rede
de triângulos
irregulares - TIN

Fonte: http://www.softree.com/
Modelo Digital de Terreno

„ Curvas de nível
geradas a partir
do TIN

Fonte: http://www.softree.com/
Modelo Digital de Terreno

„ Modelo renderizado

Fonte: http://www.softree.com/
Modelo Digital de Terreno
„ Vetores de inclinação de
vertentes:
„ Os vetores indicam a direção da
inclinação e magnitude

Fonte: http://www.softree.com/
MODELOS DIGITAIS DE TERRENO

„ Visualização em anaglifo de um MDT


ORTOFOTOCARTAS

GSD: 20 cm
Principais produtos fotogramétricos:
„ fotografias aéreas;
„ mosaicos;
„ ortofotografias;
„ ortofotomosaicos e ortofotocartas;
„ mosaicos de imagens de radar;
„ cartas planimétricas;
„ cartas topográficas;
„ mapas temáticos;
„ modelo digital do terreno (DTM);
„ coordenadas de terreno e lista de altitudes;
„ lista de coordenadas espaciais (fotog.à curta
distância).
ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL

„ Escala é a razão entre uma distância medida em um mapa


ou desenho e a distância correspondente no terreno.
„ Por exemplo, se 1 cm no mapa representar 100 m no
terreno, a escala será expressa como 1:10.000.
„ mapa é uma projeção ortográfica da superfície do terreno;
todos os pontos no mapa estão em suas verdadeiras
posições horizontais;
„ a fotografia é uma projeção perspectiva; as áreas do terreno
que estiverem mais próximas da câmara, no momento da
exposição, aparecerão maiores do que as correspondentes
que estiverem mais distantes da câmara.
ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL

a fotografia é uma projeção perspectiva; as áreas do terreno que estiverem


mais próximas da câmara, no momento da exposição, aparecerão maiores
do que as correspondentes que estiverem mais distantes da câmara.
ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL

Distância no topo é maior na foto

Distância na base
ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL
L L

f f
a o b a o b

H B
H

A
B A
hB
hA
h
Datum Datum

(a) (b)

„ escala da fotografia é a relação entre as distâncias ab/AB. Dos triângulos


semelhantes, temos que:
ab/AB = f/(H - h) (1)
„ Portanto:
Eh = f / (H - h) (2)
ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL

„ se a fotografia não for perfeitamente vertical, a escala também


será afetada pela inclinação. Mesmo se o terreno for plano, a
escala variará dependendo da posição na foto.

Eixo de inclinaçao
APLICAÇÕES DA FOTOGRAMETRIA

„ MAPEAMENTO
TOPOGRÁFICO
APLICAÇÕES NÃO CARTOGRÁFICAS

Aplicacoes_Fotogrametria_FOTO1_.ppt
Aplicações de Fotogrametria a curta
distância
• Registro arquitetônico;
• Registro arqueológico;
• Bioestereometria;
• Modelos Digitais de terreno;
• Medições industriais e Visão de Máquina;
• Engenharia Reversa;
• Monitoramento de estruturas;
• Mensuração de deformações estáticas e dinâmicas;
• Mapeamento topográfico
• Precisão esperada:
– A 10 m do objeto <mm
– 100m - 300m do objeto : cm
(esquerda) Uma restituição fotogramétrica convencional de uma
fachada;
(direita) Uma nuvem de pontos, do mesmo sítio coletada, por
varredura laser.
Fotogrametria na Arqueologia
• Arqueologia e prospecção de paisagens
• Escavações;
• Registro de Cavernas e Pinturas
rupestres;
• Registro de achados;
STROEGEN, Austria

Dois fossos
concêntricos podem ser
vistos como “negativos”
nas plantações.
Pertencem ao período
neolítico.
No centro percebem-se
os traços retangulares
da escavação
arqueológica.
Aplicações industriais –
sondagem
Inspeção
Modelamento de plantas industriais

Modelo produzido por processos fotogramétricos para o as built da


reforma das instalações de uma instalação para produção de papel.

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