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APOSTILA DE MATEMÁTICA BÁSICA

1. Simplifique

−3 −2 3−1
−1
3.( 4 ) +6.( 4 )−4
a. [ −3 −1
] +4
7.( 4 ) +2
1
2 2 2
(2 ) +3²
[ ] ÷[0,5+(3)−1 ]
22 .3²
b. 1 1
1 −2 (2)2
( ) +
2+3 2−3

1
( .√16) 1
√64
c. 64
. 16−2 +
8−2 24 .2−1

1. CONJUNTOS NUMÉRICOS

Figura 1 - Classe dos números.

𝑁 – Naturais
São os números positivos inclusive o zero, que representem uma contagem inteira.
𝑁 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, … }
Não há números naturais negativos.
Subconjunto dos números naturais
Representado por N*, esse conjunto representa os números naturais não nulos, ou seja, sem a
presença do zero.
𝑁 ∗ = {1, 2, 3, 4 … }
Sempre que houver a presença do * em qualquer conjunto numérico significa que o elemento
zero não faz parte do conjunto.
ℤ – Inteiros
São os números naturais e seus opostos – negativos.
𝑍 = {… , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, … }
Não há números inteiros em fração ou decimal.
Subconjuntos dos números inteiros
Inteiros não negativos
Os números negativos não fazem parte desse conjunto. Porém, o zero aparece presente nesse
conjunto por se tratar de um número neutro.
ℤ + = { 0, 1, 2, 3, 4…}
Inteiros positivos
Esse conjunto contempla apenas os números positivos e por isso o zero não aparece.
ℤ*+ = { 1, 2, 3, 4…}

Inteiros não positivos


Todos os números positivos não fazem parte do conjunto. Note que o * não está presente. Por
isso, o zero faz parte do conjunto
ℤ _ = {…-4, -3, -2, -1, 0}
Inteiros negativos
Nesse conjunto, todos os números positivos e o zero não fazem parte do conjunto.
ℤ*_ = {… -4, -3, -2, -1}
Inteiros não nulos
Esse conjunto não tem a presença do zero, mas os demais números fazem parte do conjunto
ℤ * = {… -4,-3, -2, -1, 1, 2, 3, 4…}
Q – Racionais
São todos os números na forma decimal exata, periódica ou na forma de fração.
17 5 4 1 1 1 7
𝑄 = {… , − , − , − , − , 0, , , , … }
6 2 3 2 3 2 4
Exemplos:
Números decimais na forma exata: {1,2; 3,654; 0,00005; 105,27272};
Números decimais na forma periódica:
2,333333 … = 2, 3 3,0222 … = 3,02 10,232323 … = 10, 23

I – Irracionais

São todas as decimais não exatas e não periódicas.

√2 𝜋
𝐼 = {… , − , √3, 𝜋, , … }
6 2

𝑅– Reais

É a união dos conjuntos numéricos citados acima. Portanto, todo número, seja N, Z, Q ou I é
um número R (real).
As raízes em que o radicando seja negativo e o índice par não são reais.

Intervalos Reais

Os intervalos numéricos são subconjuntos dos números Reais R.

Exemplos de intervalos de números reais


Intervalo aberto
]2, 7[ = {𝑥 ∈ 𝑅 | 2 < 𝑥 < 7}

Esse intervalo vai de 2 até 7, porém os números 2 e 7 não fazem parte do intervalo

Intervalo fechado
[2, 7] = {𝑥 ∈ 𝑅 | 2 ≤ 𝑥 ≤ 7}

O intervalo vai de 2 até 7, ou seja, o intervalo é maior ou igual a 2 e menor ou igual a 7.

Intervalo determinado por desigualdade


[2, 7[ = {𝑥 ∈ 𝑅 | 2 ≤ 𝑥 < 7}

O intervalo vai de 2 até 7, porém o 7 não faz parte do intervalo

Intervalo aberto infinito


]2, + ∞[ = {𝑥 ∈ 𝑅 | 2 > ∞}

Esse intervalo contém todos os números maiores que 2.

2. AS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Valor Absoluto ou Módulo

Representa a distância de um número até o zero (ou origem). Sendo assim, o módulo, por
representar distância, é sempre positivo e representado por | |.

Regra de Sinais

Soma e Subtração

Sinais Iguais: Somam-se os valores absolutos e dá-se o sinal comum.


+5 + 8 = +13
−5 − 8 = −13
Sinais diferentes: Subtraem-se os valores absolutos e dá-se o sinal do maior.
+5 − 8 = −3
−5 + 8 = +3
Multiplicação e Divisão
Sinais Iguais: O resultado é positivo
(+4). (+5) = +20
(−4). (−3) = +12

Sinais diferentes: O resultado é negativo


(+6). (−7) = −42
(−5). (+8) = −40

Expressões numéricas

Expressões numéricas são sequências de duas ou mais operações que devem ser realizadas
respeitando determinada ordem.
Para resolver expressões numéricas realizamos primeiro as operações de potenciação e
radiciação, multiplicação e divisão, na ordem em que estas estiverem indicadas, e depois
adições e subtrações. Em expressões que aparecem sinais de reunião: ( ): parênteses, [ ]:
colchetes e { }: chaves, efetuam-se as operações eliminando-se, na ordem: parênteses,
colchetes e chaves, isto é, dos sinais interiores para os exteriores. Quando à frente do sinal da
reunião eliminado estiver o sinal negativo, trocam-se todos os sinais dos termos internos.

Exemplo:
a) 2 + [ 2 – ( 3 + 2 )– 1 ] =
b) 2 + { 3 – [ 1 + ( 2 – 5 + 4 )] + 8 } =
c) { 2 – [ 3 ∗ 4 ∶ 2 – 2 ( 3 – 1 )]} + 1 =
d) 6 ÷ 2. [8 ÷ 4. (2)] =

3. FRAÇÕES ORDINÁRIAS
Definição: Fração é um quociente indicado onde o dividendo é o numerador e o divisor é o
denominador.
As frações que serão apresentadas a seguir, partem de um círculo inteiro que ao ser dividido
em partes iguais formam as frações

1 3 120
A fração é própria quando o numerador é menor do que o denominador: 2 , 5 , 210, etc.

A fração e imprópria quando o numerador é maior que o denominador, sendo possível


representá-la por um número misto e reciprocamente.

Exemplos:
10 3 10
a) 7 = 1 7 pois 7 possui resto 3

28 3 28
b) 5
= 5 5 pois 5
possui resto 3

Propriedade: Multiplicando ou dividindo os termos de uma fração por um número diferente


de zero obtém-se uma fração equivalente à inicial.
Exemplos:
2 2𝑥2 4
a) = =
5 5𝑥2 10

3 3:3 1
b) 9
= 9:3 = 3

Soma Algébrica de frações

Reduzem-se ao menor denominador comum e somam-se algebricamente os numeradores.


OBS: O menor denominador comum é o m.m.c. dos denominadores.

Exemplos:
5 2 7 1 2 3+10 13 1 1 2 10+15+12 37
a) + = b) + = = c) + − = =
9 9 9 5 3 15 15 3 2 5 30 30

Multiplicação de frações

A multiplicação de frações é feita multiplicando os numeradores entre si, bem como seus
denominadores.

Exemplos:
1 3 1 1
a) .
2 5
= b)(− 2) . 4 . 3 =

Divisão de frações

Na divisão entre duas frações, multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda, ou seja,
inverte-se o numerador e o denominador da segunda fração.
Exemplos:
1 1
− 5
2 2
a) 1 b) 3
c) 2
3 3

Exercícios

1 – Simplifique
a)
1 1 1 3 3 3 3 3
1+1+1 1+1+1 1+
= = 2 = 2 = 2 = 2 = 2 =2
1 1 1 1 2 2 3+2 5
1+ 1 1+ 1 1+ 1 1+ 3 1+1⋅3 1+3 3 3
1+ 1+ 1+ 2
1+1 1+1 2

3 3 9
= ⋅ =
2 5 10
b)

1 1 1 6+4−3 7
2 + 3 − 4 : ( 9 − 1) = 12 :(
9 − 17
)= 12 : (− 8 ) = 7 ⋅ 12 : (− 8 )
2 3 17 8+9 17 17 17 12 17 17
3+4 12 12
7 17 7
= ⋅ (− ) = −
17 8 8
c)

1
1+2
1+ 2
1
2−1
d)
1
1+
1
1+ 1
1+
5
e)
1
1+
1
1+ 1
1+8

1 3
2 – Dos moradores de Pirapora, vota em João e em Maria. Que fração da população não
3 5
vota em ninguém?
5
3 – João e Maria juntaram dinheiro para comprar um videogame. João pagou por do preço e
8
Maria contribuiu com R$ 45,00. Quanto custa o videogame?
4 - Carlos fez uma viagem de 1 210 km, sendo 7/11 de aeroplano; 2/5 do resto, de trem, 3/8
do novo resto, de automóvel e os demais quilômetros, a cavalo. Calcule quantos quilômetros
Carlos percorreu a cavalo.
5 – Um ciclista percorreu 5/9 de uma estrada e ainda faltam 80 Km. Quantos quilômetros o
ciclista percorreu?
6- Um automóvel, modelo flex, consome 34 litros de gasolina para percorrer 374 km. Quando
se opta pelo uso do álcool, o automóvel consome 37 litros deste combustível para percorrer
259 km. Suponha que um litro de gasolina custe R$ 6,60. Qual deve ser o preço do litro do
álcool para que o custo do quilômetro rodado por esse automóvel, usando somente gasolina
ou somente álcool como combustível, seja o mesmo?
(a) R$ 3,00 (b) R$ 3,30 (c) R$ 3,60 (d) R$ 3,90 (e) R$ 4,20
4. POTÊNCIAÇÃO

Definição: Seja um número real A e um número natural n, com n > 1, chamamos de potência
de base A e expoente n o número 𝐴𝑛 , isto é, o produto de n fatores iguais a A.
𝐴𝑛 = 𝐴𝑥𝐴𝑥𝐴𝑥 … 𝑥𝐴
Exemplo:

a² = a.a, com n = 2;
a³ = a.a.a, com n = 3;

Chamamos A de base e n de expoente, e a multiplicação sucessiva após a igualdade chamamos


de potência.

A base nesse caso é o número que se repete, o expoente é a quantidade de vezes que esse
número se repetiu e a potência é o resultado.

CASOS PARTICULARES DE POTÊNCIAÇÃO


a) Todas as potências com expoente 1 é igual a base. Logo:
a¹ = a
Exemplo:
2¹ = 2;
25¹ = 25
b) Todas as potências com expoente igual a zero é igual a 1. Logo:
𝑎0 = 1
Exemplo:
300 = 1
800 = 1
c) Toda potência de expoente par é positiva:
(− 2)4 = 16; 24 = 16; (- 3)² = 9; 3² = 9
d) Toda potência de expoente ímpar tem o sinal da base:
3³ = 27 ; (- 3)³ = - 27 25 = 32 ; (−2)5 = - 32

Multiplicação de potências de mesma base


Mantém-se a base comum e soma-se os expoentes.
𝑎𝑚 . 𝑎𝑛 = 𝑎𝑚+𝑛

Exemplo: 52.53 = 52 + 3

Divisão de potências de mesma base

Ao dividirmos potências não-nulas de mesma base, devemos proceder da seguinte


forma: conservar a base e subtrair os expoentes.

𝑎𝑚
= 𝑎𝑚−𝑛
𝑎𝑛
54
Exemplo: 52 = 54−2 = 52
Multiplicação de potências com o mesmo expoente

Quando multiplicarmos uma potência com o mesmo expoente podemos conservar o expoente
e multiplicar as bases.

𝑎𝑛 . 𝑏 𝑛 = (𝑎. 𝑏)𝑛

Exemplo: (3² . 2²) = (3 . 2)²

Divisão de potências de mesmo expoente

Numa divisão com expoente devemos elevar tanto o numerador quanto o denominador ao
expoente.

𝑎𝑛 𝑎 𝑛
= ( )
𝑏𝑛 𝑏
22 2 2
Exemplo: 72 = (7)

Potência de potência

Neste caso, devemos conservar a base e multiplicar os expoentes.

(𝑎𝑚 )𝑛 = 𝑎𝑚 𝑥 𝑛

Exemplo:

(43 )2 = 43 𝑥 2 = 46

Potência com expoente negativo


Seja a um número real diferente de zero, e n um número natural, chamamos de potência de
base a e expoente -n o número 𝑎−𝑛 , que é o número inverso de 𝑎𝑛 .

1
𝑎−𝑛 =
𝑎𝑛
Realmente:
23 23 1 23
{ 7 = 3 4 = 4 7 = 23−7 = 2−4
2 2 .2 2 2

Exemplo:

1 1
5−2 = 2
=
5 25

Potências de 10
Efetuam-se as potências de 10 escrevendo à direita da unidade tantos zeros quantas forem as
unidades do expoente.

Exemplos:
a) 10² = 100
b) 107 = 10 000 000
c) 200 = 2 x 100 = 2 x 10²
d) 4000 = 4 x 10³
e) 300 000 = 3 x 105
f) 3 *108 = 300 000 000

Números decimais
Todo número decimal equivalente a um produto do qual um fator é o número escrito como
inteiro, e outro é uma potência de dez com expoente negativo, com tantas unidades no
expoente quantas são as ordens decimais.
Exemplos:
a) 0,001 = 10−3
b) 0,002 = 2 x 10−3
c) 0,00008 = 8 x 10−5
d) 1,255 = 1255 * 10−3
e) 2 x 10−3= 0,002

EXERCÍCIOS
1. O valor da expressão abaixo é:
1 1
1−( − )
6 3
1 1 2 3
(6 + 2) + 2

a) 1/2 b) 3/4 c)7/6 d)3/5 e)-3/5


2. Calcule o calor de 𝐸 = [10−2 + (−10)−1 ]−1

3. O valor de 4.2² ÷ 2. (2 + 2) é:

4. Qual a nona parte de 2720

5. Qual é a metade do número 212 + 3. 210

93 .3−2
6. Escrevendo a expressão 33 .274 como uma única potência de 3, obtém-se:

2
0,001 . 10004
7. Simplifique a expressão: ( 105
) . (0,001)3

3 2
8. Calcule 164 . (−8)−3

9. (10%)2 é igual a:

10. Das três sentenças abaixo:

I - 2𝑥+3 = 2𝑥 + 23
II - 25𝑥 = 52𝑥
III - 2𝑥 + 3𝑥 =5𝑥
a. Somente I é verdadeira;
b. Somente II é verdadeira;
c. Somente III é verdadeira;
d. Somente II é falsa;
e. Somente III é falsa.
1 0,5 1 0,2
11. O valor da expressão (4) : (32) é:

12. Simplificando a expressão

22 22
−1
(𝑥 −2 )2 . [(−𝑥 −2 )3 ]
𝑆= 23
3 2
𝑥 2 . [(−𝑥 3 )3 ]

Onde x ≠ 0, x ≠ 1 e x ≠ - 1, obtem-se:
a. −𝑥 −94
b. 𝑥 94
c. 𝑥 −94
d. −𝑥 94
13. Qual dos números a seguir é o maior

a. 345
b. 920
c. 2714
d. 2439
e. 8112
14. Qual o valor de 39 + 39 + 39
a. 99
b. 327
c. 310
d. 2727
15. A gripe é uma infecção respiratória aguda de curta duração causada pelo vírus influenza.
Ao entrar no nosso organismo pelo nariz, esse vírus multiplica-se, disseminando-se para
garganta e demais partes das vias respiratórias, incluindo os pulmões.
O vírus influenza é uma partícula esférica que tem um diâmetro interno de 0,00011 mm.
Disponível em: www.gripenet.pt (adaptado)
Em notação científica, o diâmetro interno do vírus influenza, em mm, é:
a. 1,1𝑥10−1
b. 1,1𝑥10−2
c. 1,1𝑥10−3
d. 1,1𝑥10−4
e. 1,1𝑥10−5

16. Se 5𝑥+2 = 100, então 52𝑥 é igual a:


a. 4
b. 8
c. 10
d. 16
e. 100

17. Se 52𝑥 = 2, então quanto é 5−2𝑥 ?

a) -4 b) -2 c)1/2 d)1/4

18. Analise as seguintes igualdades:


1
I) 2−1 = 2;

3 −3 8
II) (− 2) = − 27;

III) 2−1 = −2;


1
IV) 2−1 = − ;
2

3 −3 27
V) (− 2) =− 8
.

a. Apenas I e II são verdadeiras;

b. Somente a III é falsa;

c. Apenas IV e V são verdadeiras;

d. Apenas III e V são falsas;

e. Somente a IV é verdadeira.

22003 .91001 22002 .91001


19. O valor da soma 1001 2003 + é:
4 .3 4 1001 .32003

a) 1/3 b)2/3 c)1 d)4/3 e)2

20. Nos trabalhos científicos, números muito grandes ou próximos de zero, são escritos
em notação científica, que consiste em um número x, tal que 1<x<10 multiplicado por
uma potência de base 10. Assim sendo, 0,00000045 deve ser escrito da seguinte
forma;
a. 0,45𝑥10−7
b. 4,5𝑥10−7
c. 45𝑥10−6
d. 4,5𝑥10−8

8𝑥
21. Se 3𝑥 − 5𝑦 = 2, qual é o valor de 32𝑦 ?

a) 1 b)2 c)3 d)4 e)5

22. Efetue utilizando potência de 10:


28 . 0,000032
0,00002
5. RADICIAÇÃO

Definição: Denomina-se raiz de índice n (ou raiz n-ésima) de A, ao número ou expressão que,
elevado à potência n reproduz A. OBS: Representa-se a raiz pelo símbolo √

𝑛 − í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑎𝑖𝑧
𝑛
√𝐴 { 𝐴 − 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜
√ − 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑐𝑎𝑙

Assim:
a) √16 = 4 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 42 = 16
3
b) √8 = 2 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 23 = 8
3
c) √−125 = −5 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 − 53 = −125
d) √−144 não é um número real. Não existe um número real que quando elevado ao
quadrado nos retorne um valor negativo.
Condição de existência de radicais
Raízes com índices pares de números negativos não existem nos reais:
𝑛
√−𝑎 = ∅ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 2,4,6 …
Já com índices ímpares é possível. No caso:
𝑛
√−𝑎 ≠ ∅ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 3,5,7 …
Propriedade:
É possível retirar um fator do radical, basta que se divida o expoente do radicando pelo índice
do radical.

Exemplos:
a) √12 = √22 . 3 = 2√3
b) √180 = √22 . 32 . 5 = 2.3√5 = 6√5
4
c) √38 = 32
Reciprocamente, para introduzir um fator no radical, multiplica-se o expoente do fator pelo
índice do radical. Assim:
3 3
3√2 = √33 . 2
Adição e subtração de radicais semelhantes
Radicais de mesmo índice e mesmo radicando são semelhantes. Na adição e subtração de
radicais semelhantes, operam-se os coeficientes e conserva-se o radical.
𝑛 𝑛 𝑛
𝑥 √𝑎 + 𝑦 √𝑎 = (𝑥 + 𝑦) √𝑎

Exemplos:
a) 3√2 + 5√2 – 10√2 =

3 3 3 3
b) 3√2 + 6√3 − 5√2 − √3 =

Multiplicação e divisão de radicais de mesmo índice


Multiplicam-se (dividem-se) os radicandos e dá-se ao produto (quociente) o índice comum.
𝑛 𝑛 𝑛
√𝑎 . √𝑏 = √𝑎. 𝑏
𝑛
√𝑎 𝑛 𝑎
𝑛 = √ (𝑏 ≠ 0)
√𝑏 𝑏

Exemplos:
a) √2. √3 = √2.3 = √6
√6 6
b) = √3 = √2
√3

Multiplicação e divisão de radicais de índices diferentes

𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
𝑛 𝑚
√𝑎𝑝 . √𝑏 𝑞 = √𝑎𝑝.𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
𝑛
𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
. 𝑏 𝑞. 𝑚

Exemplo:
4 6 12
√2 . √5 = √23 . 52

𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
𝑎𝑝.
𝑛 𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
√𝑎 𝑝 𝑛
𝑚 = √
𝑚𝑚𝑐(𝑛,𝑚)
√𝑏 𝑞 𝑏 𝑞. 𝑚

Exemplo:
4
12 23
√2
6
= √ 2
√5 5

Potenciação de radicais
Eleva-se o radicando à potência indicada e conserva-se o índice.
𝑛 𝑚 𝑛
( √𝑎) = √𝑎𝑚

Exemplos:
4 3 4 4
a) (√3) = √33 = √27
5 2 5 5
b) (√22 . 3) = √(22 . 3)2 = √(24 . 32

Radiciação de radicais
Multiplicam-se os índices e conserva-se o radicando.
𝑛 𝑚
𝑛.𝑚
√ √𝑎 = √𝑎

Exemplos:
4
a) √√3 = √3
3
b) √√ √3 = √3
4 24

Expoente fracionário
Uma potência com expoente fracionário pode ser convertida numa raiz, cujo radicando é a
base, o índice é o denominador do expoente, sendo o numerador o expoente do radicando.
𝑚 𝑛
𝑎 𝑛 = √𝑎𝑚
Exemplos:
1
a) 22 = √2
3
4
b) 64 = √63

Racionalização de denominadores
1º Caso: O denominador é um radical do 2º grau. Neste caso multiplica-se pelo próprio radical
o numerador e o denominador da fração.
Exemplo:
5 5.√2 5.√2 5.√2
a) = 2. 2 = =
√2 √ √ √22 2
1
b) =
2√3
2º Caso: O denominador é uma soma ou diferença de dois termos em que um deles, ou
ambos, são radicais do 2º grau. Neste caso multiplica-se o numerador e o denominador pela
expressão conjugada do denominador.
OBS: A expressão conjugada de a + b é a – b.
Na racionalização aparecerá no denominador um produto do tipo:
(𝑎 + 𝑏). (𝑎 − 𝑏) = 𝑎2 − 𝑏 2

Exemplos:
1 1.(√5−√2) √5−√2 √5−√2 √5−√2
a) = = 2 2 = =
√5+√2 (√5+√2).(√5−√2) (√5) −(√2) 5−2 3
1
b) 2−√3
=
3º Caso: O denominador é um radical de índice diferente de 2. Neste caso multiplica-se o
numerador e o denominador por um termo conveniente para que desapareça o radical do
denominador:
𝑛 𝑛
√𝑎𝑛−𝑚 é 𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 √𝑎𝑚
Exemplo:
3 3 3 3
3 3 . √73−1 3 . √72 3 . √72 3 . √72
a) 3 = 3 3 = 3 3 = 3 = 7
√7 √7 . √73−1 √7 . √72 √73

Exercícios

1- Efetue
a. √5-2√5+10√5
b. √32+3√2 − √8
3 3
c. (− √2). (− √4)
6 3
d. √3. √22
4
√8
e. 4
√2
3 6
f. (√2)
3 2
g. (√2.32 )
3 3
h. √ √3
3
i. √2. √2
3 3
j. √2. √2. √2
3

2- Racionalize o denominador das frações seguintes:


1
a. 5

√3
b. 2√2
1
c. 2−√3
√3
d. 5
√22
21
e.
√3+√7
2 2 2 2
3- Qual o valor de √(2 − √2) + √(2 + √2) + √(√2 − 1) − √(1 − √2) .
4- Calcule
√125 + √45
a) 3 3
√135 + √625

3 228 + 230
𝑏) √
10

3 240 − 239 − 238


𝑐) √ √
1 −2
(2)

d) 𝑎. √𝑎−1 . √𝑎−1 . √𝑎−1

3 2 1
√643 + 32 − (23 − 1002 )
𝑓)
2−2 − 6−1

5 72
𝑔) 20 ÷ √−40 − 3 + 0,001. 105
√7

3 86 + 415
ℎ) √
4 6 + 88

√2
√2
√2
√2
𝑖) {[((√2) ) ] }

𝑥
𝑗)√ 3
√𝑥²
5- Qual é o valo de x?

𝑥 = √2 + √2 + √2 + ⋯
6- Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem ainda
inúmeras restrições teóricas ao uso e às faixas de normalidade preconizadas. O
Recíproco do Índice Ponderal (RIP), de acordo com o modelo alométrico, possui uma
melhor fundamentação matemática, já que a massa é uma variável de dimensões
cúbicas e a altura, uma variável de dimensões lineares. As fórmulas que determinam
esses índices são:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎(𝑘𝑔) 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎(𝑐𝑚)
𝐼𝑀𝐶 = 𝑅𝐼𝑃 =
[𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎(𝑚)]2 3
√𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝑘𝑔)

Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta IMC igual a 25 kg/m2 , então ela
possui RIP igual a:
1 1 1 1 1
𝑐𝑚 𝑐𝑚 𝑐𝑚 𝑐𝑚 𝑐𝑚
a) 0,4 𝑘𝑔 3 b) 2,5 𝑘𝑔 3 c) 8 𝑘𝑔 3 d) 20 𝑘𝑔 3 e) 40 𝑘𝑔 3

7- Nas margens da rodovia BR 265, existe uma cafeteria com Wi-Fi grátis para os clientes.
5 231 +234
Sendo que a senha é o resultado da operação √ , seguida da palavra CAFE.
18
Pode-se afirmar que a senha desse Wi-Fi é:
a. 28 CAFE
b. 32 CAFE
c. 45 CAFE
d. 64 CAFE
e. 72 CAFE

8- Simplifique a expressão a seguir:


√3. (√54 + √24)
√2
1
√3+
√3
9- O valor de 1 é:
√3−
√3
a) -2 b) -1 c) 1 d) 2 e) 3
10- Muitos processos fisiológicos e bioquímicos, tais como batimentos cardíacos e taxa de
respiração, apresentam escalas construídas a partir da relação entre superfície e
massa (ou volume) do animal. Uma dessas escalas, por exemplo, considera que “o
cubo da área S da superfície de um mamífero é proporcional ao quadrado de sua
massa M”.
HUGHES-HALLETT, D. et al. Cálculo e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1999 (adaptado).

Isso é equivalente a dizer que, para uma constante k > 0, a área S pode ser escrita em
função de M por meio da expressão:
3 3 3 3 3
a) 𝑆 = 𝐾. 𝑀 b) 𝑆 = 𝐾. √𝑀 c) 𝑆 = √𝐾. 𝑀 d) 𝑆 = √𝐾 . √𝑀2 e) 𝑆 = √𝐾 . 𝑀2
6. RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão
𝑎
Seja dois números genéricos a e b. A razão entre a e b é representada por 𝑏 sendo 𝑏 ≠ 0.

Proporção

Proporção é a igualdade de duas razões.


𝑎 𝑐
Seja a proporção: = . Seus elementos se denominam:
𝑏 𝑑

a - primeiro termo a e d – extremos

b – segundo termo b e c – meios

c – terceiro termo a e c – antecedentes

d – quarto termo b e d – consequentes

PROPRIEDADE FUNDAMENTAL: Em toda proporção o produto dos meios é igual ao produto


dos extremos.
𝑎 𝑐
= 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑎. 𝑑 = 𝑏. 𝑐
𝑏 𝑑
A principal aplicação desta propriedade é a determinação de um elemento desconhecido na
proporção. Exemplificando:
𝑥 20
= 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 5. 𝑥 = 20.4 𝑜𝑢 𝑥 = 16
4 5
Exemplo:

Um automóvel, modelo flex, consome 34 litros de gasolina para percorrer 374 km. Quando se
opta pelo uso do álcool, o automóvel consome 37 litros deste combustível para percorrer 259
km. Suponha que um litro de gasolina custe R$ 2,20. Qual deve ser o preço do litro do álcool
para que o custo do quilômetro rodado por esse automóvel, usando somente gasolina ou
somente álcool como combustível, seja o mesmo?

(a) R$ 1,00 (b) R$ 1,10 (c) R$ 1,20 (d) R$ 1,30 (e) R$ 1,40

Grandezas diretamente ou inversamente proporcionais

Duas grandezas x e y são denominadas:

● Diretamente proporcionais: quando a razão entre x e y é constante.


𝑥
= 𝑘 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑘. 𝑦
𝑦
● Inversamente proporcionais: quando o produto delas é constante.
𝑘
𝑥. 𝑦 = 𝑘 𝑜𝑢 𝑥 =
𝑦
Sendo k denominada constante de proporcionalidade.

Regra de três simples

Utilizamos regra de três simples na solução de problemas que envolvem grandezas


proporcionais.
Exemplos:

a) Um automóvel se desloca com velocidade constante percorrendo 40 km em 1 hora.


Qual o tempo gasto para percorrer 100 km?

Sendo a regra de três simples e direta, tem-se:


40 1
= (𝑎𝑠 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎𝑠 𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎)
100 𝑥
Aplicando a propriedade fundamental das proporções, vem:

40. 𝑥 = 1.100 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥 = 2,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠


b) Um Boeing vai do Rio de Janeiro a Recife em 2 horas e 40 minutos, num voo sem
escalas. Numa das viagens, ocorreu um pequeno defeito em seus motores e ele fez a
viagem em 3 horas e 20 minutos, a uma velocidade de 540 km/ h. Qual é a velocidade
média com que ele faz essa viagem em condições normais?

Exercícios
Resolva os seguintes exercícios:

1 - Uma bomba eleva 272 litros de água em 16 minutos. Quantos litros elevará em 1 hora e 20
minutos?

2 – Um automóvel com velocidade de 80 Km/h gasta 15 minutos em certo percurso. Se a


velocidade for reduzida para 60 km/h, que tempo. Em minutos, será gasto no mesmo
percurso?

3 - Metade de uma obra foi feita por 10 operários em 13 dias. Quantos tempo levarão para
terminar essa obra com 3 operários a mais?

4 - Um quintal pode ser ladrilhado com 500 ladrilhos de 225 cm2 de área cada um. Quantas
lajotas de 900 cm2, cada uma, são necessárias para recobrir o mesmo quintal?

5 – Para se construir um muro de 17 m² são necessários 3 trabalhadores. Quantos


trabalhadores serão necessários para construir um muro de 51 m²?
6 - Num livro de 200 páginas há 30 linhas em cada página. Se houvesse 25 linhas em cada
página, quantas páginas teriam o livro?

Regra de três Composta

Algumas situações envolvem mais de duas grandezas. A análise e a resolução de problemas


desta natureza podem envolver uma regra de três composta.

Exemplos:

a) 20 pintores, trabalhando 6 horas por dia, pintam um edifício em 4 dias. Quantos dias
serão necessários para que 6 pintores, trabalhando 8 horas por dia, pintem o mesmo
edifício?

b) Paulo é representante da Loja A Barateira. Ele costuma percorrer 1260 km em 5 dias


viajando 6 horas por dia. Em quantos dias ele percorrerá 2520 km, viajando 4 horas
por dia?

Exercícios

1- 4 trabalhadores colhem 200 caixas iguais de laranja, em 5 dias, trabalhando num certo
ritmo. Quantas caixas de laranjas, iguais a essas, serão colhidas em 3 dias, por 6
trabalhadores, no mesmo ritmo de colheita?
2- Uma viagem entre duas cidades foi feita de carro, em 4 dias, a uma velocidade de 75
km/h, viajando-se 9 horas por dia. Viajando a 90 km/h, durante 5 horas por dia, em
quantos dias iríamos de uma cidade à outra?
3- 3 torneiras iguais enchem um tanque de 5000l de capacidade, em 10 horas. Fechando
uma das torneiras, em quanto tempo as outras despejarão 3000l nesse tanque?
4- Em 50 dias, uma escola usou 6000 folhas de papel para imprimir provas do tipo A e do
Tipo B, para 1200 alunos. A escola tem 1150 alunos, no momento. Quantas folhas
serão usadas, durante 20 dias, para imprimir dois tipos de provas semelhantes às
anteriores?
5- Um criador usava 2400kg de ração para alimentar 120 cães durante 45 dias. Para
economizar gastos com o canil, ele vendeu alguns cães e passou a usar 1200kg de
ração para 3 meses. Quantos cães ele vendeu? (Use 1 mês = 30 dias.)
6- Sabe-se que 5 máquinas, todas de igual eficiência, são capazes de produzir 500 peças
em 5 dias, se operarem 5 horas por dia. Se 10 máquinas iguais às primeiras operassem
10 horas por dia durante 10 dias, qual seria o número de peças produzidas?
7- Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade de 900 m³. Quando há
necessidade de limpeza do reservatório, toda água precisa ser escoada. O escoamento
da água é feito por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservatório está cheio. Esta
indústria construirá um novo reservatório, com capacidade de 500 m³, cujo
escoamento da água deverá ser realizado em 4 horas, quando o estiver cheio. Os ralos
utilizados no novo reservatório deverão ser idênticos aos já existente. A quantidade de
ralos no novo reservatório deverá ser igual a:
a. 2
b. 4
c. 5
d. 8
e. 9
8- Em uma agência bancária, dois caixas atendem em média seis clientes em 10 minutos.
Considere que, nessa agência, todos os caixas trabalham com a mesma eficiência e
que a média citada sempre é mantida. Assim, o tempo médio necessário para que
cinco caixas atendam 45 clientes é de:
A) 45 minutos.
B) 30 minutos.
C) 20 minutos.
D) 15 minutos.
E) 10 minutos.
9- Uma indústria tem um setor totalmente automatizado. São quatro máquinas iguais,
que trabalham simultânea e ininterruptamente durante uma jornada de 6 horas. Após
esse período, as máquinas são desligadas por 30 minutos para manutenção. Se alguma
máquina precisar de manutenção, ficará parada até a próxima manutenção.
Certo dia, era necessário que as quatro máquinas produzissem um total de 9000 itens.
O Trabalho começou a ser feito às 8 horas. Durante uma jornada de 6 horas,
produziram 6000 itens, mas na manutenção observou-se que uma máquina precisava
ficar parada.
Quando o serviço foi finalizado, as três máquinas que continuaram operando passaram
por uma nova manutenção, chamada manutenção de esgotamento.
Em que horário começou a manutenção de esgotamento?
a) 16h45min
b) 18h30min
c) 19h50min
d) 21h15min
e) 22h30mim
7. OPERAÇÕES ALGÉBRICAS
As expressões algébricas são expressões que envolvem variáveis e números com operações da
aritmética. As variáveis podem assumir qualquer valor numérico.
As expressões algébricas são classificadas em dois grupos: monômios e polinômios.
Monômios
Monômio é o nome dado a expressões que apresentam apenas o produto entre coeficientes
(parte numérica) pelas variáveis (parte literal).
Exemplos:

1. 3xy: monômio onde o número 3 (coeficiente) multiplica as variáveis x e y (parte


literal);
2. 5x²yz²: monômio com o coeficiente 5 e a parte literal x²yz²;
3. x: monômio com coeficiente 1 e parte literal x, apesar de o número 1 não aparecer,
em toda variável podemos considerar a existência de um produto por 1, pois ele é
neutro na multiplicação;
4. 10: monômio com coeficiente 10 e parte literal x0, pois x0 é 1, e 10 vezes 1 é 10.

Polinômios
Os polinômios são a adição e subtração de dois ou mais monômios, o prefixo poli que dizer
muitos.
Exemplos:

● Adição: 3x + 2y + 3z
● Subtração: 2x²y – 3y – 2z
● Adição e Subtração: 3x³y²z – 2x²y + 4xyz² – xyz

Operações algébricas
Podemos realizar operações algébricas entre polinômios e monômios usando as operações
básicas da aritmética.
Soma e subtração de polinômios
Podemos somar ou subtrair monômios quando eles têm a parte literal em comum. Então,
procederemos da seguinte forma:

● Somamos ou subtraímos os coeficientes e mantemos a parte literal.

Exemplo:

● 3xy + 3xy² + 9xy – 3x²y + 2xy² = 12xy + 5xy² – 3x²y

Multiplicação e Divisão de Monômios


Para multiplicar monômios, multiplicamos os coeficientes, primeiramente, e depois as
incógnitas, tomando cuidado com as potências.
Exemplo:
● 3xy² . 4xy = (3 . 4).(x . x) . (y² . y) = 12 . x1 + 1 . y2 + 1 = 12x2y3

As potências de mesma base, na multiplicação, devem ser conservadas e depois somam-se os


expoentes.
Para dividir dois monômios devemos dividir os coeficientes entre si e a parte literal também
entre elas. Tomando cuidado ao dividir potências. Use as propriedades de potenciação: bases
iguais, conserva a base e subtrai os expoentes.
Exemplo:

● 10x4 ÷ 2x = (10 ÷ 2) e (x4 ÷ x) = 5x³


● 16x ÷ 4x = (16 ÷ 4) e (x ÷ x) = 4

Multiplicação de Polinômios
Polinômios são multiplicados utilizando a propriedade distributiva da multiplicação.

● Multiplicar o primeiro termo do primeiro polinômio por todos os termos do segundo,


multiplicar o segundo termo do primeiro polinômio por todos os termos do segundo, e
assim por diante.

Exemplo:

● (3x + 2y) . (x + 2y) = (3x . x) + (3x . 2y) + (2y . x) + (2y . 2y) = 3x² + 6xy + 2xy + 2y²

Divisão de polinômios
Para dividir dois polinômios devemos dividir os coeficientes entre si e a parte literal entre elas,
tomando cuidado ao dividir as potências e usar as regras de divisão de potência: bases iguais,
repete a base e subtrai os expoentes.
Exemplo:
Divisão de polinômio por monômio
6𝑥 2 + 2𝑥𝑦 − 2𝑦 6𝑥 2 2𝑥𝑦 2𝑦 𝑦
1) = + − = 3𝑥 + 𝑦 −
2𝑥 2𝑥 2𝑥 2𝑥 𝑥
3𝑥 2 𝑦 − 3𝑥𝑦
2) =
𝑥𝑦
Divisão de polinômio por polinômio

Fatoração de Expressões Algébricas


A fatoração de uma expressão algébrica é reescrever a expressão de forma que coloquemos a
parte comum como um produto da parte diferente.
Dessa forma, podemos fatorar expressões algébricas utilizando os seguintes casos:
● Fator comum: Quando temos uma variável em comum, coloquemos ela em evidência,
isto é, coloquemos ela como um produto dos termos que não são comuns:
o Exemplo: ax + bx = x . (a + b)

● Agrupamento: Quando temos vários termos e variáveis em comum, agrupamos eles


para simplificar, colocando os grupos como um produto pelas variáveis que os
multiplicam:
o Exemplo: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + y) . (a + b)

● Trinômio Quadrado Perfeito: trinômio formado por três monômios que não possuem
termos em comum. Utilizando adição:
o Exemplo: a² + 2ab + b² = (a + b)²

● Trinômio Quadrado Perfeito: utilizando subtração de três monômios diferentes:


o Exemplo: a² – 2ab + b² = (a – b)²

● Diferença de dois quadrados: quando temos dois termos em comum, de forma que os
termos sejam um produto de uma soma por uma subtração:
o Exemplo: (a + b) . (a – b) = a² – b²

● Cubo Perfeito (adição): quando temos a primeira parcela ao cubo (a³), mais o triplo
de a²b (3a²b), mais o triplo de ab² (3ab²), mais o cubo de b (b³). Isto é igual ao cubo da
soma de a mais b (a + b)³:
o Exemplo: a³ + 3a²b + 3ab² + b³ = (a + b)³

● Cubo Perfeito (subtração): quando temos a primeira parcela ao cubo (a³), menos o
triplo de a²b (3a²b), mais o triplo de ab² (3ab²), menos o cubo de b (b³). Isto é igual ao
cubo da diferença entre a e b (a – b)³:
o Exemplo: a³ – 3a²b + 3ab² – b³ = (a – b)³

Expressões Fracionárias
Um quociente de duas expressões algébricas, além de ser outra expressão algébrica, é uma
expressão fracionária, ou simplesmente uma fração.

Se o quociente pode ser escrito como a razão de dois polinômios, então a expressão
fracionária é também chamada de expressão racional.

Exemplo:

2𝑥 3 − 𝑥 2 + 1
5𝑥 2 − 𝑥 − 3

Para simplificar uma expressão racional (ou número racional), eliminamos todos os fatores
comuns do numerador e denominador até que a expressão fique em uma forma mais simples,
isto é, em forma reduzida.

Duas expressões racionais são consideradas equivalentes quando elas tiverem o mesmo
domínio e os mesmos valores para todos os números no domínio.

A forma reduzida de uma expressão racional precisa ter o mesmo domínio que sua expressão
original.
Operações com expressões racionais

𝑢 𝑧
Observe que duas frações são iguais quando 𝑣 = 𝑤, se, somente se, 𝑢. 𝑤 = 𝑣. 𝑧

𝑢 𝑤 𝑢+𝑤
1− + =
𝑣 𝑣 𝑣
𝑢 𝑤 𝑢𝑧 + 𝑣𝑤
2− + =
𝑣 𝑧 𝑣𝑧
𝑢 𝑤 𝑢. 𝑤
3− . =
𝑣 𝑧 𝑣. 𝑧
𝑢 𝑤 𝑢 𝑧 𝑢. 𝑧
4− : = . =
𝑣 𝑧 𝑣 𝑤 𝑣. 𝑤
5 − 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑎 + " 𝑝𝑜𝑟 " − " 𝑒𝑚 1 𝑒 2.
Exercícios

1. Efetue
a. 3𝑎2 − 7𝑎𝑏 + 4𝑏 2 − 5𝑎2 + 3𝑎𝑏 − 4𝑏 2
b. (𝑎 + 𝑏 + 𝑐). (𝑎 − 𝑏)
c. (𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑦 + 𝑥). (𝑥 2 − 𝑦)
d. (3𝑥𝑦 2 − 7𝑥 2 𝑦 + 3𝑦 3 ) − (2𝑦 3 − 8𝑥 2 𝑦 + 3𝑥𝑦 2 )
e. (2𝑎2 𝑏𝑐 + 3𝑎3 𝑏 3 𝑐 2 − 𝑎𝑏𝑐): 𝑎𝑏𝑐
f. (𝑥 + 2)2 + (3𝑥 − 3)2
g. (3𝑥𝑦 + 8𝑎2 )2
h. (𝑎 + 𝑏)3
i. (5𝑎𝑏 + 3𝑐). (5𝑎𝑏 − 3𝑐)
𝑥 𝑥−1 1
j. 𝑥 2 −1
+ 𝑥+1 − 𝑥−1
𝑎 2
k. 𝑎+𝑏 + 𝑎2 +2𝑎𝑏+𝑏2
l. (𝑎−1 + 𝑏 −1 )−2
𝑥+𝑦
m. 𝑥 −1 +𝑦−1
𝑥 2 −4
n. 2𝑥+4
𝑎 2 −𝑏2 𝑎
o. 𝑎𝑏
. 𝑎+𝑏
2 3 1
p. 𝑥+1
+ 𝑥 2 +𝑥 + 𝑥
𝑎+2𝑏 𝑎−2𝑏 4𝑏𝑥−2𝑎 2
q. 𝑥+𝑎
− 𝑥−𝑎
− 𝑥 2 −𝑎2
2. Fatore
a. 4𝑎𝑥 2 + 8𝑎2 𝑥 3 + 2𝑎3 𝑥
b. 15𝑎2 − 10𝑎𝑏
c. 3𝑎2 𝑥 − 6𝑏 2 𝑥 + 12𝑥
3. Se 𝐴 = −𝑥 − 2𝑦 + 10 e 𝐵 = −𝑧 + 𝑦 + 1 e 𝐶 = −3𝑥 − 2𝑦 + 1, então 𝐴 − 𝐵 − 𝐶 é
igual a:
4. Sabendo-se que 𝑃 (𝑥) = 4𝑥³ – 𝑥² + 2 é o polinômio dividendo e que 𝐷 (𝑥) =
𝑥² + 1 o divisor, determina-se o polinômio quociente e o resto.
5. Divida o polinômio 2𝑥 2 − 5𝑥 − 12 por 𝑥 − 4
6. Dadas as expressões algébricas Ax² – By² + x + 6 e 5x² + 4y² + Cx + D + 1, sabendo que
eles são polinômios semelhantes, marque a alternativa que contém o valor de A + B +
C + D.
A) 3 B) 4 C) 5 D) 6 E) 7
4 4𝑎
7. Sendo 𝑎 ≠ 1 e 𝑎 ≠ 0, o resultado da divisão de (𝑎−1)² por 𝑎2 −1 é:
1
a.
2𝑎²
1
b. − 2𝑎²
1
c. 𝑎
𝑎+1
d. 𝑎(𝑎+1)
8. Uma empresa tem diversos funcionários. Um deles é o gerente, que recebe R$ 1000
por semana. Os outros funcionários são diaristas. Cada um deles trabalha 2 dias por
semana, recebendo R$ 80 por dia trabalhado. Chamando de X a quantidade total de
funcionários da empresa, a quantia Y, em reais, que essa empresa gasta
semanalmente para pagar seus funcionários é expressa por:
A) 𝑌 = 80𝑋 + 920
B) 𝑌 = 80𝑋 + 1000
C) 𝑌 = 80𝑋 + 1080
D) 𝑌 = 160𝑋 + 840
E) 𝑌 = 160𝑋 + 1000
9. O prefeito de uma cidade deseja construir uma rodovia para dar acesso a outro
município. Para isso, foi aberta uma licitação na qual concorreram duas empresas. A
primeira cobrou R$ 100.000,00 por km construído (n), acrescido de um valor fixo de R$
350.000,00, enquanto a segunda cobrou R$ 120.000,00 por km construído (n),
acrescido de um valor fixo de R$ 150.000,00. As duas empresas apresentam o mesmo
padrão de qualidade dos serviços prestados, mas apenas uma delas poderá ser
contratada. Do ponto de vista econômico, qual equação possibilitaria encontrar a
extensão da rodovia que tornaria indiferente para a prefeitura escolher qualquer uma
das propostas apresentadas?
A) 100𝑛 + 350 = 120𝑛 + 150
B) 100𝑛 + 150 = 120𝑛 + 350
C) 100(𝑛 + 350) = 120(𝑛 + 150)
D) 100(𝑛 + 350 000) = 120(𝑛 + 150 000)
E) 350(𝑛 + 100 000) = 150(𝑛 + 120 000)

10. A expressão (𝑎 + 𝑏 + 𝑐)2 é igual a:

11. Na expressão algébrica a seguir considere os seguintes valores x=-2 e y=4


𝑥 2 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 2
𝑥 2 + 𝑥𝑦 − 3𝑥 − 3𝑦
8. EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Equação do 1º grau (primeiro grau) é nada mais do que uma igualdade entre as expressões,
que as transformam em uma identidade numérica, para um ou para mais valores atribuídos as
suas variáveis.

Definição

É toda sentença aberta, redutível e equivalente a ax + b = 0, com a ∈ R* e b ∈ R.


Ou seja, a e b são números que pertencem ao conjuntos dos números reais (R),
com a diferente de zero e x representa uma variável que não conhecemos (incógnita).
A incógnita é o valor que precisamos achar para encontrar a solução para a equação. A variável
que não conhecemos (incógnita) costumamos representá-la na equação pelas letras x, y e z.
Numa equação do primeiro grau, o expoente da incógnita é sempre 1.
Exemplo:

● 5+x=8

A letra x na equação é denominada a variável da equação ou incógnita, enquanto o


número 3 é chamado de solução da equação, conjunto verdade ou raiz.

Tipos de equações

As equações podem ter uma ou mais incógnitas ou variáveis, como queira chamar:
Exemplos:

● 4 + 2x = 11 + 3x (uma incógnita ou uma variável, a variável x)


● y – 1 = 6x + 13 – 4y (duas incógnitas ou duas variáveis, x e y)
● 8x – 3 + y = 4 + 5z – 2 (três incógnitas ou três variáveis, x,y e z)

Classificação de uma equação do 1º grau

As equações algébricas podem ser racionais e irracionais.


Racionais: quando a variável não tem nenhum expoente fracionário, ou seja, quando a
incógnita não está sob um radical. Caso contrário, são ditas irracionais.
Exemplo:
2𝑥 – 16 = 0 (𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙)

√𝑥 + 1 = 3 (𝑖𝑟𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙)
As equações racionais classificam-se em inteiras e fracionarias. São inteiras se todos os
expoentes das incógnitas são números inteiros e positivos. Caso contrário, se existir uma
incógnita no denominador ou, com expoente inteiro e negativo, a equação se diz fracionária.
Exemplo:
2𝑥 – 16 = 0 (𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎)
2
+ 1 = 5 ; 𝑥 > 0 (𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑓𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑎)
𝑥
Equações equivalentes

Duas ou mais equações são equivalentes quando admitem a mesma solução ou mesmo
conjunto verdade.
Exemplo:

● 3x – 9 = 0 ⇒ admites 3 como solução (ou raiz)


● 4 + x = 7 ⇒ admite 3 como solução (ou raiz)

Equações numéricas

É a equação que não tem nenhuma outra letra diferente a não ser a das incógnitas.
Exemplo:

● x – 5 = -2x + 22

Equações literais

Toda equação que contém outra letra, além das que representam as variáveis.
Exemplo:

● 3ax – 5 = ax + 4 (variável é x)

Equações possíveis e determinadas

São as equações que admitem um número finito de soluções que, neste caso, por ser uma
equação do 1º grau só admite uma única solução.
Exemplo:

● x – 2(x + 1) = -3 (admite somente o número 1 como solução)


● S = V = {1} conjunto unitário (conjunto que possui somente um elemento)

Equações possíveis e indeterminadas

Equações que admitem infinitas soluções, ou seja, um número infinito de soluções. Também
denominada de identidades. Seu conjunto verdade é representado pelos números reais.
V = S = R (conjunto de todos os números reais)
Exemplo:

● 3x –y = 7 (admite infinitas soluções)

Equações impossíveis

São todas as equações que não admitem soluções. Seu conjunto solução é o conjunto vazio
Exemplo:
● x + 2 = x + 3 ⇒ x – x = -2 + 3 ⇒ 0 = 1

Não forma uma igualdade. Conjunto solução ou conjunto verdade é: V = S = {} = Ø (vazio)


Resolução de uma equação do 1º grau a uma incógnita

Resolver uma equação é determinar sua raiz. No caso de uma equação do 1º grau a uma
incógnita, consegue-se resolvê-la isolando-se a incógnita no 1º membro, transferindo-se para
o 2º membro os termos que não contenham a incógnita efetuando-se a operação inversa (as
operações inversas são: adição e subtração; multiplicação e divisão; potenciação e radiciação).

Exemplos:

a) 𝑥 + 2 = 7

b) 𝑥 − 3 = 0

c) 2𝑥 = 8
𝑥
d) 3 = 5
3𝑥−2 3𝑥+1 4𝑥−6
e) − =
2 3 5

Sistema de equação do 1º grau com duas incógnitas

A forma genérica de um sistema é:


𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑐
{
𝑚𝑥 + 𝑛𝑦 = 𝑝
onde 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑚, 𝑛 𝑒 𝑝 ∈ 𝑅 (𝑅𝑒𝑎𝑖𝑠) e 𝑥 e 𝑦 são incógnitas

a) Equação a duas incógnitas: Uma equação a duas incógnitas admite infinitas soluções.
Por exemplo, a equação 2x – y = 4 é verificada para um número ilimitado de pares de
valores de x e y; entre estes pares estariam: (x = 4; y = 4), (x = 2; y = 0), (x = -1; y = -6),
etc.
b) Sistema de duas equações a duas incógnitas: resolver um sistema de suas equações a
duas incógnitas é determinar os valores de x e y que satisfaçam simultaneamente às
duas equações. Por exemplo, o sistema:
5𝑥 + 𝑦 = 16
{
2𝑥 − 3𝑦 = 3
tem solução para (𝑥 = 3; 𝑦 = 1)

Substituição
2𝑥 + 3𝑦 = 8
Exemplo: {
5𝑥 − 2𝑦 = 1
Comparação
7𝑥 + 3𝑦 = 33
Exemplo: {
5𝑥 − 2𝑦 = 7
Adição

Este método consiste em somar, membro a membro, as duas equações com o objetivo de,
nesta operação, eliminar uma das incógnitas e só é vantajoso no caso de os coeficientes de
uma das incógnitas serem simétricos.
𝑥+𝑦 = 4
Exemplo: {
𝑥−𝑦 = 0

Exercícios:
1. Resolva as seguintes equações
a) 8 + 7𝑥 − 13 = 𝑥 − 27 − 5𝑥
b) 9𝑥 + 2 − (4𝑥 + 5) = 4𝑥 + 3
c) 3. (2 − 𝑥) − 5. (7 − 2𝑥) = 10 − 4𝑥 + 5
𝑥−2 12−𝑥 5𝑥−36
d) 3
− 2 = 4 −1
5𝑥+3 3−4𝑥 𝑥 31 9−5𝑥
e) 8 − 3 + 2 = 2 − 6
4 6 −2−5𝑥
f) − = 2
𝑥+2 𝑥−2 𝑥 −4
3 𝑥+2 −11
g) 2 − 3𝑥 = 6𝑥
2𝑥−8 3𝑥 3𝑥
h) 𝑥 2 −25 = 𝑥+5 − 𝑥−5
7 5
i) 𝑥−4 = 𝑥−10
2. Seja a equações 2x/(4 – 3x) = 2, encontre o valor de x que torna a equação verdadeira.
3. Certa pessoa entra na igreja e diz a um santo: se você dobrar a quantia de dinheiro que
eu tenho, dou-lhe R$ 20 000,00. Dito isto, o santo realizou o milagre, e a pessoa, o
prometido. Muito animada, ela repetiu a proposta, e o santo, o milagre. Feito isto, esta
pessoa saiu da igreja sem qualquer dinheiro. Pergunta-se: quanto em dinheiro a
pessoa possuía ao entrar na igreja?
4. Ana nasceu 8 anos depois de sua irmã Natália. Em determinado momento da vida,
Natália possuía o triplo da idade de Ana. Calcule a idade das duas nesse momento.
5. Resolva os seguintes sistemas de equações
𝑥 + 𝑦 = 12
a) {
3𝑥 + 𝑦 = 24

5𝑥 + 6𝑦 = 19
b){
7𝑥 + 2𝑦 = 1
𝑥 + 5𝑦 = 12
c) {
3𝑥 − 4𝑦 = −2

𝑥 𝑦
4
+5=2
d) {2𝑥+1 𝑦−3
3
− 2 = 2

6. Determine o par ordenado (𝑥; 𝑦) que seja solução do sistema abaixo:


3𝑥 − 2𝑦 = 8
{
5𝑥 + 4𝑦 = 28

a) (4;2) b) (8;28) c) (2;4) d) (28;8)


7. A idade do pai é o dobro da idade do filho. Há 10 anos, a idade do pai era o triplo da
idade do filho. Qual é a idade do pai e do filho?
8. Hoje, 21 de maio de 2022, José tem o dobro da idade que Luiz tinha quando José tinha
a idade que Luiz tem. Quando Luiz tiver a idade que José tem, a soma das idades deles
será de 90 anos.
Em 21 de maio de 2027, a razão entre as idades de José e Luiz, nessa ordem será:
a) 6/5 b) 9/7 c)5/4 d)27/20
9. João usou apenas notas de R$ 20,00 e de R$ 5,00 para fazer um pagamento de R$
140,00. Quantas notas de cada tipo ele usou, sabendo que no total foram 10 notas?
10. Uma companhia de seguros levantou dados sobre os carros de determinada cidade e
constatou que são roubados, em média, 150 carros por ano. O número de carros
roubados da marca X é o dobro do número de carros roubados da marca Y, e as
marcas X e Y juntas respondem por cerca de 60% dos carros roubados.
O número esperado de carros roubados da marca Y é:
a) 20 b) 30 c)40 d)50 e) 60
9. EQUAÇÕES DO 2º GRAU

Equação do 2º grau na incógnita x, é toda igualdade do tipo: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 onde a, b, c


são números reais e a é não nulo (a ≠ 0).

A equação é chamada de 2º grau ou quadrática devido à incógnita x apresentar o maior


expoente igual a 2.

Se tivermos b ≠ 0 e c ≠ 0 teremos uma equação completa.

Se tivermos b = 0 ou c = 0 teremos uma equação incompleta.

Resolvendo Equações de 2º Grau

Quando a equação de 2º grau for incompleta sua resolução é bastante simples, veja:

1º caso: b = 0 e c = 0; temos então: 𝑎𝑥 2 = 0

Exemplo: 3𝑥 2 = 0 → 𝑥 2 = 0 → 𝑥 = 0 → 𝑆 = {0}

2º caso: c = 0 e b ≠ 0; temos então: 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 = 0

Exemplo: 3𝑥 2 − 12𝑥 = 0

3º caso: b = 0 e c ≠ 0; temos então: 𝑎𝑥 2 + 𝑐 = 0


Exemplo: 𝑥 2 − 4 = 0

A resolução da equação completa de 2º grau (𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0) é obtida através de uma


fórmula que foi demonstrada por Bhaskara, matemático hindu nascido em 1 114, por meio
dela sabemos que o valor da incógnita satisfaz a igualdade:

−𝑏 ± √∆
𝑥= 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
2𝑎

∆> 0 têm-se duas raízes reais diferentes


∆= 0 têm-se duas raízes reais iguais
∆< 0 têm-se duas raízes imaginárias

Soma e Produto

Soma e produto é um método prático para encontrar as raízes de equações do 2º grau do tipo
x2 - Sx + P e é indicado quando as raízes são números inteiros.

Baseia-se nas seguintes relações entre as raízes:

𝑏
𝑆 = 𝑥1 + 𝑥2 = −
𝑎
𝑐
𝑃 = 𝑥1 . 𝑥2 =
𝑎
Sendo,

x1 e x2: raízes da equação do 2º grau


a, b e c: coeficientes da equação do 2º grau
Desta forma, podemos encontrar as raízes da equação ax2 + bx + c = 0, se encontrarmos dois
números que satisfaçam simultaneamente as relações indicadas acima.

Exemplos:
● Componha a equação do 2º grau cujas raízes são -2 e 7.
Solução:
A soma das raízes corresponde a:
S= x1 + x2 = -2 + 7 = 5

O produto das raízes corresponde a:


P= x1 . x2 = ( -2) . 7 = -14
A equação do 2º grau é dada por x2 - Sx + P = 0, onde S=5 e P= -14.
Logo, x2 - 5x - 14 = 0 é a equação procurada.
Exercícios:
1. Resolva as seguintes equações
a) 𝑥 2 − 7𝑥 + 6 = 0
b) 𝑥 2 + 3𝑥 − 28 = 0
c) 3𝑥 2 − 5𝑥 + 2 = 0
d) 16𝑥 2 + 16𝑥 + 3 = 0
e)4𝑥 2 − 16 = 0
f) 2𝑥 2 − 18 = 0
g) 3𝑥 2 = 5𝑥
h) 2𝑥 2 + 8𝑥 = 0
i) (2𝑥 − 3)2 = (4𝑥 − 3)2
j) 2𝑥 2 − 3𝑥 + 1 = 0
k) 𝑥 2 + 𝑥 + 3 = 0
l) 2𝑥 2 − 4𝑥 + 2 = 0
m) 𝑎𝑥 2 = 𝑏
n) 𝑥(𝑥 − 1) = 𝑥(2𝑥 − 1) − 18
𝑥 2 𝑥−5
o) 𝑥+1 − 𝑥−1 = 𝑥 2 −1
𝑥 2 −2𝑥
p) =1
3𝑥−6
𝑥 1
q) 𝑥 2 −1 + 𝑥+1 = −1
1 5
r) 𝑥 + 𝑥 = 2
3𝑥+2 𝑥−4 1
s) 2𝑥 2 + 3𝑥 = 2
2. Um criador de aves verificou que, após colocar (n +2) aves em cada um dos n viveiros
disponíveis, sobraria apenas uma ave. O número total de aves, para qualquer valor de
n natural, é sempre
a) um número par.
b) um número ímpar.
c) um quadrado perfeito.
d) um número divisível por 3.
e) um número primo.
3. As duas soluções de uma equação do 2° grau são – 1 e 1/3. Então a equação é:
a) 3x² – x – 1 = 0
b) 3x² + x – 1 = 0
c) 3x² + 2x – 1 = 0
d) 3x² – 2x – 2 = 0
e) 3x² – x + 1 = 0

4. Formar a equação do 2º grau, de coeficientes racionais, sabendo-se que uma das


raízes é 1 + √3.
𝑥+3 3𝑥+1
5. As soluções da equação a seguir 𝑥−1
= 𝑥+3
são dois números

a) primos b) positivos c) negativos d) pares e) ímpares


10. FUNÇÕES

A Noção de Função através de Conjuntos

Dados os conjuntos 𝐴 = {0, 5, 10} 𝑒 𝐵 = {0, 5, 10, 15, 20, 25}, seja a relação de 𝐴 em 𝐵
expressa pela fórmula 𝑦 = 𝑥 + 5 com 𝑥 ∈ 𝐴, 𝑦 ∈ 𝐵.

DEFINIÇÃO: Sendo A e B dois conjuntos não vazios e uma relação f de A em B, essa relação f é
uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado a um e
somente um elemento y de B.

Pode-se escrever:

𝑓: 𝐴 → 𝐵 (lê-se: f é uma função de A em B)

Observação: Podemos usar a seguinte notação para a lei de associação que define uma
função: 𝑦 = 𝑥 + 5 ou 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 5

A lei da função pode ser indicada de uma forma ou de outra, pois 𝑦 e 𝑓 (𝑥) significam o
mesmo na linguagem matemática.

Domínio, Imagem e Contradomínio de uma Função


Sejam os conjuntos 𝐴 = {0,1,2} e 𝐵 = {0,1,2,3,4,5}; vamos considerar a função 𝑓: 𝐴 →
𝐵 definida por 𝑦 = 𝑥 + 1 ou 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1.

● O conjunto 𝐴 é denominado domínio da função, que indicamos por 𝐷. No exemplo


acima 𝐷 = {0,1,2}. O domínio da função também é chamado campo de definição ou
campo de existência da função.
● O conjunto {1,2,3}, que é um subconjunto de 𝐵, é denominado o conjunto imagem da
função e indicamos por 𝐼𝑚 = {1,2,3}.
● O conjunto 𝐵, tal que 𝐼𝑚 ⊂ 𝐵, é denominado contradomínio da função.

No exemplo acima: 1 é a imagem de 0 pela função; 𝑓 (0) = 1

2 é a imagem de 1 pela função; 𝑓 (1) = 2


3 é a imagem de 2 pela função; 𝑓 (2) = 3

EXEMPLO

Dados os conjuntos 𝐴 = {−2, −1, 0, 1} e 𝐵 = {−3, −2 − 1, 0, 1, 2, 3, 4}, determine:

a) o conjunto imagem da função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2


b) o conjunto imagem da função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 definida por 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 2
c) o conjunto imagem da função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 1

Estudo do Domínio de uma Função

Quando definimos uma função, o domínio 𝐷, que é o conjunto de todos os valores possíveis da
variável 𝑥, pode ser dado explícita ou implicitamente. Assim:

● Se é dado apenas𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 5, sem explicitar o domínio 𝐷, está implícito que 𝑥


pode ser qualquer número real, ou seja 𝐷 = 𝑅.
● Se é dado apenas𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 5, com 1 ≤ 𝑥 ≤ 10, está implícito que o domínio da
função dada é 𝐷 = {𝑥 ∈ 𝑅; 1 ≤ 𝑥 ≤ 10}.
2𝑥−3
● Se é dado apenas 𝑓(𝑥) = , sem explicitar o domínio, está implícito que x pode ser
𝑥−2
qualquer número real diferente de 2, pois o denominador não pode ser zero, com isso,
𝐷 = { 𝑥 ∈ 𝑅; 𝑥 ≠ 2}.
● Se é dado apenas 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 2, sem explicitar o domínio D, está implícito que 𝑥 −
2 ≥ 0 ⇔ 𝑥 ≥ 2. Assim é 𝐷 = {𝑥 ∈ 𝑅; 𝑥 ≥ 2}.

Logo, quando o domínio de uma função não está explícito, devemos considerar para este
domínio todos os valores reais em x que tornam possíveis em R as operações indicadas na
fórmula matemática que define a função.

Veja o Exemplo:

Determinar o domínio das seguintes funções definidas por:


1
𝑎) 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 4 +
√𝑥 − 2
𝑥
𝑏) 𝑓(𝑥) =
𝑥−5
𝑥+2
𝑐) 𝑓(𝑥) =
2𝑥
1
𝑑)𝑓(𝑥) =
𝑥2
− 9𝑥 + 20
𝑥
𝑒) 𝑓(𝑥) = 2
𝑥 −4
1 𝑥
𝑓) 𝑓(𝑥) = +
𝑥 𝑥+3
√𝑥 − 1 2𝑥
𝑔) 𝑓(𝑥) = 3
+
𝑥 √𝑥 − 4
𝑥+1 1
ℎ) 𝑓(𝑥) = + 2
𝑥−1 𝑥 +9
2𝑥 − 1
𝑖) 𝑓(𝑥) = √
𝑥

𝑗) 𝑓(𝑥) = √𝑥 − 2
Função Sobrejetora, Função Injetora, Função Bijetora

Vamos considerar os seguintes exemplos:


𝑎) 𝐴 = {−2, −1,0,1}, 𝐵 = {0,1,4} 𝑒 𝑓: 𝐴 → 𝐵 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑦 = 𝑥²
Função Sobrejetora: Dizemos que uma função é sobrejetora se, e somente se, a imagem for
igual ao contradomínio. Em outras palavras, não pode sobrar elementos de B.

𝑏) 𝐴 = {−1,0,1,2}, 𝐵 = {0,1,2,3,4,5} 𝑒 𝑓: 𝐴 → 𝐵 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑦 = 𝑥 + 1


Função Injetora: A função é injetora se elementos distintos do domínio tiverem imagens
distintas, ou seja, dois elementos não podem ter a mesma imagem. Portanto, não pode ter
nenhum elemento do conjunto B que receba duas flechas.

𝑐) 𝐴 = {0,2,3}, 𝐵 = {1,5,7} 𝑒 𝑓: 𝐴 → 𝐵 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑦 = 2𝑥 + 1


Função Bijetora: Você observa que não existe um elemento de B que não seja imagem de um
elemento de A (f é sobrejetora); cada elemento de B é imagem de um único elemento de A (f é
injetora). Neste caso, quando a função f, é ao mesmo tempo, sobrejetora e injetora, dizemos
que f é uma função bijetora.
𝑓 é 𝑏𝑖𝑗𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎 ⇔ 𝑓 é 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑗𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑒 𝑓 é 𝑖𝑛𝑗𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎

Função Par e Função Ímpar


Função PAR: Qualquer que seja 𝑥 ∈ 𝐷 ocorre 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥), ou seja, os valores simétricos
devem possuir a mesma imagem.
Função ÍMPAR: Para todo 𝑥 ∈ 𝐷 ocorre 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥), ou seja, valores simétricos
possuem imagens simétricas.

EXEMPLO: Classifique as funções como pares ou ímpares.


𝑎) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 𝑏) 𝑓(𝑥)𝑥 2 + 1 𝑐) 𝑓(𝑥) = −𝑥 3 𝑑) 𝑦 = 4𝑥 − 1
1
𝑒) 𝑓(𝑥) = 7𝑥 4 𝑓) 𝑓(𝑥) =
𝑥

Função Composta
Dados os conjuntos 𝐴 = {0,1,2}, 𝐵 = {0,1,2,3,4}, 𝐶 = {0,1,4,9,16} e as funções:
𝑓: 𝐴 → 𝐵; 𝑓(𝑥) = 2𝑥
𝑔: 𝐵 → 𝐶; 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 .

● A cada 𝑥 ∈ 𝐴 associa-se um único 𝑦 ∈ 𝐵 tal que 𝑦 = 2𝑥


● A cada 𝑦 ∈ 𝐵 associa-se um único 𝑧 ∈ 𝐶 tal que 𝑧 = 𝑦 2 .
● A cada 𝑥 ∈ 𝐴 associa-se um único 𝑧 ∈ 𝐶 tal que 𝑧 = 𝑦 2 = (2𝑥)2 = 4𝑥 2 .

Então podemos afirmar que vai existir uma função ℎ de 𝐴 em 𝐶 definida por ℎ(𝑥) = 4𝑥 2que
indicamos por 𝑔 ∘ 𝑓 ou 𝑔(𝑓(𝑥))(Lemos “𝑔 de 𝑓 de 𝑥”).
Logo: ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 4𝑥 2
A função ℎ(𝑥) chama-se composta de 𝑔 com 𝑓.

EXEMPLOS
1) Sendo 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 2 e 𝑔(𝑥) = 3𝑥, calcular 𝑔( 𝑓 (𝑥)) e 𝑓 (𝑔(𝑥))
2) Dadas as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6; 𝑔(𝑥) = 𝑥 + 1, pede-se:
a) Calcular 𝑓 (𝑔(𝑥))
b) Achar 𝑥 de modo que 𝑓 (𝑔(𝑥)) = 0
3) Dados 𝑓(𝑥) = 3𝑥 − 1; 𝑓 (𝑔(𝑥)) = 6𝑥 + 8 calcular 𝑔(𝑥).

Função inversa
Consideremos os conjuntos 𝐴 = {0,2,4,6,8} e 𝐵 = {1,3,5,7,9} e a função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 definida por
𝑦 = 𝑥 + 1. A função 𝑓 está representada no diagrama abaixo:
A função 𝑓 é bijetora. A cada elemento 𝑥 de 𝐴 está associado um único elemento 𝑦 de 𝐵, de
modo que 𝑦 = 𝑥 + 1. Porém, como 𝑓 é bijetora, a cada elemento 𝑦 de 𝐵 está associado um
único elemento 𝑥 de 𝐴, de modo que 𝑥 = 𝑦 − 1; portanto temos uma outra função 𝑔: 𝐵 → 𝐴,
de modo que 𝑥 = 𝑦 − 1 ou 𝑔(𝑦) = 𝑦 − 1. Essa função está representada no diagrama abaixo:

A função 𝑔: 𝐵 → 𝐴 recebe o nome de função inversa de 𝑓 e é indicada por 𝑓 −1 .

O domínio de 𝑓 é o conjunto imagem de 𝑔, e o conjunto imagem de 𝑓 é o domínio de 𝑔.


Quando queremos, a partir da sentença 𝑦 = 𝑓(𝑥), obter a sentença de 𝑓 −1 (𝑥), devemos
realizar os seguintes passos:

1º) fato de ser usual a letra 𝑥 como símbolo da variável independente, trocamos 𝑥 por 𝑦 e 𝑦
por 𝑥.

2º) Isolamos 𝑥 na sentença 𝑦 = 𝑓(𝑥)

Observação: Para que uma função f admita a inversa 𝑓 −1 é necessário que ela seja bijetora. Se
𝑓 não for bijetora, ela não possuirá inversa.

Exemplo:

a) Obter a função inversa de 𝑓: 𝑅 → 𝑅 definida por 𝑦 = 2𝑥 + 1.


𝑥−1
b) Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑥+2 , (𝑥 ≠ −2), calcule 𝑓 −1 (−1).

Exercícios

1. Sejam 𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 9 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 + 5𝑥 + 3. Qual é o valor da soma dos valores


absolutos (módulo) das raízes da equação 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑔(𝑥).

2. Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções de 𝑅 em 𝑅, tais que 𝑓(𝑥) = 2𝑥 𝑒 𝑔(𝑥) = 2 − 𝑥. Qual é o


valor de 𝑥 na equação 𝑓(𝑔(𝑥)) + 𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑓(𝑓(𝑥)) + 𝑔(𝑔(𝑥)).

3. As funções 𝑓(𝑥) = 3 − 4𝑥 e 𝑔(𝑥) = 3𝑥 + 𝑚, onde 𝑚 é uma constante, são tais que


𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑔(𝑓(𝑥)), qualquer que seja 𝑥 real. Nessas condições, qual é o valor da
constante 𝑚?
4. Sendo 𝑓(𝑥) = 2𝑥 2 − 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 2 funções de 𝑅 em 𝑅, calcule 𝑓 ∘ 𝑔 ∘ 𝑓 ∘ 𝑔 ∘
𝑔(3).

5. Dadas as funções f(x)=x²+1 e g(x)=3x-4, determine f(g(3)).

6. Dadas as funções 𝑓(𝑥) = 5𝑥 e 𝑓(𝑔(𝑥)) = 3𝑥 + 2, calcule g(x).

7. Dadas as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 1 e 𝑔(𝑥) = 2𝑥, calcule 𝑓(𝑔(𝑥)) e 𝑔(𝑓(𝑥)).

2𝑥−3
8. Qual é a função inversa da função bijetora definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥+4
, (𝑥 ≠ −4).
𝑥−1
9. Determine a função inversa de 𝑓(𝑥) = 𝑥
.
10. Parte do gráfico de uma função real f, do 1º grau, está representada na figura a seguir.

Sendo g a função real definida por 𝑔(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑥, o valor de 𝑓 −1 (𝑔(1)) é


(A) -3/2 (B) -1/3 (C) 1/3 (D)2/3 (E)3/2

√𝑥−2
11. O domínio da função 𝑔(𝑥) = é:
√𝑥−7

𝑎) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 > 7} 𝑏) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≤ 2} 𝑐) {𝑥 ∈ 𝑅 / 2 ≤ 𝑥 < 7}
𝑑) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≤ 2 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 7} 𝑒) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≤ 7}
11. FUNÇÃO do 1º GRAU OU AFIM

Definição:

Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função 𝑓 de 𝑅 em 𝑅 dada


por uma lei da forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde a e b são números reais dados e 𝑎 ≠ 0.

Na função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, o número a é chamado de coeficiente angular e o número b é


chamado de coeficiente linear.

Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

𝑓(𝑥) = 5𝑥 − 3, onde 𝑎 = 5 e 𝑏 = − 3

𝑓(𝑥) = 11𝑥, onde 𝑎 = 11 e 𝑏 = 0

Uma função possui pontos considerados essenciais para a composição correta de seu gráfico, e
um desses pontos é dado pelo coeficiente linear da reta representado na função pela letra b,
que indica por qual ponto numérico a reta intercepta o eixo das ordenadas (𝑦). Na função a
seguir, observe o valor numérico do coeficiente linear e o gráfico representativo da função:

Função Constante

É toda função da forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde 𝑎 = 0, então 𝑓(𝑥) = 𝑏.

Exemplo: 𝑓(𝑥) = 2
O gráfico da função 𝑓(𝑥) = 2 é uma reta paralela ao eixo x que intercepta o eixo y no ponto
(0, 2).

Raiz da Função
As funções do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ou 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde a e b assumem valores reais e 𝑎 ≠
0 são consideradas funções do 1º grau. Esse modelo de função possui como representação
geométrica a figura de uma RETA, sendo a posição dessa reta dependente do valor do
coeficiente angular a.

Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor em que a reta cruza o eixo x, para isso
consideremos o valor de 𝑦 = 0, pois no momento em que a reta intersecta o eixo x, 𝑦 = 0.
Observe a representação gráfica a seguir:

Para encontrar o valor da raiz da função, basta fazer 𝑦 = 0 e isolando o valor de x (raiz da
função). Veja:

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑦 = 0
𝑎𝑥 + 𝑏 = 0
𝑎𝑥 = – 𝑏
𝑏
𝑥 =–
𝑎
Portanto, para calcularmos a raiz de uma função do 1º grau, basta utilizar a 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑥 =
𝑏
– .
𝑎

Equação reduzida da reta


Uma equação reduzida da reta respeita a lei de formação dada por 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, onde x e y
são os pontos pertencentes à reta, a é o coeficiente angular da reta e b o coeficiente linear.

O coeficiente angular (𝑎) representa a inclinação da reta em relação ao eixo das abscissas (𝑥)
e o coeficiente linear (𝑏) representa o valor numérico por onde a reta passa no eixo das
ordenadas (𝑦).
Podemos encontrar uma equação da reta 𝑟 conhecendo a sua inclinação (direção), ou seja o
valor do ângulo θ que a reta apresenta em relação ao eixo x.

Para isso associamos um número 𝑎, que é chamado de coeficiente angular da reta, tal que:

𝑎 = 𝑡𝑔 𝜃
O coeficiente angular 𝑎 também pode ser encontrado conhecendo-se dois pontos
pertencentes a reta sendo 𝐴(𝑥1 , 𝑦1 ) e 𝐵(𝑥2 , 𝑦2 ).

Como 𝑎 = 𝑡𝑔 𝜃, então:
∆𝑦 𝑦2 − 𝑦1
𝑎= =
∆𝑥 𝑥2 − 𝑥1
Conhecendo o coeficiente angular da reta 𝑎 e um ponto 𝑃1 (𝑥1 , 𝑦1 ) pertencente a ela,
podemos definir sua equação.

Para isso vamos substituir na fórmula do coeficiente angular o ponto conhecido 𝑃1 e um ponto
𝑃(𝑥, 𝑦) genérico, também pertencente a reta:
𝑦 − 𝑦1
𝑎=
𝑥 − 𝑥1
Outra maneira de se obter a equação da reta é resolver o sistema de equação formados pelos
pontos A e B.

Exemplo:

Determine uma equação da reta que passa pelos pontos 𝐴(1,4) e 𝐵(2,3).

Resolução:

Sendo,
𝐴 → 𝑥1 = 1 𝑒 𝑦1 = 4
𝐵 → 𝑥2 = 2 𝑒 𝑦2 = 3
𝑦2 − 𝑦1 3 − 4 −1
𝑎= = = = −1
𝑥2 − 𝑥1 2 − 1 1
Conhecendo o coeficiente angular da reta 𝑎 e um ponto pertencente a ela, podemos definir
sua equação.
𝑦 − 𝑦1
𝑎=
𝑥 − 𝑥1
𝑦−4
−1 =
𝑥−1
𝑦 − 4 = −𝑥 + 1
𝑦 = −𝑥 + 5
Podemos obter a equação da reta resolvendo o sistema de equação formado pelos pontos
dados.

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝐴(1,4) → 4 = 𝑎. 1 + 𝑏 𝑜𝑢 𝑎 + 𝑏 = 4
𝐵(2,3) → 3 = 𝑎. 2 + 𝑏 𝑜𝑢 2𝑎 + 𝑏 = 3
Temos então o seguinte sistema de equações a ser resolvido
𝑎+𝑏 =4
{
2𝑎 + 𝑏 = 3
Resolvendo o sistema temos 𝑎 = −1 e 𝑏 = 5 e a equação da reta fica 𝑦 = −𝑥 + 5

Estudo da variação do sinal de 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏

Estudar o sinal de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥)é determinar os valores de 𝑥 para os quais 𝑦 é


positivo, os valores de 𝑥 para os quais 𝑦 é zero e os valores de 𝑥 para os quais 𝑦 é negativo.
Consideremos uma função afim 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 vamos estudar seu sinal. Já vimos que
𝑏
essa função se anula para raiz 𝑥 = − 𝑎. Há dois casos possíveis:

1º CASO: 𝑎 > 0 (função cresceste)


𝑏
𝑦 > 0 ⇒ 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0 ⇒ 𝑥 > −
𝑎
𝑏
𝑦 < 0 ⇒ 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0 ⇒ 𝑥 < −
𝑎
Conclusão: 𝑦 é positivo para valores de 𝑥 maiores que a raiz; 𝑦 é negativo para valores de 𝑥
menores que a raiz.
2º CASO: 𝑎 < 0 (função decresceste)
𝑏
𝑦 > 0 ⇒ 𝑎𝑥 + 𝑏 > 0 ⇒ 𝑥 < −
𝑎
𝑏
𝑦 < 0 ⇒ 𝑎𝑥 + 𝑏 < 0 ⇒ 𝑥 > −
𝑎
Conclusão: 𝑦 é positivo para valores de 𝑥 menores que a raiz; 𝑦 é negativo para valores de 𝑥
maiores que a raiz.

Resumindo:

Para 𝑎 > 0

Para 𝑎 < 0

𝑏 𝑏
Observe que, para 𝑥 > − 𝑎 a função tem o mesmo sinal de 𝑎; e para 𝑥 < − 𝑎 a função tem
sinal contrário ao de 𝑎.

Inequações do 1° Grau
A equação é caracterizada pelo sinal da igualdade (=). A inequação é caracterizada pelos
sinais de maior (>), menor (<), maior ou igual (≥) e menor ou igual (≤).

Inequações inteiras do 1° Grau


Exemplo 1) Vamos resolver a equação: 3𝑥 + 4 < 𝑥 − 8, inicialmente solucionamos como uma
equação do primeiro grau comum, isolando as variáveis conservando a regra de sinais:

3𝑥 − 𝑥 < −4 − 8
2𝑥 < −12
−12
𝑥<
2
𝑥 < −6
𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅/ 𝑥 < −6}
A solução também pode ser escrita na notação de intervalos reais ou representado na reta real
como:

𝑆 =] − ∞, −6[
Exemplo 2) Agora, note a solução da equação 3𝑥 + 4 ≤ 7𝑥 − 8:

3𝑥 − 7𝑥 ≤ −4 − 8
−4𝑥 ≤ −12
Perceba que neste ponto, ambos os lados da desigualdade estão negativos.
Convenientemente, podemos trocar o sinal de ambos os lados da igualdade multiplicando toda
a expressão por (-1). Mas, numa desigualdade, quando invertemos o sinal de toda a expressão,
também invertemos a desigualdade, o que nos leva a:

4𝑥 ≥ 12
12
𝑥≥
4
𝑥≥3
Escrevendo então o conjunto solução desta equação nas três possíveis representações temos:

𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅/ 𝑥 ≥ 3}
𝑆 = [3, +∞[

Inequações Produto

Resolver uma inequação produto consiste em encontrar os valores de 𝑥 que satisfazem a


condição estabelecida pela inequação. Para isso utilizamos o estudo do sinal de uma função.

Observe a resolução da seguinte equação produto: (2𝑥 + 6)( – 3𝑥 + 12) > 0.

Vamos estabelecer as seguintes funções: 𝑦1 = 2𝑥 + 6 e 𝑦2 = – 3𝑥 + 12.


Determinando a raiz da função (𝑦 = 0) e a posição da reta (𝑎 > 0 crescente e 𝑎 <
0 decrescente).

Verificando o sinal da inequação produto (2𝑥 + 6)(– 3𝑥 + 12) > 0. Observe que a
inequação produto exige a seguinte condição: os possíveis valores devem ser maiores que
zero, isto é, positivo.

𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅 − 3 < 𝑥 < 4}

𝑆 =] − 3,4[
Inequações Quociente

Na resolução da inequação quociente utilizamos os mesmos recursos da inequação produto, o


que difere é que, ao calcularmos a função do denominador, precisamos adotar valores maiores
ou menores que zero e nunca igual a zero.
𝑥+1
Exemplo: ≤0
2𝑥−1

Resolver as funções 𝑦1 = 𝑥 + 1 e 𝑦2 = 2𝑥 – 1, determinando a raiz da função (𝑦 = 0) e


a posição da reta (𝑎 > 0 crescente e 𝑎 < 0 decrescente).
1
𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅 −1≤𝑥 < }
2
1
𝑆 = [−1, [
2

Exercícios
1. Para comemorar o aniversário de uma cidade, um artista projetou uma escultura
transparente e oca, cujo formato foi inspirado em uma ampulheta. Ela é formada por
três partes de mesma altura: duas são troncos de cone iguais e a outra é um cilindro. A
figura é a vista frontal dessa escultura.

No topo da escultura foi ligada uma torneira que verte água, para dentro dela, com
vazão constante. O gráfico que expressa a altura (h) da água na escultura em função do
tempo (t) decorrido é:
√𝑥−2
2. O domínio da função 𝑔(𝑥) = é:
√𝑥−7
𝑎) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 > 7}

𝑏) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≤ 2}

𝑐) {𝑥 ∈ 𝑅 / 2 ≤ 𝑥 < 7}

𝑑) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≤ 2 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 7}

𝑒) {𝑥 ∈ 𝑅 / 𝑥 ≥ 7}

3. Em uma indústria de autopeças, o custo de produção de peças é de R$ 12,00 fixos mais


um custo variável de R$ 0,70 por unidade produzida. Se em um mês foram produzidas
x peças, então a lei que representa o custo total dessas x peças é:
𝑎) 𝑓(𝑥) = 0,70 – 12𝑥

𝑏) 𝑓(𝑥) = 12 – 0,70𝑥

𝑐) 𝑓(𝑥) = 12 + 0,70𝑥

𝑑) 𝑓(𝑥) = 0,70 + 12𝑥

𝑒) 𝑓(𝑥) = 12 · 0,70𝑥

4. No gráfico a seguir, temos o nível da água armazenada em uma barragem, ao longo de


três anos.

O nível de 40m foi atingido quantas vezes neste período?

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

5. Um economista, estudando a relação entre o preço da carne bovina (que aumenta na


entressafra) e as vendas de carne de frango, encontrou uma função cujo gráfico é
esboçado a seguir
De acordo com esse gráfico, é verdade que

a) v é diretamente proporcional a p.

b) v é inversamente proporcional a p.

c) se p cresce, então v também cresce até um limite

d) v é sempre maior que p.

e) o preço da carne de frango é inferior ao da carne bovina.

6. Suponha que o número 𝑓(𝑥) de funcionários necessários para distribuir, em um


dia, contas de luz entre 𝑥 por cento de moradores, numa determinada cidade, seja
300𝑥
dado pela função 𝑓(𝑥) = . Se o número de funcionários necessários para
150−𝑥
distribuir, em um dia, as contas de luz foi 75, a porcentagem de moradores que a
receberam é:
a) 25 b) 30 c) 40 d) 45 e) 50

7. Um dos tanques de uma plataforma petrolífera tem a forma de um cubo de aresta 10


m. Considere que inicialmente o tanque está vazio. Num certo instante, é aberta uma
válvula que verte petróleo para o tanque, à taxa de 4 m³ por hora, até este ficar cheio.
Qual é a função que fornece a altura (H), em metros, do petróleo no tanque, t horas
após a abertura da válvula?
𝑎) 𝐻(𝑡) = 𝑡/25, 0 ≤ 𝑡 ≤ 250

𝑏) 𝐻(𝑡) = 𝑡/50, 0 ≤ 𝑡 ≤ 1.000

𝑐) 𝐻(𝑡) = 25𝑡, 0 ≤ 𝑡 ≤ 250

𝑑) 𝐻(𝑡) = 50𝑡, 0 ≤ 𝑡 ≤ 1.000

𝑒) 𝐻(𝑡) = 4𝑡³, 0 ≤ 𝑡 ≤ 10

8. Um termômetro descalibrado indica 10 °C quando a temperatura real é 13 °C. Quando


indica 20 °C, a temperatura real é de 21 °C. Porém, mesmo estando descalibrado, a
relação entre a temperatura real e a temperatura indicada é linear. Assim sendo, a
única temperatura em que a leitura do termômetro descalibrado corresponderá à
temperatura real é:
a) 22 °C b) 25 °C c) 23 °C d) 26 °C e) 24 °C

9. Na hora do banho, Mafalda abriu a torneira da banheira de sua casa e ficou


observando o nível da água subir. Deixou-a encher parcialmente para não desperdiçar
água. Fechou a torneira, entrou, lavou-se e saiu sem esvaziar a banheira. O gráfico a
seguir que mais se aproxima da representação do nível (N) da água na banheira em
função do tempo (t) é:

10. O balanço de cálcio é a diferença entre a quantidade de cálcio ingerida e a quantidade


excretada na urina e nas fezes. É usualmente positivo durante o crescimento e a
gravidez e negativo na menopausa, quando pode ocorrer a osteoporose, uma doença
caracterizada pela diminuição da absorção de cálcio pelo organismo. A baixa
concentração de íon cálcio (𝐶𝑎++ ) no sangue estimula as glândulas paratireoides a
produzirem hormônio paratireoide (HP). Nesta situação, o hormônio pode promover a
remoção de cálcio dos ossos, aumentar sua absorção pelo intestino e reduzir sua
excreção pelos rins.
(Adaptado de ALBERTS, B. et al., "Urologia “Molecular da Célula. (” Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.)
Admita que, a partir dos cinquenta anos, a perda da massa óssea ocorra de forma
linear conforme mostra o gráfico abaixo.

Aos 60 e aos 80 anos, as mulheres têm, respectivamente, 90% e 70% da massa óssea
que tinham aos 30 anos. O percentual de massa óssea que as mulheres já perderam
aos 76 anos, em relação à massa aos 30 anos, é igual a:

a) 14 b) 18 c) 22 d) 26

11. Pesquisas mostram que, em modalidades que exigem bom condicionamento aeróbico,
o coração do atleta dilata, pois precisa trabalhar com grande volume de sangue.
Em um esforço rápido e súbito, como um saque no tênis, uma pessoa normal pode ter
o pulso elevado de 70 a 100 batimentos por minuto; para um atleta, pode se elevar de
60 a 120 bpm, como mostra o gráfico abaixo.
Com base nesses dados, é correto afirmar que, ao final de
a) 1 segundo, o bpm de um atleta é 80.
b) 1 segundo, o bpm de uma pessoa normal é 80.
c) 2 segundos, o bpm de uma pessoa normal é 90.
d) 3 segundos, o bpm de um atleta é 108.
e) 3 segundos, o bpm de uma pessoa normal é 95

12. O excesso de peso pode prejudicar o desempenho de um atleta profissional em


corridas de longa distância como a maratona (42,2km), a meia-maratona (21,1km) ou
uma prova de 10km. Para saber uma aproximação do intervalo de tempo a mais
perdido para completar uma corrida devido ao excesso de peso, muitos atletas
utilizam os dados apresentados na tabela e no gráfico:

Usando essas informações, um atleta de ossatura grande, pesando 63kg e com altura
igual a 1,59m, que tenha corrido uma meia-maratona, pode estimar que, em
condições de peso ideal, teria melhorado seu tempo na prova em
A) 0,32 minutos. D) 2,68 minutos.
B) 0,67 minutos. E) 3,35 minutos.
C) 1,60 minutos.

13. Sabedoria egípcia


Há mais de 5.000 anos os egípcios observaram que a sombra no chão provocada pela
incidência dos raios solares de um gnômon (um tipo de vareta) variava de tamanho e
de direção. Com medidas feitas sempre ao meio dia, notaram que a sombra, com o
passar dos dias, aumentava de tamanho. Depois de chegar a um comprimento
máximo, ela recuava até perto da vareta. As sombras mais longas coincidiam com dias
frios. E as mais curtas, com dias quentes. (Adaptado de Revista "Galileu", janeiro de
2001)

Um estudante fez uma experiência semelhante à descrita no texto, utilizando uma


vareta OA de 2 metros de comprimento. No início do inverno, mediu o comprimento
da sombra OB, encontrando 8 metros. Utilizou, para representar sua experiência, um
sistema de coordenadas cartesianas, no qual o eixo das ordenadas (y) e o eixo das
abscissas (x) continham, respectivamente, os segmentos de reta que representavam a
vareta e a sombra que ela determinava no chão. Esse estudante pôde, assim, escrever
a seguinte equação da reta que contém o segmento AB:
a) y = 8 - 4x b) x = 6 - 3y c) y = -x/4 +2 d) y = 6 - 3x

14. Em uma partida, GALO e MARIA levaram ao Mineirão 90.000 torcedores. Três portões
foram abertos às 12 horas e até as 15 horas entrou um número constante de pessoas
por minuto. A partir desse horário, abriram-se mais 3 portões e o fluxo constante de
pessoas aumentou. Os pontos que definem o número de pessoas dentro do estádio
em função do horário de entrada estão contidos no gráfico abaixo:

Quando o número de torcedores atingiu 45.000, o relógio estava marcando 15 horas e:


(A) 20 min (B) 30 min (C) 40 min (D) 50 min

15. A função f é definida por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏. Sabe-se que 𝑓(−1) = 3 e 𝑓(1) = 1. O


valor de 𝑓(3) é:
a) 0 b) 2 c)-5 d)-3 e)-1
16. O gráfico da função 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛 passa pelos pontos A(1,3) e B(2,8). Pode-se afirmar
que:
a) A única raiz da função é 4.
b) 𝑓(3) = 10
c) 𝑓(4) = 12
d) 𝑓(𝑥) < 0 ⟺ 𝑥 < 3
2
e) 𝑓(𝑥) > 0 ⟺ 𝑥 > 5

17. O Resolva as inequações produto:


a) (3𝑥 + 3)(5𝑥 – 3) > 0
b) (3𝑥 + 2)(−3𝑥 + 4)(𝑥 – 6) < 0
c) (6𝑥 – 1)(2𝑥 + 7) ≤ 0
d) (𝑥 – 3)(𝑥 + 1) ≤ 0
e) (1 – 𝑥)(𝑥 – 1) ≥ 0

18. O Resolva as inequações quociente:


2𝑥 − 3
𝑎) ≤ 0
𝑥+2

3𝑥 − 2
𝑏) ≤ −3
1−𝑥
𝑥+2
𝑐) ≥2
1−𝑥
12. FUNÇÃO QUADRÁTICA

Definição:

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função 𝑓 de 𝑅 em 𝑅


dada por uma lei da forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐, onde 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais e 𝑎 ≠ 0.
Veja alguns exemplos de função quadrática:

1 - 𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 − 4𝑥 + 1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 = 3, 𝑏 = − 4 𝑒 𝑐 = 1.
2 - 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 = 1, 𝑏 = 0 𝑒 𝑐 = −1.
3 - 𝑓(𝑥) = −𝑥² + 8𝑥, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 = −1, 𝑏 = 8 𝑒 𝑐 = 0.
4 - 𝑓(𝑥) = −4𝑥², 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 = − 4, 𝑏 = 0 𝑒 𝑐 = 0

Gráfico da função

Uma função do 2º grau é definida pela seguinte lei de formação 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐 ou
𝑦 = 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐, onde 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais e 𝑎 ≠ 0. Sua representação no plano
cartesiano é uma PARÁBOLA que, de acordo com o valor do coeficiente a, possui concavidade
voltada para cima ou para baixo.

Concavidade voltada para cima Concavidade voltada para baixo


O coeficiente 𝑐, na função do 2º grau, é o ponto onde a parábola corta o eixo y. Verifica-se que
o valor de 𝑐 na lei de formação da função corresponde ao valor do eixo 𝑦 onde a parábola o
intersecta.

Raiz da função

A função do 2º grau assume três possibilidades de resultados ou raízes, que são determinadas
quando fazemos 𝑓(𝑥) ou 𝑦 = 0, transformando a função numa equação do 2º grau, que
pode vir a ser resolvida por Bháskara.

−𝑏 ± √∆
𝑥= 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
13. MATEMÁTICA FINANCEIRA

Conceito de fluxo de caixa

Fluxo de caixa (de uma empresa, de um financiamento, de um investimento, etc.) é um


conjunto de entradas e saídas de caixa (dinheiro) ao longo do tempo.

A representação de um fluxo de caixa ao longo do tempo pode ser feita através de um


diagrama, como mostra a figura abaixo:

onde a escala horizontal representa o tempo (em meses, trimestres, semestres, anos, etc.); as
flechas para baixo correspondem a saídas de caixa ou despesas e terão sinais negativos; as
flechas para cima representam entradas de caixa ou receitas e terão sinais positivos.

A matemática financeira e seus objetivos

A matemática financeira é o ramo da matemática que estuda o comportamento do dinheiro


no tempo e tem por objetivo o manuseio, a transformação e a comparação de fluxos de caixa.

Moeda estável e inflação

Os conceitos de matemática financeira desenvolvidos neste trabalho são exatamente os


mesmos, tanto para os fluxos de caixa sem inflação, expressos em moeda estável (tem o
mesmo poder aquisitivo ao longo do tempo), como para os fluxos de caixa com inflação,
expressos em moeda corrente, que perde o seu poder aquisitivo ao longo do tempo.

Capital e o Juro

Denomina-se capital a qualquer quantidade de moeda ou dinheiro que uma pessoa, física ou
jurídica, aplica ou empresta para outra durante certo tempo. O juro pode ser definido como a
compensação financeira conseguida por um aplicador durante certo tempo ou ainda o custo
do capital para uma pessoa, que durante certo tempo, usa o capital de outra. O juro é cobrado
em função de um coeficiente, chamado taxa de juro, que é dado geralmente em termos
percentuais e sempre referido a um intervalo de tempo, tomado como unidade, denominado
período financeiro. A taxa de juro é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no fim de um
período financeiro e o capital aplicado.

Exemplo: Suponhamos que a aplicação de 𝑅$ 150,00 tenha produzido, ao fim de um mês, a


quantia de 𝑅$ 4,50 de juros.

Valor aplicado 𝑅$ 150,00

Juros obtidos → 𝑅$ 4,50


4,50
Taxa de juro → 150,00
= 0,03 = 3% ao mês
Observação:

A taxa de juros pode ser representada sob duas formas:

● taxa percentual: quando representar os juros de 100 (cem) unidades de capital


durante o período financeiro a que se refere;
● taxa unitária: quando representar, nas mesmas condições, os juros de uma unidade de
capital.

Exemplo: Seja a taxa de juros de 15% ao ano.

{15% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 → 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 0,15 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 → 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎


As taxas de juros, neste trabalho, quando inseridas nos enunciados e nas respostas dos
exercícios serão, sempre, indicadas na forma percentual, porém, todos os cálculos e
desenvolvimento de fórmulas serão feitos através da notação em fração decimal (taxa
unitária).

Regimes de Capitalização

● A sucessiva incorporação dos juros ao principal ao longo dos períodos financeiros,


denomina-se capitalização.
● Regime de capitalização simples: quando os rendimentos são devidos única e
exclusivamente sobre o principal, ao longo dos períodos financeiros a que se refere a
taxa de juros.
● Regime de capitalização composta: quando ao fim de cada período de tempo, a que se
refere a taxa de juros, os rendimentos são incorporados ao capital anterior e passam,
por sua vez, a render juros no período seguinte.

O Valor do Dinheiro no tempo

Do ponto de vista da Matemática Financeira, R$ 10.000,00 hoje não são iguais a R$ 10.000,00
em uma outra data qualquer, pois o dinheiro cresce no tempo ao longo dos períodos, devido à
presença da taxa de juros.

Assim, sob a ótica da Matemática Financeira devemos observar que:

a) os valores presentes em uma mesma data são grandezas que podem ser comparadas e
somadas algebricamente;

b) os valores presentes em datas diferentes são grandezas que só podem ser comparadas e
somadas algebricamente após serem movimentadas para uma mesma data, com a devida
aplicação de uma taxa de juros.
CLASSIFICAÇÃO DOS JUROS

Os juros são classificados em simples ou compostos, de acordo com o regime de capitalização


em que se está trabalhando.

Exemplo Numérico de Juros Simples:

Suponhamos que um indivíduo tenha feito, hoje, uma aplicação no valor de R$ 100,00, em um
banco que remunera suas aplicações a juros simples, à razão de 20% ao ano. Qual será seu
saldo credor no final de cada um dos próximos cinco anos?

ESCALA FINAL DO SALDO INICIAL JUROS SALDO FINAL


0 - - - R$ 100,00
1 1º ano R$ 100,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 120,00
2 2º ano R$ 120,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 140,00
3 3º ano R$ 140,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 160,00
4 4º ano R$ 160,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 180,00
5 5º ano R$ 180,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 200,00

É importante observar, que neste caso, o banco sempre aplica a taxa de juros de 20%a.a. sobre
o capital inicial de R$ 100,00, e não permite que o indivíduo retire os juros produzidos em cada
período. Assim, apesar dos juros estarem sempre à disposição do banco, eles não são
remunerados por parte da Instituição.

Exemplo Numérico de Juros Compostos:

Vamos supor, agora, que a aplicação do exemplo anterior, tenha sido feita a juros compostos.
Qual seria o saldo credor do indivíduo ao final de cada um dos próximos cinco anos?

ESCALA FINAL DO SALDO INICIAL JUROS SALDO FINAL


0 - - - R$ 100,00
1 1º ano R$ 100,00 0,20 x 100,00 = 20,00 R$ 120,00
2 2º ano R$ 120,00 0,20 x 120,00 = 24,00 R$ 144,00
3 3º ano R$ 144,00 0,20 x 144,00 = 28,80 R$ 172,80
4 4º ano R$ 172,80 0,20 x 172,80 = 34,56 R$ 207,36
5 5º ano R$ 207,36 0,20 x 207,36 = 41,47 R$ 248,83

É importante observar, que neste caso, o banco sempre aplicou a taxa de juros de 20%a.a.
sobre o saldo existente no início de cada período financeiro. Assim, após cada período, os juros
são incorporados ao saldo anterior e passam, por sua vez, a render juros no período seguinte.

Exercícios propostos

01) Um investidor aplicou R$ 2.000,00 numa instituição financeira que remunera seus
depósitos a uma taxa de 6% ao trimestre, no regime de juros simples. Mostrar o crescimento
desse capital no final de cada trimestre, a contar da data da aplicação dos recursos, e informar
o montante que poderá ser retirado pelo investidor no final do quinto trimestre, após a
efetivação do depósito. Resposta: R$ 2.600,00
02) Um investidor aplicou R$ 2.000,00 numa instituição financeira que remunera seus
depósitos a uma taxa de 6% ao trimestre, no regime de juros compostos. Mostrar o
crescimento desse capital no final de cada trimestre, a contar da data da aplicação dos
recursos, e informar o montante que poderá ser retirado pelo investidor no final do quinto
trimestre, após a efetivação do depósito. Resposta: R$ 2.676,45

03) Suponha que a aplicação de R$ 5.000,00 tenha produzido ao final de um trimestre a


quantia de R$ 190,00 de juros. Qual foi a taxa percentual trimestral da aplicação? Resposta:
3,8% a.t.
JUROS SIMPLES

Simbologia a ser adotada

Como forma de simplificação e uniformização de procedimentos no desenvolvimento teórico


dos juros simples, será usada a seguinte notação:

C = principal, valor presente, valor atual, ou seja, valor do capital no dia de hoje;

i = taxa efetiva de juros por período de capitalização;

n = número de períodos de capitalização;

J = valor dos juros, representam a remuneração do capital investido em alguma atividade


financeira.

M = montante, valor futuro, ou seja, valor do capital no fim de 𝑛 períodos. O montante


corresponde ao valor final que o investidor arrecada ao somar o capital inicial com o juros.
Matematicamente, temos que:

𝑀 =𝐶+𝐽

Expressão para o cálculo dos juros

Os juros simples incidem unicamente sobre o Capital inicial e geram rentabilidade ou custo,
que são diretamente proporcionais ao capital e ao prazo da operação.
Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros.
Assim, o valor dos juros no final do primeiro período é dado por 𝐶. 𝑖, no final do segundo
período por 2. 𝐶. 𝑖, no final do terceiro período por 3. 𝐶. 𝑖 e assim, sucessivamente. O total de
juros acumulados no final de n períodos será dado, portanto, pela fórmula:

𝐽 = 𝐶. 𝑖. 𝑛

Exemplo: Calcular os juros simples referentes a um empréstimo no valor de R$ 8.000,00, à


taxa de 3% ao mês, durante 4 meses.

Expressão para o cálculo do montante

O montante 𝑀, ao fim de 𝑛 períodos, resultante da aplicação do capital 𝐶 à taxa 𝑖 de juros


simples, é dado por:
𝑀 = 𝐶 + 𝐽 , ou seja, Montante = Capital inicial + juros.
Logo, 𝑀 = 𝐶 + 𝐶. 𝑖. 𝑛
Colocando-se 𝐶 em evidência, resulta:

𝑀 = 𝐶. (1 + 𝑖. 𝑛)

Exemplo 1: Determinar o montante, ao fim de 5 meses, correspondente a uma aplicação no


valor de R$ 6.000,00, à taxa de 4% ao mês, no regime de juros simples.

Exemplo 2: Qual o valor que se deve aplicar hoje para se obter o montante de R$ 8.000,00,
daqui a 6 meses, a uma taxa de juros de 4% ao mês.
Exemplo 3: Um capital de R$ 10.000,00 foi aplicado a juros simples, durante 5 meses, gerando
um, montante de R$ 10.750,00.
a) Determine a taxa de juros do período da aplicação;
b) Determine a taxa mensal de juros da aplicação.

Juros Comerciais e Juros exatos

Juros Comerciais:
São os juros obtidos quando se considera o ano com 360 dias (ano comercial) e o mês com 30
dias (mês comercial).
Juros Exatos:
São os juros obtidos quando se considera o ano com 365 dias ou 366 dias (ano bissexto).

Exemplo: Um capital de R$ 15.000,00 esteve aplicado durante 45 dias à taxa de juros simples
de 30% a.a. Determinar os juros comerciais e os juros exatos dessa aplicação.

Taxas Proporcionais e taxas equivalentes

Conceitos
● Duas ou mais taxas de juros são proporcionais quando os seus valores e os períodos a
que elas se referem estão na mesma razão.
20 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
Assim, 20% ao ano e 5% ao trimestre são taxas proporcionais, pois 5 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
● Duas ou mais taxas de juros são equivalentes quando ao serem aplicadas a um mesmo
principal, durante um mesmo intervalo de tempo, produzem o mesmo montante.

Observação: É importante notar, que no regime de juros simples as taxas proporcionais são,
também, equivalentes.

Relações entre as taxas proporcionais

Inicialmente, vamos definir:


𝑖𝑎 = taxa anual de juros.
𝑖𝑠 = taxa semestral de juros.
𝑖𝑡 = taxa trimestral de juros.
𝑖𝑚 = taxa mensal de juros.
𝑖𝑑 = taxa diária de juros.

Com base no conceito de taxas proporcionais, podemos escrever:


𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖𝑎 . 1) = 𝐶(1 + 𝑖𝑠 . 2) = 𝐶(1 + 𝑖𝑡 . 4) = 𝐶(1 + 𝑖𝑚 . 12) = 𝐶(1 + 𝑖𝑑 . 360).

Simplificando os termos comuns, concluímos que:

𝑖𝑎 = 2𝑖𝑠 = 4𝑖𝑡 = 12𝑖𝑚 = 360𝑖𝑑

Aplicação: Determine a taxa mensal proporcional a 45% ao ano


Exercícios:

1 - Que capital deverá ser aplicado à taxa de 10% ao trimestre, para produzir ao final de 2
anos, o montante de R$ 14.400,00, no regime de capitalização simples?

2 - A que taxa mensal de juros simples deve-se aplicar o capital de R$ 15.000,00 para que em 3
meses e 15 dias, produza o montante de R$ 17.100,00?

3 - Durante quanto tempo o capital de R$ 28.000,00 deve ser empregado, a juros simples, à
taxa de 54% ao ano, para produzir o montante de R$ 38.080,00?

4 - Um título, cujo valor de resgate, daqui a 3 meses, é R$ 8.000,00, foi adquirido hoje, por um
fundo, pelo valor de R$ 7.561,44. Qual a taxa de rendimento do papel no período?

5 - Uma aplicação financeira com prazo de 6 meses, rende juros simples à taxa de 30% ao ano.
Sabendo-se que o imposto de renda, pago no resgate, é igual a 20% do juro produzido,
pergunta-se:
a) Qual o montante líquido de uma aplicação de R$ 10.000,00?
b) Qual o capital que deve ser aplicado para produzir um montante líquido de R$ 8.750,00?

6 - Um capital de R$ 50.000,00 foi aplicado à taxa de 54% ao ano, no regime de capitalização


simples, pelo prazo de 27 dias. Determinar o valor dos juros exatos dessa aplicação.

7 - Um capital de R$ 10.000,00 foi aplicado à taxa de 30% ao ano, no regime de capitalização


simples, pelo prazo de 45 dias:
a) Determinar os juros exatos dessa aplicação;
b) Determinar os juros comerciais dessa aplicação.
DESCONTOS SIMPLES

Conceitos
● desconto deve ser entendido como sendo o abatimento que o devedor faz jus quando
antecipa o pagamento de um título.
● título é um documento usado para formalizar uma dívida que não pode ser paga
imediatamente, mas que deverá ser liquidada dentro de um determinado prazo
previamente estipulado

Descontos e Acréscimos

Exemplo: Uma bolsa custa R$ 150,00, porém a loja está oferecendo um desconto de 20%. Qual
seria o valor dessa bolsa com o devido desconto?

Por recorrência, podemos estabelecer que, para DESCONTOS, devemos subtrair a


porcentagem do desconto dos 100% total.
Ou seja:
𝑃𝑟 = (100% − 𝑃%). 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
ACRÉSCIMO:
𝑃𝑟 = (100% + 𝑃%). 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Exemplo 1: Em uma loja, um comerciante segue a seguinte regra:
A – Para pagamento a vista, concede um desconto de 10%.
B – Para pagamento no cartão, concede um acréscimo um acréscimo de 5% para cobrir as suas
taxas.
Considerando que um cliente realizou uma compra no valor de R$300,00, calcule:
a) Quanto pagará se o pagamento for a vista?
b) Quanto pagará se for no cartão?

Exemplo 2: O preço de venda de um CD é de R$28,00 e um comerciante decide reajustá-lo em


15%. Diante da insistência de um comprador, o comerciante concede sobre o novo valor um
desconto de 15%. Calcule o preço final do CD.

Taxa de Desconto e Taxa de Rentabilidade

Exemplo Numérico:

Um banco realiza operações de desconto de Notas Promissórias de acordo com os seguintes


critérios:
● o prazo da operação é de 45 dias;
● a taxa cobrada pelo banco é de 6% ao mês;
● os juros são pagos antecipados.

Assim, se o cliente desejar realizar uma operação de R$10.000,00, deverá assinar uma Nota
Promissória nesse valor, com vencimento dentro de 45 dias. O total dos juros a ser pago
antecipadamente é:
45
𝐽 = 𝐶. 𝑖. 𝑛 = 10000𝑥0,06𝑥 → 𝐽 = 𝑅$ 900,00
30
Os dados dessa operação podem, então, ser assim resumidos:
● Capital 𝐶 liberado pelo banco: R$ 9.100,00
● prazo 𝑛 da operação: 45 dias
● montante 𝑀 a ser pago no final de 45 dias: R$ 10.000,00

Esses valores podem ser relacionados pela expressão 𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖. 𝑛), isto é:

45
10000 = 9100. (1 + 𝑖. ) → 𝑖 = 0,06593 𝑜𝑢 𝑖 = 6,5934% 𝑎. 𝑚.
30

A taxa 𝑖 = 6,5934% 𝑎. 𝑚. é conhecida como taxa de rentabilidade, pois, ao ser aplicada


sobre o principal de R$ 9.100,00, proporcionará uma rentabilidade total de R$ 900,00 em 45
dias. Ela é sempre aplicada sobre o capital principal, pelo prazo que for estabelecido. A taxa
𝑖 = 6 % 𝑎. 𝑚. é conhecida como taxa de desconto, pois, ao ser aplicada sobre o montante de
R$ 10.000,00, provocará um desconto de R$ 900,00 em 45 dias. Ela é sempre aplicada sobre o
montante, pelo prazo que for estabelecido.

Desconto Comercial ou por fora:

O desconto comercial ou por fora é amplamente utilizado nas operações bancárias e


comerciais.
As principais variáveis dessa operação são as seguintes:
● Desconto → juros simples cobrado sobre o valor nominal do título, no ato da liberação
dos recursos.
● IOF → imposto sobre operações financeiras cobrado com base no valor nominal do
título, no ato da liberação dos recursos.
● Prazo → prazo de vencimento do título considerado para o cálculo dos juros. Esse
prazo é a diferença entre a data da liberação dos recursos e a data do vencimento do
título.

Exemplo: Uma empresa desconta, num banco, um título no valor de R$ 60.000,00, no dia
10/06/2017, com vencimento para 15/07/2017. A taxa de desconto simples cobrada pelo
banco é de 6 % ao mês. Sabendo-se que a taxa de IOF é de 0,0041% ao dia, determinar o custo
efetivo desse empréstimo, em termos de taxa mensal.
JUROS COMPOSTOS

CÁLCULO DOS JUROS COMPOSTOS - FÓRMULAS E EXEMPLOS

Diz-se que um capital está aplicado a juros compostos ou no regime de capitalização


composta, quando, no fim de cada período financeiro, previamente estabelecido, os juros são
adicionados ao capital anterior e passam a render juros no período seguinte.

Expressão para o cálculo do montante

O valor dos juros em cada período financeiro, no regime de juros compostos, é obtido pela
aplicação da taxa de juros sobre o saldo existente no início do período correspondente. Assim,
considerando-se Capital inicial 𝐶 aplicado a juros compostos à taxa 𝑖 durante 𝑛 períodos,
segue-se que: o valor dos juros no fim do primeiro período é dado por:
𝐽1 = 𝐶. 𝑖
O valor do montante 𝑀 no fim desse período será:
𝑀1 = 𝐶 + 𝐽1
𝑀1 = 𝐶 + 𝐶. 𝑖
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)
No final do segundo período os juros acumulados serão representados por:
𝐽2 = 𝑀1 . 𝑖
𝐽2 = 𝐶(1 + 𝑖). 𝑖
O montante no final do segundo período será, portanto, representado por:
𝑀2 = 𝑀1 + 𝐽2 =
𝑀2 = 𝐶(1 + 𝑖) + 𝐶(1 + 𝑖). 𝑖

𝑀2 = 𝐶 + 𝐶. 𝑖 + 𝐶. 𝑖 + 𝐶. 𝑖 2

𝑀2 = 𝐶. (1 + 𝑖 + 𝑖 + 𝑖 2 )

𝑀2 = 𝐶. (1 + 2𝑖 + 𝑖 2 )

𝑀2 = 𝐶. (𝑖 2 + 2𝑖 + 1)

𝑀2 = 𝐶. (1 + 𝑖)²

Por indução, podemos concluir que a expressão genérica para o cálculo do montante 𝑀, à taxa
𝑖 de juros compostos, no fim do período 𝑛 será representada por:
𝑀 = 𝐶. (1 + 𝑖)𝑛

A expressão acima mostra que, no regime de capitalização composta, o montante cresce de


forma exponencial ao longo do tempo.

Expressão para o cálculo do valor atual


A expressão 𝑀 = 𝐶. (1 + 𝑖)𝑛 nos permite escrever:

𝑀
𝐶=
(1 + 𝑖)𝑛
Exemplos:
1 - Um investidor aplicou R$ 50.000,00 por 8 meses, à taxa de 6% ao mês, no regime de juros
compostos. Calcular o montante ao fim desse prazo.

2 - Quanto se deve investir hoje, para produzir R$ 820.580,00 de montante, em 2 anos, no


regime de capitalização composta, à taxa de 5,5% ao mês?

3 - Você recebe uma proposta para investir hoje a importância de R$ 300.000,00 para receber
R$ 440.798,42 ao fim de 5 meses. Qual a taxa de rentabilidade mensal desse investimento?

4 - Determinar o prazo de uma aplicação de R$ 50.000,00, no regime de capitalização


composta, à taxa de 7% ao mês, cujo resgate foi de R$ 65.539,80.

Exercícios:

1 - Qual o valor dos juros acumulados ao longo de 5 meses em uma aplicação financeira de R$
5.000, sabendo-se que a taxa remuneratória é 1,0% ao mês?
a) Juros Compostos
b) Juros Simples

2. Um capital de R$ 2.500 esteve aplicado à taxa mensal de 2% por dois meses.


a) Juros acumulado – Juros Simples.
b) Juros acumulado – Juros Compostos.

3. Você compra um móvel para sua casa no valor de R$ 400, a ser pago em uma única parcela
datada para dois meses após a compra. A operação corre com juros de 1,6% a.m.
a) Qual o valor a ser pago – Juros Simples?
b) Qual o valor a ser pago – Juros Compostos?

4. Considere que você tomou emprestado R$ 1.000 e pagou, ao final, R$ 1218,40 e que a taxa
de juros da operação empregada foi 2,5% a.m.
a) Qual o prazo dessa operação – Juros Simples?
b) Qual o prazo dessa operação – Juros Compostos?

5. Quanto tempo é necessário para se triplicar um capital aplicado a uma taxa de 0,5% ao mês?
a) Juros Simples?
b) Juros Compostos?

6. Calcule o rendimento e o montante acumulado ao final de 18 meses, de uma aplicação de


R$ 68.000,00, a uma taxa de 2% a.m.
a) Juros Simples
b) Juros Compostos

7. (CEF) Um capital de R$ 500,00 foi aplicado a juro simples por 3 meses, à taxa de 4% ao mês.
O montante obtido nessa aplicação foi aplicado a juros compostos por 2 meses à taxa de 5%ao
mês. Ao final da segunda aplicação, o montante obtido era de:
a) R$ 560,00
b) R$ 585,70
c) R$ 593,20
d) R$ 616,00
e) R$ 617,40

8. (CEF) Um capital de R$ 2.000,00 foi aplicado à taxa de 3% a.m. por 60 dias e, o de R$


1.200,00, à taxa de 2% a.m. por 30 dias. Se a aplicação foi a juros compostos:
a) o montante total recebido foi de R$ 3.308,48
b) o montante total recebido foi de R$ 3.361,92.
c) o montante total recebido foi de R$ 4.135,64.
d) a diferença positiva entre os montantes recebidos foi de R$ 897,80.
e) a diferença positiva entre os montantes recebidos foi de R$ 935,86.

9. Antônio fez uma aplicação a prazo fixo de dois anos. Decorridos o prazo, o montante que
era de R$ 224.000,00 foi reaplicado por mais um ano a uma taxa de juros igual a 115% da
primeira. Sendo o montante final de R$ 275.520,00, calcule o capital inicialmente depositado.
a) Juros Simples
b) Juros Compostos
Aplicações Com Períodos Fracionários
No regime de capitalização composta, quando o período é fracionário podem ser usadas duas
convenções:

1 - Convenção Exponencial
Neste caso, remunera-se a aplicação, com juros compostos, durante todo o período (inteiro +
fração). O montante cresce segundo uma curva exponencial.

Exemplo: O capital de R$ 12.000,00 foi aplicado a juros compostos, à taxa de 60% ao ano,
capitalizada trimestralmente, pelo prazo de 8 meses. Determine o montante.

2- Convenção linear
Neste caso, a parte inteira do período é remunerada a juros compostos. O montante assim
obtido é, então, remunerado a juros simples, no período correspondente à parte fracionária.

Exemplo: O capital de R$ 12.000,00 foi aplicado a juros compostos à taxa de 60% ao ano,
capitalizada trimestralmente, durante 8 meses. Determine o montante.

Observação: O montante obtido através da convenção linear é sempre um pouquinho maior


que o montante obtido pela convenção exponencial.

Taxas Equivalentes:
Duas ou mais taxas são ditas equivalentes quando, ao serem aplicadas a um mesmo capital
inicial durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final desse
prazo, no regime de juros compostos.
O conceito de taxas equivalentes está, portanto, diretamente ligado ao regime de juros
compostos.
Exemplo: Sejam as taxas de juros compostos de 69,58814 % ao ano e 4,5 % ao mês.
Considerando-se uma aplicação de R$ 5.000,00 pelo prazo de dois anos, no regime de juros
compostos, temos:

a)

b)

Logo, no regime de capitalização composta, 69,58814 % a.a. e 4,5 % a.m. são taxas
equivalentes.

Relações entre as taxas equivalentes


Por definição de taxas equivalentes, temos:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖𝑎 )1 = 𝐶(1 + 𝑖𝑠 )2 = 𝐶(1 + 𝑖𝑡 )4 = 𝐶(1 + 𝑖𝑚 )12 = 𝐶(1 + 𝑖𝑑 )360
Onde, simplificando as igualdades, teremos:

(1 + 𝑖𝑎 )1 = (1 + 𝑖𝑠 )2 = (1 + 𝑖𝑡 )4 = (1 + 𝑖𝑚 )12 = 𝐶(1 + 𝑖𝑑 )360

Aplicações:
1) Determine a taxa anual equivalente a 8% ao mês, no regime de juros compostos.
2) Determine a taxa mensal equivalente a 48% a.a., no regime de juros compostos.

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA COM TAXAS DE JUROS VARIÁVEIS


Seja calcular o montante de uma aplicação de R$ 8.000,00 à taxa 8% ao mês, pelo prazo de um
ano, no regime de juros compostos.
Solução:

No problema acima, supomos uma taxa constante de 8% ao mês ao longo dos 12 meses do
ano.
Contudo, buscamos determinar o montante quando a taxa de juros varia em cada período.
Seja calcular o montante de um capital C, aplicado a juros compostos, com as seguintes taxas
por período de capitalização:

𝑖1 no 1º período
𝑖2 no 2º período
𝑖3 no 3º período

e, assim, sucessivamente, até o período n.

𝑀1 = 𝐶. (1 + 𝑖1 )

𝑀2 = 𝑀1 . (1 + 𝑖2 ) = 𝐶. (1 + 𝑖1 ). (1 + 𝑖2 )

𝑀3 = 𝑀2 . (1 + 𝑖3 ) = 𝐶. (1 + 𝑖1 ). (1 + 𝑖2 ). (1 + 𝑖3 )

Assim, ao final de n períodos de capitalização, teremos:

𝑀 = 𝐶. (1 + 𝑖1 ). (1 + 𝑖2 ). (1 + 𝑖3 ) … (1 + 𝑖𝑛 )

Cálculo da Taxa Acumulada e da taxa média


𝑀
A taxa acumulada no período é dada pela expressão: 𝑖 = 𝐶 − 1, isto é:

𝑖𝐴𝐶 = [(1 + 𝑖1 ). (1 + 𝑖2 ). (1 + 𝑖3 ) … (1 + 𝑖𝑛 ) − 1] 𝑥 100

A taxa média é calculada com a relação de equivalência, isto é:

1
𝑖𝑚 = [(1 + 𝑖𝐴𝐶 )𝑛 − 1] 𝑥100
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

01- Seja, por exemplo, calcular o montante resultante da aplicação do capital de R$ 18.000,00
que esteve aplicado durante 3 meses, no regime de juros compostos, às taxas de 3,45%, 2,28%
e 4,32%, respectivamente.

02- Em quatro meses sucessivos um fundo de investimentos rendeu 1,6%, 1,8%, 1,5% e 2%,
respectivamente. Qual a taxa de rentabilidade acumulada no período? Qual a taxa média
mensal de rendimento do fundo?

03- O capital de R$ 5.000,00 esteve aplicado durante dois meses e quinze dias a juros
compostos de 2% a.m. Calcular o montante:
b. utilizando a convenção exponencial;
c. utilizando a convenção linear

04 - Em janeiro, fevereiro, março e abril de certo ano, o preço de um produto teve


respectivamente os seguintes aumentos: 2%, 5%, 3,6% e 7%.
a) Qual a taxa acumulada no quadrimestre?
b) Qual a taxa média mensal de aumento do produto?
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

01- Determinar o montante que um investimento de R$ 80.000,00 produzirá em dois semestres,


à taxa de 15% ao trimestre, no regime de capitalização composta. Resposta : R$ 139.920,50

02- Você vai adquirir dois títulos, o primeiro tem valor de resgate de R$ 50.000,00 e prazo de
resgate 6 meses; o segundo tem valor de resgate de R$ 30.000,00 e prazo de resgate de 9
meses. Qual o valor da aplicação, se a instituição financeira está oferecendo uma taxa de 6% ao
mês, no regime de juros compostos? Resposta: R$ 53.004,98

03- Quantos períodos serão necessários para triplicar um capital, a juros compostos, à taxa de
10% ao período? Resposta: 11,53.

04- Qual a taxa mensal de juros compostos que transforma um capital de R$ 30.000,00 em R$
212.537,21 em dois anos? Resposta: 8,5% a.m.
24
Dado: √7,0846 = 1,085

05- O capital de R$ 100.000,00 colocado a juros compostos, capitalizados mensalmente durante


8 meses, elevou-se, no final desse prazo, a R$ 156.994,83. Calcular a taxa de juros aplicada.
Resposta: 5,8% a.m.
8
Dado: √1,5699483 = 1,058

06- Determinar o prazo necessário para que uma aplicação no valor de R$ 20.000,00 se
transforme em R$ 35.246,83, à taxa de 12% ao mês, no regime de juros compostos. Resposta: 5
meses.

07- Ricardo fez uma aplicação de R$ 15.000,00 por 15 meses à taxa de 45% a.a., no regime
de juros compostos. Determine o montante recebido, utilizando as convenções linear e
exponencial. Resposta: R$ 24.196,88 pela convenção linear; R$ 23.867,19 pela convenção
exponencial.

08- O rendimento das cadernetas de poupança atingiu no período de abril a agosto de 1989 os
seguintes percentuais: Abril 11,52%; Maio 10,48%; Junho 29,40%; Julho 25,45%; Agosto
29,99%.
a) Determine o percentual de rendimento acumulado nesse período nas cadernetas de
poupança. Resposta: 159,9868%.
b) Determine a taxa média mensal de rendimento das cadernetas de popança nesse período.
Resposta: 21,06% a.m.

09- Em quatro meses sucessivos um fundo de renda fixa rendeu 1,2%, 1,4%, 1,5% e 1,6%. Qual
a taxa de rentabilidade acumulada deste fundo no período? Resposta.: 5,8225%.
14. ESTATÍSTICA BÁSICA

1.1. Conceito de Estatística


• Estatística – Técnicas destinadas ao estudo quantitativo de fenômenos coletivos e
empiricamente observáveis.
• Unidade Estatística – nome dado a cada observação de um fenômeno individual. É uma
unidade no conjunto que irá constituir o fenômeno coletivo.
• Dado Estatístico - número que mede a intensidade ou a característica de um fenômeno
coletivo em estudo.
• Finalidade da Estatística
1. Desenvolver métodos e técnicas para coleta, organização, análise e interpretação de
dados;

2. Fornecer métodos para inferir conclusões sobre um universo maior a partir das
observações de um fenômeno particular.

• Para inferir conclusões – deve-se fazer observações repetidas sobre um dado fenômeno,
mantendo-se as mesmas condições.
• Grau de Incerteza - Como não é possível controlar todos os fatores que influem a
observação de um fenômeno estatístico há sempre um grau de incerteza na avaliação
dos resultados.
• Teoria da Probabilidade – Estatística é uma teoria sobre a incerteza. Por isso se baseia
inteiramente na Teoria da Probabilidade (de ocorrência de um fenômeno).
• Probabilidade Estatística – são afirmações sobre a possibilidade ou a probabilidade de
ocorrência de um fenômeno, desde que satisfeitas um conjunto de condições teóricas.
• Fenômenos aleatórios – são o objeto de estudo da estatística, e se referem a todos
fenômenos observáveis na natureza.

1.2. Fenômenos aleatórios


• Características Básicas
o Se repetem.
o Apresentam variabilidade nas observações.
o Não apresentam previsibilidade sobre sua variação futura.
• Frequência de um Fenômeno Aleatório
o Quando as observações de um determinado fenômeno apresentam grande
repetição, diz-se que existe regularidade de frequência.
1.3. População e Amostra Estatística
• População de uma Variável – É o universo de todas as ocorrências ou repetições
possíveis de um fenômeno aleatório. A população é o conjunto total de dados de uma
realidade.
• Amostra – É um subconjunto da população. Representa uma parte dos dados da
população.
• Levantamento de dados – São as observações de uma amostra da população. Como é
impossível levantar todos os dados de uma população, coletamos parte desta
informação: amostra.
• Objeto da Estatística – Levantar dados amostrais para concluir (inferir ou generalizar)
sobre as características da realidade mais ampla (população).
• Indução Estatística – processo pelo qual, se generaliza os dados da amostra para toda
população. Essa generalização se realiza pelo cálculo das probabilidades.

1.4. Amostragem
• Seleção da Amostra – as amostras devem se escolhidas de modo a poder aplicar a elas
os cálculos de probabilidades.
• Amostra Representativa – é aquela que tem as mesmas características da população de
onde foi retirada
• Amostra Probabilística – É aquela cujo processo de amostragem permite atribuir a cada
elemento da amostra uma probabilidade semelhante à da população.
• Amostragem Aleatória – É aquela em que cada um dos elementos da população tem a
mesma chance de ser selecionado no levantamento dos dados.

1.5. Experimento e Variável


• Experimento – É a observação sistemática de um fenômeno (evento aleatório) qualquer
da população.
• Variável – É o valor assumido pelo fenômeno em um experimento qualquer. A variável
é, portanto, o valor que pode assumir o evento dentro de um conjunto de valores
possíveis chamado domínio da variável.
• Variável Contínua – aquela que pode assumir qualquer valor numa escala de valores
(teoricamente infinitos valores)
• Variável Discreta – aquela cujos valores possíveis são números inteiros (contagem)
1.6. Medidas de Ordenamento ou Posição
- Medidas de Tendência Central

• Valores Centrais ou Médias de uma Amostra – Valores que indicam posição de


centralidade, ou o ponto central da distribuição.
● Média Aritmética Simples – Quociente da soma dos valores observados, pelo
número total de valores.
∑ 𝑋𝑖
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
𝑛
● Média Aritmética Ponderada - Quando há valores que se repetem mais que outros.
∑ 𝑋𝑖 . 𝑓𝑖
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝑛
Exemplo:

48𝑥2 + 51𝑥3 + 55𝑥5 + 58𝑥4 + 60𝑥1


𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = = 54,4
15
→ Utilização: média de cálculo mais fácil. Valor médio significativo por incluir todos os valores
observados. Usada em estatística para o cálculo do desvio padrão. Em probabilidade esta
média é chamada Esperança Matemática.

• Mediana – Medida de posição central. A mediana é o valor que ocupa a posição central
(meio) da distribuição.
Série de valores com nº impar de termos
Mediana = (n + 1 )/2
Nº de termos 7
Md = 7+1 = 8 / 2 = 4 (mediana é o 4º termo)
Ex: 5, 7, 8, 11, 12, 13, 14 (7 termos) → Md = 11

Série de valores com nº par de termos


Mediana = n /2 + 1 e
Mediana = n /2
Nº de termos 8
Md = 8/2 = 4 (mediana entre o 4º e 5 º termo)
Md = 8/2+1 = 5
Ex: 5, 7, 8, 11, 12; 13, 14, 15; (8 termos) → Md = (11+12) / 2 = 11,5
Utilização: usada quando a distribuição apresenta resultados extremos muito
discrepantes. A mediana não sofre a influência de valores extremos.

• Moda – Valor dominante de uma distribuição. Aquele que numa série de valores se
apresenta com a maior frequência. Um conjunto de valores pode apresentar mais de
uma moda: plurimodal.
Ex I: 48, 49, 50, 50, 50, 55, 58, 59, 60 → M = 50
Ex II: 4, 5, 6, 4, 5, 7, 4, 8, 5, 10 → M = 4 e 5 (plurimodal)

1.7. Medidas de dispersão


→ Medidas de Variabilidade

• Índices que indicam o grau de concentração ou dispersão de uma distribuição em torno


da média.
• Principais índices de variabilidade:
✔ Amplitude total
✔ Desvio médio
✔ Variância
✔ Desvio padrão

• Amplitude Total (Intervalo Total) - É a diferença entre o maior e o menor valor de uma
série.
Ex: 48, 49, 50, 50 50, 55, 58, 59, 60 → A = 60 - 48 = 12

• Desvio Médio – Média aritmética dos afastamentos (ou desvios), tomados em valor
absoluto, entre cada valor e a média aritmética.
∑ 𝑑𝑖 . 𝑓𝑖
𝐷𝑀 =
𝑛
Sendo 𝑑𝑖 = |𝑥𝑖 − 𝑎| 𝑒 𝑎 = 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎
(48 − 54,4)𝑥2 + (51 − 54,4)𝑥3 + (55 − 54,4)𝑥5 + (58 − 54,4)𝑥4 + (60 − 54,4)𝑥1
𝐷𝑀 =
15
12,8 + 10,2 + 3,0 + 14,4 + 5,6
𝐷𝑀 = = 3,07
15
Utilização: Indica o quanto, em média, os valores se afastam do ponto central (média)
numa distribuição do tipo Curva de Gauss.

• Variância – Considerando-se uma amostra de dados, cada dado isolado pode ter um
desvio (dispersão) em relação à média da amostra. Essa dispersão é a diferença entre o
valor individual e a média da amostra de dados. Para se avaliar o grau de dispersão de
toda a amostra de dados utiliza-se a variância que é a soma dos quadrados dos desvios
dividido pelo tamanho da amostra, menos 1.
∑ (𝑥𝑖 − 𝑎)2 . 𝑓𝑖
𝑉(𝑋) =
𝑛−1
Exemplo.

81,92+34,68+1,8+51,84+31,36
𝑉(𝑋) = 14
= 14,4

• Desvio padrão – afastamento quadrático médio ou afastamento padrão. É a raiz


quadrada da variância.

σ = + √𝑉 (𝑋 )

Exemplo: 𝜎 = √14,4 = 3,79

Utilização: é a medida mais usada com medida de variabilidade, principalmente quando a


distribuição for normal

2. NOÇÕES DE PROBABILIDADE

2.1. Conceitos Básicos


Experimento: ao descrevermos um experimento, deveremos especificar que operação ou
procedimento deva ser realizado, assim como o que deva ser observado. Ex.: Jogue uma
moeda quatro vezes e observe o no. de caras.

Eventos: conjunto de resultados possíveis ou subconjunto do espaço amostral.

Probabilidade: define quantitativamente a possibilidade de um ou mais eventos ocorrerem.


Varia entre ZERO (impossibilidade absoluta) e UM (certeza absoluta).

Figura 1 – Escala de Probabilidade


Se os resultados (eventos) de um experimento são classificados em sucesso e falha, tem-se:
𝑛𝑜. 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠
𝑃(𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜) = 𝑃(𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎)
𝑛𝑜. 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑛𝑜. 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠
=
𝑛𝑜. 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Se s = no. de sucessos e f = no. de falhas, então:
𝑠 𝑓
𝑃(𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜) = 𝑝 = 𝑃(𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎) = 𝑞 =
𝑠+𝑓 𝑠+𝑓
e 𝑝 + 𝑞 = 1.

Ex.1: Qual a probabilidade de se obter cara (ou coroa) em um único lance de uma moeda?

s=f=1 e P(cara) = P(coroa) = ½

Ex. 2: Avalie a probabilidade de se obter cara (ao menos uma vez) em dois lances consecutivos.

s: cara/cara ; cara/coroa ; coroa/cara = 3

f: coroa/coroa = 1
3 3
𝑃(𝑠) = =
3+1 4
Para mais lances ...

Ex.:3: Considere 2 dados e a probabilidade de se obter um total de 9 pontos em um único


lance.

Sucesso: (3+6) ; (4+5) ; (5+4) ; (6+3) => 4 maneiras

O no. total de resultados é 6x6 = 36, portanto


4 1
𝑃(9 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠) = =
36 9

2.2. Conceitos Práticos


Em problemas práticos não é possível determinar a probabilidade de sucesso ou falha a partir
do conhecimento da geometria do objeto ou da especificação matemática do problema. Neste
caso, as probabilidades são avaliadas através da evidência experimental, utilizando o conceito
de freqüência relativa.

2.3. Distribuições de Probabilidade


Variável Aleatória (va): Sejam ε um experimento e S um espaço amostral associado ao
experimento. Uma função X, que associe a cada elemento s ∈ S um número real, X(s), é
denominada variável aleatória.
O parâmetro medido ou observado de um determinado evento (ex.: taxa de falha de um
componente, duração do tempo de reparo, valor de um resistor, temperatura de um
equipamento, esforço mecânico de um componente, etc.) é uma variável aleatória.

Uma variável aleatória pode ser discreta (no. discretos de estados ou no. contável de valores)
ou contínua (no. infinito de estados ou no. incontável de valores). Exemplos: o lance de um
dado tem 6 estados possíveis, já uma corrente elétrica que pode assumir qualquer valor entre
5 e 10 ampères, tem um número infinito de estados possíveis.

Funções de distribuição e densidade: Uma máquina corta vergalhões de aço em


comprimentos de aproximadamente 6 metros. Tomando aleatoriamente uma amostra de 20
vergalhões, um engenheiro de controle de qualidade mede os seguintes comprimentos: 5,97;
5,97; 5,98; 5,98; 5,98; 5,99; 5,99; 5,99; 5,99; 5,99; 6,00; 6,00; 6,00; 6,00; 6,00; 6,01; 6,01; 6,02;
6,02; 6,02 metros.

i) distribuição de freqüência – representando graficamente essas medidas (dados) na


forma de freqüência de ocorrência versus o valor da medida (comprimento do
vergalhão) tem se uma distribuição de freqüência:

ii) histograma de freqüência – um método alternativo de representar graficamente as


medidas de comprimento é agrupar tais valores em conjuntos com valores
próximos. Isto é conveniente se a quantidade de dados é relativamente grande.
Obtenha um histograma de freqüência agrupando as medidas nas faixas: 5,965 –
5,985; 5,985 – 6,005 e 6,005 – 6,025.

A escala relativa à freqüência de ocorrência pode ser dividida pelo tamanho da amostra (20
medidas), tornando-se uma escala de probabilidades. Como todos os resultados possíveis do
espaço amostral considerado foram incluídos, a soma das probabilidades deve ser igual a 1:
𝑛 𝑛

∑ 𝑃(𝑋𝑖 ) = ∑ 𝑝𝑖 = 1
𝑖=1 𝑖=1

onde Xi é a variável aleatória: tamanho do vergalhão.

iii) função distribuição de probabilidade (acumulada) – é obtida pela ordenação da va


em ordem crescente (ou decrescente) de valores, começando com a probabilidade
de ocorrência do menor (ou maior) valor, somando sequencialmente (acumulando)
as probabilidades de ocorrência de cada valor ordenado. Construa o gráfico da
função distribuição para a amostra de 20 vergalhões.

Este tipo de distribuição fornece a probabilidade de uma va ser menor ou igual a algum valor
predefinido. Ex.: a probabilidade do comprimento do vergalhão de aço ser menor ou igual a 5,99
é 0,5. A função de distribuição de uma va X é definida por: FX(x) = P{X ≤ x}.

Para o caso de va contínuas a função distribuição de probabilidade acumulada será uma


função também contínua e não decrescente.

Na prática a maioria das variáveis aleatórias se comporta de acordo com um certo no. de
distribuições bastante conhecidas. Funções típicas de distribuições discretas: binomial e
Poisson. Funções típicas de distribuições contínuas: normal (Gaussiana), uniforme, lognormal,
exponencial, Weibull e Gamma.
Valor Esperado: Na prática é útil descrever o comportamento aleatório de um sistema ou
conjunto de dados por um ou mais parâmetros. Estes parâmetros são conhecidos
matematicamente como momentos de uma distribuição. O mais importante deles é o valor
esperado (expectância ou esperança matemática, valor médio ou simplesmente média),
primeiro momento de uma distribuição.
𝑛 𝑛

𝐸(𝑥) = ∑ 𝑥𝑖 𝑝𝑖 … 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 ∑ 𝑝𝑖 = 1
𝑖=1 𝑖=1

Exemplo: A partir da amostra colhida, o comprimento médio do vergalhão será:


1
𝐸(𝑋) = (5,97 + 5,97 + 5,98 + 5,98 + 5, 98 + 5,99 + ⋯ + 6,02 + 6 02
20
= 5,97𝑥0,10 + 5,98𝑥0,15 + 5,99𝑥0,25 + 6,00𝑥0,25 + 6,01𝑥0,10 + 6,02𝑥0,15 = 5,9955

Variância: A dispersão dos resultados de uma va X em torno de seu valor esperado é medida
pelo segundo momento central de sua distribuição de probabilidade, o qual é denominado
variância V(X).
𝑛

𝑉(𝑋) = ∑ 𝑥𝑖 2 𝑝𝑖 − 𝐸 2 (𝑋)
𝑖=1

Desvio padrão: σ = + √𝑉 (𝑋 )

Exemplo: Avaliar a variância e o desvio padrão do comprimento do vergalhão de aço.

𝑉(𝑋) = 5,972 𝑥0,10 + 5,982 𝑥0,15 + 5,992 𝑥0,25 + 6,002 𝑥0,25 + 6,012 𝑥0,10 + 6,022 𝑥0,15
− 5,99552 = 2,248𝑥10−4 𝑚²

𝜎𝑥 = +√𝑉 (𝑋 ) ≈ 1,499𝑥10−2

Estes valores devem ser calculados com certo cuidado para evitar problemas de precisão.
MATEMÁTICA APLICADA À INFORMÁTICA

O que é a codificação binária

No final dos anos 1930, Claude Shannon mostrou que com o uso de interruptores (switches)
fechados, para verdadeiro, e abertos, para falso, é possível efetuar operações lógicas
associando o número 1 para 'verdadeiro' e 0 para 'falso'. Esta codificação da informação é
chamada de base binária e é com ela que funcionam os computadores. Ela consiste em utilizar
dois status (representados pelos números 0 e 1) para codificar as informações.

O que significa o bit

O termo bit (com ‘b’ minúsculo) significa binary digit, ou seja, 0 ou 1 em codificação binária.
Trata-se da menor unidade de informação manipulável por uma máquina digital. É possível
representar fisicamente esta informação binária por um sinal elétrico ou magnético, que, além
de certo patamar, corresponde ao valor 1, por asperezas geométricas em uma superfície e
graças aos bits estáveis, ou seja, componentes eletrônicos que têm dois estados estáveis (um
corresponde ao estado 1 e o outro ao 0).
Com um bit, também é possível obter dois estados: seja 1, seja 0. Graças a 2 bits, é possível
obter quatro estados diferentes (22 = 4):

Valor Binário em 2 bits Valor decimal


00 0
01 1
10 2
11 3

Com 3 bits, é possível obter oito estados diferentes (23 = 8):

Valor Binário em 2 bits Valor decimal


000 0
001 1
010 2
011 3
100 4
101 5
110 6
111 7

Para um grupo de 𝑛 bits, é possível representar 2𝑛 valores.

O que significa Byte


O Byte (‘B’ em letra maiúscula) é uma unidade de informação composta de 8 bits.
Em geral, uma unidade de informação composta de 16 bits é chamada de Palavra (Word). Uma
unidade de informação de 32 bits de comprimento é chamada de Palavra dupla (Double word,
daí o nome dword). Para um byte, o menor número é 0 (representado por oito zeros
00000000) e o maior é 255 (representado por oito algarismos "um", 11111111), o que
representa 256 possibilidades de valores diferentes.

Temos os múltiplos de Byte, como kilobyte, megabyte, Terabyte etc


1. SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

Existem vários sistemas numéricos, dentre os quais se destacam: o sistema decimal, o binário,
o octal e o hexadecimal.

O sistema decimal é utilizado por nós no dia a dia e é sem dúvida, o mais importante dos
sistemas numéricos. Trata-se de um sistema que possui dez algarismos, com os quais podemos
formar qualquer número através da lei de formação.

Os outros sistemas, em especial o binário e o hexadecimal, são muito importantes nas áreas de
técnicas digitais e informática. No decorrer do estudo perceber-se-á a ligação existente entre
circuitos lógicos e estes sistemas de numeração.

Base
É o número de caracteres diferentes utilizados para compor o sistema.

No sistema decimal, cada posição representa uma potência de 10.

Exemplo: 3004 = 3𝑥103 + 0𝑥102 + 0𝑥101 + 4𝑥100

O sistema binário de numeração.

No sistema binário de numeração existem apenas dois algarismos: 0 e 1. Cada posição digital
representará uma potência de 2.

DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
Cada dígito binário recebe a denominação de bit (binary digit), o conjunto de 4 bits é
denominado nibble e o de 8 bits de byte. Temos os múltiplos de bits, como kilobyte,
megabyte.

Bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida. É geralmente
usada na computação e teoria da informação.

Conversão de sistema binário para o sistema decimal

Para explicar a conversão vamos utilizar um número decimal qualquer, por exemplo, o número
594. Este número significa:

5𝑥102 + 9𝑥101 + 4𝑥100 = 594


Podemos notar ainda, que de maneira geral, a regra básica de formação de um número
consiste no somatório de cada algarismo correspondente multiplicado pela base ( no exemplo,
o número dez) elevada por um índice conforme posicionamento do algarismo no número.
Vamos agora utilizar um número binário qualquer, por exemplo, o número 101. Pela tabela
anterior, podemos observar que equivale ao número 5 no sistema decimal.

Utilizando o conceito básico de formação de um número, podemos obter a mesma


equivalência, convertendo assim o número para o sistema decimal:

1𝑥22 + 0𝑥21 + 1𝑥20


1𝑥4 + 0𝑥2 + 1𝑥1
4+0+1=5
O número 101 na base 2 é igual ao número 5 na base 10.

Daqui por diante, para melhor identificação do número, colocaremos como índice a base do
sistema ao qual o número pertence. Assim sendo, para o exemplo podemos escrever 510 =
1012
Exemplo: Conversão do número 1100102 para sistema decimal.
Utilizando o mesmo processo temos
1100102 = 1𝑥25 +1𝑥24 + 0𝑥23 + 0𝑥22 + 1𝑥21 + 0𝑥20 = 32 + 16 + 0 + 0 + 2 + 0 = 5010

Exercícios:
1 – Converta o número 011102 em decimal.
2 – Converta o número 10102 em decimal.
3 – Converta o número 11001100012 em decimal.

Conversão de sistema decimal para o sistema binário

O processo a seguir mostra claramente a conversão, sendo denominado de método das


divisões sucessivas, que consiste em efetuar sucessivas divisões pela base a ser convertida ( no
caso 2) até o último quociente possível. O número transformado será composto por este
último quociente (algarismo mais significativo) e, todos os restos, na ordem inversa às
divisões. Dessa forma temos:

O último quociente será o algarismo mais significativo e ficará colocado à esquerda. Os outros
algarismos seguem-se na ordem até o 1º resto.
∴ 1011112 = 4710
Na prática, o bit menos significativo de um número binário recebe a notação de LSB ( em
inglês: Least Significant Bit) e o mais significativo de MSB ( Most Significant Bit).
Como outro exemplo, vamos transformar o número de 40010 em binário.
Pelo método prático, temos:
Assim sendo, podemos escrever: 1100100002 = 40010
De posse do resultado, pode-se efetuar a conversão inversa para conferir se a operação foi
efetuada corretamente.

Exercícios:
1 – Converta o número 2110 em binário.
2 – Converta o número 55210 em binário.
3 – Converta o número 102910 em binário.

Conversão de números binários fracionários em decimais

Vamos recordar primeiro como se procede no sistema decimal. Utilizaremos por exemplo o
número 10,5. Aplicando a regra de formação de um número, verificamos o que ele significa:

10,5 = 1𝑥101 + 0𝑥100 + 5𝑥10−1


Para números binários agimos da mesma forma. Para exemplificar vamos transformar em
decimal o número 101,1012 :

1𝑥22 + 0𝑥21 + 1𝑥20 + 1𝑥2−1 + 0𝑥2−2 + 1𝑥2−3


1 1 1
= 1𝑥4 + 0𝑥2 + 1𝑥1 + 1𝑥 + 0𝑥 + 1𝑥
2 4 8
=4 + 1 + 0,5 + 0,125 = 5,62510

∴ 101,1012 = 5,62510

Exercícios:

1 – Converta o número binário 111,0012 em decimal.

2 – Converta o número binário 100,11012 em decimal.

Conversão de números decimais fracionários em binários

Como exemplo, vamos transformar o número 8,375 em binário. Este número significa:
8+0,375=8,375.

Vamos transformar primeiramente a parte inteira do número, como já explicado


anteriormente.
∴ 810 = 10002
O passo seguinte é transformar a parte fracionária. Para tal, utilizaremos a regra que consiste
na multiplicação sucessiva das partes fracionárias resultantes pela base, até atingir zero. O
número fracionário convertido será composto pelos algarismos inteiros resultantes tomados
na ordem das multiplicações. Temos, então:

0,375 → parte fracionária


x 2 → base do sistema
primeiro algarismo ← 0,750
x 2

segundo algarismo ← 1,500

Quando atingirmos o número 1, e a parte do número após a vírgula não for nula, separamos
esta última e reiniciamos o processo:

0,500
x 2
terceiro algarismo ← 1,000 → processo para aqui, pois a parte do número depois da
vírgula é nula.
Assim sendo, podemos escrever: ∴ 0,0112 = 0,37510
Para completarmos a conversão, efetuamos a composição da parte inteira com a parte
fracionária.
∴ 8,37510 = 1000,0112

Exercícios:
1 – Converta o número 4,810 em binário.
2 – Converta o número 3,3810 em binário.
O sistema octal de numeração.

O sistema octal de numeração é um sistema de base 8 no qual existem 8 algarismos assim


enumerados: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

Atualmente, o sistema Octal praticamente é pouco utilizado no campo da Eletrônica Digital,


tratando-se apenas de um sistema numérico intermediário dos sistemas binário e
hexadecimal.

DECIMAL OCTAL
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 10
9 11
10 12
11 13
12 14
13 15
14 16
15 17
16 20

Conversão do sistema octal para o sistema decimal

Para convertermos um número octal em decimal, utilizamos o conceito básico de formação de


um número, conforme já visto.
Vamos, por exemplo, converter o número 1448 em decimal.
1448 = 1𝑥82 + 4𝑥81 + 4𝑥80 = 64 + 32 + 4 = 10010

∴ 1448 = 10010

Exercícios:
1 – Converta o número 778 em decimal.
2 – Converta o número 4768 em decimal.

Conversão do sistema decimal para o sistema octal

O processo é análogo à conversão do sistema decimal para binário, somente neste caso,
utilizaremos a divisão por 8, pois sendo o sistema octal, sua base é igual a 8.
Para exemplificar, vamos converter o número 9210 para o sistema octal.
∴ 9210 = 1348

Exercícios:
1 – Converta o número 51210 em octal.
2 – Converta o número 71910 em octal.

Conversão de sistema octal para o sistema binário

Para exemplificar, vamos converter o número 278 em binário. A regra consiste em transformar
cada algarismo diretamente no correspondente em binário, respeitando-se o número padrão
de bits do sistema, sendo para o sistema octal igual a três (23 = 8 → base do sistema octal).
Assim sendo, temos:
2 7
∴ 278 = 101112
↓ 010 ↓ 111

Convém observar que a regra só é válida entre sistemas numéricos de base múltipla de 2𝑁 ,
sendo N um número inteiro.

Exercícios:
1 – Converta o número 348 em binário.
2 – Converta o número 446758 em binário.

Conversão de sistema binário para o sistema octal.

Para efetuar esta conversão, vamos aplicar o processo inverso ao utilizado na conversão de
octal para binário. Como exemplo, vamos utilizar o número 1100102 .

110 010
∴ 1100102 = 628
↓ 6 ↓ 2

No caso do último grupo se formar incompleto, adicionamos zeros à esquerda, até completá-lo
com 3 bits.
Exercícios:
1 – Converta o número 101112 em octal.
2 – Converta o número 10001100112 em octal.

O sistema octal de numeração.

O sistema hexadecimal possui 16 algarismos, sendo sua base igual a 16. Os algarismos são
assim enumerados: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F.

DECIMAL HEXADECIMAL
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 A
11 B
12 C
13 D
14 E
15 F
16 10
17 11
18 12
19 13
20 14

Este sistema é muito utilizado na área dos microprocessadores e no mapeamento de


memórias em sistemas digitais, tratando-se de um sistema numérico muito importante, sendo
aplicado em projetos de software e hardware.

Conversão do sistema hexadecimal para o sistema decimal

A regra de conversão é análoga à de outros sistemas, somente que neste caso, a base é 16.
Como exemplo, vamos utilizar o número 3𝐹16 convertê-lo em decimal.
3𝑥161 + 𝐹𝑥160 =
𝐹16 = 1510 , substituindo temos:
3𝑥161 + 15𝑥160 = 3𝑥16 + 15𝑥1 = 6310
∴ 3𝐹16 = 6310

Exercícios:
1 – Converta o número 1𝐶316 em decimal.
2 – Converta o número 1𝐹𝐶916 em decimal.

Conversão do sistema decimal para o sistema hexadecimal

Da mesma forma que nos casos anteriores, esta conversão se faz através de divisões
sucessivas pela base do sistema a ser convertido. Para exemplificar transformar o número
100010 em hexadecimal.

Sendo 1410 = 𝐸16 , temos 3𝐸816


∴ 100010 = 3𝐸816

Exercícios:
1 – Converta o número 13410 em hexadecimal.
2 – Converta o número 388210 em hexadecimal.

Conversão do sistema hexadecimal para o sistema binário

É análoga a conversão do sistema octal pra o sistema binário, somente que, neste caso,
necessita-se de 4 bits para representar cada algarismo hexadecimal.
Como exemplo, vamos converter o número 𝐶1316 para o sistema binário.
𝐶 1 3
→ 𝐶16 = 1210
↓ 1100 ↓ 0001 ↓ 0011

∴ 𝐶1316 = 1100000100112

Exercícios:
1 – Converta o número 6𝐶𝐹916 em binário.
2 – Converta o número 1𝐸𝐷16 em binário.
3 – Converta o número 3𝐴716 em octal.

Conversão do sistema binário para o sistema hexadecimal

É análoga à conversão do sistema binário para o octal, somente que neste caso, agrupamos de
4 em 4 bits da direita para esquerda. A título de exemplo, vamos transformar o número
100110002 em hexadecimal.

1001 1000
∴ 100110002 = 9816
↓ 9 ↓ 8

Exercícios:
1 – Converta o número 11000112 em hexadecimal.
2 – Converta o número 110001111000111002 em hexadecimal.

Operações Aritméticas no sistema Binário.

Nas áreas da Eletrônica Digital e dos Microprocessadores, o estudo das operações aritméticas
no sistema binário é muito importante, pois estas serão utilizadas em circuitos aritméticos.

Adição no sistema binário


Para efetuarmos a adição no sistema binário, devemos agir numa adição convencional no
sistema decimal, lembrando que, no sistema binário, temos apenas 2 algarismos. Temos,
então:

0 0 1 1
+ 0_ +1 +0 +1
0 1 1 10

Convém observar que no sistema decimal 1+1=2 e no sistema binário representamos o


número 210 por 102 . Pela operação realizada, notamos a regra de transporte para a próxima
coluna: 1+1=0 e transporta 1 “vai um”.

Exercícios:
1 – Efetue as operações no sistema binário.
a) 110012 + 10112 =
b) 1011012 + 111000112 =
c) 111112 + 1111112 =
d) 1001112 + 11102 + 10112 =

Subtração no sistema binário

O método é análogo a uma subtração no sistema decimal. Temos, então:


0 0 1 1
- 0_ -1 -0 -1
0 1 1 0

Observamos que para o caso 0-1, o resultado será igual a 1, porém haverá um transporte para
a coluna seguinte que deve ser acumulado no subtraendo e, obviamente, subtraído do
minuendo.

Exercícios:
1 – Efetue as operações no sistema binário.
a) 10102 − 10002 =
b) 100102 − 100012 =
c) 10002 − 1112 =
d) 100102 − 1112 =

Multiplicação no sistema binário

Procede-se como em uma multiplicação no sistema decimal. Assim sendo, temos:

0𝑥0 = 0
0𝑥1 = 0
1𝑥0 = 0
1𝑥1 = 0

Para exemplificar, vamos efetuar a operação 11002 𝑥 0112 :

1100
X 11
1100
+ 1100_
100100

∴ 11002 𝑥 0112 = 1001002

Exercícios:
1 – Efetue as operações no sistema binário.
a) 110102 𝑥 1012 =
b) 1001012 𝑥 10012 =
c) 110102 𝑥 1112 =
NOTA: A divisão de números binários é a mais complexa das operações binárias, pois abrange
operações de multiplicação e subtração. Não vamos abordá-lo neste capítulo, pois não
utilizaremos no estudo de lógica combinacional.

Exercícios

1 – Converta para o sistema decimal:


𝑎) 1001102 𝑏) 0111102 𝑐) 1110112
𝑑) 10100002 𝑒) 110001012 𝑓) 110101102
𝑔) 0110011001101012

2 – Converta para o sistema binário:


𝑎) 7810 𝑏) 10210 𝑐) 21510
𝑑) 40410 𝑒) 80810 𝑓) 142910
𝑔) 204810

3 – Transforme para decimal os seguintes binários:


𝑎) 11,112 𝑏) 1000,00012 𝑐) 1010,10102
𝑑) 1100,11012 𝑒) 10011,100112 𝑓) 11000,0011012
𝑔) 100001,0110012

4 – Transforme os seguintes números decimais em binários:


𝑎) 0,12510 𝑏) 0,062510 𝑐) 0,710
𝑑) 0,9210 𝑒) 7,910 𝑓) 47,4710

5 – Transforme os números octais para o sistema decimal:


𝑎) 148 𝑏) 678 𝑐) 1538
𝑑) 15448 𝑒) 20638

6 – Por que o número 15874 não pode ser octal?


5 – Converta para o sistema octal:
𝑎) 10710 𝑏) 18510 𝑐) 204810
𝑑) 409710 𝑒) 566610

7 – Converta os seguintes números octais em binários:


𝑎) 4778 𝑏) 15238 𝑐) 47648
𝑑) 67408 𝑒) 100218

8 – Converta os seguintes números binários em octais:


𝑎) 10112 𝑏) 100111002 𝑐) 1101011102
𝑑) 10000000012 𝑒) 11010001012

9 – Converta para o sistema decimal os seguintes números hexadecimais:


𝑎) 47916 𝑏) 4𝐴𝐵16 𝑐) 𝐵𝐷𝐸16
𝑑) 𝐹𝑂𝐶𝐴16 𝑒) 2𝐷3𝐹16

10 – Converta os seguintes números decimais em hexadecimais:


𝑎) 48610 𝑏) 200010 𝑐) 409610
𝑑) 555510 𝑒) 3547910

11 – Converta para o sistema binário:


𝑎) 8416 𝑏) 7𝐹16 𝑐) 3𝐵8𝐶16
𝑑) 47𝐹𝐷16 𝑒) 𝐹1𝐶𝐷16

12 – Converta os números 1𝐷216 e 8𝐶𝐹16 para o sistema octal.

13 – Converta para o sistema hexadecimal os seguintes números binários:


𝑎) 100112 𝑏) 11100111002 𝑐)1001100100112
𝑑) 111110111100102 𝑒) 10000000001000102

14 – Converta os números 71008 e 54638 para hexadecimal.

15 – Efetue as operações:
a) 10002 + 10012 =
b) 100012 + 111102 =
c) 1012 + 1001012 =
d) 11102 + 10010112 + 111012 =
e) 1101012 + 10110012 + 11111102 =

15 – Resolva as subtrações no sistema binário:


a) 11002 − 10102 =
b) 101012 − 11102 =
c) 111102 − 11112 =
d) 1011012 − 110112 =
e) 1000002 − 111002 =

16 – Multiplique:
a) 101012 𝑥 112 =
b) 110012 𝑥 1012 =
c) 1101102 𝑥 1112 =
d) 111102 𝑥 1102 =
e) 1001102 𝑥 10102 =

2. FUNÇÕES E PORTAS LÓGICAS

Neste capítulo será fornecida uma introdução ao sistema matemático de análise de funções
lógicas, conhecida como álgebra de Boole. Serão vistos os blocos básicos e suas equivalências.

Histórico

Em meados do século XIX o matemático inglês George Boole desenvolveu um sistema


matemático de análise lógica e em meados do século XX o americano Claude Elwood Shannon
sugeriu que a Álgebra Booleana poderia ser usada para análise e projeto de circuitos de
comutação.

Nos primórdios da eletrônica, todos os problemas eram solucionados por meio de sistemas
analógicos. Com o avanço da tecnologia, os problemas passaram a ser solucionados pela
eletrônica digital.

Na eletrônica digital, os sistemas (computadores, processadores de dados, sistemas de


controle, codificadores, decodificadores, etc) empregam um pequeno grupo de circuitos
lógicos básicos, que são conhecidos como portas E, OU, NÃO e FLIP-FLOP.

Com a utilização adequadas dessas portas é possível implementar todas as expressões geradas
pela álgebra de Boole
Álgebra de Boole

Na álgebra de Boole, há somente dois estados (valores ou símbolos) permitidos.

● Estado 0 (zero)
● Estado 1 (um)

Em geral, estado zero representa não, falso, aparelho desligado, ausência de tensão, chave
elétrica desligada etc.

O estado um representa sim, verdadeiro, aparelho ligado, presença de tensão, chave ligada
etc.

Assim, na álgebra booleana, se representarmos por 0 uma situação, a situação contrária é


representada por 1. Portanto, em qualquer bloco (porta ou função) lógico somente esses dois
estados (0 ou 1) são permitidos em suas entradas e saídas. Uma variável booleana também só
assume um dos dois estados permitidos (0 ou 1)

Neste capítulo trataremos dos seguintes blocos lógicos:

● E (AND)
● OU (OR)
● NÃO (NOT)
● NÃO E (NAND)
● NÃO OU (NOR)
● OU EXCLUSIVO (XOR)

Após, veremos a correspondência entre expressões, circuitos e tabelas verdade e por último,
veremos a equivalência entre blocos lógicos.

FUNÇÃO E (AND)
Executa a multiplicação (conjunção) booleana de duas ou mais variáveis binárias. Sua
representação algébrica para 2 variáveis é 𝑆 = 𝐴. 𝐵, onde se lê 𝑆 = 𝐴𝑒𝐵.

Porém, existem notações alternativas:

● 𝑆 = 𝐴&𝐵
● 𝑆 = 𝐴, 𝐵
● 𝑆 =𝐴∧𝐵

Para melhor compreensão, vamos utilizar e analisar o circuito representativo da função E visto
na figura a seguir:

Convenções: Chave aberta =0 Chave fechada=1

Lâmpada apagada=0 lâmpada acesa=1


Situações possíveis:

1º) Se a chave A está aberta (A=0) e a chave B aberta (B=0), não haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica apagada (S=0): 𝐴 = 0, 𝐵 = 0 ⇒ 𝑆 = 𝐴. 𝐵 = 0

2º) Se a chave A está fechada (A=1) e a chave B aberta (B=0), não haverá circulação de
energia no circuito, logo a lâmpada fica apagada (S=0): 𝐴 = 1, 𝐵 = 0 ⇒ 𝑆 = 𝐴. 𝐵 = 0

3º) Se a chave A está aberta (A=0) e a chave B fechada(B=1), não haverá circulação de
energia no circuito, logo a lâmpada fica apagada (S=0): 𝐴 = 0, 𝐵 = 1 ⇒ 𝑆 = 𝐴. 𝐵 = 0

4º) Se a chave A está fechada (A=1) e a chave B fechada(B=1), haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica acesa (S=1): 𝐴 = 1, 𝐵 = 1 ⇒ 𝑆 = 𝐴. 𝐵 = 1

Observando todas as quatro situações possíveis (interpretações), é possível concluir que a


lâmpada fica acesa somente quando as chaves A e B estiverem simultaneamente fechadas
(A=1 e B=1)

Tabela Verdade de uma função E (AND)

A tabela verdade é um mapa onde são colocadas todas as possíveis interpretações (situações),
com seus respectivos resultados para uma expressão booleana qualquer. Como visto no
exemplo anterior, para 2 variáveis booleanas (A e B), há 4 interpretações possíveis. Em geral,
para N variáveis booleanas de entrada, há 2𝑁 interpretações possíveis.

A seguir, iremos apresentar a tabela verdade de uma função E ou AND para 2 variáveis de
entrada.

A B S=A.B
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

Porta Lógica E (AND)

A porta E é um circuito que executa a função E, sendo representada na prática, através do


símbolo visto a seguir:

Como já dissemos, a porta E executa a tabela verdade da função E, ou seja, teremos, a saída no
estado 1 se, e somente se, as entradas forem iguais a 1; nos demais casos, a saída será 0.

É possível estender o conceito de uma porta E para um número qualquer de variáveis de


entrada. Nesse caso, temos uma porta E com N entradas e somente uma saída. A saída será 1
se, e somente se, as N entradas forem iguais a 1; nos demais casos, a saída será 0.

Para exemplificar mostraremos uma porta E de 3 variáveis de entrada, sua tabela verdade, e
ainda, sua expressão booleana.
S= A.B.C

A B C S=A.B.C
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

O número de situações possíveis é 2𝑁 , onde N é o número de variáveis de entrada. No


exemplo: 𝑁 = 3 ∴ 23 = 8.

FUNÇÃO OU (OR)
Executa a soma (disjunção) booleana de duas ou mais variáveis binárias. Sua representação
algébrica para 2 variáveis é 𝑆 = 𝐴 + 𝐵, onde se lê 𝑆 = 𝐴 𝑜𝑢 𝐵.

Porém, existem notações alternativas:

● 𝑆 = 𝐴|𝐵
● 𝑆 = 𝐴; 𝐵
● 𝑆 =𝐴∨𝐵

Para entendermos melhor a função OU, vamos representá-la através do circuito a seguir e
analisar as situações possíveis.

Convenções: Chave aberta =0 Chave fechada=1

Lâmpada apagada=0 lâmpada acesa=1

Situações possíveis:

1º) Se a chave A está aberta (A=0) e a chave B aberta (B=0), não haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica apagada (S=0): 𝐴 = 0, 𝐵 = 0 ⇒ 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 = 0

2º) Se a chave A está fechada (A=1) e a chave B aberta (B=0), haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica acesa (S=1): 𝐴 = 1, 𝐵 = 0 ⇒ 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 = 1
3º) Se a chave A está aberta (A=0) e a chave B fechada(B=1), haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica acesa (S=1): 𝐴 = 0, 𝐵 = 1 ⇒ 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 = 1

4º) Se a chave A está fechada (A=1) e a chave B fechada(B=1), haverá circulação de energia
no circuito, logo a lâmpada fica acesa (S=1): 𝐴 = 1, 𝐵 = 1 ⇒ 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 = 1

Para o caso A=1 e B=1, a soma A+B=1, a princípio estranha, é verdadeira, pois, como veremos
mais a frente, trata-se de uma soma booleana derivada do postulado da adição da álgebra de
Boole.

Notamos que a lâmpada fica acesa quando a chaves A ou B ou ambas estiverem fechadas.

Tabela Verdade de uma função OU (OR)

Nesta tabela da verdade, teremos todas as situações possíveis com os respectivos valores que
a função ou assume. A tabela a seguir representa a tabela verdade de uma função OU ou OR
para 2 variáveis de entrada.

A B S=A+B
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

Porta Lógica OU (OR)

É a porta que executa a função OU, sendo representada, através do símbolo visto a seguir:

Como mencionado anteriormente, a porta OU executa a tabela verdade da função OU,


portanto, a saída será 0 se, e somente se, ambas entradas forem iguais a 0; nos demais casos,
a saída será 1.

É possível estender o conceito de uma porta OU para um número qualquer de variáveis de


entrada. Nesse caso, temos uma porta OU com N entradas e somente uma saída. A saída será
0 se, e somente se, as N entradas forem iguais a 0; nos demais casos, a saída será 1.

Como exemplo, vamos mostrar uma porta OU de 4 variáveis de entrada, sua tabela verdade, e
ainda, sua expressão booleana.

S= A+B+C+D
A B C D S=A+B+C+D
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1
0 0 1 1 1
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 1
1 0 0 1 1
1 0 1 0 1
1 0 1 1 1
1 1 0 0 1
1 1 0 1 1
1 1 1 0 1
1 1 1 1 1

Notamos pela tabela, que as 4 variáveis de entrada possibilitam 16 combinações possíveis


(24 = 16).

FUNÇÃO NÃO (NOT)


Executa o complemento (negação) de uma variável binária, ou seja, se a variável estiver em 0,
a saída vai para 1, e se estiver em 1, a saída vai para 0. É representada algebricamente da
seguinte forma: 𝑆 = 𝐴, onde se lê A barra ou NÃO A.

Esta função também é chamada de inversora.

Porém, existem notações alternativas:

● 𝑆 = 𝐴′
● 𝑆 =¬𝐴
● 𝑆=Ã
Para entendermos melhor a função NOT, vamos representá-la através do circuito a seguir e
analisar utilizando as mesmas convenções dos casos anteriores.

Situações possíveis:

1º) Quando a chave A está aberta (A=0), passará corrente pela lâmpada e ela acenderá (S=1)

2º) Quando a chave A está fechada (A=1), a lâmpada estará em curto-circuito e não passará
corrente por ela, ficando apagada (S=0)

Tabela Verdade de uma função NÃO (NOT)

A tabela a seguir representa os casos possíveis da função NÃO.


A S=𝐴
0 1
0 0

Porta Lógica NÃO (NOT)

A porta lógica NÃO, ou inversor, é o circuito que executa a função NÃO. O inversor executa a
tabela verdade da função NÃO, ou seja, se a entrada for 0, a saída será 1; se a entrada for 1, a
saída será 0. Sua representação simbólica é vista a seguir:

FUNÇÃO NÃO E (NAND)


Como o próprio nome “NÃO E” diz: essa função é uma composição da função E com a função
NÃO, ou seja, teremos a função E invertida. Representada algebricamente da seguinte forma:

𝑆 = 𝐴. 𝐵, onde o traço indica que temos a inversão do produto A.B.

Notações alternativas:

𝑆 = (𝐴. 𝐵)

𝑆 = (𝐴. 𝐵)′
𝑆 = ¬(𝐴. 𝐵)
Tabela verdade da função NE ou NAND

A tabela abaixo apresenta a função NE para 2 variáveis de entrada.

A B 𝑆 = 𝐴. 𝐵
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Porta NÃO E (NAND)

A porta NÃO E (NE) é o bloco lógico que executa a função NÃO E, ou seja, sua tabela verdade.

Representação:
Como a porta E, a porta NÃO E pode ter duas ou mais entradas, nesse caso, temos uma porta
NÃO E com N entradas e somente uma saída.

A saída será 0 se, e somente se, as N entradas forem iguais a 1; nos demais casos, a saída será
1

FUNÇÃO NÃO OU (NOU, NOR)

Analogamente à função NE, função NOU é a composição da função NÃO com a função OU, ou
seja, a função NOU será o inverso da função OU. É representada da seguinte forma:

𝑆 = 𝐴 + 𝐵, onde o traço indica que temos a inversão do produto A+B.

Notações alternativas:

𝑆 = (𝐴 + 𝐵)

𝑆 = (𝐴 + 𝐵)′
𝑆 = ¬(𝐴 + 𝐵)
Tabela verdade da função NOU ou NOR

A tabela abaixo apresenta a função NOU para 2 variáveis de entrada.

A B 𝑆 =𝐴+𝐵
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Porta NÃO OU (NOR)


A porta NÃO OU (NOU) é o bloco lógico que executa a função NÃO OU, ou seja, sua tabela
verdade.

Representação:

Como a porta OU, a porta NÃO OU pode ter duas ou mais entradas. Nesse caso, temos uma

porta NÃO OU com N entradas e somente uma saída.

A saída será 1 se, e somente se, as N entradas forem iguais a 0; nos demais casos, a saída
será 0

RESUMO DOS BLOCOS LÓGICOS BÁSICOS


Expressões Booleanas Obtidas de Circuitos Lógicos

Todo circuito lógico executa uma expressão booleana, um circuito, por mais complexo que
seja, é composto pela interligação dos blocos lógicos básicos. Veremos, a seguir, como obter as
expressões booleanas geradas por um circuito lógico.

Para mostrar o procedimento, vamos obter a expressão que o circuito abaixo executa.

Para facilitar, vamos dividir o circuito em


2 partes:

No circuito (1), a saída 𝑆1 contém o produto 𝐴. 𝐵, já que o bloco é uma porta E, portanto, 𝑆1 =
𝐴. 𝐵. Como 𝑆1 é injetada em uma das entradas da porta OU pertencente à segunda parte do
circuito e na outra entrada está a varável C, a expressão de saída será: 𝑆 = 𝑆1 + 𝐶.

Para determinarmos a expressão final, basta agora, substituirmos a expressão de 𝑆1 na


expressão acima, portanto, a expressão que o circuito executa é:

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐶

Exercícios:

1- Escreva a expressão booleana executada pelo circuito abaixo.

2- Determinar a expressão booleana característica do circuito a seguir.


3- Determinar a expressão booleana característica do circuito a seguir.

4- Qual a expressão executada pelo circuito da figura.

Circuitos Obtidos de Expressões Booleanas


Até o momento, vimos como obter uma expressão característica a partir de um circuito.
Podemos também obter um circuito lógico, dada uma expressão booleana. Nesse caso, como
na aritmética elementar, parênteses têm maior prioridade, seguidos pela multiplicação
(função E) e, por último, pela soma (função OU).

Para exemplificar, vamos obter o circuito que executa a expressão 𝑆 = (𝐴 + 𝐵). 𝐶. (𝐵 + 𝐷).

Dentro do primeiro parêntese temos a soma booleana S1=(A+B), portanto o circuito que
executa esse parêntese será uma porta OU. Dentro do segundo parêntese temos a soma
booleana S2=(B+D). Novamente, o circuito que executa esse parêntese será uma porta OU
Portanto, temos: 𝑆 = 𝑆1 . 𝐶 . 𝑆2

Agora temos uma multiplicação booleana e o circuito que a executa é uma porta E

O circuito completo é:

Exercícios

1 - Desenhe o circuito lógico que executa a seguinte expressão booleana S = (A.B.C) + (A+B).C

2 - Desenhe o circuito lógico cuja expressão característica é S = (A.B + C.D)’

3 - Desenhe o circuito lógico cuja expressão é 𝑆 = [(𝐴 + 𝐵) + (𝐶. 𝐷)] . 𝐷 .


Tabelas da Verdade Obtidas de Expressões Booleanas

Uma maneira de se fazer o estudo de uma função booleana é a utilização da tabela verdade,
que, como vimos anteriormente, é um mapa onde se colocam todas as possibilidades possíveis
de uma dada expressão, juntamente com o valor por esta assumido.

Para extrairmos a tabela verdade de uma expressão, acompanhamos o seguinte


procedimento:

● Colocar todas as possibilidades (interpretações) para as variáveis de entrada


o Lembrar que para N variáveis, há 2𝑁 possibilidades
● Adicionar colunas para cada sub fórmula da expressão
o Preencher cada coluna com seus resultados
● Adicionar uma coluna para o resultado final
o Preencher essa coluna com o resultado final

Para esclarecer este processo, vamos utilizar a expressão 𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐷 + 𝐴. 𝐵. 𝐷

Temos na expressão, 4 variáveis: A, B, C e D, logo, teremos 24 possibilidades de combinação


de entrada.

Vamos, a seguir, montar o quadro de possibilidades com 4 variáveis de entrada, três colunas
auxiliares, sendo uma para cada membro da expressão, e uma coluna para o resultado final
(S):

A B C D 𝐴. 𝐵. 𝐶 𝐴. 𝐷 𝐴. 𝐵. 𝐷 S
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 1 1
0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 1 1
1 0 0 0 0 1 0 1
1 0 0 1 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 0 1
1 0 1 1 1 0 0 1
1 1 0 0 0 1 0 1
1 1 0 1 0 0 0 0
1 1 1 0 0 1 0 1
1 1 1 1 0 0 0 0

Exercícios

1 – Encontre a tabela verdade da expressão 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐴. 𝐵. 𝐶 ′

2 – Montar a tabela verdade da expressão 𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵′ . 𝐶 + 𝐴′ . 𝐵′ . 𝐶 + 𝐴′ . 𝐵′ . 𝐶 ′

3 – Prove as identidades abaixo relacionadas

a) 𝐴. 𝐵 ≠ 𝐴. 𝐵
b) 𝐴 + 𝐵 ≠ 𝐴 + 𝐵
c) 𝐴. 𝐵 = 𝐴 + 𝐵
d) 𝐴 + 𝐵 = 𝐴. 𝐵

Dica: Prove as identidades levantando as respectivas tabelas da verdade.

4 – Levante a tabela verdade da expressão 𝑆 = (𝐴 + 𝐵). (𝐵. 𝐶)

5 – Analise o comportamento do circuito a seguir através de sua tabela verdade.

6 – Verifique, usando tabela verdade, as seguintes identidades.

a) 𝐴. (𝐴 + 𝐵) = 𝐴
b) 𝐴. (𝐵 + 𝐶) = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶
c) 𝐴 + (𝐵. 𝐶) = (𝐴 + 𝐵). (𝐴 + 𝐶)
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas da Verdade

Este é o caso mais comum em projetos práticos, pois, geralmente, necessitamos representar
situações através de tabelas verdade e a partir destas, obter a expressão booleana e
consequentemente, o circuito lógico.

Para demonstrar este procedimento, vamos obter a expressão da tabela abaixo.

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1

Para obter a expressão, basta montar os termos relativos aos casos onde a expressão for
verdadeira e somá-los:

A B S
0 0 1 → 𝐴. 𝐵
0 1 0
1 0 1 → 𝐴. 𝐵
1 1 1 → 𝐴. 𝐵

∴ 𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵

Notamos que o método permite obter, qualquer que seja a tabela, uma expressão padrão
formada sempre pela soma de produtos. Utilizando conceitos da álgebra de Boole, podemos
simplificar as expressões obtidas e consequentemente os circuitos.

Exercícios:

1 – Determine a expressão que executa a tabela abaixo e desenhe o circuito lógico.

A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 1

2 – Obtenha a expressão booleana da tabela abaixo.

A B C D S
0 0 0 0 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
0 1 0 1 0
0 1 1 0 1
0 1 1 1 0
1 0 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 0
FUNÇÃO OU EXCLUSIVO (EXOR)
A função que ele executa, como o próprio nome diz, consiste em fornecer 1 à saída quando as
variáveis de entrada forem diferentes entre si.

Podemos então montar sua tabela verdade.

A B 𝑆
0 0 0
0 1 1 → 𝐴. 𝐵
1 0 1 → 𝐴. 𝐵
1 1 0

Da tabela obtemos sua expressão característica:

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵

Da expressão esquematizamos o circuito representativo da função OU Exclusivo, visto a seguir:

A notação algébrica que representa a função OU Exclusivo é 𝑆 = 𝐴 ⊕ 𝐵, onde se lê A OU


Exclusivo B, sendo 𝑆 = 𝐴 ⊕ 𝐵 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵.

Simbologia adotada:

Uma importante observação é que, ao contrário de outros blocos lógicos básicos, o circuito OU
Exclusivo só pode ter 2 variáveis de entrada, fato este devido à sua definição básica.

FUNÇÃO COINCIDÊNCIA

A função que ele executa como o próprio nome diz, é fornecer 1 à saída quando houver uma
coincidência nos valores das variáveis de entrada.

Sua tabela verdade fica, então:

A B 𝑆
0 0 1 → 𝐴. 𝐵
0 1 0
1 0 0
1 1 1 → 𝐴. 𝐵

A tabela gera a expressão 𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵

A partir da expressão, temos o seguinte circuito:

A notação algébrica que representa a função Coincidência é 𝑆 = 𝐴 ⊙ 𝐵 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵.

Simbologia adotada:

Se compararmos a tabela verdade dos blocos OU Exclusivo e Coincidência, iremos concluir que
estes blocos são complementares, ou seja, teremos a saída de um, invertida em relação à saída
do outro. Assim sendo, podemos escrever:

𝐴⊕𝐵 = 𝐴⊙𝐵

O bloco Coincidência é também chamado de NOU Exclusivo e do inglês Exclusive NOR.

Da mesma forma que o OU Exclusivo, o bloco Coincidência é definido apenas para 2 variáveis
de entrada.

Exercícios

1- A partir dos sinais aplicados às entradas da porta da figura abaixo, desenhe a forma de
onda na saída S.

2- Determine a expressão e a tabela do circuito visto na figura a seguir:


Equivalência entre Blocos Lógicos

Qualquer bloco lógico básico pode ser obtido utilizando outro bloco qualquer e inversores, por
exemplo, inversores podem ser obtidos a partir de portas NAND e NOR. Veremos a seguir
essas equivalências entre determinados blocos.

Todas essas equivalências são muito importantes na prática, na montagem de sistemas


digitais, pois possibilitam maior otimização na utilização dos circuitos integrados comerciais,
assegurando principalmente a redução de componentes e consequentemente a minimização
do custo dos sistemas.

Inversor a partir de uma NAND

Vamos analisar a tabela da verdade de uma porta NAND:

A B 𝑆 = 𝐴. 𝐵
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Podemos notar que no caso de A=0 e B=0, a saída assume valor 1, e no caso A=1 e B=1, a saída
assume valor 0. Interligar as entradas de uma porta NAND, obtém-se um inversor.

A B 𝑆=𝐴
0 0 1
1 1 0

Inversor a partir de uma NOU

Analogamente ao caso anterior, vamos analisar a tabela da verdade de uma porta NOU:

A B 𝑆 =𝐴+𝐵
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Interligando A e B, cairemos num caso idêntico ao anterior, transformando a porta NOU em


um inversor

A B 𝑆=𝐴
0 0 1
1 1 0

Porta NOU a partir de porta E e inversores.

Vamos comparar as tabelas da verdade.

● Porta NOU:

A B 𝑆 =𝐴+𝐵
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

● Porta E e inversores

A B 𝐴 𝐵 S
0 0 1 1 1
0 1 1 0 0
1 0 0 1 0
1 1 0 0 0
De maneira similar, a equivalência entre os blocos mostrados a seguir pode ser verificada.

Exercício:

1 - Prove, usando tabela verdade, que os seguintes blocos lógicos são equivalentes.

2 – Desenhe o circuito OU Exclusivo, utilizando apenas portas NE.

Álgebra de Boole e simplificação de Circuitos Lógicos.

Neste item serão vistos os postulados e propriedades e formas canônicas de expressões


booleanas.

Como visto, os circuitos lógicos correspondem (executam) expressões booleanas, as quais


representam problemas no mundo real, porém, os circuitos gerados por tabelas verdade
muitas vezes admitem simplificações, o que reduz o número de portas lógicas; essa redução
diminui o grau de dificuldade na montagem e custo do sistema digital.

O estudo da simplificação de circuitos lógicos requer o conhecimento da álgebra de Boole, por


meio de seus postulados, propriedades, equivalências etc. De fato, na álgebra de Boole
encontram-se os fundamentos da eletrônica digital.

Constantes, Variáveis e Expressões

Como vimos anteriormente, existem apenas duas constantes booleanas:


● 0 (zero)
● 1 (um)

Uma variável booleana é representada por letra e pode assumir apenas dois valores (0 ou 1).
Denominamos expressão booleana à expressão matemática envolvendo constantes e/ou
variáveis booleanas e seu resultado assume apenas dois valores (0 ou 1).

Postulados

A seguir, apresentaremos os postulados da complementação, da adição e multiplicação da


Álgebra de Boole, e suas respectivas identidades resultantes:

● Postulado da Complementação

1º) Se 𝐴 = 0 → 𝐴 = 1

2º) Se 𝐴 = 1 → 𝐴 = 0

Através do postulado da complementação, podemos estabelecer a seguinte identidade:

𝐴=𝐴

Se 𝐴 = 0 então 𝐴 = 1 e se 𝐴 = 1 → 𝐴 = 0

Se 𝐴 = 1 então 𝐴 = 0 e se 𝐴 = 0 → 𝐴 = 1

● Postulado da Adição

1º) 0 + 0 = 0

2º) 0 + 1 = 1

3º) 1 + 0 = 1

4°) 1 + 1 = 1

Através deste postulado, podemos estabelecer as seguintes identidades:

𝐴+0=𝐴
𝐴+1=1
𝐴+𝐴 =𝐴
𝐴+𝐴 =1

● Postulado da Multiplicação

1º) 0 . 0 = 0

2º) 0 . 1 = 0

3º) 1 . 0 = 0

4°) 1 . 1 = 1

Através deste postulado, podemos estabelecer as seguintes identidades:


𝐴 .0 = 0
𝐴 .1 = 𝐴
𝐴 .𝐴 = 𝐴
𝐴 .𝐴 = 0

Propriedades

● Propriedade Comutativa

Adição: 𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + 𝐴

Multiplicação: 𝐴. 𝐵 = 𝐵. 𝐴

● Propriedade Associativa

Adição: 𝐴 + (𝐵 + 𝐶) = (𝐴 + 𝐵) + 𝐶 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶

Multiplicação: 𝐴. (𝐵. 𝐶) = (𝐴. 𝐵). 𝐶 = 𝐴. 𝐵. 𝐶

● Propriedade Distributiva

𝐴. (𝐵 + 𝐶) = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶
Pode-se verificar através da tabela verdade.

Teoremas de De Morgan

● 1º Teorema de De Morgan

O complemento de um produto é igual a soma dos complementos:

𝐴. 𝐵 = 𝐴 + 𝐵

O teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis:

𝐴. 𝐵. 𝐶. … . 𝑁 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + … + 𝑁

● 2º Teorema de De Morgan

O complemento da soma é igual ao produto dos complementos:

𝐴 + 𝐵 = 𝐴 .𝐵

O teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis:

𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + … + 𝑁 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 . … . 𝑁

Identidades Auxiliares

● 𝐴 + 𝐴. 𝐵 = 𝐴
Vamos agora provar esta identidade:

𝐴. (1 + 𝐵) = 𝐴
𝐴. 1 = 𝐴
𝐴=𝐴
● (𝐴 + 𝐵). (𝐴 + 𝐶) = 𝐴 + 𝐵. 𝐶
Vamos agora provar esta identidade:

(𝐴 + 𝐵). (𝐴 + 𝐶)

𝐴. 𝐴 + 𝐴. 𝐶 + 𝐵. 𝐴 + 𝐵. 𝐶 → 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑒𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝐴 + 𝐴. 𝐶 + 𝐴. 𝐵 + 𝐵. 𝐶 → 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴. 𝐴 = 𝐴
𝐴. (1 + 𝐶 + 𝐵) + 𝐵. 𝐶 → 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑒𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝐴. 1 + 𝐵. 𝐶 → 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 1. 𝑋 = 1 𝑒 𝐴. 1 = 𝐴
∴ (𝐴 + 𝐵). (𝐴 + 𝐶) = 𝐴 + 𝐵. 𝐶

● 𝐴 + 𝐴𝐵 = 𝐴 + 𝐵
Vamos agora provar esta identidade:
𝐴 + 𝐴𝐵 = 𝐴 + 𝐴. 𝐵 → 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑋 = 𝑋

𝐴. ( 𝐴. 𝐵) → 2º 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑔𝑎𝑛 𝑋 + 𝑌 = 𝑋 . 𝑌

𝐴. ( 𝐴 + 𝐵) → 1º 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑔𝑎𝑛 𝑋. 𝑌 = 𝑋 + 𝑌

𝐴. 𝐴 + 𝐴. 𝐵 → 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑒𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒 𝐼𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴. 𝐴 = 0

𝐴. 𝐵

𝐴+𝐵 → 1º 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑔𝑎𝑛


∴ 𝐴 + 𝐴𝐵 = 𝐴 + 𝐵

QUADRO RESUMO

POSTULADOS

Complementação Adição Multiplicação

𝐴=0→𝐴=1 0+0=0 0 .0 = 0
𝐴=1→𝐴=0 0+1=1 0 .1 = 0
1+0=1 1 .0 = 0

1+1=1 1 .1 = 1

IDENTIDADES

Complementação Adição Multiplicação

𝐴+0=𝐴 𝐴 .0 = 0
𝐴=𝐴 𝐴+1 = 1 𝐴 .1 = 𝐴
𝐴+𝐴 =𝐴 𝐴 .𝐴 = 𝐴

𝐴+𝐴 =1 𝐴 .𝐴 = 0

PROPRIEDADES
Comutativa: 𝐴+𝐵 =𝐵+𝐴

𝐴. 𝐵 = 𝐵. 𝐴

Associativa: 𝐴 + (𝐵 + 𝐶) = (𝐴 + 𝐵) + 𝐶 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶

𝐴. (𝐵. 𝐶) = (𝐴. 𝐵). 𝐶 = 𝐴. 𝐵. 𝐶

Distributiva: 𝐴. (𝐵 + 𝐶) = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶

TEOREMAS DE MORGAN

𝐴. 𝐵 = 𝐴 + 𝐵

𝐴 + 𝐵 = 𝐴 .𝐵

IDENTIDADES AUXILIARES

𝐴 + 𝐴. 𝐵 = 𝐴

(𝐴 + 𝐵). (𝐴 + 𝐶) = 𝐴 + 𝐵. 𝐶

𝐴 + 𝐴𝐵 = 𝐴 + 𝐵

Simplificação de expressões booleanas

Utilizando o conceito de Álgebra de Boole, podemos simplificar expressões e


consequentemente circuitos.

Há duas formas para simplificar expressões:

● Fatoração;
● Mapas de Veitch-Karnaugh.

Veremos a seguir o processo de fatoração, que consiste na aplicação dos postulados e


propriedades da álgebra booleana, com o objetivo de simplificar a expressão.

Exemplo 1: 𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐶 + 𝐴. 𝐵

= 𝐴. (𝐵. 𝐶 + 𝐶 + 𝐵) termo A em evidência

= 𝐴. [𝐵. 𝐶 + (𝐶 + 𝐵)] propriedade associativa

= 𝐴. [𝐵. 𝐶 + (𝐶 + 𝐵)̿] identidade 𝑋̿ = 𝑋

= 𝐴. [𝐵. 𝐶 + (𝐵. 𝐶)] 2º teorema de De Morgan

= 𝐴. (1) = 𝐴 𝑋+𝑋 = 1
∴𝑆=𝐴
Essa expressão mostra a importância da simplificação de expressões e consequentemente
minimização do circuito, sendo resultado final igual ao da variável A.

● Circuito antes da simplificação:

● Circuito após simplificação:

Exercícios:

1- Simplifique as expressões
a. 𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶+𝐴. 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐶. (𝐵 + 𝐵) + 𝐴. 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶

b. 𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵

𝑆 = 𝐴. (𝐵 + 𝐵)

𝑆 = 𝐴. 1

𝑆=𝐴

c. 𝑆 = 𝐵 + 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐵 + 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐵. ( 𝐵. 𝐶)

𝑆 = 𝐵. ( 𝐵 + 𝐶)

𝑆 = 𝐵. 𝐵 + 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐵. 𝐶

𝑆 =𝐵+𝐶

d. 𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵. (𝐶 + 𝐶) + 𝐴. 𝐶. (𝐵 + 𝐵)
𝑆 = 𝐴. 𝐵. 𝐶 + 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶

𝑆 = 𝐴. (𝐵 + 𝐵. 𝐶) + 𝐴. 𝐶 → 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴 + 𝐴𝐵 = 𝐴 + 𝐵

𝑆 = 𝐴. (𝐵 + 𝐶) + 𝐴. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶 + 𝐴. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐶. (𝐴 + 𝐴)

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐶

e. 𝑆 = (𝐴 + 𝐵 + 𝐶). (𝐴 + 𝐵 + 𝐶)

𝑆 = 𝐴. 𝐴 + 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶 + 𝐵. 𝐴 + 𝐵. 𝐵 + 𝐵. 𝐶 + 𝐶. 𝐴 + 𝐶. 𝐵 + 𝐶. 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐶 + 𝐵. 𝐴 + 𝐵. 𝐶 + 𝐶. 𝐴 + 𝐶. 𝐵 + 𝐶

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐵. 𝐴 + 𝐶. (𝐴 + 𝐵 + 𝐴 + 𝐵 + 1)

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵 + 𝐶. (1)

𝑆 = 𝐴. 𝐵 + 𝐴. 𝐵 + 𝐶

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