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Previsão da População

OBJETIVO: Planejar um sistema de


abastecimento para funcionar durante
certo número n de anos para beneficiar a
população total n anos depois da
elaboração do projeto.
Principais Métodos de Previsão

- crescimento aritmético
- crescimento geométrico
- regressão multiplicativa
- taxa decrescente de crescimento
- curva logística
- comparação gráfica entre cidades similares
- método da razão e correlação
- previsão com base nos empregos
- processo de prolongamento da curva de
crescimento
Projeções populacionais com base em
métodos de quantificação indireta
Método Descrição
Comparação gráfica O método envolve a projeção gráfica dos dados passados da população em
estudo. Os dados populacionais de outras cidades similares, porém maiores, são
plotados de tal maneira que as curvas sejam coincidentes no valor atual da
população da cidade em estudo. Estas curvas são utilizadas como referências na
projeção futura da cidade em estudo.

Razão e correlação Assume-se que a população da cidade em estudo possui a mesma tendência da
região (região física ou política) na qual se encontra. Com base nos registros
censitários a razão "população da cidade/população da região"é calculada, e
projetada para os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da
projeção populacional da região (efetuada em nível de planejamento por algum
outro órgão) e da razão projetada.

Previsão de empregos A população é estimada utilizando-se a previsão de empregos (efetuada por


e serviços de algum outro órgão). Com base nos dados passados da população e pessoas
utilidades empregadas, calcula-se a relação "emprego/população", a qual é projetada para
os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da projeção do número
de empregos da cidade. O procedimento é similar ao método da razão. Pode-se
adotar a mesma metodologia a partir da previsão de serviços de utilidade, como
eletricidade, água, telefone etc. As companhias de serviços de utilidade
normalmente efetuam estudos e projeções da expansão de seus serviços com
relativa confiabilidade.
Densidades populacionais típicas em função
do uso do solo
Uso do solo Densidade populacional

(hab/ha) (hab/km2)

Áreas residenciais

Residências unifamiliares; lotes grandes 12 – 36 1.200 – 3.600

Residências unifamiliares; lotes pequenos 36 – 90 3.600 – 9.000

Residências multifamiliares; lotes pequenos 90 – 250 9.000 – 25.000

Apartamentos 250 – 2.500 25.000 – 250.000

Áreas comerciais 36 – 75 3.600 – 7.500

Áreas industriais 12 – 36 1.200 – 3.600

Total (excluindo-se parques e outros equipamentos de 25 – 125 2.500 – 12.500


grande porte)
Densidades demográficas e extensões médias de
arruamentos por ha, em condições de saturação, em
regiões metropolitanas altamente ocupadas
Uso do solo Densidade Extensão média de
populacional de arruamentos
saturação (hab/ha) (m/ha)

Bairros residenciais de luxo, com lote padrão de 800 m2 100 150


Bairros residenciais médios, com lote padrão de 450 m2 120 180
Bairros residenciais populares, com lote padrão de 250 m2 150 200

Bairros mistos residencial-comercial da zona central, com 300 150


predominância de prédios de 3 e 4 pavimentos

Bairros residenciais da zona central, com predominância de 450 150


edifícios de apartamentos com 10 e 12 pavimentos

Bairros mistos residencial-comercial –industrial da zona 600 150


urbana, com predominância de comércio e indústrias
artesanais e leves

Bairros comerciais da zona central com predominância de 1000 200


edifícios de escritórios
Ao se fazer as projeções populacionais, deve-se
ter em mente os seguintes pontos:

• Devem ser analisadas todas as variáveis que possam interagir na localidade


específica em análise.

• As sofisticações matemáticas associadas às determinações dos parâmetros de


algumas equações de projeção populacional perdem o sentido se não forem
embasadas por informações paralelas.

• O bom senso do analista é de grande importância na escolha do método de


projeção a ser adotado e na interpretação dos resultados.

• Os últimos dados censitários no Brasil têm indicado uma tendência geral de


redução nas taxas anuais de crescimento populacional.

• Inclusão de uma certa margem de segurança na estimativa.


Métodos de Previsão

Os métodos de previsão estão de acordo


com o fato de que a população P é função da
população inicial Po, acrescida do número de
nascimentos e de imigrantes e diminuída do
número de mortos e de emigrantes,
registrados durante o período de tempo T em
que a população passou de Po a P.
População de projeto

P = Po+ ( N - M ) + ( I - E )
onde:

P = população após "n" anos;


Po= população inicial;
N = nascimento no período "n";
M = mortes, no período "n";
I = imigrantes no mesmo período;
E = emigrantes no período.
Não havendo fatores , como
longos períodos de estiagem,
guerras, etc, ou instalação de um
polo industrial, pode-se considerar
que o crescimento populacional
apresenta três fases distintas:
1ª fase - crescimento rápido quando a população é
pequena em relação aos recursos regionais;
Ocorre crescimento geométrico expresso da seguinte
forma

P = Po ( 1 + g )Dt,

P: população prevista
Po: população inicial do projeto
Dt: intervalo de anos da previsão
g: taxa de crescimento geométrico (ano Ti , população
Pi )

g = ( P2 / P1-1) 1/ (T2 - T1)


2ª fase - crescimento linear em virtude de uma
relação menos favorável entre os recursos
econômicos e a população;

P = Po + a. Dt ,
a: taxa de crescimento aritmético

a = ( P2 - P1) / (T2- T1)


3ª fase - taxa de crescimento decrescente com o
núcleo urbano aproximando-se do limite de
saturação, tendo em vista a redução dos recursos
e da área de expansão

Ps: população máxima de subsistência na região,


(população de saturação).

Pe = [ (Ps) / [ 1 + ea + b.Dt ]
equação da curva logística
VAZÃO DOS ESGOTOS

É a relação entre a quantidade do esgoto transportado


em um período de tempo.

→ É representado por Q em uma determinada unidade


de tempo:
Q(vazão): m3, L;
t(tempo): s, min, h ou dia
A CONTRIBUIÇÃO DOS ESGOTOS DEPENDE:

- hábitos da população;
- nível sócio-econômico da população;
- variações sazonais;
- nível cultural;
- atividades desenvolvidas na região
PRODUÇÃO DE ESGOTOS POR ATIVIDADE E USUÁRIO
CARACTERIZAÇÃO DOS ESGOTOS DOMÉSTICOS
ESGOTOS DOMÉSTICOS E SUA UTILIZAÇÃO
SISTEMA DE COLETA DE ESGOTOS

ESGOTO SANITÁRIO

Sistema Individual Sistema Coletivo

Sistema Unitário Sistema Separador


Sistema individual: unifamiliar
Sistema coletivo: da comunidade
Sistema de esgotamento unitário ou sistema
combinado:
É o que recebe águas residuárias domésticas e
industriais, água de infiltração e águas pluviais.
Sistema separador absoluto: recebe e
transporta as águas residuárias domésticas e
industriais e eventualmente as de infiltração
VARIAÇÃO DA VAZÃO DOS ESGOTOS PODE SER INFLUENCIADA
POR:

- tipo de esgoto coletado(doméstico ou misto);


- sistema de coleta(unitário ou separador);
- condições climáticas;
- regime de escoamento(por gravidade ou sob pressão);
- tipo de material das canalizações;
- qualidade de execução das obras;
- quantidade de poços de visitas;
- concepção e quantidade de elevatórias;
- concepção de quantidade de extravasores;
- qualidade dos serviços de conservação, manutenção e
reparos da rede coletora.
VARIAÇÃO DIÁRIA DE VAZÃO DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Contribuição total de Esgotos sanitários

Qt = Qd + Qc + Qi

Onde:
Qt: vazão média total diária, L/s
Qd: contribuição média diária doméstica, L/s
Qc: contribuição concentrada, L/s
Qi: água de infiltração, L/s
Ti: taxa de contribuição de infiltração
(0,5 a 1,0 L/S.km)
CÁLCULO DA VARIAÇÃO DA VAZÃO DOS ESGOTOS EM RELAÇÃO
AOS PERÍODOS DE TEMPO SECO

* variação máxima diária


(K1): coeficiente máximo de contribuição diária (k1)

Norma brasileira NBR-9649, recomenda 1,2

K1:coeficiente de variação anual


* Variação máxima horária:
(K2): coeficiente máximo de contribuição horária

Norma brasileira NBR-9649, recomenda 1,5

K2: coeficiente de variação horário

* Variação mínima horária:


(k3): relação entre a vazão mínima e a média anual

Norma brasileira NBR-9649, recomenda 0,5

K3: coeficiente de variação horário


Qmáx= Qméd.k1.k2= 1,8 Qméd

Qmín= Qméd.k3
VAZÃO DE INFILTRAÇÃO DAS ÁGUAS

Pode ocorrer através das juntas, paredes de canalizações,


entre outros. É função da extensão da rede de esgotos.

A ABNT recomenda adotar valores da taxa de infiltração de


acordo com:

- as condições locais;
- o nível de água do lençol freático;
- a natureza do sub-solo;
- qualidade de execução da rede;
- material da tubulação;
- tipo de junta utilizado

Na ausência de dados utilizar valores de 0,05 a 1,01L/s por Km da extensão da


rede.
Vazão de projeto em uma ETE

É considerada a vazão de tempo seco mais a vazão de


infiltração
CONCEPÇÕES DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE
ESGOTOS(ETE)

A Nova Estação de Tratamento

Recentemente, os projetos das ETE’s englobam além das


exigências ambientais, de saúde pública, estéticos e legais,
também as exigências tecnológicas, de econômia e os
anseios da comunidade.
a) Exigências Tecnológicas:

* Novos Materiais;
* Automação (alto desenvolvimento operacional);
* Baixa Produção de Lodo;
* Operacionalidade;
* Maior Eficiência;
* Simplicidade Construtiva e Operacional e a Flexibilidade
Operacional
b) Exigências Econômicas:

* Gastos com energia(empresas consomem cerca de 10%


do seu orçamento em gastos com energia);
* Relação custo/benefício(tratamento mais simples com
menos gasto de energia);
* Otimização dos custos de investimentos e
operacionais(quando a empresa tem capital reduzido
para investimentos iniciais)
c) Anseios da Comunidade

Alguns aspectos criticados pelos moradores:


- a ETE originará problemas para a saúde das pessoas que
moram nas redondezas;
- haverá infiltração de poluentes, contaminando o solo e
as águas subterrâneas;
- haverá desvalorização dos terrenos próximos a ETE;
- haverá êxodo das famílias para outros bairros;
- surgimento de mau cheiro nas redondezas, etc.
A evolução da tecnologia tem como principais objetivos:

* Melhoria dos aspectos estéticos dos corpos aquáticos;


* Proteção da saúde pública;
* Controle da demanda carbonácea de oxigênio, buscando
a manutenção e melhoria dos níveis de OD no meio;
* Controle dos nutrientes(P e N) lançados nos corpos
receptores;
* Controle de substâncias tóxicas e compostos
refratários;
* Controle de maus odores em torno da ETE, entre outros.
Custos da ETE

Podem variar de acordo com o processo, grau de


tratamento e as diferenças nos custos de um país para
outro.

* mão-de-obra: produtividade e salários diferentes;


* materiais: concreto e aço, diferentes preços;
* equipamentos eletromecânicos;
* obras complementares: áreas para futuras ampliações;
* valor da terra, etc.

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