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LINGUAGEM, DISCURSO E

IDEOLOGIA

Profa. Élen Rodrigues Gonçalves


Por meio da Linguagem, a humanidade expressa sua visão de
mundo. Ela é, portanto, a materialização de uma ideologia e
retrata o conjunto de crenças, dogmas, noções de pertencimento
de uma pessoa.

O Discurso é a concretização dessas ideologias e corresponde à voz


de um grupo social que divide entre si convenções sociais, regras,
normas e até mesmo o recorte histórico no qual está inserido.

Os gêneros discursivos são determinados por fatores, como


o contexto,
o público a que se destina,
a finalidade,
a circulação
etc.
Ai! Que saudade de Amélia Maria, Maria

Nunca vi fazer tanta exigência [...]


Nem fazer o que você me faz Maria, Maria
Você não sabe o que é consciência É o som, é a cor, é o suor
Não vê que eu sou um pobre rapaz É a dose mais forte e lenta
Você só pensa em luxo e riqueza De uma gente que ri quando deve chorar
Tudo o que você vê, você quer E não vive, apenas aguenta
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher Mas é preciso ter força
Às vezes passava fome ao meu lado É preciso ter raça
E achava bonito não ter o que comer É preciso ter gana sempre
Quando me via contrariado Quem traz no corpo a marca
Dizia: Meu filho, o que se há de fazer! Maria, Maria
Amélia não tinha a menor vaidade Mistura a dor e a alegria
Amélia é que era mulher de verdade
(1978, Milton Nascimento e Fernando
(1940, Mario Lago e Ataulfo Alves) Brandt)
A charge de Glauco mostra que
o discurso sobre “povo brasileiro” é
ideológico, falso, abole as divisões e
desigualdades sociais.
Língua Portuguesa - PISM III Triênio 2004-2006
“A quase primeira-
dama Marcela
Temer, 43 anos mais
jovem que o
marido, aparece
pouco, gosta de
vestido na altura
dos joelhos e sonha
em ter mais um
filho com o vice.”
“Pode esquecer as classes A,B,C, D ou E. Quem
mais tem conquistado espaço no Brasil é a
classe GG - na moda, no consumo, na cultura
pop…”

Há três reportagens de capa cujos títulos


são: “Love-se”, “Liberte-se” e “Divirta-se”
Revista Realidade, 1967

Trata-se de uma capa que


apresenta uma edição da
revista dedicada à mulher,
com questões polêmicas e
ousadas para a época.
O especial de Realidade
sobre a mulher brasileira,
fruto de três meses de
investigação e de mais de
1200 entrevistas, teve parte
de sua edição apreendida
sob a alegação de atentar
contra a moral.
Revista Capricho, 1993.
“Camisinha: tem que
usar!”

“tem que conhecer, tem


que desgrilar. Tudo o que
você sempre quis saber
sobre a camisinha e nunca
teve coragem de
perguntar”.
“As novas regras trabalhistas das
empregadas são um marco
civilizatório para o Brasil – e um sinal
de que em breve as tarefas
domésticas serão divididas entre
toda a família”.

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