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Semana de Física

SIANA

Curso de Licenciatura em
Física da UESB

Educação, Cidadania e Desenvolvimento


Regional em 20 anos de história

6. Ed. 2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

COLEGIADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

SEMANA DE FÍSICA

Curso de Licenciatura em Física da UESB: Educação, Cidadania e Desenvolvimento


Regional em 20 anos de história

6a Edição

Vitória da Conquista - BA

2021
Comissão Científica Coordenação

Carlos Takiya Silvanio Bezerra de Oliveira


Cristina Porto Gonçalves
Ferdinand Martins da Silva Editoração e Diagramação
Graciely Rocha Braga Ian Lima Santana
Jorge Anderson Paiva Ramos
Jornandes Jesús Correia Capa
Luizdarcy de Matos Castro Ian Lima Santana
Sandra Cristina Ramos
Sergio Luiz Carmelo Barroso Comissão Estudantil
Silvanio Bezerra de Oliveira Gabriel dos Santos Varges
Valmir Henrique de Araújo Gabriel Fonseca Guimarães
Wagner Duarte José Giovani Luz Andrade
Ian Lima Santana
Revisão Textual Jean Barbosa Pessoa
Alice Vasconcelos Silva Leonardo Oliveira Gugé
Ramon Alves dos Santos
Reinaldo Moreira de Aquino Júnior

Vitória da Conquista - BA
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

6ª Semana de Física (6. : 2021 : on-line)


Anais Semana de Física [livro eletrônico] : Curso
de Licenciatura em Física da UESB : Educação,
Cidadania e Desenvolvimento Regional em 20 anos de
história / organização Ian Lima Santana ; coordenação
Silvanio Bezerra de Oliveira. -- Vitória da
Conquista, BA : Ian Lima Santana, 2021.
PDF

Vários autores.
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-47904-1

1. Física 2. Física - Estudo e ensino I. Santana,


Ian Lima. II. Oliveira, Silvanio Bezerra de.
III. Título.

22-116466 CDD-530.7
Índices para catálogo sistemático:

1. Física : Estudo e ensino 530.7

Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380


REALIZAÇÃO

Colegiado do Curso de Licenciatura em Física - CCFis


Silvanio Bezerra de Oliveira - Coordenador do CCFis

Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas - DCET


Sergio Luiz Carmelo Barroso - Diretor do DCET

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários - PROEX


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
Luiz Otávio de Magalhães - Reitor da UESB
Telefone/Ramal: (77) 3424-8651
Estrada do Bem Querer, km 4
CEP: 45083-900

Vitória da Conquista - BA
2021
APRESENTAÇÃO
Em 2021, o Curso de Licenciatura em Física da Universidade Estadual do Sudoeste
da Bahia completou 20 anos de existência, contribuindo desde então para a formação
profissional de professores e pesquisadores no Brasil. Considerando que os Eventos
Científicos são de grande contribuição para o enriquecimento do saber acadêmico, essa
proposta dá continuidade ao trabalho desenvolvido nesses 20 anos trazendo oportunidade
para quem procura novos conhecimentos no campo da Física e, principalmente, na relação
com outras áreas da Ciência, tais como, Matemática, Filosofia, Biologia, Geologia, etc., isto
é, proporcionando a interdisciplinaridade com a divulgação da produção científica e
tecnológica, local e externa, que favorece o diálogo entre esta e demais instituições de ensino
e de pesquisa da região sudoeste da Bahia e além.
Se tratando de uma forma única de compartilhamento de informações científicas,
esta proposta permite a construção de um espaço de interação entre os pesquisadores e
estudantes, sejam com palestras e apresentações de trabalhos científicos, permitindo, assim,
uma maior ampliação da cultura e formação de todos.
A região de Vitória da Conquista é considerada um polo educacional composto por
três Instituições Públicas de nível Superior, das quais se destaca a Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia com vários Cursos de Licenciatura, entre elas o Curso de Licenciatura em
Física, Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física e Especialização em Ensino de
Astronomia. Sendo assim, este Evento em edições anteriores, tem atraído muitos
participantes, mostrando a sua relevância sociocultural-científica na Região.
Dentro das perspectivas futuras, o Curso de Licenciatura em Física continuará o seu
papel de promover a interação discente/professor/sociedade e debates entre temas de
interesses atuais nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão; continuar divulgando a produção
científica de alunos e/ou pesquisadores, internos e externos, das áreas desenvolvidas no
âmbito do escopo da Física e interdisciplinaridades.
Proporcionando os debates e intercâmbios de conhecimentos e experiências entre
pesquisadores e/ou alunos; continuará promovendo encontros da comunidade científica local
dos “campi” da UESB e região externa a esta para troca de experiências, interações e
aproximação entre pesquisadores, alunos, pós-graduandos e comunidade em geral.
Estimulando o espírito científico investigativo; continuará promovendo atividades
extracurriculares, necessárias para formação de estudantes do Curso de Licenciatura em
Física da UESB, bem como a estudantes e professores do Ensino Superior e Médio da região
do Sudoeste da Bahia. Continuará proporcionando a experiência de vivenciar, relatar e
discutir o que vêm sendo desenvolvidas nas Áreas de Física e Tecnológica, assim como as
relações interdisciplinares da Física e continuará propiciando ao professor a reflexão sobre
uma prática pedagógica mais coerente com a realidade do cotidiano do aluno, promovendo
discussões sobre o Curso de Licenciatura em Física existente na UESB e em outras
Instituições de Ensino.

Comissão Científica
Vitória da Conquista - BA, 2021
SUMÁRIO

RESUMOS SIMPLES 09
Grupo Temático: ENSINO E APRENDIZAGEM EM FÍSICA 09

DIAMAGNETISMO DA MATÉRIA NUMA PERSPECTIVA DE ENSINO-APRENDIZAGEM: PROPOSTA DE SEQUÊNCIA


DIDÁTICA A PARTIR DOS TRÊS MOMENTOS PEDAGÓGICOS 10

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL PARA O ENSINO DE FÍSICA MODERNA 11

INTERDISCIPLINARIDADE NA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE FÍSICA E


BIOLOGIA 12

RADIAÇÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL II CONFORME A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: UMA PROPOSTA
INTERDISCIPLINAR 13

CURVANDO A LUZ EM ESTRUTURAS DE CONCRETO: A CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA ENSINO DAS
PROPRIEDADES ÓTICAS E FÍSICAS DA LUZ 14

AS FASES DA LUA: ANÁLISE DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA TRANSDISCIPLINAR 15

UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO DIAMAGNETISMO VIA UNIDADE DE ENSINO


POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVA 16

Grupo Temático: FÍSICA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 17

ESTUDO DA REDUÇÃO DE SIMETRIA DE GRUPO EM ISOTOPÓLOGOS: APLICAÇÃO EM MOLÉCULAS DE INTERESSE DA


ASTROFÍSICA 18

PROJETO DE EXTENSÃO TECNOLOGIA DO ARDUINO APLICADA AO ENSINO DE FÍSICA: CONDUÇÃO TÉRMICA E A


UTILIZAÇÃO DO ARDUINO PARA ANÁLISE DE DADOS 19

TECNOLOGIA DO ARDUINO APLICADA AO ENSINO DE FÍSICA: CONTROLE DE UM LEVITADOR MAGNÉTICO PELO


ARDUINO 20

PLATAFORMAS DIGITAIS NO ENSINO DE FÍSICA: O USO DO PhET NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL 21

Grupo Temático: FÍSICA E INTERDISCIPLINARIDADES 22

ANALEMA SOLAR: TRAJETÓRIA APARENTE DO SOL 23

O ASTROLÁBIO COMO FERRAMENTA NA EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA TRANSDISCIPLINAR 24

APLICAÇÕES DE ÁLGEBRA DE LIE EM FÍSICA 25

MULHERES NA FÍSICA: UMA REFLEXÃO SOBRE A PRESENÇA FEMININA NA ÁREA 26

COMO A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA PODE PRODUZIR ISOLANTES TÉRMICOS DE BAIXO CUSTO: O USO DA
PALMEIRA DE BURITI PARA FABRICAÇÃO DE COOLERS 27

ESTRELAS E BURACOS NEGROS: UMA PROPOSTA TRANSDISCIPLINAR 28

CORES DO CÉU: UMA PROPOSTA TRANSDISCIPLINAR 29

EFEITO HALL QUÂNTICO EM ESTRUTURA DE GRAFENO 20

ECLIPSES LUNAR E SOLAR: USO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO 31

RESUMOS EXPANDIDOS 32
Grupo Temático: ENSINO E APRENDIZAGEM EM FÍSICA 32

A FÍSICA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM “O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA” 33

O CONCEITO DE ESPAÇO DUAL EM MECÂNICA QUÂNTICA 38

Grupo Temático: FILOSOFIA E HISTÓRIA DA CIÊNCIA 43

DA ENTROPIA AO QUANTUM: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DE BOLTZMANN PARA A TEORIA DE PLANCK 44


Grupo Temático: FÍSICA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 48

ANÁLISE DE DIRAC-BERGMANN DO MOVIMENTO BIDIMENSIONAL DE UMA PARTÍCULA AO LONGO DE UMA


TRAJETÓRIA CÔNICA 49

DIAGNÓSTICO DO DESMATAMENTO FLORESTAL DA SERRA DO PERIPERI, NA CIDADE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA, POR


MEIO DA ANÁLISE DE IMAGENS DIGITAIS VIA GEOMETRIA FRACTAL 54

ESTUDO DO MOMENTO DIPOLAR DE SISTEMAS MOLECULARES 59

Grupo Temático: FÍSICA E INTERDISCIPLINARIDADES 64

FACES E FASES DA LUA 65

ANÁLISE GRÁFICA DE SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM 70

SISTEMA SOLAR E VIABILIDADE DA VIDA HUMANA FORA DA TERRA: USO DO SOFTWARE SPACEENGINE COMO
FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA 75

TEXTOS CULTURAIS 80
SE EXPERIÊNCIA É PARA CONFIRMAR O QUE SE SABE QUE É, COMO DENOMINAR A EXPERIÊNCIA QUE PÕE EM XEQUE
O EXPERIMENTADOR? 81

AS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO 83

QUEM SOU EU NO MUNDO DIGITAL? 85

AS NEO HIPÁCIAS DA GERAÇÃO Z 86

PHOTONS 88

PROJETOS DE PESQUISA 89
OS CONCEITOS EM LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA: PROBLEMAS RELACIONADOS A DEFINIÇÕES DE FENÔMENOS
FÍSICOS 90

ESTUDO DAS PROPRIEDADES ELETRÔNICAS DE MATERIAIS CARBONOSOS: NANOTUBOS DE CARBONO E GRAFENO 95

FORMAÇÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DA TEORIA DA FLEXIBILIDADE COGNITIVA: CONTRIBUIÇÕES AO ENSINO


DIALÓGICO PROBLEMATIZADOR 96

FÍSICA MÉDICA E SUAS APLICAÇÕES 97

AUTORES 98
Grupo Temático:

ENSINO E APRENDIZAGEM EM FÍSICA


DIAMAGNETISMO DA MATÉRIA NUMA PERSPECTIVA DE
ENSINO-APRENDIZAGEM: proposta de sequência didática a partir dos Três
Momentos Pedagógicos

Ian Lima Santana


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ianlimasantana@gmail.com

Luizdarcy de Matos Castro


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: luizdarcy.castro@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
A didática dos Três Momentos Pedagógicos (3MPs) elaborada por Delizoicov e Angotti (1990) e
aprofundada posteriormente (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002), durante um
processo de formação de professores na região da Guiné-Bissau, originada da transposição da
concepção de Freire (1987) para um contexto de educação formal, que enfatiza uma educação mais
dialógica, na qual o professor deve mediar uma conexão entre o que aluno estuda cientificamente em
sala de aula com a realidade de seu cotidiano (BONFIM; COSTA; NASCIMENTO, 2018). Este
trabalho trata-se de um recorte de monografia apresentada ao Colegiado do Curso de Licenciatura em
Física da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em que seu objetivo foi propor
sequências de ensino-aprendizagem para a ensinagem de conceitos presentes na modelagem do
Diamagnetismo da matéria. Inicialmente foi feita uma revisão de literatura em revistas científicas da
área de Física e foi notada a falta de uma abordagem de ensino significativa do Diamagnetismo.
Notada essa falta, o objetivo da monografia foi propor sequências didáticas com o intuito de promover
um ensino-aprendizagem que permita um saber significativo do fenômeno do Diamagnetismo via
modelagem científica. Nesse sentido, utilizando-se de uma das sequências desenvolvidas, este
trabalho segue a dinâmica de três etapas dos 3MPs, que são elas: Problematização inicial,
Organização do conhecimento e Aplicação do conhecimento. A justificativa para apoiar, também, nos
3MPs, é pelo fato de identificar que os mesmos podem compreender o pensamento profundo na
construção de conhecimentos científicos, fornecendo uma conduta e postura crítica dos alunos e, por
fim, adentrar em um ponto de vista inovador de ensino-aprendizagem (DELIZOICOV; ANGOTTI,
1990; DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002).

Palavras-chave: Conhecimentos Científicos; Ensino-aprendizagem; Modelagem Científica.


A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL PARA O ENSINO DE
FÍSICA MODERNA

Ramon Alves dos Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ramonalvesfernandes@gmail.com

Ian Lima Santana


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ianlimasantana@gmail.com

Sandra Cristina Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Jorge Anderson Paiva Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: jorge@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
A Física Moderna (FM) surgiu da necessidade de uma abordagem de uma “nova” concepção
fenomenológica que se deu a partir da observação experimental. Tal concepção surgiu de alguns
pressupostos conceituais relacionados à natureza e à propagação da luz. A isso, considerações sobre o
movimento relativo já suscitavam interpretações. Nesse sentido, no percurso do desenvolvimento da
FM, alguns experimentos, tais como interferência e difração de ondas, efeito fotoelétrico, efeito
Compton e difração de raios-x, contribuíram para elucidar o comportamento da interação da luz com a
matéria. Por conseguinte, o aprofundamento da FM vai se consolidando no decorrer de novas
investigações e interpretações da dualidade onda-partícula, que foi explicado por De Broglie,
complementado por Bohr e estruturado por Heisenberg e Schroedinger. Observa-se que a FM está
fundamentada em pressupostos experimentais, o que nos leva a reflexão de que é conveniente a
inclusão da experimentação no seu ensino, promovendo a contextualização, principalmente diante dos
desafios relacionados à aplicação desta e suas tecnologias. Soma-se a isto, o novo contexto da
reformulação do Ensino Médio, conforme preconizado pela Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), que apresenta percursos formativos e tecnológicos como base para a formação básica.
Diante disto, este trabalho apresenta como proposta de ensino de FM, a abordagem e contextualização
dos principais experimentos realizados no século XIX que culminaram substancialmente para o
surgimento e concretização de conceitos da FM. Propõe-se a elaboração de um roteiro para discussões
e análises de experimentos, acrescidos de vídeos demonstrativos via PhET (Physics Education
Technology Project) para discussões contextualizadas. Isto demonstrará que a FM se consolida através
de uma abordagem eminentemente experimental.

Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem; Ensino de Física; Experimentação; Física Moderna.


INTERDISCIPLINARIDADE NA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: um relato de
experiência do núcleo de Física e Biologia

Maria Raphaella Santos Azevedo


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: raphaellaa2016@gmail.com

Gabriel Silva Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ferreiragabi576@gmail.com

Tacielle Ferreira Macabeu


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: taciellemacabeu@gmail.com

Sandra Cristina Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Marcia de Oliveira Menezes


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: marcia.menezes@uesb.edu.br

Wilck Porto Grasianni


Colégio Polivalente de Vitória da Conquista
E-mail: wilck_@hotmail.com
Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
Um dos núcleos do programa de Residência Pedagógica, da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia - UESB, tem caráter interdisciplinar, unindo os cursos de Licenciatura em Biologia e Física, no
campus de Vitória da Conquista - BA. As atividades realizadas pelos bolsistas do programa tiveram
natureza remota, devido a necessidade de isolamento social imposta pela pandemia da Sars-Cov2.
Dessa forma, as atividades realizadas foram totalmente através das plataformas Google Classroom.
No Colégio Polivalente de Vitória da Conquista, o subnúcleo formado buscou relações
interdisciplinares entre os temas abordados pelos conteúdos de Física e Biologia. Os bolsistas do
programa planejaram as atividades para serem ministradas de acordo com esta conexão
interdisciplinar. É importante ressaltar que nem sempre foi possível estabelecer relação
interdisciplinar. As principais ações interdisciplinares ocorreram durante a exploração de temas como
energia e sua conservação; sobre vacinas e suas tecnologias, abordagens sobre fenômenos
gravitacionais, dentre outros temas que foram aprofundados por demais grupos que compõem a RP
neste subnúcleo. A metodologia para a realização das atividades nesta perspectiva interdisciplinar foi
necessária para promover um melhor engajamento entre os residentes e destes com os estudantes,
tornando assim a aplicação das atividades, bem como das discussões dos conteúdos, mais dinâmicas e
com maior interação pedagógica durante todo este momento em que as aulas foram ministradas no
formato remoto.

Palavras-chave: Ensino de Física; Ensino de Biologia; Hipermídias; Residência Pedagógica.


RADIAÇÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL II CONFORME A BASE NACIONAL
COMUM CURRICULAR: uma proposta interdisciplinar

Maria Raphaella Santos Azevedo


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: raphaellaa2016@gmail.com

Gabriel dos Santos Varges


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: gabrielvarges1@gmail.com

Ian Lima Santana


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ianlimasantana@gmail.com

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
Este trabalho foi produzido a partir de uma atividade, proposta pelos professores da disciplina de
Estágio Supervisionado em Física I, no qual os alunos fizeram uma Sequência Didática (SD) para um
professor, da disciplina de Ciências, de uma escola de Ensino Fundamental II, da cidade de Vitória da
Conquista. Esta SD tem caráter interdisciplinar, e visa a contextualização dos conteúdos curriculares
com o cotidiano dos estudantes. Assim, buscou-se relacionar os conceitos de raios-x, desenvolvidos
nos desenhos animados e filmes, além da aplicação destes na medicina diagnóstica. Para o referencial
teórico-metodológico, foi utilizada a metodologia de ensino concebida por Delizoicov e Angotti, com
base na concepção dialógico-problematizadora de Paulo Freire, chamada de Os Três Momentos
Pedagógicos. A proposta foi disposta em três atividades. Na primeira atividade foi desenvolvida a
problematização inicial, na qual o papel do professor é de fazer questionamentos aos alunos acerca do
tema, com objetivo de investigar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a temática. Na
segunda atividade, foi a organização do conhecimento, em que o ponto de partida se dá com o
mediador da atividade, apresentando aos alunos, um vídeo que faz a relação entre a visão de raios-x
do Super Homem e os conceitos físicos envolvidos neste tópico. Além do vídeo, foram apresentados
os conceitos da radiação como ondas eletromagnéticas, caracterizando-as por sua frequência e
energia, depois o docente explicou como funciona o exame de raio-x. Por fim, a aplicação do
conhecimento, em que o professor mostrou a diferença entre raios-x e radiações de maior frequência,
com objetivo de que os alunos identificassem os possíveis efeitos nocivos das radiações ionizantes
para o corpo humano. Para se avaliar a efetividade desta proposta de ensino, os alunos escreveram um
texto sobre suas percepções e entendimento dos conceitos físicos e biológicos envolvidos na
atividade.

Palavras-chave: Ensino de Física; Ensino de Biologia; Três Momentos Pedagógicos.


CURVANDO A LUZ EM ESTRUTURAS DE CONCRETO: a construção de
material didático para ensino das propriedades óticas e físicas da luz

Eng. Dr. Márcio de Andrade Batista


Universidade Federal de Mato Grosso - ICET
email:engandrade10@gmail.com

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física

RESUMO

Durante a idade média, muitas ideias e sem comprovação científica, vigoravam de forma quase
inquestionável e seus preceitos eram aceitos de forma dogmática. Filósofos antigos tinham profundo
interesse no comportamento da luz e suas propriedades, entre eles o filósofo árabe Alhazen. Esses
“primeiros cientistas” estabeleceram uma relação entre a ótica e a geometria de Euclides. Não
incomum, era acreditar que o mundo físico era de certa forma percebido por partículas emitidas pelos
próprios olhos do observador e então retornavam aos mesmos. E uma das mais interessantes
propriedades da luz é que a mesma só se propaga em linha reta em meio homogêneo e transparente
(em termos de física clássica) e em todas as direções. A luz sempre fascinou pesquisadores e até
mesmo o italiano Galileu Galilei tentou medir sua velocidade (hoje sabemos que sua velocidade é de
300.000 km/s). Outras importantes propriedades da luz são a refração e a reflexão que obedecem às
leis geométricas específicas, conforme lei de Snell. Um caminho para “curvar” a luz é o uso de fibra
óptica, que pode levar a luz a lugares distantes e tortuosos, fato que naturalmente não ocorreria.
Assim, a presente proposta de trabalho, teve por objetivo construir um protótipo de material de ensino
para que verificar as propriedades inerentes da luz e a uma aplicação prática de engenharia para
construções civis. Com o uso de luz oriunda de um celular e um protótipo demonstrou-se que é
possível “curvar” a luz e utilizá-la para soluções técnicas de engenharia, como por exemplo iluminar
um túnel. O protótipo apresentou funcionalidade e seu uso no ensino mostrou-se adequado, curvando
a luz cerca de 900 em uma estrutura de concreto produzida com técnicas usadas na construção civil e
de engenharia, visando sua maior aplicabilidade. O protótipo está disponível para visualização no
Youtube1.

Palavras-chave: Luz; Ensino de Física; Propriedades ópticas; Refração; Educação científica.

1
Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=BCE0CLZvWM0.
AS FASES DA LUA: análise de uma sequência didática transdisciplinar

Mariana Lemos Moreira


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: mariana.lm1008@gmail.com

Saulo de Tácito Silveira Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: saulodetacito@gmail.com

Rodrigo Almeida Batista


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: drigodigimetal@gmail.com

Geisla Ribeiro Pereira da Silva


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: geisla.tui@gmail.com

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
A Transdisciplinaridade procura valorizar o pensamento complexo, integrando os sujeitos e o
ambiente, tendo o primeiro como o centro. Tendo em vista a proposta da Transdisciplinaridade, a
presente pesquisa tem o objetivo de analisar a percepção dos profissionais da educação a respeito do
uso de modelos de demonstração nas aulas de ciências. Culminou com a construção e apresentação de
uma Sequência Didática (SD) ancorada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com proposta
de ser aplicada no oitavo ano do ensino fundamental, com tema: As fases da Lua, sendo o principal
recurso didático, a montagem de uma maquete do sistema Terra-Lua. A SD foi apresentada em
transmissão on-line, via YouTube, composta principalmente por professores e alunos de licenciatura
em Física. A apresentação aconteceu durante o “II Seminário Virtual de Astronomia da UESB –
Educação em Astronomia e Transdisciplinaridade”, evento organizado pelo Núcleo de Pesquisa em
Astronomia, sediado no campus da UESB de Itapetinga. Um total de 138 pessoas assistiram à
apresentação, sendo que 39 delas contribuíram com a pesquisa respondendo a um questionário
aplicado via Google Forms. O principal recurso pedagógico é a construção de maquete do sistema
Terra-Lua, com materiais de baixo custo, através da qual os alunos poderão desenvolver o
ensino-aprendizagem de forma lúdica, além de haver a valorização do trabalho em grupo e da
oratória. Dentre as contribuições coletadas destaca-se que 71,8% disseram que usariam a SD em sua
originalidade, 25,6% a usaria com modificações e 2,6% não usaria. E ao avaliarem de 0 a 10 a SD em
sua totalidade, sendo 0 muito ruim e 10 excelente, 2,4% deram nota 5 e 6, 7,4% nota 8, 26,8% nota 9
e 61% nota 10. Percebe-se que a SD teve uma boa aceitação e que está condizente com a BNCC e
com os preceitos da transdisciplinaridade.

Palavras-chave: Ensino de Astronomia; Fases da Lua; Transdisciplinaridade.


UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO
DIAMAGNETISMO VIA UNIDADE DE ENSINO POTENCIALMENTE
SIGNIFICATIVA

Ian Lima Santana


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ianlimasantana@gmail.com

Luizdarcy de Matos Castro


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: luizdarcy.castro@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
Tendo em vista que dentre as propriedades magnéticas da matéria, como o Ferromagnetismo,
Paramagnetismo e o Diamagnetismo, esta última tem apresentado pouca abordagem de
ensino-aprendizagem para a graduação em Física conforme realizada uma revisão de literatura em
periódicos da área. Este trabalho trata-se de um recorte de monografia apresentada ao Colegiado do
Curso de Licenciatura em Física da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em que seu
objetivo foi propor sequências de ensino-aprendizagem para a ensinagem de conceitos presentes na
modelagem do Diamagnetismo da matéria. Nesse sentido, utilizando-se de uma das sequências
desenvolvidas com base em uma Unidade de Ensino Potencialmente Significativa (UEPS), conforme
apresentado por Moreira (2011), em que estudou-se os conceitos presentes na abordagem do
Diamagnetismo da matéria de uma forma mais teórica, mais conceitual, na graduação em Física.
Dessa maneira, buscou-se utilizar dos métodos da modelagem científica, a partir de um
ensino-aprendizado com base nos conceitos, sem se preocupar intimamente com a Matemática da
teoria para se compreender o fenômeno do Diamagnetismo. A estratégia metodológica consistiu,
primeiramente, no desenvolvimento de uma revisão de literatura pertinente à temática proposta,
descrição histórica e conceitual de propriedades magnéticas, para, então, desenvolver a abordagem da
UEPS.

Palavras-chave: Conceitos; Matéria; Modelagem Científica; Propriedades Magnéticas.


Grupo Temático:

FÍSICA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA


ESTUDO DA REDUÇÃO DE SIMETRIA DE GRUPO EM ISOTOPÓLOGOS:
aplicação em moléculas de interesse da Astrofísica

Jackson de Souza Silva


Universidade Federal do ABC - UFABC
E-mail: jackson.silva@ufabc.edu.br

Cristina Porto Gonçalves


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: critpg2003@yahoo.com.br

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica.

RESUMO
Este trabalho estuda a redução de simetria de grupo em moléculas diatômicas e poliatômicas. O
objetivo foi demonstrar como a substituição de um átomo por um de seus isótopos provoca uma
quebra de simetria numa molécula, indicando uma alteração nas Superfícies de Energia Potencial
(SEP) de um isotopólogo. Os cálculos de energia usando a metodologia Correção de Massa Nuclear
Finita (Finite Nuclear Mass Correction - FNMC) permitem fazer a distinção isotópica entre moléculas
com hidrogênio comum e moléculas deuteradas. Tal metodologia é especialmente útil para tratar
sistemas de núcleos leves, como moléculas com hidrogênio em sua composição. A Teoria de Grupo é
uma ferramenta de grande importância no estudo de sistemas moleculares, pois possibilita fazer a
ligação entre argumentos de simetria molecular e propriedades de sistemas moleculares, permitindo
inclusive simplificar cálculos mais complicados de Física Atômica e Molecular e Química Quântica.
Usando os grupos de simetria para classificar as moléculas e, juntamente com a FNMC,
demonstrou-se matematicamente a quebra de simetria de grupo nos isotopólogos estudados. Esta
metodologia foi aplicada no estudo de algumas moléculas de interesse da Astrofísica, como o
hidrogênio molecular 𝐻2, a água 𝐻2𝑂 e a amônia 𝑁𝐻3, que se localizam nos meios interestelar e
circunstelar, junto com muitas outras moléculas com hidrogênio.

Palavras-chave: Grupos de simetria; FNMC; Hidrogênio.


PROJETO DE EXTENSÃO TECNOLOGIA DO ARDUINO APLICADA AO ENSINO
DE FÍSICA: Condução Térmica e a utilização do arduino para análise de dados

Álicy Pedroso de Jesus


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB

Sandra Cristina Ramos


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Jorge Anderson Paiva Ramos


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB
E-mail: jorge@uesb.edu.br

Graciely Rocha Braga


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB
E-mail: graciely.braga@uesb.edu

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica.

RESUMO
Este projeto aborda conceitos relacionados à condução térmica e suas especificidades para o
desenvolvimento de um calorímetro. Trata-se de um aparato experimental construído de duas partes:
Uma relacionada à confecção do calorímetro e a outra relacionada à obtenção da temperatura de
equilíbrio térmico deste sistema calorímetro/condução de calor pelo emprego da plataforma Arduino.
O objetivo deste trabalho é discutir todos os conceitos inerentes à condução térmica e apresentar a
ferramenta da tecnologia digital aplicada ao ensino de Física. Os primeiros resultados demonstraram a
coleta de dados da variação de temperatura de uma barra de cobre e de alumínio. A próxima etapa é
levantar a curva de calibração do sensor de temperatura com as medidas específicas dos materiais
selecionados e calcular os coeficientes de condutibilidade térmica.

Palavras-chave: Arduino; Ensino de Física; Calorímetro; Temperatura.


TECNOLOGIA DO ARDUINO APLICADA AO ENSINO DE FÍSICA: CONTROLE
DE UM LEVITADOR MAGNÉTICO PELO ARDUINO

Pedro Henrique Melo Ferraz


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB

Sandra Cristina Ramos


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Jorge Anderson Paiva Ramos


Universidade estadual do sudoeste da Bahia- UESB
E-mail: jorge@uesb.edu.br

Wilck Porto Grassiani


Colégio Polivalente de Vitória da Conquista
E-mail: wilck_@hotmail.com

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica.

RESUMO
O presente trabalho aborda conhecimentos e conceitos dos fundamentos sobre magnetismo de uma
forma prática através de dois experimentos simples. O primeiro experimento usa um sistema de
bobinas para demonstrar que o fluxo de campo magnético variante no tempo produz uma diferença de
potencial, já o segundo é um levitador magnético controlado por Arduino, que evidencia que correntes
elétricas produzem campos magnéticos no espaço. Sem se ater a uma análise quantitativa, os
experimentos possibilitam uma análise qualitativa desses fenômenos. O primeiro experimento
possibilita aos estudantes compreender e visualizar como se distribuem as linhas de campo magnético
formada pela bobina, bem como relacionar a diferença de potencial gerado com o número de espiras
que a compõem, isto na presença da corrente elétrica como consequência de um fenômeno
eletromagnético. Já o levitador magnético utilizará o Arduino como ferramenta para controlar a
tensão, permitindo que o sistema oscile verticalmente. Através deste experimento que utiliza conceitos
de Física associadas às tecnologias digitais, perspectiva-se que os estudantes da rede de ensino
possam relacionar a intensidade do campo gerado com a da corrente, além de ser uma introdução aos
conceitos tecnológicos associados com este sistema.

Palavras-chave: Arduino; Eletromagnetismo; Levitador Magnético; Ensino de Física.


PLATAFORMAS DIGITAIS NO ENSINO DE FÍSICA: o uso do PhET no Ensino
Remoto Emergencial

Giovani Luz Andrade


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: giovaniluz07uf@gmail.com

Adriane Martins Alves


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Walmir Belinato
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: wbfisica@gmail.com

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica.

RESUMO
No atual contexto de pandemia e da implementação do ensino remoto emergencial, muitas
plataformas digitais se mostraram necessárias para auxiliar os docentes no processo de ensino. Entre
as diversas plataformas digitais disponíveis, podemos citar a plataforma PhET1. Fundada em 2002 por
Carl Wieman, a plataforma é um projeto da Universidade do Colorado em Boulder, que cria
simulações interativas gratuitas de matemática e ciências. Para o presente trabalho, buscamos utilizar
experimentos virtuais contidos na plataforma PhET em sala de aula e avaliar seu desempenho no
auxílio para o ensino de física. Esta pesquisa foi realizada durante o ensino remoto emergencial, com
estudantes de duas turmas do ensino médio-técnico do Instituto Federal da Bahia, campus de Vitória
da Conquista-BA. Após o estudo teórico dos conteúdos Conservação da Energia Mecânica e Teoria
Cinética dos Gases, foram usados os experimentos “Energy Skate Park: Basics” e “Gases Intro”,
disponibilizados no site Phet para reprodução e apresentação por grupos de alunos das turmas.
Dispostos de um roteiro de utilização da plataforma, as turmas elaboraram a apresentação com o
auxílio dos bolsistas do PIBID, realizando as apresentações nas aulas posteriores. Como forma de
obter, dos alunos, um retorno do uso da metodologia utilizada, foi aplicado um questionário de
sondagem para que eles avaliassem a plataforma digital PhET como complemento ao método de
ensino. Observou-se que 96% da turma concorda que a utilização de plataformas digitais auxiliam no
ensino de física e que visualizar os experimentos de forma virtual contribuiu para o aprendizado do
conteúdo. Além disso, 40% dos alunos acham que é interessante usar a plataforma na próxima
unidade, 56% não tem tanta certeza, e essa dúvida pode decorrer da iminência da volta das aulas
presenciais nas escolas. Na pergunta aberta, incluída no questionário, também recebemos um retorno
positivo, visto que quase todos os alunos responderam de forma favorável a utilização do PhET em
sala de aula, com exceção de alguns poucos que acham que a plataforma é de difícil acesso. Diante de
tais resultados, pode-se considerar que a plataforma PhET se apresenta como uma ferramenta
complementar com bom potencial para utilização no ensino de física, dando ao professor a
possibilidade de mostrar para os alunos vários fenômenos estudados em sala. A plataforma também se
mostra como ferramenta capaz de dinamizar o conhecimento dos alunos acerca dos temas estudados e,
consequentemente, ocasionar uma melhoria na aprendizagem dos educandos.
Palavras-chave: Ensino de Física; Ensino Remoto Emergencial; Estratégias de Ensino.

1
Disponível em : www.phet.com. Acesso em: 29 nov. 2021.
Grupo Temático:

FÍSICA E INTERDISCIPLINARIDADES
ANALEMA SOLAR: Trajetória aparente do Sol

Yalle Carolina F. da Silva


Universidade Estadual do Suboeste da Bahia

Lucas Martinho Bicalho Belo


Universidade Estadual do Suboeste da Bahia

Wagner Duarte José


Universidade Estadual do Suboeste da Bahia
E-mail: wagnerjose@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
Analema Solar trata de um experimento de medição que marca a trajetória aparente do Sol durante o
período de translação da Terra. Com marcações de pontos gerados pela sombra de um gnômon a partir
da luz do Sol durante um ano, é possível demarcar a curva analemática. A geometria desta curva se
assemelha com a Lemniscata de Bernoulli, com a diferença de ter uma das parábolas menor. Essa
geometria é formada devido a convergência entre a inclinação da Terra em relação ao plano Solar e a
sua órbita parabólica ao redor do Sol. Para realizar este experimento será necessário alguns materiais
de baixo custo que estruturarão a superfície para o experimento. Desse modo, para construir essa
estrutura será necessário uma tábua de madeira (39cm x 28cm) com um furo no centro onde será
encaixado um gnômon (que pode ser uma caneta ou qualquer objeto com a superfície superior fina),
papel milimetrado (com plano cartesiano definido) colado na superfície para auxiliar no
acompanhamento das marcações, cola de papel, caneta, relógio e uma bússola. Definindo um horário
fixo entre 10 horas da manhã e 11 horas da manhã ou entre 13 horas e 30 minutos e 15 horas, uma
posição fixa na direção norte-sul e marcando os pontos em uma sequência de aproximadamente uma
semana entre uma marcação e outra, é possível marcar com uma caneta um ponto da sombra do
gnômon e após um ano desde a primeira marcação, a curva da Analema Solar será formada no plano
cartesiano definido no papel milimetrado. Tal experimento serve para contextualizar alguns conteúdos
no Ensino Básico como as Leis de Kepler e Estações do ano, e também a própria montagem do
experimento, que contribui na formação científica de estudantes, dando-lhes a oportunidade de ter
contato com um experimento astronômico manual e de baixo custo.

Palavras-chave: Experimento Astronômico; Trajetória Translacional; Percurso Aparente do Sol;


Ensino de Astronomia; Experimento de Baixo Custo.
O ASTROLÁBIO COMO FERRAMENTA NA EDUCAÇÃO: uma proposta
transdisciplinar

Érika Rocha Lima


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário – PIBIC/UESB
E-mail: ehlima95@gmail.com

Ernande Oliveira Souza


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Graduado em Matemática
E-mail: nandesouza1984@gmail.com

Geisla Ribeiro Pereira da Silva


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário – PIBIC/UESB
E-mail: geisla.tui@gmail.com

Lincoln Souza Farias Correia


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário – PIBIC/UESB
E-mail: lincolnsouza69@yahoo.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
A Astronomia é uma ciência que desperta a curiosidade e o interesse da comunidade em geral, seus
conhecimentos estão presentes em diversas disciplinas, desse modo, ensinar Astronomia é uma forma
de levar ciência a todos independente da área. O presente trabalho se trata de um relato da
apresentação de uma sequência didática desenvolvida para a disciplina de Matemática do Ensino
Fundamental II que tem como principal ferramenta o uso de um Astrolábio caseiro para a interligação
com o cotidiano com a Astronomia foi sugerido o uso da transdisciplinaridade um princípio que
compreende o conhecimento de forma pluralista. A apresentação ocorreu no evento denominado “II
Seminário Virtual de Astronomia da UESB” organizado pelo grupo de pesquisa NUPESA, foi
transmitido ao vivo no YouTube através da plataforma Stream Yard e contou com a participação de
105 pessoas entre elas professores, discentes de licenciatura e bacharelado, entre outros. Durante a
exposição da sequência foi apresentado o tutorial de construção do Astrolábio caseiro e a
demonstração do seu uso sugerindo a forma de utilização prática durante a aula proposta. Ao final do
evento como recurso de coletar informações sobre a sequência apresentada foi disponibilizado um
questionário colaborativo on-line facultativo. Ao todo 37 participantes colaboraram respondendo ao
questionário, onde (54,5%) responderam que usariam a sequência didática, mas com modificações e
(45,5%) usariam a sequência em sua originalidade, em outra pergunta pede-se que avalie o nível de
satisfação com as dicas transdisciplinares apresentadas, (45,5%) avaliaram como muito boas,
marcaram como boas (45,5%) e um total de (9,1%) avaliaram como satisfatórias. Com os resultados
obtidos podemos concluir que a sequência didática Astrolábio cumpriu com o objetivo de ser uma
atividade diferenciada e facilitadora do processo de ensino aprendizagem com abordagem
transdisciplinar podendo ser usada também na disciplina Ciências e em disciplinas do Ensino Médio
sendo feitas algumas adaptações.

Palavras-chave: Ciência; Ensino de Astronomia; Transdisciplinaridade.


APLICAÇÕES DE ÁLGEBRA DE LIE EM FÍSICA

Simone Macêdo Ribeiro


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Daniel Santos de Amorim


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: donaisvintee1@gmail.com

Ronaldo Thibes
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: thibes@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
De maneira geral, uma álgebra é um espaço vetorial ao qual acrescentamos uma operação extra
específica de produto entre os vetores. Dependendo das propriedades de tal operação extra, podemos
ter diferentes tipos de álgebra. Quando essa operação satisfaz as propriedades de anti-simetria,
bilinearidade e identidade de Jacobi, temos uma álgebra de Lie. Mais precisamente, uma álgebra de
Lie consiste em um espaço vetorial g sobre um corpo K (reais, complexos ou racionais) munido de um
produto, conhecido como colchete ou comutador de Lie [ , ], satisfazendo as mencionadas
propriedades de bilinearidade, anti-simetria e identidade de Jacobi. O presente trabalho possui como
objetivos definir uma álgebra de lie de forma precisa, de modo a eliminar possíveis confusões
presentes em alguns livros-texto de caráter didático direcionados aos estudantes de física, motivar e
contextualizar tal definição em física e por fim discutir importantes aplicações de álgebra de Lie em
física básica e mecânica quântica. Dentre inúmeras aplicações em física, mencionamos aqui o produto
vetorial usual, a álgebra gl (n, R) dado por matrizes reais n x n com o colchete de Lie definido a partir
do comutador de matrizes, o comutador de operadores da mecânica quântica e os Parênteses de
Poisson da mecânica analítica. Priorizando as aplicações físicas concretas, observamos que todos os
conceitos na definição e propriedades formais abstratos se fazem claramente presentes, possuindo um
papel relevante específico e uma correspondente interpretação em cada aplicação particular.

Palavras-chave: Espaço Vetorial; Parênteses de Poisson; Física.


MULHERES NA FÍSICA: uma reflexão sobre a presença feminina na área

Adriane Martins Alves


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Ana Júlia Novais Marques


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Maria Aparecida Silva Silveira


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Priscila de Souza Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
O estigma masculino dentro da ciência acompanha o meio intelectual desde muito tempo, apesar do
número de mulheres na ciência vir crescendo ao decorrer dos anos, mulheres ainda encontram
diversas dificuldades para se inserirem nesse ambiente. Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a
experiência feminina no meio científico, em principal na área de Física, a partir de situações
vivenciadas em nossas trajetórias profissionais. As complicações começam desde o momento em que
se escolhe seguir na carreira científica, não raro ouvimos em diversos ambientes sociais: “física e
matemática são para meninos”, “deve-se escolher uma área mais feminina?”. Na graduação, cenas
como essas continuam, presenciamos piadas e falas machistas em sala de aula ou mesmo colegas
subestimando nossa capacidade. Torna-se difícil até mesmo ter voz ativa nesses ambientes pois em
muitos momentos não somos levadas a sério. Só pelo fato dessas cenas serem presenciadas por todas
dentro do grupo mostra que elas não são isoladas e essas histórias na área acabaram por deixar
sequelas, como a crença de que esta é uma ciência masculina,quando na verdade é apenas uma área
que as mulheres desde a infância não possuem incentivo de participarem devido a cultura machista e
patriarcal da sociedade. O fato de situações vividas por mulheres na ciência há anos atrás acabar se
repetindo em nossas vivências familiares e acadêmicas mostra a necessidade desse debate, pois é
graças à constante exigência de direitos e às novas formas de pensar promovidas cada vez mais por
mais mulheres e movimentos, mais mulheres como nós conseguem ao menos ter a oportunidade de se
envolverem ativamente na ciência. Mulheres como Ângela Olinto, Marcelle Soares-Santos, Sabrina
Pasterski, são inspirações constantes para nós e futuras cientistas que, contra tudo o que tentam
colocar em nossas mentes, somos tão capazes de ascender na área quanto qualquer homem.

Palavras-chave: Ciência; Debate; Direitos; Oportunidade.


COMO A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA PODE PRODUZIR ISOLANTES
TÉRMICOS DE BAIXO CUSTO: o uso da palmeira de buriti para fabricação de
coolers

Eng. Dr. Márcio de Andrade Batista


Universidade Federal de Mato Grosso - ICET
E-mail: engandrade10@gmail.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
É de notório saber, a importância da preservação tanto da floresta amazônica quanto do cerrado
brasileiro. Apenas 25% do território do cerrado permanecem preservados atualmente. Com grandes
reservas de biodiversidade, tanto o cerrado quanto a floresta podem fornecer importantes recursos
para os mais diversos problemas de engenharia. Entre as diversas espécies de palmeiras do cerrado
brasileiro uma se destaca, a palmeira de Buriti. É encontrada principalmente nas margens de áreas
alagadas e ou áreas com água e umidade. Produz em seus períodos férteis saborosos frutos que são
utilizados em pratos típicos da região, como molhos, sorvetes e outros. O chamado olho do buriti ou
talo também é utilizado em artesanatos, mas uma característica pouco conhecida é sua propriedade
física de baixa condutividade térmica. Cada palmeira produz inúmeros “olhos” e os mesmos se
regeneram após o corte, o que torna seu uso uma alternativa sustentável para várias aplicações.
Interessante destacar também a capacidade de polimerização do talo ou “olho” do Buriti, permitindo
que o mesmo se molde com facilidade a diversos tipos de formatos e ou moldes. Apresenta baixo
custo e é abundante em áreas do cerrado e da Amazônia legal, incluindo o estado do MT. Pode-se
testar sua capacidade de isolamento através da equação de Fourier, o que o torna ideal para o ensino
dos princípios de transferência de calor e cálculo de resistências térmicas comparativas ou para o
ensino da lei zero da termodinâmica, desde que se construa um protótipo adequado e se utilize
termopares estrategicamente posicionados ou ainda termômetros de precisão. O presente trabalho
construiu um pequeno protótipo para servir de cooler para latinhas de cerveja ou refrigerante,
obtendo-se ótimos resultados, conservando o líquido contido na latinha de alumínio com temperatura
própria para o consumo. Na nota de rodapé, tem-se mais detalhes gravados e disponibilizados no
YouTube1.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Transferência de calor; Ensino de Física; Cooler Ecológico;


Educação Ambiental.

1
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AgVNu3ZcN-Y&t=3s. Acesso em: 29 nov. 2021.
ESTRELAS E BURACOS NEGROS: uma proposta transdisciplinar

Lincoln Souza Farias Correia


IC Voluntário PIBIC, UESB – Campus de Itapetinga/BA
E-mail: lincolnsouza69@yahoo.com

João Marcos Miranda Sampaio


IC Voluntário PIBIC, UESB – Campus de Itapetinga/BA
E-mail: joaosampaio180@gmail.com

Érika Rocha Lima


IC Voluntário PIBIC, UESB – Campus de Itapetinga/BA
E-mail: ehlima95@gmail.com

Mariana Lemos Moreira


IC Voluntário PIBIC, UESB – Campus de Vitória da Conquista/BA.
E-mail:. mariana.lm1008@gmail.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
O objetivo da pesquisa foi apresentar o tema Estrelas e Buracos Negros, com abordagem
transdisciplinar, fazendo uso do pensamento complexo que liga as pessoas não somente ao tema
abordado, mas também aos conhecimentos além da daquela área do saber relacionando-os com o
cotidiano. A apresentação ocorreu em forma de palestra on-line por meio do Google meet, o
telescópio foi substituído por um software, o foco da transdisciplinaridade foi envolta das reflexões
sobre nossa existência. Participaram como ouvintes 50 pessoas entre docentes e discentes de
graduação da UESB, de outras instituições e alunos do Ensino Médio. O palestrante fez reflexões
sobre o cuidado com o nosso planeta ao falar sobre a zona habitável, utilizou software “Space
Engine”, para as exposições de maneira dinâmica das estrelas e buracos negros. Foi aberto espaço
para perguntas e discussões. Para coleta de dados foi aplicado um questionário online, em que 24
pessoas responderam. Concluímos que o objetivo foi atingido, pois 79,3% responderam que a
proposta foi transdisciplinar, 78,3% disseram ter despertado reflexões sobre a preservação de nosso
planeta, embora 58% externaram que a proposta deve ser melhorada.

Palavras-chave: Astronomia; Ensino; Transdisciplinaridade.


CORES DO CÉU: uma proposta transdisciplinar

Freddy de Souza Leite


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Bolsista FAPESB - PBIC/UESB
E-mail: Freddy.souza33@gmail.com

Érika Rocha Lima


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário - PIBIC/UESB
E-mail: ehlima95@gmail.com

Maria Eduarda da Silva Cruz


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário - PIBIC/UESB
E-mail: duds769@gmail.com

Roberto Claudino Ferreira


Universidade do Estado da Bahia / Professor mestre
E-mail: roberto@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
O objetivo da pesquisa foi abordar o tema Cores do Céu com uma proposta transdisciplinar, não só
abordando o ensino da física, mas também outras áreas de conhecimento, possibilitando entender mais
a fundo os fenômenos que ocorrem durante nosso dia a dia. A abordagem foi feita no “II Seminário
Virtual de Astronomia da UESB” que ocorreu de forma remota ao vivo no YouTube com auxílio do
Stream Yard, no qual participaram como ouvintes 138 pessoas entre docentes e discentes do ensino
superior da UESB e de outras instituições do ensino médio. A palestra teve como objetivo mostrar
diversos fenômenos que ocorrem durante o céu diurno e noturno e o porquê de não conseguirmos
enxergar o céu noturno totalmente iluminado de acordo com as teorias mais aceitas atualmente,
utilizou o software “Space Engine”, para expor um pequeno aglomerado de estrelas, com vídeos e
experiências para melhor compreensão do tema abordado, um questionário foi fornecido de forma
on-line para coleta de dados. O Objetivo foi entendido como concluído, no qual 88,9% obtiveram
novos conhecimentos, que é muito satisfatório para a proposta transdisciplinar abordada e 100%
declararam que despertaram reflexões na forma de olhar o planeta.

Palavras-chave: Astronomia; Ensino; Transdisciplinaridade.


EFEITO HALL QUÂNTICO EM ESTRUTURA DE GRAFENO

Edilson Jean Meira Souza


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Email: edilsonjean15@gmail.com

Sandra Cristina Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Email: sandraramos@uesb.edu.br

Jorge Anderson Paiva Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Email: jorge@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
O Efeito Hall surge por uma diferença de potencial produzida em um condutor elétrico, ou
semicondutor, devido à passagem de uma corrente elétrica sob ação de um campo magnético
perpendicular à passagem destes portadores de carga . Este efeito pode ser chamado de "Efeito Hall
Clássico” e, em 1980, um século depois da descoberta do efeito Hall, Klaus von Klitzing observou um
desvio do comportamento clássico enquanto estudava a resistência Hall em uma estrutura de Si
submetido a uma temperatura muito baixa (1.5 K) e campo magnético muito forte (18 T). A partir
destes estudos, surgiram novos efeitos relacionados aos estudos Hall que apresentam mecanismos e
conceitos físicos distintos, a saber; Efeito Hall de Spin, Efeito Hall Quântico, Efeito Hall de Gases
Ionizados e Efeito Hall Anômalo. Neste trabalho será abordado o Efeito Hall Quântico aplicada à
nanoestrutura do material carbonoso – grafeno. Para tal descrição, o emprego de métodos analíticos e
computacionais serão desenvolvidos para obtenção da densidade de corrente nestas estruturas, bem
como o entendimento do comportamento de semicondução no grafeno, tendo em vista a formação de
níveis de energia associadas ao efeito Hall Quântico no grafeno, que são os níveis de Landau.

Palavras-chave: Grafeno; Efeito Hall Quântico; Física da Matéria Condensada.


ECLIPSES LUNAR E SOLAR: uso de uma sequência didática utilizando materiais de
baixo custo

Ernande Oliveira Souza


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: nandesouza1984@gmail.com

Uiliam Alves Almeida


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: uiliamalvesalmeida@gmail.com

Daniel Grulha Freire


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: danielgrulha@gmail.com

Rodrigo Almeida Batista


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: drigodigimetal@gmail.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
O Ensino de Astronomia integrado a outras áreas de conhecimento, além de apresentar maior
significado para a aprendizagem, desenvolve um papel importantíssimo para estreitar laços entre
homem, natureza e universo. Sua característica transdisciplinar associa-a não apenas com a Física,
mas com diferentes áreas. Partindo dessa relação, a transdisciplinaridade como uma das categorias
presentes nesse trabalho, possibilita integrar esses saberes alcançando o que se encontra entre, através
e além das disciplinas. O desfecho do presente trabalho se deu com a apresentação de uma sequência
didática voltada às séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, enfatizando o ensino de
eclipses lunar e solar, buscando explicar porque não ocorrem eclipses todos os meses. O trabalho teve
como ponto de partida as habilidades da BNCC nas áreas de Ciências do 9° ano e Ciências da
Natureza e suas Tecnologias no ensino médio. A Sequência Didática foi apresentada no II Seminário
Virtual de Astronomia da UESB – Educação em Astronomia e Transdisciplinaridade, com 60
participantes divididos em docentes, discentes de várias universidades brasileiras e estudantes do
ensino médio. No término da apresentação uma pesquisa modelo questionário Google Forms foi
submetida aos participantes com adesão de 39 pessoas expondo suas concepções e sugestões sobre a
ideia proposta.

Palavras-chave: Ensino de Astronomia; Transdisciplinaridade; Sequência Didática.


Grupo Temático:

ENSINO E APRENDIZAGEM EM FÍSICA


A FÍSICA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM “O ESPETACULAR
HOMEM-ARANHA”

Ramon Alves dos Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ramonalvesfernandes@gmail.com

Ian Lima Santana


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: ianlimasantana@gmail.com

Sandra Cristina Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO
Apresenta-se, neste trabalho, uma análise dos conceitos e fenômenos físicos apresentados na História em
Quadrinho republicada no Brasil em 2021 pela editora Panini Comics, intitulada O Espetacular Homem-Aranha
(Edição Definitiva) de autoria de Jack Kirby, Stan Lee e Steve Ditko, publicada originalmente nos Estados
Unidos da América em 1962 pela Marvel Comics. Para a análise do material, foi realizado um levantamento
bibliográfico no site da própria editora Panini Comics, com vistas a selecionar uma versão mais recente das
histórias publicadas. Percebe-se que as leis da Física são aplicáveis para compreender os fenômenos abordados
no material, de tal modo que estes sejam condizentes com a realidade. Por fim, as Histórias em Quadrinhos
apresentam grandes potencialidades direcionadas para processo de ensino-aprendizagem em Física.

Palavras-chave: Ensino de Física; Histórias em Quadrinhos; Ludicidade.

1. INTRODUÇÃO
Em algum momento da vida, é provável que você, leitor, já tenha se imaginado sendo
um super-herói com sua capa esvoaçante ou em seu traje high-tech, e que seja encarregado da
difícil tarefa de salvar uma cidade, o planeta Terra ou até mesmo o universo de algum tirano
maldoso. Ao relembrar os momentos da infância, é raro alguém comentar que nunca teve tais
divagações. Toda essa imaginação e fertilidade são frutos de uma indústria cultural muito
rentável, que inclui filmes de ficção científica, séries animadas e as famosas Histórias em
Quadrinhos (HQs).
De acordo com Testoni e Abib (2003), a difusão das HQs tem sido impulsionada por
outros veículos de comunicação, como os jornais e as revistas eletrônicas, que visam
informar, divertir e educar o leitor sobre os principais elementos da cultura pop (SILVA;
SANTANA; BARRETO, 2021). Tendo em vista seu alcance e abrangência, esse tipo de
material possui características e especificidades próprias, pois possuem uma linguagem
bastante acessível, compreensível a toda população, e que incorporam elementos textuais

1
singulares, como o uso das figuras de linguagem.
Segundo Paiva (2011), o termo “Histórias em Quadrinhos” passou a ser utilizado no
século passado, devido à introdução de balões para expressar as falas dos personagens e
como um atrativo para comercializar esse material nas bancas de jornais. Apesar de sua
popularidade com os super-heróis, os quadrinhos possuem diferentes facetas, trabalhadas nas
formas de vários eixos temáticos e estéticas que nem sempre são reconhecidas pelo público,
como as adaptações de obras literárias e quadrinhos de caráter filosófico.
As HQs têm uma importante função pedagógica e compreendem a dimensão da Física
como cultura, conforme discutido por Zanetic (1989), pois esse recurso didático apresenta
uma combinação peculiar de texto e imagem, e contém potencialidades e implicações
bastante abrangentes para o ensino de Física. À vista disso, as HQs permitem explorar os
conhecimentos prévios dos estudantes, ao possibilitar várias interpretações para um
acontecimento; além de apresentar um caráter lúdico (SILVA; SANTANA; BARRETO,
2021) como forma de construção e reflexão do conhecimento científico.
Diante da problemática apresentada, este trabalho emerge de um olhar dialógico sobre
o ensino-aprendizagem em Física direcionado aos quadrinhos, e tem como objetivo analisar e
descrever as situações apresentadas nas HQs por meio dos conceitos físicos. Para tanto,
busca-se distinguir os acontecimentos reais da ficção científica, e, com base nos resultados
obtidos, demonstra-se como esse material didático pode ser utilizado como uma prática
metodológica inovadora no ensino de Física.

2. METODOLOGIA
Com o objetivo de realizar um estudo qualitativo-descritivo sobre os acontecimentos
das HQs, aplicou-se os procedimentos investigativos referente à Análise de Conteúdo
(BARDIN, 2011) sobre esse gênero literário, à qual foi realizada em três etapas: 1)
pré-análise, 2) exploração do material e 3) discussão dos resultados. Na primeira fase da
pesquisa, com vistas a estabelecer um critério de escolha para o material a ser investigado,
realizou-se uma busca no site da editora Panini Comics, a fim de identificar os quadrinhos
republicados no Brasil no ano de 2021. Além disso, essa busca também teve como objetivo
selecionar HQs clássicas e as mais atuais, publicadas originalmente pela empresa
estadunidense Marvel Comics.
Durante o levantamento bibliográfico, optou-se por investigar as versões mais
recentes dos quadrinhos selecionados para a análise, tendo em vista que essas edições são
mais completas que seus volumes avulsos e sequências, pois apresentam um prefácio que
resgata acontecimentos marcantes para o desenvolvimento da própria história, além de conter
informações indispensáveis para o leitor sobre os poderes e habilidades dos personagens, bem
como elementos essenciais à trama e ao enredo.
Dentre as HQs pesquisadas, na primeira etapa, a História em Quadrinho (HQ)

2
selecionada e analisada foi “O Espetacular Homem-Aranha (Edição Definitiva)” publicada
originalmente pela Marvel Comics nos Estados Unidos da América no ano de 1962 e
republicada no Brasil no ano de 2021 pela Panini Comics. Essa obra foi selecionada pelo fato
do protagonista, Peter Parker, ser um personagem que obedece ao estereótipo de “nerd”
consolidado no imaginário popular.
A segunda fase consistiu em um primeiro contato com a obra apresentada acima, a
qual foi lida de maneira individual com o objetivo de identificar e selecionar recortes desse
material que contemple situações específicas direcionadas à Ciência. Por fim, no que se
refere à terceira e última etapa, constrói-se uma argumentação quanto à possibilidade de
ocorrência desses acontecimentos com base nos conceitos da Física e suas subáreas, como a
Mecânica, Termodinâmica, Eletromagnetismo, Óptica e a própria Física Moderna e
Contemporânea; além de discutir-se a função pedagógica e as potenciais implicações das
HQs para o ensino-aprendizagem em Física.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a leitura da HQ selecionada e posterior discussão sobre os trechos analisados,
verificou-se que, de fato, esse tipo de material apresenta a Física de maneira não-usual, ao
enfatizar e desenvolver elementos relacionados à ficção científica, e poucas vezes expõem
uma cadeia lógica de fatos condizentes com a realidade imediata.
Apesar de seu caráter ficcional, as HQs constituem um objeto de estudo muito
interessante, tendo em vista que esse material possibilita distinguir os acontecimentos reais
das situações fictícias com base em princípios físicos. A seguir, são apresentadas algumas
sínteses e recortes do material analisado para a discussão.
A obra analisada conta a história de Peter Parker, um jovem muito dedicado à
disciplina de Ciências que estuda no colégio Midtown e mora com seus tios Ben e May
Parker no Queens, um bairro situado na cidade de Nova York. Ao participar de uma feira de
Ciências, Peter é picado por uma aranha radioativa e adquire incríveis poderes aracnídeos,
como super-força, agilidade, reflexos aprimorados e resistência.
Em contrapartida, o jovem estudante sofre constantes ataques de bullying no colégio e
ainda nesse período tem de lidar com os conflitos ocasionados pela morte do seu tio Ben.
Peter decide então dedicar sua vida à combater o crime e aprende desde de muito cedo que
com grandes poderes, vem grandes responsabilidades (KIRBY; LEE; DITKO, 2021).
A seguir são evidenciadas duas figuras retiradas da HQ em questão e posteriormente
são feitas algumas abordagens à luz da Física via suas ferramentas teórico-metodológicas,
como parte integrante dos nossos resultados.

3
Figura 1: Peter Parker na aula de Ciências no colégio Midtown

Fonte: (KIRBY; LEE; DITKO, 2021).

Abaixo pode-se ver o Peter Parker como Homem-Aranha em ação pela cidade, se
balançando entre os prédios:

Figura 2: Homem-Aranha em ação pela cidade.

Fonte: (KIRBY; LEE; DITKO, 2021).

No fragmento acima, Peter Parker se balança em sua teia para alcançar a nave espacial
com destino à Lua, pilotada por John Jameson, filho de J. J. Jameson, seu editor chefe. Com
base nas leis Físicas, para que o amigão da vizinhança consiga se movimentar entre os
prédios, é necessário que a energia potencial elástica armazenada em sua teia converta-se
integralmente em energia cinética (desprezando a resistência do ar), associada ao movimento
do Homem-Aranha. Essa situação é muito similar ao que acontece em uma mola no seu
processo de extensão e distensão. Portanto, o ato de se balançar utilizando um material que
exiba as propriedades de resistência e flexibilidade simultaneamente é possível!
Após toda essa discussão, surge a seguinte dúvida: como a teia consegue suportar seu
peso? Eis a questão: Peter desenvolveu um componente muito parecido com uma teia de
aranha, o qual fica armazenado em cartuchos que se encontram no seu pulso e assumem uma

4
forma sólida ao entrar em contato com a atmosfera terrestre. Apesar desse material não existir
na realidade, as teias desenvolvidas pelas aranhas são bastante resistentes, tendo em vista que,
do ponto de vista humano, sua aparente fragilidade deve-se às pequenas espessuras do fio.

4. CONCLUSÕES
Diante do exposto, é perceptível que as Histórias em Quadrinhos contribuem de forma
potencialmente significativa para o ensino de Física de tal modo a explorar o caráter lúdico e
pedagógico deste material. Nesse sentido, pôde-se verificar que tais histórias abordam
fenômenos que podem ser explicados à luz de leis e conceitos da Física mediante uso de suas
ferramentas teórico-metodológicas.

REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

KIRBY, Jack.; LEE, Stan.; DITKO, Steve. O Espetacular Homem-Aranha: Edição


Definitiva. São Paulo: Panini Comics, 2021.

PAIVA, Fábio da Silva. Educação e violência nas histórias em quadrinhos de


superheróis: a percepção dos leitores de Batman. Dissertação (Mestrado) - Programa de
Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 107 f. 2011.
Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4679>. Acesso em: 28 nov.
2021.

SILVA, Alice Vasconcelos.; SANTANA, Ian Lima.; BARRETO, Denise Aparecida Brito.
CULTURA POP EM UMA PERSPECTIVA DE ENSINO-APRENDIZAGEM:
PROPOSTAS DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA A SALA DE AULA. In: SEMINÁRIO
NACIONAL E SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS,
GESTÃO E PRÁXIS EDUCACIONAL, 8., 2021, Vitória da Conquista. Anais… Vitória da
Conquista: Edições UESB, 2021. p. 1 - 16. Disponível em:
<http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/9813>. Acesso em: 28 nov. 2021.

TESTONI, Leonardo André.; ABIB, Maria Lúcia Vital dos Santos. A utilização de histórias
em quadrinhos no ensino de física. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM
EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 4., 2003, Bauru. Anais... Bauru: ABRAPEC, 2003. p. 1 - 11.
Disponível em: <http://abrapecnet.org.br/enpec/iv-enpec/orais/ORAL025.pdf>. Acesso em:
28 nov. 2021.

ZANETIC, João. Física também é Cultura. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação da


Universidade de São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1989.

5
O CONCEITO DE ESPAÇO DUAL EM MECÂNICA QUÂNTICA

Daniel Santos de Amorim


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: donaisvintee1@gmail.com

Simone Macêdo Ribeiro


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: 201810212@uesb.edu.br

Ronaldo Thibes
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: thibes@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino e Aprendizagem em Física.

RESUMO

Na maioria dos livros didáticos de Mecânica Quântica, geralmente bastante utilizados em cursos de Física, o conceito e
a definição de espaço dual não são empregados e nem associados a funções de onda deste contexto, sendo comumente
implícito apenas a interpretação física. Dessa forma, investigamos o uso do espaço dual em livros tradicionais de
Mecânica Quântica e discutimos a importância da sua abordagem explicativa e conceitual. Por fim, compilando e
organizando os dados em tabelas comparativas, evidenciamos ausências de abordagens explicativas do espaço dual em
livros didáticos de Mecânica Quântica e discutimos sobre a importância de existir uma definição conceitual do uso do
espaço dual neste contexto.

Palavras-chave:
Livros Didáticos de Física; Funcional Linear; Notação de Dirac.

1. INTRODUÇÃO

Quando discentes dos cursos de graduação em Física têm o primeiro contato na disciplina de
Álgebra Linear com o conteúdo de espaço dual, é comum a não percepção da sua vasta
aplicabilidade na Física, em especial em Mecânica Quântica, uma vez que essa utilização não é
empregada de maneira clara em muitos livros didáticos. Alguns livros de Mecânica Quântica que
usam a Notação de Dirac em seu formalismo, não definem e nem conceituam o espaço dual que
abrigam estes funcionais lineares. Dessa forma, analisamos aqui até que ponto alguns dos principais
livros didáticos de Mecânica Quântica, utilizam e definem os conceitos de espaço dual e de
funcional linear, se empregam ou não a Notação de Dirac, e de que forma correlacionam essas
ideias. Ademais, focamos também em explicar as diferentes interpretações que a simbologia < | >
carrega, tanto para a Física quanto para a Matemática. Nesse caso, observamos que esta expressão
< | > é uma notação matemática que indica o produto interno entre dois vetores (elementos de um

1
espaço vetorial), e que também denota o bracket da Notação de Dirac, sendo representada também
por um produto interno, dessa vez entre um funcional linear “bra” < | com um vetor “ket” | >, entre
dois vetores kets | >, | >, e ainda entre dois funcionais lineares bras < |, < |.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DEFINIÇÃO 1. Um espaço vetorial (V, K, +, .) sobre um corpo1 K é um conjunto V não


vazio com duas operações, adição de vetores, denotada por + e multiplicação por escalar, denotada
por . , tal que, para todos a, b ∈ K, e u, v, w ∈ V temos:
i. Soma de vetores: u + v = v + u
ii. A operação + é associativa: u + (v + w) = (u + v) + w
iii. As multiplicações de escalar por vetor e entre escalares do corpo K satisfaz: a.(b.v) =
(a.b).v
iv. Existe um vetor 0 ∈ V, neutro para a adição: v + 0 = v
v. Para todo v ∈ V existe um (-v) ∈ V, tal que: v + (-v) = 0
vi. A multiplicação por escalar . é distributiva, tanto sobre adição de vetores como sobre
adição de escalares: a.(u + v) = a.u + a.v; (a + b).v = a.v + b.v
vii. Se multiplicarmos v pelo elemento neutro 1 ∈ K, o resultado será o próprio vetor v:
1.v = v

DEFINIÇÃO 2. Um funcional linear é uma transformação linear de V em K (onde K é visto como


espaço vetorial sobre si mesmo), ou seja, trata-se de uma função linear que associa um escalar
pertencente à K, para cada vetor do espaço vetorial V.

DEFINIÇÃO 3. Se V for um espaço vetorial sobre um corpo K, consideremos o conjunto:


V = {φ: V → K | φ é um funcional linear},

de maneira geral, vemos que V tem uma estrutura de espaço vetorial, se definirmos para φ, Ψ ∈
V*, a ∈ K, v ∈ V:
(φ + Ψ)(v) = φ(v) + Ψ(v)
(a.φ)(v) = a.φ(v)

1
Um corpo é uma estrutura algébrica com duas operações + e . conhecidas como a soma e a multiplicação de seus
elementos, respectivamente. Mais precisamente, um corpo representa um anel comutativo com inverso multiplicativo.
Temos como principais exemplos de corpos os conjuntos dos números reais, complexos e racionais. Para mais detalhes
consultar qualquer livro de álgebra, tal como (Neto, 2011).

2

Com estas operações, V denota o espaço dual de V.

4. MATERIAL E MÉTODOS

O espaço dual é bastante utilizado na teoria quântica. O produto interno entre duas funções
de onda complexas φ e Ψ, representa na Mecânica Quântica uma amplitude de probabilidade de
identificação de estados físicos, isto é,

O produto interno acima, no caso unidimensional, nos fornece uma amplitude de probabilidade
usada para descrever o comportamento de sistemas físicos. Neste caso, φ*(x,t) ∈ H denota um

funcional linear que atua em Ψ(x,t) ∈ H .


Dessa forma, é importante comentar que o produto interno < | > é definido para quaisquer
dois vetores pertencentes a um espaço vetorial H. Contudo, podemos observar que através da
Notação de Dirac, o símbolo < | > também pode denotar o bracket entre um funcional linear “bra”
<| com um vetor “ket” |>. Entretanto, o bracket não é exatamente o produto interno entre um bra e
um ket, mas sim o produto interno entre dois vetores de estado ket, ou entre dois funcionais lineares
bra, ou seja, para cada par de vetores | φ >, | Ψ > ∈ H, temos um < φ | Ψ > ∈ 𝐶 , e para todo par
de funcionais lineares < φ |, < Ψ | ∈ H , temos também um < φ | Ψ > ∈ 𝐶. Este estudo é

fundamentado por meio do Teorema da Representação de Riesz, o qual afirma que para cada vetor
(ket) existe um funcional linear (bra) associado a ele, e vice-versa (TALAKUA; NANURU, 2011).
Esse fato permitiu que Dirac definisse o seu bracket desta forma < funcional linear | vetor >.

Os valores esperados na Mecânica Quântica podem ser abordados via Notação de Dirac. De
fato, considere a expressão
<φ|A|Ψ>
onde A é um operador hermitiano, < φ | A denota um funcional linear ∈ H que atua em | Ψ > ∈

H, ou < φ | é um funcional linear que atua em A | Ψ > ∈ H. Como A é um operador hermitiano


temos que A = A†, ou seja < A† φ| = < φ | A, logo,

< A† φ | Ψ > = < φ | A Ψ >


No caso particular em que < φ | = < Ψ | , a expressão acima nos dá o valor esperado do
operador A no estado quântico | Ψ >.

3
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para análise e discussão de dados consideramos os seguintes livros: “The Feynman Lectures
on Physics” (FEYNMAN; LEIGHTON; SANDS,1963); “Quantum Mechanics: Basic Concepts,
Tools, and Applications” (COHEN-TANNOUDJI; DIU; LALOË, 1991); “Principles of Quantum
Mechanics” (SHANKAR, 1994); e “QUANTUM PHYSICS of atoms, molecules, solids, nuclei, and
particles” (EISBERG; RESNICK, 1985). Dessa forma, separamos a análise investigativa desses
livros em 3 pontos, sendo eles: utiliza a Notação de Dirac, utiliza o conceito de espaço dual, define
o espaço dual. Por meio dessa análise, compilamos e organizamos os resultados em uma tabela
comparativa para discussão de dados, a seguir.

Dessa forma, podemos notar somente o livro “QUANTUM PHYSICS of atoms, molecules,
solids, nuclei, and particles” dos físicos Robert Eisberg, e Robert Resnick não utilizam a Notação
de Dirac para o seu formalismo da Mecânica Quântica, o que é relativamente comum, visto que
existem muitos outros formalismos matemáticos capazes de descrever bem os fenômenos na
Mecânica Quântica. Além disso, podemos notar que todos os livros analisados se utilizam do
conceito de espaço dual, ou seja, ao atribuírem estudos sobre valores médios (ou esperados) de
medidas físicas, ou denotarem estudos sobre amplitudes de probabilidade com o produto interno
entre funções de onda os autores acabam por utilizar, subentendidamente (e/ou explicitamente), o
conceito de espaço dual com o uso de funcionais lineares. Diante disso, vemos que esta utilização é
usada de forma explícita somente pelo livro “Quantum Mechanics: Basic Concepts, Tools, and
Applications” (COHEN-TANNOUDJI; DIU; LALOË, 1991), isto é, apenas neste livro tem-se uma
definição formal do conceito de espaço dual, contextualizado na Mecânica Quântica.

5. CONCLUSÕES

4
Constatamos no presente estudo a importância fundamental do conhecimento por parte dos
estudantes dos conceitos básicos de álgebra vetorial tais como, espaço vetorial, funcional linear, e
espaço dual dentre outros. Relatamos a aplicabilidade do espaço dual na teoria quântica através da
Notação de Dirac e pelo uso do funcional linear bra, e sua interpretação física via produto interno
entre duas funções de onda complexas. Notamos a omissão que muitos autores fazem em não
definir e contextualizar funcionais lineares e espaço dual em suas obras, mesmo os utilizando de
forma implícita. Uma das consequências de nosso estudo aponta para a validação de todo o esforço
que é feito por alunos dos cursos de graduação em Física ao tentarem entender este conteúdo da
Álgebra Linear aplicado em Mecânica Quântica. De fato sabemos que estes estudantes se esforçam
muito para aprenderem sobre o conteúdo de espaço dual na Álgebra Linear, mas que posteriormente
quando estudam uma matéria mais densa, tal como a Mecânica Quântica, percebemos que este
conteúdo não é tratado da forma como deveria ser.

REFERÊNCIAS

COHEN-TANNOUDJI, C.; DIU, B.; LALOË, F. QUANTUM MECHANICS: Basic Concepts, Tools, and
Applications. v. 1, 2. ed., 1991.

EISBERG, R.; RESNICK, R. QUANTUM PHYSICS of atoms, molecules, solids, nuclei, and particles.
John Wiley E Sons, 2. ed., 1985.

FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. THE FEYNMAN LECTURES ON PHYSICS. Caltech,
1. ed., v. 3, 1963.

NETO, A. P. Estrutura Algébrica. Ministério da Educação - MEC, Fortaleza, UAB/IFCE, 2011.

SHANKAR, R. Principles of Quantum Mechanics. New York, 2. ed., 1994.

TALAKUA, M.; NANURU, S. TEOREMA REPRESENTASI RIESZ–FRECHET PADARUANG


HILBERT. Jurnal Ilmu Matematika dan Terapan, 2011.

5
Grupo Temático:

FILOSOFIA E HISTÓRIA DA CIÊNCIA


Grupo Temático:

FÍSICA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA


ANÁLISE DE DIRAC-BERGMANN DO MOVIMENTO BIDIMENSIONAL DE UMA
PARTÍCULA AO LONGO DE UMA TRAJETÓRIA CÔNICA

RAFAEL LIMA CAIRES


UESB
rafaellimacaires@gmail.com

SUZICLEIDE LOPES DE OLIVEIRA


UESB
soliveira@uesb.edu.br

RONALDO THIBES
UESB
thibes@uesb.edu.br

RESUMO
Usualmente o conceito de sistemas vinculados de Dirac-Bergmann em mecânica analítica mostra-se de difícil
compreensão por parte dos alunos em primeiras abordagens a nível de graduação em física. Neste trabalho,
discutimos o movimento de uma partícula em duas dimensões ao longo de uma trajetória cônica arbitrária como
exemplo prototípico de sistema dinâmico vinculado de segunda classe. A restrição principal à cônica é
introduzida diretamente na função lagrangiana através de uma terceira coordenada exercendo um papel de
multiplicador de Lagrange. Obtemos as equações de movimento para as três coordenadas envolvidas, bem
como a função hamiltoniana associada. Efetuamos a descrição hamiltoniana do sistema no espaço de fase via
parênteses de Poisson. Utilizamos o sistema construído para didaticamente ilustrar as ideias de vínculos
inerentes a sistemas singulares bem como a aplicação prática do algoritmo de Dirac-Bergmann de obtenção e
classificação dos vínculos. Por fim calculamos os parênteses de Dirac entre as variáveis fundamentais.

Palavras-chave:
Hamiltoniana; Vínculos; Lagrangiana.

1. INTRODUÇÃO
Através da ideia de coordenada generalizada, a mecânica analítica aumentou
enormemente o escopo da mecânica clássica usual englobando não somente sistemas
mecânicos mas incluindo também várias outras áreas da física tais como eletromagnetismo,
termodinâmica e sistemas contínuos de forma geral (Goldstein, 2002; Lemos, 2018). A
mecânica analítica ainda apresenta a vantagem de gerar um ambiente e caminho natural para
a quantização de sistemas clássicos. No entanto, muitos dos sistemas fundamentais da
natureza são vinculados. Em particular as interações fundamentais envolvidas no modelo
padrão de partículas elementares são todas descritas por sistemas invariantes de calibre e
portanto naturalmente vinculados (Thibes, 2020). Os vínculos podem ser estudados na
mecânica analítica de forma ad hoc, inseridos como informação adicional às funções
lagrangiana e hamiltoniana ou, alternativamente, de maneira embutida de forma natural

1
diretamente nestas mencionadas funções lagrangiana e hamiltoniana. Neste trabalho,
abordamos eminentemente o segundo caso, menos conhecido na literatura usual e
tradicionalmente de maior dificuldade de compreensão por parte de nossos estudantes e de
longe o mais importante quando se trata da descrição das interações fundamentais da
natureza. Motivados pela existência de aplicações mais avançadas em teoria de campos
contínuos e mecânica quântica, neste trabalho nos restringimos ao caso mais simples de um
sistema mecânico em duas dimensões. Os sistemas naturalmente vinculados também são
conhecidos como sistemas singulares de Dirac-Bergmann e, possuem uma matriz Hessiana de
determinante nulo (Dirac, 1950; Anderson, 195; Dirac, 1964). Para uma correta descrição de
tais sistemas, a estrutura algébrica-geométrica de Parêntese de Dirac substitui a usual de
Parêntese de Poisson. Com cunho essencialmente didático, considerando o exemplo de uma
partícula em movimento bidimensional em uma trajetória cônica, ilustramos nas seções a
seguir como determinar o conjunto completo de vínculos no modelo, classificá-los e calcular
os parênteses de Dirac entre as variáveis fundamentais no espaço de fase.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um sistema dinâmico vinculado possui uma matriz Hessiana singular. Mais
precisamente, dada uma função lagrangiana da forma

𝑖 .𝑖
𝐿 = 𝐿(𝑞 , 𝑞 , 𝑡) (1)

sua matriz Hessiana é definida por


2
∂𝐿
𝑊𝑖𝑗 = .𝑖 .𝑗 (2)
∂𝑞 ∂𝑞

Por definição, sempre que

𝑑𝑒𝑡𝑊𝑖𝑗 = 0 (3)

estamos diante de um sistema dinâmico vinculado no sentido de sistema singular de


Dirac-Bergmann. Nesse caso, conforme veremos para a situação da partícula numa trajetória
cônica a seguir, a partir da definição dos momentos

∂𝐿
𝑝𝑖 = .𝑖 (4)
∂𝑞

surgem relações algébricas entre as variáveis no espaço de fase denominadas vínculos

2
primários. A imposição de condição de estabilidade dos vínculos

.
ϕ = 0 (5)

ao longo da hipersuperfície por eles determinada gera os demais vínculos da teoria. Por fim,
a partir dos parênteses de Poisson usuais, definimos os parênteses de Dirac entre duas
funções arbitrárias no espaço de fase por (Dirac, 1964, Henneaux, 1992, Thibes, 2020)

4
𝑟𝑠
{𝐹, 𝐺} *≡ {𝐹, 𝐺} − ∑ {𝐹, χ𝑟}∆ {χ𝑠, 𝐺} (6)
𝑟,𝑠=1
𝑟𝑠
onde ∆ representa a inversa da matriz dos parênteses de Poisson entre todos os vínculos,
conforme será mais detalhado adiante.

3. MATERIAL E MÉTODOS
Considere uma partícula de massa 𝑚 confinada a se mover ao longo de uma trajetória
cônica não degenerada da forma

2 2
𝐴𝑥 + 𝐵𝑥𝑦 + 𝐶𝑦 + 𝐷𝑥 + 𝐸𝑦 + 𝐹 = 0 (7)
onde as letras maiúsculas 𝐴, . . . , 𝐹 denotam números reais constantes caracterizando uma
cônica específica num plano cartesiano descrito por coordenadas (𝑥, 𝑦). Associado a (7),
definimos seu discriminante
2
Γ ≡ 𝐵 − 4𝐴𝐶, (8)
cujo sinal caracteriza uma curva elíptica Γ < 0, parabólica Γ = 0 ou hiperbólica Γ > 0.
Utilizamos uma terceira coordenada 𝑧 para que a relação (7) possa surgir de maneira natural
como uma das equações de movimento e posteriormente como um dos vínculos internos ao
sistema. Assim, definimos a função lagrangiana

𝐿=
𝑚
2 (𝑥.2 + 𝑦.2)− 𝑉(𝑥, 𝑦) − 𝑧(𝐴𝑥2 + 𝐵𝑥𝑦 + 𝐶𝑦2 + 𝐷𝑥 + 𝐸𝑦 + 𝐹), (9)
onde 𝑉(𝑥, 𝑦) denota a função potencial responsável pela dinâmica do movimento da partícula
ao longo da trajetória cônica (7).
As equações de Euler-Lagrange provenientes do princípio variacional da mínima ação
aplicado a (9) são dadas por
..
(𝑖) 𝑚𝑦 + 𝑉𝑦 + 𝐵𝑥𝑧 + 2𝐶𝑦𝑧 + 𝐸𝑧 = 0, (10)
..
(𝑖𝑖) 𝑚𝑦 + 𝑉𝑦 + 𝐵𝑥𝑧 + 2𝐶𝑦𝑧 + 𝐸𝑧 = 0, (11)
e a própria equação (7). A lagrangiana (9) representa um sistema singular de Dirac-Bergmann

3
(Dirac, 1950; Anderson, 1951; Dirac, 1964). De fato, calculando os momentos
canonicamente conjugados a 𝑥, 𝑦 e 𝑧, obtemos
∂𝐿 . ∂𝐿 . ∂𝐿
𝑝𝑥 = . = 𝑚𝑥 , 𝑝𝑦 = . = 𝑚𝑦 , 𝑝𝑧 = . =0 (12)
∂𝑥 ∂𝑦 ∂𝑧
e observamos que χ1 ≡𝑝𝑧 corresponde a um vínculo primário. A função hamiltoniana
associada a (9) pode ser calculada como
1 2 2 2 2
𝐻𝑐 = 2𝑚
(𝑝𝑥 + 𝑝𝑦 ) + 𝑉(𝑥, 𝑦) + 𝑧(𝐴𝑥 + 𝐵𝑥𝑦 + 𝐶𝑦 + 𝐷𝑥 + 𝐸𝑦 + 𝐹). (13)
Para encontrarmos os demais vínculos, seguindo a prescrição de Dirac-Bergmann,
introduzimos uma função multiplicador de Lagrange λ e definimos a hamiltoniana primária
como
𝐻𝑃 = 𝐻𝑐 +λ𝑝𝑧 (14)
Impondo a condição de estabilidade do vínculo primário χ1 e seus subsequentes, obtemos
uma cadeia total de quatro vínculos, nomeadamente, χ𝑟, with 1, . . . , 4, dados por
2 2
χ1 = 𝑝𝑧 , χ2= 𝐴𝑥 + 𝐵𝑥𝑦 + 𝐶𝑦 + 𝐷𝑥 + 𝐸𝑦 + 𝐹,

χ3 = 𝑚
1
[(2𝐴𝑝𝑥 + 𝐵𝑝𝑦)𝑥 + (𝐵𝑝𝑥 + 2𝐶𝑝𝑦)𝑦 + 𝐷𝑝𝑥 + 𝐸𝑝𝑦], (15)

χ4 = ⎡⎢2𝐴𝑝 2 + 𝐵𝑝 𝑝 + 𝐶𝑝 2⎤⎥ −
2
2
𝑧
𝑀(𝑥, 𝑦) −
1
𝑁(𝑥, 𝑦),
𝑚 ⎣ 𝑥 𝑥 𝑦 𝑦 ⎦ 𝑚 𝑚

com 𝑀(𝑥, 𝑦) e 𝑁(𝑥, 𝑦) definidos como


[2
𝑀(𝑥, 𝑦) ≡ 𝑐 + (𝐵𝑥 + 2𝐶𝑦 + 𝐸) ,
2
] (16)
e
[
𝑁(𝑥, 𝑦) ≡ (2𝐴𝑥 + 𝐵𝑦 + 𝐷)𝑉𝑥(𝑥, 𝑦) + (𝐵𝑥 + 2𝐶𝑦 + 𝐸)𝑉𝑦(𝑥, 𝑦) . ] (17)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A dinâmica do sistema vinculado (9) não é corretamente descrita através dos
parênteses de Poisson usuais, mas sim através dos parênteses de Dirac definidos por (6). Em
particular, se estivermos interessados na quantização deste sistema, são os parênteses de
Dirac que devem ser levados nos comutadores entre os correspondentes operadores. Portanto
precisamos neste momento calcular os parênteses de Dirac a partir da fórmula presente na
definição (6). Considerando que a matriz presente presente na equação (6) é definida pela
relação,
4
𝑟𝑡 𝑟
∑ ∆ {χ𝑡, χ𝑠} = δ𝑠, (18)
𝑡=1
um cálculo cuidadoso fornece os seguintes parênteses de Dirac fundamentais não nulos:

4
−1 2
{𝑥, 𝑝𝑥} * = 𝑀 (𝐵𝑥 + 2𝐶𝑦 + 𝐸) ,
−1
{𝑥, 𝑝𝑦} * = {𝑦, 𝑝𝑥} * = − 𝑀 (2𝐴𝑥 + 𝐵𝑦 + 𝐷)(𝐵𝑥 + 2𝐶𝑦 + 𝐸), (19)
−1 2
{𝑦, 𝑝𝑦} * = 𝑀 (2𝐴𝑥 + 𝐵𝑦 + 𝐷) ,
−1
{𝑝𝑥 , 𝑝𝑦} * = 𝑀 [(2𝐴𝑝𝑥 + 𝐵𝑝𝑦)(𝐵𝑥 + 2𝐶𝑦 + 𝐸) − (𝐵𝑝𝑥 + 2𝐶𝑝𝑦)(2𝐴𝑥 + 𝐵𝑦 + 𝐷)].
5. CONCLUSÕES
Os sistemas vinculados de forma natural como o aqui apresentado são importantes
para o entendimento dos modernos modelos de teoria quântica de campos, tanto os presentes
no modelo padrão quanto nas várias propostas de extensão e generalização do mesmo.
Contudo, no caso do contexto de teoria quântica de campos propriamente dita, a
complexidade envolvida é muito alta, ficando seu estudo detalhado restrito a nível de
pós-graduação. Conforme vimos, tivemos a oportunidade aqui de exemplificar os conceitos
de vínculos de Dirac-Bergmann, algoritmo de Dirac-Bergmann e parênteses de Dirac num
ambiente simplificado de mecânica analítica, através de um sistema mecânico simples em
duas dimensões. Dessa forma, tornamos mais acessível as ideias essenciais do formalismo de
Dirac, podendo ser acompanhadas por alunos de graduação que tenham conhecimento da
mecânica analítica usual e estrutura de parênteses de Poisson.

REFERÊNCIAS
ANDERSON, J. L.; BERGMANN, P. G. Phys. Rev. 83, 1018 (1951).
DIRAC, P. A. M. Can. J. Math. 2, 129 (1950).
DIRAC, P. A. M. Lectures on Quantum Mechanics", Belfer Graduate School of Science
Monographs No. 2, Yeshiva University, New York (1964).
GOLDSTEIN, H; POOLE, C. e SAFKO, J., ``Classical Mechanics'' (3rd Edition, Addison
Wesley, Boston, 2002).
LEMOS, N. ``Analytical mechanics'' (Cambridge University Press, Cambridge 2018).
HENNEAUX, M.; TEITELBOIM. C. Quantization of Gauge Systems," Princeton, USA:
Univ. Pr. (1992).
THIBES, R. Eur. J. Phys. 41, no.5, 055203 (2020).

5
DIAGNÓSTICO DO DESMATAMENTO FLORESTAL DA SERRA DO PERIPERI,
NA CIDADE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA, POR MEIO DA ANÁLISE DE
IMAGENS DIGITAIS VIA GEOMETRIA FRACTAL

Gabriel Dos S. Varges


UESB
gabrielvarges1@gmail.com

Jorge Anderson P. Ramos


UESB
jorge@uesb.edu.br

Sandra Cristina Ramos


UESB
sandraramos@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica

RESUMO
A Serra do Periperi, no município de Vitória da Conquista, localizado da região Sudoeste da Bahia, tendo na sua
flora uma vasta vegetação, com vários biomas integrando a biodiversidade da região. É notório que sua vegetação
sofra influências negativas de ações humanas. A Geometria Fractal, constitui-se em identificar a diversidade e
complexidade dos padrões espaciais, tento como maior característica a auto similaridade, ou seja, uma parte tem
mesmo comportamento com do todo. Diante do exposto, o presente trabalho tem o objetivo, realizar uma análise
com intuito de diagnosticar a situação florestal da referida região, via Dimensão Fractal com auxílio do software
Imagej.

Palavras-chave: Dimensão Fractal; Box counting; Preservação florestal

1. INTRODUÇÃO

A preservação da natureza atual é pauta em várias conferências pelo mundo, muitas


dessas organizadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), isso acontece devido ao
aumento do desmatamento ambiental nas últimas décadas, colocando em risco a vida no planeta
terra. Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o impacto ambiental é
qualquer intervenção humana seja esta de qualquer natureza que afete diretamente ou não
alterando os recursos naturais.
Conforme destaca Silva (2013), a expansão acelerada no processo de crescimento
urbano de Vitória da Conquista, favoreceu o afastamento sócio-espacial, sendo evidente nas
construções de moradias na encosta da Serra do Periperi. Para Sampaio e Porto (2020) esse
crescimento desordenado e sem a falta de estrutura e respeito aos recursos naturais contribuem
para novas características para a Serra do Periperi, causando efeitos negativos aos moradores
conquistenses e também a flora local.

1
De acorda com o Fundo Conquistense de apoio ao meio ambiente (apud SAMPAIO ;
PORTO, 2020), a nascente do Rio Verruga, localizado na serra do Periperi, teve grande
importância histórica no desenvolvimento da cidade de Vitória da Conquista, pois era fonte de
água potável para população, necessitando há muito tempo de cuidados especiais para
manutenção da flora, fauna e nascente do rio localizada no seu interior, tendo para Amaral
(2011) uma grande diversidade de biomas, com a mistura de Caatinga, Cerrado e Mata
Atlântica

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A geometria fractal estuda comportamentos, características e propriedades de sistemas


e formas com uma complexidade maior do que a geometria euclidiana não consegue resolver.
A maior característica de um sistema fractal é a auto similaridade, isso significa que a parte
tem o mesmo comportamento do todo. Um objeto pode ser caracterizado por dimensões
euclidianas, um ponto por exemplo tem dimensão 0 (0D), uma linha tem dimensão 1 (1D), e
assim sucessivamente, entretanto na natureza, em especial a ambiental, não se consegue
caracterizar esses sistemas por meio da geometria euclidiana. Segundo Backes e Odemir (2005)
a Dimensão Fractal pode ter um valor fracionário, podendo representar o grau de ocupação do
espaço pela forma, não representado o espaço onde a forma está inserida. Assim quanto maior
a DF (Dimensão Fractal) maior a irregularidade da forma.
O Box counting é um método para calcular a Dimensão Fractal de alguma forma ou
imagem, de acordo com COELHO (apud BACKES; ODEMIR, 2005), consiste em sobrepor
uma malha quadriculada sobre imagem e contar quantos quadrados são necessários para cobrir
a forma ou imagem.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Tipos da pesquisa


Refere-se de uma pesquisa de estudo de caso, do tipo exploraria e quantitativa, por meio
de imagens de geoprocessamento e técnicas matemáticas computacionais, para o cálculo da
Dimensão Fractal.
3.2 Métodos de coleta de dado
Obteve-se imagens de satélites por meio do free (Google Earth Pro), sendo este um site
de busca de mapas e imagens do planeta Terra.
3.3 Análise e Tratamento das Imagens
Por meio do software Imagej, desenvolvido pelos institutos de saúde dos EUA, com
uma extensão em Java denominado Fraclac, as imagens da Serra do Periperi, obtidas pelo

2
Google Earth, receberam um tratamento denominado binarização e por fim foram calculadas
as Dimensões Fractais das imagens.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com o objetivo de diagnosticar a atual situação da Serra do Periperi, no município de


Vitória da Conquista, BA, foi obtido valores para Dimensão Fractal de cada região.

Com as imagens das regiões (Figura 1), foi possível analisar os impactos florestais na
área e como se encontra a flora e o desmatamento na região relacionado com a DF.

Figura 1- Área analisada - Autores

A partir do método Box counting, com o software Imagej foi realizado o cálculo da
Dimensão Fractal de cada região, assim como da região completa, proporcionando um
diagnóstico de quanto está desmatada a Serra do Periperi. Conforme mostra a imagem da tabela
1:

Figura 2 - Tabela 1

3
5. CONCLUSÕES

Por intermédio da Geometria Fractal foi possível diagnosticar a situação atual da Serra
do Periperi, na Cidade de Vitória da Conquista – BA, via o Imagej. Com a análise feita foi
possível confirmar a degradação florestal na região, destacando a existência de pontos onde
essa degradação está elevada e outros não. Com isso as regiões 2 e 3 obtiveram Dimensão
fractal menor devido ao menor desmatamento, pois o programa analisa a imagem na
perspectiva do desmatamento, como na figura 3, sendo assim quanto mais perto da dimensão
2 de Mandelbrot, mais desmatada a região é, pois se aproxima de ter todo o plano desmatado,
ou seja, sem nenhuma cobertura florestal na região. Em contrapartida a região 1 e a região
completa tiveram uma Dimensão Fractal maior, demonstrando um maior desmatamento, com
maior destaque para região 1, a qual obteve uma dimensão fractal 1,742.
Sendo assim para ter uma conservação ideal, a dimensão fractal da região deveria ter
um valor que se afasta de 2, sendo que quando menor que 2, mais favorável, pois demonstraria
a quase insistência de desmatamento.

Figura 3 -Região com a contagem de caixas - Autores

Diagnósticos das situações florestais das regiões, tem relevância para embasamento
cientifico, beneficiando o desenvolvimento e implementação de políticas públicas para
preservação ambiental, bem como no auxílio nas fiscalizações dessas reservas. Destaca-se
também a importância da educação ambiental para preservação do meio ambiente. Com os
resultados da análise fractal, evidencia-se a relevância da Física aplicado a Engenharia
Ambiental para manutenção da flora.

4
AGRADECIMENTOS

Agradecimentos à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

REFERÊNCIAS

AMARAL, U. T. Pressões do Crescimento Urbano da Cidade de Vitória da Conquista sobre


o Parque Municipal da Serra do Perirperi. Trabalho de Conclusão de Curso; (Graduação em
Geografia) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, 2012

BACKES, André Ricardo; BRUNO, Odemir Martinez. Técnicas de estimativa da dimensão


fractal: um estudo comparativo. INFOCOMP Journal of Computer Science, v. 4, n. 3, p. 50-
58, 2005.

CONAMA. Resolução Nº 001/1986 - "Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a
avaliação de impacto ambiental." - Data da legislação: 23/01/1986 - Publicação DOU, de
17/02/1986, págs. 2548-2549 Status: Alterada pelas Resoluções nº 11, de 1986, nº 05, de
1987, e nº 237, de 1997.

SAMPAIO, Edson Rocha; PORTO, Ana Paula Ferreira. CONSIDERAÇÕES SOBRE O


IMPACTO AMBIENTAL NA SERRA DO PERIPERI EM VITÓRIA DA CONQUISTA-
BA. Semana de Agronomia da UESB (SEAGRUS)-ISSN 2526-8406, v. 2, n. 1, 2020.

SILVA, I. S. da. A Serra do Periperi e as implicações socioambientais decorrentes da


expansão urbana de Vitória da Conquista – BA. Iguaraci Santos da Silva; orientador Hélio
Mário de Araújo . Dissertação (mestrado em Geografia). Universidade Federal de Sergipe,
170 pg. São Cristóvão, 2013.

5
ESTUDO DO MOMENTO DIPOLAR DE SISTEMAS MOLECULARES

Carlos Henrique Prado Silva


Universidade Federal de Sergipe
E-mail: chpsilva13@gmail.com

Cristina Porto Gonçalves


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: cgoncalves@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física, Tecnologia e Inovação Tecnológica.

RESUMO
Este trabalho visa estudar os sistemas diatômicos moleculares isotópicos do Hidrogênio, com objetivo de obter
o momento dipolar de cada sistema molecular diatômico, que são isotopólogos de moléculas que contém o
Hidrogênio. A metodologia, para tanto, é a Finite Nuclear Mass Correction (FNMC), desenvolvida por J. R.
Mohallem e colaboradores, implementada no programa computacional General Atomic and Molecular
Electronic Structure System GAMESS(US) desenvolvido por Schimdt (SCHIMDT, 1993) e modificado por
Gonçalves (GONÇALVES, 2004). Conjuntamente, compara-se todos os resultados obtidos analiticamente com
os do GAMESS e faz-se uma análise dos resultados, mostrando também a aplicação do estudo realizado.
Palavras-chave: Sistemas diatômicos; Hidrogênio; Momento dipolar.

1. INTRODUÇÃO
Segundo Arapiraca (2012), os estudos de isotopólogos ganharam bastante importância
nas pesquisas que rodeiam os campos das ciências moleculares, nas últimas décadas. O
número de fenômenos nos quais estas espécies moleculares estão envolvidas justifica os
esforços empreendidos na área que, de acordo com Carr et al (2009), proporcionam um
avanço no controle das técnicas experimentais que dominam transições de fase quânticas via
campos externos, fotoassociação, resfriamentos a laser e evaporativo, bem como as técnicas
que tentam sintetizar sistemas moleculares frios e ultrafrios, resfriamento simpático e
desaceleração Stark.
A Aproximação Born-Oppenheimer (ABO) é central para a química quântica. Os
aspectos quantitativos dessa aproximação, incluindo o problema de derivar correções a ele,
tornam os núcleos muito mais pesados que os elétrons, o que implica em uma movimentação
mais lenta. Assim, para uma boa aproximação, pode-se considerar que os elétrons em uma
molécula estão se movendo no campo de núcleos fixos.  As considerações e resoluções dessa
aproximação são apresentadas em trabalhos publicados por Szabo (SZABO, 1982) e por
Bernath (BERNATH, 1995). Na resolução dessa aproximação, define-se o Hamiltoniano
eletrônico, equação na qual não é possivel realizar o movimento dos núcleos sob as mesmas
premissas usadas para formular o problema eletrônico. Dessa forma, para o tratamento de
problemas de massa finita, torna-se inadequado a utilização dessa abordagem
(MOHALLEM, 1999).
Para contornar esse problema, utiliza-se a partir da ferramenta computacional
GAMESS, uma metodologia desenvolvida por J. R. Mohallem e colaboradores chamada de
Finite Nuclear Mass Correction – FNMC, que permite realizar cálculos com correção
eletrônica. Conforme aponta Gonçalves e Mohallem (2004), esses cálculos são feitos de
forma natural, porque a maioria dos métodos de correlação, como a Interação de
Configuração (IC) e Møller-Plesset (MP), são extensões do método Hartree-Fock (HF).
Dessa forma, tem-se o novo pacote computacional denominado ISOTOPE.

 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


O momento dipolar (MD) é responsável pela contribuição eletrônica na obtenção de
informações isotópicas contida na função de onda eletrônica. Os cálculos dos MD de
sistemas moleculares, os quais governam as intensidades das transições rotacionais, podem
ser utilizados para auxiliar teoricamente os químicos analíticos, astrônomos e cientistas que
estudam fenômenos atmosféricos (BERNATH, 2005). Além disso, de acordo com Bader
(1990), os momentos dipolares estão intimamente associados com a topologia das
distribuições de carga numa molécula e desempenha um papel fundamental na física e na
química.
Entretanto, em estudos de sistemas isotópicos (ARAPIRACA, 2012), é verificado que
as modificações nas massas nucleares podem produzir quebra de simetria molecular. O MD é
a principal consequência dessas quebras de simetrias, permitindo, assim, que os espectros
rotacionais puro e vibra-rotacional destes isotopólogos sejam observados. Além disso, essas
substituições isotópicas podem afetar os sistemas que possuem MD permanente.
De acordo com Arapiraca (2012), a importância do estudo das propriedades do MD se
dá ao fato de ser possível calcular, através dessas propriedades, a polaridade medindo
experimentalmente e é possível verificar o acoplamento da componente elétrica do campo
eletromagnético. Assim o MD ocorre em uma ligação química quando existe uma diferença
na eletronegatividade entre os átomos que compõem essa ligação de tal modo que os átomos
mais eletronegativos atraem os elétrons causando nos mesmos uma carga negativa − δ,
enquanto os átomos menos eletronegativos ficam com uma carga positiva + δ. Portanto,
nota-se que o MD de uma molécula é uma propriedade aditiva e está diretamente relacionado
com a topologia das distribuições de carga, ou densidades eletrônicas, do sistema molecular
(BADER, 1990).
Os cálculos analíticos para o MD são feitos através da função do MD (SZABO, 1982),
para resolver essa função utiliza-se da função de onda MO (Molecular Orbital) para uma
molécula diatômica com um elétron e os orbitais de interferência disponíveis em (SZABO,
1982). Fazendo o uso também da energia eletrônica disponível em (GONÇALVES, 1999) e
usando o princípio variacional para obter o parâmetro 𝑐(𝑅). Para obter o parâmetro ζ(𝑅)
usa-se uma expressão analítica que descreve corretamente o comportamento desse parâmetro
em todo 𝑅 para os sistemas escolhidos nesse trabalho (MOHALLEM, 2001).
Utilizando as coordenadas elípticas ξ e η é possível encontrar os valores de 𝑟𝐴 e 𝑟𝐵. As
superfícies da constante ξ definem elipsoides de revolução tendo como focos os pontos A e
B. As superfícies da constante η definem paraboloides de revolução ao redor do eixo z.
Fazendo as devidas substituições na função de onda MO, logo após substituindo na
função do MD e aplicando os limites de integração e o elemento de volume, a função do MD
toma a seguinte forma:

( )( )
2
6 12 2 𝑐 1
μ= 3 3 + 5 5 𝑐 − 𝑅ζ
−1+ 𝑅ζ
(1)
𝑅ζ 𝑅ζ
Por meio da Eq. (1) é possível obter os MD de sistemas diatômicos moleculares que são
isotopólogos da molécula de hidrogênio ionizada. Para sistemas poliatômicos devemos lançar
mão de métodos computacionais, como por exemplo, o pacote utilizado no trabalho,
GAMESS.

3. MATERIAL E MÉTODOS
Primeiramente, foi calculado analiticamente o MD dos sistemas diatômicos
+ + + + + +
moleculares 𝐻2 , 𝐷2 , 𝑇2 , 𝐻𝐷 , 𝐻𝑇 e 𝐷𝑇 , sendo H o hidrogênio, D o deutério e T o trítio,
que são isotopólogos da molécula de hidrogênio ionizada. Logo após, com a utilização do
programa GAMESS, foi obtido os MD desses sistemas. Para a realização desses cálculos no
GAMESS, foi utilizado um conjunto de bases disponíveis no software Basis Set Exchange –
BSE (PRITCHARD, 2019). As bases utilizadas foram 3 − 21𝐺, 6 − 21𝐺,
𝑥2𝑐 − 𝑇𝑍𝑉𝑃𝑃𝑎𝑙𝑙 − 𝑠 desenvolvidas em estudos como (FELLER, 1996) e
(SCHUCHARDT, 2007). Essas bases foram implementadas no pacote computacional
GAMESS, com o método Hartree-Fock (HF), de modo que fosse possível encontrar os MD
dos sistemas diatômicos moleculares escolhidos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao analisar os resultados do MD obtidos analiticamente e computacionalmente dos
+ +
sistemas diatômicos moleculares homonucleares, observa-se que o MD dos sistemas 𝐻2 , 𝑇2
+
e 𝐷2 resultou em zero, mesmo que se tenha utilizado conjuntos de bases diferentes no
programa computacional GAMESS com a FNMC. Isso acontece, pois as moléculas
utilizadas para a realização deste estudo se tratam de moléculas diatômicas homonucleares
que constituem um caso particular simples. Além disso, os núcleos estão admitidos fixos
sobre o eixo 𝑧, simetricamente dispostos em relação à origem, nas posições
𝑅 𝑅
𝑅𝐴 = (0, 0, − 2
) e 𝑅𝐵 = (0, 0, + 2
), possuindo uma baixa amplitude na região
internuclear, devido ao fato de φ𝐴 ≈ φ𝐵≈0 para 𝑧≈0, onde φ𝐴 e φ𝐵 são orbitais de
interferência desprezíveis.
Ao analisar os valores dos MD dos sistemas diatômicos moleculares heteronucleares
+ + +
obtidos, observa-se que há uma diferença dos resultados dos sistemas 𝐻𝐷 , 𝐻𝑇 e 𝐷𝑇
obtidos tanto analiticamente quanto computacionalmente. Verifica-se, também, que ao
modificar a base no GAMESS com a FNMC, como por exemplo a base
𝑥2𝑐 − 𝑇𝑍𝑉𝑃𝑃𝑎𝑙𝑙 − 𝑠, para a obtenção do MD desses sistemas, tem-se um valor diferente
do obtido anteriormente com as outras bases. Isso acontece, pois, de acordo com (SZABO,
1982), ao realizar o estudo do MD no GAMESS com a FNMC a propriedade do MD se torna
muito sensível a base que fornece para os átomos, ou seja, qualquer variação que for feita na
base utilizada para a obtenção do MD desses sistemas diatômicos moleculares no GAMESS
com a FNMC, haverá uma diferença nos resultados.
Ao estudar a mecânica quântica aprende-se que, quanto mais termos se coloca na
função de onda, mais se consegue descrever o sistema estudado com exatidão. Assim sendo,
ao estudar os sistemas diatômicos moleculares heteronucleares, espera-se que os melhores
resultados obtidos para o MD serão aqueles que foram utilizados a melhor base, ou seja, a
base 𝑥2𝑐 − 𝑇𝑍𝑉𝑃𝑃𝑎𝑙𝑙 − 𝑠. Entretanto, segundo Szabo e Ostlund (1982), para cálculos da
propriedade do momento dipolar para os sistemas estudados neste livro, observa-se que a
base que se mais aproximou dos resultados experimentais foi a pior base apresentada na
literatura, ou seja, a base 3 − 21𝐺.
Para os resultados obtidos analiticamente para os sistemas diatômicos moleculares
heteronucleares, utiliza-se uma função de onda que não é a mesma função de onda do
GAMESS. Utiliza-se uma função 1S centrada no núcleo A e 1S centrada no núcleo B,
realiza-se todos os cálculos com essa função, contudo, mesmo com esses cálculos feitos
analiticamente, não se pode concluir que os resultados obtidos são os mesmos dos obtidos
experimentalmente. Ainda assim, com esses resultados obtidos, pode-se ilustrar o
comportamento desses sistemas, dado que esses resultados ilustram justamente o seguinte
caso: à medida que há uma diferença entre os núcleos o MD vai se tornando cada vez mais
forte, o que está correto, pois é o que se espera que aconteça, isto é, o mesmo fenômeno que
acontece na carga nuclear, acontece na massa.

5. CONCLUSÕES
O objetivo desse trabalho foi estudar o momento dipolar dos sistemas diatômicos
+ + +
moleculares. Para isso, calculou-se o MD dos sistemas homonucleares 𝐻2 , 𝐷2 , 𝑇2 e
+ + +
heteronucleares 𝐻𝐷 , 𝐻𝑇 e 𝐷𝑇 e analisou-se os resultados obtidos desses sistemas. Desse
modo, os resultados ilustraram que a função de onda de orbital molecular escolhida inclui
efeitos de massa nuclear finita, o que não ocorre utilizando outras metodologias que usam
como base a aproximação Born-Oppenheimer. Ademais, isso evidencia a importância da
metodologia utilizada, ou seja, a FNMC, que permite obter propriedades de grande interesse
acadêmico, científico e tecnológico. Quando se aprende os fundamentos da física, nota-se
que o momento dipolar eletrônico dependerá somente da posição dos átomos e da carga
nuclear. Porém, o que foi mostrado é que o momento dipolar também dependerá da massa do
átomo. O momento dipolar é ilustrado através dessa propriedade, observando que, onde há
maior diferença da massa entre os átomos, HT+, o valor dessa propriedade é maior. Esse
resultado acontece para as três bases escolhidas no estudo realizado computacionalmente e
no estudo feito analiticamente, estabelecendo, assim, uma conexão entre o momento dipolar
do átomo e sua massa.

REFERÊNCIAS
ARAPIRACA, A. F. C. Efeitos isotópicos em espectroscopia rotacional molecular com
vistas a aplicações em Radioastronomia. 2012. 187f. Dissertação (Mestrado) - Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2012.
BERNARTH, P. F. Spectra of Atoms and Molecules. Oxford University Press, New York,
1995. 405 p.
BADER, R. F. W. Atoms in Molecules: A Quantum Theory. Oxford University Press, Oxford,
1990.
CARR, L. D. et al. N. J. of Phys., 11:055049, 2009.
FELLER, D. The Role of Databases in Support of Computational Chemistry Calculations. J.
Comp. Chem. 1996, 17(13), 1571-1586.
GONÇALVES, C. P. Dinâmica Molecular Adiabática de Sistemas Coulombianos de Três
corpos. 1999. Dissertação (Mestrado em Física), Departamento de Física - Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1999.
GONÇALVES, C. P.; MOHALLEM, J. R. A New Algorithm to Handle Finite Nuclear Mass
Effects in Electronic Calculations: The ISOTOPE Program. Journal of Computational
Chemistry. v. 25, p.1736-1739, 2004.
MOHALLEM, J. R. Journal of Physics B: Atomic, Molecular and Optical. v.32 n.15 3805.
1999.
MOHALLEM, J. R.; ROLIM, F.; GONÇALVES, C. P. Molecular Physics. v.99, p.87. 2001.
PRITCHARD, B. P. et al. A New Basis Set Exchange: An Open, Up-to-date Resource for the
Molecular Sciences Community. J. Chem. Inf. Model. 2019, 59(11), 814-4820.
SCHIMDT, M. W.; et al. Journal of Computational Chemistry. v. 14, 1347-1363, 1993.
SCHUCHARDT, K. L. et al. Basis Set Exchange: A Community Database for Computational
Sciences. J. Chem. Inf. Model. 2007, 47(3), 1045-1052.
SZABO, A.; OSTLUND, N. S. Modern Quantum Chemistry: Introduction to advanced
Electronic, Mineola, New York, 1982. 481 p.
Grupo Temático:

FÍSICA E INTERDISCIPLINARIDADES
FACES E FASES DA LUA

Maria Eduarda da Silva Cruz


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário - PIBIC/UESB
duds769@gmail.com

Roberto Claudino Ferreira


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Professor mestre
roberto@uesb.edu.br

Érika Rocha Lima


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / IC voluntário - PIBIC/UESB
ehlima95@gmail.com

Freddy de Souza Leite


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Bolsista FAPESB - PIBIC/UESB
freddy.souza33@gmail.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO

A transdisciplinaridade que é uma das categorias deste trabalho, foi escolhida como estratégia para unificar esses
saberes, obtendo o que está entre, através e além das disciplinas. O objetivo do trabalho é elaborar uma sequência
didática (SD) voltada ao Ensino Fundamental e Médio, dando ênfase a Lua, com auxílio de duas maquetes. O clímax da
pesquisa foi realizado através do evento criado pelo grupo NUPESA denominado “II Seminário Virtual de Astronomia
da UESB” por meio de uma transmissão ao vivo pelo Youtube. A exposição da SD se deu pela apresentação de toda sua
estrutura, com intuito de auxiliar o professor em sala de aula, de forma a resgatar os conhecimentos prévios dos alunos.
As habilidades da BNCC foram o ponto de partida. Em seguida, foi descrito a construção e uso das maquetes e por fim
fornecido um questionário de forma on-line para a coleta de dados. Os resultados indicam que a maioria usaria a SD em
sua originalidade, dessa forma, a SD cumpre com os objetivos e ajuda no processo de aprendizagem.

Palavras-chave:Ensino de Astronomia; Sequência Didática; Transdisciplinaridade.

1. INTRODUÇÃO

A astronomia é uma das mais antigas ciências, tende a estudar o universo, a partir de sua
origem e formação aos corpos celestes que o compõe e os fenômenos que nele ocorrem, corpos
celestes, como por exemplo: meteoritos, planetas, asteróides, cometas, estrelas, galáxias, luas etc.
“A inópia do homem em distinguir e esclarecer o Universo que o cerca, certamente foi o que
estimulou o desenvolvimento da Ciência, que hoje nos fornece complexos modelos de criação do
Cosmo” (SILVA; GUIMARÃES; DIAS, 2021, p. 1137).
Com o passar do tempo à curiosidade humana em descobrir o que o rodeia foi resultado de
descobertas incríveis, que possibilitou avanços para a humanidade e entender mais sobre a vida na
Terra, mas ainda há perguntas as quais não são explicadas, no entanto, esses questionamentos levam

1
para mais estudos que garantem que a astronomia seja uma ciência encantadora.
Além disso, o ser humano é uma espécie curiosa e, talvez, por isso, ainda recorra à
mitificação desses fenômenos naturais. Alguns se perguntam: De onde veio tudo?
Por que os dinossauros não existem mais? Como se comporta o Universo?
Podemos voltar no tempo? O Universo é infinito? Existe vida fora do planeta
Terra? Entre tantas outras que poderíamos relacionar neste momento. É razoável,
portanto, admitirmos que a Astronomia desperta a curiosidade das pessoas!
(SILVA; GUIMARÃES; DIAS, 2021, p. 1137-1138).
Dessa forma, na atualidade ainda existe grandes percalços no ensino de astronomia, como a
pouca exploração em sala de aula e a dificuldade de explanar certos conteúdos e de não ter uma
disciplina própria, o que dificulta ainda mais. Acredita-se que o ensino de astronomia seja uma
ferramenta didática para levar a ciência aos estudantes e despertá-los para a carreira científica.
Acreditamos ser o estudo da Astronomia e da Cosmologia um instrumento
didático, para uma intervenção no processo de ensino e de aprendizagem desses
campos de conhecimento, relacionados ao contexto científico. (SILVA;
GUIMARÃES; DIAS, 2021, p. 1138).
Mesmo que haja essas dificuldades, os conteúdos de astronomia ainda sim constam no
ensino básico, devido sua importância para o processo de aprendizagem dos alunos. A Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) emprega os conteúdos de astronomia de modo a aprofundar e
compreender os fenômenos naturais, assim destaca Silva, Guimarães e Dias (2021, p. 1139) “A
BNCC propõe ainda que o professor faça juntamente com o aluno uma análise de temas
relacionados à Cosmologia, tais como: origem e evolução de estrelas e do próprio Universo”. De
maneira a agregar a aplicação dos conteúdos, a transdisciplinaridade pode ser uma grande aliada por
ter como objetivo a unificação dos conhecimentos sem serem fragmentadas, ela se fundamenta em
três pilares, são eles a complexidade, a lógica do terceiro incluído e os níveis de realidade.
Considera o respeito fundamental e propõe o diálogo, discussão e aos questionamentos, (CRUZ;
FERREIRA; RIBEIRO; LIMA, 2021). Para potencializar esses conceitos e contribuir para a
educação e pesquisa, se deu a construção de uma Sequência Didática (SD) como ferramenta
didática para beneficiar em sala de aula.
Assim, o termo sequência didática ou atividades didáticas é definido como sendo
“um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização
de certos objetivos educacionais, quem têm um princípio e um fim conhecidos
tanto pelos professores como pelos alunos” (grifos do autor), que não faz distinção
entre sequência didática e sequência de atividades, mas aponta alguns critérios para
a sua construção, desenvolvimento e avaliação, considerando três fases
da intervenção reflexiva, descritas como: planejamento, aplicação e
avaliação. (UGALDE; ROWEDER, 2020, p. 2-3, apud ZABALA, 1998, p. 18).
Portanto, a organização de uma SD requer que os envolvidos tracem metas para serem
alcançadas, a qual deve levar em conta o papel de ambos no desenvolvimento das atividades,
apresentação dos conteúdos, tempo, espaço, recursos didáticos e avaliação. Nesse sentido nosso
trabalho tem por objetivo elaborar e apresentar uma SD denominada, faces e fases da Lua, o caráter
da pesquisa é quali-quantitativa do tipo aplicação, efetuada no II SEMINÁRIO VIRTUAL DE
ASTRONOMIA DA UESB.

2
2. MATERIAL E MÉTODOS

Para corroborar com a pesquisa foi necessário selecionar matérias bibliográficos para a
elaboração de um texto didático, Lua, logo em seguida propusemo-nos a fazer uma SD direcionada
aos estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Em relação à metodologia empregada na
pesquisa, optou-se pela abordagem quali-quantitativa. Como instrumento de coleta de dados
optamos por um questionário.
Devido o período pandêmico, causado pelo COVID-19 ocorrida em 2020, resultou o
distanciamento social para a não propagação do vírus e com isso resultou na suspensão das
atividades educacionais. Neste contexto, O Núcleo de Pesquisa em Astronomia da UESB, campus
de Itapetinga – NUPESA organizou um evento 100% online, o II SEMINÁRIO VIRTUAL DE
ASTRONOMIA DA UESB, realizado através da plataforma StreamYard, por meio de uma
transmissão ao vivo pelo Youtube, para divulgar a SD com o tema Lua, estavam presentes 139
pessoas, dentre eles: professores; discentes de licenciatura; discentes de bacharelado; discentes de
pós-graduação e outros.
A exposição da SD se deu pela apresentação de toda sua estrutura, de que maneira o
professor executaria em sala de aula, na qual, o mesmo aplicaria de forma a resgatar os
conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema destacado, abrindo espaço para discussões, novos
conhecimentos, agregando a outras disciplinas e a realidade do aluno. As habilidades da BNCC
foram o ponto de partida. A apresentação seguiu com a descrição da construção e uso das duas
maquetes feitas com materiais de baixo custo e de fácil acesso para explanar o conteúdo de forma
mais criativa e que chame a atenção dos envolvidos seguido da descrição de como se aplicaria a SD
na sala de aula com as atividades auxiliares ao uso da maquete e por fim fornecido um questionário
de forma on-line para a coleta de dados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

No evento estavam presentes professores, discentes de licenciatura, discente de bacharelado,


discente de pós-graduação e outros. Referente ao questionário online, foi respondido por 39
pessoas, nele continha perguntas abertas e fechadas, aqui serão apresentadas as respostas dos
professores e discentes de licenciatura que somados representam 31 pessoas das 39. A pergunta 1
está relacionada se “O roteiro da sequência didática apresentada ajuda no processo de ensino
aprendizagem sobre as fases da Lua?” 74% disseram que Muito, 23% satisfatório e 3% pouco, o
que leva a entender que a SD contribui de fato no âmbito educacional, desenvolvimento,
comunicação e relações interativas, (UGALDE; ROWEDER, 2020).

3
Figura 1 - Ensino Aprendizado sobre o Tema.

1 - O roteiro da sequência didática apresentada ajuda no processo de ensino


aprendizagem sobre as fases da Lua?
0% 3% 23% Nada
Pouco
Satisfatório
74% Muito

Fonte: Elaborada pelos autores, 2021.


Na pergunta 2, figura 2, refere-se a “você usaria a sequência didática proposta?”, 68%
responderam que usaria em sua originalidade e 32% faria modificações, como diz o professor 1
“está muito bom,mas de certo colocarei a minha maneira, pois sempre acontece algo diferente que
você precisa improvisar”.E por ultimo, a 3ª pergunta, como mostra a figura 3, questiona se “a
discente apresentou dicas de abordagem transdisciplinar para serem aplicadas durante as aulas sobre
as fases da Lua. Em que nível você avalia estas dicas?”. Como mencionada acima, a
transdisciplinaridade é ponto importantíssimo do trabalho e 52% avalia como muito boas, 42% boas
e 6% satisfatórias, relata a discente A “acho fundamental a interdisciplinaridade e ela deixou bem
clara esses possíveis parcerias entre as disciplinas”.
Figura 2 - Utilização da SD.

2 - Você usaria a sequência didática proposta?


0% Não
32%
Sim, em sua
68% originalidade
Sim, mas com
modificações
Fonte: Elaborada pelos autores, 2021.
Figura 3 - Proposta transdisciplinar.

3 - A discente apresentou dicas de abordagem transdisciplinar


para serem aplicadas durante as aulas sobre as fases da Lua. Em
que nível você avalia estas dicas?
0% 6%
Ruins
52% 42% Satisfatórias
Boas
Muito boas

Fonte: Elaborada pelos autores, 2021.

4
A abordagem transdisciplinar tende a criar pontes para diversos saberes, leva os ouvintes a
entenderem que não precisa aprender apenas uma disciplina, mas há diversas maneiras para chamar
a atenção do aluno, uma ótima estratégia para o ensino de astronomia, pelos resultados apontados é
possível haver conexão e aprendizados significativos (CRUZ; FERREIRA; RIBEIRO; LIMA,
2021).

4. CONCLUSÕES

O trabalho foi de cunho quanti-qualitativo do tipo pesquisa aplicação, onde foi organizada
em um evento online, com objetivo de elaborar uma SD com o tema Lua para auxiliar como
ferramenta em sala de aula com enfoque ao Ensino Fundamental e Médio. Na palestra havia pessoas
de vários níveis de conhecimento, como professores, discente de licenciatura, discente de
bacharelado, discente de pós-graduação e outros. Foi exposta a SD, nela havia todos os passos para
o professor apresentar o conteúdo Lua em sala de aula e especificamente as fases da Lua e a causa
dela mostrar sempre a mesma face. Como auxílio foi mostrado um vídeo de que forma utilizar as
maquetes feitas para demonstrar esses fenômenos e para coleta de dados, utilizado um questionário
on-line.
Destaco que a estratégia com a SD foi de grande proveito a qual os participantes usariam em
sua originalidade e empregariam a proposta de maneira a colaborar ao ensino de ciências. Os
participantes externaram que com o uso das maquetes as aulas saem do clássico e torna o ambiente
de ensino aprendizagem diversificado, pois a aula chamaria mais a atenção dos alunos e os traria
para mais próximo da realidade. O conteúdo abordado foi de caráter transdisciplinar com enfoque a
Lua acrescido em trazer outros conhecimentos, explanou sobre a sua importância e como seria as
espécies sem sua existência. Finalizamos que diante aos resultados, os participantes apontaram
modificações para o melhoramento da SD e das maquetes.

REFERÊNCIAS

CRUZ, M. E. D. S; FERREIRA, R. C; RIBEIRO, S. M; LIMA, É. R. SISTEMA SOLAR UMA


PROPOSTA TRANSDISCIPLINAR. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas
Públicas, Gestão e Práxis Educacional, v. 8, n. 11, 2021.

SILVA, V. P; GUIMARÃES, M. H. U; DIAS, M. M. P. Sequência Didática para o ensino de


Astronomia. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 38, n. 2, p. 1135-1165, 2021.

UGALDE, M. C. P; ROWEDER, C. Sequência didática: uma proposta metodológica de ensino-


aprendizagem. Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico (EDUCITEC), v. 6, p.
e99220-e99220, 2020.

5
ANÁLISE GRÁFICA DE SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE
PRIMEIRA ORDEM

Igor Rodrigues Reis


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: 201720396@uesb.edu.br

Simone Macêdo Ribeiro


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: 201810212@uesb.edu.br

Nemésio Matos de Oliveira-Neto


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: nmon@uesb.edu.br

Ronaldo Silva Thibes


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: thibes@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades

RESUMO
As equações diferenciais de forma geral certamente representam um desafio ao pesquisador moderno, tanto de
pontos de vista prático quanto teóricos. Existem importantes classificações que caracterizam essas equações
diferenciais segundo seu comportamento e métodos de solução, tais como equações diferenciais lineares e não
lineares, separáveis, homogêneas (associações as lineares), exatas e não exatas entre outras. Neste trabalho
estudamos equações diferenciais ordinárias (EDO) enfatizando aspectos teóricos gerais e analisamos
comparativamente suas soluções graficamente através do software GeoGebra.

Palavras-chave: EDO; Equações não-lineares; Geogebra; Simetrias.

1. INTRODUÇÃO
Consideráveis partes da física, matemática, ciências exatas e engenharias são
atualmente baseadas em equações diferenciais.  Quer sejam ordinárias ou parciais, além de
sua larga aplicabilidade na construção de modelos matemáticos, as equações diferenciais de
forma geral certamente representam um desafio ao pesquisador moderno, tanto de pontos de
vista prático quanto teóricos.
As equações diferenciais surgem com os matemáticos Pierre de Fermat (1601-1665),
Isaac Newton (1642-1727), e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) que ao estudarem
profundamente o cálculo começam a ter uma noção da notação derivada. Posteriormente,

1
pesquisadores como Jacobi Bernoulli (1654-1705), Leibniz (1646-1716), Giacomo Ricatti
(1676-1754) dentre muitos outros, também estudaram essas equações diferenciais criando
métodos que contribuíram para o desenvolvimento das mesmas.
Existem diversas aplicações de equações diferenciais e as encontramos, por exemplo,
no modelo de crescimento populacional, na mecânica dos fluidos, circuitos elétricos e no
movimento planetário. Boyce et al. (2020, p. 38) relatam que Equações Diferenciais
Ordinárias e Parciais estão baseadas

[...] em se a função desconhecida depende de uma única variável independente ou


de diversas variáveis independentes. No primeiro caso, aparecem apenas derivadas
simples na equação diferencial, e ela é dita uma equação diferencial ordinária. No
segundo caso, as derivadas são derivadas parciais e a equação é chamada de uma
equação diferencial parcial (BOYCE et al., 2020, p. 38).

Podemos também classificá-las quanto à ordem que, por definição, é a ordem da


derivada mais alta. Encontrar as suas soluções (geral ou particulares) nem sempre é uma
tarefa fácil, pois há casos cujos métodos de resolução são inexistentes ou não tão óbvios.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma equação diferencial de ordem n é dita linear quando pode ser escrita na forma

𝑛 𝑛−1
𝑎0(𝑡)𝑦 + 𝑎1(𝑡)𝑦 + … + 𝑎𝑛(𝑡)𝑦 = 𝑔(𝑡) (1)

Em particular, toda equação diferencial linear de primeira ordem possui uma solução direta.
Para o caso de equações diferenciais não lineares, não existe um método único de
resolução. No caso das equações separáveis (2), como o próprio nome diz, podemos
reescrever a equação com as variáveis separáveis x e y, por exemplo, em lados opostos
multiplicando suas respectivas derivadas.

𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 → 𝑀(𝑥)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑦)𝑑𝑦 = 0 (2)

A equação homogênea se dá pelo fato das variáveis possuírem o mesmo grau. Pela
definição, conforme Leithold (1994, p. 1145) “Uma expressão em t e y é chamada de
𝑛
homogênea de grau n se, substituindo t por λt e λy, obtivermos λ vezes a expressão anterior,
Isto é:”
𝑛
𝐴(λ𝑡, λ𝑦) = λ 𝐴(𝑡, 𝑦)

2
No caso das equações diferenciais autônomas é quando a variável independente está
implícita 𝑑𝑦/𝑑𝑥 = 𝑓(𝑦) e sua solução é estacionária,. Já a equação exata, de acordo com
Boyce et al. (2020, p. 113), “ela pode ser expressa exatamente como a derivada de uma
função específica”, caso contrário é não exata e necessitamos utilizar métodos como o de
fatores integrantes para transformá-las em exatas e assim conseguir resolvê-las.

3. MATERIAL E MÉTODOS
Como material de trabalho, focamos em equações diferenciais ordinárias (EDO) de
primeira ordem motivadas por distintas áreas da física. Em nossa metodologia, partindo de
equações diferenciais específicas nascidas e contextualizadas na física, mostramos como
estão atualmente fortemente correlacionadas com outras áreas do conhecimento de forma
interdisciplinar, em particular na matemática, engenharia, informática e por fim analisarmos
essas EDOs em sua forma gráfica. Analisamos classes de soluções especiais de EDO, à luz de
sólidos teoremas da teoria das equações diferenciais ordinárias e os exemplificamos
graficamente, visando a compreensão prática do conteúdo dos mesmos. Utilizando o software
GeoGebra observamos o comportamento gráfico de soluções de EDO em relação à variação
de parâmetros e constantes, resultados e hipóteses de teoremas, pontos críticos e aspectos de
simetrias.  Realizamos uma análise comparativa comentando diferenças e sutilezas das
soluções quanto à linearidade, separabilidade, exatidão, homogeneidade e autonomia.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Consideremos um exemplo da termodinâmica de entrada e saída de um fluido em
determinado recipiente, com taxa de fluxo r, no qual consideramos uma variação na
quantidade Q de uma dada substância com relação a um tempo t dada por

𝑑𝑄 𝑟 𝑟𝑄
𝑑𝑡
= 4
− 100

(BOYCE et al, 2020). Note que se igualarmos dQ/dt a 0, obtemos a solução de equilíbrio Q =
25. Sabendo que a equação diferencial dada é linear, de primeira ordem e autônoma, podemos
encontrar uma solução em função de t pelo método do fator integrante de Leibiniz. Na
solução geral encontrada

−𝑟𝑡/100
𝑄(𝑡) = 25 + 𝑐𝑒

3
percebemos que quando t tende a infinito, Q(t) se aproxima de 25. Se projetado graficamente
(Gráfico 1), para diferentes valores de c, verificamos que todas as soluções se organizam em
torno da reta Q = 25, aproximando-se da solução de equilíbrio à medida que t cresce.
Dizemos, assim, que a solução Q = 25 é um ponto assintoticamente estável. Aqui,
verificamos a importância do estudo da estrutura da EDO para a constatação do
comportamento de suas soluções em uma aplicação na física.

−𝑟𝑡/100
Gráfico 1: Família de soluções 𝑄(𝑡) = 25 + 𝑐𝑒

Uma outra aplicação pode ser observada na interação entre moléculas de duas
substâncias P e Q em uma reação química denotada por P + Q → X. Sejam p e q suas
concentrações iniciais respectivas, tal que p ≠ q, x(t) a concentração de x num instante t e α
uma constante positiva. A equação diferencial dada por

𝑑𝑥
𝑑𝑡
= α(𝑝 − 𝑥)(𝑞 − 𝑥)

representa a reação em termos de suas concentrações. Essa equação é de primeira ordem, não
linear e autônoma. Sua solução de equilíbrio é x = p ou x = q. Note que há mais de um
método de solução nesse caso, pois ela pode ser reescrita como separável e diretamente
integrada ou alternativamente considerada como uma equação de Riccati tomando a solução
de equilíbrio como uma solução particular. Embora seja encontrada uma solução geral para a
EDO não linear, ela não representa todas as soluções existentes para esse caso, salvo apenas
as equações diferenciais lineares (BOYCE et al., 2020). Uma solução encontrada é

(𝑞−𝑝)(𝑎𝑡+𝑐)
𝑞−𝑝𝑒
𝑥= (𝑞−𝑝)(𝑎𝑡+𝑐)
1−𝑒

Se p for maior que q, o limite de x(t) quando t tende a mais infinito será igual a q
(Gráfico 2). Já quando q for maior que p, o limite será p (Gráfico 3). Para ambos os casos, o

4
limite se aproximará das regiões onde as soluções estáveis são assintoticamente estáveis, ao
projetar graficamente a família de soluções.

Gráfico 2: Soluções de dx/dt se p > q Gráfico 3: Soluções de dx/dt se q > p

5. CONCLUSÕES
Ao longo dos anos, matemáticos vêm estudando as estruturas das EDOs através de
contribuições significativas para seu melhor entendimento. Diante do aqui exposto,
concluímos que a classificação das equações diferenciais é de grande valia na busca de
estratégias de resolução. Podemos perceber ainda a importância das EDOs para a descrição
de fenômenos físicos e químicos e entender como as projeções gráficas contribuem para uma
melhor análise dos conjuntos de soluções. Como perspectivas, pretendemos analisar as
simetrias das EDOs aqui estudadas do ponto de vista de álgebras e grupos de Lie.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a participação de Rafael Lima Caires em todas as etapas do
presente trabalho. RLC somente não figura oficialmente como coautor devido às limitações
específicas em número máximo de autores por trabalho no evento. Trabalho financiado em
parte pelas agências CNPq e FAPESB. IGR é bolsista de IC pelo CNPq, SMR e RLC são
bolsistas de IC pela FAPESB.

REFERÊNCIAS
BOYCE, William E.; DIPRIMA, Richard C.; MEADE, Douglas B. Equações Diferenciais
Elementares e Problemas de Valores de Contorno. 11. ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2020;

GEOGEBRA TEAM. GeoGebra, 20 mar. 2001. Disponível em: https://www.geogebra.org/.


Acesso em: 28 nov. 2021.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica, Vol. II, 3ª Edição, Harbra Ltda. São
Paulo, 1994.

5
SISTEMA SOLAR E VIABILIDADE DA VIDA HUMANA FORA DA TERRA: Uso do
software SpaceEngine como ferramenta didática para o ensino de Astronomia

Autor 1Uiliam Alves Almeida


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – IC Voluntário PIBIC/UESB
E-mail: uiliamalvesalmeida@gmail.com

Roberto Claudino Ferreira


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: roberto@uesb.edu.br

Ernande Oliveira Souza


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – IC Voluntário PIBIC/UESB
E-mail: nandesouza1984@gmail.com

Mariana Lemos Moreira


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – IC Voluntário PIBIC/UESB
E-mail: mariana.lm1008@gmail.com

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridade

RESUMO
O presente trabalho propôs uma sequência didática voltada ao Ensino Fundamental tema: Sistema Solar e a
viabilidade da vida humana fora da Terra, adotando como ferramenta didática principal o software astronômico
SpaceEngine. Foi apresentada no II Seminário Virtual de Astronomia da UESB, estando presentes docentes,
discentes de várias universidades e estudantes do ensino médio. As habilidades da BNCC foram o ponto de partida.
Na apresentação foi mostrado como se executaria a dinâmica da proposta com a apresentação da parte operacional
e didática da exploração do SpaceEngine aplicado ao conteúdo em tela. Por fim, foi fornecido um questionário
on-line para a coleta de dados. Os resultados indicam que a maioria usariam a sequência didática em sua
originalidade o que mostra que o objetivo da pesquisa foi alcançado de forma satisfatória.

Palavras-chave: Ensino de Astronomia; Transdisciplinaridade; Software SpaceEngine.

1. INTRODUÇÃO

Ao longo de nossas vidas é necessário conhecer o planeta que habitamos e as condições que
torna possível a permanência humana nele, entretanto, com a evolução tecnológica, o
desenvolvimento de equipamentos bem como a exploração de recursos naturais vislumbrando
a melhoria do conforto humano e aumento da produção de bens, a humanidade vem avançado
em escalas inimagináveis a degradação dos recursos necessários indispensáveis para
sobrevivência das espécies. Nesse sentido, conscientizar os jovens estudantes que ações
individuais são inegavelmente importantes para cuidar do planeta Terra, tendo em vista que

1
não há outro astro além do nosso planeta capaz de abrigar a vida humana nos arredores do
Sistema Solar.
Assim, a Astronomia é uma área do conhecimento que vem sendo abordada no âmbito
escolar, além do seu fascínio histórico diante de toda evolução da ciência em torno dela, a Base
Nacional Comum Curricular orienta que o tema seja explorado em todas as series do ensino
fundamental e médio, ligado principalmente às ciências em especial a disciplina Física e
correlacionarias.
Proporcionar aos estudantes o despertar de uma visão crítica do mundo que o entorna vem
alinhado a mostrar a este que somos seres inseridos no meio que nos entorna e assim, nos
tornamos responsáveis em cuidar que as futuras gerações terão a necessidade de um lugar com
condições mínimas para se viver. É o que nos ensina o modelo transdisciplinaridade, direcionar
o conteúdo estudado em sala de aula à vida do estudante, alinhando os saberes adquiridos em
outras disciplinas bem como sua bagagem de conhecimento humano trazido em sua trajetória
de vida (CRUZ; FERREIRA; RIBEIRO; LIMA, 2021). A definição da palavra
transdisciplinaridade é destacada por Nicolescu: “A transdisciplinaridade, como o prefixo
‘trans’ indica, diz respeito àquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das
diferentes disciplinas e além de qualquer disciplina [...]” (1999, p.50).
Este trabalho tem o objetivo de elaborar e apresentar uma sequência didática na unidade
temática Terra e Universo, direcionada para o 9° ano do ensino fundamental, dentro da unidade
temática Terra e Universo com objetivo especifico vida humana fora da Terra, alinhado com
composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo:
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência
humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características
dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e
interestelares (BNCC, 2018, p. 351).

No tópico Competências Especificas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental,


descreve sobre a utilização de tecnologias digitais como fonte de produção de conhecimento:
Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e
comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética (BNCC 2018, p 324).

2
A estratégia principal de trabalho escolhido foi a utilização software astronômico
SpaceEngine, como ferramenta didática. Assim o uso das novas tecnologias em sala de aula
além de tornar a compreensão sobre os temas mais dinâmicos e de fácil compreensão, dá aos
professos ferramentas para tornar sua aula mais dinâmica e atrativa aos alunos. A apresentação
foi realizada em evento on-line para estudantes universitários, de nível médio e professores.

3. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa é de cunho quali-quantitativo do tipo aplicação, os sujeitos da pesquisa


foram os professores de física e ciências, participantes do II Seminário Virtual de Astronomia
da UESB – Educação em Astronomia e Transdisciplinaridade. O seminário foi realizado pelo
Grupo de Pesquisa em Astronomia (NUPESA), coordenado pelo professor Roberto Claudino,
composto por estudantes de graduação em Licenciatura em Física da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Itapetinga e de discentes da mesma instituição na
modalidade a distância Campus de Vitória da Conquista.
O evento foi dividido em seis semanas com datas periódicas a cada quinze e nelas os
membros do grupo NUPESA apresentaram seus seminários e propostas de sequências
didáticas. Todos encontros aconteceram de forma virtual transmitidos ao vivo pela plataforma
de vídeos YouTube, entre os dias 16 de agosto e 01 de novembro de 2021.
Dia 30 de setembro foi a data reservada para o tema Sistema Solar, iniciado com um
seminário sobre a formação e características do Sistema Solar e a última apresentação ficou
responsável por destacar as características dos planetas e algumas luas que orbitam o Sol e o
que os tornam inviáveis para a vida humana. Por fim foi solicitado a participação voluntária
dos ouvintes em responderem um questionário relativo a s SD apresentada.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como já citado, o seminário contou com a participação de professores de física e


ciências e alunos de cursos de licenciatura e bacharelado e estudantes de pós-graduação. Os
resultados discutidos abaixo são apenas as repostas dos 14 professores.

3
Perguntado se a SD proposta ajudaria de alguma maneira no processo de ensino e
aprendizagem, os professores responderam na sua maioria de forma positiva, que demonstra a
escolha acertada do tema. Veja Figura 1.
Figura 1: A SD ajudaria no processo de ensino aprendizagem

Fonte: Elaborado pelos autores, 2021


Perguntado aos participantes do evento se estes usariam a SD apresentada em suas
aulas, mais uma vez a maioria afirmaram que adotaria, contudo, 28,6% fariam algumas
modificações na proposta original, por motivos variados dentre eles a adaptação para alunos
de series iniciais. Assim respondeu um dos participantes “Foi apresentado muitas informações,
trabalho com series iniciais da Educação Básica, assim teria que fazer algumas adequações”.
Tal resposta não desqualifica a proposta apenas mostra que o professor tem a necessidade de
adaptar o que foi sugerido baseado na sua realidade. Outros responderam que adotaria a
sequência didática, mas se senti inseguro na operacionalização do software, como descrito por
um professor: “acho que terei dificuldade”, outras manifestações formam nesse sentido.
Figura 2: Usaria a proposta em sala de aula

Fonte: Elaborada pelos autores,2021.

4
5. CONCLUSÕES

O trabalho foi de cunho quanti-qualitativo do tipo pesquisa aplicação, onde foi


organizado um evento online, com objetivo de elaborar e apresentar uma sequência didática
com o tema “SISTEMA SOLAR E VIABILIDADE DA VIDA HUMANA FORA DA
TERRA: Uso do software SpaceEngine como ferramenta didática para o ensino de
Astronomia” com enfoque ao Ensino Fundamental. Foi exposta a SD, e por fim coletado dados
com questionário.
A maioria dos participantes que responderam o questionário manifestaram impressões
positivas sobre a sequência didática, que o uso de software de fato proporciona formas
diferentes, diversificadas e atraentes de se ensinar Astronomia. A maioria relatou que usaria a
sequência didática apresentada, embora ficou claro que o conhecimento de operacionalização
do software seria o maior entrave. Em consequência desses resultados o grupo NUPESA está
planejando realizar um minicurso sobre as questões técnicas do software SpaceEngine.
Concluímos que o objetivo foi alcançado e que os desdobramentos dos resultados revelaram
novas linhas de ação e investigação.

REFERÊNCIAS

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CRUZ, M. E. D. S; FERREIRA, R. C; RIBEIRO, S. M; LIMA, É. R. Sistema Solar uma proposta


Transdisciplinar. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis
Educacional, v. 8, n. 11, 2021.

NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da Transdisciplinaridade. Triom: São Paulo, 1999.

KNECHTEL, Maria do Rosário. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-prática


dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014.

ZARA, Reginaldo. Reflexão sobre a eficácia do uso de um ambiente virtual no ensino de física. Cascavel:
Anais UNIOESTE, 2011, p. 265-272.

5
Grupo Temático:

TEXTOS CULTURAIS
Se experiência é para confirmar o
que se sabe que é, como denominar
a experiência que põe em xeque o
experimentador?
A Física está ligada à música que está ligada aos deuses,
que está ligada à poesia que está ligada... O que não faltam são
ligações. Estamos ligados. Puramente ligados. E ligados desde o
século VI a.C. Pitágoras que o diga, ao nos legar o monocórdio.
E com este instrumento, a escala musical que orientou e orienta
toda a música criada no Ocidente. E ainda criou os números
áureos que permitiu a Balmer, um professor de matemática de
um internato de moças, elaborar a equação dos níveis atômicos
do hidrogênio, apenas se reportando às medidas internas da
igrejinha que frequentava. São ligações inimagináveis. Ligação
esta que Bohr agradeceu e aperfeiçoou e finalmente fechou o
problema da estabilidade do átomo de hidrogênio. Pois é! A
física vive de verdades e contações de histórias. História e
narrativa descrita por Prigogine na formação das primeiras
moléculas. A criação das primeiras moléculas foi uma
singularidade. Como também foi o caso do Efeito Fotoelétrico.
E quem nos conta essa história são Hertz, Lenard e Einstein.
Hertz realizou o experimento em 1886. Em 1903 Lenard
retomou. E em 1905, Einstein também se meteu a repetir o
experimento. Hertz e Lenard fizeram o seguinte: Submeteram
um metal a um feixe de luz e ele ejetou elétrons. E aumentarem
a intensidade do feixe, esperavam ter a energia cinética
aumentada. Resultado encontrado: não aumentava! Mas algo
acontecia: o número de elétrons permanecia crescendo, não a
energia. E como Hertz e Lenard obedeceram aos trâmites da
teoria de Maxwell, ficaram em xeque! Eis que surgiu um jovem
desobediente: Albert Einstein. E este realizou o experimento e
repetiu tantas vezes QUANTAs pode. E como não conseguia
entender, resolveu pedalar. Pegou a bicicleta e zarpou. Tempos
depois voltou ao experimento. E continuou a não entender o
resultado. E aí foi para casa depois de seu trabalho burocrático
de registro de patentes. Em casa, um vinho e um violino sempre
lhe caiam bem. E evocou Paganini. Tocou três ou quatro
compassos do 24 Capriccio, de 1817. Era tentativas inúteis.
Quem poderia atingir a técnica de Paganini? Por isso, Einstein
interrompeu. Resolveu interpretar o mestre do piano, Chopin,
ao violino. Preferiu um noturno transposto para o violino. E
por ser a Lua quase sempre noturna, logo bateu aquela vontade
de olhar para o céu. E tragar um cachimbo, claro! Até esqueceu
a Lua entre uma e outra tragada. E contemplou os volteios das
sinuosas figuras de fumaça. E pode ter sido essa tradução do
piano para o violino que a dança da fumaça fez sentido. “Então
é isso! Tenho de interpretar a experiência fora da caixinha de
Maxwell”. E parece que Einstein fez isso: buscou na quantização
de Planck a solução inédita. Formulou que a energia cinética dos
elétrons ejetados se relacionava com frequência das luzes
utilizadas. Conclusão: Quanto maior a frequência, maior a
energia cinética dos elétrons. Mas teria um probleminha: E a
frequência que faria o metal começar a ejetar os elétrons,
frequência essa que, abaixo dela não haveria ejeção? Bem, a essa
questão Einstein atribui a amarração da rede cristalina aos
elétrons. E Einstein deu o nome de função trabalho. Mas o
maior trabalho foi com Planck, que não gostou da interpretação
que Einstein teve de seu quantum. Veja só: Quanta, que é plural
de quantum, quanta confusão deu. Mas... deu um Nobel em
1922, a Einstein.

Por: Jorge Raphael Rodrigues de Oliveira Cotinguiba;


Átila Cheles Keler; Rogerio dos Santos Bittencourt e
Valmir Henrique de Araújo
Em: 27/novembro/2021.
As mudanças de estado físico

O estudo dos estados

da matéria é legal

As mudanças de suas fases

É uma coisa normal

Quando há troca de energia

com algum material.

A fusão é interessante

Ocorre na natureza

quando algo que é sólido

perde a sua firmeza

logo, passa a ser líquido

não causando estranheza.

A tal vaporização

É um processo custoso

Pois precisa de energia

para se tornar gasoso.


O que antes era líquido

Vapor virou de novo

É comum vermos a chuva

Sem pensar no que ocorreu

O que antes era nuvem

Liquefez-se e choveu

Esse processo é comum

Condensação nome seu.

Se líquido é a matéria

E sólido quer se tornar

Energia desse corpo

nós devemos retirar

Da solidificação

Qu’eu acabei de falar.

Por: Bruno Lobo Coqueiro

Em: 13/08/2021.
Quem sou eu no mundo digital?

No Instagram, Facebook e Twiter, tenho muitos “amigos”;


Isso nunca foi escondido, mas pergunto?
Tem isto tem algum sentido?
Milhões de seguidores eu tenho
e com muitos tenho interagido.
Mas pergunto, por apenas um
segundo, tenho um amigo ou
apenas um conhecido
desconhecido?
“Converso com muitos”, mas
sinto que falo sozinho.
De que forma, devo agir,
quando sinto que preciso de
um amigo?
Envio um WhatsApp
rapidinho?
Ou curto um post de um
desconhecido e que para mim
não faz o menor sentido?
O que eu mais preciso no
momento de um infortúnio
sombrio?
Encontrar amor em um mundo
digital, onde eu não esteja
cercado e ao mesmo tempo
sozinho.

Por: Márcio de Andrade


Batista
Em: 28/11/2021.
As Neo Hipácias da Geração Z

Estamos vivendo um período de profundas


transformações sociais, ambientais, tecnológicas,
comportamentais e principalmente educacionais. Em um breve
contexto histórico, permitam-me trazer à tona a história da
grega Hipátia de Alexandria. Matemática, Física e Astrônoma,
fez parte do grupo de grandes eruditos da maravilhosa
biblioteca de Alexandria. Realizou importantes descobertas e
constantemente era colocada à prova em “desafios”
matemáticos (dizem as lendas que raramente decepcionava em
não encontrar uma solução. Além da inteligência, diziam que era
possuidora de enorme beleza física). Ousada e Impetuosa,
questionava autoridades e o status quo do conhecimento
estabelecido. Tudo isso cerca de 400 D.C. O preço que Hipácia
pagou por sua personalidade e inteligência? Foi derrubada de
sua carruagem, teve as vestes rasgadas, a carne arrancada de seus
ossos com conchas afiadas e em seguida seus restos mortais
foram queimados em 415 D.C. Seus trabalhos foram esquecidos
e o “mandante” deste crime foi canonizado. As “Hipácias” da
idade média não tiveram um fim muito diferente. Acumulando
conhecimento secular de ervas medicinais e tratamentos
médicos, foram acusadas de serem Bruxas e foram queimadas
vivas. Mas, antes deveriam ser torturadas (horrores
indescritíveis, que me recuso a narrar nesse momento) de
acordo com o livro Malleus Maleficarum para que confessassem
suas supostas relações com o diabo. Milhares, talvez milhões de
“Hipácias” foram mortas durante esse período em toda Europa
medieval. Atualmente as “Hipácias da Geração Z” estão sendo
mortas por seus ex- companheiros ou namorados, que muitas
vezes não aceitam o fim de um relacionamento, são assediadas
em cursos superiores ditos de “Elite” e “Masculinos” como
Medicina, Direito e Engenharia e em muitos casos são
perseguidas por suas opiniões independentes. Ganham menos
no ambiente de trabalho, mesmo que realizem iguais funções
ocupadas por cargos masculinos. A mídia constantemente
mostra “casos” e mais “casos” em que “Hipácias da geração Z”
ainda correm o risco de serem julgadas culpadas caso denunciem
assédio, estupro ou importunação. Em um vídeo recente, um
professor pergunta a aluna se ela levará lubrificante “quando for
estuprada (sic) ”. Aqui precisamos de discernimento para
separar o joio do trigo, ok? Não é incomum casos em que a
mulher usa a justiça como uma forma de vingança, mas não foi
esse o caso, pois a importunação foi gravada e realmente
ocorreu”). Não pretendo estender muito o texto, pois creio que
o leitor inteligente entendeu onde pretendo chegar e desta forma
termino com uma indagação:
Como estamos tratando nossas “Hipácias da
Geração Z”?

Por: Márcio de Andrade Batista

Em: 28/11 /2021.


Photons
Photons, a essência da vida

O invisível que move a vida

A fonte que energiza

Que movimenta e auxilia

Do verde tão intenso

Para as cores que estabilizam

O invisível que move a vida

Da forma que a vida necessita

O respirar invisível, que nunca


será visto

O que alimenta o ser que na


Terra habita, que se move
todos os dias

O invisível que move a vida

A mesma vida dependente

A mesma vida que destrói

A vida humana, sujeita


eternamente aos photons.

Por: Laryssa Stefany.

Em: 29/11/2021.
Grupo Temático:

PROJETOS DE PESQUISA
OS CONCEITOS EM LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA: problemas
relacionados a definições de fenômenos físicos

Jornandes Jesús Correia


Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas - DCET
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
E-mail: jornandes.correia@uesb.edu.br

Área de Pesquisa: Ensino de Física.

RESUMO
Objetiva-se investigar em fontes didáticas: as definições das Funções Potenciais, das Funções de Transformação e das
Variáveis Intensivas e Extensivas; a discussão das intensidades das grandezas físicas, suas conservações e as condições
dos seus valores mínimos ou máximos. A Categoria de Análise está balizada pelo Silogismo de Aristóteles e
referenciada nas abordagens histórica e postulatória das fontes pesquisadas. Devido à falta de sintonia das definições
apresentadas pelas fontes pesquisadas, objetiva-se propor novas definições para cada uma das grandezas pesquisadas.
Observamos que a maioria das fontes analisadas se limita a fazer leituras das relações matemáticas que representam as
grandezas físicas, em detrimento da apresentação por meio de uma abordagem epistemológica. Como perspectivas
futuras, visa investigar as apresentações dos Grandes Potenciais da Termodinâmica e propor, caso necessário, novas
redações para suas definições.

Palavras-chave: Ensino da Termodinâmica; Funções Potenciais; Energias Livres.

1. INTRODUÇÃO
Dada a importância e a necessidade de um Professor conceituar e definir com clareza as
grandezas da Física, o Grupo de Pesquisa “Didáticas das Ciências Experimentais e da Matemática
(GDICEM)” do Museu Pedagógico Casa Padre Palmeira (MP) da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB), em uma de suas linhas temáticas, analisa em Fontes didáticas a
conceituação e as definições de Grandezas e de Leis da Física. As fontes pesquisadas foram Livros
de Texto, Dicionários, Artigos Científicos de áreas afins, Enciclopédias e sites da Internet. Essas
investigações, norteadas pelo Projeto de Pesquisa intitulado “Os Conceitos em Livros Didáticos de
Física – Problemas relacionados a definições de grandezas físicas”, sob minha coordenação, vem
desenvolvendo suas ações desde 2007, após a submissão do respectivo projeto de pesquisa junto ao
Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET-UESB) e cadastrado junto à Gerência de
Pesquisa (GP-UESB) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG-UESB), sob a Portaria do
Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Edital CONSEPE 029-2008). Desde a sua
aprovação, foram publicados doze artigos científicos e dois artigos encontram-se aceitos e estão em
fase de diagramação por duas revistas científicas.
O tema central das pesquisas são as grandezas da Termodinâmica, da Química e da
Mecânica Estatística. Após a pesquisa das Energias Potenciais e de Transformação da
Termodinâmica, na Representação da Energia e a pesquisa das grandezas potenciais na
Representação da Entropia, foram propostos dois diagramas, em que cada um deles é composto por
dois dígrafos, cujas estruturas são encontradas nos artigos que estão no Prelo. Esses diagramas estão
acompanhados de suas respectivas álgebras, de modo a fornecer todas as equações da
Termodinâmica de forma alternativa à obtenção dessas equações termodinâmicas pela aplicação das
Transformadas de Legendre.
Segue breves comentários sobre as conclusões de cada um dos artigos publicados. No artigo
sobre o Calor, foi destacado que a forma como sua definição é apresentada pelas fontes didáticas,
podem ser criados obstáculos epistemológicos no aprendiz em virtude da não distinção entre o
Calor e a Energia Térmica.
No artigo sobre Trabalho de uma Força, foi identificada uma tautologia envolvendo as
definições de Trabalho de uma Força e Energia.
No artigo sobre Entropia, foi concluído que seu significado nas fontes didáticas é inclusivo,
em virtude da superficialidade da abordagem.
No artigo em que foi investigado o Princípio de Conservação de Energia em Fontes
Didáticas, observou-se que a maioria dos livros analisados priorizaram a notação matemática da
Primeira Lei da Termodinâmica, em detrimento de uma significativa relação entre as grandezas
envolvidas na Rede Conceitual para Energia, e que o conteúdo apresentado pelas fontes pesquisadas
carece de uma discussão tanto epistemológica, quanto histórica.
No artigo sobre Temperatura, observou-se que os livros didáticos definiram Equilíbrio
Térmico em vez de apresentar a definição de Temperatura.
No artigo sobre Energia Interna, observou-se que a maioria dos livros de texto de nível
médio não diferenciaram a Primeira Lei da Termodinâmica do Princípio de Conservação da Energia
e que definem a Energia Interna, preferencialmente, com base na Teoria Cinética. Já os livros de
nível superior são os que abordam Energia Interna de forma mais clara, mesmo apresentando um
tratamento matemático transcendente.
No artigo sobre Entalpia, apesar de nenhum dos livros de texto ter apresentado uma
discussão satisfatória para o seu significado físico, foram encontradas interpretações físicas
satisfatórias para sua variação em uma transformação isobárica.
Quanto aos artigos sobre a Definição da Energia Livre de Helmholtz, a Definição da Energia
Livre de Gibbs e a Definição do Potencial Químico em fontes didáticas, observou-se uma falta de
sintonia entre as suas respectivas definições e foram identificadas priorizações quanto as leituras
diretas das relações matemáticas que as representam, em detrimento de uma abordagem
epistemológica.
Quanto ao artigo An E-Digraph for the Thermodynamic Potential Energies e quanto ao
artigo Uma Representação S-Digraph para as Funções Potenciais de Massieu, foi proposto uma
algebrismo que relaciona e articula as respectivas grandezas potenciais e as suas variáveis livres por
meio de dois dígrafos completos e independentes, cuja finalidade foi apresentar um modelo
tridimensional como ferramenta educacional auxiliar que poderá contribuir ao ensino e à
aprendizagem da Termodinâmica do Equilíbrio e à obtenção das interrelacões entre os Potenciais
Termodinâmicos para sistemas abertos, minimizar esforços para equacionar as relações da
Termodinâmica do equilíbrio, bem como dar significado aos Grandes Potenciais, uma vez que a
literatura científica ainda os tratam com muita superficialidade.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As fundamentações teóricas envolvidas nas ações deste Projeto de Pesquisa variaram desde:
os Obstáculos Epistemológicos de Bachelard (2008), utilizados nas pesquisas sobre o Calor
(CORREIA, 2008, 2009); as Concepções de Explicação Homogênea e Batígena de Halbwachs
(1974), utilizados na pesquisa sobre Temperatura; e as análises das Sequências Didáticas, os Rigores
dos Conjuntos das Invariantes, bem como a apresentação das Representações Simbólicas, os usos de
ilustrações e de gráficos, as associações ao quotidiano, os empregos de interrogantes e de
compreensões, os usos de tecnologia de informação e comunicação (TIC) e as abordagens históricas
(CORREIA & ORTIGOZA, 2015). A fundamentação teórica adotada recentemente pela
coordenação deste Projeto de Pesquisa é a Lógica Aristotélica (ARISTÓTELES 350 a. C., 71b 19),
base de análise das fontes Correia & Oliveira (2018), Correia & Oliveira (2019), Correia &
Guimarães (2020), Correia & Guimarães (2021a) e Correia & Guimarães (2021b), cuja metodologia
se baseia na análise de premissas e das respectivas sentenças abordados pelas fontes didáticas.

3. MATERIAL E MÉTODOS
As fontes de pesquisa deste Projeto de Pesquisa são Livros Didáticos de Física tanto de nível
médio quanto de nível superior, Dicionários, Enciclopédias e sites da internet. Apesar de terem sido
investigados livros de texto publicados nos últimos 50 anos, observou-se que todas essas fontes
didáticas, inclusive os livros de texto, apresentam tratamento sem profundidade teórica,
principalmente no campo da epistemologia, em que foi priorizado por essas fontes, a apresentação
de expressões matemáticas e leituras diretas dos elementos das equações que representam as leis e
os princípios da Física.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os temas de investigação, em consonância com os objetivos deste Projeto de Pesquisa,
deram fruto a artigos que estão publicados em revistas científicas. As Grandezas Físicas abordadas
até o momento foram o Princípio de Conservação de Energia, a Energia Interna, o Calor, a
Temperatura, o Trabalho de uma Força, a Energia Livre de Helmholtz, a Energia Livre de Gibbs, o
Potencial Químico, a Entalpia e a Entropia.
Dois artigos científicos foram submetidos e aprovados recentemente em duas revistas
científicas especializadas e receberam suas respectivas Cartas de Aceite. O primeiro artigo,
intitulado “An E-Digraph for the Thermodynamic Potential Energies", foi submetido ao número 3
do volume 5 da Revista do Professor de Física (ISSN 2594-4746) da Universidade de Brasília
(UnB). O segundo artigo, intitulado “Uma Representação S-Digraph para as Funções
Características de Massieu”, submetido ao número 2 do volume 10 da Revista Binacional
Brasil-Argentina (ISSN 2316-1205). Esses dois artigos, que estão em fase de diagramação para
serem publicados, abordam as grandezas de sistemas tanto fechados quanto abertos, de modo a
apresentar as equações de estados completadas com os Grandes Potenciais da Termodinâmica.
Como perspectivas futuras, está previsto a análise de uma grandeza termodinâmica que
ainda não foi investigada.
Esta pesquisa encontra-se em franco desenvolvimento, com perspectivas de novas
abordagens, inclusive sob a óptica da Simetria das Funções Potenciais e a reedição de temas já
publicados, visando um maior aprofundamento da abordagem.

5. CONCLUSÕES
Como perspectivas futuras objetiva-se investigar, nas fontes didáticas, as definições e a
abordagem dos Quatro Grandes Potenciais da Termodinâmica tanto na Representação da Energia
quanto na Representação da Entropia, além de propor, caso necessário, novas redações para suas
definições. Também objetiva-se investigar o uso da Concepção Batígena, no campo da Mecânica
Estatística, o Nível, a Intensidade, a Quantidade e a Transferência de Energia Térmica, motivada
principalmente pela falta de discussões qualitativas desse tema no campo da epistemologia.
Também objetiva investigar os potenciais de Massieu sob a óptica das suas simetrias. Como produto
final deste projeto de pesquisa que abarca todas as grandezas pesquisadas até então, foi proposta uma
articulação das Funções Potenciais da Termodinâmica, por meio de um grafo conexo em forma de cubo, às
Variáveis de Estado articuladas por outro grafo, também conexo. Esses dois grafos, embora independentes,
formam um grafo desconexo, uma vez que não há ligações dos nós do cubo propriamente dito com os nós
dos eixos coordenados. Logo, esses dois grafos conexos formam um único grafo desconexo denominado por
“Cubo Termodinâmico”.
Em suma, esses dois artigos que estão no prelo, em fase de diagramação, vem apresentar uma
contribuição inédita à Termodinâmica e à Mecânica Estatística, podendo constituir numa ferramenta
poderosa para auxiliar a obtenção das Equações de Estado, das Identidades de Maxwell, das Relações de
Gibbs, das Relações de Euler da Termodinâmica e das Relações de Gibbs-Duhen, tanto na Representação da
Energia quanto na Representação da Entropia, sem a necessidade de aplicação das Transformadas de
Legendre.

REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. Segundos Analíticos: Livro I. Tradução, introdução e notas de Lucas Angioni.
Campinas: IFCH/UNICAMP – Setor de Publicações, fevereiro de 2004. (Clássicos da Filosofia:
Caderno de Tradução nº 7).
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do
conhecimento. 8ª ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008. 314 p.
CORREIA, J.J.; MAGALHÃES, L. D. R.; LIMA, L. S. Obstáculos Epistemológicos e o Conceito
de Calor. Sitientibus Série Ciências Físicas. 2008. v. 4, p. 1-10, 2009. Disponível em:
http://periodicos.uefs.br/index.php/SSCF/article/view/SSCF-v.4-A1/4391. Acesso em: 02 ago.
2020.
CORREIA, J.J.; MAGALHÃES, L. D. R. Obstáculos Epistemológicos na transposição didática do
Calor. In: IX CÓLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO. (ISSN 2175-5493), Vitória da Conquista
(BA), Anais. Vitória da Conquista. MUSEU PEDAGÓGICO CASA PADRE PALMEIRA. 2009. v.
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CORREIA, J.J; JOSÉ, W. D. O conceito de trabalho de uma força em livros didáticos, In: IX
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CORREIA, J.J; JOSÉ, W. D. O conceito de entropia e as leis da termodinâmica em livros didáticos
de física. In. X CÓLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO (ISSN 2175-5493), vol. 10, Nº 1, 2013.
Vitória da Conquista (BA). MUSEU PEDAGÓGICO CASA PADRE PALMEIRA. 2013. Anais.
Vitória da Conquista Disponível em: https://core.ac.uk/reader/229299421. Acesso em: 29 nov. 2021.
CORREIA, J. J.; ORTIGOZA, L. V. O conceito de conservação de energia em livros didáticos: uma
análise histórico-didática. Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências, [S.l.],
v. 4, n. 2, p. 91-103, set. 2015. ISSN 2316-1205. Disponível em:
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CORREIA, J. J. Definições de temperatura em fontes didáticas. Revista Binacional Brasil
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CORREIA, J. J.; OLIVEIRA, W. C. A Definição de Energia Interna e o enunciado da Primeira Lei
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CORREIA, J. J.; OLIVEIRA, W. C.. A definição de 'entalpia' em livros didáticos. Revista
Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências, [S.l.], v. 8, n. 1, p. 327-353, maio 2019.
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CORREIA, J. J; GUIMARÃES, G. F. Definição da energia livre de Helmholtz em fontes didáticas.
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CORREIA, J. J. An E-DIGRAPH for the Thermodynamic Potential Energies. Revista do Professor
de Física, ISSN 2594-4746. v. 5, n. 03. No prelo. 2021a.
CORREIA, J. J. Uma Representação S-DIGRAPH para as Funções Característias de Massieu.
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HALBWACHS, F. Sobre los problemas de la caualidad física. In. MONOD et al. (eds).
Epistemogía y marxismo, Barcelona: Ediciones Martinez Roca, 1974, p. 45-70. Apud CINDRA, J.
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histórico. In. Martins, R. A.; MARTINS, L. A. C. P.; SILVA, C. C.; FERREIRA, J. M. H. (EDS)
Filosofia e história da ciência no Cone Sul: 3º Encontro, Campinas: AFHIC, 2004, (ISBN 85-
904198-1-9). p. 240-248.
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ELETRÔNICAS DE MATERIAIS CARBONOSOS:
NANOTUBOS DE CARBONO E GRAFENO

Sandra Cristina Ramos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: sandraramos@uesb.edu.br

Grupo Temático: Física e Interdisciplinaridades.

RESUMO
Os materiais carbonos apresentam propriedades diversas. Estas propriedades estão relacionadas
principalmente com as características de suas ligações químicas, tipo de hibridizações e seu arranjo
estrutural. A investigação de tais estruturas permite avaliar a potencialidade para aplicações e uma
delas é aquela relacionada com as propriedades condutoras e semicondutoras. Os Nanotubos de
Carbono (NTC) apresentam propriedades de condução devido à hibridização sp2e estas podem ser
potencializadas por mecanismo de funcionalização, permitindo inclusive serem utilizados enquanto
diversos diversos. Outro alotrópico do carbono é o grafeno, que vem sendo bastante estudado
atualmente devido a uma vasta aplicação, desde a condutividade eletrônica à semicondutora. Para
investigações destas propriedades do grafeno, realizamos uma descrição analítica para implementação
de formalismo numérico computacional, tal como Tight Binding Model (TBM) e Density Functional
Theory (DFT). Estes modelos numéricos são implementados pela resolver a equação de Schrodinger
independente do tempo, com aplicação de conceitos sobre os pontos de Dirac e níveis de Fermi para a
estrutura do grafeno, além da utilização da aproximação de Bohr-Oppenheimer, que fornece
embasamento para a consideração dos efeitos da minimização da energia cinética núcleo-núcleo e da
interação entre os elétrons na obtenção das bandas de energia do material investigado. Métodos de
interação elétron-elétron, como o de Hartree-Fock é usado para a resolução de matrizes
(Slater–Koster) para aplicação do modelo do DFT. Pelas aplicações e implementações dos modelos
obtém-se as configurações das bandas de energia do Grafeno que geralmente são compradas com
outros materiais semicondutores, a exemplo do Arsenieto de Gálio (ASGa). Demais estudos estão
sendo realizados para uma melhor configuração e entendimento das propriedades tão extraordinárias
do grafeno, como o efeito hall quântico, que nos possibilita avaliar outros níveis de energia, como os
Níveis de Landau.

Palavras-chave: Grafeno; Nanotubos de Carbono; Condução; Semicondução.


FORMAÇÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DA TEORIA DA FLEXIBILIDADE
COGNITIVA: contribuições ao ensino dialógico problematizador

Wagner Duarte José


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: wagnerjose@uesb.edu.br

Grupo Temático: Ensino de Física.

RESUMO
Analisamos processos de formação docente na perspectiva da Educação como Prática da Liberdade
(EPL) e da abordagem conceitual unificadora do conhecimento em diferentes espaços formativos por
meio de uma pesquisa-ação de matriz emancipatória, articulando-os à Teoria da Flexibilidade
Cognitiva (TFC). O campo de pesquisa constitui-se nos seguintes espaços de docência: Licenciatura
em Física, Mestrado em Ensino, Mestrado Profissional em Ensino de Física. Serão investigadas as
estratégias didáticas desenvolvidas, pautadas nos conceitos unificadores, na estruturação de casos e
mini-casos, e nos produtos gerados a partir de orientações, como atividades de estudo e dissertações,
entre outros. Consideramos como fontes de pesquisa, casos e mini-casos, planos de ensino/aula e
dissertações com foco na Educação Científica e Tecnológica (ECT). Os dados e análises serão
refletidos à luz das articulações EPL-TFC desenvolvidas ao longo das atividades de pesquisa, em
momentos prospectivos e retrospectivos da ação criticamente/teoricamente informada, considerando
as condições e contornos de sua realização. A meta é verificar o alcance de estratégias construídas que
privilegiem processos de codificação-problematização-descodificação da EPL no escopo da TFC e da
mediação docente estruturada nas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.

Palavras-chave: Formação de professores; Educação Científica e Tecnológica; Ensino de Física.


FÍSICA MÉDICA E SUAS APLICAÇÕES

Simara Santos Campos (Coordenador)


Carlos Takiya (Colaborador)
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
E-mail: simaracampos@uesb.edu.br
E-mail: takiya@uesb.edu.br

Área de Pesquisa: Física Médica e Nuclear Aplicada

RESUMO
Na área da medicina, especificamente, a física estuda a interação da radiação com a matéria, buscando
processos que visam otimizar a aquisição de imagens por meio de radiografias, reduzindo ao máximo
a exposição dos pacientes e também profissionais técnicos à radiações ionizantes, subárea chamada de
física médica. Há ainda a atuação de profissionais da física em radioterapia, os quais são responsáveis
por controlar aceleradores lineares e administrar corretamente as doses prescritas pelo médico
oncologista em tratamentos de câncer localizado. Com base na filosofia de proteção radiológica, a
prática envolvendo radiação deve ser sempre justificada e os benefícios devem ser maiores em relação
ao detrimento causado pelos procedimentos, ou seja, o número de pessoas expostas e os limites de
doses devem ser tão baixos quanto possível. Nesse sentido, é inconcebível a exposição do ser humano
para se obter uma avaliação do nível de radiação de uma região. Para suprir este tipo de problema são
realizadas simulações computacionais com objetos constituídos de materiais semelhantes aos tecidos
humanos, ou seja, possuem características de espalhamento e absorção parecidas com as estruturas do
corpo humano, denominados de fantomas ou simuladores. Os simuladores são utilizados para avaliar
os níveis de radiação de uma região ou para avaliar as condições de funcionamento dos aparelhos
emissores de raios X.

Palavras-chave: Rádio Proteção; Radiação; Simuladores.


AUTORES

Ramon Alves dos Santos; Ian Lima Santana; Gabriel dos Santos Varges; Maria Raphaella
Santos Azevedo; Simone Macêdo Ribeiro; Daniel Santos de Amorim; Ronaldo Thibes;
Sandra Cristina Ramos; Rafael Lima Caires; Suzicleide Lopes de Oliveira; Márcio de
Andrade Batista; Adriane Martins Alves; Ana Júlia Novais Marques; Maria Aparecida Silva
Silveira; Priscila de Souza Santos; Igor Rodrigues Reis; Nemésio Matos de Oliveira-Neto;
Edilson Jean Meira Souza; Jorge Anderson Paiva Ramos; Jackson de Souza Silva; Cristina
Porto Gonçalves; Uiliam Alves Almeida; Roberto Claudino Ferreira; Ernande Oliveira
Souza; Mariana Lemos Moreira; Maria Eduarda da Silva Cruz; Érika Rocha Lima; Freddy de
Souza Leite; Daniel Grulha Freire; Rodrigo Almeida Batista; Geisla Ribeiro Pereira da Silva;
Lincoln Souza Farias Correia; João Marcos Miranda Sampaio; Saulo de Tácito Silveira
Santos; Carlos Henrique Prado Silva; Álicy Pedroso de Jesus; Graciely Rocha Braga; Giovani
Luz Andrade; Walmir Belinato; Gabriel Silva Santos; Tacielle Ferreira Macabeu; Marcia de
Oliveira Menezes; Wilck Grasianni Alipio Porto; Lucas Martinho Bicalho Belo; Yalle
Carolina Ferreira da Silva; Luizdarcy de Matos Castro; Wagner Duarte José; Pedro Henrique
Melo Ferraz; Bruno Lobo Coqueiro; Laryssa Stefany; Jorge Raphael Rodrigues de Oliveira
Cotinguiba; Átila Cheles Keler; Rogerio dos Santos Bittencourt; Valmir Henrique de Araújo;
Jornandes Jesús Correia; Simara Santos Campos; Carlos Takiya.
A Semana de Física do Colegiado do Curso de
Licenciatura em Física (CCFis) da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB), campus Vitória da
Conquista, é um evento de interação entre
conhecimentos da Física e suas mais diversas
aplicações em outras áreas. O evento tem o objetivo
de divulgar a produção científica e tecnológica, local e
externa, em prol de favorecer um diálogo entre esta e
demais Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão da
região sudoeste da Bahia e além.

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