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COMANDOS

ELÉTRICOS
MÓDULO 1
A eletricidade que move o mundo é a mesma que
passa sutil e despercebida por entre nós.

Eduardo Soares
SUMÁRIO
COMANDOS ELÉTRICOS 04

PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS DOS


COMANDOS ELÉTRICOS 05
Botoeiras 05
Contatores 06
Disjuntor 06
Fusíveis 07
Sinaleiros 07
Relés 08

DISPOSITIVOS DE COMANDO,
SINALIZAÇÃO E AUXILIARES 09
Botoeiras 09
Contato de Selo 22
Relés 26
Contatores 36
Sinalizador 39

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 41
Fusíveis 41
Disjuntores 50

PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE


UTILIZAÇÃO DE DISJUNTOS EM
UMA INSTALAÇÃO DOMÉSTICA 65

RELÉ TÉRMICO 68
COMANDOS ELÉTRICOS
A eletricidade é a principal responsável pelo
nosso modo de vida, desde a comunicação à
distância, desenvolvimento das indústrias e o
surgimento da internet. O seu estudo é
dividido geralmente em 4 áreas: geração,
transmissão, distribuição e consumo.

Os comandos elétricos utilizam a energia,


para transformá-la em parte de um produto,
sendo sua principal função o acionamento de
máquinas e equipamentos elétricos, como os
motores por exemplo, que são bastante
comuns em indústrias.

Outros exemplos comuns de comandos


elétricos são os utilizados em: elevadores,
tornos, fresas, esteiras rolantes dentre outros.

Circuito de cargas: Esse circuito pode ser


monofásico, bifásico ou trifásico, onde as
cargas elétricas utilizadas é sua potência
total.

Circuito de comandos: O circuito de


comandos ou de controle é onde os
dispositivos de acionamento e sinalização
são encontrados, ele possui uma
combinação de elementos que executam o
acionamento das cargas e sinaleiros.
04
PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS
DOS COMANDOS ELÉTRICOS
Os comandos elétricos mais comuns são feitos
por um circuito de força, que pode ser
monofásico, bifásico ou trifásico e um circuito
de comando, onde fica o acionamento dos
dispositivos de sinalização.

É com o acionamento através dos comandos


elétricos que as máquinas elétricas conseguem
funcionar normalmente.

Botoeiras:

As botoeiras funcionam interrompendo ou


permitindo a passagem da energia elétrica a
partir do momento que ela for acionada.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

05
Contatores:

O contator é um dos principais componentes


do comando elétrico, e sua função é controlar a
passagem de altas correntes, possuindo as
configurações de contatos NA (Normalmente
Aberto) e NF (Normalmente Fechado).
Existem dois tipos: contatos de potência ou
carga e contatos auxiliares ou de comando.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Disjuntor:

São utilizados para proteção dos circuitos de


carga e comando. Eles possuem sistemas de
proteção e manobra que liga e desliga o
circuito em um único equipamento, protegendo
o circuito elétrico contra curto-circuito e
sobrecarga.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

06
Fusíveis:

Os fusíveis estão presentes nas instalações


elétricas de estabelecimentos, automóveis e
residências. A função deste componente é a de
proteção do circuito contra curtos-circuitos.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Sinaleiros:

O sinaleiro é utilizado para sinalizar e indicar


o estado do circuito elétrico. Funciona quase
com dependência mútua da botoeira.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

07
Relés:

Os relés funcionam como chaves de comando,


que em função da sua alimentação na entrada,
podem alterar os circuitos ligados na sua
saída. Existem vários tipos de relés: relé
temporizador, relé térmico e o relé de falta de
fase.

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

Relé Temporizador ON/OFF DELAY

Símbolo Literal

Símbolo Gráfico

08
DISPOSITIVOS DE COMANDO,
SINALIZAÇÃO E AUXILIARES
BOTOEIRAS

Chamadas também de forma genérica como


botão de comando, se a função da botoeira for
ligar, quando ela for acionada e o circuito
estiver desligado, ela irá ligar, caso a sua
função seja desligar, o circuito será desligado
após o seu acionamento.

Ela funciona através de pulsos. Isso significa


que enquanto não é acionada, a botoeira
funciona como um circuito aberto ou um
circuito fechado, respectivamente, mudando
seu estado enquanto o quando o botão é
pressionado.
09
Em algumas se encontra presente um
dispositivo de retorno por mola que após ser
acionado retorna para a posição original
(botões pulsadores).

Existem botoeiras com diferentes modelos,


dentre eles:

Botoeiras com contatos NA (Normalmente


Aberto) ou NF (Normalmente Fechado);
Botoeiras com retenção ou sem retenção;
Botoeiras liga/desliga conjugado;
Botoeiras cogumelo ou botão de
emergência;
Botoeiras com chave;
Os contatos de selo.

Símbolos Gráfico:

Botoeira NA

Botoeira NA com
retorno de mola

Botoeira NF

Botoeira NF com
retorno de mola

10
Modelos de Botoeiras
Botoeira com retenção

Essa botoeira quando é apertada não tem o


retorno para a posição inicial. Para voltar ao
estado inicial deve-se pressioná-lo novamente,
ou apertar um segundo botão que destrava o
primeiro.

Uma desvantagem do seu uso é que, no caso


de falta de energia no momento que o circuito
estiver em funcionamento, o botão
permanecerá na posição ligado.
11
Com isso, quando houver o restabelecimento
da energia, o circuito irá voltar a funcionar
automaticamente.

Portanto, se um relé de proteção atuar


desligando o circuito que possua esse tipo de
botão, ao corrigir a falha, o funcionamento do
circuito se restabelecerá.

Podendo causar prejuízos no funcionamento


interno de algum componente de proteção ou
até trazer risco aos trabalhadores que operam
neste sistema ou máquina.

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Botoeira sem retenção

Conhecido também como botão pulsante, é o


modelo mais utilizado. É usado para enviar um
pulso de comando para algum componente da
máquina ou equipamento.

Quando este botão é usado em comandos


analógicos deve ser ligado através de um
contato de selo. Caso não seja, o seu
funcionamento será temporário.

Este modelo é usado pela segurança


proporcionada por ele em caso de falta de
energia elétrica. Pois o contato de selo do seu
circuito é desligado com a falta de energia,
sendo possível sua religação apenas se
acionado novamente.

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Botoeira com Chave

Funciona como uma botoeira de emergência,


nesta botoeira é necessário que uma chave
destrave o sistema para ocorrer o retorno dos
contatos à posição inicial.

14
Botoeira Cogumelo

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É um botão de emergência, que é utilizado
para desligar o comando em caso de algum
sinistro como por exemplo, incêndio, acidente,
pane elétrica, dentre outros.

Esse botão contém algumas características


importantes: primeiramente a sua cor, e
segundo é necessário que seu acesso seja fácil,
desobstruído e seguro, de forma com que
qualquer pessoa possa acionar.

Este botão funciona por pressão, possuindo


uma trava com retenção.

Para que este botão retorne à posição inicial é


necessário girar o botão de modo a promover o
destravamento, isso possibilita que o
dispositivo seja mais seguro evitando
manobras de religamento acidental.

Geralmente seus contatos de proteção são NF,


utilizados para desligar o circuito e NA, para
sinalizar a condição de emergência.

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Botoeira Liga e Desliga

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Possui dois atuadores de botão sem retenção
em apenas um cabeçote.

Em sua ligação é normalmente usados um


contato de selo para que o circuito permaneça
ligado.

Esse modelo possui ambos acionamentos no


mesmo botão onde os contatos são divididos,
um lado possuindo o botão liga na cor verde e
o outro lado possuindo o botão desliga na cor
vermelha.

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Cores de Botões
As cores das botoeiras têm uma função para a
segurança dos profissionais que manipulam
máquinas e equipamentos elétricos.

As normas NR26 e NR12 padronizaram as


cores de trabalho, onde o profissional
identifica o fluxo de funcionamento de uma
máquina ou sistema observando as cores dos
botões.

Verde: Arranque, ligar e partida.

Preto: Arranque, ligar e partida.

Vermelho: Parar, desligar e botão de


emergência.

Amarelo: Inverter sentido, cancelar


operação, eliminar condição perigosa.

Azul: Qualquer função que não as anteriores.

Branco: Qualquer função que não as


anteriores.
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Partes das Botoeiras
Existem vários tipos de botões de comando,
que são compostos por um elemento frontal de
comando (cabeçote) e o bloco de contatos.

A grande maioria das botoeiras utilizam o


princípio de montagem modular, onde há
possibilidade de adaptar vários blocos de
contato no cabeçote do botão do comando
elétrico. Este princípio de montagem de
contatos no cabeçote é denominado blocos de
contatos intercambiáveis.

Cabeçote

Bloco de Contato

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Bloco de contato: é um elemento constituído
por um corpo isolante, contatos móveis,
contatos fixos e bornes para conexão.

Corpo Isolante: O corpo isolante serve para


envolver os contatos e sustentar os bornes
para a conexão. Ele é feito de um material
termoplástico isolante com boa resistência
mecânica.

Contatos: Os contatos são os elementos


responsáveis pela continuidade da corrente
elétrica do circuito, são normalmente em
forma de pastilha de liga de prata, tanto nas
partes fixas como nas partes móveis.

Isso garante uma alta capacidade de ruptura


do arco elétrico, o que acarreta uma vida mais
longa para os contatos.

Bornes para conexão: Os bornes para a


conexão são elementos que estabelecem a
ligação dos condutores nos contatos fixos.

A fixação dos cabos através de bornes de


conexão são por parafuso ou através de
pressão, que dispensa o uso de chaves de
aperto.

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Contato de Selo

Contato normalmente
aberto (NA)

Contato normalmente
fechado (Nf)

Contato normalmente
aberto (NA)

22
O contato de selo basicamente é usado para
intertravamento das botoeiras com retenção,
através da auto-alimentação do contator no
comando elétrico.

O contato de selo é executado nos contatos


auxiliares do contator. Esses contatos abertos
(NA) são utilizados para manter a alimentação
do comando, mesmo depois que a botoeira
voltar para a sua posição original.

Pode ser usando também nos contatos


auxiliares do contator, sendo denominado de
intertravamento elétrico.

Quando você impede o segundo contator de


funcionar através dos contatos auxiliares, isso
faz com que um dos contatores não funcione
enquanto o outro estiver acionado.

Este intertravamento é chamado também de


intertravamento magnético, mas há também o
intertravamento mecânico, que é feito por uma
peça que acopla os dois contatores.

O contato de selo mantém o comando ligado,


ou seja, ao acionar uma botoeira sem retenção,
ao soltar o dedo do botão ela voltará para a
posição original e interrompendo o seu
acionamento.

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Ele possui uma proteção que se tornou uma
grande vantagem em comparação com estas
outras botoeiras e chaves seletoras.

Quando a chave seletora é acionada, ela se


mantém ligada até realizarem o seu
desligamento, mesmo que acabe a energia.
Assim quando a energia voltar, a chave
seletora continua na sua posição e deixará a
energia passar pela máquina ou equipamento,
ligando-a novamente.

Contudo o contato de selo não deixará isso


acontecer, pois o contato que faz a “auto-
alimentação” é um contato normalmente
aberto e só é fechado pela atração magnética
da bobina elétrica do contator.

Portanto, se acontecer uma queda de energia o


contato voltará para a sua posição aberta,
precisando de um novo pulso na botoeira (NA)
para realizar novamente a sua função como
contato de selo.

O elemento de acionamento que é conectado


aos contatos pode receber os seguintes nomes:
cabeçote, atuador ou elemento frontal. É
através do elemento frontal da botoeira que
um operador manipula e comanda uma
máquina ou sistema elétrico.

24
Tipos de contatos

Cada bloco de contato pode possuir três tipos


de contatos:

Contatos NA (português) ou NO (inglês):


Estes contatos ficam em repouso na
posição aberta, o que impede a passagem
de corrente elétrica. Quando são acionados
se fecham, permitindo a passagem de
corrente elétrica.

Contatos NF (português) ou NC (inglês):


No estado de repouso, estes contatos ficam
na posição fechada, o que permite a
passagem de corrente elétrica. Quando
acionados se abrem, impedindo a
passagem de corrente elétrica.

Contatos Comutadores: Possuem um


contato comum em um lado e no lado
oposto dois contatos de saída, um NA e
outro NF. Permitindo uma comutação
entres as duas saídas, selecionando linhas
de comandos distintas em um circuito.

25
RELÉS

Relé é um interruptor eletromecânico, que


funciona quando uma corrente circula pela
bobina, e gera um campo eletromagnético que
atrai uma série de contatos, estes contatos
fecham ou abrem os circuitos.

Ao interromper a corrente elétrica que passa


pelas bobinas o campo eletromagnético
também é interrompido, com isso, os contatos
voltam para suas posições originais.

As partes básicas que o compõe os relés são:

Eletroímã ou bobina: que é um fio de


cobre que envolve um núcleo de ferro,
oferecendo um caminho de baixa
relutância para o fluxo magnético;

26
Armadura fixa: atua como suporte;

Armadura móvel: desloca devido a atração


do campo eletromagnético induzido no
núcleo, sendo este movimento responsável
pelos movimentos dos contatos;

Conjuntos de contatos, NA e NF;

Mola de rearme;

Terminais: que varia de acordo com a sua


aplicação.

Existem configurações para os contatos dos


relés, podendo ter contatos normalmente
abertos (NA), normalmente fechado (NF) ou
ambos. Os contatos NA são aqueles abertos no
momento que a bobina não está energizada e
que fecham, quando são acionados. Os
contatos NF funcionam de maneira contrária
aos NF, pois eles abrem quando a bobina é
energizada.

Uma das vantagens dos Relés é que os


contatos que acionam o circuito de carga estão
completamente isolados do circuito de
comandos, podendo trabalhar com tensões
diferentes entre circuitos de comando e
circuitos de carga.

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A principal desvantagem do relé é o fator do
desgaste, pois em todo o componente mecânico
há uma vida útil.

É necessário verificar as limitações dos relés


em relação a corrente e tensão máxima
suportadas entre os terminais, para não
comprometer a vida útil do dispositivo e do
circuito.

Os relés são classificados como:

Abertos: são usados em equipamentos, que


não estejam sujeitos a elementos que
prejudiquem o dispositivo, como por
exemplo a umidade ou sujeira.

Fechados: utilizados na maioria das


aplicações comuns, que são normalmente
cobertos por plástico.

Selados: utilizados em atmosferas onde há


o risco de explosões.

Existem diversos tipos de relés, cada um com


suas características de funcionamento e
aplicações, tais como: relé temporizador, relé
térmico e relé de proteção.

28
Relé Temporizador

O relé temporizador, timer ou relé de tempo,


pode ser definido como um dispositivo que é
capaz de fazer processos de comutação através
da manipulação de tempo antes, durante ou
após o seu acionamento, realizando funções
como:

Prolongamento de impulso;

Retardo na desenergização;

Auxiliar na reversão de motor;

Auxílio na automação e sincronismo


industrial;

Retardo na energização;

Padronização de sinais para CLP;

Prevenção de sobrecarga no sistema de


potência;

Pulso na energização e outras.

São usados em áreas industriais, tanto em


processos produtivos microprocessados quanto
em processos produtivos com eletrônica
convencional.
29
Temporizador com retardo na desenergização
(off delay)

Esse tipo desenergiza o circuito após o tempo


configurado nele, ou seja, após a energização
da sua bobina, esse relé comuta os seus
contatos imediatamente e dá início ao processo
de contagem do tempo que foi ajustado nele.

Assim que esse tempo programado chega ao


fim, os contatos que foram comutados voltam
para as suas posições originais, cessando a
passagem de corrente para o circuito que
estava ligado.

Temporizador com retardo na energização


(on delay)

Ele energiza o circuito após o tempo


configurado nele. No momento que a bobina é
energizada, ele inicia o processo de contagem
do tempo que foi ajustado nele.

Quando o tempo programado acaba, o relé


realiza a comutação dos seus contatos, os
deixando nesta posição até que a energia seja
cortada.

30
Temporizador estrela-triângulo

Quando ele recebe a alimentação e a bobina é


energizada, a comutação dos seus contatos
estrela acontece imediatamente.

Quando o tempo que foi programado finaliza,


os contatos estrela retornam para a sua
posição original, e quando isso acontece, o relé
inicia uma nova contagem de tempo.

E ao chegar no final dessa nova contagem, os


contatos triângulo se comutam, permanecendo
assim até o interromper a alimentação.

Temporizador com pulso na energização

Esse temporizador trabalha com a energização


temporária. Os seus contatos comutam no
momento que ele recebe energia da fonte de
alimentação, mas simultâneo à isso, a
contagem do tempo ajustado também começa.

Quando o tempo termina, os contatos


comutados retornam para as suas posições
iniciais.

31
Temporizador cíclico

Esse temporizador trabalha com duas


programações de tempo, quando é alimentado
e a sua bobina é energizada, os contatos do
relé se comutam na hora e depois de um
determinado tempo, voltam para as suas
posições originais.

Esse processo de comutação e volta para a


posição original se repete, criando um ciclo até
que a energia seja interrompida. Então, as
duas regulagens são:

Tempo que será ajustado para que os


contatos permaneçam comutados;

Tempo que será ajustado para que os


contatos permaneçam nas posições
originais.

Temporizador Cíclico Temporizador


estrela-triângulo
32
Relés de Proteção ou Relé Falta de Fase

Trabalham sob o funcionamento de correntes


elétricas e cria campos eletromagnéticos que
podem provocar mudanças de estados dos
contatos para ligar ou desligar dispositivos,
eles conseguem medir grandezas de tensão,
isolamento, temperatura, sequência de fase e
outros. Um exemplo de relé de proteção é o
relé falta de fase.

Esse relé é um dispositivo de proteção para o


motor elétrico trifásico e para o circuito de
comando, pois com a falta de alguma das fases
da rede de distribuição, o motor pode queimar
durante o funcionamento.

Além da função de falta de fase, alguns são


capazes de identificar:

A tensão incompatível com os níveis


mínimo e máximo;

A falta do neutro;

A inconsistência de uma das fases;

A sequência incorreta das fases;

A assimetria nos ângulos de defasamento


das fases.
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São compostos pelo circuito eletrônico de
monitoramento das fases, microprocessador,
relé interno e contato comutador.

O contato comutador é um tipo diferenciado de


contato, pois ele consegue assumir a função de
um contato aberto (NA) e um contato fechado
(NF) ao mesmo tempo.

Quando o relé falta de fase é instalado no


circuito, ele recebe as três fases (R, S e T) nos
seus bornes de entrada L1, L2 e L3. Quando
as fases estiverem com seu funcionamento
pleno, o relé falta de fase permite o
funcionamento do circuito.

Caso alguma das três fases do sistema deixe


de funcionar, o circuito eletrônico detecta essa
falha. O microprocessador envia sinal para o
relé interno que comuta os contatos, fazendo
com que o circuito pare de funcionar.

34
Relés Térmicos

Os relés térmicos, conhecidos como relés de


sobrecarga, é um dispositivo de proteção
responsável por proteger os motores elétricos
de possíveis falhas. A mais comum é o
sobreaquecimento do motor elétrico.

Quando o motor trava o seu eixo ou está


trabalhando com muita carga, ele solicita mais
corrente da rede para tentar compensar o
peso, deste modo o motor acaba tendo que
trabalhar com especificações que ele não
suporta.

Veremos mais detalhadamente esse tipo de


relé no capitulo Dispositivos de Proteção.

35
CONTATORES

É o principal dispositivo eletromecânico em


um comando elétrico, e sua função principal é
controlar a passagem de altas correntes,
possuindo também as configurações NA e NF.

São compostos por uma bobina que produz um


campo magnético que proporciona movimento
realizando uma mudança de estado dos
contatos, quando energizados os que estavam
abertos quando desenergizado fecham e os que
estavam fechados abrem.

36
Um dos motivos da utilização dos contatores
para elétrica de potência é o fato da bobina ser
eletricamente isolada dos contatos, sua
influência se dá pelo eletromagnetismo.

Desse modo, com uma corrente da ordem de


poucos miliampères é possível manobrar
cargas que consomem dezenas de amperes,
garantindo segurança ao operador que se
mantém isolado das grandes cargas.

37
Tipos de contatores

Os contatores possuem dois tipos de contato:


potência ou principal (alta corrente) e
auxiliares ou de comando (baixa corrente). Os
contatos são mesclados entre NA e NF que
podem variar de acordo com o fabricante e a
necessidade.

Esses dois tipos de contatores são


semelhantes. O que os diferencia são algumas
características mecânicas e elétricas:

Maior robustez de construção;

Possibilidade de receberem relés de


proteção;

Câmara de extinção de arco Voltaico;

Variação de potência da bobina do


eletroímã de acordo com o tipo do
contator,

Dois tipos de contatos com capacidade de


carga diferentes.

Os contatores auxiliares são usados para


aumentar o número de contatos auxiliares dos
contatores de motores, para comandar
contatores de elevado consumo na bobina,
evitar repique e para sinalização.
38
SINALIZADOR

Os sinalizadores são identificados por cores:

39
Em comandos elétricos sinalização é a forma
visual ou sonora de se chamar a atenção do
operador, podendo ser do tipo luminoso ou
sonoro.

Pode ser uma falha no motor, o acionamento


de uma máquina específica, ou qualquer outra
circunstância que seja prevista pelo projetista,
qualquer tipo de sinistro será acionado um
sinalizador no painel.

Simbologia

Sinaleiro Luminoso

Sinaleiro Sonoro

40
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEIS

Estão presentes nas instalações elétricas


residenciais, estabelecimentos, industrias e
carros. São dispositivos de segurança que
protegem os circuitos elétricos contra os danos
que podem ser causados por uma sobrecarga
de corrente elétrica.

No seu interior, há um fio de chumbo ou


estanho de dimensões variadas, feito para
suportar um determinado limite de
temperatura e, então, derreter, interrompendo
o circuito da corrente elétrica.
41
A principal finalidade dos fusíveis é tornar um
circuito elétrico seguro. A eletricidade pode
causar muitos danos e provocar acidentes se
não for utilizada da maneira correta.

Os circuitos elétricos às vezes podem ter


curtos-circuitos ou sobrecargas de energia.

Os fusíveis também são úteis para proteger os


circuitos de sobrecargas. As sobrecargas são
oriundas da rede de distribuição de energia
elétrica, entretanto, podem acontecer em
circuitos elétricos mal dimensionados.

Um curto-circuito é quando há uma conexão


de baixa resistência entre os pólos de um
dispositivo elétrico ou eletrônico.

Em termos técnicos, é quando ocorre uma


redução grande e inesperada da capacidade de
um circuito elétrico.

Uma sobrecarga é quando a intensidade de


corrente de um circuito ultrapassa o valor para
o qual ele foi dimensionado. Ou seja, quando
ultrapassa a quantidade de corrente que ele é
capaz de suportar.

42
A velocidade de ação do fusível depende do
material utilizado na fabricação. Isso porque o
tempo que ele leva para se fundir é
proporcional ao quadrado da corrente aplicada
e da inércia térmica do material do elo.

Essa velocidade pode ser muito rápida, rápida,


média, lenta ou muito lenta.

Os fusíveis podem ser feitos de materiais


diferentes e ter diferentes limites de carga.

É composto por base, porta fusível, anel de


proteção, fusível e o indicador.

As principais características do fusível são:

Corrente nominal: valor de corrente que o


fusível suporta sem interromper o circuito.

Tensão nominal: é a tensão para o qual o


fusível foi desenvolvido.

Corrente de ruptura (KA): valor máximo de


corrente que o fusível consegue interromper.

Corrente de curto-circuito: valor de corrente


máxima que deve ser interrompida pelo fusível
assim que atingida.

43
Curva característica: é a apresentação da
relação entre o tempo necessário para a
interrupção devido a corrente. Ela determina
se o fusível é rápido ou retardado, dependendo
do tempo de atuação.

Elo fusível: o elo do fusível pode ser feito de


chumbo ou estanho.

Existem diversos tipos de fusíveis no mercado


com variados intervalos de corrente elétrica,
porém, todos desempenham a mesma função
que é interromper a passagem de corrente
elétrica mediante a fusão de um elo condutor.

O modelo mais comum é conhecido como


Diazed. Sua principal aplicação é a segurança
de circuitos elétricos residenciais, cujas
correntes elétricas variam entre 2 A e 63 A.
Esse tipo de fusível apresenta um formato
cilíndrico e é facilmente encontrado em um
grande número de residências.

44
Existe uma categorização das classes de
serviço dos fusíveis, que recebem duas letras
para sua classificação. A primeira é minúscula
e indica se o fusível protege apenas contra
curto-circuito ou se protege também contra
sobrecarga. Já a segunda letra é maiúscula e
indica para que tipo de circuito aquele fusível é
indicado.

Classificações de fusíveis:

Fusível NH: são utilizados para proteger


instalações elétricas industriais de
sobrecorrentes de curto-circuito.

A categoria de utilização é “gL/gG”, e podem


ter seis tamanhos diferentes. Atendendo
correntes nominais de 6 a 1250A. São
limitadores de corrente e possuem alta
capacidade de interrupção (120KA em até
690VCA).

45
Fusível D: são utilizados para proteger
instalações elétricas de curto-circuito.

A categoria de utilização é “gL/gG” e


possuem 3 tamanhos diferentes. Atendem a
correntes nominais de 2 a 100A, com
capacidade de interrupção de 20A – 100kA e
de 25 a 63A – 50 a 70 kA.

Fusíveis ultra rápidos: São utilizados para


proteger circuitos retificadores e conversores
de frequência.

46
Funcionamento dos Fusíveis

No seu interior existe um fio de chumbo ou


estanho, cujas dimensões (área transversal e
comprimento) são calculadas para que ele
suporte certa corrente elétrica máxima.

Portanto se a corrente elétrica ultrapassar


esse valor máximo, o fio derreterá e o circuito
será interrompido, sem que maiores danos
sejam causados aos demais componentes
conectados.

A escolha do chumbo ou do estanho como


material para confecção dos fusíveis é porque
esses metais apresentam baixo ponto de fusão
(derretem em temperaturas não muito
elevadas).

Lâmina de estanho

Encapsulamento Isolante

Contatos Terminais

47
O derretimento do fio de chumbo presente no
interior dos fusíveis ocorre devido ao efeito
Joule. No efeito Joule, a passagem da corrente
elétrica faz com que os átomos da rede
cristalina do metal fiquem mais agitados. O
efeito macroscópico dessa agitação é o
aumento da temperatura do fio.

48
As dimensões do fio utilizado no interior do
fusível afetam a resistência elétrica desse fio.
Ele é inversamente proporcional à área
transversal do fio, ou seja, quanto mais
“grosso” é o fio, menor será a sua resistência,
consequentemente, a passagem da corrente
elétrica através desse fio dissipará menos calor
e o fusível suportará maiores intensidades de
corrente elétrica.

Esse comportamento é descrito pela 2ª lei de


Ohm, confira:

Na fórmula, R corresponde à resistência


elétrica do fio de chumbo; ρ, à resistividade do
material; l é o comprimento do fio; e A é a
área transversal do fio.

49
DISJUNTORES

É um dispositivo que possuí a mesma função


do fusível, ou seja, sua principal característica
é proteger o circuito de um curto-circuito ou
sobrecarga atuando como uma chave,
interrompendo a passagem de corrente.

Resumindo, quando a corrente elétrica que


passa por ele ultrapassa o seu valor nominal,
ele interrompe o circuito impedindo o
fornecimento de energia para as cargas do
circuito, evitando que o circuito danifique.

Ele é basicamente um interruptor automático,


que ao identificar um valor de corrente elétrica
que ele foi projetado para acionar, o mesmo
abre o circuito em que ele foi instalado. Ele
atuará quando houver pico de corrente,
sobrecarga e curto-circuito, sendo fundamental
um correto dimensionamento do circuito e dos
componentes.
50
Tipos de Disjuntores

Existem diversos tipos e modelos de


disjuntores, porém são distintos. O que irá
diferenciá-los são as suas curvas
características e onde serão aplicados.

Tudo isso será determinado de acordo com a


carga e circuitos que serão alimentados como
por exemplo, motores, ar condicionado,
máquinas elétricas, disjuntores gerais, e
também se o circuito será monofásico, bifásico
ou trifásico.

Disjuntor Magnético Disjuntor Térmico Disjuntores


termomagnéticos

51
Disjuntor Magnético

Diferente do disjuntor térmico, esse consegue


atuar contra curto-circuitos com um tempo de
resposta adequado.

Nesse disjuntor a corrente elétrica, passa por


uma bobina elétrica, gerando um campo
eletromagnético em torno dela mesmo. Assim,
o campo eletromagnético aumenta a sua
intensidade a medida que a corrente aumenta.

Quando o campo eletromagnético atinge uma


determinada intensidade, ele é capaz de atrair
magneticamente um contato que interrompe o
circuito. Portanto, quando a corrente elétrica
ultrapassa o limite máximo do disjuntor, a
bobina cria um campo eletromagnético que
desarma o disjuntor. Isso ocorre em uma
velocidade muito alta, evitando que o curto-
circuito cause maiores danos ou até incêndios.

A grande vantagem desse sistema é a


velocidade de interrupção que é quase
instantânea, que permite o disjuntor se
proteger tanto de curto circuitos, quanto de
sobrecarga. Na proteção de sobrecarga, ele
não terá tanta precisão como o disjuntor
térmico, já que a carga terá que exceder muito
o limite. A desvantagem é ter um custo mais
elevado que o disjuntor térmico.

52
Disjuntor Térmico

O disjuntor térmico funciona a partir de um


contato em uma lâmina, que possui um
determinado coeficiente de dilatação. Quando
uma corrente mais alta do que o limite flui por
esse contato, a lâmina aquece e começa a se
deformar, até abrir o contato e interromper a
corrente do circuito.

A desvantagem desse tipo de disjuntor, é que


ele protege somente contra sobrecarga, não
sendo possível usar um disjuntor térmico para
proteção contra curto-circuito, pois a
deformação da lâmina não é instantânea.

A atuação do disjuntor térmico demora um


certo tempo para acontecer, não sendo rápida
o suficiente para proporcionar segurança em
casos de curto-circuítos.

Esse componente é geralmente utilizado para


proteger um circuito contra sobrecargas
prolongadas, que podem causar um
superaquecimento e consequentemente danos
irreversíveis aos componentes.

53
Disjuntores Termomagnéticos

É a união das funcionalidades dos modelos


térmicos e magnéticos em um único
componente. Assim, esse é o dispositivo mais
seguro e mais usado, sendo o mais indicado
entre os três para instalações elétricas.

É usado para proteção contra curto-circuito e


sobreaquecimento dos condutores.

Ele proporciona diversas funcionalidades para


o circuito, como manobra dos circuitos,
proteção contra curto-circuitos e contra
sobrecargas.

54
Disjuntores Motores

É usado especificamente para motores


elétricos e é capaz de tolerar a corrente de
partida dos motores, que é muito maior que a
corrente nominal, já que o motor precisa de
muita força para sair do repouso.

Ele foi desenvolvido e melhorado ao longo do


tempo para oferecer uma proteção completa
contra todas essas falhas elétricas em apenas
um dispositivo.

Um disjuntor motor se assemelha


internamente à um disjuntor comum,
oferecendo a proteção magnética contra
curtos-circuitos e a proteção térmica contra a
sobrecarga através de um disparador
magnético e de um disparador térmico,
respectivamente.

55
Disjuntor monopolar

Utilizado em instalações e circuitos que


possuem apenas uma única fase como:
circuitos de iluminação e tomadas em sistemas
monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V
ou 220V.

Disjuntor bipolar

Utilizado em circuitos ou instalações com duas


fases, como: circuitos com chuveiros, torneiras
elétricas ou equipamentos de maior potência.

Disjuntor tripolar

Utilizado em instalações e circuitos com três


fases, como: motores elétricos trifásicos.

Existem os disjuntores de alta tensão que são


os indicados para grandes potências, que
alcançam altos valores de corrente elétrica.

56
Disjuntor DR

Em instalações elétricas, quando uma corrente


passa pela fase e não retorna pelo neutro
considera-se que ocorreu uma fuga de
corrente. Isso pode acontecer por conta de
condutores mau isolados, em contato com
carcaças ou principalmente choques elétricos.

O disjuntor DR ou Diferencial Residual


desarmar o circuito caso detecte uma fuga de
corrente.

A sua principal aplicação é para segurança do


usuário da instalação elétrica, protegendo
contra choques elétricos. Possuí também a
função de detectar falhas na instalação que
causam fugas de corrente.

Esses dispositivos de segurança são


obrigatórios, e não devem ser alterados ou
removidos de uma instalação.

57
Curva de Disparo do Disjuntor

Para dimensionar um disjuntor corretamente é


necessário saber exatamente qual tipo de
carga será instalada. Para cada tipo de carga é
estipulado uma curva de ruptura para o
disjuntor e essas curvas foram separadas em
categorias. A curva de ruptura do disjuntor é
correspondente ao tempo em que o disjuntor
suporta uma corrente acima da corrente
nominal por determinado tempo.

As curvas de disjuntores são B, C e D,


lembrando que pela corrente ser dada em
ampere (A), não existe curva característica
com letra A, para não haver confusão.

Curva B:

Estipula que a corrente para que seccione o


circuito seja compreendida entre 3 a 5 vezes a
sua corrente nominal.

Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar


quando sua corrente de pico atingir entre 30A
a 50A.

São utilizados em locais que serão conectadas


cargas resistivas, e que podem gerar um curto-
circuito de baixas proporções.

58
Curva C:

A curva de ruptura C estipula, que a sua


corrente de ruptura seja entre 5 a 10 vezes a
corrente nominal.

Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar


quando a sua corrente atingir entre 50A a
100A.

São utilizados em locais que se espera cargas


indutivas. Como em tomadas de uso específico,
para atuar em ar condicionados, motores
elétricos de pequeno porte, sistemas de
comando e circuitos de iluminação.

Curva D:

Estipula que a corrente necessária para abrir o


circuito esteja entre 10 a 20 vezes maior que a
corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando a sua corrente
atingir entre 100A a 200A.

São utilizados em circuitos industriais, como


motores de potência que possuí uma alta
corrente de partida, ou transformadores e
máquinas de solda.

59
Dimensionando o Disjuntor Geral:

O disjuntor principal protege outros


disjuntores parciais dos circuitos de uma
instalação, ou seja é o disjuntor a montante
dos disjuntores parciais.

Um componente elétrico na montante significa


que ele está mais perto da fonte de energia.
Um componente elétrico na jusante significa
que ele está mais perto da carga final.

Os termos montante e jusante definem a


posição de um componentes em relação a
outros componentes, desta forma podemos
dizer que o disjuntor geral é o disjuntor a
montante dos disjuntores parciais e os
disjuntores parciais são os disjuntores a
jusante do disjuntor geral.

O dimensionarmos correto dos disjuntores,


tanto parciais quanto o geral, tem a função de
garantir a seletividade.

Seletividade têm o objetivo de garantir a


proteção do sistema elétrico por meio da
definição dos ajustes de proteção de relés e
disjuntores, garantindo a proteção contra
curtos circuitos e sobrecargas no sistema
elétrico.

60
Quando ocorre um curto em uma tomada, o
ideal é que apenas o circuito da tomada seja
desligado e o resto da instalação continue em
funcionamento, isto é a seletividade.

O primeiro passo é ter as potências instaladas


em cada circuito do quadro elétrico e quais os
tipos de cargas.

Essas cargas devem estar divididas em


circuitos, e as cargas que possuam uma
corrente nominal maior que 10A estejam em
circuitos separados.

Após definir os circuitos e as cargas, é


necessário conhecer o fator de demanda. Por
exemplo em um circuito de tomadas de uso
geral que possua 1100W de potência total e
tenha 10 tomadas, podemos supor que cada
tomada tem 110W para ser utilizada.

Podemos utilizamos o fator de demanda


adequado, para aproximar a potência que
realmente é utilizada de forma a dimensionar o
disjuntor para uma corrente mais próxima da
média de utilização, garantindo assim uma
melhor proteção e seletividade.

Esses fatores de demanda são calculados e


disponibilizados em tabelas pelas
concessionárias em suas normas de
distribuição.
61
Para instalações residenciais usaremos dois
fatores de demanda:

TUG: que agrupa os circuitos de tomada de


uso geral e circuitos de iluminação;

TUE: para os circuitos de tomadas de uso


especial.

Definindo a potência instalada adequada com


os fatores de demanda respectivos, é
necessário calcular a corrente do disjuntor
geral da instalação, esse cálculo será realizado
através da Lei de Ohm.

A última informação que precisará levantar é


a curva de ruptura em caso de disjuntores de
norma DIN. Com relação a curva do disjuntor
geral temos que considerar as curvas dos
disjuntores parciais, a escolha da curva será
sempre a curva maior entre os parciais.

62
Como Instalar um Disjuntor

Desligue todos os circuitos elétricos antes


de iniciar o serviço.

Desligue o disjuntor geral.

Comunique que você estará trabalhando


nesse local para que o circuito seja
religado.

Teste o local onde será instalado o novo


disjuntor, para verificar se o mesmo
encontra-se desenergizado.

Se for adicionar o disjuntor em um quadro


de distribuição, verifique a posição dos
demais, onde é entrada e saída, para
manter um padrão de organização.

63
Realize a fixação do disjuntor de acordo
com seu modelo.

Com um alicate decapador, desencape os


condutores.

Execute a alimentação dos disjuntores por


cima, caso seja montagem de um quadro
de distribuição novo a saída do disjuntor
geral é ligado na entrada dos demais, que
são interligados por jumpers.
Conecte o cabo de cada circuito no borne
de saída de seus respectivos disjuntores.

Para ter a certeza que está tudo bem


fixado puxe os cabos, para verifica se
estão bem fixados nos bornes.

Antes de fechar de encerrar o serviço,


ligue os circuitos e faça os testes.

Finalize o serviço etiquetando o disjuntor.

64
Principais Dúvidas sobre utilização de
Disjuntos em uma Instalação Doméstica

Qual o tipo de disjuntor devo utilizar em uma


casa?

Utilize o disjuntor unipolar, que é indicado


para circuitos com uma única fase, como
circuitos de iluminação e tomadas em sistemas
fase/neutro (127V ou 220V) e o disjuntor
bipolar, que é indicado para circuitos com duas
fases, como circuitos para chuveiros e
torneiras elétricas em sistemas Bifásicos
Fase/Fase (220V).

65
Que disjuntor utilizo para Chuveiro 220v?

Quando utilizar chuveiro com a tensão nominal


de 127V e 5500W de potência, deve ser
adotado disjuntor de 50A e a seção do cabo
deve ser 10mm².

Quando optar por chuveiro com a tensão


nominal de 220V e 5500W de potência, deve
ser adotado disjuntor de 25A e a seção do cabo
deve ser 4mm².

Tensão Potência Disjuntor (A)

127 V 2500 W 25 A
127 V 3200 W 32 A
127 V 4000 W 40 A
127 V 4500 W 40 A
66
Qual a curva de disjuntor posso utilizar para
chuveiro?

Utilizando o disjuntor DIN para utilizar no


chuveiro elétrico, deve ser usar um disjuntor
com curva de disparo Tipo B. Tipo de curva
para carga resistivas.

67
RELÉ TÉRMICO

Esse é um dispositivo de proteção de


sobrecarga de corrente e falta de fase, é
utilizado geralmente em motores elétricos.
Umas das principais funções do relé térmico é
proteger o motor de sobreaquecimento através
da sobrecorrente.

Quando o motor está trabalhando com muita


carga, ele solicita mais corrente da rede para
tentar compensar o peso solicitado, desse modo
o motor acaba tendo que trabalhar com
especificações que não se enquadram a ele.

Portanto pode haver danos em suas bobinas


provocando aquecimento e até um provável
derretimento de sua isolação, ação que é capaz
de fechar um possível curto circuito interno.
68
Quando ocorrer o possível aquecimento, então
o relé entra em ação, desarmando o circuito do
motor, como também o circuito de comando
através de seus contatos auxiliares.

A quantidade de corrente que um relé térmico


suporta pode ser ajustada no próprio
equipamento através de um disco que é
ajustado manualmente.

Possui um botão de teste, para identificar se o


componente irá funcionar em caso de alguma
anomalia.

Ele possui três contatos que são conectados


nas saídas de um contator, e possuem também
contatos auxiliares.

Função Teste

69
Simbologia do Relé Térmico

O componente possui diversos botões e


contatos para ser ligado nas instalações
elétricas:

L1, L2, L3 ou 1, 3 e 5: Entrada de


alimentação (três contatos principais);

T1, T2 ou T3 ou 2, 4 e 6A: Saída (três


contatos principais);

95-96: Um contato auxiliar normalmente


fechado;

97-98: Um contato auxiliar normalmente


aberto;

Terminal A2, para ser conectado a bobina


de um contator, quando queremos acoplar
o relé térmico a um contator.

70
Botões do relé térmico são:

Disco Seletor: Botão giratório para regular a


corrente nominal da carga (ele possui uma
fenda, portanto utilize uma chave de fenda ou
philips para fazer o ajuste);

Botão Vermelho: E um botão de teste que


inverte os contatos auxiliares 95, 96 se
pressionado;

Botão Verde: Essa botão indica falha (Se


estiver levantado, indica uma falha no
sistema);

Botão Azul H ou A: É ajustado para rearmar


automaticamente ou manual, e botão RESET
para rearmar o relé.

71
Classes do Relé Térmico:

Eles são divididos por classes de disparo,


diferenciando pelo tempo que o relé vai
permitir uma sobre corrente, para se adaptar a
motores que possuem altas correntes de
partida:

Classe 10: Para motores com partidas de até


10 segundos;

Classe 20: Para motores com partidas de até


20 segundos;

Classe 30: Para motores de partidas de até 30


segundos.

Causas para Desarmamento do Relé Térmico:

1. Travamento do rotor;

2. Curto-circuito entre as bobinas (rolamento


interno);

3. Curto-circuito entre bobina e carcaça do


motor;

4. Quando aumenta a corrente além das


correntes nominais do motor elétrico.

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A instalação do relé térmico traz benefícios a
segurança da rede elétrica. Uma das vantagens
é poder ajustar o componente para uma
determinada faixa de corrente. Também pode
ser ajustada a corrente de partida de motores,
testando se tudo está funcionando
corretamente.

Ele compensa as variações de temperatura do


ambiente, portanto não necessitando de
nenhum ajuste adicional.

Esse componente possui um certo tempo de


resposta, evitando que ele desarme o circuito
na partida de um motor elétrico, que demanda
uma corrente muito grande.

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