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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Disciplina: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

SISTEMAS DE DISTRIBUIBUIÇÃO DE VAPOR

Profº M.e Sérgio Mateus Brandão

Anápolis – GO
Associação Educativa Evangélica
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Disciplina: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

SISTEMAS DE DISTRIBUIBUIÇÃO DE VAPOR

OBJETIVOS:
• Conhecer os princípios de dimensionamento, seleção de componentes de uma
rede de distribuição de vapor e normas aplicadas.
• Conhecer as boas práticas e possíveis oportunidades de melhoria em redes de
distribuição de vapor.

Associação Educativa Evangélica


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Disciplina: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
SISTEMAS DE DISTRIBUIBUIÇÃO DE VAPOR
REFERÊNCIAS:

• BOTELHO, M. H. C.; BIFANO, H. M. Operações de Caldeiras. 1ªed. Editora Blucher, 208p., 2011.
• BRASIL. Portaria MTb n.º 1082, de 18 de dezembro de 2018. NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E
TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO. Disponível em:
https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2018/12/20072433/PORTARIA-N%C2%BA-1.082-DE-18-DE-DEZEMBRO-DE-2018-
Di%C3%A1rio-Oficial-da-Uni%C3%A3o-Imprensa-Nacional.pdf
• FILHO, FRANÇA, José de. Manual para Análise de Tensões de Tubulações Industriais - Flexibilidade. LTC, 08/2013. [Minha
Biblioteca]. Disponível em https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2385-4/cfi/0!/4/2@100:0.00
• HDENERGIAVERDE. Eficiência Energética em Sistemas de Vapor, 2013. Disponível em
http://www.hdenergiaverde.com/hd/sites/default/files/upload/ Apostila_Eficiencia_ Energetica_em_Sistemas_de_Vapor.pdf

Suplementar
Ver site da TLV>>>>>: https://www.tlv.com/global/BR/steam-theory/
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CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
SISTEMAS DE DISTRIBUIBUIÇÃO DE VAPOR

CONTEÚDO AULA

• Equipamentos de Distribuição do Vapor


– Tubulações para vapor.
• Instalações
• Custo do vapor
• Oportunidades de Ganho
• Purgadores
• Gestão de Manutenção de Purgadores
Introdução

• Em uma rede de vapor se faz


necessário a instalação de
diversos acessórios que
visam facilitar e distribuir o
vapor aos pontos de
consumo de forma mais
econômica possível.

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Distribuição de Vapor
Vapor de alta pressão

Vapor da
Caldeira

Estação redutora de pressão Vapor de


baixa pressão

Condensado

Coletor de vapor

Sistema de drenagem Condensado


COLETORES DE VAPOR

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Brandão
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Construção Correta - Bota Coletora
Seção transversal

Vapor

Correto
Condensado

Purgadores
Bota
coletora 25/30mm
Seção transversal

Vapor

Incorreto

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Construção Correta - Bota Coletora

Qual o
Correto? Prof. Me. Sérgio M. Brandão
Dimensionamento Botas Coletoras

Escoamento
livre Linha coletora
de condensado
DIÂMETROS CORRESPONDENTES

D1 2” 2.1/2” 3” 4” 5” 6” 8” 10” 12” 14” 16” 18” 20” 24”

D2 2” 2.1/2” 3” 3” 3” 4” 6” 6” 8” 8” 8” 10” 10” 10”


DN2 3/4” 1” 1 /2” 2”
DN1 1/2”
L mm. para todas as medidas, utilizar como mínimo 250
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PONTOS DE DRENAGEM
Drenagem
intermediária
(a cada 30 metros
para vapor saturado)

Pontos de subida ou descida


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LAYOUT DA TUBULAÇÃO

Inclinação 1/250

Vapor Retorno
ao Nível
Superior
30 - 50m

Ponto de Drenagem

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FINAIS DE LINHA

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FINAIS DE LINHA

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RAMIFICAÇÕES

Vapor Vapor

Condensado

Incorreto Correto

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Ramificações
Reduções Concêntricas e Excêntricas

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Reduções Concêntricas e Excêntricas
FILTROS Y
Entrada de
vapor

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SEPARADOR DE UMIDADE
O princípio básico de
funcionamento é determinado
pela brusca redução da
velocidade no seu interior,
alterando também de forma
brusca o valor da energia
cinética;
Para concretizar a eficiência
do processo, existe no interior
dos separadores placas
defletoras formando chicanas,
e assim, pela diferença de
densidade aliada à redução da
energia cinética, às partículas
de água são retidas e
purgadas. Prof. Me. Sérgio M. Brandão
Funcionamento
Separador
VAZÃO
Funcionamento
Separador
VAZÃO
Funcionamento
Separador
VAZÃO
Funcionamento
Separador
VAZÃO



 
Funcionamento
Separador
VAZÃO

  
 

Instalações Típicas
INSTALAÇÕES TÍPICAS

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Filtros

Entrada de
vapor
FUNÇÃO DO FILTRO
DIMENSIONAMENTO

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Critérios para o Dimensionamento

✓ Velocidade do fluido nas


tubulações
• Para Vapor Saturado
Linhas Principais: 20 a 30
m/s
Linhas Secundárias: 15 m/s
Coletores: 5 a 8 m/s
• Para Vapor Superaquecido: 35 a 50 m/s
✓ Perda de Carga
Perdas de Carga Inferiores a 0,5 kgf/cm2.100m
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Critérios para o Dimensionamento

Equação 1 de dimensionamento

Q=VxA
Q = V x ¶D2
4
D=4xQ
¶xV
D= Diâmetro da tubulação (m)
Onde: Q= Vazão (m3/s)
V= Velocidade (m/s)
A= Área do tubo
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Critérios para o Dimensionamento

Equação 2 de dimensionamento
Fórmula
Pela fórmula:

Q = 0,283 V . D2
d
Onde: Q = Vazão (kg/h) d = Volume específico (m3/kg)
V = Velocidade (m/s) D = Diâmetro (cm)

Se dividirmos por 100 o valor da vazão,


encontraremos um diâmetro 10 vezes menor, em cm.
Riscos com a acumulação de condensado em linhas de
distribuição
• Golpes de Ariete

Variação brusca de pressão, acima


ou abaixo do valor normal de
funcionamento, devido às mudanças
bruscas da velocidade da água. As
manobras instantâneas nas válvulas são
as causas principais da ocorrência de
golpe .

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Riscos com a acumulação de condensado em linhas
de distribuição

• Golpes de Ariete são


muito perigosos e
devem ser evitados
• A ocorrência de
golpes pode
provocar paradas
indesejadas com
grande custo
• Golpes de Ariete
podem MATAR
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Formação de Condensado na Linha
Principal Deformação
Válvula

Filtro
Condensado

Vibração e ruído
causados pelo
golpe de aríete

Porção de
condensado
arrastado pelo
fluxo de vapor
GOLPES DE ARIETE
Casos Reais
Dilatação Térmica

Principais meios para controlar os


efeitos da dilatação térmica em tubulações:

1. Trajeto do tubo afastando-se em linha reta, por meio de ângulos no


plano ou no espaço, de maneira que o tubo fique com a flexibilidade
própria, capaz de absorver as dilatações.

2. Uso de elementos deformáveis intercalados na tubulação, de maneira a


absorverem as dilatações ocorridas.

3. Pretensionamento (COLD SPRING), introduzindo tensões iniciais opostos


às tensões geradas pela dilatação térmica.
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica

Curva em “U”

luxo
F
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação
Posição normal

Compressão Movimento
axial
Distenção

Movimento Dilatação
angular

Movimento
lateral
Dilatação
Movimentos fundamentais Ex.
Ex. de mov.
mov. angular
Dilatação
J.E.
(dupla)

Exemplo de
movimentos laterais
Cálculo do Custo do Vapor

Quanto Custa?
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Cálculo do Custo do Vapor
COMPOSIÇÃO DO CUSTO DO VAPOR

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Ver apostila cap. 3:
Cálculo do Custo do Vapor
CT = Calor Total (Tabela Vapor Saturado no
Anexo 1 do material )

CT vapor = 663.9 Kcal/kg


Pressão Pressão Calor Calor Calor Volume
relativa absoluta Temp. sensível latente total Específico

kgf/cm2 kgf/cm2 ºC kcal/kg kcal/kg kcal/kg m3/kg


0 1 99.1 99.1 539.4 638.5 1.725
1 2 119.6 119.9 525.9 645.8 0.902
2 3 132.9 133.4 516.9 650.3 0.616
3 4 142.9 143.6 509.8 653.4 0.470
4 5 151.1 152.1 503.7 655.8 0.381
5 6 158.1 159.3 498.5 657.8 0.321
6 7 164.2 165.6 493.8 659.4 0.277
7 8 169.6 171.3 489.5 660.8 0.244
8 9 174.5 176.4 485.6 662.0 0.218
9 10 179.0 181.2 481.8 663.0 0.198
10 11 183.2 185.6 478.3 663.9 0.180
11 12 187.1 189.7 475.0 664.7 0.166
12 13 190.7 193.5 471.9 665.4 0.154
13 14 194.1 197.1 468.9 666.0 0.143
14 15 197.4 200.6 466.0 666.6 0.134

Obs.: Para consulta direta da tabela, considerar 1Bar = 1Kgf/cm2,


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RELAÇÃO de CONSUMO
EXEMPLO – ÓLEO BPF

1 KG DE ÓLEO GERA 13 KG DE VAPOR

COMO EXPLICAR?

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EXEMPLO – ÓLEO BPF
Resposta:
Verifica-se esta relação, realizando o acompanhamento do
total de vapor produzido um determinado tempo e divide-se
pelo total de óleo consumido no mesmo tempo.

Relação = Produção de vapor/Consumo de óleo

Obs.: Caso esteja abaixo de 13 significa que a caldeira está


com baixa rendimento.

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OPORTUNIDADES DE GANHO EM UM SISTEMA
DE GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR

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1- PERDAS POR VAZAMENTOS

Perdas de vapor por


1000 vazamentos tornam-se
um grande prejuízo com o
(453,5)
/h (kg/h)

decorrer do tempo.
lb/h

100
Perda de vapor - lb

(45,41)
(30 kg/h)

10
Um furo de 1/8” a uma
(4,5) pressão de 100 psi gera
uma perda de 30 kg/h
1
(0,5)
1/16 1/8 3/16 1/4 5/16 3/8
(1,6) (3,2) (4,8) (6,4) (7,9) (9,5) Prof. Me. Sérgio M.
Brandão
Diâmetro do furo - polegadas (mm)
1- PERDAS POR VAZAMENTOS

Perdas de vapor por


1000
vazamentos tornam-se
(453,5) um grande prejuízo com o
decorrer do tempo.
/h (kg/h)

Um furo de 1/8” a uma


lb/h

100
Perda de vapor - lb

(45,41)
(30 kg/h)
pressão de 100 psi gera
uma perda de 30 kg/h
Considerando por
10
(4,5)
exemplo um custo de
vapor de R$ 70,00/ton
teremos um prejuízo de:
1

R$ 1.512,00 / mês
(0,5)
1/16 1/8 3/16 1/4 5/16 3/8
(1,6) (3,2) (4,8) (6,4) (7,9) (9,5)
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Diâmetro do furo - polegadas (mm)
1- PERDAS POR VAZAMENTOS
Devido à característica
erosiva do vapor (fluido
bifásico), com o passar
do tempo o furo aumenta
exponencialmente, e
junto com ele o

PREJUÍZO!

Não basta somente eliminar perdas, é preciso corrigi-las


o mais rápido possível.

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PURGADOR
CONCEITO: Dispositivo que libera automaticamente
condensado, sem perder VAPOR.

CONDIÇÃO BÁSICA DE FUNCIONAMENTO:

P1 > P2

Pressão Diferencial
Pressão Diferencial
Pressão Diferencial
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CARACTERÍSTICAS DO BOM PURGADOR

✓Eliminador de ar;
✓Remoção de
condensado;
✓Eficiência térmica;
✓Confiabilidade.
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TIPOS DE ACIONAMENTO

1- Mecânicos: 2 – Termodinâmicos: 3 – Termostáticos:


a) De Bóia; a) De Fluxo Simples; a) Bimetálico;
b) De Balde Invertido. b) De Fluxo Distribuído. b) Expansão Líquida;
c) Pressão Balanceada.

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PURGADOR MECÂNICO DE BÓIA

No início do processo, o O condensado alcança o Quando o vapor chega, a


elemento eliminador de ar purgador, levanta a bóia, e o bóia desce e fecha a
termostático permite a mecanismo abre a válvula válvula principal (sede).
passagem do ar. Sem ele, principal (sede). O condensado Esta válvula principal
o purgador ficaria travado quente fecha o elemento (sede) está sempre abaixo
pela presença do ar. eliminador de ar. O condesado é do nível da água,
descarregado à temperatura do prevenindo contra o
vapor saturado. escape de vapor vivo.
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PURGADOR MECÂNICO DE BÓIA

✓Principais Aplicações:
Signal from
customer control
panel

Reducing valve set

Mash boiler

Steam

PN
temperature
control

Steam trap set Steam coil

Condensate

Steam trap set

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PURGADOR MECÂNICO DE BÓIA

✓Principais Aplicações:

Trocador de Calor
Casco-Tubo

Drenagem com Purgador de Bóia

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PURGADOR MECÂNICO DE BÓIA

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PURGADOR TERMODINÂMICO

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PURGADOR TERMODINÂMICO
Quando o fluxo de
No início, a condensado quente
pressão de 1 2 passa pela câmara de
entrada atua na controle sua pressão
parte inferior do cai, produzindo vapor
disco, elevando flash. A alta
este e permitindo velocidade do vapor
a descarga do ar flash cria uma zona de
e do condensado baixa pressão na parte
que chegam inferior do disco,
puxando-o e fechando
a sede.
3 4
Simultaneamente
o vapor flash O vapor flash acima
pressuriza a parte do disco condensa,
superior do devido à troca térmica
disco, com a tampa do
empurrando este purgador, liberando o
para baixo. O disco para a
disco assenta na passagem do
sede, mantendo a condensado que
câmara superior chega, reiniciando o
pressurizada ciclo de
funcionamento.
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PURGADOR TERMODINÂMICO
✓Principais Características:
- Não necessitam de ajustes em função das variações de pressão;
- São muito compactos e possuem grandes capacidades de descarga
em comparação ao seu tamanho;
- Admitem altas pressões;
- Não sofrem danos por golpes de aríete e condensado corrosivo;
- São de fácil manutenção;
- Podem operar em qualquer posição (preferencialmente na horizontal, em
função do desgaste do disco);
- Não admitem contrapressões ou pressões diferenciais baixas;
- Eliminam o ar, desde que a pressão no início do processo se eleve lentamente;
- Possuem uma ISOTAMPA, para evitar que ocorra uma rápida condensação
do vapor flash contido na câmara de controle. Sem ela o purgador promove
aberturas e fechamentos em curtos espaços de tempo, causando perda de vapor
e desgaste prematuro;
- Descarregam o condensado de forma intermitente;
- Não atendem bem grandes variações de pressão e vazão de condensado.
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PURGADORES

• Observação da descarga p/ atmosfera;

• Visores de fluxo;

• Medição de temperatura a jusante;

• Calorimetria;

• Estetoscópios industriais;

• Detectores ultrassônicos;

• Spiratec;

• Termografia.
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Brandão
QUANTIFICAÇÃO DO CONSUMO DE VAPOR

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AVALIAÇÃO VISUAL – DESCARGA PARA
ATMOSFERA

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APLICAÇÃO DE ESTETOSCÓPIO INDUSTRIAL

FONE DE OUVIDO

TUBO DE BORRACHA

DIAGRAMA

PONTA DE CONTATO

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VISORES DE FLUXO

Purgador
Visor
de
fluxo

Linha
de
retorno

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MÉTODO ULTRASSÔNICO – UP100

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TERMOGRAFIA

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POR QUE REDUZIR A PRESSÃO?
✓ Observando as curvas características do vapor e a tabela
de vapor saturado, notaremos que o calor latente aumenta
com a diminuição da pressão, com isso consegue-se uma
maior eficiência de troca térmica e uma redução no tempo de
aquecimento do processo com pressão reduzida;

✓ Com a diminuição da pressão, pode-se conseguir uma


maior vida útil das máquinas, equipamentos e acessórios do
sistema de vapor;

✓ Além disso, com a redução da pressão é possível conseguir


uma considerável economia no consumo de vapor, conforme
mostrado no exemplo a seguir:

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POR QUE REDUZIR A PRESSÃO?
Dados: Quantidade de Combustível (Óleo BPF): 100.000 Kg
Pressão de trabalho: 8 Kgf/cm2
calor específico do Óleo BPF: 0,5 Kcal/
ºC Kg
temperatura inicial: 30 ºC
temperatura final: 60 ºC
Onde:
Qc = m . c . T
CL .  m - massa (kg)
c - calor específico
 T - diferencial de temperatura
CL - calor latente do vapor (kcal/kg)
 - título do vapor

Considerando uma pressão de trabalho de 8 Kgf/cm² (calor latente = 485,6 Kcal/Kg)


e o título do vapor igual a 0,8 teremos:

100.000 x 0,5 x (60-30)


Q = ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯  Q = 3.861,20 Kg/h de vapor
0,8 x 485,6

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POR QUE REDUZIR A PRESSÃO?
Dados: Quantidade de Combustível (Óleo BPF): 100.000 Kg
Pressão de trabalho: 8 Kgf/cm2
calor específico do Óleo BPF: 0,5 Kcal/
ºC Kg
temperatura inicial: 30 ºC
temperatura final: 60 ºC
Se reduzíssemos a pressão de trabalho para 4 Kgf/cm² (calor latente = 503,7
Kcal/Kg), mantendo o título, teríamos:

100.000 x 0,5 x (60-30)


Q = ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯  Q = 3.722,45 Kg/h de vapor
0,8 x 503,7

Uma redução de 3,6% no consumo de


vapor!
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POR QUE RETORNAR O CONDENSADO?

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Condensado formado a cada 30m durante o
aquecimento inicial (kg/h)
Pressão Diâmetro
kg/cm 2 2” 2 1/2” 3” 4” 6” 8” 10” 12” 14” 16” 18” 20” 24”
0.0 2.8 4.3 5.7 8.1 14.2 21.4 30.4 40 48 63 79 92 129
0.7 3.3 5.3 6.9 9.8 17.3 25.9 37.1 49 58 75 95 112 156
1.4 3.7 6.0 7.8 11.1 19.6 29.5 41.5 55 65 85 108 127 177
2.8 4.4 7.1 9.2 13.1 23.0 34.8 49.1 65 77 100 127 149 208
4.2 4.9 7.8 10.2 14.6 25.6 38.4 54.5 72 86 112 141 166 231
7.0 5.7 9.1 11.9 16.9 29.7 44.6 63.4 84 99 130 163 192 268
8.5 6.1 9.7 12.7 18.0 31.7 47.8 67.9 90 106 138 175 206 287
10.5 6.5 10.3 13.4 19.1 33.6 50.4 71.4 95 112 146 185 217 303
12.0 6.8 10.8 14.2 20.1 35.4 53.1 75.4 100 118 155 195 229 320
14.0 7.1 11.3 14.8 21.0 37.0 55.8 79.0 105 124 162 204 240 334
17.5 7.1 12.2 16.0 22.7 39.9 59.8 85.3 113 134 174 220 259 360
21.0 11.2 17.1 22.9 33.4 63.7 96.9 143.7 198 237 305 381 467 528
Temperatura ambiente 220C.
Condensado formado a cada 30m durante o
processo (kg/h)
Pressão Diâmetro
kg/cm 2 2” 2 1/2” 3” 4” 6” 8” 10” 12” 14” 16” 18” 20” 24”

0.7 2.7 3.1 4.0 4.9 7.2 9 11 13 14 16 17 20 24


2.1 3.6 4.0 4.9 6.3 8.9 12 14 17 19 21 22 25 30
4.2 4.5 5.4 6.3 8.0 12.0 15 18 22 24 28 30 33 40
7.0 5.4 6.7 8.0 9.8 14.7 18 23 27 30 34 37 42 50
8.5 5.8 7.2 8.9 10.7 16.1 20 25 30 33 38 40 45 54
12.0 7.1 8.5 10.3 11.6 17.0 24 30 35 38 44 48 53 63
17.5 8.1 9.8 12.1 15.2 22.3 28 34 41 45 52 56 53 75
21.0 8.9 11.2 13.4 16.5 24.1 30 38 45 50 56 62 69 82

Temperatura ambiente 220C.


Tubulação isolada com 80 % de eficiência.
POR QUE RETORNAR O CONDENSADO?
➢ O condensado é um recurso extremamente valioso. A grande
quantidade de calor contida no condensado justifica o seu retorno para
o tanque de alimentação da Caldeira;

➢ O condensado é água destilada e já tratada, o que reduz os custos


com tratamento da água tratada para a Caldeira. O alto custo do
desperdício deste condensado para o meio ambiente é algo que não
faz qualquer sentido financeiro, ecológico ou técnico.

➢ Para cada 6 graus de aumento na temperatura da água


de alimentação da caldeira tem-se aproximadamente 1 %
de economia de combustível.

Prof. Me. Sérgio M. Brandão


POR QUE RETORNAR O CONDENSADO?
EXEMPLO:
Pressão de Vapor = 10 bar / Combustível Óleo BPF
Temperatura Inicial da água de reposição = 20ºC
Temperatura Final da água de reposição = 80ºC
Pela tabela de vapor saturado, temos:
Calor Latente a 10 bar = 478,2 Kcal/Kg
Calor Sensível a 10 bar = 185,6 Kcal/Kg
Calor Total a 10 bar = 663,9 Kcal/Kg

• A 20ºC o Calor Total para gerar vapor: 663,9 – 20 = 643,9 Kcal/kg


• A 80ºC o Calor Total para gerar vapor: 663,9 – 80 = 583,9 Kcal/kg
✓ Então, a 20ºC P.C.I. = 9.600 = 14,9 Kg de vapor
Ctotal 643,9

✓ Então, a 80ºC P.C.I. = 9.600 = 16,4 Kg de vapor


Ctotal 583,9 ECONOMIA DE 10% COM O
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AUMENTO DE 60º DA ÁGUA
POR QUE RETORNAR O CONDENSADO?
Sistema de vapor simples Sem Retorno de Condensado:
Alimentação
Tratamento
de água (15ºC)

Vapor
Tanque de 8 bar g Planta
15ºC alimentação Válvula de
Controle
Purgador

Caldeira

Dreno
Bomba de
alimentação Calor

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POR QUE RETORNAR O CONDENSADO?
Sistema de vapor simples Com Retorno de Condensado:
90ºC - Retorno de Condensado

Vapor
Tanque de 8 bar g Planta
Alimentação Válvula de
90ºC Controle Purgador

Caldeira
Reservatório

Bomba de
Alimentação Calor Bomba
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EXEMPLO DE ECONOMIA COM O REAPROVEITAMENTO DE CONDENSADO:

Dados Necessários do Sistema:


1 – Qual a quantidade de condensado total a ser
retornado?
(definido de acordo com o consumo de vapor das máquinas que serão
interligadas ao sistema de retorno de condensado – ver catálogos de
fabricantes ou medir na prática)

2 – Qual o combustível da(s) Caldeira(s) e o seu custo


médio?
3 – Qual o regime de trabalho? (horas/mês)
4 – Qual a temperatura da água de reposição atual?
5 – Qual o custo estimado do m 3 da água tratada?
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EXEMPLO DE ECONOMIA COM O REAPROVEITAMENTO DE CONDENSADO:
Economia de Combustível (Óleo BPF):

a) Vazão de Condensado a ser retornado................................. 8.000


kg/h
b) Horas Anuais de Operação.................................................... 8.640 h
(considerando 24h/dia e 30 dias/mês)
c) Custo estimado da água e efluentes
(já com produtos químicos)................................................... R$ 1,00
/ton
d) Temperatura do Condensado Retornado.............................. 90°C
e) Temperatura da Água de Reposição atual............................ 30°C
f) Aumento de Temperatura da Água de Reposição................. 60°C
g) Combustível (BPF), custo médio........................................... R$ 1,05/
kg
h)ECONOMIA
Energia fornecida pelo=combustível
(a) x (b) (BPF)............................
x (f) x calor específico x8.050
(g)
Kcal/Kg (BPF)

(h)

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EXEMPLO DE ECONOMIA COM O REAPROVEITAMENTO DE CONDENSADO:
Economia de Combustível (Óleo BPF):

a) Vazão de Condensado a ser retornado................................. 8.000


kg/h
b) Horas Anuais de Operação.................................................... 8.640 h
(considerando 24h/dia e 30 dias/mês)
c) Custo estimado da água e efluentes
(já com produtos químicos)................................................... R$ 1,00
/ton
d) Temperatura do Condensado Retornado.............................. 90°C
e) Temperatura da Água de Reposição atual............................ 30°C
f) Aumento de Temperatura da Água de Reposição................. 60°C
g) Combustível (BPF), custo médio........................................... R$ 1,05/
kg ECONOMIA (BPF) = 8.000 Kg/h x 8.640 h x 60ºC x R$ 1,05
h) Energia fornecida pelo combustível (BPF)............................ 8.050
Kcal/Kg 8.050

ECONOMIA = R$ 540.939,00 por ano (R$ 45.078,00 p/mês)


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EXEMPLO DE ECONOMIA COM O REAPROVEITAMENTO DE CONDENSADO:
Economia de Água Tratada:

a) Vazão de Condensado a ser retornado................................. 8.000


kg/h
b) Horas Anuais de Operação.................................................... 8.640 h
(considerando 24h/dia e 30 dias/mês)
c) Custo estimado da água e efluentes
(já com produtos químicos)................................................... R$ 1,00
/ton
d) Temperatura do Condensado Retornado.............................. 90°C
e) Temperatura da Água de Reposição atual............................ 30°C
f) Aumento de Temperatura da Água de Reposição................. 60°C
g) Combustível (BPF), custo médio........................................... R$ 1,05/
kg
ECONOMIA (H2O) = (a) x (b) x (c) = 8.000 Kg/h x 8.640 h x R$
h) Energia fornecida pelo combustível (BPF)............................
1,00 8.050
Kcal/Kg 1000
Kg 1000 Kg
ECONOMIA = R$ 69.120,00 por ano (R$ 5.760,00 p/mês)
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EXEMPLO DE ECONOMIA COM O REAPROVEITAMENTO DE CONDENSADO:
Redução anual total do custo
(Água tratada+Combustível)
Com a implantação do Sistema de
Retorno de Condensado:
R$ 610.059,00

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GESTÃO DE MANUTENÇÃO DE PURGADORES

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PORQUE PURGADORES PERDEM VAPOR?

• DESGASTE NATURAL
• FALTA DE MANUTENÇÃO
• PURGADORES MAL APLICADOS
• PURGADORES MAL INSTALADOS
• SUB-DIMENSIONAMENTO
• SUPERDIMENSIONAMENTO
• FALTA DE ACESSÓRIOS

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DESGASTE NATURAL

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FALTA DE MANUTENÇÃO

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APLICADOS INCORRETAMENTE

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SUB-DIMENSIONADOS

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SUPER-DIMENSIONADOS

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CURVA DE VAZAMENTO EM PURGADORES

Perdas

1 2 3 Tempo
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VAZAMENTO EM PURGADOR
• QUANTO CUSTA?

• Pressão de Trabalho: 7,0 barg


• Purgador ½”: 15 kg/h de vapor
• 720 horas/mês: 10,8 ton de vapor
• Custo: R$ 61,50/ton

Tem-se ➔ R$ 664,20/mês

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VAZAMENTO DE VAPOR
INTERVENÇÕES ANUAIS:
Perdas

Média

Tempo
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VAZAMENTO DE VAPOR
SISTEMÁTICA DE INTERVENÇÕES
Perdas

Média

Tempo
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COMO MELHORAR O ÍNDICE DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
PARA GERAR VAPOR ?

• ELIMINAR VAZAMENTO DE VAPOR: 11% de


Economia
– Purgadores e Tubulação
• IMPLANTAR AS BOAS PRÁTICAS: 10% de Economia
– Descarga de Fundo Automática, Redução de Pressão, Vapor Flash,
Retorno do Condensado.
• IMPLANTAR ROTINA DE INSPEÇÃO e MANUTENÇÃO
– Manutenção Emergencial, Rotina de Inspeção e Melhorias no
Sistema.
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ATIVIDADE

REALIZAR PROJETO FINAL ENVOLVENDO


PROJETO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE
VAPOR CONFORME ORIENTAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Disciplina: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

SISTEMAS DE DISTRIBUIBUIÇÃO DE VAPOR


RETOMADA DE OBJETIVOS:
• Conhecer os princípios de dimensionamento, seleção de componentes de uma
rede de distribuição de vapor e normas aplicadas.
• Conhecer as boas práticas e possíveis oportunidades de melhoria em redes de
distribuição de vapor.

Associação Educativa Evangélica

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