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MODOS DE SER PESQUISADOR NA PANDEMIA DA COVID 19

Pedro Pereira Cavalcante Filho (UNICAP)


Deborah Adriana Sá Capozzoli (UNICAP)
Andréa Carla Ferreira de Oliveira (UNICAP
Carmem Lúcia Brito Tavares Barreto (UNICAP)

Carmem Lúcia Brito Tavares Barreto


Psicóloga formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com
mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP),
doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de
São Paulo. Pós-doutorado em Filosofia pela Universidade de Évora. Professora Adjunta
Universidade Católica
Andréa Carla Ferreira de Oliveira
Psicóloga e mestre em Psicologia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Psicóloga da mesma instituição, desde 2017. Doutoranda em Psicologia
Clínica na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pesquisadora vinculada ao
Laboratório de Psicologia Clínica Fenomenológica Existencial e Psicossocial
(Laclifep/Unicap). E-mail: andreacarla.oliveira@gmail.com
Déborah Adriana Sá Capozzoli
Psicóloga, Psicoterapeuta, com especialização em Psicologia Clínica e atualmente
mestranda em Psicologia Clínica, ambos pela Universidade Católica de Pernambuco
(UNICAP) e pesquisadora vinculada ao Laboratório de Psicologia Clínica
Fenomenológica Existencial e Psicossocial – LACLIFEP/UNICAP. E-mail:
deborahcapozzoli84@gmail.com
Pedro Pereira Cavalcante Filho
Engenheiro, com mestrado em Psicologia Clínica e atualmente doutorando em
Psicologia Clínica, ambos pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP e
pesquisador vinculado ao Laboratório de Psicologia Clínica Fenomenológica
Existencial e Psicossocial – LACLIFEP/UNICAP. E-mail: ppcaval@gmail.com.

Comunicação Oral
Bloco Temático 4: Dissonância, divergência e resistência: das lutas
contemporâneas contra o mal-estar na comunidade
MODOS DE SER PESQUISADOR NA PANDEMIA DA COVID 19

A pandemia da Covid-19 no Brasil ocorreu em meio a uma crise política e social e

acentuou as precárias condições sanitárias. O coronavírus não respeitou poder nem

fronteiras e provocou singularidades em nossos modos de ser. Como ser pesquisador

atravessados pela pandemia? Como desenvolver trabalhos científicos quando o governo

nega a ciência e reduz significativamente os recursos para pesquisas? Este trabalho tem

por objetivo apresentar nossas experiências como pesquisadores em Psicologia Clínica.

Enveredamos pelo universo on-line de modo a co-responder às solicitações deste

momento, realçando o imperativo neoliberal e suas cobranças por desempenho e

produtividade. O universo digital e a conexão através das telas se manifestaram como

possibilidades de encaminhamento das atividades de estudo, fazendo parecer que tudo é

possível, acessível e renovável. A pandemia provocou mudanças radicais na vivência do

tempo, do espaço e do corpo. Quanto à temporalidade passamos a dar atenção apenas ao

momento presente, face a um futuro incerto, gerado por um inimigo oculto e fatal. O

espaço da casa foi abruptamente modificado para um ambiente de estudo, borrando os

limites do privado. A vivência corporal passou a ser mediada pelo confinamento social

o qual, produz sintomas recorrentes como: fadiga ocular, dores de cabeça, dores na

coluna, cansaço e exaustão, além do despertar de diferentes disposições afetivas –

medo, raiva, angústia, tristeza, tédio entre outras. A vivência da temporalidade, da

espacialidade e da corporalidade passam a ser vividas num outro tempo e espaço.

Assim, no contexto acadêmico, as plataformas digitais tornaram possíveis participar das

aulas, bancas de qualificação, participação em congressos, cursos e eventos,

descortinando também refletir sobre outros modos de fazer pesquisa na situação

pandêmica. Os recursos utilizados neste trabalho foram as narrativas produzidas nos


diários de campo dos pesquisadores, os quais foram compartilhados e possibilitaram um

tecer iluminado pelas ressonâncias da Fenomenologia Hermenêutica de Martin

Heidegger. A situação pandêmica e o uso acentuado do universo on-line, demandam

reflexões sobre as suas implicações nos modos de ser pesquisador. Assim, espera-se ser

possível espaços de abertura para a elaboração compreensiva das afetações dos

pesquisadores, dos modos de lidar consigo mesmo e com a vida acadêmica.

Palavras – chave: Pandemia da Covid-9; Modos de ser pesquisador; Relato de


Experiência.

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