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Apresentação :

O sistema circulatório dos peixes é um sistema simples, ou seja, o sangue passa apenas uma
vez por ciclo no seu coração.

Sistema circulatório fechado simples

Ocorre nos animais que tem respiração branquial, como a dos peixes. O sangue passa uma
única vez pelo coração e é levado para as brânquias (onde acontece as trocas gasosas) onde é
oxigenado. Em seguida, vai para os tecidos e depois chega ao coração. O sangue que passa
pelo coração apenas uma vez a cada ciclo é o sangue venoso.

Anatomia do coração:

Os peixes apresentam um coração dividido em duas cavidades, sendo elas, um átrio e um


ventrículo. Do ventrículo sai uma artéria, chamada artéria ventral, que se localiza na barriga,
essa artéria tem várias ramificações na altura das brânquias, que chamamos de capilares
branquiais, que então dá origem a artéria dorsal, que passa na região dorsal do corpo. A
artéria dorsal também apresenta ramificações que geram as arteríolas, formando uma rede de
capilares que se unem formando as vênulas e por fim passam para as veias, que chegam ao
átrio no coração.

O sangue venoso é rico em CO₂ e pobre em O₂, isso porque ao chegar no coração o sangue
acabou de sair de um ciclo. Para começar outro ciclo esse sangue é bombeado para artéria
ventral, seguindo para os capilares branquiais, então o sangue passa pelo processo de
hematose. A hematose é um processo que faz o sangue venoso se tornar sangue arterial, esse
processo ocorre por meio da difusão, ou seja, o gás passa do meio onde está em maior
concentração para o meio em que está em menor concentração, sendo assim, o sangue
venoso ao chegar na altura das brânquias libera CO₂ e recebe O₂, se tornando arterial (rico em
O₂ e pobre em CO₂). O sangue arterial percorre o corpo do peixe distribuindo O₂ e recebendo
CO₂ para os tecidos, voltando assim a ser um sangue venoso, que chegando ao coração inicia
novamente um novo ciclo.

As brânquias :

https://youtu.be/8nf5UNglLmE

As brânquias (popularmente conhecidas como guelras) dos peixes ósseos são projeções
laterais da faringe, localizadas em uma câmera branquial.

Cada brânquia é constituída por delicados filamentos branquiais. Por sua vez, esses filamentos
contêm várias lamelas, ricamente vascularizadas. Através dessa rede capilar, de paredes
extremamente finas, dá-se a troca de gases do sangue.
Ventilação das brânquias

A ventilação ocorre por ação sincronizada d e duas bombas: bomba de pressão bucal e bomba
de sucção opercular

Inicialmente, a bomba de pressão bucal cria uma pressão negativa, p elo abaixamento d
o assoalho bucal (aumentando a cavidade bucal); fazendo com que a agua entre
passando pela membrana bucal passiva. Quando a boca está cheia de água, ocorre a
inversão de fluxo: eleva -se a pressão através do levantamento do assolho bucal
(enquanto a membrana bucal permanece fechada). Dessa forma, a água é direcionada
para a cavidade opercular. A bomba de pressão de sucção opercular funciona devido a
movimentos do osso opercular. Tais movimentos são possibilitado s pelas articulações e
membrana d o osso opercular. A elevação gradativa do osso opercular (pois a membrana
permanece junta ao corpo no início do movimento) provoca uma pressão negativa na
cavidade opercular, que associada a pressão positiva na cavidade bucal, impulsiona a
agua para dentro da cavidade opercular. Dessa maneira a agua passa pelas branquiais,
possibilitando as trocas gasosas. Quando a pressão na cavidade opercular se torna positiva,
devido ao seu enchimento total, a agua sai pelo opérculo. O fluxo de água é contracorrente. À
medida que a agua corre entre as lamelas branquiais, ela encontra o sangue com uma
concentração cada vez mais baixa d e oxigênio. Sabendo que as trocas gasosas se dão por
difusão, observa -se uma extração de oxigênio bastante elevada. Logo, a agua que sai tem a
maior parte de seu oxigênio removido.
Fisiologia da respiração

Respiração. — O sangue vai para as brânquias venoso, oxigena-se e desse modo torna-se apto
para alimentar as combustões que se processem de modo contínuo nos tecidos. O sangue que
chega às brânquias já passou pelos intestinos onde se carregou do material destinado à
nutrição do organismo. Carregando-se agora de oxigênio o sangue se completa para o cabal
desempenho de suas funções. O transporte de oxigênio se efetua por intermédio da
hemoglobina, que é o principal constituinte dos glóbulos vermelhos do sangue. Essa substância
oxida-se facilmente nos meios de alta tensão em oxigênio, cedendo esse gás ao atravessar os
meios de tensão mais baixa. Assim, chegando às brânquias depois de haver fornecido oxigênio
aos tecidos, a hemoglobina se apodera do oxigênio que se encontra na água em uma tensão
mais elevada, transformando-se num composto instável conhecido por oxi-hemoglobina. Este
composto, ao alcançar os tecidos nos quais o oxigênio, em consequência da permanente
consumação, se encontra em estado de baixa tensão, dissocia-se com facilidade, cedendo
aquele gás. Essa dissociação é facilitada pela presença do gás carbônico resultante das
combustões. O transporte do gás carbônico é bem complicado. Esse gás, em alta tensão nos
tecidos, forma, com a água do plasma ou dos glóbulos, o ácido carbônico. A hemoglobina,
desfalcada de oxigênio, comporta-se como um ácido fraco, cedendo as suas bases ao ácido
carbônico, que com elas forma bicarbonatos. Nas brânquias a hemoglobina se oxida, passando
a funcionar como um ácido mais forte e desse modo recuperando as bases que havia perdido.
O ácido carbônico então dissocia-se, passando o gás carbônico para a água ambiente. Os
glóbulos vermelhos possuem uma enzima, a anídrase carbônica, que facilita a formação do
ácido carbônico e a sua dissociação. Uma parte bem menor do gás carbônico é transportada
em combinação com os grupos "amino'* da hemoglobina e de outras proteínas.

Peixes pulmonados

Você já deve ter estudado que todos os peixes possuem respiração branquial, entretanto, um
grupo de peixes ósseos possui a estranha característica de possuir respiração pulmonar, além
da branquial. Eles são chamados de Dipnoi (do grego “dupla respiração”) ou peixes
pulmonados.

Os Dipnoi são um grupo que vive exclusivamente em ambientes de água doce. Sua principal
característica é a respiração através de uma estrutura que funciona como um pulmão
primitivo. Essa estrutura é altamente vascularizada e é ligada à faringe. Ao encher a bolsa de
ar, o oxigênio é passado para o sangue e o gás carbônico do sangue é passado para dentro da
bolsa. Muitos cientistas acreditam que a bexiga natatória é uma especialização desse pulmão
primitivo.

Anatomia do pulmão

Eles têm dois pulmões funcionais quando adultos. Estes derivam da parede ventral no final da
faringe. Além dos pulmões, eles têm brânquias, mas elas só realizam 2% da respiração do
animal adulto. Durante as fases larvais, estes peixes respiram graças às brânquias.

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