Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Deus é provedor
Texto Bíblico
Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos
mendigando o pão.
(Sl 37:25)
Verdade Prática
Mesmo em meio à escassez, cremos que o Senhor é poderoso para suprir, em glória, todas
as nossas necessidades.
Orientação Pedagógica
Conversemos a respeito das atitudes do crente diante de uma situação de escassez. Os
israelitas, durante a jornada pelo deserto, por várias vezes, foram provados com a escassez
de água e alimento. Porém, eles sempre murmuravam contra o Senhor. A murmuração
demonstrava a falta de fé deles. As atitudes relacionadas a seguir devem marcar a vida dos
que creem no Senhor.
Introdução
Precisamos aprender acerca do cuidado do Senhor para conosco e a disposição que
devemos ter em cuidar e socorrer os necessitados. Ele multiplica nossos recursos, fazendo
com que haja o bastante para todas as nossas carências básicas. Sim, Deus utiliza o que
temos para alimentar os famintos (2 Rs 4.42-44). No Novo Testamento, o apóstolo João
exorta-nos à prática do amor verdadeiro; um sentimento que nos constrange a ser solícitos
uns com os outros e a buscar o bem dos necessitados (1 Jo 3.17,18).
2 Lutando contra o imprevisto
2.1 A viuvez
Sem dinheiro e uma grande dívida. Eis a “herança” de uma pobre mulher, que fora
surpreendida pela repentina morte do esposo, cuja atividade era servir aos profetas do Deus
Altíssimo (2 Rs 4.1). Apesar de fiel, o homem deixou a família em uma situação calamitosa,
pois não havia comida em casa nem meios de subsistência para a viúva e os dois filhos. A
forma como a mulher dirige-se ao homem de Deus demonstra a sua situação desesperadora,
pois provavelmente ela não tinha nenhum familiar para auxiliá-la.
Não obstante, ela não poderia, passivamente, ver os filhos padecerem de fome e, ainda,
correndo o risco de serem levados como escravos como pagamento da dívida do pai. Por
isso, for buscar ajuda, recorrendo ao profeta Eliseu, pois sabia que, como homem de Deus,
poderia interceder por toda a família. E você, o que faz quando o imprevisto bate à sua
porta? Desespera-se ou vai ao Senhor? Ir a Deus significa conversar com Ele e crer em sua
provisão (Sl 147.7-9; At 17.25).
2.2 A dívida
A Bíblia não revela o valor da dívida deixada pelo falecido, mas o certo é que era uma alta
soma, pois seria necessário dar os dois filhos do casal como escravos para quitar o débito (2
Rs 4.1). De acordo com a lei, o devedor que não pudesse pagar o seu débito era obrigado a
servir ao credor até ao ano do Jubileu (Lv 25.39,40).
O credor estava amparado pela lei; ninguém podia repreendê-lo. Não era incomum um
israelita vender-se como escravo ou dar algum membro de sua família para saldar dívidas
(Êx 21.7; Ne 5.5). Tal situação ensina-nos que é preciso pensar no futuro de nossa família
bem como sermos zelosos com as nossas finanças, pois caso sobrevenha-nos um imprevisto,
os nossos não sofrerão determinados constrangimentos.
2.3 A solução
A mulher foi ao encontro de Eliseu, ciente de que, através dele, o Todo-Poderoso interviria.
A viúva fez algo incomum, pois raramente as mulheres conversavam com os homens sem
serem convidadas. Contudo, aquela pobre viúva não poderia intimidar-se com as
convenções humanas. A família dependia dela para sobreviver e ela, igualmente, precisava
de ajuda. Foi então que a pobre mulher decidiu aproximar-se de Eliseu e relatou a sua triste
história, levando o profeta a encher-se de compaixão. Eliseu realiza o milagre da
multiplicação do azeite e, com a venda deste, a viúva liquida o débito do esposo e tem para
si uma reserva financeira (2 Rs 4.1-7). Ainda que não consigamos enxergar, Deus sempre
tem uma solução nos momentos de angústia (Sl 50.15).
4 A Providência Divina
4.1 No Antigo Testamento
Encontramos a provisão divina para alimentar Israel (Êx 16.15). Assim, vemos Deus agindo
na natureza e em sua criação (Êx 16.13-21; 1 Rs 17.4-6), operando grandes milagres de
multiplicação (2 Rs 4.1-7). A ocorrência desses sinais ensina-nos a depender do Senhor dia
após dia.
4.3 Na atualidade
Deus pode prover alimento para os seus filhos da maneira que Ele quiser, porém, convida-
nos a fazer parte dessa gloriosa missão que é socorrer àqueles que passam por privações
(Rm 12.9-21). O apóstolo Paulo exorta-nos a trabalhar para repartir com aqueles que
passam por dificuldades (2 Co 8.14; Ef 4.28), Tiago fala da fé sem obras (Tg 2.14-17), e João
do amor “só de palavras” (1 Jo 3.16-18). Através da nossa vida, Deus deseja sustentar os
necessitados. Não sejamos negligentes com a nossa nobre missão.
Conclusão
A história do povo de Deus é marcada por milagres e provisões, pois o Senhor tem cuidado
do seu povo e o seu zelo é notório. Todavia, não podemos nos esquecer de praticar o amor
que o Senhor Jesus nos ensinou “Ame o seu próximo como a si mesmo”. (Mc 12.31). O apóstolo
Paulo deixou um rico ensinamento: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”
(Gl 6.10). Deus pode e quer usar a nossa vida no alívio ao sofrimento dos que nos rodeiam.
Assistamos ao nosso próximo como gostaríamos de ser assistidos (1 Jo 3.16-18).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“A Igreja é também chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade
sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos
evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros tenham receio de se
tornar modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho social’, caso se
envolvam em ministérios que visem o atendimento social. Haveria fundamento para tal
receio se esse tipo de obra fosse levado a extremos malsãos e deixasse de lado verdades
eternas ao oferecer alívio temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades
sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao
povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus
caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes deste mundo
(Mt 25.31-46). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo
Testamento (Is 1.15-17) quanto nas epístolas neo-testamentárias (Tg 1.27). Expressar o
amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que
lhe foi confiada por Deus. Assim como todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja,
é essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus” (HORTON,
S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996, pp.555-
56).
Referências
Lições Bíblicas CPAD, 2012, 3º Trimestre, Lição 6