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Sistemas do Corpo

Humano
O corpo humano é formado pelos sistemas: cardiovascular, respiratório,
digestório, nervoso, sensorial, endócrino, excretor, urinário, reprodutor,
esquelético, muscular, imunológico, linfático, tegumentar. Cada um deles
envolve órgãos que atuam para a realização das funções vitais do
organismo.

Funções dos Sistemas do Corpo Humano

Faz o transporte dos nutrientes


CARDIOVASCULAR e gases pelo corpo através do
sangue.

Realiza a troca de gases entre o


RESPIRATÓRIO sangue e o ar, absorve oxigênio
e elimina o gás carbônico.

DIGESTÓRIO Envolve ingestão e quebra dos


alimentos, absorção dos nutrientes
e eliminação dos resíduos.

Estabelece comunicação entre


as diversas partes do corpo,
NERVOSO
elaborando respostas aos
estímulos.

Captam estímulos do ambiente


SENSORIAL e enviam ao sistema nervoso
que produz resposta imediata.

Produz os hormônios (nas


glândulas) que atuam sobre as
ENDÓCRINO
células do corpo, regulando seu
funcionamento.

Elimina as excretas, substâncias


EXCRETOR indesejáveis ao corpo,
produzidas no metabolismo.

Participa do processo de
excreção, eliminando
URINÁRIO
principalmente ureia através da
urina.

Permite a continuação da
espécie através do processo
REPRODUTOR
reprodutivo, que envolve
hormônios e sexualidade.

ESQUELÉTICO Sustenta o corpo, protege os


órgãos internos e participa da
locomoção, além de ser reserva
de cálcio.

Atua na locomoção do corpo e


MUSCULAR nos movimentos involuntários
de alguns órgãos.

Atua por meio de células de


IMUNOLÓGICO defesa e órgãos imunitários para
proteger o corpo de patógenos.

Defende o organismo de
LINFÁTICO infecções, detectando agentes
invasores e toxinas na linfa.

A pele atua como barreira e


proteção, também controla a
TEGUMENTAR
temperatura corporal e tem
papel sensorial.
Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável
pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e
o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado
pelos vasos sanguíneos e o coração.

Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde
circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos
sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.

Artérias
As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue
que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo.
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular
bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e
relaxem a cada batimento cardíaco.
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas,
constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais
formando os capilares.
Veias
As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue
das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais
fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento.
Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o
seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que
o sangue se desloque sempre em direção ao coração.
Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral
e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás
carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue
arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.

Vasos Capilares
Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que
integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação
entre as artérias e as veias.
Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que
permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do
sangue para as células e vice-versa.

Coração
O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa
torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através
dos vasos sanguíneos para todo o corpo.
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio,
e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana
chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo,
o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores
denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores
denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem
paredes mais grossas que os átrios.
O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece
do lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios,
nem entre os dois ventrículos.

Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem


válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide,
já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o
movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo.
A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de
sangue.

Pulsação
A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os
ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a
cada batida do coração.
Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é
possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo
constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento
do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.
As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades
respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios.
Sistema Respiratório
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis,
basicamente, pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da
eliminação do gás carbônico retirado das células.
O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões.
Os órgãos que compõem as vias respiratórias
são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Órgãos do Sistema Respiratório

Cavidades Nasais
Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa,
separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e
terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de
ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos
pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras
de muco que umidifica o ar. É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar
que entra no nariz.

Faringe
Faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto
para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema
digestório.
Em sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com
a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago.
Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe
Laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da
laringe, está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. A
laringe é também o órgão principal da fala. Nela estão localizadas as
cordas vocais.

Traqueia
Traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a
vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta. É revestida por uma
membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado.

Brônquios
Brônquios são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis
cartilaginosos. Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em
diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os
bronquíolos. Cada brônquio se ramifica subdividindo-se várias vezes,
formando a árvore brônquica.
Pulmões
O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos,
situados na caixa torácica.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura.
Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas
muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar,
chamados de alvéolos pulmonares.
Detalhes dos Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos e das trocas gasosas.

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos


realizam-se as trocas gasosas, denominada hematose, entre o ambiente
(o ar) e o organismo (através do sangue), graças às membranas muito
finas que os revestem e abriga inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os
capilares.

Doenças do Sistema Respiratório


Os pulmões podem ser atacados por diversas doenças infecciosas, entre
elas a gripe e resfriado, tuberculose, pneumonia e enfisema pulmonar.
Essas doenças são resultado de uma inflamação nos órgãos atingidos,
provocada por microrganismos, tais como vírus, bactérias, entre outros
parasitas.
Porém o processo infeccioso também pode ser desencadeado por
substâncias tóxicas, como a fumaça tóxica do cigarro, é o que acontece no
enfisema, doença degenerativa crônica, geralmente desencadeada pelo
tabagismo.
O sistema respiratório é também atacado por doenças alérgicas, entre
elas a rinite, bronquite e asma, que resultam da hipersensibilidade do
organismo a determinado agente: poeira, medicamentos, cosméticos,
pólen etc.

Sistema Digestivo, Sistema Digestório


O Sistema Digestório (antes Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo) é
formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os
alimentos, por meio de processos mecânicos e químicos.
Componentes do Sistema Digestório
O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em: Tubo
digestório (propriamente dito) e os Órgãos anexos.
O tubo digestório (antes conhecido por tubo digestivo) divide-se
em: alto, médio e baixo:
 Tubo digestório alto: boca, faringe e esôfago.
 Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e
íleo).
 Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente,
transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
 Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado
e vesícula biliar.
Veja aqui como funciona a digestão.

Tubo Digestório Alto


Formado pela boca, faringe e esôfago.
Órgãos e anexos do Trato Digestório Alto

Boca
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Corresponde
a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados
pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.
Com isso, durante a mastigação os alimentos passam primeiro pelo
processo da digestão mecânica, ação dos dentes e da língua.
Posteriormente, passam pela atividade enzimática da ptialina (amilase
salivar). Sendo assim, na rápida passagem dos alimentos pela boca, a
ptialina começa a atuar sobre o amido (encontrado na batata, farinha de
trigo, arroz) transformando-o em moléculas menores de maltose.

Faringe
A faringe é um tubo muscular membranoso, que se comunica com a boca,
através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago. Para
chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a
faringe, que é um canal comum, para o sistema digestório e o sistema
respiratório.
No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua
empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai
voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. Nesse momento
a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe, impedindo a
penetração do alimento nas vias respiratórias.
Leia mais sobre a deglutição e o processo da digestão.

Esôfago

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso


autônomo. Assim, por meio de ondas de contrações, conhecidas
como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso
vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.

Tubo Digestório Médio


Formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
Estômago

Anatomia de Estômago Sadio e de Estômago com Úlcera

O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, responsável


pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia,
porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo
diafragma.
Possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior.
A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a
parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro".

O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção


do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do
alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico.
Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido
clorídrico.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege
de agressões do suco gástrico, que é bastante corrosivo. Por isso, quando
ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da
mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica).
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico sendo regulada pela
ação de um hormônio, a gastrina.
A gastrina é produzida no próprio estômago no momento que moléculas
de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão.
Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transforma
em moléculas menores. Estas são as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas.
Nesse processo o estômago sofre contrações que forçam o alimento
contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas
porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino
delgado.

Intestino Delgado

Órgãos Anexos que participam do Processo Digestivo no Intestino

O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta


inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso
e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a
moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e
o íleo.
Assim, o duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o
quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante
à mucosa duodenal.
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo
fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e
sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em
milhares de micro gotículas.
Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no
pâncreas, contendo enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de
sódio, de maneira que favorece a neutralização do quimo. Assim, em
pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno, vai-se tornando alcalina e
gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo é considerada a parte do intestino delgado onde o
trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio,
durante o processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes
foram absorvidos, sobra uma pasta grossa, com detritos não assimilados e
com bactérias, já fermentado, que segue para o intestino grosso.
Leia também sobre o Intestino Delgado.

Tubo Digestório Baixo


Formado pelo intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso,
descendente, a curva sigmoide e o reto).

Intestino Grosso
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de
diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das
secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos
resíduos digestivos. Está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se
subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide)
e reto.
Leia também sobre o Apêndice.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já
constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao
transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal
permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva
sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e
o ânus, por onde são eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do
intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando
seu trânsito e sua eliminação.
Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo
sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma
porcentagem significativa da massa fecal. Sendo portanto importante
incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes.
Sistema Nervoso
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.
É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem
a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-
los" e "arquivá-los".
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na
forma de movimentos, sensações ou constatações.

Nervos que compõem o sistema nervoso


O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema
nervoso centrale sistema nervoso periférico.

Sistema Nervoso Central


O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula
espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas
denominadas meninges.
Encéfalo
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa
craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o
tronco encefálico;

 Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o
órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o
cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério
direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias,
chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão,
audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória,
do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os
movimentos voluntários do corpo.

 Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro,
o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de
manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja,
regula o grau de contração dos músculos em repouso.

 Tronco Encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz
os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-
versa.
Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as
atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos
cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.

Medula Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro
da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco
encefálico.
Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o
cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no
encéfalo e na medula espinhal.
Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo.
Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os
raquidianos.

 Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua


função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para
as áreas da cabeça e do pescoço.
 Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula
espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos
do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema
nervoso central para os músculos ou para as glândulas.

De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser


dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.

 Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão


sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura
esquelética de todo o corpo.
 Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema
nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso
simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso
parassimpático que inibe o seu funcionamento.

De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto


o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência
cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os
batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções
orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham
constantes.
Sistema Endócrino
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis
pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o
corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as


funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas
localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino


As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do
corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e
as glândulas sexuais.
Hipófise
A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro.
Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o
funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas
sexuais.
O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento
exagerado) e a falta provoca o nanismo.
Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH),
substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação
da urina).

Tireoide
A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que
controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e
do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o
metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica
mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia.
Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares,
pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o
surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos
saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos
tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do
corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue
circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar
e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada
pode ocorrer o bócio.

Paratireoides
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da
tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a
quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e
faz com que os músculos se contraiam violentamente.
Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em
pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse
hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que
enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.
Timo
O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na
defesa do organismo do recém-nascido contra infecções.
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até
a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de
tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais
As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem
a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da
adrenalina no organismo são:
 Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e
braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações
tensas;
 Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue,
liberando mais energia para as células;
 Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia
mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de
susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o
glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino
delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na
liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de
glicogênio.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença
caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo
fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e
a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura,
levando, em muitos caso, ao desmaio.
Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando
a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é
enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte
do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor
masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos
pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e
a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles
a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais
secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.
Sentidos Sensorial

O corpo humano é composto de cinco sentidos: a visão, o olfato,


o paladar, a audição e o tato.
Eles fazem parte do sistema sensorial, responsável por enviar as
informações obtidas para o sistema nervoso central que, por sua vez,
analisa e processa a informação recebida.

Cinco Sentidos
Essas capacidades estão relacionadas com órgãos ou partes do corpo
humano (olhos, nariz, boca, ouvidos, mãos) e correspondem às
percepções dos homens no mundo.
São realizadas por meio do processo de tradução, análise e
processamento das informações sensoriais, o que muitas vezes,
determinou a sobrevivência dos seres humanos, bem como dos animais
no planeta terra.
Visão
Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão, uma vez que
eles visualizam o objeto e mandam a mensagem para o cérebro que faz a
decodificação, interpretando-a.

Olfato
O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato, ou seja, a
propriedade de sentir o cheiro ou odor das coisas.
Dessa maneira, o nariz capta os odores e envia a mensagem para o
cérebro, que processa as informações.

Paladar
A língua é o órgão responsável pelo sentido do paladar, uma vez que
capta e distingui o sabor dos alimentos (salgado, doce, azedo, amargo),
além das sensações de quente e frio.
Assim, as papilas gustativas decodificam o sabor e enviam as informações
para o cérebro.

Audição
Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição, na medida em que
detectam os sons, ruídos e barulhos do exterior, e enviam essas
mensagens para o cérebro, que as interpreta.

Tato
O tato é caracterizado pela sensação do toque e, por isso, está
relacionado com o contato com a pele, através dos neurônios sensoriais
responsáveis por enviarem as mensagens para o cérebro.
Embora esteja muitas vezes relacionadas com as mãos, esse sentido
humano envolve qualquer tipo de sensação experimentada pela pele, seja
pelos pés, barriga, pernas, dentre outros.

Curiosidades
 O chamado “sexto sentido” refere-se à percepção extra sensorial, muitas
vezes pautada na espiritualidade. Ademais, costuma-se dizer que as
mulheres possuem o sexto sentido mais aguçado.
 Já foi comprovado que pessoas que sofrem com alguma deficiência
relacionada ao sistema sensorial, acabam desenvolvendo e aguçando mais
outros sentidos, por exemplo, um cego que desenvolve mais sua
capacidade de ouvir ou até mesmo de tatear, como os livros em língua
braile para os deficientes visuais.
Sistema Endócrino

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis


pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o
corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as
funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas
localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.
Glândulas do Sistema Endócrino
As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do
corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e
as glândulas sexuais.
Hipófise
A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro.
Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o
funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas
sexuais.
O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento
exagerado) e a falta provoca o nanismo.
Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH),
substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação
da urina).

Tireoide
A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que
controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e
do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o
metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica
mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia.
Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares,
pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o
surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos
saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos
tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do
corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue
circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar
e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada
pode ocorrer o bócio.

Paratireoides
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da
tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a
quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e
faz com que os músculos se contraiam violentamente.
Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em
pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse
hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que
enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.
Timo
O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na
defesa do organismo do recém-nascido contra infecções.
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até
a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de
tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais
As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem
a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da
adrenalina no organismo são:
 Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e
braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações
tensas;
 Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue,
liberando mais energia para as células;
 Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia
mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de
susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o
glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino
delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na
liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de
glicogênio.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença
caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo
fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e
a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura,
levando, em muitos caso, ao desmaio.
Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando
a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é
enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte
do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor
masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos
pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e
a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles
a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais
secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.
Sistema Excretor
O sistema excretor tem a função de eliminar os resíduos das reações
químicas que ocorrem dentro das células, no processo de metabolismo.
Dessa maneira, muitas substâncias que não são aproveitadas no
organismo, principalmente as tóxicas, são excretadas do corpo.
Importante ressaltar que o sistema excretor é encarregado de muito mais
que apenas a eliminação de resíduos. Trata-se do principal responsável
pelo controle da composição química do ambiente interno.

Funcionamento do Sistema Excretor


A eliminação de substâncias prejudiciais ou que estão em excesso em
nosso corpo é chamada de excreção, processo que permite o equilíbrio
interno do nosso organismo.
Os produtos da excreção são denominados "excretas" , que são lançadas
das células para o líquido que as banha (líquido intersticial), e daí são
passadas para a linfa e para o sangue.
No processo de degradação de glicídios e lipídeos são produzidos gás
carbônico e água. As proteínas também são metabolizadas, e do seu
metabolismo resultam substâncias prejudiciais ao organismo entre elas, o
gás carbônico e os produtos nitrogenados, como a amônia, a ureia e
o ácido úrico.
Há também a água e os sais minerais, com destaque para o cloreto de
sódio (o principal componente do sal de cozinha).
Excreção da Urina
Os rins funcionam como um filtro que retém as impurezas do sangue e o
deixa em condições de circular pelo organismo.
Eles participam do controle das concentrações plásmicas de íons, como
sódio, potássio, bicarbonato, cálcio e cloretos.
De acordo com as concentrações no sangue, esses íons podem ser
eliminados em maior ou menor quantidade na urina, através do sistema
urinário. As principais substâncias que formam a urina são uréia, ácido
úrico e amônia.

Excreção do Gás Carbônico


O gás carbônico é descartado através dos órgãos d o sistema respiratório;
é o produto final do metabolismo dos glicídios (carboidratos ou açúcares)
e lipídios(gorduras) no processo de respiração celular.
Além disso, a água também é eliminada sob a forma de vapor, por meio
da expiração.

Excreção do Suor
Importante saber que a produção de suor não está relacionada ao
processo de excreção e sim da regulação de temperatura no organismo.
No entanto através do suor são eliminados sais minerais, como o cloreto
de sódio, e água sendo que, devido a sua enorme importância para a
célula, ela fica conservada em grande parte no organismo.
Sistema Urinário

O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e


eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue
que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias,
formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins
Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade
abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor
vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e
do tamanho aproximado de uma mão fechada.
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia
renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são
ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados
chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura
arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

Detalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.


Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é
chamada néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula
glomerular e pelo túbulo renal.
Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas
pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose)
sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular.
Em seguida passa para o túbulo renal.
Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse
líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação
sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade
de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que
segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de
formação da urina dentro no néfron.
Vias Urinárias
As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.

Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte
inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos
ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina
e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos
da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com
que tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular
que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o
esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde
então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na
bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que
conduz a urina dos rins para a bexiga.

Uretra
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra
feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a
urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para
fora do corpo, e também o esperma.

Sistema Urinário Masculino


Anatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e
reprodutivo.
O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que
a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é
utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em
três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina
mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na
bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis.

Anatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.


Sistema Urinário Feminino

Anatomia feminina mostrando órgãos do sistema urinário e reprodutivo.


O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga
ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo
aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal
da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.

Doenças do Sistema Urinário


Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas
vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra).

Doenças Renais

 Nefrite
A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores,
por exemplo, a superdosagem de medicamentos e a presença no
organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que
pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da
produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da
pressão.

 Hipertensão Arterial e Problemas Renais


Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água
em excesso se acumulam no sangue, provocando aumento da
pressão arterial. O processo de filtragem renal nas pessoas
hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento
de doenças renais.

 Infecções Bacterianas
Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no
sistema urinário por meio da uretra causando infecção bacteriana.

Doenças nas Vias Urinárias

 Cálculos Renais
Esquema da formação e localização de um cálculo no rim,
popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais
podem se alojar nos rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados
na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros
tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina).
Esquema da formação e localização de um cálculo no rim.

 Cistite
A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente
sente ardor na uretra no ato de urinar e por não conseguir reter a
urina, libera em pouca quantidade.

 Uretite
A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que
ocorre normalmente junto com a cistite.
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor humano é dividido em sistema reprodutor
masculino e sistema reprodutor feminino, no entanto, ambos possuem a
mesma função, ou seja, a reprodução de novos seres.
Sendo assim, o masculino é formado pelos testículos, epidídimos, canais
deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pênis; enquanto o
sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários, útero, tubas
uterinas e vagina.

Sistema Reprodutor Feminino


O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o
sistema responsável pela reprodução humana.
Ele cumpre diversos papéis importantes:
 produz os gametas femininos (óvulos);
 fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;
 permite a implantação de embrião;
 oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;
 executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele
completa sua formação.

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino

O sistema reprodutor feminino é formado pelos seguintes órgãos: ovários, tubas


uterinas, útero e vagina.
Ovários
Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento.
Neles são produzidas as células sexuais femininas, os óvulos.
Assim, durante a fase fértil da mulher, aproximadamente uma vez por mês, um dos
ovários lança um óvulo na tuba uterina: é a chamada ovulação.

Tubas Uterinas
Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que
unem os ovários ao útero. A partir disso, o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra
na tuba.
Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto,
que se encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo
ser.

Útero
O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma
semelhante a uma pera. Na gravidez ele se expande, acomodando o embrião que se
desenvolve até o nascimento. A mucosa uterina é chamada de endométrio.

Vagina
A vagina é um canal que faz a comunicação do útero com o meio excretor. Suas
paredes são franjadas e com glândulas secretoras de muco.
VEJA TAMBÉM: Clitóris

Menstruação
A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em
que a mulher atinge sua maturidade e já pode engravidar.
Corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da
descamação da mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos
sanguíneos. Ela ocorre quando não há fecundação do óvulo.

Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. Esse período
dura, em média, 28 dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.
A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os
12 e os 13 anos. Por volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", o óvulos se
esgotam e cessam as menstruações e a fertilidade da mulher.

Sistema Reprodutor Masculino


O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e
externos.
Eles passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade,
ou seja, quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro
ser.
Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

Anatomia do sistema reprodutor masculino

Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino


são: uretra, pênis, vesícula seminal, próstata, canais
deferentes, epidídimo e testículos.
Conheça abaixo mais sobre cada um desses órgãos.

Testículos

Anatomia interna do testículo


Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na
bolsa escrotal. Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e
enovelados chamados "tubos seminíferos".
Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras
(gametas) masculinas, durante o processo chamado espermatogênese,
além de diversos hormônios.
O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das
características sexuais secundárias masculinas, como os pelos,
modificações da voz, etc.

Epidídimos

Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem


posteriormente a superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde
os espermatozoides são armazenados.

Canal Deferente
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele
passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua
trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da bexiga e alarga-se
formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a
próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na
uretra.

O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido


prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”.

Vesícula Seminal
A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás
da bexiga. Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção
espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege os
espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina durante a
relação sexual, evitando que os espermatozoides morram no caminho até
os óvulos.

Próstata

A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido


prostático", uma secreção clara e fluida que integra a composição do
esperma.

Uretra
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao
sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua
maior porção) até a ponta da glande, onde há uma abertura pela qual são
eliminados o sêmen a a urina.
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao
mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que
impede que isso ocorra.

Pênis

O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos:


cavernoso e esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função
excretora) e o sêmen (função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido
cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e
duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação
(processo de expulsão do sêmen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma
atividade sexual. Ela pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos,
por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o homem tem um
sonho à noite.

Doenças do Sistema Reprodutor Masculino


O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a
partir dos 40 anos.
Os sintomas mais comuns são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes
à noite para urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter
esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue na
urina, entre outros.
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres
masculinos, sendo que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor.
Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um
urologista (médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos
problemas sexuais masculinos).
Sistema Esquelético

O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos


ligamentos e tendões. O esqueleto sustenta e dá forma ao corpo, além
de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas
muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são
a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de
sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito
resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre
uma fratura.

Estrutura dos Ossos


A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo
(denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo) e de tecido nervoso.

Tecido ósseo

Os ossos longos são formados de camadas, a saber:


 Periósteo: a mais externa, é uma membrana fina e fibrosa (tecido
conjuntivo denso) que envolve o osso, exceto nas regiões de articulação
(epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.
 Osso compacto: O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e
fibras de colágeno que lhe dão resistência. É a parte mais rígida do osso,
formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos, entre estes
canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.
 Osso esponjoso: o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa.
Em alguns ossos apenas essa estrutura está presente e pode conter
medula óssea.
 Canal medular: é a cavidade onde se encontra a medula óssea,
geralmente presente nos ossos longos.
 Medula óssea: A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células
sanguíneas, mas em alguns ossos deixa de existir e há somente medula
amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.

Estrutura de um osso longo

O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos


e formas, podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou
irregulares. Pode ser dividido em esqueleto axial e apendicular.
Principais ossos do esqueleto humano

Esqueleto Axial
Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo
da linha média, que é o eixo vertical do corpo. Compõem essa parte do
esqueleto: a cabeça (crânio e ossos da face), a coluna vertebral e as
vértebras, o tórax (costelas e esterno) e o osso hioide.

Crânio e Ossos da Face


A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana) e há
ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente
resistente, seus ossos intimamente ligados e sem movimentos. Protege o
cérebro e contém os órgãos do sentido.
Coluna Vertebral
A coluna é formada por vértebras ligadas entre si por articulações, o que
torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o
corpo e amortecem os choques durante os movimentos. É constituída por
24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas.
 Cervicais: são 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a
segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio;
 Torácicas ou dorsais: são 12 e articulam-se com as costelas;
 Lombares: essas 5 vértebras são as maiores e que suportam mais peso;
 Sacro: essas 5 vértebras são chamadas sacrais, estão separadas no
nascimento e fundem-se mais tarde formando um só osso. É um
importante ponto de apoio para a cintura pélvica.
 Cóccix: são 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se
tornam unidas em um osso único no início da idade adulta.

Tórax
Constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos
músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam
durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua
parte posterior. Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas
(chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas)
ligam-se entre si e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a
nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio
de cartilagem.

Osso hioide
É um osso em forma de U que atua como ponto de apoio para os
músculos da língua e do pescoço.

Esqueleto Apendicular
O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo; são os ossos dos
membros superiores e inferiores e ossos que os ligam ao esqueleto axial,
as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e
articulações.

Cintura Escapular
É formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se
articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um
osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro).
Para saber mais: articulações
Membros Superiores
O úmero é o osso mais longo do braço, articula-se com o rádio, que é o
mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino.
Os ossos da mão são 27, divididos em carpos(8), metacarpos(5)
e falanges (14).

Cintura Pélvica
É formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio,
ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. A união dos
ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é
mais larga, menos profunda e com a cavidade maior; isso permite a sua
abertura no momento do parto para a passagem do bebê.

Membros Inferiores
São os ossos responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação,
para isso têm de suportar o peso e manter o equilíbrio. O fêmur é o mais
longo osso do corpo, tem a cabeça arrendondada para encaixar na pelve.
A patela é um osso sesamoide, articulado com o fêmur. A tíbia suporta
quase todo o peso na parte inferior do corpo. A fíbula é um osso mais
fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé. Os pés têm 26 ossos divididos
em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges(14).

Ossificação e Remodelação Óssea


O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas
de vida e termina no início da vida adulta. No entanto o osso sofre
continuamente um processo de remodelação, em que parte do tecido
existente é reabsorvido e novo tecido é formado.
No embrião o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa
matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas
morrem. Células jovens denominadas osteoblastos agem produzindo
colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido
conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa. No entanto, nesse processo
são produzidas lacunas e pequenos canais, que aprisionam os
osteoblastos na matriz óssea, transformando-os em osteócitos, são essas
células que estão presentes no osso já formado. Outro tipo de células
ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido ósseo
formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e
formam o canal o medular.
Fraturas
Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a
sua resistência podem se romper. As fraturas podem acontecer também
por estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local,
ou ainda por doença por exemplo a osteoporose, condição em que o osso
sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue.

Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de


sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. Uma intensa
vascularização toma conta do local e há proliferação de células
precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, nessa
região é formado um calo ósseo. Dependendo do tratamento e das
atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo o calo será
substituído pelo osso esponjoso e mais tarde pelo osso compacto
reconstituindo o tecido como era antes.

Sistema Muscular
O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo
humano. Note que os músculos são tecidos, cujas células ou fibras
musculares possuem a propriedade de contratilidade e de produção de
movimentos. As fibras musculares são controladas pelo sistema nervoso,
encarregado de receber a informação e respondê-la.

Tipos de Músculos
Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso,
são classificados em três tipos:
 Músculo Liso ou Não estriado: músculos de contração involuntária,
localizados nas estruturas ocas do corpo, ou seja, estômago, bexiga, útero,
intestino, além da pele e dos vasos sanguíneos. Assim, sua função
assegura a movimentação dos órgãos internos.
 Músculo Estriado Cardíaco: músculos de contração involuntária,
presentes no coração (miocárdio). Esses músculos asseguram os vigorosos
batimentos cardíacos.
 Músculo Estriado Esquelético: músculos de contração voluntária, ou seja,
os movimentos são controlados pela vontade do ser humano. São
conectados com os ossos e cartilagens e, através das contrações,
permitem os movimentos, as posições corporais, além de estabilizarem as
articulações do organismo.
Leia também sobre os músculos e contração muscular.

Grupos Musculares
O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que
trabalham em conjunto com ossos, articulações, e tendões para permitir
que façamos diversos movimentos. São agrupados nos seguintes grupos
musculares:
Músculos da Cabeça e do Pescoço

Contem mais de 30 pequenos músculos que ajudam a exprimir os


sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida. Por
exemplo: para enrugar a testa usamos o frontal, para mastigar ou morder
são os masseteres que movimentam as mandíbulas. Já
o esternocleidomastoideo é que faz a cabeça girar ou se inclinar para
frente e para trás.

Músculos do Tórax e do Abdômen


Esses músculos permitem a respiração, impedem o corpo de se curvar e
ceder ao próprio peso, entre outros movimentos. Para fazer levantamento
de peso, por exemplo: a pessoa precisa usar os músculos peitorais e
os deltoides. Os músculos intercostais funcionam em conjunto com o
diafragma para levarem o ar até os pulmões.
Músculos dos Membros Superiores
São músculos capazes de fazer a pressão exata e permitem flexibilidade e
precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força. O bíceps ligado
aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar. O polegar
é a parte mais móvel da mão, para o mover são necessários músculos do
antebraço e da mão, como o oponente do polegar, o curto flexor (flete) e
o curto adutor (move para fora).

Músculos dos Membros Inferiores


Esses são os músculos mais fortes do corpo, graças aos músculos das
pernas podemos ficar de pé e manter o equilíbrio. O costureiro (ou
sartório) é o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e
gira o quadril, é o músculo das costureiras, por isso o nome. Os flexores
dorsais do pé fazem os dedos levantarem. O tendão de Aquiles é o
tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo, está ligado aos
músculos flexores plantares (o sóleo, o plantar delgado e o
gastrocnêmio); é responsável pelo movimento das bailarinas de ficar na
ponta dos pés.
Leia mais sobre os tendões.

Funções do Sistema Muscular


 Estabilidade corporal
 Produção de movimentos
 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal)
 Preenchimento do corpo (sustentação)
 Auxílio nos fluxos sanguíneos

Sistema Imunológico

O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de


elementos existentes no corpo humano.
Esses elementos interagem entre si e têm como objetivo defender o corpo
contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.
O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou
uma barreira que nos protege de seres indesejáveis, os antígenos, que
tentam invadir o nosso corpo. Assim, representa a defesa do corpo
humano.

Resposta Imune
O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado
de resposta imune.
Existem dois tipos de respostas imunes:
Imunidade inata, natural ou não específica
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo
de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas,
químicas e biológicas.
Ela inclui a pele, cílios, lágrima, muco, plaquetas, saliva, suco gástrico,
suor. Também é representada pelas células de defesa, como leucócitos,
neutrófilos e macrófagos.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de
mediadores inflamatórios e ativação de proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade
adaptativa entra em ação.

Imunidade adquirida, adaptativa ou específica


A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como
anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo
de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante
de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
 Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através
dos linfócitos B.
 Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através
dos linfócitos T.

Células e órgãos
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e
órgãos. Conheça quais são:

Células
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.

 Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela
medula óssea e linfonodos, com função é produzir anticorpos para
proteger o organismo contra os patógenos.
O leucócitos é o principal agente do sistema imunológico do nosso
corpo.
 São leucócitos:
 Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.
 Eosinófilos: agem contra parasitas.
 Basófilos: relacionado com as alergias.
 Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.
 Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.

 Linfócitos
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue,
responsáveis pelo reconhecimento e destruição de microrganismos
infecciosos como bactérias e vírus.
Existem os linfócitos B e linfócitos T.
 Macrófagos
Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função
principal é fagocitar partículas, como restos celulares, ou
microrganismos.
Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.
Órgãos

Órgãos do sistema imunológico

Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários


primários e secundários.
 Órgãos imunitários primários
Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:
 Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos.
Local de produção dos elementos figurados do sangue, como
hemácias, leucócitos e plaquetas.
 Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino.
Sua função é o promover o desenvolvimento dos linfócitos T.
 Órgãos imunitários secundários
Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:
 Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que
se encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas
pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
 Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que,
através da fagocitose, destroem partículas estranhas,
microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas
mortas.
 Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
 Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de
glóbulos brancos.
 Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao
intestino.

Sistema imunológico baixo


Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, diminui a
sua capacidade de defender o nosso corpo.
Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças, tais como amigdalites ou
estomatites, candidíase, infecções na pele, otites, herpes, gripes e
resfriados.
Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa
imunidade, é preciso atenção especial com a alimentação. Algumas frutas
ajudam no aumento da imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que são
frutas cítricas. A ingestão de ômega 3 também é um aliado para o sistema
imunológico.
É importante, ainda, praticar exercícios, beber água e tomar sol com
moderação.
Sistema Linfático
O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é
constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede
complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos para o
sistema circulatório.
Além disso, o sistema linfático possui outras funções como a proteção de
células imunes (atua junto ao sistema imunológico), absorção dos ácidos
graxos e equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.

Componentes do Sistema Linfático


 Linfonodos (gânglios linfáticos): Chamados de nódulos linfáticos, os
linfonodos são pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no
tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por tecido linfoide e
distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a
linfa antes dela retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do
organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.
 Linfa: a linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue,
que circula pelos vasos linfáticos, todavia não possui hemácias e, por isso,
apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. Responsável pela
eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e
fígado, sendo transportada pelos vasos linfáticos num único sentido
(unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
 Vasos Linfáticos: Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo
organismo, os quais possuem válvulas que transportam a linfa na corrente
sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Atuam no
sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do
organismo e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem
as infecções no organismo.
 Baço: Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado
abaixo do diafragma e atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa
do organismo, na medida em que suas funções são: produção de
anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento
de sangue e liberação de hormônios.
 Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de
produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz
anticorpos (linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo.
Curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de
tamanho.
 Tonsilas Palatinas: Popularmente, esses dois órgãos localizados na
garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas
palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no
corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de
defesa do organismo visto que produzem linfócitos.

Algumas Doenças do Sistema Linfático


 Elefantíase: A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical
infecciosa” e corresponde à inflamação dos vasos linfáticos transmitida
por inseto (mosquito culex). Seu nome está associado com a retenção de
líquido ou o inchaço dos membros, fazendo com que as pernas dos
doentes tenham aspecto de elefante.
 Linfedema: caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos,
a linfedema leva ao inchaço excessivo dos membros.
Curiosidades
 Outras doenças associadas ao sistema linfático são a celulite (acúmulo de
gordura), amenizada com o tratamento da drenagem linfática; a íngua
(inchaço dos gânglios linfáticos) e alguns tipos de câncer (linfoma), por
exemplo o câncer de mama.
 No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.
Sistema Tegumentar
A pele é o maior órgão do nosso corpo, reveste e assegura grande parte
das relações entre o meio interno e o externo. Além disso atua
na defesa e colabora com outros órgãos para o bom funcionamento do
organismo, como no controle da temperatura corporal e na elaboração
de metabólitos. É constituída de derme e epiderme, tecidos intimamente
unidos, que atuam de forma harmônica e cooperativa.

Epiderme
A epiderme é composta por epitélio de revestimento que é um tecido
estratificado, pavimentoso e queratinizado, ou seja, formado por várias
camadas de células com diferentes formas e funções. As células
superficiais são achatadas como se fossem escamas e possuem queratina.
A epiderme não possui vasos nem nervos; tem espessura variada, sendo
mais grossa nas regiões de atrito como solas dos pés e palmas das mãos e
mais fina sobre as pálpebras e próximo dos genitais.
Se quiser saber mais sobre o epitélio de revestimento, leia o artigo sobre
o tecido epitelial.

As células, chamadas queratinócitos ou ceratinócitos, produzidas na


camada basal vão sendo “empurradas” para cima e modificam sua
estrutura. Elas se unem por junções (os desmossomos, que são
especializações da superfície) e prolongamentos, se achatam e produzem
queratina. Os ceratinócitos perdem o núcleo e morrem, na superfície do
corpo são eliminadas por descamação.

Camadas da epiderme e os diferentes tipos celulares

 Camada Basal ou Germinativa: essa camada está sempre produzindo


novas células, que se dividem por mitose. Estão presentes os melanócitos,
células especializadas em produzir a melanina, que é o pigmento que dá
cor à pele e aos pelos. Os prolongamentos dos melanócitos penetram nas
células dessa camada e da espinhosa, espalhando melanina no seu
interior. As células de Merkel são mecanorreceptoras, ou seja, percebem
estímulos mecânicos do exterior e os encaminham para as fibras nervosas.
 Camada Espinhosa: possui células com desmossomos e prolongamentos
que ajudam a mantê-las bem unidas, o que lhes confere aparência
espinhosa. As células de Langerhans se encontram espalhadas pela
camada e ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao
sistema imunológico para defender o corpo;
 Camada Granulosa: à medida que sobem, os ceratinócitos vão sendo
achatados.Na camada granulosa possuem forma cúbica e estão cheios de
grânulos de queratina, que passa a ocupar os espaços intercelulares;
 Camada Córnea: o estrato córneo fica na superfície do corpo. Formado
por células mortas, sem núcleo, achatadas e queratinizadas. A sua parte
mais externa sofre descamação, sendo constantemente substituída (em
períodos de 1 a 3 meses).

Derme

Corte transversal da pele: a epiderme é a parte mais escura, sendo a camada córnea mais externa
(soltando partes) e a derme é a mais clara.

A derme é formada de tecido conjuntivo denso. Sua composição é


essencialmente de colágeno (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e
fibras do sistema elástico. As fibras elásticas formam uma rede ao redor
das fibras de colágeno que conferem flexibilidade à pele.
A camada imediatamente abaixo da epiderme é chamada de camada
papilar pois possui inúmeras papilas dérmicas encaixadas nas reentrâncias
da superfície irregular da epiderme. Em seguida há a camada reticular que
contém mais fibras elásticas, além de vasos sanguíneos e linfáticos e
terminações nervosas, também são encontradas glândulas sebáceas e
sudoríparas e as raízes dos pelos.

Hipoderme
Localizada logo abaixo da derme encontra-se a tela
subcutânea ou hipoderme, que é uma camada de tecido conjuntivo
frouxo rica em fibras e células adiposas. A gordura que se acumula nessas
células funciona como reserva de energia e isolante térmico.

Estruturas Anexas da Pele


Existem diversas estruturas relacionadas aos tecidos epiteliais e
conjuntivos que formam a epiderme e derme, respectivamente, cada uma
com função específica. As glândulas secretam suor ou sebo que ajudam a
controlar a temperatura corporal e lubrificar a pele. As unhas protegem a
ponta dos dedos e ajudam a agarrar objetos. Os pelos têm papel sensorial,
por terem terminações nervosas ligadas à base do folículo; há também
outras terminações espalhadas na pele, que permitem a percepção de
estímulos como: temperatura, pressão, tato e mecânicos.

Representa
ção do folículo piloso e pelos, glândulas e outras estruturas presentes na pele

Glândulas Sebáceas
A atividade dessas glândulas é controlada principalmente por hormônios
masculinos, e são mais ativas na época da puberdade. Elas liberam o sebo
que produzem no canal do folículo piloso. Não são distribuídas igualmente
por todas as regiões do corpo, havendo grandes glândulas na pele ao
redor da boca, nariz, testa e bochechas, o que torna essas áreas bastante
oleosas. Acredita-se que sua principal função é formar uma barreira
gordurosa superficial, evitando a perda de água.

Glândulas Sudoríparas
Essas glândulas têm forma de espiral, são formadas por células
epidérmicas, mas se encontram na derme. Existem dois tipos de glândulas
sudoríparas:
As écrinas, que liberam o suor diretamente em aberturas na superfície da
pele, os poros. Através da transpiração essas glândulas regulam a
temperatura corporal, pois quando o suor evapora dissipa o calor junto
com ele. E as apócrinas, que eliminam sua secreção (uma substância mais
viscosa que o suor) dentro do canal do folículo. Na fase embrionária
formas rudimentares dessas glândulas estão espalhadas por todo corpo,
mas após o nascimento se desenvolvem apenas em regiões como as
axilas, no canal do ouvido, nos mamilos, ao redor do umbigo e na região
em volta dos genitais e do ânus. Isso parece ter alguma relação ancestral
com a produção do cheiro e a atração sexual.

Pelos

Anatomia do Pelo

São compostos de células mortas da epiderme compactadas e


queratinizadas. Os pelos do corpo e os cabelos são formados no folículo
piloso, que é um tubo epidérmico, rodeado de nervos sensoriais, que
confere sensibilidade às pressões exercidas no pelo. A base do folículo,
chamada bulbo, se encontra na derme e produz sempre células novas, que
à medida que vão emergindo recebem melanina (que dá a cor ao pelo,
quanto mais melanina, mais escuro será) e queratina. Outras estruturas
ligadas ao folículo são: o músculo eretor do pelo (músculo liso que
movimenta o pelo, deixando a pele arrepiada), as glândulas sebáceas
(lubrificam o pelo) e as glândulas sudoríparas.

Unhas
Têm formação semelhante a dos pelos, no entanto, as unhas nunca param
de crescer enquanto que o folículo piloso em alguns momentos entra em
repouso fazendo diminuir o crescimento dos pelos. A unha começa a ser
formada na raiz, que fica enterrada na pele, onde as células se multiplicam
e vão emergindo. A seguir, as células sintetizam queratina na região
da cutícula ou eponíquio, que é uma dobra de pele,
e continuam seu movimento. Quando ficam expostas, as células já estão
mortas, bastante achatadas e queratinizadas, formando a unha como a
vemos.

Anatomia da Unha

As unhas oferecem um bom indício sobre a saúde da pessoa, podendo


ficar quebradiças, mais finas ou deformadas devido a situações de grande
estresse, períodos de febre prolongados ou por uso de drogas ou
medicamentos mais fortes. Ajudam a proteger as extremidades dos
dedos, área extremamente sensível e também auxiliam a agarrar os
objetos.

Receptores Sensoriais
São terminações das fibras nervosas, mielínicas, algumas estão livres
associadas às células epiteliais, outras, encapsuladas. Existem 7 tipos de
receptores que captam os estímulos do meio, levam ao sistema nervoso e
devolvem respostas sensoriais; são eles:
 Discos de Merkel: ramificações das extremidades de fibras nervosas
sensoriais, cujas pontas têm forma de disco e estão ligadas às células da
epiderme. Percebem estímulos contínuos de pressão e tato;
 Corpúsculos de Meissner: são receptores encapsulados, de adaptação
rápida (respondem ao estímulo no fim), percebem estímulos vibratórios,
de pressão e de tato, localizados na superfície da derme;
Tipos de Receptores Sensoriais

 Corpúsculos de Paccini: encapsulado, de adaptação rápida, sentem


estímulos vibratórios rápidos e pressão, localizados na derme profunda;
 Corpúsculo de Ruffini: encapsulado, de adaptação lenta (responde ao
estímulo continuamente), sentem a pressão e se localizam na derme
profunda;
 Bulbos de Krause: encapsulados, são pouco conhecidos, mas associados
aos estímulos de pressão, se localizam nas bordas da epiderme;
 Terminações dos Folículos Pilosos: são fibras sensoriais enroladas ao
redor dos folículos, podem ser de adaptação lenta ou rápida;
 Terminações Nervosas Livres: são ramificações de fibras mielínicas ou
amielínicas não encapsuladas, são de adaptação lenta e transmitem
informações de tato, dor, temperatura e propriocepção. Estão localizados
por toda pele e em quase todos os tecidos do corpo.

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