Você está na página 1de 14

TREINAMENTO - CFO PMMG

NÓS E AMARRAÇÕES DO CURSO MONTANHA 2013

1) NÓ ALEMÃO (NÓ EM OITO OU VOLTA DO FIADOR)

TEMPO: 10 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

Muito utilizado no montanhismo, serve para iniciar o nó de azelha dobrada pelo


chicote, e quando feito dobrado, serve para unir cordeletes para ascensão ou
tracionamento e para união de cabos de mesmo diâmetro. O Manual do
Estágio Básico do Combatente de Montanha do Exército Brasileiro
apresenta este mesmo nó como: “NÓ ALEMÃO”.

2) NÓ DE PESCADOR DUPLO (ARREMATE)

TEMPO: 10 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

Utilizado para evitar que a extremidade de um cabo não se desfaça, e para


segurança no rapel quando na utilização de freios descensores autoblocantes e
o aparelho oito utilizado no olhal menor.
3) NÓ DIREITO

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

É o nó usado para emendar cabos de mesmo diâmetro, este nó quando feito


com cordas com diâmetros diferentes, ele se desfaz. Existem também as
variantes: nó direito e nó de envergue, (quando os chicotes não estão
paralelos) e nó direito de correr, quando se deixa uma alça para soltura rápida.
Observação: Após confecção do nó deve se fazer cote ou arremate de ambos
os lados, para evitar que o mesmo se desfaça.

NÓ DE ESCOTA OU TECELÃO

Utilizado para unir dois cabos de diâmetro diferentes, com as variantes: nó de


escota simples e escota dupla.

4) NÓ DE ESCOTA SIMPLES
TEMPO: 20 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)
5) NÓ DE ESCOTA DUPLA
TEMPO: 25 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

NÓ DE PESCADOR SIMPLES E PESCADOR DUPLO

Utilizado pelos pescadores para emendar suas linhas ou redes de pesca. Tem
sua aplicação também no montanhismo, existindo as variantes: nó de pescador
simples, também conhecido por nó de correr simples, que tem a função de unir
cabos de mesmo diâmetro. Nó de pescador duplo, para fins de arremates após
nós alceados, encordamento e de ancoragens. Pescador duplo de correr, este
último sendo mais utilizado para unir cordeletes e cabos de mesmo diâmetro.
Ao confeccionar estes nós, é recomendado deixar quatro dedos de chicote
para cada lado e acochar o nó em sua totalidade para que o mesmo não venha
a afrouxar.

6) NÓ DE PESCADOR SIMPLES NA FUNÇÃO DE JUNÇÃO DE CABOS

TEMPO: 20 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)


7) PESCADOR DUPLO NA FUNÇÃO DE JUNÇÃO DE CABOS

TEMPO: 30 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

8) LAIS DE GUIA NA CINTURA

TEMPO: 30 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

Tem como função a confecção de uma alça que ao mesmo tempo aperte e seja
fácil de soltar, serve para iniciar a confecção dos nós bolina duplo, e terminar
os nós balso de calafate. No montanhismo é utilizado com sustentação, dando
uma passagem com o chicote em uma das pernas e arrematando com uma
volta do fiel, e depois com pescador duplo em torno do próprio cabo.

9) AZELHA SIMPLES

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

Nó utilizado para confeccionar uma alça que não corra em um cabo, apresenta
as seguintes variações: azelha simples pelo seio, que é o caminho para se
confeccionar o nó balso pelo seio e azelha simples pelo chicote.
9.1) AZELHA SIMPLES PELO SEIO

9.2) AZELHA SIMPLES PELO CHICOTE

10) AZELHA DUPLA

TEMPO: 20 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ +ARREMATE)

Assemelha-se a azelha equalizada, porém esta é confeccionada quase a partir


de uma azelha simples.
O Manual do Estágio Básico do Combatente de Montanha do Exército
Brasileiro apresenta este nó como: "azelha dupla”.
11) BOCA DE LOBO

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ +ARREMATE)

Assemelha-se a pata de gato, porém para sua confecção é feita mais uma volta
no anel inferior, serve para fins de ancoragem, podendo ser confeccionado pelo
seio ou pelo chicote.

11.1) BOCA DE LOBO PELO SEIO

11.2) BOCA DE LOBO PELO CHICOTE

12) VOLTA DO FIEL (NÓ DE PORCO)

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ +ARREMATE)

É utilizado para fixar uma corda em um ponto de ancoragem, também podendo


ser feito dobrado. Serve também durante uma escalada para o guia ou
participante se ancorar em um grampo utilizando um mosquetão de
ancoragem, que o mesmo carrega consigo.
É importante que após uma ancoragem confeccionar cotes específicos sobre o
firme para que o mesmo não venha a se desfazer.
Quando feito pelo seio pode ser chamado também de NÓ DE PORCO, e pelo
chicote nó de barqueiro.
12.1) VOLTA DO FIEL PELO SEIO

12.2) VOLTA DO FIEL PELO CHICOTE

13) NÓ MOLA

NÓ MOLA NO MOSQUETÃO E NÓ DE PORCO COMO ANCORAGEM

TEMPO: 45 SEGUNDOS – VALOR 03 IDÉIAS (NÓ MOLA + NÓ PORCO +


ARREMATE)

Nó utilizado pelo Exército Brasileiro, consta no Manual do Estágio Básico do


Combatente de Montanha do mesmo. A sua função é confeccionar uma
ancoragem fácil, ligeira e que precise ser desativada rapidamente, pois é um
nó de fácil soltura e muito bom para suportar tensões. Mas não devemos
esquecer de fazer a ancoragem secundária de segurança, que na figura está
no mesmo posto da principal, mas o ideal é um ponto atrás e ou acima, a não
ser que seja um PAB - “Ponto a Prova de Bomba”, que consiste em uma
coluna robusta de concreto onde não há duvida de sua resistência.
14) NÓ MEIO PORCO (NÓ DA UIAA OU NÓ DINÂMICO)

TEMPO: 10 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

Nó utilizado para segurança em escalada, e para descida com a corda passada


no mosquetão quando não houver aparelho de descida especifico, ou seja,
uma descida improvisada de emergência.
A sua utilização forma torcimentos na corda, que são conhecidos por cocas.
No Manual do Estágio Básico do Combatente de Montanha do Exército
Brasileiro, este nó é apresentado como: “nó da UIAA ou NÓ DE MEIO
PORCO”.
Consta também no Manual de Salvamento em Altura do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado de São Paulo na página 37, este mesmo nó
apresentado como: “meia volta do fiel e também nó da UIAA”, e tem por
característica não ficar preso à ancoragem e a possibilidade de operar nos dois
sentidos do chicote, servindo de nó de segurança (tanto para a descida, quanto
para a subida).
15) NÓ PRÚSSICO A 06 VOLTAS

TEMPO: 30 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

Segundo o website montanhas do Rio, este nó foi desenvolvido por Karl Prusik
em 1931. Para confeccioná-lo se utiliza um cordelete de 6 mm de diâmetro com
cerca de 2 metros de comprimento, que depois de unido com nó específico,
envolve outra corda de diâmetro maior com seis voltas. É usado como auto–
blocante para técnicas de ascensão em corda, e para segurança em descida
simples, é excelente para auto-resgate em corda, para transposição de uma
corda para outra, sistemas de polias, tracionamento, içamento e deslocamento,
e outras múltiplas funções, é conhecido pelos militares das Forças Armadas
como prússico e deve ser emendado com os seguintes nós: duplo, pescador
duplo ou triplo de correr e oito duplo, para garantir a segurança e permitir a
recuperação do cordelete após tração.

15.1) PRÚSSICO PELO SEIO

15.2) PRÚSSICO PELO CHICOTE


16) ASSENTO AMERICANO

TEMPO: 60 SEG – VALOR 03 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE + MOSQUETÃO)

Consta no Manual Estágio Básico do Combatente de Montanha do Exército


Brasileiro, o assento americano consiste em um cinto cadeira improvisado que
pode ser utilizado em Salvamento em Altura e Salvamento em Montanha.
Serve para fornecer segurança ao BM durante a ação de socorro se não
houver cinto baudrier específico, e o mesmo deve ficar bem justo ao corpo e
acochado.
Para confeccioná-lo pode se utilzar um cabo solteiro de 10 a 12 mm de
diâmetro, de 4 a 5. metros de comprimento. O mesmo é simples de fazer,
sendo finalizado com nó direito unindo os chicotes, e arrematado com pescador
duplo de ambos os lados.
Este conjunto de nós de fechamento, é padronizado pelo Exército Brasileiro
para ser posicionado do lado oposto à mão de trabalho.
17) ATADURA DE PEITO

TEMPO: 60 SEGUNDOS – VALOR 03 IDÉIAS (NÓ + MOSQUETÃO +


ARREMATE FINAL)

Segundo o Manual Estágio Básico do Combatente de Montanha do Exército


Brasileiro, a atadura de peito é um artifício de corda confeccionado para
aumentar a segurança durante a realização de uma escalada ou de uma
desescalada, dividindo a tensão com o assento americano e evitando que o
escalador fique de cabeça para baixo em caso de queda ou perda dos
sentidos. Fornece relativo conforto e boa liberdade de movimentos com ambas
as mãos. A sua confecção tem início em um nó de azelha simples, cuja alça é
introduzida por cima da cabeça do BM e ficando por cima do fardamento.
Um dos chicotes subirá pelas costas e passará por dentro da alça do nó de
azelha simples, e depois descerá para ser unido com o outro chicote, após isso
será feito o nó direito e arremate com pescador duplo de ambos os lados. Este
sistema de nós de fechamento é padronizado pelo Exército Brasileiro para ficar
do lado oposto a mão de trabalho.

18) AZELHA EM OITO OU AZELHA DOBRADA

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 02 IDÉIAS (NÓ + ARREMATE)

Nó utilizado para confeccionar uma alça que não corra em um cabo, apresenta
as seguintes variações: azelha dobrada pelo seio e pelo chicote, que é utilizada
para encordamento de uma cordada para uma escalada. Colin Jarman e Bill
Beavis, autores do livro Marinharia e Trabalhos em Cabos das Edições
Marítimas, na página 20 figura 2-42, apresentam este nó como: “alça com
dupla volta de fiador”. E no Manual do Estágio Básico do Combatente de
Montanha do Exército Brasileiro, este nó é apresentado como: “aselha em oito”.
Consta também no Manual de Salvamento em Altura do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado de São Paulo na página 33, este mesmo nó
apresentado como: “oito duplo”.
19) NÓ DE FITA OU NÓ DUPLO

TEMPO: 20 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

O nó de fita é um nó usado para emendar as pontas de uma fita, criando-se um


anel de fita que pode ser usado como costura ou como fita solteira.

Faz-se um nó simples em uma das pontas da fita e depois, com a outra ponta,
segue-se esse nó pelo caminho inverso. O nó de fita deve ser ajustado para
que as fitas fiquem todo o tempo paralelas e com folgas de pelo menos três
dedos em cada ponta.
20) NÓ DE FRADE

TEMPO: 15 SEGUNDOS – VALOR 01 IDÉIA (SOMENTE O NÓ)

Usado para melhorar a empunhadura quando o cabo for fino, liso ou mesmo se
estiver molhado.

OBSERVAÇÃO:
LEMBREM-SE TODO ARREMATE É FEITO UTILIZANDO-SE O NÓ
PESCADOR DUPLO DE ARREMATE.

“PARA A FRENTE E PARA O ALTO... MONTANHA!”...


REFERÊNCIA

CALIOCANE, Cleiton Lira. SILVA, José Eduardo Cunha Pereira. Manual


Técnico do Montanhismo do Curso de Salvamento em Montanha do
CBMERJ. 2ª Edição – 2008, 268 p.

Você também pode gostar