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A GÊNESE DA HONRA

© Renê Terra Nova, 2010

Coordenação Geral
Apóstolo Renê de Araújo Terra Nova

Coordenação Editorial
Beatriz Teixeira de Souza

Edição de Textos
Pra. Francieme de Melo Lobato Costa

Diagramação
Beatriz Teixeira de Souza

Capa
Maiko Mendonça

Diagramação para EBook


Bruna Graziele M. dos Santos Duarte

ISBN
978-85-8306-007-9

© Todos os direitos reservados a Renê Terra Nova.


Produção e Distribuição: Semente de Vida Brasil
Rua Padre Senepa, 72 - Ipiranga
São Paulo - SP | CEP 04264-100
(11) 2063-7563 |vendas@sementedevida.com.br
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“A fim que todos HONREM o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o
filho não honra o Pai que o enviou.” João 5:23
Dedico este livro ao Ministério Internacional da Restauração, MIR, que
abriu o coração para fazer a rota do retorno, encontrando em Yeshua a Gênese

da Honra. Vocês são como o fruto da oliva que permeia a minha vida de unção
nova a cada manhã.
Sou grato a TODOS os que praticam o princípio da Honra e desejam voltar à
Gênese da Honra, para que nossa geração e descendência tenham vida

tranquila e sossegada sobre a Terra.


PREFÁCIO
Começar mais uma jornada de honra é um extenso desafio, pois
estamos vendo que o mundo espiritual se agitou desde quando colocamos
o foco no princípio da Honra. Muitos não estavam entendendo que o
Planeta se move por princípios e para termos alianças saudáveis,
precisamos ser curados de todas as dificuldades de alma que permeiam o
nosso arraial, de convicções que estão fora da proposta de fidelidade.

A Gênese da Honra. O que é isso? É descobrir onde e quem criou essa


verdade fabulosa, quais os legados inerentes àqueles que preservam essa
chamada e como a propedêutica (Introdução ou Gênese) tem fundamentos
para nos alavancar a posições de conquistas jamais vistas em toda a
nossa história e desejo de vencer os obstáculos, conservando princípios e
não irrompendo valores.

Quando você entrar nos históricos aqui contidos, verá que há uma
revelação do que havia no Trono de Deus, no Jardim do Éden, no Povo
de Israel, na Equipe de Jesus e na vida de alguns discípulos que são
colocados em foco, como homens formados em Honra e que tomaram
decisões diferentes com resultados estremecedores, de acordo com cada
atitude. É inevitável o que plantamos hoje não termos o fruto amanhã,
principalmente quando o princípio está revelado.

A Gênese da Honra é um GPS para que as rotas do dia-a-dia sejam


facilitadas, os caminhos encurtados e nosso combustível (fé) e tempo
sejam economizados, o que implica que estaremos conectados ao satélite
divino (A HONRA), para que não incorram infrações de avanços de
sinais nem quebra de princípios em tudo que será apresentado aqui, pois
é uma bússola orientadora que dará direção para que a adversidade não
ganhe vantagem na nossa rota de fidelidade.

A Gênese da Honra não é uma proposta que posso dizer se quero ou


não quero, pois é permeada de princípios que são eternos, dos quais nós
estaremos vivendo ou não. Você perguntaria: Como posso mensurar se
estou na senda da Gênese da Honra? É muito fácil! É só avaliar os
resultados na sua vida e história. Certamente você chegará à conclusão
do que está e do que não está na geografia correta.

Não fomos ensinados e ministrados sobre a visão de Honra, então,


muitas crises poderão surgir, e isso será considerado normal, pois ser
reescrito é mais difícil do que ser iniciado. Logo, voltar à Gênese
representa ser reescrito para devolução à origem, e isso não será uma
rota confortável, pois será recheada de confrontos que são remédios para
nossa Libertação e Cura. Porém, mesmo sendo um caminho extremamente
difícil, será consideradamente possível.

Quero estimular esta geração a uma posição de coragem na direção da


Honra, pois o Livro Sagrado, a Bíblia, nos mostra que homens e seres
(Ben-Shachar – Querubim) que começaram bem, não terminaram
aprovados, pois saíram do princípio e se lançaram a particularidades,
fora da chamada a qual Deus havia estabelecido.

Acreditamos que esta geração será chamada a Geração da Honra. Este


desafio se torna grande, pois é cada vez mais difícil encontrar no século
do individualismo pessoas desejosas de reverenciar e retornar à Gênese
da Honra.

Mas, o legado de uma geração possuída pelo poder do Espírito é


exatamente a geração que devolverá a Deus a Honra, e esta geração
estará na direção do seu Mentor (discipulador) com plena saúde de
relacionamento, não na subserviência, mas na consciência de valores,
pois a unção que honramos, servimos.

Sustentando esse princípio que o Senhor nos revela, o retorno à


Gênese da Honra é uma paga de dívida, e uma geração virá ao encontro
de Deus para termos a graça de uma vida salutar, protegendo a nossa
descendência.

Quando esta revelação saltou dentro de mim, confesso que provocou


uma embolia de perguntas. Foi como uma lava vulcânica de sentimentos
que me provocaram contundentes reflexões, que me estimularam a
repensar a minha história. Foi um convite ao retorno, a coisas relevantes,
a valorizar os pequenos começos (Deus não despreza os pequenos
começos) e a entrar em arrependimento por algumas coisas que não fazem
parte do nosso caráter.

Como sinto não ter tido esta revelação antes, pois teria evitado
alianças precipitadas, que mais somaram feridas que sararam,
traumatizaram mais que curaram e nos deixaram com cicatrizes
profundas... Mesmo com a nova pele ‘Naamânica’, curados das lepras, as
cicatrizes não negam que passamos por situações indesejáveis na nossa
história. Mas tudo isso com muita probabilidade de corrigir e de ser
restaurados.

A Gênese da Honra é uma erupção de pensamentos que saltam de


dentro para fora e queimam de dentro para dentro, levando-nos a
posições de pensamentos que nos associam à ciência do saber, para que
com o pensamento em ordem, possamos mergulhar no compêndio do
conhecimento sem experimentarmos do bem e do mal, pois o resultado
são níveis de mortes, os quais já foram resgatados pela Árvore da Vida,
Yeshua Ha Mashiah.

Através deste livro, um banquete diferente está na sua direção,


preparado com uma culinária de excelência. Foram estabelecidos aqui
alguns princípios de entrada e retorno à Árvore que tem remédio para
todas as pessoas e nações, chamada de comida e bebida que saciam a
nossa alma.

Espero que assim seja com você e com milhões que passarão por esta
experiência de êxito, para que o Fruto da Vida esteja nesta mesa de
nobreza, que somente os príncipes têm direito de se banquetearem na
presença do Rei.
Apóstolo Renê Terra Nova
INTRODUÇÃO
Sei que este livro, A Gênese da Honra, é um convite desafiador.
Convocar uma geração a raciocinar por valores que são como diamantes
lapidados, resgatar valores que foram lançados fora e devolver
princípios que estão em desuso é como remar contra ondas grandes, sem
exageros, tsunamis éticos, pois a rota do mais fácil ficou mais atraente. A
Palavra nos exorta a manter a nossa inocência e preservar uma fé madura.

A evolução dos dias, a cibernética, o estímulo à individualização são


retratos da sociedade pós-moderna, que assimilou padrões fora da
proposta da Sagrada Escritura, onde os homens (sentido genérico)
decidiram fazer do próprio ventre o seu Deus, desprezar as coisas
sagradas e se associar às coisas profanas. De fato, vivemos numa geração
de conflitos, de valores inversos, em que a vontade de TER está acima
do SER. É como se fôssemos devorados pelos desejos desordenados da
alma, onde o futuro se torna cúmplice das nossas desenfreadas atitudes.

Esses sentimentos têm três regências cabais: espiritual, terrena e


individual. Precisamos domar nossos sentimentos, não pela vontade
humana, mas pelos princípios que regem a nossa história, senão nos
tornaremos fragilizados, sem perspectivas do correto e procuraremos
rotas escusas, cujo resultado é catastrófico.

Não sabemos como lidar com esta alma manipulada, que traz
inquietudes, arranca sonos, tira a paz, traz transtornos e rouba a alegria.
Quando diagnos - ticados os problemas, existe uma desonra que está
migrada e precisa de aborto, para que não estrague a história e a
conquista.

Estas três regências – espiritual, terrena e individual – têm como


mentor Ben-Shachar (o filho da honra, pois assim era chamado antes da
queda), conhecido hoje como Lúcifer, que entrou em lacunas de
oportunidades e demoliu algumas fortalezas construídas por Deus para
ganhar vantagens e lançar construção nova em fundamento alheio, a fim
de perturbar a nossa humanidade, trazendo resultados de dores. Isto tem
um nome: desonra!

Na Gênese da Honra, avaliaremos como isso ocorreu e demoliremos


esse tipo de invasor em nossa vida, para que os princípios da honra
sejam replantados e não tenhamos mais motivos para chorar, pois a
proposta é a alegria. A Honra é uma semente de alegria que traz
prosperidade.

O mentor da desonra, Ben-Shachar, deixou uma geração marcada pelo


medo, insegurança, tristeza e, claro, sem comunhão com o Eterno e com
os mentores (Discipuladores). Um esfriamento de relacionamentos nasceu
e a alegria de caminhar juntos entrou em óbito.

A desonra é a promotora do óbito, destruidora dos privilégios e


causadora do direito encerrado de entrada em lugares nobres. Assim foi
com Ben-Shachar diante do Trono de Deus, com Adão e Eva diante do
Jardim do Éden, com Israel diante da Terra Prometida. O que se conclui é
que a desonra promove: Perda da Presença, Perda do Território, Perda da
Liberdade.

Quando a Gênese da Honra foi ministrada ao meu coração, eu estava


em Jerusalém, vendo que tudo que existiu e existe naquela terra tem por
trás o princípio da obediência e da honra, e isso gerou conquistas de
testemunhos notórios para seu tempo e gerações futuras, e ainda ficará
como um marco, um memorial, para os povos vindouros. Mas as
destruições e catástrofes que sofreram e sofrem até hoje estão exatamente
ligadas à desonra que autoridades e reis plantaram, e ao fato do povo não
trilhar a rota da gratidão. Gratidão é o convite de acesso à Honra. As
consequências estão visíveis para que todos possam refletir.

Claro que muita coisa poderia ser diferente a partir do momento em


que Israel entrasse em arrependimento. Todos os homens e mulheres da
história do Livro Sagrado que entraram em arrependimento foram
restituídos. É o caso do filho pródigo, que desonrou o pai, gastou a
herança e se confinou na pocilga.

É triste ver que alguns poderiam viver de forma diferente e


conseguiriam galgar muito mais que adquiriram, mas deixaram que uma
rota errada e um desejo exacerbado fossem mais poderosos do que a
visão da aliança, e se lançaram em estradas que não dignificam o nome
do Senhor. Resultado: uma pocilga. Essa não é a história que um homem
de Deus deseja, e esse não é o resultado que Deus tem para Seus filhos.

A Gênese da Honra é uma devolução de valores. Os princípios


contidos neste livro ajudarão você e outros milhares a encontrarem seu
rumo e a desenharem um novo destino, fazendo de você um nobre desta
geração pelo princípio da honra.
CAPÍTULO 1
DESCOBRINDO
A ORIGEM DA HONRA

“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a


sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade,
prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua
mão.” (Isaías 53:10)

O texto de Isaías 53:10 lhe dará uma resposta com relação à


dificuldade que você tem de entendimento sobre o porquê de sofrer tanto
para prosperar. Você pergunta por que passa por uma prensa violenta, por
que algumas coisas na sua vida não decolam tão depressa, por que na
vida do vizinho, do colega, do discipulador, do Pastor, algumas coisas
estão acontecendo muito rápido e na sua vida não.

Você acha que Deus está lhe moendo, punindo, que Ele não está atento
para abençoá-lo. Então, você acha que Deus vai Se agradar em moê-lo e
em passar você pela peneira? Vai!

Deus permite que passemos por algumas situações difíceis para que
saibamos valorizar o que está por vir. Isaías 53 contém uma palavra que
Deus escreveu para o Messias, Yeshua, mas é uma palavra destinada a
todos aqueles que nasceram de novo.

Entrar na Gênese da Honra independe de ser cristão ou não, de ser


crédulo ou incrédulo, ter muita fé ou pouca fé, se está ou não no Reino,
porque é um princípio e quem cumpre princípios é abençoado. O
exemplo disso é que se um ímpio matar uma pessoa, ele será julgado; se
um cristão matar uma pessoa, também será julgado.
Partindo desse princípio, deveríamos ser julgados por ter matado
Jesus. No entanto, a morte de Jesus nos absolveu, apesar de sermos
culpados por termos mandado matar Jesus. Nós fomos os mandantes do
crime.

Não fomos condenados por ter matado Jesus. Porém, se matarmos um


cidadão comum, seremos condenados. Não ouviremos algo do tipo: Ele
não será condenado porque é cristão e Jesus já levou todos os pecados
dele. Não! A punição que é para o ímpio é para o justo.

E a Bíblia diz que assim como o sol nasce para o justo, também nasce
para o ímpio; assim como a chuva cai sobre o justo, cai também sobre o
ímpio.

Deus não manda uma chuva que cai sobre o ímpio e o justo que está ao
lado dele fica enxuto. Deus não trabalha dessa forma. A diferença é que o
justo tem a memória abençoada e consegue absorver velozmente o que
Deus está entregando.

Então, entenda que Deus Se agrada, Ele tem prazer em permitir uma
provação e uma moedura na sua vida. Ele vê o seu sofrimento, mas foca o
resultado. Deus não está olhando para o quanto você sofre, mas com o
quanto receberá lá na frente. Algumas pessoas só entendem que algo veio
realmente de Deus se passarem por provas antes. Se não há uma prova,
não entendem o que Deus está realizando.

Como começa a prosperidade


A prosperidade tem começo, introdução. Não é invenção humana, é
uma criação divina. Deus criou a prosperidade com a finalidade de
abençoar os Seus filhos. É uma bênção da parte de Deus para alguém,
alguém tem que usufruir a prosperidade. Então, como é que Deus, Mentor
da prosperidade, cria para os Seus filhos e eles não conseguem entender
com a mente de indivíduo, de pessoa?

É preciso entender que a prosperidade não é apenas para alguns.


Quem limita os caminhos e as vias da prosperidade são as próprias
pessoas. Nós mesmos limitamos receber a prosperidade porque não
conseguimos acreditar que somos dignos de recebê-la.

Alguns acreditam que a prosperidade é para uma classe escolhida,


mas não é verdade. Por isso acham que apenas alguns são dignos de tê-la.
Creia: a prosperidade é para você, não se exclua dela. Tome posse da
prosperidade que Deus tem para entregar a você. Você tem direito a
prosperidade por legalidade.

O Senhor disse que quando o Seu Ungido fosse moído, a prosperidade


correria em Suas mãos. Saiba que essa guerra que você está passando é
para treino para a sua prosperidade. Você está sendo moído para
prosperar abundantemente. O que você tem sonhado e é legítimo, o que
você tem buscado e é legal, mas ainda não aconteceu, é porque Deus Se
move por trilhos.

Em Jeremias, diz que Deus fará na sua vida um trilho novo. Para que
serve um trilho? Para correr alguma coisa por ele. Fazendo um paralelo,
a prosperidade é como uma locomotiva, e os trilhos, os princípios. A
locomotiva corre nos princípios. A prosperidade não se move sem
princípios. O problema é que alguns querem prosperar sem guardar os
princípios.

Quando guardamos os princípios, a legitimidade entra na nossa sorte.


É automático. Entramos na trilha da prosperidade. A prosperidade se
aplica para quem guarda princípios, seja cristão ou ímpio.

Quem guarda princípios é guardado por Deus, porque Ele se move por
princípios. Você pode ser muito crente, mas se não guardar princípios,
nada acontecerá, você não colherá. Agora, se você está guardando
princípios e não está vendo nada acontecer, não se preocupe. Você está
sendo moído, mas Deus verá o fruto do seu penoso trabalho. Isso implica
em trabalho pesado.

Quem planta em projetos de prosperidade é acrescido porque guarda


princípios e colhe sementes. Algumas pessoas querem prosperar
ignorando o princípio. Mas ninguém que ignora o princípio colhe êxito de
prosperidade. Existe um início, uma introdução, um arkê – palavra grega
cujo significado é Gênesis ou Gênese.

Existe o arkê, a propedêutica, saber introduzir. Ninguém chega a um


destino se não sabe introduzir, começar. Em atalhos, você pode correr
riscos, porque é mais fácil trilhar por um caminho construído. A
prosperidade tem um caminho construído.

Você precisa saber que caminhos improvisados desviam da rota. Por


exemplo: você não pode, no mês de Fevereiro, pegar o dinheiro do
dízimo e comprar o material escolar das crianças. Não importa se as
pessoas que você conhece fazem isso e nada de mais acontece com elas.
A diferença está em que elas podem não ser nascidas de novo, mas você
é; elas não guardam princípios, mas você tem que guardar. Assim como
não pode pegar a primícia, a oferta, o que é do Senhor e gastar em outra
coisa. Isso é fazer atalho com aquilo que não é seu. Agindo assim, você
interrompe a rota da bênção. É como se você quebrasse um cano e toda a
água não mais suprisse a sua torneira. Houve uma ruptura.

Quando quebramos princípios das sementes, que são uma forma de


mandar mensagem para o mundo espiritual, há uma interrupção. Porque
quando você dizima, está desatando a sua fidelidade e fé. Quando você
oferta, está dizendo ao mundo espiritual que existe direito de
prosperidade. Quando você primicia, tem direito à honra e à santidade.
Porque os princípios nos levam aos caminhos corretos.

A Gênese é para compreender o que é honra. Quando eu escolhi


estudar sobre esse tema, foi pela necessidade de construir a rota da
honra. Precisamos compreender como a honra é necessária para a
sobrevivência de êxito. Começarmos a construir algo dentro de um
modelo que traga cura e responsabilidade para nossa nação.

Muitas vezes, erramos em busca da rota da prosperidade. Mas quando


conhecemos princípios, não somos desviados dos princípios. Se não
vigiarmos na guarda do princípio, entramos em decadência de mudança
de sorte e numa rota que Deus não tem para nós.

Já chega de erros, de estarmos em falta. Se sabemos o que é correto,


devemos fazer o correto também quando se trata de dízimos, ofertas e
primícias. Muitos não querem desenvolver a prosperidade, querem ser
Melquisedeque para receber, mas não querem ser Abraão para dar. É
preciso cumprir o princípio da honra. E quando guardamos princípios,
desatamos milagres novos sobre nós.
Quando cumprimos princípios, Deus abre a janela para sermos
poderosamente abençoados. Essa é a promessa de Malaquias 3:10.
Quando entendemos o princípio da honra, a prosperidade vai-nos
alcançando. Porque existem referências hierárquicas e o princípio da
honra consiste em você observar onde estão as referências hierárquicas
corretas, quem está sobre você.

Você não pode fazer as coisas apenas por fazer, mas por conhecer os
princípios. Precisamo-nos esforçar para compreender quanto vale uma
autoridade sobre a nossa vida.

Israel é uma nação profética, poderosa, fantástica. É assim que Israel é


conhecida como nação e dessa maneira vai logrando êxito. Jerusalém se
tornou a mãe de todas as nações. Mas isso é porque Israel e Jerusalém
são guardadoras de princípios. Quem cumpre princípios se torna
patriarca e matriarca de um avivamento. Onde está o princípio, está o
favor de Deus.

Três princípios levaram Israel a se tornar um modelo de respeito e


honra em todo Planeta: temor à Palavra e aos sacerdotes, temor à família
e organização em sua hierarquia; eles são ensinados a servir um exército,
tendo mentores sobre eles.

Entender os princípios de hierarquia, respeitar autoridades é muito


importante para que prosperemos. Precisamos ter referência, honrar
autoridade. Assim colocamos as coisas em ordem.

Israel aprendeu que honrar pais, obedecer a autoridades e servir a


nação é plantar honra. Deus lhes confiou o Livro Sagrado – a Bíblia e o
sacerdócio – mentores espirituais – hierarquias espirituais. Quando
falamos de prosperidade, precisamos entender que a prosperidade e a
honra são gêmeas, estão ligadas, são casadas.

Não podemos entender que alguém prosperou e não guarda o princípio


da honra. Isso não é prosperidade. Não é porque o traficante de drogas
enriqueceu da noite para o dia que isso significa que ele prosperou.

“Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos


ímpios. Pois os braços dos ímpios se quebrarão, mas o Senhor sustém
os justos. O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança
permanecerá para sempre.” (Salmos 37:16-18)

Como diz o Salmo 37, a prosperidade dos ímpios passa como a erva,
mas a prosperidade do justo é eterna, pode até demorar a chegar, mas
quando chega ninguém tira, porque foi construída debaixo de um
princípio.

Criar hábitos hierárquicos de Honra

Voltamos à honra, buscando hierarquicamente, o que está em I Timóteo


2:1-3. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações,
orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens. Pelos reis,
e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida
quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e
agradável diante de Deus nosso Salvador.”

Deus Se move por princípios. Então, crie o hábito de orar pelos que
são autoridade sobre a sua vida. Isto deve ser uma prática: cobrir as
pessoas que estão sobre nós, sejam reis, discipuladores, Pastores, porque
isso é bom diante de Deus. Precisamos criar hábitos hierárquicos de
honra.

Kalós – Honra

Kalós significa honrar, mas não é qualquer tipo de honra. Portanto,


aprenderemos alguns significados da palavra kalós e como podemos
aplicá-los em nossa vida, de forma a honramos a Deus e as pessoas com
as quais convivemos.

Kalós e seus significados

. Honrar com honestidade

Honrar é ser honesto. Há pessoas que honram outras pessoas, mas o


seu conceito de honestidade é arranhado, não é honesto. Há pessoas que
honram por fora, mas por dentro são como víboras. Há pessoas que o
patrão pede uma coisa e quando vai requerer, porque a pessoa está
inadimplente, cria-se um desrespeito com o patrão, porque não cobre as
costas, pelo contrário, dissimula contenda contra o líder.

Você acha honesto, um líder ou um discípulo dizer que faz parte da


Visão Celular no Modelo dos 12 e não ser da Visão? Porque há os que
dizem ser da Visão só para gozar dos benefícios. Eles não são da Visão,
mas comem da Visão, vestem da Visão, tem plano de saúde por causa da
Visão... Você acha honesto alguém comer daquilo que não tem, porque
não faz parte da sua essência? Isso é desonra.

Como alguém é da Visão Celular e não responde na Visão Celular com


os 12, as células, o ministério, o discipulado? Particularmente, todos que
comem e bebem da Visão Celular devem ter pelo menos a segunda
geração. Não estamos contratando para trabalhar na Visão profissionais,
mas líderes e pessoas que conseguem entendere ler a Visão Celular. Isso
é desonra ao mentor, ao líder, ao quadro que foi montado e a própria
comunidade.

Por que desonra? Por que muitos líderes e discípulos comprometidos


estão desempregados? E há alguém empregado, muitas vezes, trabalhando
em ministérios que são Visão Celular no Modelo dos 12, tirando o lugar
daqueles que realmente funcionam. Não é admissível receber esse nível
de afronta, de desonra, de investir e facilitar a vida desses que se vestem
e se alimentam da Visão e fazem pouco caso. E se chamamos a atenção
deles, eles abandonam o ministério. É extremamente desonroso alguém se
alimentar de algo sem honra. Isso é querer usufruir honra sem
honestidade.

. Apresentar-se com honra

A honra é o fruto do trabalho. Você que trabalha no seu setor e que é


muitas vezes tachado por ser mal interpretado, não se preocupe, você
prosperará. Porque isso é saber se apresentar com honra. O objetivo de
você se apresentar com honra é entrar na prosperidade. É uma vocação
do ser humano honrar e ser honrado.
O ser humano quer honrar e ser honrado. Isso é colocado por Deus na
química do nosso caráter. Nascemos com a química da honra dentro da
nossa essência. Isso é bênção de Deus. Aí está a Gênese da Honra, o
começo.

Podemos fazer uma exegese, extrair do texto o que ele está dizendo,
que honrar é bom e agradável. Shevet, em hebraico, é leve, suave, bom,
agradável, maravilhoso, abençoado, aquele que sabe honrar, admirável.
Houve até um carro com esse nome.

. Comportar-se decentemente

Kalós gerou essa palavra para aquele que se comporta decentemente.


Onde está a rota da prosperidade? Em saber honrar com decência.
Precisamos descer do salto da alma, da arrogância, da estupidez, da pose
desnecessária. O nome de tudo isso é orgulho. Onde há orgulho, há a
dissidência da honra. Todo orgulhoso, todo prepotente é isento da honra,
a honra não lhe acompanha.

. Ser decoroso

Kalós significa também aquele que é decoroso. Quem tem decoro sabe
entrar pedindo licença, perguntando se pode ou não isso ou aquilo. Tudo
isso são códigos da honra. ‘Por favor’ é a ordem que será executada
Precisamos ser treinados e treinar as pessoas. Talvez você não tenha sido
ensinado, mas está aprendendo agora. Mas alguns aprenderam isso na
casa dos seus pais, mas agem com falta de decoro. Não podemos perder
o código. Essa é a forma de abrirmos nosso entendimento.

Uma pessoa que está sentada no ônibus, e vê uma mulher grávida ou


um idoso, e não cede o seu lugar comete não apenas uma falta de
educação, mas uma falta de honra. Você não sabe se a mulher grávida
carrega um profeta no ventre. Quanto ao idoso, a Bíblia diz que devemos
respeitá-los. Então, nunca mais finja que você não está vendo que estão
em pé.

Há pessoas que pensam que estão certas no nível da honra, mas ainda
precisam ser alcançadas. Quando são alcançadas, entram em decoro e
começam a treinar a linguagem correta. Aprender pequenos detalhes que
mudarão a sua vida e a vida de muitas pessoas é necessário para
vivermos bem. Pessoas mal-educadas são desrespeitosas. Respeito é
princípio de honra, é Gênese da Honra.

. Importar-se com os outros

Kalós também significa se importar com os outros. A decência e o


decoro fazem parte do protocolo, dos rituais. Quando as pessoas
aprendem a honrar são educadas espiritualmente, sabem dar o respeito
devido às autoridades que estão sobre elas. A honra é uma educação
espiritual que nos faz respeitar as pessoas e nos importar com elas, com
as autoridades que estão sobre nós.

. Ser ético e justo


Kalós também significa ético e justo. Não existem dois pesos e duas
medidas para quem é ético e justo. Kalós fala de ter uma vida correta,
aprovável de conduta e estima. É como se encontrássemos a rota do
destino através da honra. É como se desejássemos andar por veredas de
justiça.

Quando você se submete, você é honrado primeiro, fica mimado por


Deus e cheio de crédito com o Altíssimo. Deus é muito Bom, Ele é
Maravilhoso. Seremos cidadãos de honra, porque entendemos que temos
a essência da honra na nossa vida.

. A Gênese é um retorno à origem

A Gênese da Honra é uma proposta de retorno à origem. A


prosperidade é o direito de voltar à origem, ao decreto, à promessa. A
Gênese da Honra nos ensinará sobre devoluções de valores, recrescer,
recriar e construir os valores de Deus dentro de nós. Não é fácil abrir o
entendimento para isso, mas é possível.

Deus me ministrou sobre a importância de servir com o entendimento


da Gênese da Honra. O Senhor me disse: Você fez uma nação águia, que
voa muito, estão voando até para onde não devem. Você fez uma nação de
leão que ruge demarcando territórios. Você fez uma nação de flechas
polidas que estão indo além dos alvos, alguns até quebrando princípios.
Deus me parabenizou pelo meu trabalho. Mas Deus me disse que faltava
ensinar o povo a ser servo e a aprender a honrar.

Temos ensinado que a unção que honramos, a ela nos submetemos. O


líder que eu honro, a ele eu sirvo. Devemos aprender a ser servo do líder
que está sobre nós, mas servindo-o com honra, sem pesar. Isso faz parte
do código da honra que deve ser devolvido para nós. A honra não é
discurso, é prática. Ainda que seja difícil, é possível servirmos. Praticar
a honra pode ser difícil, mas é possível; é um treino no caráter a passos
lentos até chegarmos a ser galopantes.

A introdução da honra não é fácil, é difícil. Não é fácil para você nem
para ninguém. Mas precisamos abrir o entendimento para compreender
que há algo da parte de Deus vindo na nossa direção. E quando abrimos o
entendimento, somos mais velozes, porque ampliamos o conhecimento
colocamos em prática. Quando colocamos o conhecimento em prática,
significa que estamos vivendo os princípios.

Os homens seculares buscam aprender para ensinar. Os homens de


princípios aprendem para viver. A própria vida se transforma em escola.
Não aprenda apenas para passar para os outros. Você não é cidadão
comum. A maneira como você vive denunciará o seu caráter e as pessoas
começarão a segui-lo.

A maneira como você vive é que ensina as pessoas e faz delas seus
seguidores ou não, terem você como modelo ou não. Você precisa ser
ampliado no conhecimento da prática. Todos os dias somos testados na
transição em que estamos, e a ordem é para ser aprovado. A transição de
um líder comum para um líder honrado leva o tempo que você quiser.

Dar honra e receber honra. Porque o homem é provado pelos louvores


que recebe. Toda honra traz uma prova. Louvor e honra é a mesma coisa.
Há pessoas que gostam de ser honradas, aplaudidas, até fazem
exigências, mas não despertam a alma para honra. Não querem honrar,
querem somente ser honradas.
A Bíblia diz que um dia uma mulher derramou sobre os pés de Jesus
um perfume de alto preço. O dono da casa disse que se Jesus soubesse
quem era aquela mulher não deixaria que ela beijasse os Seus pés e
derramasse perfume. Judas também ficou indignado, pois queria tirar
lucro da honra que estava sendo prestada.

Três pessoas, três posições. Uma pessoa prestando honra. Uma pessoa
julgando. Uma pessoa querendo tirar lucro da honra que estava sendo
prestada. Porque existem os sugadores da honra, aqueles que são como
sanguessugas da honra. Estes, no momento em que veem as pessoas ao
seu redor sendo honradas, querem que a honra venha para eles ou que a
pessoa que está sendo honrado não receba a honra que é digna para ela.

Existem coisas que precisam de um despertar de mente, de alma, para


que a honra seja homologada. A honra nunca é homologada se a alma não
for despertada para isso. Jesus olhou para aquele homem e disse: Simão
Leproso – porque esse era o sobrenome dele – Eu entrei na tua casa e tu
não lavaste os meus pés, mas esta mulher com perfume com lágrimas os
lava e enxuga com o seu cabelo.

Para que você entenda o ato profético daquela mulher, é bom deixar
claro que a mulher não estava lavando os pés de Jesus com as lágrimas,
mas usando o perfume da lágrima. Aquele vidro de perfume continha
essência destilada em lágrima. Ainda hoje encontramos em Magdala, uma
cidadezinha que tem os potes da lágrima.

O perfume da lágrima representava o perfume da nobreza. Aquela


mulher pegou toda a sua nobreza, representada naquele perfume da
lágrima, que continha toda a sua história e derramou nos pés de Jesus
(Lucas 7:36-38). Quando ela ungiu os pés de Jesus, derramando perfume
e lágrimas, estava fazendo um ato profético que lhe devolveu a
hombridade, a dignidade, a honra.

O ato profético daquela mulher mudou todo o seu histórico e a história


daquela gente. Jesus olhou para aqueles que falavam e reivindicou os
direitos da honra. Pois Ele disse que entrara naquela casa e não teve
Seus pés lavados e não recebeu nenhum beijo de honra.

Precisamos aprender a pagar preço pela honra. E para isso, é preciso


expor a alma à honra. Não queira que a alma seja honrada sem criar
caminhos de prosperidade para honrar. Submeta-se à chamada de Deus
para sua vida. A alma precisa se submeter ao princípio da honra que é
colocar-se na posição de servo.

Que a generosidade do Reino, a honestidade, a identidade do Reino, a


Gênese da honra entrem em cada histórico e que possamos ser
mergulhados no kalós de Deus, na honra honesta, na prosperidade
decente, verdadeira, a prosperidade do Reino.

Que aprendamos os princípios da honra em nossa vida e história. Que


possamos descobrir a origem da honra para que o inimigo nunca ganhe
vantagens em nossas vidas.
CAPÍTULO 2
VESTIDO DE HONRA COM O CORAÇÃO
DE DESONRA

“... Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da medida, cheio de


sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus;
de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio,
diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro;
em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste
criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te
estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras
afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em
que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação
do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por
isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim
cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por
causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu
resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem
para ti. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu
comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti
um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos
de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão
espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais
subsistirá.” (Ezequiel 28:12-19)

Heilel Ben-Shachar perdeu o direito da presença de Deus e ficou


desfigurado em seu caráter. Ele deixou de ser formoso para se
transformar em um monstro. Os livros de Isaías e Ezequiel falam sobre
ele (Isaías 14:12-19 / Ezequiel 28:12-19).
A descrição de Ezequiel, como vista acima, diz que possuía vestes
esplêndidas, formosura, perfeição, riqueza, credibilidade e aceitação por
causa da unção de Deus que estava sobre ele; era ornado por pedras
preciosas e eleito por Deus para ser o representante da honra. Porém, a
quebra do princípio, pela competição e desejo de ser igual a Deus, fez
com que caísse e se transformasse em um ser deformado.

Conseguimos ver alguns líderes ou mesmo simples discípulos que


andavam bem, cheios de Deus, mas que permitiram que a mesma semente
que entrou em Heilel Ben-Shachar entrasse no coração. Tornam-se, então,
desfigurados, inimigos do bem, promotores de contendas, porque vivem
com a ausência da presença de Deus. São destronados da honra que
receberam, porque não souberam valorizar o que o Senhor confiou em
suas mãos. Lamentavelmente, encontramos esses quadros, e pessoas que
um dia foram cheias de Deus e se transformaram no oposto da proposta
do Eterno.

Heilel Ben-Shachar, Lúcifer, consegue colocar líderes e pessoas


comuns em quedas constantes, fazendo com que se tornem como ele, raios
caídos, demolidores de princípios e contaminadores de gerações.

Mas a boa notícia é que está nascendo a Geração da Restituição para


voltar a entrar pelas portas com louvor. O Louvor é a semente para portas
abertas, como descreve o Salmo 100:2-4.

“Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto. Sabei
que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos;
somos povo seu e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas portas dele com
gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu
nome.”
Heilel Ben-Shachar, o levita caído

Quando Deus criou Lúcifer, Heilel Ben-Shachar, que não era Lúcifer,
mas um querubim, fez somente para tocar instrumentos de percussão. A
percussão é o único instrumento que só pode ser feito por um sacrifício.
Só se arranca sons de uma percussão legítima, se por trás, houver um
sacrifício. Alguém precisou morrer, dar a vida, para tirar sons para Deus.

Hoje os terreiros de macumba afirmam que o som da percussão


pertence a eles. Mas a percussão, quando entra no mundo espiritual,
causa agitação porque Deus tem uma orquestra de tambores que toca de
dia e de noite na Sua presença. É a presença de Deus que começa a ser
ovacionada.

Quando a percussão começa a ser tocada, o mundo espiritual todo


reverencia o Deus Todo Poderoso que está sendo adorado, louvado e
cuja glória se manifesta, porque os sacrifícios estão dando sons para
Deus.

Heilel Ben-Shachar era o regente de toda essa orquestra. Ele dava


ordens para que o Senhor fosse adorado e os Serafins declaravam que o
Senhor era Santo, Santo, Santo. Todo o mundo espiritual vinha para
reverenciar ao Senhor, dar honra e glória ao Seu Santo Nome, ao que Era,
que É e que há de vir.

O mundo espiritual ovacionava Aquele que tem a chave de Davi. A


adoração estava preparada. Porém, de repente, o líder da música,
chamado Heilel Ben-Shachar, agora Lucífer, o que era vestido de honra,
deixou que em seu coração entrasse desonra, e começou a desejar a honra
e a glória que era de Deus para ele.

Heilel Ben-Shachar pensou que a adoração poderia ser dele, já que


era ele quem movia tudo aquilo para Deus. Ele intentou dividir e mostrar,
no mundo espiritual, que poderia ser tão poderoso como El Shadai. E a
Bíblia diz que um terço do céu creu no seu discurso e foi precipitado com
ele. Ben-Shachar não sabia que ali tinha dons, talentos e graça de El
Shadai, de Elohin, nele e nos que caíram com ele.

Na hora em que Deus viu que entrou a desonra, mandou que parassem
a adoração. Porque a adoração não pode vir misturada à desonra. Há
muitos discípulos desonrando o líder, misturados, querendo adorar ao
Pai. Não sabem que estão debaixo da influência de um terço daqueles que
caíram do céu com Ben-Shachar; precisam entrar em arrependimento,
caso contrário, não serão visitados pela glória de Deus. A Igreja está
dividida, muitas vezes, entre quem a mentoreia e quem deseja ser.

Heilel Ben-Shachar, o filho da honra, o filho da adoração, aquele que


movia os céus para adorar a Deus, passou a desejar a glória e a honra
para ele, intentou dividir e ter direitos que não poderia possuir. Ele
entrou não só nos céus, mas na terra e em toda a abóbada celeste. Mas,
antes, toda a Terra bailava apenas diante do Senhor, dAquele que Era,
que É e que há de vir.

A Igreja precisa trazer de volta a adoração somente para Deus, sem


dividir com mais ninguém, com mais nada. A presença de Deus precisa
voltar a ocupar a sua vida de forma integral. A glória precisa ser
devolvida, pois fomos gerados pelo Calvário, pela redenção, precisamos
prestar a Ele a adoração perfeita.

Como Igreja, precisamo-nos arrepender e entender que Missionários,


Deus envia; Pastores, Deus chama; Apóstolos, Deus levanta;
Adoradores, Deus procura. Precisamos entrar em arrependimento,
porque muitas vezes o levita caído, Heilel Ben-Shachar, agora diabo,
aquele que atormenta por vingança, teve nossos sentimentos em suas
mãos.

Não podemos querer receber uma identidade diferente, como de nos


tornar filhos da mentira e homicida espirituais, quando temos, do Senhor,
uma chamada. Queremos ter um coração agradecido porque Jesus nos
trouxe de volta, tirou-nos do império das trevas e nos devolveu para o
Reino do Filho do Seu amor.

Assim como Heilel Ben-Shachar fechou a porta do louvor, cerrando as


portas de acesso, o próprio Yeshua, no dia da Redenção convidou os
discípulos a louvar e cantaram um hino (Mateus 26:30). Assim foram
abertos os acessos fechados pelo filho da desonra. Heilel BenShachar é o
levita caído, Yeshua é o Levita, o Sacerdote Restituidor.

Quando honramos, entramos pelas Suas portas. Só em Yeshua é


possível ser devolvido à porta para ter acesso ao Senhor e à devolução
da honra. Esta semente, o louvor, devolve à honra, quando canalizado
para Deus.

A palavra Louvor vem do grego, exmologuel, que significa liberto


para honrar.

Os oprimidos não louvam a Deus, mas os libertos são intensos na Sua


presença. Quando descobrimos essa porta, somos restituídos. O louvor na
Igreja, célula, reunião de equipes e outras reuniões, não são preparo para
o pregador, nem espera para uma apresentação, nem um tempo para
preencher o culto.

O louvor é uma arma poderosa para bloquear a ação de Heilel Ben-


Shachar e devolver honra para Deus. A Bíblia diz que no meio dos
louvores Deus habita (Salmos 22:3), e que o seu louvor estará de
contínuo nos nossos lábios (Salmos 34:1). Quando entendemos isso, uma
porta nova se abre na direção de nossas vidas (Apocalipse 3:8). É isso
que Deus faz quando entramos na Sua presença e entendemos que Ele
estará nos restituindo.

Os acessos e a devolução da presença só são possíveis a homens


regenerados, que entendem os princípios e por esses princípios são
libertos. Quantas portas foram fechadas diante de nós porque não
sabíamos honrar.

A honra é a semente para portas de acessos, assim como a desonra


fecha todas as portas que se abriram. Quando há restituição, um novo
humor toma conta de nós e nossa sorte é mudada diante dos nossos
adversários. Mas as portas só se abrem na nossa direção quando somos
restituídos da quebra da honra.

Desfigurado pela desonra

“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como


foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações. E tu dizias no teu
coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu
trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E
contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que
te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem
que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos. Que punha o
mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a
casa de seus cativos. Todos os reis das nações, todos eles, jazem com
honra, cada um na sua morada. Porém tu és lançado da tua sepultura,
como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos
atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como
um cadáver pisado.” (Isaías 14:12-19)

Heilel Ben-Shachar se tornou um ser desfigurado. Vemos que, ao


longo da nossa história, tantos homens e mulheres que poderiam ter outro
histórico estão com um tenebroso resultado, pois além de entrarem no
caminho da desonra, não detectaram arrependimento dos seus atos e, a
cada dia, as portas se tornam mais duras e difíceis de serem abertas.

Esse princípio se aplica à família quando há desonra, à Instituição, à


Igreja, ao discipulado e à vida de modo geral, pois o princípio da honra
não foi escrito apenas para quem conhece a Bíblia, mas para quem quer e
deseja viver de forma saudável, para que as perdas não venham, as
portas não se fechem, o direito da presença não seja anulado e não haja
caráter desfigurado, como aconteceu com Heilel Ben-Shachar.

Quantas portas já se fecharam por causa da desonra. E quantos


perderam o direito de entrada em lugares nobres por causa da desonra.
Mas algo é certo: esses também atrasaram o relógio do Eterno nas suas
vidas, pois Deus tem planos e projetos que só podem ser realizados por
aqueles que não saem da Sua senda.

Acredito que virá um manto de restituição e seremos ressarcidos de


tudo que perdemos, devolvidos à presença dos nobres e das pessoas que
têm importância para nós, assim como ocorreu com o filho pródigo,
porque o sinal de arrependimento estará em nossas vidas.

Lúcifer não tem direito de voltar a viver no céu e a Redenção não é


para ele, mas para os filhos de Deus que ele desfigurou, roubou o direito
da presença de Deus e fechou as portas de acessos com louvores
pervertidos. E agora uma nova geração estará, de direito e de fato, diante
do Senhor para que não lhe seja roubado o que a Redenção comprou para
nós.

Creio que a desonra pode ser banida de cada histórico através da


honra, ainda que haja a consciência de que isso aconteceu de forma
voluntária, e que veio contaminação. Porque quando a honra é plantada,
podemos ficar crédulos de que um novo tempo se instala na nossa vida.

Heilel Ben-Shachar teve consequências por ter instalado a desonra.


Ele perdeu o direito de estar na presença do Pai e foi eliminado do status
que cercava a sua história e do propósito para o qual foi criado. E essas
mesmas deformidades hoje são encontradas em líderes e em pessoas que
estão fora do propósito e querem ocupar o lugar e a chamada que não
lhes pertence.

Lúcifer, além de ter ficado desfigurado, foi precipitado do céu para se


tornar competidor de uma batalha que jamais ganhará. Ele já caiu
derrotado. O mesmo ocorre com aqueles que decidem sair dos caminhos
de Deus e entram em competição.

Filhos de Honra

Precisamo-nos submeter a Elohin, porque para Ele e por Ele fomos


criados. A Igreja tem de ser devolvida ao temor, pois se seres angelicais
puderam entrar em um discurso de convencimento tão poderoso, a ponto
de um terço ter seguido o discurso da desonra, devemos vigiar
sobremaneira.

A desonra tem uma base, uma origem, uma consequência. A


consequência da desonra foi que Deus determinou que, como um raio,
Heilel Ben-Shachar sairia da Sua presença e deixaria os céus. A desonra
tira o direito da presença. Quem desonra não tem mais direito de
permanecer na presença daquele a quem desonrou, antes, perde o direito.
Essa é a consequência da desonra.

A desonra dá queda veloz. Não há nada mais doloroso do que saber


que Heilel Ben-Shachar, o filho da adoração, o patriarca da adoração,
passou a ser atormentador da vingança, diabo. Assim como Ben-Shachar
mexeu na base da equipe de Deus, houve um Judas para mexer na base da
equipe de Jesus. Mas tudo tem consequências.

Nem os céus nem a terra, com as coisas sérias e espirituais, admitem


que aquele que desonra goze do direito da presença; tem que sair da
presença. No lugar da desonra, devem ser tomadas decisões rápidas. Não
podemos ser morosos nas decisões de desonra. Aquele que desonra não
tem mais direito à presença.

A desonra tira o direito da presença e dá uma casa sem chave. O


diabo, atormentador, recebeu uma casa sem chave. A chave está na mão
do Levita que nunca trai, Yeshua Ha Mashia, o Sacerdote da nossa
confissão, o Apóstolo dos apóstolos, o Bom Pastor, que nos dá acesso ao
Pai. É Ele quem nos restitui.

Jesus não desonrou o Pai, não desonrou a Noiva, antes nos restituiu,
devolveu-nos para Ele. A Ele pertence a Honra, o Louvor, o Domínio, a
Majestade pelos séculos dos séculos e para sempre. Ele é a Majestade
Santa.
CAPÍTULO 3
A HONRA É UM CONVITE AO CARÁTER
APROVADO

O que você pensa sobre o fato de você passar por algumas provas?
Você já pensou sobre Deus Se agradar por vê-lo em alguns momentos
difíceis? Saiba que o seu sofrimento está narrado na Bíblia. Quando
somos moídos, a prosperidade corre, depois, em nossas mãos.

Jesus passou por momentos difíceis que O levaram à morte. Então, se


isso foi permitido a Jesus, também será a você, em outro nível, é claro. O
problema é que alguns pensam que depois que aceitaram Jesus só
passarão por momentos de glória, e isso não é verdade.

A Palavra ensina que o Reino nos alimenta e a Palavra nos estimula a


uma vida melhor. Isso, com certeza. Mas Isaías 53:10 diz que agradou ao
Senhor que Jesus passasse por tudo o que passou quando esteve na Terra.
“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a
sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade,
prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua
mão.”

Yeshua pediu a Deus que, se fosse possível, passasse dEle o cálice


que teria de beber, apesar de saber que precisava cumprir a vontade do
Pai. A Bíblia mostra que nem Jesus foi poupado de passar por
dificuldades. O Senhor sabe que não é fácil passar por um momento
difícil e permanecer na honra. Contudo, faz-se necessário compreender
que a vontade de Deus é que a prosperidade corra em nossas mãos.

Está escrito em Isaías 53:11,12: “Ele verá o fruto do trabalho da sua


alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si. Por
isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o
despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com
os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
intercedeu pelos transgressores.”

Descobrimos que Deus viu que em Jesus havia uma dificuldade dentro
da administração dos momentos difíceis, porque Ele orou pedindo que,
se possível, fizesse com que o cálice, a dificuldade, fosse passado. Mas
como Jesus sabia que precisava cumprir a vontade do Pai, fez tudo
conforme deveria ser cumprido. O grito do Messias mostra que a
dificuldade é para todos que se fazem humanos.

Deus, quando Se fez homem, passou pelas dificuldades de homem, não


foi poupado de nenhuma delas, mesmo sendo o Cristo. Agradou ao
Senhor vê-lO passar por tudo o que Ele passou porque todo aquele
sofrimento seria revertido em bênçãos, vidas seriam conquistadas na
Cruz do Calvário.

De igual modo, agrada ao Senhor ver você passar pelas dificuldades,


porque Ele sabe que essa sua dificuldade será um ponto de contato entre
você e o céu, para que a prosperidade corra solta em suas mãos. Talvez
você não entenda isso, mas ao abrir a Bíblia, tudo fica mais claro e
compreendemos que Deus está-nos dando essa palavra. A Gênese da
Honra está ligada ao conhecimento da Verdade A Gênese da Honra está
ligada à novidade de vida, à mudança de sorte. Deus quer mudar a nossa
sorte. Como filhos de Deus, temos direito a andar em novidade de vida.
Não é possível que as pessoas aceitem Jesus para tudo piorar.
Que Redenção é essa, que quebra todos os níveis de maldições e
parece que se recebe outra carga nova mente após ter-se tornado cristão?
Que Redenção é essa que só traz perdas? Não é isso que Deus tem para o
Seu povo! A promessa bíblica não é essa, desde Deuteronômio 28:1-16.

A mudança de sorte está relacionada a você ter conhecimento. Quando


você conhece, é liberto; quem conhece Jesus recebe libertação. A Bíblia
diz: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32).
Quem liberta? Quem liberta é o conhecimento da Verdade. O
conhecimento da Verdade nos faz livres.

Quando você começa a conhecer a Verdade e a abrir o seu


entendimento em relação à prosperidade, ainda que pessoas que estão ao
seu lado não consigam compreender, você não pode mais anular a
prosperidade, mesmo por causa delas. Você não pode anular a sua vida
porque alguém que está ao seu lado não concorda e não diz amém para o
que Deus tem para sua vida.

O conhecimento da Verdade traz libertação e arranca cativeiros


terríveis que foram colocados por falta de honra, porque existem muitos
níveis de desonra para nossa vida por falta de conhecimento, pelo fato de
coisas parecerem normais, quando não são. Hoje parece normal desonrar.
Como é comum, em jornais, revistas, encontrarmos desonras de todos os
níveis.

É preciso renunciar algo grande por algo, aparentemente, pequeno,


para que, no futuro, Deus mude a sorte de um povo. Podemos nos privar
de algumas anomalias e doenças, podemos evitá-las, mas, às vezes,
somos prejudicados para que haja transição de mente. E não é
brincadeira transicionar mentes, porque as pessoas estão acostumadas
com a desonra e desacostumadas com a honra. Tudo ficou popular,
inclusive a desonra.

As decisões de justiça não existem mais. Os códigos da honra já não


fazem mais parte da essência do ser humano. Os princípios de Deus não
estão sendo cumpridos, é como se já não fizessem mais parte do estilo de
vida do povo de Deus. Tudo está muito barato, muito vendível. E quando
aparece alguém sério, invendível, quando aparece algo bom, as pessoas
caem em cima, desacreditam.

Meu Deus, como vivemos em um mundo difícil! Mas como não somos
da geração da desonra, prosseguimos para o nosso alvo, crendo que Deus
é Bom e que a fidelidade dEle dura para sempre.

Graças a Deus que Ele nunca nos prometeu um Evangelho de


facilidades. Para andar com Deus, deve-se trilhar o caminho estreito.
Não há uma pessoa sequer, que queira andar na fidelidade, que não
precise entrar no caminho estreito. E a Bíblia diz que o caminho não é
apenas estreito, é também cheio de espinhos, com espinhos de ambos os
lados. Não é fácil!

Porém, quando entendemos que Deus mostrou que, em Jesus, foi


assumida uma nova posição, compreendemos que o Senhor facilita o
caminho e a história de vida. Agora, necessário é saber que Ele
facilitará, mas que isso não representa que você será privado das agruras
pelas quais deve passar para vencer e crescer. Entenda que você deve
passar por elas.

A Gênese da Honra é devolução à essência


A Gênese da Honra é mudança de sorte quando conhecemos o plano
de Yeshua. A Sua Redenção é uma restituição de pobreza, ruína e miséria.
O que Yeshua fez na Cruz, em primeiro plano, foi nos restituir, arrancar
da ruína, pobreza e miséria, tirar-nos das dores, eliminar doenças, para
nos dar prosperidade integral no espírito, na alma e no corpo (I
Tessalonicenses 5:23).

A Gênese da honra é um novo mergulhar. A Gênese da honra é um


presente de Deus. É como se Deus estivesse nos dando um presente.
Prosperidade é um presente de Deus, é um presente divino. Deus criou,
gerou a prosperidade para os Seus filhos. Esse pacote de prosperidade é
para nós, os Seus filhos. Os que querem têm o direito de receber.

A chamada bíblica da Gênese da Honra é uma devolução à essência.


Somos devolvidos a nossa essência para voltarmos a ser o que nunca
fomos, porque muitos, antes de serem, foram roubados. E esse roubo,
esse assalto, esse infortúnio e tudo o que o diabo levou terá de devolver.
Você será devolvido de tudo que foi perdido e de coisas que você nunca
teve, mas que tem direito a ter.

Lembro-me que em uma de minhas viagens a Bahia, fui informado


sobre umas terras que pertenciam à Família Terra Nova, mas que não
estavam mais em nossas mãos e que eu não conhecia. Nunca havíamos
feito nenhum tipo de reivindicação, pois não era de nosso conhecimento.

Dessa história, concluí que quando não sabemos o que temos,


podemos, até mesmo, possuir riquezas que estão bloqueadas e precisam
ser reivindicadas. O que está bloqueado nos dá o direito de reivindicar.
A Gênese da Honra é uma restituição à essência. Não podemos
caminhar como se estivéssemos dando voltas dentro do Planeta, em um
caminho muito repetitivo, com uma vida repetitiva, cheia de enfados.
Alguns estão enfadados de ir à Igreja, célula, reunião de 12 etc. Parece
que estão parados, não usam mais a criatividade e não creem que as
novidades de Deus ainda podem acontecer.

Deus, por misericórdia, tem-nos ensinado a parar de dar voltas para


fazermos a rota completa. Vai começar a rota completa na sua vida para
que você passe em todos os lugares e receba, em cada posto, o que estava
escondido, o que o diabo havia roubado de você.

A unção da criatividade virá sobre você e seu ministério como nunca


foi em toda a sua história. Então, você deixará de viver em repetições
contínuas para entrar nas novidades do Todo Poderoso.

A Gênese da Honra é um convite ao retorno. Retorne! Volte! A sua


saída do propósito gerou infortúnios e perdas. Reencontre-se com a
bênção que Deus tem preparado para você. Rompa com os medos para
acatar as novidades de Deus. Assim, quando você encontrar com as
pessoas, sempre terá uma novidade de Deus para contar.

Você precisa ter as novidades do céu na sua vida, deve ser como um
jornal aberto contendo as últimas notícias do Reino, com o caráter de
Cristo homologado em sua essência e história. Removendo os cativeiros
para entrar na honra Lembre-se de kalós, a palavra que encontramos para
honra honesta, comentada em outro capítulo. A honra honesta só pode ser
roubada de uma restituição legítima para aqueles que plantarem uma
desonra. Você não pode plantar uma desonra conscientemente.
Também comentamos que toda desonra leva a um cativeiro. Mas Jesus
é Aquele que estoura cativeiros. Nele podemo-nos tornar estouradores de
cativeiros. Você sabe como se estoura um cativeiro? Entrando com
autoridade, destruindo o inimigo e arrancando o refém. Isso fala de
demolir as fortalezas do diabo, pois para isso se manifestou o Filho do
Homem. Arrancaremos a muitos que estão presos em cativeiros,
tiraremos as vidas das mãos do sequestrador.

Muitas pessoas têm plantado desonras. Depois não sabem o porquê de


tantas situações de calamidades que estão sobre elas. Mas a verdade é
que toda desonra coloca as pessoas em cativeiros, e a libertação só
ocorre se o cativeiro for destruído. E quando saem do cativeiro ainda
leva tempo para receber e avançar para o território novo.

Todas as pessoas que cometem desonra precisam de um libertador


específico. É preciso desintoxicar, arrancar da mente os códigos da
desonra para replantar os códigos da honra.

É preciso ter cuidado com a desonra. Sempre que alguém comete um


delito para as pessoas que foram constituídas por Deus, Ele entra
trazendo a consciência da necessidade de mudança. É muito perigoso
quando as pessoas têm delírios em nome das suas revelações. Quando
isso ocorre por ignorância teológica ou doutrinária, é uma situação, mas
quando ocorre debaixo de conhecimento, a desonra é maior.

Há um livro na mão de Deus no qual está escrito como a honra foi


gerada e quais são seus códigos. Porque a honra foi gerada nos céus e foi
dado o direito a um Arcanjo chamado Ben Shachar, como vimos no
primeiro capítulo. Ele quis ser semelhante ao Altíssimo. Deus o removeu
do céu e ele passou a ser chamado Lúcifer.
O mentor da desonra é Lúcifer. Todas as pessoas que desonram estão
ligadas a ele, assim como todas as pessoas que honram estão ligadas a
Deus. Honra e desonra são influências espirituais. Honra é uma
criatividade divina, desonra é uma invencionice demoníaca, a qual, como
filhos do Senhor Todo Poderoso, não podemos aceitar.

Quando caminhamos em honra, somos libertos de todos os cativeiros,


seja em qual nível for. Libertos, reconhecemos a bondade de Deus e nos
deliciamos na maravilha que é nos permitirmos ser mergulhados nEle,
deixarmos Ele realmente agir em nós.

É chegado o tempo de, como Igreja, aprendermos sobre a Gênese da


Honra, para experimentarmos das novidades do nosso Pai, visto que já O
escolhemos e convocamos para que seja o Autor de nossas vidas.

Quando estamos em Deus, somos levados a outros níveis e


aprendemos coisas tremendas e maravilhosas. Por isso precisamos, a
cada dia, entrar em intimidade com o Pai. Essa é a forma de vermos a
graça do Senhor sendo extensiva sobre nós. Assim, onde há medo,
desconforto, insegurança, qualquer tipo de seta do inimigo, visitação
estranha, conseguimos destruir no Nome de Jesus. Aí entramos em plena
paz e alegria e somos devolvidos ao propósito, sem nenhum cativeiro
sobre nós.

Deus tem arrancado o Seu povo de cativeiros escondidos e revelados


para que andem em novidade de vida com Ele e, então, possam caminhar
em prosperidade, em pleno êxito e experimentar que a fidelidade do
Senhor se estende de geração a geração.

Essa é a Gênese da Honra preparada para você, sua família, seu


ministério e tudo mais que vier na sua direção.
CAPÍTULO 4
HOMENS E MULHERES DE HONRA

Viver o princípio da honra é mergulhar na própria prosperidade.


Quando decidimos honrar não estamos fazendo um trabalho para alguém,
mas estamos plantando uma semente para nós mesmos.

Muitos querem honrar na força do braço e nem sabem que estão


fazendo um benefício para a própria vida. Porque toda honra é uma
semente. A honra é a semente para o êxito. E o êxito é a semente para a
prosperidade.

A Gênese da Honra é para quebrar muralhas e conceitos, codificar,


mudar e abençoar vidas para que entendam a importância de descobrir os
códigos, as marcas, o que pode, realmente, levar-nos à verdadeira
prosperidade por causa da guarda do princípio da honra.

Para cada honra, um mentor

Por trás de cada honra, há um mentor. A honra vem sempre


acompanhada. A honra pode ser dada por nós mesmos, como por
terceiros e por Deus. Sempre por pessoas de classe e de autoridade que
podem nos honrar e nos abençoar. Porém, algo é certo, só somos
desatados se confiamos naquele que está sobre nós.

Centenas de pessoas podem caminhar com um líder e não confiar nele,


mas também não prosperam. As pessoas só prosperam na unção em que
confiam, na unção em que honram. Pessoas que não são simpáticas à
liderança que está sobre elas vivem em espírito de desonra.

O espírito da desonra ou do mecanismo de defesa chamado


transferência pode arruinar relacionamentos através da desonra. As
pessoas vêm magoadas, frustradas, cheias de medo e recalques, por isso
procuram alguém para transferir o que sentem e, normalmente, o lí- der é
um desses sofredores.

O que você planta você colhe. Se você for ruim com alguém, pode
esperar, pois na curva da vida, na esquina da história, terá alguém ruim
para lhe retribuir. Quando você destratar alguém por causa do abuso da
sua autoridade, não se preocupe, você encontrará alguém mais à frente
para abusar de você no mesmo nível ou pior.

A Bíblia diz que tudo o que o homem plantar, isso colherá. O que
planta na carne, por exemplo, colhe corrupção. “Não erreis: Deus não se
deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também
ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a
corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida
eterna.” (Gálatas 6:7-8).

Corrupção é desonra. Quem planta na carne colherá desonra. Quem


planta no espírito colherá honra. A honra é a semente do espírito, assim
como a desonra é a semente da carne.

Você nunca verá alguém plantando desonra e colhendo benefícios. Eu,


por exemplo, não teria prazer nenhum em servir um Deus que abençoasse
o rebelde e punisse o justo. Deus é um Deus de mistérios e de princípios.
Ele não troca os princípios por causa da hermenêutica de ninguém ou
pelo que pensam.

As pessoas são como são porque decidiram ser o que cada uma delas
quer. Mas as pessoas podem mudar, podem ficar melhor ou pior do que
são. As pessoas podem mudar de acordo com a revelação que chega até
elas.

Como cristãos, não podemos viver em busca de autoajuda, mas


devemos buscar a ajuda do Alto. Somente assim podemos realizar o que
está no coração de Deus e conseguiremos realizar o que Ele tem sonhado
para nós.

Não podemos ter prazer em viver uma vida que não esteja dentro dos
parâmetros divinos. Ele é o nosso Mentor. Quando O servimos, somos
honrados.

Quem quebra princípios não é honrado

Quem quebra princípios não é honrado. Precisamos ser cheios do


temor de Deus em nosso coração para que aprendamos a respeitar as
autoridades que foram constituídas sobre nós.

Precisamos ter sensibilidade de entendimento e ter o coração aberto


para realizar tudo de acordo com a vontade do Pai. Não podemos
caminhar fora da vontade dEle ou do que Ele tem-nos chamado. Temos
que caminhar crendo que o Senhor é Aquele que promete e cumpre a Sua
Palavra porque não mente jamais.
Necessitamos ser homens e mulheres de honra. E se você tiver
qualquer crise, seja de ordem pessoal, sacerdotal ou de liderança, leia
Ezequiel 44. Ler esse capítulo vale para qualquer tipo de dúvida.

O modelo pelo qual você decidir andar na vida pessoal, ministerial,


eclesiástica, secular, será esse o modelo que você terá. Por isso, é
necessário caminhar pelo modelo correto. Se não decidirmos caminhar
pelo modelo correto, não teremos pessoas, trabalhos, Igrejas que sejam
referência.

Modelos como Igreja

A Igreja deve ser modelo a tal ponto que as pessoas, ao entrarem,


desejem estar com o Corpo. Esse desejo deve ser porque ao olhar para
os fiéis, descobrirão que é exatamente pelo modelo que vivem, que
querem pautar suas vidas.

O mundo não aguenta mais tanta máscara, as pessoas não aguentam


mais andar mascaradas, por isso não podem chegar à Igreja e encontrar
mascarados. Não somos carnavalescos gospel, caminhando cada um com
a sua máscara. Precisamos manter a Igreja em linha com a Palavra para
que nós mesmos tenhamos a segurança de que estamos no lugar correto.

Isso não significa que você deixará de se arrumar, ornar-se, enfim, o


que estiver dentro da sua realidade financeira, contanto que não agrida os
princípios bíblicos. O que precisamos entender é que os princípios
estabelecidos na Palavra, como o de Ezequiel 44, não podem ser
quebrados, devem ser cumpridos. Não temos duas Bíblias, temos uma
Bíblia apenas e é ela que devemos seguir.

O que faz com que a Igreja seja saudável é o fundamento, a estrutura


pela qual ela tem-se mantido de pé.

Por isso, nos últimos tempos, mais que nunca, a Igreja

precisa de estrutura para ser saudável por dentro e não

apenas mascarada por fora. Tudo o mais virá como consequência.

O texto de Ezequiel 44, para a Igreja, para os sacerdotes, não deve


servir apenas para que haja entrega das primícias. Mas, deve servir,
principalmente, para arrumar todas as outras coisas dentro da Igreja que
precisam ser ordenadas.

“E disse-me o Senhor: Filho do homem, pondera no teu coração, e


vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, tudo quanto eu te
disser de todos os estatutos da casa do Senhor, e de todas as suas leis;
e considera no teu coração a entrada da casa, com todas as saídas do
santuário. E dize ao rebelde, à casa de Israel: Assim diz o Senhor
Deus: Bastem-vos todas as vossas abominações, ó casa de Israel.
Porque introduzistes estrangeiros, incircuncisos de coração e
incircuncisos de carne, para estarem no meu santuário, para o
profanarem em minha casa, quando ofereceis o meu pão, a gordura, e o
sangue; e eles invalidaram a minha aliança, por causa de todas as
vossas abominações. E não guardastes a ordenança a respeito das
minhas coisas sagradas; antes vos constituístes, a vós mesmos, guardas
da minha ordenança no meu santuário.” (Ezequiel 44:5-8)
O texto relata, também, que os nossos descendentes prosperarão
porque a bênção do Senhor repousará na nossa casa. Mas não existe
apenas esse versículo, os anteriores nos ensinam princípios que devem
ser observados. Então, não podemos nos apossar da promessa e eximir o
compromisso. Primeiro cumprimos o compromisso para, depois,
recebermos a promessa.

“Eles terão uma herança: eu serei a sua herança. Não lhes dareis,
portanto, possessão em Israel; eu sou a sua possessão. Eles comerão a
oferta de alimentos, e a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa; e toda
a coisa consagrada em Israel será deles. E as primícias de todos os
primeiros frutos de tudo, e toda a oblação de tudo, de todas as vossas
oblações, serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas
massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a
tua casa. Nenhuma coisa, que tenha morrido ou tenha sido
despedaçada, de aves e de animais, comerão os sacerdotes.” (Ezequiel
44:28-31)

Tudo em Deus começa pelos princípios. O Seu juízo começará


primeiro dentro da Sua casa, na Igreja. Ezequiel 44 é uma reforma para a
Igreja e para o ministério. Essa reforma é para ajustar caráter, princípio.
Não há como Deus caminhar em dois trilhos. Existe trilho onde Deus não
caminha e não nos permite andar por ele. Deus não muda Seus princípios
por nossa causa, nós é que devemos mudar por causa dos princípios
dEle.

Há pessoas que não respondem melhor porque não foram ensinadas. A


Bíblia diz que a ausência de ensino do sacerdote leva o povo à ruína.
Assim como é o sacerdote será todo o seu povo. Você, enquanto
discípulo, é o reflexo do seu Pastor. É por isso que o sacerdote deve
importar-se em ensinar a Igreja e em ministrar-lhe doutrina. O Pastor não
pode ser atado e desejar ter uma Igreja doutrinada, pois isso não
acontecerá.

A Igreja não pode ser segura se o Pastor, a cada 15 dias, muda o


discurso. As ovelhas querem seguir um líder firme, saudável, que ainda
que as coisas estejam complicadas, ele não muda por causa das
circunstâncias, mas as circunstâncias mudam por causa dele, dos decretos
que emite segundo a Palavra. As ovelhas querem seguir um líder que não
é circunstancial.

Sacerdotes de Honra

Para sermos sacerdotes de honra em todos os níveis, precisamos


compreender que estamos em um tempo de reforma e que Deus quer
honrar o líder que é reformista, que vive a essência do que prega, um
líder firme, saudável. E, para isso, é preciso conhecer as promessas
contidas na Palavra.

A Palavra de Deus diz, em I Samuel 2:35, que Deus suscitaria para Si


um sacerdote fiel para caminhar face a face com Ele e viver em uma casa
estável. Suscitar, segundo alguns hermenêuticos, é um passo além da
ressurreição, alguém que não tinha chance nenhuma de ressuscitar. Há
pessoas que têm chance de ressuscitar, outras não.

Abraão é conhecido, ainda nos dias de hoje, como o Pai da Fé e


Amigo de Deus; um homem honrado. Porém, no dia em que Sara morreu,
Abraão não teve fé para ressuscitar Sara, apesar de ela ser importante
para ele. Ora, eles tinham quase a mesma idade, na verdade, ele era mais
velho que Sara.

Abraão começou a procurar um lugar para sepultar a sua morta,


porque foi assim que ele passou a chamar Sara: de morta (Gênesis 23:1-
20). Até os príncipes da região lhe diziam que tinham um lugar para que a
morta fosse sepultada. Era como se Sara não tivesse mais identidade.

Podemos lembrar que Abraão conseguiu trazer Isaque de volta quando


subiu ao monte para entregá-lo a Deus como sacrifício, poderia trazer
Sara também. Então, por que Abraão não ressuscitou Sara? Porque
algumas coisas na nossa vida não são importantes para termos de volta.
Para Deus, algumas coisas não valem a pena ter de volta, principalmente
quando Ele já encerrou a história aqui na Terra.

João Batista, quando morreu, não foi ressuscitado, apesar de ser primo
de Jesus. A Bíblia não mostra sequer Jesus fazendo algum comentário
sobre a morte de João Batista. Jesus poderia ter colado a cabeça de João,
como fez com a orelha de Malco. Não era mais importante que João
continuasse vivendo, ele já havia cumprido o seu papel na Terra.

Moisés, Elias, Josué, Calebe e tantos outros não foram ressuscitados.


Judas, o traidor, ao morrer, também não foi ressuscitado. Judas havia sido
julgado, dentro da equipe, como o homem mais fiel, um homem santo,
pois para ser tesoureiro precisava ser homem de temor. Porém, Judas
escolheu, ele decidiu se fazer traidor (Lucas 6:16).

Não encontramos Jesus fazendo nenhuma menção sobre o que ocorreu


com Judas. Jesus dá apenas direção à equipe para que levante outro
discípulo que possa substituir o posto que estava vazio. Deus sabe o
tempo para todas as coisas e para todas as pessoas. Por isso, durante o
tempo em que estivermos nesta Terra, devemos buscar ser sacerdotes de
honra.

Código da Honra, Fidelidade

Busque a Deus com intensidade, para que Ele revele a você o caráter
das pessoas, não para que sejam expostas, mas para que sejam
transformadas de Jacó em Israel. Esta é sua missão enquanto líder:
transformar Jacó em Israel e transformar Simão em Pedro.

Possuímos missões, legados, participações e chamadas para honra.


Para não mudarmos o caráter após recebermos a honra, precisamos
conhecer o código da honra: FIDELIDADE. Deus é um Deus que honra
cadeias de autoridade. Não pense você que Deus fecha os olhos diante da
quebra de princípios às autoridades.

A palavra, uma vez liberada, cumprirá o seu propósito. Deus é assim.


É por isso que quando Deus promete que salvará você e a sua casa, você
e a sua casa serão salvos por Ele, pois Sua Palavra não muda jamais.
Deus jamais vai contra a Sua Palavra. Nada prende Deus, a não ser a Sua
Palavra. De igual modo, somos presos por nossas palavras, por
declarações que fazemos.

Palavras são correntes que nos prendem a outros ou a situações. É por


isso que devemos ter muito cuidado com as palavras que liberamos e
com as declarações que fazemos.

A Bíblia diz em Deuteronômio: “Os céus e a terra tomo hoje por


testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a
bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência” (Deuteronômio 30:19). Deus não está falando de céu azul
cheio de nuvens, mas dos seres celestiais, da camada de autoridade que
vive nos céus, anjos, arcanjos, querubins,serafins.

A Palavra de Deus é vida e espírito. A letra mata, mas o Espírito


vivifica. Não há como ler Deus na mente, Deus é interpretado no espírito.
Deus é Espírito e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito
e em verdade (João 4:24). As coisas espirituais devem ser tratadas no
nível espiritual (I Coríntios 2:14).

Deus prosperará a sua casa e toda a sua família. Ele os honrará. Deus
não brinca em nenhuma de Suas promessas. Deus sabe que há líderes que
caem por qualquer coisa, até com vento; são seduzidos muito facilmente.
É por isso que Deus diz que nos últimos dias, haveria uma classe de
sacerdotes fiéis. “E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que
procederá segundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma
casa firme, e andará sempre diante do meu ungido.” (I Samuel 2:35)

Para Deus levantar o sacerdote fiel, outra pessoa teve que ser
removida. Então, haverá pessoas que serão removidas para que outras
sejam colocadas em postos de honra. Deus quer que os Seus filhos
estejam em postos de honra, lugares de nobreza, lugares em que homens
comuns não entram para que todos saibam que o Senhor é o seu Deus.
A honra é um decreto sagrado para ser vivido por filhos legítimos.
Não é qualquer pessoa que tem condições de viver o princípio da honra.
Como Deus é hierárquico, Ele criou o mundo espiritual, os céus e a terra.
Ele tinha companheiros, nuvens de testemunha que estavam diante dEle,
pois haviam coisas que precisavam ser testificadas. Deus chamou os céus
por testemunha, tanto que disse: façamos o homem segundo nossa imagem
e semelhança (Gênesis 1:26). Há coisas que Deus quer que se pareçam
com Ele.

O homem é a coroa da Criação, por isso o Salmo 8 diz que o homem


foi criado em honra e glória; o homem é a honra coroada. Deus criou o
homem para ser honrado e devolver glória a Ele. No mundo espiritual,
quando o homem se move no Planeta, quem está se movendo é a honra e a
glória de Deus. Deus disse que a Sua glória não será dividida com
ninguém. Ele disse que a quem honra, honra, a quem glória, glória
(Romanos 13:7). O homem foi criado em honra e glória, ele é a coroa da
criação.

Quando o homem quebra o princípio estabelecido por Deus, no lugar


de se mover a honra e a glória, passam a se mover a desonra e a vergonha
para Deus. Quando o princípio é quebrado, de imediato, entra um veto,
uma blindagem no mundo espiritual.

Há pessoas que estão blindadas no mundo espiritual em relação à


honra por causa da desonra; não conseguem perceber que há um
impedimento sobre elas. Andam em desonra e não conseguem ler que
seus atos fazem com que Deus seja desonrado através da sua vida.
A desonra leva à solidão

Um dia, uma mulher foi apanhada em adultério e levada até Jesus.


Mas, antes disso, com certeza, devem ter ferido aquela mulher que não
teve tempo, sequer, de vestir uma roupa. Ela saiu às pressas, nua,
mostrando a desonra.

O interessante é que ninguém comete adultério sozinho. A mulher não


estava sozinha, mas foi levada a Jesus sozinha. O homem que estava com
ela não foi levado até Jesus. Provavelmente ela estava com alguém de
alta classe. Pois se fosse um adultério com qualquer pessoa, o povo não
estaria preocupado, apesar de que a intenção dos escribas e fariseus era
tentar Jesus para terem do que acusá-lO.

A mulher foi levada despida até Jesus e Ele começou a escrever no


chão. Uma multidão vinha atrás dela com pedras na mão; era a
descendência de Caim. Nunca falta um Caim na nossa direção e ele não
está longe, está sempre perto de nós. Observe como a pedrada que você
levou não foi de um líder ou de um discípulo distante, mas daquele que
estava perto de você.

Aquela mulher era comunitária, as pessoas que estavam acusando-a


eram as que frequentavam a casa dela. Jesus disse àquelas pessoas que
poderiam apedrejá-la se não tivessem nenhum pecado. Então, a Bíblia diz
que todos os seus acusadores foram embora.

É claro que, pela lei, ela merecia ser apedrejada, mas não foi. Jesus
não a condenou, antes, trouxe sobre ela liberdade e a cobriu com um novo
manto. Às vezes, nossa situação é similar à daquela mulher apanhada em
adultério, até merecemos umas pedradas, mas precisamos receber
decretos que mudem a nossa vida, a nossa sorte.

Jesus faz conosco o que fez com aquela mulher. Portanto, se no mundo
espiritual há uma multidão acusando-o e dizendo que você não vencerá,
Yeshua desarmará todos eles e não o condenará, mas proclamará
liberdade sobre sua vida.

Deus quer que sejamos homens e mulheres de honra. Nascemos para


ser a expressão da Sua glória. Tudo o que precisamos fazer é caminhar
por princípios contidos na Palavra e não trilhar a nossa própria rota.
Então, a honra nos perseguirá e seremos vítimas da soberania de Deus.
CAPÍTULO 5
PRINCÍPIOS DE HONRA:
DÍZIMOS, OFERTAS E PRIMÍCIAS

No meio da Igreja, existem históricos diferentes, alguns são, inclusive,


muito questionadores. Chegamos a pensar onde está o argumento. Mas o
que precisamos mesmo é entender que devemos viver pelos princípios de
Deus, cumprindo-os em nossa vida.

A Bíblia diz, e ela é clara, porque é um Livro de Princípios, que quem


quer viver a excelência deve obedecer à Palavra. Não adianta viver
indignado com os ímpios, porque, aparentemente, muitos deles, vivem
melhor do que os filhos de Deus.

O Salmo 37 diz que não devemos nos indignar se os ímpios prosperam


mais que os justos. De manhã, são uma coisa, e, à noite, outra. Isso
representa que excelência para ímpio tem dias curtos. Para os justos,
quando a excelência e a prosperidade vêm, todos sabem que foi o Senhor
quem mudou a sua história.

Três princípios bíblicos precisam ser vividos e aplicados em nossa


vida, porque Deus quer-nos ensinar a viver por eles para reivindicar do
Senhor uma resposta favorável. Os princípios de Deus não podem ser
revogados. Estes princípios são dízimos, ofertas e primícias.

Dízimo
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente
para a recolherdes.” (Malaquias 3:10)

O dízimo libera fé e fidelidade. Deus diz que aqueles que não


entregam dízimos, ofertas e primícias, cometem delito espiritual.
Qualquer indivíduo que trabalhe na área jurídica diz que delito é infração
e agravamento.

Segundo a Bíblia, delito é pecado. Para a justiça, delito é crime. Toda


pessoa que comete um crime recebe o nome de criminoso e também um
destino: a cadeia, a prisão.

Quem comete delitos entra em cadeias. Se você tem uma empresa e


não paga, por exemplo, imposto, você comete um delito e pode ir preso
por causa disso. Alguns são presos até com algemas. Um homem quando
se separa e não paga a pensão dos filhos, pode ir preso porque foi
denunciado. E esse crime é inafiançável.

A Bíblia diz que pecado é delito. Se alguém comete delito, comete


crime, e, se é criminoso, deve ir para a cadeira. Ora, se isso é verdade no
físico, no mundo espiritual, também. Quem não entrega dízimos, segundo
a Bíblia, comete pecado, logo está condenado à cadeia, porque é ladrão.

“Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não
sois consumidos. Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus
estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei
para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos
de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis:
Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha
casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se
eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por
causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da
vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos
Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque
vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias
3:6-12)

Apesar de muitos só lerem Malaquias 3:10-12, no versículo 6, a


Bíblia mostra que todo ladrão tem o destino de ficar preso e de ter um
gafanhoto na sua lavoura. Só há uma solução para expulsar o gafanhoto:
através dos dízimos e das ofertas. Caso contrário, você está cometendo
um agravante contra Deus e contra você mesmo, pois será você quem
colherá os danos, os prejuízos.

Quando você entrega o dízimo, você entrega a Deus a sua fidelidade e


a sua fé. Ninguém entrega dízimos se não tiver fé nem for fiel. Quem não
tem fé e não é fiel também não é dizimista. Porque quando recebe o
salário, não quer entregar o dízimo ao valor correspondente, porque não
crê na fidelidade de Deus. Até diz que crê, mas não crê, porque não
prova em fé e fidelidade.

Muitos que ganham bem, no momento de entregar o dízimo, murmuram,


esperneiam, falam mal do Pastor, da mãe do Pastor, dos discipuladores;
praguejam mesmo, porque não têm revelação e não querem se submeter
aos princípios bíblicos.

Meu Deus, quantas pessoas estão na Igreja há longos anos e não


conseguem ser dizimistas! Dízimo é questão de fé, de que você cumprirá
um princípio, e a fé e a fidelidade irão supri-lo. Então, como resultado
disso, virá uma carga de bênçãos sobre a sua vida.

Todos aqueles que se tornam dizimistas fiéis, tornam-se pessoas,


discípulos, líderes de fé. Está escrito que Abraão se tornou o patriarca da
fé depois que dizimou. Então, a fé não é apelido, é princípio. Quando
alguém é chamado de líder de fé, significa que é um líder, um homem de
mudanças. Quando você tem fé, representa que todas as suas realidades
mudam, toda a sua geografia muda.

Quem não dizima é chamado de ladrão. Ser chamado de ladrão por


alguém tem um peso. Mas ser chamado de ladrão por Deus tem um peso
muito grande. Porque quando Deus considera alguém ladrão, Ele tem uma
maneira de punir essa pessoa e esse líder.

O dízimo sinaliza quem somos na nossa essência. Não pense que


quando você entrega o dízimo, está apenas cumprindo princípio. Você
está fazendo mais do que isso, está denunciando quem você é na sua
essência.

Infelizmente, muitos filhos de Deus ainda não entenderam a revelação


deste princípio bíblico. Uma coisa é certa: todos os que cumprem
princípios bíblicos têm colhido prosperidade em todas as áreas, porque
Deus não mente em Suas promessas.
Como filho de Deus, seja cumpridor deste princípio e tenha toda a sua
vida pautada pela Palavra, você só tem a ganhar com isso, pois todo
nível de gafanhoto é removido da sua lavoura e você não é encontrado
como ladrão, como alguém que deve ser preso em cadeias por cometer
delitos, crimes.

Seja fiel e tenha fé. Não tema, pois o Deus que você serve quer abrir
as janelas dos céus e derramar sobre você bênçãos sem medidas hoje e
sempre. Esse é o legado para os que caminham em fé e são fiéis ao
Senhor Todo Poderoso.

Oferta

“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o


que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua
segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;
porque Deus ama ao que dá com alegria.” (II Coríntios 9:6-7)

A oferta libera a prosperidade, o tsaleá de Deus, porque é uma oferta


com destino e nome. A oferta tem destino, a oferta tem nome. A Bíblia se
refere à oferta alçada, uma oferta de propósito.

Cada oferta de propósito cumpre a visão de uma semente. Se é uma


oferta de semente, dará seu fruto na estação própria. Pois quando Deus
nos pede uma semente, Ele já tem uma colheita no coração para derramar
sobre nós. Então, quando Deus lhe pedir uma semente, não hesite em
entregar, porque Ele derramará em sua vida uma colheita sobrenatural.
Toda semente colocada diante de Deus cumpre o seu propósito.
Quando você olha a oferta, ela tem nome, destino. Por isso, você nunca
pode entregar uma oferta sem nome. É como uma carta que não cumpre o
seu destino se não estiver endereçada. Se a carta não for selada, não
chegará ao seu destino, apesar de toda a modernidade dos dias atuais.
Mesmo as cartas eletrônicas só são enviadas ao destinatário se estiverem
com o endereço correto, completo.

Lembro-me de uma pessoa que reclamou comigo sobre vários e-mails


que enviou para mim e eu não respondera. Na verdade, eu nunca os
recebi, porque ele enviava para um endereço errado. E como tudo deve
ter um destino, assim deve ser com a oferta. A oferta precisa ter um
destino para a prosperidade, que é tsaleá.

Se você plantar manga, não colherá caju. Há pessoas esperando uma


colheita daquilo que nunca plantaram; é claro que não colherão nunca.
Você sabe que se você plantar uma oferta para uma casa, por exemplo,
pode ter certeza de que terá uma casa. De igual modo, quem plantou uma
oferta por um carro, também o terá. Mas você precisa dar destino, nome a
sua semente.

Quando você entregar uma semente, dê data a ela. Não apenas nome,
mas data também. Isso não significa que você determinará o que quer e
Deus obedecerá, não é isso, mas explicar a Deus o que você quer e
quando quer.

A Bíblia diz que a semente plantada dará o seu fruto na estação


própria. Assim é a oferta plantada diante de Deus. A semente que você
plantou não levará 15, 20 anos para colher, não. Será como a chuva
temporã e a serôdia. Fora de tempo, você colherá de forma abundante.
Creio que é chegada a hora de colher.

Quando eu era criança, meu pai estava em uma área de nossa casa que
tinha uns mamoeiros. Ele olhou para os meus irmãos mais velhos e disse
que cortassem um mamoeiro específico. Fiquei indignado e questionei
com meu pai o porquê de cortar aquele mamoeiro. Mas ele respondeu que
o mamoeiro era macho e não dava fruto. Entendi que não adiantava
apenas dar flor, ainda mais sendo macho. A partir daquele dia, todo
mamoeiro macho que nascia, arrancávamos.

Hoje, aplicando aos nossos dias, posso afirmar que podemos ter em
nós algo que minta o fruto, como o mamoeiro macho. Até parece produzir,
até dá flor, mas não frutifica de verdade. Então, às vezes, você está
plantando e não entende por que não está colhendo como deveria. É
porque as sementes precisam ser selecionadas. Faça a seleção da
semente e, então, terá uma colheita de êxito.

Se você não selecionar a semente que Deus lhe deu, você não
conseguirá entrar no campo da prosperidade. Quem seleciona a semente
muda de vida radicalmente em todas as áreas. A Bíblia diz que a semente
só prospera se Deus abençoar, como aconteceu com Isaque. “E semeou
Isaque naquela mesma terra, e colheu naquele mesmo ano cem
medidas, porque o Senhor o abençoava. E engrandeceu-se o homem, e
ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso.” (Gênesis
26:12,13)

Semente plantada, lançada no solo, só é abençoadapor Deus. Vemos


isso claramente na vida de Isaque. ÉDeus quem dá a bênção sobre a
semente para que a explosão do sobrenatural venha. Deus o abençoará se
vocêfor fiel em cumprir os princípios dEle.
Primícia

“Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos


os teus ganhos. E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de
vinho os teus lagares”. (Provérbios 3:9,10)

Primícia é honra ao líder. Temos ensinado que a unção que honramos,


nela prosperamos. Somos servos da unção. Então, precisamos aprender
de qual unção somos servos e a qual unção temos nos submetido.

Como alguém pode fazer parte de um Ministério e fazer campanhas em


outras Igrejas? Isso representa estar confuso em relação a quem serve e
estar misturando os níveis de unção. Como resultado, recebem NADA.

Como eu posso ser servo da unção a qual eu me submeto, mas correr


por outras beiradas e congregar em outras reuniões, deixando que outros
falem e deem destinos a minha vida? Então, em alguma linha, estou sendo
hipócrita e mentiroso com um dos líderes.

Quando somos servos da unção a qual nos submetemos e honramos


essa unção, prosperamos. Então, se não honramos a unção que dizemos
que servimos, logo não temos direito a prosperar.

É muito fácil honrar o líder com palavras, com presentes, com ações
de carinho, homenageando-o no aniversário, mas todas essas coisas são
comuns. Qualquer um pode fazer tudo isso, independente de ser ou não
discípulo. Mas pela Bíblia, só há uma maneira bíblica de honrar o líder,
além de obedecê-lo e ser fiel a ele: materializando a honra através da
primícia.

Primícia é essência. A quem você está entregando a sua essência? Ao


líder que você entrega a sua essência, é dele que você bebe e terá
resultado. Tudo o que estiver sobre a vida dessa pessoa cairá sobre você.

A Bíblia é clara em sua Palavra, porque na doutrina do Senhor, não há


confusão alguma. Provérbios 23:26 diz: “Filho meu, dá-me o teu
coração.” O coração é a primícia que devemos entregar a Deus como
órgão. Se Deus tiver o nosso coração, ele terá tudo o que temos e o que
somos.

Podemos dar qualquer coisa a Deus, mas se Ele não tiver o nosso
coração, então não terá nada de nós. Tudo começa pelo coração. O
coração é a primícia. Quando você entrega uma primícia ao líder, você
está entregando o coração ao líder.

Entregar primícia é uma prova do coração que você ama o seu líder,
aquele que Deus tem usado para investir em você, restaurá-lo, reintegrá-
lo em muitas áreas que você havia perdido.

Se todos os órgãos forem perfeitos, mas o coração parar, tudo o mais


para. Cérebro não funciona sem coração. Então, se a primícia parar, para
tudo. Todo o mover que está no seu destino para. Todo o mover que está
na sua rota para. Todo o mover que está na sua frequência para. Tudo que
faz parte de um organismo que está preparado para você para. Assim é
quando para a primícia, param todas as outras coisas.

O dízimo é uma prova para o coração de Deus. A primícia é uma


prova para o coração do líder. Você precisa se enfrentar para primiciar.
Você precisa entender o princípio sagrado da Palavra de quem você é
servo e de quem é líder sobre você.

Quando você entrega uma primícia, você está ratificando o legado da


pessoa que é autoridade sobre a sua vida. Porque a primícia também tem
um destino. Ela engloba toda a totalidade, envolvendo tudo e todos.

Quando você primicia, todos que estão debaixo de você são


abençoados: filhos, netos, discípulos, empresa... Tudo. Ezequiel 44:30
diz: “E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda a
oblação de tudo, de todas as vossas oblações, serão dos sacerdotes;
também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que
faça repousar a bênção sobre a tua casa.”

Quando a primícia chega às mãos do sacerdote, faz com que ele libere
bênção sobre a sua vida e a sua família. Então, quando você primicia,
você faz um favor para você e para os que estão abaixo de você.

Todos que entregam as primícias recebem o legado da santidade. “E,


se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa,
também os ramos o são.” (Romanos 11:16). Primícia é mais que honrar.
Primícia é para santos.

Seja dizimista fiel, ofertante e primiciador. E que Deus o abençoe com


fé, fidelidade, prosperidade e muitas bênçãos que virão para mudar,
radicalmente, a sua história de vida. Que você receba a visitação do
Todo Poderoso para que todos vejam que a ação que há sobre você é
divina. Assim todos saberão que há diferença entre o que serve a Deus e
o que não serve.
A Bíblia diz que devemos buscar a Deus e a Sua justiça para que as
demais coisas nos sejam acrescentadas. Logo, se cumprimos esse
princípio, veremos a mão do Todo Poderoso agindo em nossa direção.
“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas as
outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)

Usufruindo a prosperidade do Reino

O reino da prosperidade é um reino diferente. Nesse reino, não é


qualquer pessoa que entra. No reino do rico ou do pobre, qualquer
pessoa entra por uma questão casual, de trabalho etc. Mas no reino da
prosperidade, só entra quem cumpre princípios.

O reino da prosperidade tem trilhos e cada trilho tem um destino. Deus


trabalha com destinos específicos. Dentro do reino comum, onde há
pessoas pobres e foi Deus quem criou o pobre, apesar de Ele não ser o
Senhor da pobreza, é possível que encontremos pessoas que almejem sair
da linha de pobreza porque têm vontade de mudar de vida. Trabalham,
investem e são abençoadas por Deus.

Todos os que andam com Deus são acrescentados em prosperidade e a


prosperidade que o Senhor tem para os Seus filhos é muito diferente da
‘prosperidade’ que o mundo apresenta. A riqueza falsa, adquirida de
forma errada, com quebra de princípios, fazendo das pessoas trampolim,
defraudando o pobre, tirando o direito do trabalhador, sonegando
imposto... Essa riqueza não é duradoura. Observe que pessoas que
‘sobem’ dessa forma, da mesma forma como ‘sobem’, ‘descem’. Mas os
que entram na trilha do princípio prosperam de forma correta.

Sempre costumo explicar que há diferença entre sucesso e êxito. Os


que ganham muito, mas de forma desonesta, alcançam sucesso. Mas todo
sucesso tem insucesso. Porém, os que entram no êxito, entram em uma
ação contínua. O Senhor lhes agrega bens no sobrenatural.

Herança humana é uma dádiva humana, fruto de trabalho. Mas a


prosperidade é resposta divina. Todas as pessoas que entram em
prosperidade nunca decrescem, sempre são acrescentadas. As pessoas
que entram em prosperidade cumprem o princípio de Mateus 6:33.
“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas as
outras coisas vos serão acrescentadas.”

Prosperidade financeira é um favor divino

Você precisa entender que prosperidade financeira é um favor divino.


Quando você cumpre os princípios, Deus se agrada de você e o prospera.
Podemos lembrar alguns personagens bíblicos que andaram com Deus,
cumprindo princípios e prosperaram.

. Abrão. Mesmo tendo 75 anos de idade, Deus prosperou Abrão. Isso


para que saibamos que nunca é tarde para ter a sorte mudada de forma
absurda.
. Moisés. Moisés também teve a sorte mudada. Deus o prosperou de
forma absurda. Mas antes de prosperar absurdamente, o Senhor fez com
que Moisés fosse filtrado no deserto por 40 anos. Deus trocou as
sandálias de Moisés e o fez andar por caminhos santos; o mesmo Ele fará
com você. Todos os que andarem com você também prosperarão. Esse é
o princípio de Deus de prosperidade para os que decidem andar com Ele.

. Davi. Davi foi um homem que agradou o coração de Deus. Teve


muitas situações de pecado em sua vida. Por causa dele, muitos tiveram a
sua vida ceifada. Davi foi um homem que pecou, sim, mas que se
arrependeu de uma forma que Deus Se agradou do seu arrependimento e o
fez prosperar de forma absurda. O mesmo pode fazer com você. A forma
de você anular o seu passado é através do arrependimento.

Davi sabia que toda a sua prosperidade vinha do Deus Todo


Poderoso. Ele disse que Deus o havia tirado de detrás dos currais, do
meio do charco de lama para fazê-lo rei de Israel. Ele se arrependeu de
todos os seus pecados. Essa foi a diferença na vida de Davi. Ele não
tinha remorso, mas se arrependia de forma verdadeira. Ele permitia que a
ação divina corresse em sua vida.

Através da vida desses grandes homens de Deus e de muitos outros


que não foram citados neste estudo, podemos aprender que há uma grande
diferença entre riquezas e prosperidade.

Riquezas estão ligadas a ações humanas. Prosperidade está ligada a


ações divinas. Então, não ande confundido nesses conceitos. Saiba
reconhecer a diferença entre uma coisa e outra.
Quando você vir um homem rico, saiba que é a ação humana que
entrou em operação. E que todo trabalhador é digno do seu salário, seja
ímpio, seja crente. Mas, quando você vir um homem próspero, saiba que
a ação divina entrou em operação, porque os princípios foram
observados e guardados.

Que você entre na rota da prosperidade cumprindo os princípios


bíblicos de dizimar, ofertar e primiciar. Que haja desejo no seu coração
de agradar a Deus para que Ele também se agrade de você. Deseje entrar
nessa ação. Agrade o coração de Deus e prospere de forma absurda como
todos os grandes homens de Deus prosperaram.

“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde,


assim como é próspera a tua alma.” (III João 2) Obediência aos profetas
traz Prosperidade “...Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros;
crede nos seus profetas, e prosperareis.” (II Crônicas 20:20)

Se você obedecer aos profetas, você prosperará. A prosperidade está


atrelada a obediência, à voz profética. Inclusive, como seu Pastor, se
enquanto você lê ou ministra este estudo, você se sente preso no comigo
no mundo espiritual, eu o libero em Nome de Jesus. No que depender de
mim, o inimigo não roubará o seu direito de prosperar em toda a sua
vida, família, ministério e finanças. Profetizo que onde você colocar a
sua mão, será como ouro, onde você pisar, será como a prata.

A partir de agora, entramos em um novo manto, os principados terão


que recuar e o avivamento chegará a nossa cidade e conquistaremos no
sobrenatural, como nunca se ouviu em toda a história. Mas para isso,
cada um de nós precisará pagar um preço de obediência e unidade.
Obedecer aos profetas implica em muitas veze ter de abrir mão dos
projetos particulares, deixar de fortalecer o reino pessoal; porque não se
conquista territórios traumatizando relacionamentos.

Somos filhos de Deus e toda nossa conduta deve ser como filhos que
se parecem com o Pai. E a Bíblia diz que Deus não é homem para que
minta nem filho do homem para que se arrependa, havendo Ele falado,
cumprirá Suas promessas. E a mesma Palavra diz em outro texto que o
justo viverá da fé e se Ele recuar, a alma do Senhor não terá prazer nele.

Como filhos obedientes, não andaremos fora dos passos de Deus, fora
da Sua vontade. Obedeceremos aos comandos dos Profetas, entendendo o
mover que Deus está trazendo. Assim prosperaremos e tudo aquilo que
estava retido no reino espiritual, será liberado. Viveremos os melhores
dias da nossa vida.

Um Pai cumpridor de promessas

Você sabe que quando uma criança recebe a promessa do pai ou da


mãe que ganhará um brinquedo, antes de ganhar ela sai contando para
todo mundo. Ela chega para o coleguinha e diz: “Papai me deu uma
bicicleta.” Aí a outra criança diz: “Deixa eu ver.” Só que não há como
ver, porque ainda não chegou, é apenas uma promessa.

Quando o pai e mãe cumprem a promessa, a criança chama todas as


outras crianças, as quais ela divulgou que ia ganhar o presente, e mostra,
feliz, o prêmio da promessa cumprida pelos pais. Quando isso não ocorre
a frustração, a vergonha, a decepção é muito grande.

Nós temos o privilégio de sermos filhos de um Pai que nunca deixa de


cumprir com o que prometeu. O nosso Deus é Fiel! Ele cumpre cada uma
de Suas palavras e promessas. Hoje, contemplamos, diante dos nossos
olhos as promessas cumpridas do Senhor sobre o Seu povo.

O meu sentimento, quando vejo todo este ‘cenário’ que foi formado, de
bênçãos, sinais, milagres, prodígios e maravilhas, é de muita alegria. Sei
que porque obedecemos, Deus tem-nos prosperado deveras. Afinal,
desde o ano de 2001, estamos profetizando Iavé Shamah, o Senhor está
aqui. Já conseguíamos ver, com os olhos do espírito e não com os olhos
da carne, o que seria desenhado em um futuro próximo.

O que vivemos hoje é o que está descrito no Salmo 126 que quando o
Senhor manifesta a bênção ficamos como quem sonha. Eu estou assim,
como quem sonha. Realizado porque dentre tantas maravilhas, tantas
bênçãos e tantos presentes da parte de Deus, Ele me acrescentou Davi, 24
anos depois de eu ter recebido a promessa. Quem bom que temos um Pai
que não falha jamais.

Obedecer a princípios

Todos que obedecem a princípios prosperam porque são obedientes. E


quanto mais prosperam mais sonham, mais projetam esses sonhos, mais
ricas na alma se tornam. Isso acontece porque há um plantio de sementes.
Sabemos que o Reino de Deus obedece a princípios. Em Gálatas 6,
está escrito que tudo que é plantado gera uma colheita. II Coríntios 6:9,
fala que tudo é resultado de uma semente plantada. Somos respostas de
uma semente.

Você sabe de que semente você é a resposta? Yeshua. A Bíblia diz que
Ele foi ofertado para que estivéssemos hoje aqui, no Seu Reino (II
Coríntios 8:9).

Deus é muito bom, Ele obedece a Sua própria Palavra. A única coisa
que pode prender Deus é a Sua Palavra, mais nada.

Por isso, quando obedecemos a princípios entendemos que também


devemos ter cuidado com as palavras que emitimos. As pessoas podem
entrar em procedência maligna através das palavras, quando o sim vira
não e o não vira sim. A Bíblia diz que o que passar disso é de
procedência maligna.

Como resultado de uma colheita, de uma chamada extremamente


profética, temos o direito de prosperar. Mas não se prospera sem
observar princípios. Deus quer que você seja muito próspero. Na sua
direção há um presente divino, o manto da prosperidade, Tsaleá.

Porém, para que o tsaleá seja instalado em sua vida, você precisa
receber uma mente transicionada pela Palavra para obedecer aos
princípios. É como se Deus tivesse que dar um ‘ESC’, apagar o disco
rígido, que atrapalha a sua mente, e que não permite que você veja o
mundo da maneira que Deus fez e vê. Você precisa entender qual é a
vontade do Senhor para a sua vida.
Quando a mente é transicionada pela Palavra de Deus, então, a
vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Porque as pessoas, assim
como nós, querem prosperar. Só que a diferença para nós é que a nossa
prosperidade não vem pela força do nosso braço. É Deus Quem nos
prospera.

Deus tem uma chave pronta para ser virada na direção do Seu povo,
na direção da sua vida, para que a prosperidade lhe alcance. Agora, é
necessário que você entenda que a prosperidade está atrelada, também, à
obediência, está ligada a uma verdade que tem que estar dentro de nós.
Então, prepare-se para prosperar!
CAPÍTULO 6
HONRA, EXERCÍCIO QUE TRAZ
PROSPERIDADE

“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas


acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos. A
ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante
todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com
todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai
lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu
recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-
lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto,
amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do
mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12:16-21)

A honra é um exercício que traz prosperidade. E como todo exercício,


há um tempo para que as resistências sejam vencidas. Para entender a
honra, é preciso transicionar a mente pela Palavra para que se torne um
exercício que traz prosperidade para nós e para os outros.

Honra é um exercício de boa conduta. A palavra é honestus – honrado


pelas atitudes – um conceito interior que o indivíduo possui dele mesmo,
que se autoaprova que é homem honrado, por causa da honestidade. Há
um princípio de honra e de prosperidade pelas atitudes. Prosperidade é a
maneira pela qual nos comportamos no dia-a-dia. Nossas atitudes
revelam o quanto somos ou não somos prósperos. Uma pessoa que é
bemsucedida, que tem a prosperidade correta, não tem sedimentação de
orgulho e não humilha as pessoas, não é irada.
A ira é um espírito e há pessoas que facilmente se iram. Lembro-me de
um homem que teve o carro trancado por um ônibus. Esse homem desceu
do carro, brigou com o motorista e com os passageiros que se
intrometeram. Ele sequer esperou o motorista se justificar, porque não
havia sido proposital. Ele perdera o controle do freio.

A ira pode ser um aliado do inferno na sua vida. A ira é um transtorno


emocional e as pessoas que se iram facilmente despedem a honra da sua
vida. Atitudes iradas e honra não caminham juntas. Há pessoas que têm
uma face irada, vivem mal-humoradas. Tal reação só tem duas
explicações: doença de alma ou influência de demônios.

A ira, na maioria das vezes, leva você a pecar e rouba os privilégios


de relacionamento. Ninguém quer se relacionar com uma pessoa que age
debaixo da ira. A Palavra adverte que o sol não pode se por sobre a ira
(Efésios 4:26).

Há pessoas que procuram desculpa para justificar tanta ira. Se são


nascidas de novo, precisam fazer um treino na alma para que deem lugar
às benevolências e aos princípios do Reino, e o diabo não ganhe
vantagens em seus históricos.

A Bíblia mostra que se você se irar, mas não pecar, então amontoará
brasas sobre a cabeça do outro, e ele, certamente, reconhecerá o erro
(Romanos 12:17-21). Você ministra ao outro com o seu silêncio. Mas
perceba que o silêncio não é sinônimo de cinismo, porque há pessoas que
não agem com ira, mas são cínicas.

O respeito, quando nos acompanha, faz com que a honra nos favoreça
e as pessoas passam a olhar para nós de forma diferente.
Quando você honra, você não se torna cúmplice da ira dos outros. O
ditado que diz ‘pode vir quente que eu estou fervendo’, não vale para
homens de honra, para filhos de Deus. Quanto a mim, Deus me fez passar
por muitos treinamentos, cursos em aeroportos, porque eu possuía
privilégios e fazia uso deles. Mas houve um momento em que percebi que
minha postura estava errada. Eu entendi que precisava respeitar cada vez
mais as pessoas que estavam por trás dos balcões. Elas têm o poder nas
mãos.

Quando eu aprendi como deveria me comportar, ganhei em relação a


Deus, ganhei para mim e para os outros. Precisamos ser disciplinados no
caráter. Devemos tratar todos de igual forma, porque Deus não faz
acepção de pessoas. Disciplina no caráter fala de aprender que antes dos
direitos, temos que conhecer nossos deveres. O resultado é tratar as
pessoas bem em qualquer lugar.

Por exemplo: Você, alguma vez, já agradeceu a um gari pelo fato de


ele estar varrendo a rua e cuidando da cidade para você? Porque não são
todos, mas você, talvez, em determinado momento, já jogou um copo ou
um papel que ele teve que limpar.

Existem até os que brincam e dizem que só estão jogando para que os
garis tenham trabalho. Isso não é verdade, é falta de entendimento e má
educação. Se você tiver atitude de gratidão com o gari e com qualquer
outra pessoa, você marcará a vida dessas pessoas.

Precisamos ser treinados para que a honra não nos abandone. A honra
não pode ser espantada por causa de um temperamento que não é
dominado pelo Espírito Santo. O nosso temperamento pode ser inimigo
da honra e levá-la para caminhos que não foram desenhados para nós.
Seminotes

O que significa seminotes? Rápido para honrar, veloz para descobrir a


honra. Mas há uma variação da interpretação que é: ser extremamente
sério no que faz, aprovadamente honesto, respeitosamente honrado, veloz
para descobrir a honra.

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações,


orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens. Pelos
reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma
vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.” (I Timóteo
2:2)

Seminotes é um exercício de boa conduta. É entrar na prática da boa


conduta. É fazer uma escola de boa conduta, permitindo-se ser tratado.
Somos seres embravecidos por natureza.

Quando as coisas caminham de forma correta, tudo dá certo e todas as


portas se abrem. Onde entra o princípio da honra, as portas se abrem.
Ainda que você não veja, a porta se abrirá, porque a honra é a chave
mestra para abrir todas as portas fechadas.

Todos que entram no princípio da honra recebem o decreto para que as


coisas que antes estavam impossibilitadas se tornem possíveis.

Seminotes mostra que a pessoa tem o caráter firme, aprovado e que


por onde passar, ainda que alguns zombem, a maioria reconhece que é
uma pessoa honesta e aprovada em todos os seus caminhos. Não ficará
fechada nenhuma porta na nossa direção. Não seremos envergonhados
nunca.

As pessoas mansas conquistam a terra. Jesus disse que os mansos


herdarão a terra. “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a
terra.” (Mateus 5:5).

Quando entramos em seminotes, entramos em mansidão, aprendemos a


honrar corretamente. Você aprende e ganha pontos quando sua conduta é
de mansidão. Quanto mais bravo você for, menos territórios conquistará.
Quanto mais manso você for, mais territórios você conquistará.

Precisamos entender que a nossa chamada de mansidão, o seminotes


do Reino – ser extremamente sério no que faz, sendo honesto e manso,
tem que fazer com que a ira ocupe o lugar da honra em nós. Ser manso é
não deixar que a culpa ocupe o lugar da honra na sua vida.

Timér

A palavra honra também é conhecida como timér, que significa equipe,


um timér honrado.

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e


sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis
que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E
quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é
preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores
reprovaram, Essa foi a principal da esquina. E uma pedra de tropeço e
rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo
desobedientes; para o que também foram destinados.” (I Pedro 2:5-8).

Timér mostra a preciosidade do caráter do Messias e todos os atos de


honestidade da vida dEle e que Ele encontrou seguidores do timér,
seguidores da honestidade associados a este caráter imbatível, que são
chamados honrados, estimados, homens e mulheres de apreço.

Lembro-me de que ganhei uma Bíblia quando tinha 18 anos, do Paulo


Lino. Ele dedicou: “Com grande apreço e estima ao querido filho Renê
Terra Nova. Eu olhava aquela dedicatória e ficava olhando a palavra
apreço. Depois, tornei-me crescido na fé e aprendi que apreço é liberar o
manto de honra.

Quando você entender o que é apreço, entenderá o que é receber o


manto de honra, ter oportunidades diversas sobre sua vida. Quando
entendemos honra, podemos entender fases como:

Timér - honra humana

“Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores


por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não
sejam blasfemados. E os que têm Senhores crentes não os desprezem,
por serem irmãos; antes os sirvam melhor, porque eles, que participam
do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta.” (I Timóteo
6:1,2)

Timér nos ensina rotas corretas de honra. No texto aparece a palavra


jugo, que é serviço diferenciado, serviço mais pesado, mas também
confiança. Normalmente, quando entramos em uma casa, observamos
detalhes, mas nunca questionamos o mais necessário: a fundação.
Conhecemos as coisas pela fundação na qual estão. Interessante que o que
menos questionamos é o mais necessário, o mais importante.

Você pode observar que o que é mais pesado e poderoso, o suporte da


estrutura é que não é visto. Então, nem sempre você será honrado em
público, apesar de ser fundação – o suporte da estrutura.

Você é alicerce, é base, trabalha pesado, muito difícil porque recebe


muita coisa sobre. A honra não é sempre para o que está em cima, mas em
baixo, suportando o peso. Porém, nem sempre honramos quem pega o
maior peso, que virou suporte para toda estrutura.

Quando lemos I Timóteo 6:1 e 2, descobrimos que existem níveis de


honra que precisam ser considerados, existem trabalhos diferenciados. E
a honra está para aqueles que fazem o trabalho mais pesado, o maior
jugo.

Imagine um lugar que recebe semanalmente um grande público, como


o Templo do MIR, ficar uma semana sem limpeza, sem retirar o lixo.
Porque o mau hábito, a má conduta de alguns é trabalho pesado para os
outros e colocam jugo sobre os irmãos. Mas se cada um fizer a sua parte,
o serviço pesado que está sobre poucos é aliviado.
Precisamos simplificar a vida das pessoas que caminham conosco,
ministrando honra humana. I Pedro 2:1-3, diz: “Deixando, pois, toda a
malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente
nascidos, o leite espiritual, não falsificado, para que por ele vades
crescendo; se é que já provastes que o Senhor é benigno.”

Então, o nosso tipo de conduta, o ensino que está sendo liberado sobre
a nossa vida é para facilitar a vida dos outros. Você precisa ser
facilitador de caminhos, porque é vítima da soberania de Deus. Deus tem
aberto portas inefáveis para dizer a você que o levantará nesta sociedade
como filho honrado. Isso é graça do céu.

A maneira como você se conduz, como você se comporta, como você


se move, facilita ou complica a vida daqueles que estão perto de você.
Todas as suas ações produzem reações que resultam em honra ou desonra.

Somos da geração da honra, como tal, precisamos fazer algo que seja
benévolo na vida dos outros. A Bíblia diz que o timer é você arrumar a
sua vida e consertar a vida de outros.

O princípio da honra, a Gênese da Honra nos ajudará a ordenar a


nossa vida e a receber de Deus ferramentas e habilidades para
transformar a vida daqueles que estão passando por dificuldades. Essa é
a honra humana.

Timér - honra divina


Timér é honra divina, honra dirigida ao Senhor.

“Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio,


seja honra e glória para todo o sempre. Amém” (I Timóteo 1:17)

“E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao


que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os
vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado
sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam
as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber
glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua
vontade são e foram criadas.” (Apocalipse 4:9-11)

“Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível;


a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e
poder sempiterno. Amém.” (I Timóteo 6:16)

“E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da


terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que
está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de
graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. E os quatro
animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e
adoraram ao que vive para todo o sempre.” (Apocalipse 5:13,14)

“E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus,


que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam
ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se
diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, Dizendo: Amém.
Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e
força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.” (Apocalipse 7:10-12)
Todos esses textos são princípios elementares que nos levam a
conhecer honra divina. Você sabe o que é honrar o que não vemos? As
pessoas não entendem, porque as coisas espirituais só se discernem
espiritualmente. Prestamos honra a Deus que não vemos materialmente.
Honramos ao Desconhecido e, por isso, somos aprovados na honra.

Porém, assim também precisamos honrar as autoridades que foram


constituídas, por Ele, na nossa vida. Se Deus colocou sobre nós,
independente de, merecem honra. A Bíblia diz que se não honramos os
que vemos, como honraremos o Desconhecido, Aquele qu não vemos.

“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso.


Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a
quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus,
ame também a seu irmão.” (I João 4:20,21).

A honra divina é uma honra de fé. Fazemos um exercício de fé para


aprender a honrar. Não é fácil honrar o que não vemos, o Desconhecido,
mas é possível. Isso só é possível para aqueles que entendem o princípio
da honra. Quem entende o princípio da honra, por onde vai, Deus sempre
está em primeiro plano. Então, para onde vamos, levamos a honra
conosco.

Há muita gente honrando homens sem temor a Deus. Quando honramos


a Deus, respeitamos autoridade, primeiro por conhecer o princípio que é
divino, é eterno e, depois, porque o caráter foi forjado para isso. Esse é
um tipo de honra que parece ter sido esquecida.

O princípio de autoridade parece ter-se transformado em uma atitude


desonesta, uma manipulação. Não somos manipuladores da fé, não somos
pais físicos para determinar o que é ou não correto para o discípulo de
forma impositiva. Não pode ser assim. Os discípulos não podem estar
nas mãos de líderes inescrupulosos. Isso é falta de vergonha.

Há pessoas envelhecendo, deixando de ser felizes ao lado da pessoa


amada, porque o discipulador proibiu o relacionamento, alguns com a
desculpa de que estão orando quando não estão. O que é isso? Onde essa
doutrina está sendo ensinada. Não é pela Visão Celular. Que manipulação
terrível é essa?!

As pessoas canalizaram Deus na vida delas de forma que se tornaram


deuses dos outros. Isso é jugo desonesto. Não fomos chamados para
manipular a vida de homens e mulheres que Deus tem confiado em nossas
mãos.

Discipuladores dividindo o próprio rebanho. Isso é manipulação de


quem não conhece a Deus, é uma desonra ao discípulo. O que é isso?
Somos livres. Não somos beduínos para estar cobrando dote um do outro.

A honra divina nos dá o legado de libertação e não de termos deuses


na nossa vida que não entendem o que é honra divina. Quantas pessoas
impedidas de casar porque o discipulador não quer, não gostou.

Desde Gênesis, sabemos que não é bom que o homem esteja só. Há
discipuladores que querem assumir o lugar dos pais, até chamam os
discípulos de filhos, mas não podem esquecer que não sentiram dor para
parir nem sofreram para criar. Então, não podemos perder o temor nem
deixar de honrar a Deus por causa de imaturidades no arraial.

Se a Bíblia diz que o homem deixará seu pai e a sua mãe, para tornar-
se uma só carne com a mulher, que dirá deixar discipulador... Precisamos
de líderes maduros, que compreendam que a felicidade do discípulo está
acima do monopólio desonesto.

Quem dirige a vida de homem de Deus é Deus e não o discipulador. O


discipulador não morreu na Cruz do Calvário, quem morreu foi Yeshua.
Discipuladores fizeram suas próprias propostas e perderam a honra
divina e a honra ao líder, da forma correta. Mentor é para direcionar e
não manipular. Discipulador não é Deus, não é senhor sobre a vida das
pessoas, é mentor. A Autoridade Maior sobre nós é Jesus. Ele é Senhor.
A honra divina é treinar a fé na direção de Deus.

Você precisa entender que, como discipulador, você não pode assumir
o lugar dos pais. Os pais podem proibir o que os hormônios não estão
deixando que o jovem veja. Mas o líder não pode proibir, só tem o
direito de orientar. Quando conhecemos a Deus, sabemos se Deus está ou
não dirigindo a vida dos discípulos.

Não podemos esquecer que as pessoas só são líderes porque Deus é


Líder primeiro. A verdadeira honra não manipula ninguém, pelo
contrário, traz libertação. A Bíblia diz no Salmo 2 que devemos honrar e
beijar o Filho, pois isso agrada o Pai. A honra divina deve ser restituída
sobre nós.

Quando temos a honra divina, o Filho e o Espírito Santo são honrados


na nossa vida. Somos carentes de idolatria. Há algo dentro de nós que
pulsa pela idolatria. Então, precisamos saber que todo ídolo é destruído.
Os únicos dignos de receber Majestade e Honra são Deus Pai, Deus
Filho - Yeshua Ha Mashiach, e Deus Espírito Santo.
Autoridades devem ser respeitadas porque foram constituídas por
Deus, apenas isso. Ser homens de Deus já é honra demais, honra extrema,
não queira ser mais que isso, pois esse desejo não procede do Pai.

Timér - honra ao sacerdote

“E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por


Deus, como Arão.” (Hebreus 5:4)

Honrar o sacerdote não é dar-lhe o legado de ser Deus em nossa vida,


porque ser considerado homem de Deus é uma grande bênção, um dos
maiores privilégios. Mas a Bíblia diz que o sacerdote merece honra,
respeito, timér.

“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de


duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina;” (I Timóteo 5:17)

Devemos aprender a respeitar o sacerdócio dos outros. O sacerdote


tem honra dupla diante de Deus, porque é levantado por Deus e Ele
mesmo é Quem respalda. A Bíblia diz que um sacerdote na direção de
alguém muda o seu destino. Há uma diferença entre sacerdote e homens
comuns. A Bíblia diz que o sacerdote deve receber duplicada honra,
refere-se a duplicar salários e investimento ao que trabalha bem para
Deus.

Os Pastores, Apóstolos, Sacerdotes são líderes de avivamento,


merecem honra, porque trazem mensagem de libertação e ensinam as
pessoas a viverem de forma digna, devolvendo-as à essência da
prosperidade. Deus conhece quem é e quem não é sacerdote. As próprias
atitudes mostram quem é sacerdote e quem não é.

O sacerdote merece ter um salário honrado porque trabalha na obra.


Quem trabalha como sacerdote tem direito a um salário digno. Deus tem
salário digno para dar ao sacerdote, usando os mecanismos dEle, pois
Ele quer que o sacerdote receba um salário digno. Deus é Bom e a Sua
fidelidade dura para sempre.

Os sacerdotes são multiplicados em classe. I Pedro diz que você será


um sacerdote de realeza. Há pessoas que prosperarão tanto que terão
muitas pessoas para lhe servir. Essa é a chamada do Reino.

Somos sacerdotes de realeza porque a bênção do Senhor está sobre a


nossa vida. O manto sacerdotal quando vem sobre nós vem com o poder
da criatividade e criatividade é sabedoria.

É chegada a hora da recompensa da fidelidade. Seremos restituídos


pelo Senhor. Creia porque a bênção do

Todo Poderoso virá até você através da Gênese da Honra, por ter
aprendido o princípio de honrar da forma correta a Deus, ao sacerdote,
aos homens. Você tem direito de receber a honra da recompensa da
fidelidade.

Timér - honra dada aos homens


“O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber. A
vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção.” (Romanos 2:6,7)

Essa honra é uma honra que precisamos entender que é entregue a


homens com limites. Não se honra o que está fora da Palavra. “Glória,
porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao
judeu e também ao grego.” (Romanos 2:10)

Você precisa ser um bereano, aquele que estuda a Palavra. O líder


precisa, dentro da Palavra, cumprir os quesitos para ser líder sobre
outros. A Bíblia diz que todo líder deve ser bom marido, governar bem a
casa e outros requisitos mais. Estes devem ser honrados. Só que honrar
homens não lhes dá o direito de serem feitos deuses. Homens merecem
respeito com dignidade, como honestos do Reino. A carência da idolatria
não pode levantar novos deuses dentro de nós.

A Gênese da Honra nos leva de volta ao propósito. Homem é homem.


Líder é líder, e Deus é Deus. Se não vigiarmos, novos deuses surgem na
nação. Palavras que são liberadas que confundem a essência. Timér é
aquele que tem capacidade de levantar uma equipe de honra onde os
valores humanos são respeitados e os valores divinos não são
esquecidos.

Timér - honra saudável


Podemos encontrar pessoas saudáveis a partir do respeito a cadeias
de autoridade que elas possuem. Quanto mais você desenvolve o
princípio da honra, mais oportunidade você terá para mudar as suas
realidades, pois a honra é um remédio para alma, e deixa a vida do
espírito saudável.

Você viverá e caminhará com pessoas que mantêm essa cumplicidade


de relacionamento e, mutuamente, respeitam-se. É um sinal que na vida
tudo vai dar certo e que os caminhos das oportunidades serão sinalizados
e abertos diante dos nossos olhos. Conhecer o caminho da honra saudável
não é tão fácil para alguns.

Você questionaria? Por que não pode ser para qualquer um?
Lamentamos, mas o berço que nascemos, a sociedade na qual fomos
criados, os mestres que nos educaram e os mentores que nos orientaram,
não guardaram esse código nem entenderam essa revelação.

Durante muito tempo servimos os líderes por subserviência e não por


submissão. Mas agora chegou a revelação. Faremos conforme a Palavra
que diz:

“E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós


e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam. E que os tenhais
em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis
os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com
todos.” (I Tessalonicenses 5:12-14)

Todo homem que exerce o princípio da honra experimentou a


santidade, logo é um líder e um homem santo. Todo homem que exerce a
honra tem direito ao legado da santidade. Pratique a honra, pois ela é um
exercício que traz prosperidade. Um novo manto de honra é estabelecido
sobre os que cumprem princípios.
CAPÍTULO 7
HONRAR PARA SAIR DO CATIVEIRO

"Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tem
amado? Não era Esaú irmão de Jacó? Disse o Senhor; todavia amei a
Jacó, e odiei a Esaú; e fiz dos seus montes uma desolação, e dei a sua
herança aos chacais do deserto. Ainda que Edom diga: Empobrecidos
estamos, porém tornaremos a edificar os lugares desolados; assim diz o
Senhor dos Exércitos: Eles edificarão, e eu destruirei; e lhes
chamarão: Termo de impiedade, e povo contra quem o Senhor está
irado para sempre. E os vossos olhos o verão, e direis: O Senhor seja
engrandecido além dos termos de Israel. O filho honra o pai, e o servo
o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou
senhor, onde está o meu temor? Diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó
sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos
desprezado o teu nome? ... Pois seja maldito o enganador que, tendo
macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula;
porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é
temível entre os gentios." (Malaquias 1:2-6,14)

A honra nos tira de cativeiros. Quando começamos a honrar, o


cativeiro é rompido na nossa vida. O princípio da honra nos ministra
libertação. Quando entendemos e colocamos a Gênese da Honra dentro
de nós, percebemos que Deus, o Senhor dos Exércitos colocou todos os
Seus princípios para serem obedecidos.

Assim como Deus fez com Israel, debaixo da honra, os cativeiros não
permaneceram na vida de Israel. Toda pessoa que recebe, vive e
mergulha nos princípios da honra, ao sair do cativeiro, manifestações
poderosas acontecem na sua vida. Você pode estar-se perguntando como
isso pode ser verdade.

A Bíblia diz: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram


a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu
de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios:
Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por
nós, pelas quais estamos alegres.” (Salmo 126:1-3). Quando saímos do
cativeiro, recebemos outra alegria, um novo cântico. O que significa que
cativeiro é escravidão e sair dele representa libertação.

Todas as pessoas que cumprem o princípio da honra mergulham em


libertação. A Gênese da Honra nos ensina e nos devolve a uma libertação
legítima. Deus diz que o boi sabe onde está o seu dono, porém Israel não
reconhece mais a honra a Deus (Malaquias 1).

É difícil entender como Israel, nação eleita, deixou de honrar a Deus.


Mas quando outras coisas ocupam o nosso coração, a própria escola da
vida prova que existem contratos na alma que nos fazem deixar,
facilmente, a honra.

Um exemplo disso é quando os filhos contraem um relacionamento


novo e que não é do agrado dos pais. Se eles insistem e os pais lhes dão
a bênção, alguns se rebelam e depois choram amargamente, porque
quebraram um princípio de honra.

Há pessoas que não sabem entender a veracidade do princípio da


honra. Vemos isso claramente na vida de Esaú. A Bíblia diz que ele casou
com duas mulheres que não era da vontade do coração dos pais.
“Ora, sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a
Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. E estas
foram para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito.” (Gênesis
26:34,35)

Esaú – líder de desonra

Todas as pessoas que honram têm direito a legados. Quem honra pai e
mãe, viverá dias longos sobre a Terra. Esaú foi o primogênito de Isaque e
Rebeca, mas porque entrou desonra na vida dele, perdeu o legado. Esaú
cometeu tantos erros, não apenas com os pais, que a Bíblia diz que Deus
Se aborreceu dele. Algumas traduções chegam a dizer que Deus amou
Jacó e odiou Esaú, que perdeu a sua descendência.

Esaú teve uma educação perfeita. Seus pais geraram os filhos em


oração. Jamais imaginariam que a gravidez seria complicada. Mas
Rebeca deu sinais de complicações. Deus lhes disse que os filhos que
estavam no ventre dela eram gêmeos, que o mais novo estava agarrado ao
calcanhar do mais velho e que os dois seriam nações poderosas.

O primeiro nasceu com a pele coberta de pelos vermelhos, e foi


chamado Edom, Esaú. O segundo nasceu segurando o calcanhar do irmão
e recebeu o nome de Jacó (Gênesis 25:19-26).

Esaú quebrou o princípio da honra e se tornou em amargura para seus


pais, seus líderes, Isaque e Rebeca. Quando perdemos a visão da honra,
negociamos a unção por um prato de lentilhas (Gênesis 25;27-34). Não
negocie a unção que você recebeu com nada neste mundo. Você não está à
venda. Fazemos parte de um povo inegociável. Não somos edomeus.

O nome Esaú ficou conhecido como amargura para os seus pais, para
os seus líderes. Quando você perde a visão, torna-se amargura para os
líderes. Esaú se transformou em uma pessoa amarga. Isso aconteceu
porque ele quebrou princípios. Quando quebramos os princípios que nos
são ministrados, começamos a entristecer o coração dos pais, dos
líderes, dos Pastores...

Só há uma maneira de fechar a porta da bênção: entrar na rota da


desonra. O ato de desonra na vida de Esaú anulou todos os atos bons que
um dia ele fizera. As duas mulheres que ele arrumou, no meio do
caminho, fizeram com que fosse lembrado pelas calamidades que vieram
na sua direção.

Somos criaturas de registros. Os pais, Isaque e Rebeca, não mereciam


esta afronta do filho Esaú. Você, como filho, não tem o direito de se
transformar em edomeu para os seus pais e seus líderes, trazendo
amargura, tristeza e perplexidade por causa de confusão.

O estigma que ficou, o estereótipo que ficou, foi amargura sobre a


vida de Esaú. O problema da desonra não é o presente, mas o futuro.
Você sabia que Herodes, o rei que cometeu muitas atrocidades, inclusive
mandou matar crianças de 0 a 2 anos de idade, por pensar que uma delas
poderia ser o Messias, era descendente de Esaú? Quem diria que o maior
perseguidor do Messias seria um descendente de Esaú, na figura de
Herodes.

Por causa daquelas mulheres pagãs, que não tinham aliança com o
Deus de Israel, Esaú se contaminou. Esaú afrontou toda a sua
descendência por causa de duas mulheres. Às vezes, desonramos
autoridades que estão sobre nós por coisas tão pequenas... Mas é porque
a desonra não tem limites.

Quando Esaú poderia imaginar que aquelas mulheres dariam filhos


que iriam para o trono perseguindo Jesus? Então, lembre-se de que a
desonra que você faz no presente leva a sua descendência ao trono da
desonra no futuro. O final da desonra de Herodes foi morrer comido por
bichos. A desonra levou Yeshua para a Cruz. Mas Deus matou a desonra e
ressuscitou a Honra, Yeshua.

Deus havia prometido que Esaú e Jacó seriam pais de nações fortes e
poderosas. Israel se tornou uma nação forte e poderosa. Até hoje Israel
está aí, por cabeça e não por cauda. Jacó cruzou um deserto para
obedecer aos seus pais e não escolher mulher dentre o povo em que
moravam.

Todas as vezes que a Bíblia cita Esaú, é com desprezo, porque Deus
não permite que a desonra prossiga no arraial dEle. Podemos lembrar o
que está escrito em Malaquias 1:1-4. “Eu vos tenho amado, diz o
Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tem amado? Não era Esaú irmão de
Jacó? Disse o Senhor; todavia amei a Jacó. E odiei a Esaú; e fiz dos
seus montes uma desolação, e dei a sua herança aos chacais do
deserto. Ainda que Edom diga: Empobrecidos estamos, porém
tornaremos a edificar os lugares desolados; assim diz o Senhor dos
Exércitos: Eles edificarão, e eu destruirei; e lhes chamarão: Termo de
impiedade, e povo contra quem o Senhor está irado para sempre.”

Somos líderes de honra, homens e mulheres de honra. Estamos


formando uma geração de honra. Há pessoas sendo formadas por nós.
Então, até quando essas síndromes de desonra irão povoar a alma do
povo de Deus? Somos responsáveis pela resposta do futuro. Muitos
pensam que podem agir incorretamente no presente, como fez Esaú, como
se o fruto não fosse aparecer no futuro, mas aparecerá.

Não nos tornaremos amargura para os líderes que nos cobrem, porque
abandonaremos todo e qualquer tipo de desonra que ainda insista em
permanecer. O Senhor está desenhando algo novo para homens e
mulheres que agem segundo o Seu coração. Estes serão honrados porque
vivem para honrar a Deus e as pessoas.

Sabemos que a síndrome de Esaú é repetitiva para quem não teme a


Deus e brinca com as promessas do Senhor para fazer a sua própria rota
e caminhar pela própria vontade. Mas nada diante de Deus fica
esquecido. Esaú tinha um comportamento neurótico, caminhava pelas
verdades estabelecidas por ele mesmo. Alguns que chegam a
comprometer a Palavra e a essência de Deus são como Esaú.

Esaú fez escolhas terríveis na vida, desde as mulheres que escolheu


como a perseguição ao irmão Jacó. Mas houve um rei, com o qual Esaú
fez aliança, mesmo sabendo que era um rei que havia feito guerra contra
seu avô, Abraão (Gênesis 14:6).

Isso aconteceu porque quando estamos presos aos nossos próprios


interesses, fazemos alianças que nos beneficiam. E mesmo que elas
prejudiquem os descendentes não nos preocupamos, por causa dos
interesses particulares. Mas os que conhecem a liberdade, a honra,não
podem ficar presos a alianças espúrias.
Esaú tomou decisões equivocadas, esquecendo-se de que as decisões
do presente definem o futuro. Ele não estava blindado. O que nos blinda é
a unção. A unção nos blinda e nos faz cúmplices das coisas de Deus e não
de coisas particulares. Esaú gestou, no futuro, inimigos da verdade e dos
princípios. Quando nos precipitamos, fazemos alianças que não apenas
nos prejudicam, ma também prejudicam nossos descendentes.

Esaú teve uma pocilga porque mudou o coração. Toda a geração dele
foi paralisada. A Bíblia diz que Deus amou Jacó e aborreceu Esaú. Deus
não é volúvel, até mesmo a Sua generosidade e benevolência têm limites.
A Bíblia diz que de Deus ninguém zomba.

Esaú teve uma descendência competitiva, seus filhos foram flecheiros,


amargos e perversos. Ele perdeu o princípio que lhe fora inculcado. Toda
a descendência de Esaú tornou-se inimiga dos pais e das comunidades
entre eles. Todos sabiam que não podiam passar pela região do urso
perverso. Seus filhos foram gerados para um governo perverso.

Os filhos de Esaú mentiam, roubavam e matavam. Tudo o que faziam


tinha um peso de desonestidade. Esaú era mentor de principados, mentor
de governos de mente, governos desonestos que não tinham a bênção de
Deus. Deus resolveu parar isso através de Jesus, a Verdade e a Vida.

Você não pode andar como Esaú, você deve andar nos passos de Deus
para ter conquistas verdadeiras. Onde houver edomeus na sua direção,
saiba que o Senhor lhe dará vitória para chegar à terra prometida e não
ser parado no meio do caminho. Não queira ser como Esaú que possuía
uma mente brilhante só para matar, roubar, exterminar. Ele era
organizadíssimo. Ele chamava os 12, mostrava as estratégias e cada um
sabia, exatamente, o que deveria fazer. Eram os edomeus.
A Igreja está cheia de edomeus, mentes maquinando, sem temor a Deus
e aos líderes, querendo saber qual é a sua parte, possuídos por
perversidade, imoralidade. Como Esaú que organizava os territórios por
geografias, escolhendo como tomariam posse. Mas nós não somos
descendentes de Esaú. Não podemos matar, destruir, só para prevalecer.
Não há conquistas verdadeiras de territórios se eles são roubados. Não
podemos traumatizar as pessoas para conquistar territórios. Quando isso
acontece, a conquista não é verdadeira, porque a desonra foi plantada.

Onde há infidelidade, há desonra. Onde há desonra, a história para. A


história da desonra não tem segmentos, mas ensaios. Os que cometem
desonras trancamse em cadeias, grades particulares. Onde há fidelidade,
há honra. Onde há honra, a história tem começo, mas não tem fim. Os que
entram pela senda da honra nunca param de conquistar porque o caráter
da honra está impregnado no caráter deles.

Rute – uma mulher de honra

A honra verdadeira é provada na adversidade. A honra não é provada


apenas quando as coisas vão bem. Uma figura de honra no Antigo
Testamento foi Noemi. Mas um dia ela disse que se tornava amarga e que
seu nome não seria mais Noemi, porém Mara. Noemi fez essa declaração
porque perdera seu marido e os dois filhos.

“Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu


que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa
delas, e diziam: Não é esta Noemi? Porém ela lhes dizia: Não me
chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem
dado o Todo-Poderoso. Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez
tornar; por que pois me chamareis Noemi? O Senhor testifica contra
mim, e o Todo-Poderoso me tem feito mal. Assim Noemi voltou, e com
ela Rute a moabita, sua nora, que veio dos campos de Moabe; e
chegaram a Belém no princípio da colheita das cevadas.” (Rute 1:19-
22)

Tamanha amargura fez com que Noemi persuadisse suas duas noras,
Orfa e Rute, para não seguirem com ela. Orfa voltou, mas Rute prossegui
e disse a sogra:

“... Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta
tu também após tua cunhada. Disse, porém, Rute: Não me instes para
que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores
irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu
povo, o teu Deus é o meu Deus; onde quer que morreres morrerei eu, e
ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra
coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo Noemi, que de todo
estava resolvida a ir com ela, deixou de lhe falar.” (Rute 1:8-18)

Rute seguiu uma líder amarga, uma liderança amarga. Rute viu o lado
da liderança doce de Noemi e decidiu segui-la. Rute era uma mulher de
honra, que entendia que existem épocas difíceis na vida e que nem
sempre estamos doces, nem sempre estamos para sorrir.

Ela não era uma mulher que só queria caminhar com o lado bom de
Noemi. Não! Porque há pessoas que, infelizmente, só estão conosco nos
momentos bons, mas nos difíceis nos abandonam. São como Orfa.
Orfa decidiu por um caminho diferente. A Bíblia nunca mais fez
menção do que aconteceu com ela. Não há um registro sobre ela, depois
que abandonou sua sogra, sua liderança, no dia da amargura. Mas sobre
Rute, o registro é de que a sua fidelidade gerou o Messias.

Quando provamos a fidelidade, quando honramos a fidelidade, quando


a fidelidade é provada e aprovada, aqueles que nos seguem se tornam
admiradores e nos servirão também nos tempos amargos, serão como
Rute para nós. O resultado disso é estar aliançado para honrar.

É fácil honrar quando tudo vai bem. Mas a honra é para todos os
momentos. Não podemos fazer a nossa própria rota e decidir caminhar
sozinhos. As pessoas são ingratas por natureza, se não buscam caminhar
pela rota da honra. Toda honra é provada. Fidelidade é provada. Não
estamos caminhando em uma doutrina de honra só para receber honra,
mas, principalmente, para dar honra.

Há pessoas que querem aprender sobre honra apenas para receber,


mas dentro de si, não possuem subsídios para honrar, para prestar honra.
Esquecem-se facilmente de honrar quem merece honra. São pessoas
mesquinhas. Na hora de provarem a qualidade de vida da honra, tornam-
se como Orfa e se tornarão como ela, sem história. Mas aqueles que
decidem caminhar com seus líderes nos momentos difíceis, amargos,
tocarão a geração do Messias.

Quando começamos a estudar o princípio da honra, descobrimos que


não é só uma linguagem a mais em nosso conceito ou entendimento;
descobrimos que nas adversidades revelamos quem somos. É na
adversidade que revelamos o nosso caráter. Porque não aprovamos as
pessoas pelo discurso, mas pelas atitudes. As pessoas não são aprovadas
pelo que dizem, mas, muito mais, pelo que fazem.

No discurso, muitos são treinados, mas nas atitudes, descobrimos se o


coração é conosco ou não. Por isso, muitos estão em cativeiros
particulares. É fácil perceber quando um líder, um homem de Deus entrou
em cativeiro. O semblante fica caído, a face desfigurada, o coração
amargurado e as palavras emitidas já não têm mais o mesmo peso;
perdem o respeito pelos ungidos e pelos profetas.

Podemos ser líderes que possuem discursos poderosos, até mesmo de


convencimento, porém termos um coração totalmente distante do que
estamos fazendo, como Jesus citou o povo de Israel. “E ele,
respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós,
hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas
o seu coração está longe de mim; em vão, Poá rém, me honram,
ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.” (Marcos 7:6,7)

A Bíblia mostra que as pessoas entram em cativeiros quando


promovem desonra. Na escola da vida, encontramos pessoas de fala
dupla, onde conosco têm uma fala e com outros mudam a fala. Dizem ter
aliança e estar conosco nas adversidades, porém possuem um coração
longe das palavras que são lançadas. Por isso, muitos estão nos seus
cativeiros particulares. Rute foi uma mulher que provou ser de aliança,
ser de honra no momento mais difícil da vida de Noemi.

Rute foi muito honrada. Por ter acompanhado a sogra, no momento em


que ela mais precisava, Deus lhe presenteou com uma família e com uma
descendência honrada. Dela nasceu Davi e o Messias. Precisamos imitar
esse modelo bíblico de honra, de fidelidade, de caminhar sem interesses
pessoais, mas pelo bem-estar do outro.
A desonra não pode encontrar lugar em nossa vida, nosso caráter. Não
somos edomeus, somos da descendência de Yeshua. Quando a desonra
entra, entra também a perda do território. Toda desonra tira os privilégios
que você conquistou. Temos visto essa realidade ao longo da Bíblia. Foi
assim com Adão e Eva, foi assim com Caim, foi assim com Esaú e com
tantos outros.

A desonra tem como alvo principal colocar a pessoa em cativeiro e


trazer o legado da escravidão. Quantas pessoas escravas na alma,
colhendo desonra, porque plantaram desonra. Hoje vivem em cativeiros
particulares. Para sair do cativeiro, é preciso nascer um plano de um
libertador para arrancar a pessoa de lá.

O arrependimento é o antídoto para arrancar a semente da desonra.


Israel entrou em cativeiro, mas quando voltou a honrar a Deus, pelos
princípios da Palavra, foi honrado novamente, mas antes, teve que
enfrentar o seu deserto para reconquistar o que havia perdido.

Muitas vezes a desonra de um povo é o insucesso do outro. Quantos


nasceram e morreram no cativeiro, só ouviram falar que Deus tinha uma
palavra e uma promessa, ouviram que o Libertador viria, e essas
gerações até falaram disso, mas por causa dos irmãos de José e a desonra
ao pai, por 430 anos, uma nação não conseguia ser quem era, pois estava
alheia em terra estranha.

Filhos esperaram que seus pais fossem para a terra prometida, e não
puderam realizar o sonho, pois a desonra de uma geração pode ser a
catástrofe de outra. Os cativeiros são resultado de uma desonra, e, por
fim, sabemos que muitos não puderam ser o que desejavam porque
alguém atrás plantou uma semente que anulou a conquista de sonhadores.
A palavra e a ação colaboram para uma honra perfeita. Israel, quando
desonrou, ficou errante sobre a terra até se arrepender e voltar. Então, o
remédio para a honra ser devolvida é confissão e arrependimento
profundo.

Precisamos dar nome à desonra assim como devemos dar nome à


honra. Você pode ficar pensando em quantas vezes você já foi desonrado,
mas Deus quer que muito mais você pense em quantas vezes você
desonrou pessoas. Quebrante-se por isso e se arrependa.

Você sabia que existe muita coisa sua que você não sabe que é sua?
Existe muita coisa que uns têm e outros não têm, mas existem coisas que
são nossas e que não temos porque algo interrompeu para que chegasse
até nós. Mas quando a honra for devolvida, você será restituído em um
nível inimaginável. Deus não mente em Sua palavra nem promessa.

Algo poderoso estava vindo na sua direção e a desonra bloqueou.


Entre em quebrantamento, renúncia, e receba de volta. Você nem sabe que
é seu, mas é direito seu. Você pensa que não tem direito? Pois se você
honra a Deus, você receberá.

Há coisas que você precisa aprender que alguns terão e outros não.
Mas Deus está preparando uma bênção especial de honra para a sua vida.
Quando você entra no princípio da honra, um novo território se amplia na
sua direção. Quando você honra atrai chuvas sem medidas para a sua
vida.

Se eu fosse compartilhar os meus muitos testemunhos de honra, de


bênçãos sobre a minha vida, com certeza, este livro seria pequeno, pois o
que Deus já me acrescentou, é o que só Ele mesmo poderia me dar e fazer
por mim. O que sei é que sempre que trilhamos pela honra a Deus, aos
líderes e vencemos as provas nas crises, nas adversidades, sem
abandonar o nosso posto, o Senhor nos abençoa deveras.

O que fazer para ter a honra de volta

Para ter a honra de volta, é necessário fazer a rota do arrependimento.


Nós temos essa bênção da parte de Deus e isso é um grande privilégio
mesmo, que merece ser honrado por nós.

Quando lembramos de Adão e Eva, entristecemonos pensando como


perderam a conquista do Éden. Podemos até pensar que o pecado deles
não foi tão monstruoso assim, afinal eles apenas comeram de um fruto que
o Senhor havia dito que não comesse. E, sinceramente, se um filho seu
comer uma fruta que você mandou que não comesse, você, certamente,
não irá expulsá-lo de casa.

Que Deus é esse, então, que porque o homem e a mulher comeram uma
fruta, receberam tamanha punição de serem expulsos do Paraíso? Até
parece insanidade divina. Mas o teste era de honra e de obediência. Onde
está a obediência há um encontro com a honra. Adão não possuía mente
humana, mas divina. Até entrar o pecado, Adão raciocinava pelos
padrões divinos. A essência de Eva era divina. Eles recebiam doutrina
diretamente de Deus.

A desonra é um pecado que leva à perda de territórios que podem


nunca mais serem conquistados. É preciso vigiar. Porque toda desonra
tira os privilégios que você alcançou. Por isso, você precisa renunciar
algumas coisas, quebrar as maldições e romper com o passado.

A Gênese da Honra nos dá o direito de viver com dignidade. Deus


dará a você um lugar de excelência para você morar. A honra será
assistida dentro da sua casa. As maldições que prendiam sua vida serão
quebradas, em nome de Jesus. Toda a desonra tem que sair da sua vida. O
princípio da honra precisa ser restaurado para que a credibilidade não
fique fragilizada.

O Brasil é um país extremamente rico. O que você imaginar, em


pequenas ou grandes proporções, nós temos. Porém, a cadeia de desonra
é tão solidificada, que o povo desta nação não consegue romper limites
por causa da vergonha causada por esses que lideram nossa cabeça.
Mentem, roubam, enganam, prostituem-se, são idólatras, feiticeiros, e o
espírito humanista reina sobre eles.

Como resultado dessa afronta, nós que nos movemos em seriedade,


queremos juntamente com um povo fazer um resgate da nossa honra, de
forma mais veloz, e não encontramos espaço, pois fecharam as portas, e
nos colocaram juntamente com eles em cativeiros desconhecidos. A
desonra fecha portas antes abertas na nossa direção.

A desonra leva um povo ao cativeiro. Isso é uma verdade! Quando


Israel desonrava Deus e cadeias de autoridade, vivia seus cativeiros
internos e externos. Quantos povos subjugaram Israel dentro da sua
própria casa! O que aconteceu para que essa catástrofe marcasse esse
povo? Desonra!

O mais grave é que existiram cativeiros em que eles levaram centenas


de anos e outros dezenas de anos, para que pudessem ser libertos, e
depois expulsos da sua própria terra, pois desonraram a Deus e não
temeram o Seu Nome.

O cativeiro egípcio e o cativeiro babilônico são sinais de que Israel


não poderia sair ileso das afrontas que fizera ao Senhor. As citações
bíblicas assustam, quando Deus é implacável com aquele povo. Não era
vontade de Deus, nem decisão do Senhor que Israel estivesse no
cativeiro, foi uma decisão dos filhos de Israel, pelas rebeliões e desonras
a Deus. Decisões definem futuro, decisões podem paralisar uma geração!

Decisões definem riquezas, assim como sinalizam ruínas. Quando


homens estúpidos tomam decisões por nós, entramos em vergonha por
causa da inconsequência dos insensatos. O homem de honra faz caminhos
seguros para seus filhos e descendentes; o homem tolo, pela desonra,
assina o óbito da sua herança.

Precisamos sair dos cativeiros criados por nós e pelos outros no


nosso lugar, afinal não assinamos nenhum contrato para que indivíduos,
os quais nem conhecemos, deixem-nos presos em uma ação do passado
que refletiu no futuro.

O que somos no presente é fruto de uma semente plantada no passado.


O que seremos no futuro é resultado de uma semente plantada no
presente. O que somos e o que temos tem uma semente que sinalizou o
nosso resultado como pessoa.

Os cativeiros são uma escolha nossa ou de alguém que escolheu para


nós. Porém, se eu não fiz a escolha desse cativeiro, se não sou plantador
da desonra, posso buscar as muitas soluções e romper com o cativeiro
que assola a história. Você pode romper o cativeiro que não plantou.

Mas se você é responsável pelo cativeiro em que se encontra, qual a


maneira correta para romper e sair dele? Existem saídas para aqueles que
não desonraram e estão presos. E para esses que estão presos porque
desonraram?

Sim, há saída para ambos, e veremos na Palavra, pois é importante


romper os cativeiros, para que a libertação se manifeste.

Podemos sair dos cativeiros revelados e ignorados. Pois é possível


uma pessoa passar a vida toda presa a um cativeiro e achar que está
vivendo o seu carma (como algumas doutrinas ensinam), seu destino, seu
pecado, seu desenho de história feito por Deus.

Há pessoas que aceitam as catástrofes porque receberam ensinos


humanistas e outros de revelação mentirosa, para que os indivíduos
fiquem atados num passado, quando eles têm um futuro para descobrir,
mas correntes e grilhões do presente estão presos ao tornozelo.

Não precisamos levar nas costas os pecados dos nossos pais. Antes,
após conhecê-los, deve-se renunciar. É bom saber que a Palavra de Deus
é remédio, é poder para romper grilhões e trazer de volta os milhares que
estão detidos em lugares que não são o sinal da promessa.

É muito fácil entrar em um cativeiro, o difícil é romper com ele. Mas


o remédio está a nossa disposição. Podemo-nos valer das instruções da
Palavra e ver que Deus não mente na Sua Palavra e promessa. Este é o
momento de entendermos que o plano eterno foi feito para nos tirar de
situações que nos levam à humilhação. Mas, como fazer?
Confissão e arrependimento

A Bíblia diz que devemos nos arrepender. O arrependimento faz


nascer notícias novas e tem o poder de nos tirar de cativeiros que jamais
ensaiamos ou pensamos em sair deles. Não importa o tamanho da
desonra, o arrependimento faz bem a nós e depois aos outros que nos
cercam. Todos que recebem o verdadeiro arrependimento instalam uma
notícia nova no seu arraial.

João disse: Arrependei-vos para que alcanceis a Boa Notícia (João


3:2). O Evangelho é a Boa notícia, a Novidade de vida. Ou seja, para que
sua vida entre nas novidades, você precisa entrar em arrependimento.

Claro que passaremos por uma guerra interior, pois os grilhões do


pecado não querem nos soltar, pois o patriarca da desonra é o promotor
do cativeiro e quer segurar a nossa língua para que não saiamos das
prisões que ele mesmo nos colocou, estimulando-nos à desonra.

Essa é uma das chaves que poderá abrir portas de prisões. Ninguém
voltará ao acesso a Deus sem fazer a rota do arrependimento. O romper
de cadeias está relacionado à confissão do nosso erro (pecado) e
arrependimento dos atos desaprovados (Desonra), pois foram a
oportunidade que o inimigo encontrou para nos colocar em prisões.

Sem arrependimento, não há remissão. Não pode haver devolução de


honra, quando o nosso histórico não é favorável nem há arrependimento
na nossa vida.
Precisamos identificar o cativeiro ou, até mesmo, os cativeiros que de
forma voluntária ou involuntária, entramos neles, para que possamos
avançar mais tranquilos e Deus honrar a nossa história de forma mais
clara e verdadeira. Muitos desenham uma libertação que não têm, pois
mentiram para si e para os outros.

Precisamos reconhecer que existe um cativeiro, e que o acesso para


esse foi a deslealdade, ou seja, a desonra. Nós precisamos tomar
consciência de que ninguém está no cativeiro sem ter um argumento por
trás. Precisamos entender que nós ou alguém plantou uma semente e nos
deixou em situações desconfortáveis.

É salutar quando alguém reconhece e não fica se questionando, como


se a murmuração fosse ajudar a romper cadeias, pelo contrário, leva a
aprofundar a desordem que a alma se encontra, colocando mais acúmulos
de feridas.

Também alguns se agarram à autopiedade, como se isso fosse o


remédio para mudança interior, quando a autopiedade, na ótica externa, é
algo extremamente repugnante. A autopiedade enfraquece toda
possibilidade de uma ajuda sincera e verdadeira se manifestar a nosso
favor.

As pessoas levam muito tempo para mergulharem no que é correto,


gastam muito tempo para mergulharem no arrependimento. Essa é uma
arma poderosa que limpa qualquer ser humano, independente da infração
que cometeu, ou do cativeiro que entrou. É possível tudo mudar, a honra
ser restituída quando o verdadeiro arrependimento se manifesta.

O que é arrependimento? Bem, podemos entender arrependimento de


muitas perspectivas, mas alerto que arrependimento não é remorso, nem
um sentimento que dá direito e vontade de retornar ao cativeiro.

Arrependimento é a semente da libertação para uma vida que nunca


tivemos antes. Porém, a Bíblia mostra que arrependimento é o direito de
retornar sem deixar pendências no passado, principalmente na alma.

A palavra arrependimento significa: Cair em si, e voltar para. No


grego, é Metanoia, que quer dizer: retornar, voltar para rotas diferentes
das que antes andávamos, novidade de vida, mudança radical. Quando
estudamos sobre arrependimento, descobrimos que é uma nova vida que
nasce independente da idade que temos (II Coríntios 5:17).

Arrependimento é uma dor profunda, é uma decisão honesta, sincera e


viva que nos faz entender que o que temos e somos é parte de uma
promessa que se entrarmos nesse manto seremos restaurados. O
arrependimento é uma decisão, que o indivíduo nunca mais quer voltar a
sentir aquela dor.

Deus ilustrou a tomada da humanidade com a doação do Filho Jesus


para que todos pudessem avaliar que o preço do resgate é similar à dor
de voltar à origem. Não seremos mais filhos da desonra, mas voltaremos
à honra! Isso é o poder do arrependimento.

A Bíblia diz que se confessarmos os nossos pecados, Ele é Fiel e


Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (I
João 1:9).

A palavra declara em II Crônicas 7:14: “E se o meu povo, que se


chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

Vemos que a confissão e arrependimento são poder restaurador.


Confissão e arrependimento são sementes para a restituição. Deus está
levantando uma geração, devolvida na honra, que cumpre o princípio de
honrar autoridade e trazer os benefícios da cura para seu tempo. Uma
cidade, estado e nação saem do cativeiro quando a cura e o
arrependimento entram em ação. O texto de II Crônicas 7:14 é voltar ao
princípio da honra.

Renúncia e quebrantamento

“Aquele que esconde a sua transgressão nunca prosperará, mas o


que confessa e deixa alcança a misericórdia”. (Provérbios 28:13)

Não é só confessar, o deixar é o sinal da libertação. As pessoas,


quando renunciam, veem o quebrantamento como um sinal de que a vida
de Deus ocupou o lugar vazio. O Espírito passa a habitar (I Coríntios
3:16) e Ele é o Remédio que todos têm que tomar.

Não creio em uma libertação genuína se não houve renúncia


verdadeira, pois as pessoas precisam saber do agravo que é estar
debaixo de pecado e ser livre quando são mencionados. Um dia Jesus
perguntou ao pai há quanto tempo o filho estava endemoninhado. Era um
ato de nominar os pecados lembrados e dos que o Espírito Santo traz à
consciência; fazer o histórico para não ficar preso.
Paulo, em Éfeso, pediu a todos que trouxessem as suas magias para
que em público fossem renunciadas e queimadas. Quantas vezes Deus
levantou os seus profetas para renunciaram e pedirem perdão pelos
pecados do povo, da cidade, da nação?
CAPÍTULO 8
HONRAR PARA CONQUISTAR
TERRITÓRIOS

Sempre costumo ensinar que não se conquista territórios traumatizando


relacionamentos. Adão e Eva pensaram que mesmo traumatizando o
relacionamento com Deus continuariam usufruindo o Éden, território
perfeito, e teriam o mesmo nível de vida. Mas havia uma desonra
plantada, essa era a nova semente que deu uma árvore gigante e frutos
tenebrosos.

A desonra gera frutos amargos, assim como a honra mantém o fruto


doce. A consequência da perda do território estava exatamente na
desonra que Adão e Eva plantaram no seu habitat. E Deus teve que emitir
decretos, pois a confiança havia sido quebrada.

A honra é a moeda da credibilidade e a desonra é a moeda do


descrédito. Perder um território rico, completo, perfeito, harmonioso,
suprido e criado de forma divina não foi fácil. Mas o Eterno não permitiu
que a desonra desse a Adão e Eva (varoa), o direito de permanecer nas
regalias, uma vez que havia sido violentado o princípio e quebrada a
palavra de honra. Estava em cheque a palavra do próprio Deus.

Nossa audição tem dois canais, um físico e um espiritual. Quando


ambos estão afinados, teremos conquista de territórios física e espiritual.
Quando desentoamos a audição daquele que foi a nossa instrução, a perda
é física e espiritual.
Quantos de nós, que corríamos em direção saudável, fomos
interrompidos diante de uma circunstância (árvore do conhecimento do
bem e do mal) e tirados do que possuíamos de mais nobre, os territórios
suados e regados.

Deus não nos envergonha e o prazer dEle é nos manter conquistando.


Porém, muitas vezes, não queremos avaliar que há vida para nós, e
paramos no meio do caminho para ver a árvore.

Se a arvore só tivesse frutos que são bonitos para ver e agradáveis aos
olhos, tudo bem. Nós nos esquecemos de que existe o espírito de
manipulação. A arma do engano está enroscada na árvore para nos
seduzir do propósito.

Adão e Eva jamais poderiam imaginar que naquela árvore, feita por
Deus, que tinha sido ministrado pelo próprio Senhor, um dia teria outra
voz, dando um outro tipo de instrução para tentar roubar o que eles
possuíam de mais precioso, o território.

Você já mensurou o valor do território que Deus lhe confiou para você
lavrar? Já observou quantas vozes já vieram para seduzi-lo e arrancá-lo
do propósito? Quando Adão e Eva pecaram diante de Deus e saíram do
propósito, receberam decretos como: comerás com o suor do teu rosto
(sentença para o Homem); terás filhos com dores (sentença para a
Mulher); andarás arrastando-te sobre a terra e comerás pó (sentença para
Serpente).

Todos que cometem uma desonra, tanto seres espirituais como seres
humanos, receberão suas sentenças, pois a desonra libera sentenças de
punição. Depois da desonra, Deus poderia deixar Adão e Eva lavrando a
terra do Éden, assim os filhos nasceriam em território aprovado por
Deus. Mas a desonra tem a habilidade de nos colocar fora da nossa
herança. Por isso quero deixar claro: A DESONRA NOS LEVA A
PERDAS DE TERRITÓRIO.

Deus além de colocar para fora do Éden o primeiro casal, também


fechou a porta do Paraíso, colocando Querubins com espada de fogo para
que ninguém pudesse voltar àquele território. Assim como Heilel Ben-
Shachar não pode mais ser do céu, Adão e Eva não puderam mais ficar
no Éden, lugar perfeito.

Quando desonramos, perdemos os lugares perfeitos e seguros que


Deus criou para nós. Ficamos fora do território construído pelo próprio
Senhor, onde teríamos convicção de que nossa descendência nasceria
segura.

Como recuperar territórios perdidos

Sete princípios poderão ser aplicados para recuperarmos territórios


perdidos, porém gostaria de trabalhar um pouco a questão do caráter, por
alguns motivos.

Primeiro, porque a desonra sempre reporta ao caráter desajustado e à


má formação das autoridades constituídas sobre nós.

Segundo, porque muitos não confiam nos pais, na sociedade, nos


mestres, nos políticos, nos patrões, em instituições e, o mais catastrófico,
muitos não confiam nos seus mentores espirituais, motivo pelo qual estão
com agravamento de relacionamentos, devido do próprio desajuste de
credibilidade coletiva.
Acredito que muita coisa poderá ser feita a nosso favor, uma vez que
estamos gozando do privilégio da Redenção. Claro que Adão e Eva
jamais voltaram ao Éden, porque foram os primogênitos da desonra na
Terra. E a Bíblia diz que ao primogênito tudo é dado em dobro, segundo
as suas ações.

Somos restituidores e crédulos de que Deus nos dá oportunidades via


Calvário. Em muitos momentos da minha vida, dentro de meu limite
humano, já enfatizei que não restituiria algumas pessoas.

E, por conhecer a Palavra, até me apoiava em textos que fortemente


me davam respaldo. Mas depois, comecei a avaliar que as pessoas
precisam de oportunidades, então, repensei, restitui e dei chances a
pessoas que, segundo o meu julgamento, não mereciam.

Hoje, alguns deles estão plenamente sarados e outros em aprovado


processo. Porém recredibilizar pessoas não é fácil, pois encontramos as
que são dissimuladas e repetem a decepção.

Mas, visto que a cada desonra um território novo é perdido, e por


honras ministradas, territórios novos são ampliados, acredito que nos
lançaremos em propostas que facilitarão a vida desses líderes e os trarão
de volta ao propósito. Todos, por causa de Yeshua, precisam de uma nova
chance! Então, qual será o nosso procedimento para restituição da honra?

1. Entrar em Arrependimento – Meio redentivo

Não existe outra forma de sermos ministrados e ajudados a não ser


pelo arrependimento. Quando Adão e Eva perderam TUDO, inclusive
casa, segurança, território, eles entraram nessa queda sucessiva. Deus
queria ministrar tanto para eles quanto para as gerações futuras, que
quando entramos em desonra, precisamos saber o que TÍNHAMOS e
agora o que não TEMOS mais.

Claro que é extremamente doloroso saber que éramos possuidores de


territórios e tínhamos pleno poder sobre ele, que havia uma confiança
integral, como o Éden, lugar onde Adão deu nome a tudo, viu as coisas
crescendo diante dele, recebeu autoridade de lavrar a terra, cuidar,
exercer domínio sobre tudo e, de repente, perder.

Quando agimos como Adão, é o próprio Criador Quem nos convida a


deixarmos a terra e Quem coloca guarnição poderosa (Querubins,
guardadores e protetores de territórios sagrados, assim como na Arca da
Aliança), não permitindo que a ideia de voltar ao Éden seja novamente
alimentada.

“O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar


a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs
querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que
andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis
3:23,24)

Punição ou exercício do princípio

Deus havia mostrado que esse conhecimento do bem e do mal era uma
armadilha, o teste da obediência, do caráter e da honra. Na verdade,
Deus estava provando a fidelidade, pois a honra sem fidelidade é
discurso vazio. Muitos dizem que honram, mas não guardam os lábios
nem protegem o coração contra o líder, e, consequentemente, atraem
maldição para a vida deles. Em outras palavras, perdem o território
conquistado.

Algumas pessoas passaram pela minha vida e me ajudaram muito. Sem


serem persuadidos da minha parte, esboçavam fidelidade e honra,
afirmavam amor e juravam lealdade, até parecia necessidade de
autoafirmação. Depois de um tempo, tornaram-se nocivas, inimigas,
maldizentes, peçonhentas, malignas, ameaçadoras e cheias de demônios
nos comportamentos.

Essas pessoas foram visitadas pela serpente, e, claro, essa sentença


não é minha, é do próprio Deus. Logo, não havia outro destino, a não ser
perda total do território, com direito a guarnição para não sermos
invadidos novamente.

É extremamente lamentável como algumas pessoas têm o poder de


jogar fora toda uma história, por orgulho, e outras por não terem
habilidade de gerenciar as crises humanas. Resultado: o território
conquistado entra em decadência.

Quantas vezes Deus voltou ao Éden? Ninguém sabe. Ali no Éden, o


plano magnífico de eternizar a raça humana foi anulado pela desonra. Isso
nos causa arrepios e uma pergunta salta ao nosso espírito: Quantos já
perderam tanto por desonrar a voz verdadeira e dar ouvidos à voz
estranha?

Fico muitas horas pensando sobre a possibilidade de um dia isso ser


restaurado. Porém, sabemos que mesmo sendo restaurado, gerações
foram roubadas deste direito: viver no território mais sagrado do Planeta
e da área de conforto da presença do Pai, porque deram voz à serpente e
a desonra se instalou no coração.
Algo perigoso que vejo nisso é que as pessoas que desonram são
tomadas de medo, não têm mais a comunhão e o descrédito entra no
coração. “Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e
escondi-me.” (Gênesis 3:10).

Antes, Adão e Eva só conheciam a voz de Deus, mas agora havia outra
voz no território desmentindo os princípios sagrados, julgando a
autoridade de Deus e o caráter do Rei. Quando outra voz entra, com
certeza, a queda está desenhada e o inimigo ganha vantagens, mesmo com
o ser criado pelas mãos do próprio Deus.

Perder território é muito difícil, mas Deus chegar a ponto de apagar


essa geografia, deixá-la invisível e guarnecida, é porque foi muito grave
o que aconteceu. O Senhor protestou para que nem o homem nem o diabo
voltassem a entrar lá, por isso deixou a guarnição mais poderosa
(Querubins). Isso significa que a perda de território é bem mais ampla do
que se podia imaginar.

Quantas pessoas poderiam hoje estar com outra conquista, mas porque
os seus pais ou autoridades se rebelaram, aliaram-se à desonra, hoje
estão debaixo de visível vergonha. Se no lugar da vergonha haverá honra
dupla, é certo que a verdade também é a mesma para o oposto: no lugar
da desonra, haverá vergonha dupla.

Acredito que não é prazer de Deus que o território seja arrancado,


mas o pecado da desonra não nos deixa firmes em territórios seguros.
Isso implica que o que conservamos em honra, em honra será mantido,
pois Deus é o Guardião do território que Ele entrega.

Quantos territórios já estiveram em nossas mãos e outros em franca


cadência para recebermos. Mas, porque entrou uma voz contrária, a nossa
conquista foi extirpada. A desonra nos leva à perda de território, a honra
mantém territórios que ainda nem se materializaram, por isso vale a pena
seguir a rota da honra.

A perda do território é uma das consequências da desonra, porque


entra no processo dor, esmagamento de cabeça, maldição, expulsão e uma
vida em tudo diferente. A maldição sobre a terra fez com o que o trabalho
do homem se tornasse mais pesado para adquirir, da terra, o fruto que
agora estaria entre as boas sementes e os abrolhos.

“E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e


comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela,
maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias
da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva
do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à
terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.”
(Gênesis 3:17-19)

Lembrando que não ocorre só a perda do território físico, porém,


ético, moral, familiar, espiritual, internos, como endividamento da alma,
e externos, como ver que o que possuíam não possuem mais.

Mas, a Redenção é a nosso favor. Vemos que quando nos encontramos


com o Eterno, por intermédio do Último Adão (Yeshua Ha Mashiach),
podemos recuperar territórios perdidos mediante o arrependimento e a
confissão. E se nós já somos convertidos e temos a revelação da Palavra,
mas entramos numa rota de desonra, podemo-nos valer do perdão e,
também, do arrependimento, para não estragarmos o que Deus ministrou a
nossa vida: Vá e não peques mais. Retome o seu território, guardando o
princípio da honra.

2. Ter credibilidade, HONRA – Moeda do Século

Ao homem de valor (Credibilidade) todos escutam. Credibilidade


será a moeda do futuro. Encontrar alguém confiável será uma moeda rara.
As pessoas se tornaram volúveis, ensimesmadas, voltadas para seu
próprio ventre, dolosas, egoístas e amantes do mal. Mas, neste tempo de
muita aflição, muitos estão sendo devolvidos à honra.

Sabemos que as pessoas erram, porém a sucessão de erros leva ao


descrédito. É tenebroso ouvirmos a frase: “Não confio em fulano.” A
recuperação dessa confiança é quase impossível, é como se
precisássemos de oportunidades constantes para recuperar o valor, o
crédito. Geralmente ensino que não podemos perder o crédito profético,
que precisamos estar atentos, pois o inimigo quer minar a nossa
confiança.

Deus confia em nós e nós confiamos em Deus. Portanto, devemos


confiar em nós mesmos e também nos outros. Porém, quando parte do
quadro dos outros para nós, as marcas da nossa história nos levam a
refletir e temos o direito de confiar ou não nas pessoas, mediante os
assaltos de credibilidade que nossa alma já sofreu. Precisamos buscar
mais de Deus, pois um crédito devolvido é um milagre.

Até mesmo os Bancos, com suas cartas de crédito, utilizam critérios


mais rigorosos para fornecer novamente crédito a alguém que desonrou o
pagamento; é preciso muito esforço. Instituições agem de igual modo, e,
de igual modo, também ocorre nos relacionamentos. Até mesmo na vida
conjugal quando entra a desonra, fica complicada a renovação dos
valores. Instituições, pessoas e famílias se suportam, mas não são
devolvidas ao crédito.

Porém, há um milagre para que essa desonra seja apagada e a honra


ocupe o seu lugar de volta! O PERDÃO é a semente para se obter
crédito. Quando perdoamos, a credibilidade é recuperada e vem um
alívio para nossa sorte. Quando perdoamos, fazemos um exercício
conosco mesmos e vem um bálsamo para nossa alma. Não existe
conquista maior do que um desacreditado receber um novo crédito.

Quando somos ressarcidos e devolvidos à honra, recebemos uma


moeda de valor que não podemos mais gastar, é como se fosse a moeda
do nosso investimento, pois muitos estão sem esperança porque gastaram
tudo (filho pródigo) e agora a restauração depende de Deus, do Pai, da
Família (Irmão mais velho) e da sociedade (Servos da casa do Pai).

Não há como a desonra não anular a moeda do crédito, mas quando


restaurado, pode até trazer uma festa. Esse caminho é feito de muitas
formas, mas só um funciona.

A Palavra de Deus diz: “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros


de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-
me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e
perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um
dos teus jornaleiros” (Lucas 15:17-19)

Então, para sermos restituídos, devolvidos à honra, é preciso romper


com a pocilga, entrar em arrependimento, elaborar o discurso, fazer o
caminho de volta, enfrentar os obstáculos, honrar a palavra do que disse
que falaria, declarar e esperar a sentença.
Geralmente, nem todos tem a mesma sorte do filho que retornou, pois
deixam saldos muito ruins nos territórios e a credibilidade de toda
família é arranhada. Porém, o perdão tem uma força poderosa, pois traz
libertação tanto a quem perdoa quanto ao que é perdoado.

A Bíblia diz: Homem de valor, quem o achará? Homem de excelência,


onde o encontrará? Muitas vezes, fazemos rota de tolos. Essas rotas
complicam a nossa vida, e, claro, colocam a vida de outros, até mesmo
nobres, em risco, devido à falta de sabedoria.

Essa falta de exercício da honra afeta a nós e a outros. A desonra é


endividamento de alma, a honra é credibilidade no espírito. Quando
honramos, acumulamos pontos no nosso cartão de crédito!

Creio que a credibilidade é a moeda do século, é uma devolução à


honra. Muitos líderes e liderados viveram padrões que antes eram
impensados, que não se valorizavam nem se viviam, pois não havia
mentores que nos estimulassem e animassem a esse crédito, e, ao mesmo
tempo, nos ensinasse o valor de territórios.

Há alguns anos fui questionado por um discípulo que eu estimo muito,


tenho grande amor por ele e sua família. Ele, numa conversa bem
reverente e ao mesmo tempo educada, perguntou-me: Pastor, daddy, por
que o senhor fala tanto de conquista de território? O senhor, de fato, crê
que cada líder pode ter um território conquistado?

Eu fiquei reflexivo por alguns instantes, porque aquele discípulo não


tinha nada no passado. E, em pouco tempo, na Visão que o Senhor nos
deu, havia conquistado respeito, credibilidade (A Moeda da Honra),
amor entre seus irmãos e colegas de Ministério, uma Igreja linda, uma
equipe de excelência, um lugar nobre para congregar sua multidão, já
havia orientado e pastoreado Pastores e Bispos e, também, havia
recebido o manto apostólico. Tudo isso após conhecer a Visão.

Pensei sobre o fato de alguém ter mudado de vida, adquirido casa,


móveis, imóveis, respeito, crescido no discurso, ampliado o
conhecimento bíblico e agora questionar sobre conquista de território.
Isso me fez responder baseado em dois sentimentos: misericórdia e ira
contra Leviatã.

Como pode um líder perder o caminho da conquista, entrar na rota do


desprezo e caminhar na senda do encantamento. Ele estava ouvindo
outras vozes e uma delas era a mesma voz que fez com que Adão e Eva
perdessem seu território.

O que aconteceu, após um tempo, foi que esse líder perdeu tudo, pois
desprezou a sua história, suspeitando dele mesmo. É obvio que a nossa
chamada é para alargar as tendas, quando ampliamos o território. Quando
ampliamos território, damos honras a Deus (Salmo 115:16).

Não se faz tantas proezas, como no caso do líder citado, sem entender
que isso deve ser feito ousadamente para conquistar os territórios novos,
mas o líder que subestimar essa verdade, com certeza, até o que não têm,
ser-lhe-á tirado, são as palavras de Jesus (Mateus 25:29).

Mantenha a sua conquista. Não permita que uma voz enroscada na


árvore do seu próprio conhecimento, que traz resultado bom e mau, venha
destruí-lo, pois não faltará serpente no jardim da mente para nos
confundir se abrirmos a guarda e a porta de entrada pela audição, que
poderá ser o portal da nossa derrota.
“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo
que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus
disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à
serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. Mas do fruto da
árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem
nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher:
Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele
comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal.” (Gênesis 3:1-5)

3.Manter o caráter aprovado

A honra é o teste do caráter! Muitos não sabem sobre este valor


supremo: honrar cadeias de autoridades. Honrar cadeias de autoridade
significa que optamos pela proteção. Todo rebelde tem somas
catastróficas, todo obediente tem resultado de conquistas. O nosso caráter
estará em prova diária, pois lutamos diariamente pelo sim correto contra
o não incorreto; é o morrer diário como disso o Apóstolo Paulo
(Romanos 8:36).

Muitos possuem o caráter acima do dom que Deus deu; são


manipuladores da fé, caminham na falsa santidade, têm uma
espiritualidade fingida e mentem com o seu resultado de vida, o que
expressa que a boca utiliza o carisma natural para falar em nome do
Espírito de Deus.

Porém, a Bíblia diz: “Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas


loucos, que seguem o seu próprio espírito e que nada viram! (...)
Porventura não tivestes visão de vaidade, e não falastes adivinhação
mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz, sendo que eu tal não falei?”
(Ezequiel 13:3,7)

Precisamos conhecer melhor o nosso homem interior e as fontes que


jorram águas de nós (Isaías 12:3). Precisamos saber se somos fonte para
salvação ou se temos outra fonte desconhecida. Que tipo de água
bebemos (unção) e que tipo de água derramamos sobre o povo?

“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o


manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que
não retêm águas.” (Jeremias 2:13)

Nossa sociedade não conhece HONRA, não aprendemos em casa, a


não ser o dever básico com aulas teóricas, mas com muitas faltas no
prático. São discursos após discursos, mas o padrão família que era para
ser ponta de lança da honra, tornou-se o lugar mais difícil para o
exercício. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente
dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (I Timóteo 5:8)

Honrar pai e mãe é princípio básico para prosperar (Êxodo 20:12).


As comunidades, cidades, estados e nações que estão devedoras de
honra, provam que o caráter está reprovado e que não terão a colheita da
riqueza, com a rota caminhando para a assinatura do óbito.

No caminho da honra, podemos ver que há denúncias de caráter; as


pessoas se revelam quando têm oportunidades. Acredito que quando nós
somos forjados no caráter e aprovados no mínimo, as outras conquistas
ficam mais fáceis.

Pessoas se confundem quando têm o poder nas mãos, elas procuram


caminhar com o que são por dentro e o resultado nem sempre é
agradável. É um perigo delegar autoridade a neófitos ou àqueles que são
pedófilos espirituais, pois abusam das crianças na fé, traumatizando-as
para anular a conquista vindoura. Maculando as crianças na fé, que futuro
saudável terá a Igreja? O maior prazer de Deus não é curar as feridas,
mas manter-nos saudáveis.

Essas crianças na fé estão trazendo arranhões na alma, estão com o


caráter destroçado, caráter que ainda está em formação. Pois são
explorados pelos vilões da fé e isso impede toda uma geração a ter
caráter aprovado. Alguém é culpado!

Meu velho pai, saudosa memória, dizia sempre: “Quer conhecer um


vilão, coloque um cajado na mão.” Isso tem sido uma verdade em todo o
curso da cobertura espiritual do meu ministério. Muitos se associaram
para que pudessem beber do que o Senhor nos dera. Porém, quando
delegamos autoridade, alguns se embaraçaram e não souberam gerenciar.
Tornaram-se vilões, patriarcas de desonra, revelaram o mau-caratismo e
entrou em operação o vilão que surgiu.

Porém tivemos outra prova, alguns continuaram em franco


crescimento, receberam níveis de autoridade e souberam manter a
simplicidade. Caráter aprovado! Ser famoso honestamente é uma
conquista, nutrir a simplicidade é uma ciência.

Graças a Deus, alguns não fizeram a rota da desonra por receberem


autoridade, pelo contrário, ficaram mais mansos e brandos, enquanto
outros vivem ostentando o título. Não passam de meninos mimados. E
depois de muitas provas serão reprovados, pois as suas obras do
presente denunciam o futuro.
Caráter curado é o gestor da fidelidade e da honra. Quando vemos
líderes trabalhando com o seu melhor, dando vida pelo que fazem sem
querer a recompensa humana, crédulos de que são frutos de um chamado
que Deus levantou, ficamos gratos, pois sabemos que aí está um caráter
aprovado. Mas quando líderes têm a mesma oportunidade e usam isso
para sua própria desonra e de outrem, é extremamente angustiante.

No curso do meu ministério, eu me arrependo de muitas coisas. Uma


delas foi ter delegado autoridade a pessoas que não tinham habilidade
para gerenciá-la, por causa do caráter desaprovado. Uma sucessão de
desonra entrou para eles e, consequentemente, para nós.

Muitas declarações de fé foram empenhadas. Outros,


precipitadamente, para ostentar poder, não tiveram o bom caráter para
dizer ‘não’ ou ‘espere’, quando receberam poder em demasia. Gostaram e
se tornaram tiranos, verdadeiros déspotas na vida dos seus ‘súditos’.

“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado


dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas
de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,
mas servindo de exemplo ao rebanho.” (I Pedro 5:2-3)

Precisamos encontrar a rota da honra pelo tratamento de caráter, pois


quando um líder confia no liderado, está depositando crédito, que poderá
ser usado de forma inadequada. Veremos uma geração comprometendo-se
com outros valores e dando resultado aprovado, geração da vida de
Deus. Um caráter em tudo aprovado (I Pe 2:22-23)

4. Falar sempre a verdade ainda que com dor


“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho
homem com os seus feitos.” (Colossenses 3:9). “Seja, porém, o vosso
falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência
maligna.” (Mateus 5:37)

Quantos homens e mulheres são apanhados na mentira! Certo líder


disse, no Altar do MIR, que quando desconfiou do seu melhor amigo, em
uma só sucessão de diálogo, ele mentiu 23 vezes. As pessoas mentem!

Desde o Éden, a desonra começou com uma mentira. A Bíblia diz que
Satanás, a antiga serpente, tornouse patriarca da mentira (João 8:44). A
mentira é semente de desonra, que dará o fruto da morte.

Uma pesquisa revelou que na área do comércio e administrações


seculares as pessoas mentem, no mínimo, nove vezes por dia. Alguns são
capazes de mentir mil e quinhentas vezes por dia. Você está
escandalizado? Fiquei também! Existem pessoas que repetem tanto uma
mentira que acabam acreditando ser uma verdade.

Infelizmente, muitas pessoas lidam melhor com a mentira do que com a


verdade, pois a mentira esconde a debilidade. Porém, denuncia a
desonra. Quantas pessoas nas quais investimos muito crédito, depois
descobrimos que eram uma farsa, diziam-se algo no discurso, mas não
provavam na ação. “...sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem
mentiroso” (Romanos 3:4).

Porque Deus é Digno de receber honra. Jesus É Digno de honra,


porque a base do Seu Trono é Justiça e Verdade. Onde há justiça e
verdade, existe um lacre: a honra. Se andarmos por essa rota, jamais
seremos envergonhados, e a honra, certamente, nos perseguirá.
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que
se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o
confirmaria?” (Números 23:19)

Sabedores de que falar a verdade tem um preço que deve ser pago,
devemos fazer a nossa parte, pois onde está a verdade, está a honra.
Nunca um líder que fala a verdade será desapontado, pelo contrário, nas
horas oportunas, receberá a honra que lhe é devida.

Mas, onde há uma mentira, todos os privilégios estão comprometidos.


O que vemos é que Jesus teve o Nome acima de todo nome, Nome
honrado, porque Ele era e é a essência da Verdade (João 14:6).

A Bíblia diz em João 17:17: “Santifica-os na tua verdade; a tua


palavra é a verdade”. Ser santo e santificado é princípio de honra, pois a
Palavra é a Verdade. Se quisermos ser líderes de honra, precisamos do
exercício da verdade, pois essa conduta nos apoiará diante de Deus e dos
homens, e a honra estará dentro das nossas portas.

5. Procurar o mentor que desate a nossa conquista

Na nossa linguagem, o mentor é o discipulador e o mentoreado é o


discípulo. Jesus foi o Mentor dos Seus 12, assim como você está
mentoreando os seus filhos e discípulos, para que ampliem o território e
façam conquistas relevantes.

Veja que missão e confiança deste Mentor, Jesus. Ele disse em Marcos
15:16: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura”. A ordem é para ir por todo o mundo e ministrar a Boa Notícia
do Reino a todo ser humano. Visão Global. Não houve Mentor como
Yeshua.

O mentor não é aquele que proporciona conforto, pelo contrário, os


verdadeiros mentores são aqueles que nos fazem repetir a lição até que
sejamos aprovados. Isso não é confortável, é desafiador. Precisamos de
pessoas que estejam dispostas a nos treinar para que possamos responder
com fidelidade o propósito da chamada. “Fiel é o que vos chama, o qual
também o fará.” (I Tessalonicenses 5:24)

Mexer na vida de um discípulo tem muitas implicações e uma delas é


a descoberta das debilidades de alguém que está sendo treinado, pois é
comum alguns esconderem falhas até que o próprio exercício os
denuncie. “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na
verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o
alcanceis”. (I Coríntios 9:24)

Tenho trabalhado com as mais diversas classes de líderes que se


possa avaliar; uns de fácil acesso e outros com códigos indecifráveis
(leia meu livro O Código da Honra). São verdadeiras caixas pretas.
Quando colocamos o pen-drive para buscar as informações, surgem vírus
para todos os lados, e a CPU mente para nós. A linguagem está fora do
coração e o coração está fora da linguagem. “Linguagem sã e
irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum
mal que dizer de nós.” (Tito 2:8)

Tenho visto, também, discípulos que não dão trabalho, deixam-se ser
tratados e com facilidade se abrem; estes descomplicam a vida do líder.
Claro que é muito mais fácil trabalhar com transparência.

Em minha casa, tenho uma estante de vidro e espelho, todos que


entram na minha casa são, de imediato, vistos pelo grande espelho que
está logo na porta de entrada. Fizemos com este objetivo: deixar as
pessoas se virem quando estão chegando ali.

Existe uma curiosidade naquela estante de espelho. Tenho uma coleção


de ovelhas de cristais. As pessoas gostam, ficam fascinadas. Por alguns
acidentes, essas ovelhas têm histórias. Umas estão com a perna quebrada,
outras sem a orelha, uma caiu de cara e está sem face, outra arranhada,
etc. Apesar de eu poder mandar consertar, eu as deixei ali.

Também tenho outras ovelhas que estão intactas, muito mais velhas do
que essas, outras novas que são lindas, não têm arranhões nem estão com
algum trauma.

Qual a lição disso? Minha intenção é que todos quando entrem se


vejam refletidos no espelho da minha casa e se defrontem com aquelas
transparências dos cristais. São tão transparentes que ficam coloridos, de
tão belos que são.

É disto que precisamos: TRANSPARÊNCIA. Se não conseguirmos


ser transparentes com Deus, conosco mesmos, com a família e com o
mentor, seremos como aquelas ovelhas quebradas da estante que são
meio transparentes, pois algumas estão com a face destruída, pernas
mancas, orelhas mutiladas, sem valor nenhum. Apesar de serem
transparentes, está faltando alguma coisa.

Vamos ver que existem aquelas que são transparentes e inteiras, que se
deixam brilhar, pois o mentor tem acesso a elas. Inclusive, essas ovelhas
só são limpas com um material especial, uma luva que remove todas as
digitais estranhas.
Posso ver que, ao longo da nossa vida, apesar da transparência, muitas
digitais estranhas estão impregnadas em nós. Só o Mentor poderá nos
limpar. Só alguém como Jesus para perceber essas digitais estranhas e
nos limpar, porque Ele é nosso Mentor Amigo.

Os mentores não são amigos comuns, são treinadores! Eles exortam,


treinam, capacitam, exigem, doutrinam e, se necessário, gritam: Cuidado!
Você vai se machucar, pode sair ferido, pode se prejudicar!

Às vezes, o mentor é implacável, mas é necessário, senão vem outrem,


coloca a digital e ficamos com uma marca na transparência. Precisamos
do mentor para nos limpar, para detectar as digitais estranhas e dar um
brilho mais acirrado, para que não percamos a transparência. Seremos
mexidos, mas é necessário. Nosso caráter deve ser burilado.

Por que afirmamos que o mentor não é um amigo comum? Porque


nossos amigos estão preocupados com o que temos, o mentor com o que
somos; o amigo está preocupado com o que conseguimos, o mentor com o
que conseguiremos; o amigo está preocupado com o lazer, o mentor com
o treino; o amigo está preocupado com o nosso passado, o mentor com o
nosso futuro. Um território novo, uma conquista nova, uma medalha e um
troféu novo na nossa coleção.

Porém, quero deixar registrada uma palavra de alerta! Existem


mentores que destroem vidas, mas existem mentores que constroem
histórias! Ai daquele que estiver na mão de um treinador que esteja
confortado com o que você tem e não se preocupa com o que você terá!

Todo mentor saudável quer um território novo para o mentoreado!


Quando você vence, ele está ao seu lado; quando você perde, ele está na
sua tristeza. Mentores sarados e experientes não treinam líderes para
derrota, mas os equipam para a vida.

Um mentor errado pode destruir seu futuro, assim com um mentor


saudável e experiente pode dar-lhe o que você nunca sonhou. Precisamos
de um mentor para nos apontar caminhos que não vemos.

Geralmente me perguntam: Pastor, como o senhor vê alguns textos


bíblicos e como o senhor consegue ter essas revelações? Respondo:
Bem, alguém precisa andar à frente da sua geração, caso contrário, os
novos reformistas não nascem! Se fôssemos todos iguais, não
precisaríamos um do outro!

Ninguém é suficientemente sábio que não precise aprender mais.


Sempre teremos no outro algo que nós não temos. Existem coisas na sua
vida que eu plantaria uma semente para ter, assim como existem coisas na
minha vida que muitos já plantaram uma semente e possuem. A honra é
fruto de uma semente chamada credibilidade. Quando acreditamos em
alguém, plantamos na vida dessa pessoa.

Os mentores nos mostram territórios grandes e amplos. Jesus disse aos


Seus discípulos: Vejam o campo! “Não dizeis vós que ainda há quatro
meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos
olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4:35).

Você pode mensurar o tamanho do território que Jesus, em Samaria,


região de Siquém, estava mostrando para os Seus 12 discípulos? Um
campo aberto! Então, mentores mostram o território e dão as instruções.
Tudo o que devemos fazer está disponível às nossas mãos. Está pronto
para colheita!
“E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os
lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam” (Mateus
6:28). O que vejo nesse texto é Jesus mostrando tendo a mesma atitude de
Deus ao mostrar o Éden. É prazer do mentor mostrar campos amplos e é
obrigação do mentoreado honrar essa tarefa.

Deus deu a visão como um teodolito nas mãos de Abraão e disse:


“Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura;
porque a ti a darei” (Gênesis 13:17).

O Senhor ainda disse: “Então o levou fora, e disse: Olha agora para
os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será
a tua descendência” (Gênesis 15:5).

A visão do mentor é estimular o mentoreado a alcançar de forma


estupefata! A ordem de Deus foi: Veja! Veja mais! Conquiste! Conquiste
mais! Essa é a visão!

Mentores nos entregam territórios apresentandonos projetos e


estimulando sonhos. Se você é um mentor que sonha e tem mentoreados
que estão sonhando com você, creia que os territórios desejados serão
conquistados, e haverá honra para ambos. A unção que honramos, nela
fazemos relevantes conquistas.

6. Decidir andar com a audição afinada com

Deus e com o líder

Os sentidos são extremamente importantes para que possamos nos


mover corretamente, embora eu tenha uma antítese em relação aos
sentidos e suas funções. Acredito que a visão, o olfato, o paladar, o tato e
a audição (canais para se ministrar fé), são instrumentos fundamentais
dentro desse novo momento de descoberta do nosso papel no Planeta.
Porém, também acredito que falta ser inserido o que poderíamos chamar
de movimento, o andar. Muita gente vê, ouve, sente, toca, degusta, mas
não anda. E o movimento é fundamental.

Toda profecia bíblica está ligada aos sentidos, mas a funcionabilidade


é o MOVIMENTO, o andar. Embora a honra para os sentidos neste
tópico esteja para a audição, nós que somos líderes de movimentos, que
andamos e nos movemos, sabemos a importância de caminhar rumo a
nossa meta e nossos alvos.

A quem pertencem os nossos ouvidos e com o que está comprometida


a nossa audição? Nossa audição é um instrumento valorizado por Deus
para esclarecer e mudar a gênese da nossa história. Sabemos que desde o
Éden, a mulher foi enganada pela serpente através da audição. Somente
depois ela viu que o fruto era agradável aos olhos. Mas, em primeiro
plano, estava agradável a conversação. A ordem divina é falar. Agora
precisamos saber o que falar, com quem e onde.

Podemos honrar a Deus de diversas formas e podemos desonrá-lO de


igual modo. O nosso ouvido é um instrumento preciso no mundo
espiritual, pois por ele são filtradas a honra e a desonra. Pelo que
ouvimos, podemos ser inflamados e decidirmos história e destinos.

O ouvir na Bíblia é honra, pois representa a obediência em operação


(Deuteronômio 6:4; 28; 30:14). Vemos que Deus quer a nossa audição, a
nossa obediência, porque assim a honra é devolvida para Ele.

Quando os profetas dizem: ‘Veio a mim a palavra do Senhor


dizendo...’. Isso quer dizer que havia um ouvido inclinado para ouvir
essas declarações que o Senhor estava fazendo. “Dá ouvidos, Senhor,
ao meu clamor, pois eu sei que o Senhor me ouve” (Salmos 86 1). Jesus,
diante do cadáver de Lázaro, disse: Pai, eu sei que tu sempre me ouves
(João 11:42). Essa declaração fala de intimidade, relacionamento e
honra.

Queremos ser honrados, mas não estamos desafiados a ouvir e


responder de acordo com o que estamos ouvindo, em linha com a Palavra
e a promessa. Adão disse a Deus que porque ouviu a Sua voz, temeu, ou
seja, teve medo.

Essa declaração de Adão é antônima da desonra, está na gênese


humana. Uma geração comprometida com suas neuras porque abriu essa
legalidade e porta de entrada. Foram palavras de Adão referidas ao
Senhor quanto à chamada. Esse medo é a origem da desonra.

Não há como alguém entrar na rota da desonra e não temer. Não há


como alguém quebrar uma aliança e não sofrer as consequências. Alguém
que possuía a audição preparada, afinada só para ouvir a voz de Deus,
como pode ser possuído de medo? É porque algo estava muito errado!

Na gênese humana, Adão não possuía em sua visão e audição duas


referências. A primeira voz de registro que Adão possuía era a voz de
Deus, então ele conhecia o timbre da voz do Pai, a melodia da voz do
Rei, a entonação da voz do Senhor. Mas, de repente, houve a inserção de
outra voz, e isso trouxe a maior angústia que o ser humano já passou no
Planeta. O prazer de estar com a audição comprometida com uma só voz
acabara. Agora havia vozes diferentes ecoando dentro do homem. Voz de
Deus, voz da serpente, voz da mulher que estava contaminada pela voz da
serpente, voz do seu próprio eu. Que crise!

A voz da honra e a voz da desonra! Quando tiramos da nossa audição,


sentido elegido por Deus como a ferramenta correta para receber a fé,
entramos em problemas que não são comuns. Muitas pessoas estão com a
vida complicada porque passaram a sua história ouvindo vozes. O
resultado disso é que alguém será desonrado.

Quando Adão percebeu, já estava plantada a desonra em tudo que


cercava a sua vida. O Éden, a família, o território e os decretos que Deus
havia-lhe dado e ordenado que dominasse. Houve uma perda
incomparável, pois quando dividimos nossa audição, entramos em
confusão interior.

Bem mais tarde, o profeta Isaías também teve medo quando declarou:
“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem
de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os
meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos” (Isaías 6:5).

Tudo ficou confuso, por causa da maneira como ouvíamos o povo e a


promessa. Adão trouxe essa herança e a desonra entrou no Planeta.
Quando não ouvimos o nosso Deus, que também fala conosco por
intermédio do líder que está sobre nós, entramos na desonra e não há
como manter o território.

Não há segurança maior para o liderado do que confiar no seu


discipulador, no seu mentor. Essa é uma forma segura de não permitir que
outra voz entre na sua história. Será poderoso o que Deus fará quando
esta geração decidir ouvir a voz do seu mentor, discipulador. A maior
crise que vemos é que quando líderes chegam para buscar conselhos, na
verdade, eles já tomaram suas próprias decisões, já ouviram vozes e
estão confusos. A desonra já está plantada.

Na minha experiência de vida, os problemas mais graves que eu


aconselho em linha com a Palavra, são aqueles que já foram decididos.
Pessoas que já fizeram investimentos, já se lançaram em decisões e estão
colhendo dificuldades sem precedentes. O líder é chamado somente para
ser participado de algo que já está resolvido dentro do liderado e,
depois, quando o problema acontece, o líder é chamado para resolver.

Alguns ainda têm dificuldades para entender que a falta de honra ao


líder foi a causa do problema. Quando líder e liderado, discipulador e
discípulo, mentor e mentoreado caminham juntos, juntos chegam a êxitos
fenomenais.

Percebemos que desde o Éden, homens e mulheres não consultam a


Deus nem as autoridades constituídas No caso do primeiro casal, Adão
era autoridade sobre a mulher, mas não houve consulta sobre o que a
serpente estava falando. A mulher se lançou na precipitação e o resultado
foi catastrófico.

Já somos maduros suficientes ou pelo menos pensamos que somos


para evitar erros básicos. Devemos sempre procurar os líderes, isso é
questão de honra. Todos os que buscam sabedoria não encontram desonra
na sua rota.

O que acontece quando tomamos decisões de desonra? Quais as


consequências da desonra? Ter medo da solução! Deus era a solução para
o problema do primeiro casal. Sabe por que Adão e a mulher não ficaram
no Éden? Porque chegaram na cadeia da desonra procurando culpados e
não assumindo seus pecados.

Eles não chegaram diante de Deus como o filho pródigo foi diante do
pai: “E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não
sou digno de ser chamado teu filho” (Lucas 15:21). Quando entra o
arrependimento, Deus que é o mesmo, faz com que Seus filhos sejam
redimidos.

A dureza do coração de Adão e a indiferença da mulher faziam como


se Deus fosse apenas mais um no compêndio do relacionamento deles. A
desonra leva a pessoa a ter medo da solução, a transferir o problema, a
nunca admitir a culpa, sempre a colocar o erro sobre outrem. Mas quando
a pessoa assume o seu pecado, então, não há como não ter remissão. Mas
se há transferência, também, detecta-se que não houve arrependimento. O
que ocorre? É que a desonra sempre leva a perder a solução.

Sempre que você vir um problema grave, pode procurar, porque existe
por trás uma desonra. A desonra sempre está na esquina anterior! Nossa
missão é sermos devolvidos em honra, voltando a ouvir a Deus, o Mentor
Incomparável, e ouvir o líder, o sacerdote colocado por Deus sobre nós.
É o líder que Deus usa para nos ministrar libertação, cura, restauração e
transformação. Devemos valorizar a ação de Deus e a ação do líder em
nossas vidas. Isso é honra!

7. Plantar sementes para colheita

Sementes são a expressão da honra. É Deus Quem dá sementes ao que


semeia (II Coríntios 9:10). Quando, na gênese, Deus criou o Planeta, Ele
disse que daria sementes e elas serviriam para alimento. Essas sementes
são um sinal da fidelidade de Deus para que o suprimento esteja sempre a
nossa disposição.

Deus é o Dono das sementes. Ele não só tem sementes como também
celeiros. Deus dá sementes a quem Ele quer. A semente possui três
sentidos: plantar, colher, alimentar. Por isso, cada semente tem seu valor.
O que está faltando é sabermos valorizar cada semente.

Sementes plantadas hoje determinam a nossa colheita de amanhã. Mas


a colheita não vem antes da semente ser plantada. Primeiro, planta-se
para depois colher. Alguns querem colher sem antes ter plantado a
semente. Desde o livro de Gênesis, encontramos Deus dando sementes ao
que semeia. E não se trata apenas de dar sementes para semear, mas do
entendimento de que o poder da semente está na mão de quem semeia.

Muitos comem a semente que depois de processada vira excremento.


Isso ocorre com muitos que tinham uma colheita fabulosa, que traria
pleno êxito, mas porque comerem a semente, hoje estão atados, pois as
sementes já não mais existem.

As sementes cumprem princípios: plantar, colher, guardar em celeiros


para depois se alimentar. Os grãos são selecionados por princípios.
Ainda no livro de Gênesis, vemos que Deus faz nascer sementes e
árvores que dão frutos. A meta é trazer os frutos.

Quais são esses frutos? Homens e mulheres de uma geração que


conseguem desatar suas metas, pois o nosso compromisso com Deus
determina a nossa colheita. O nosso êxito sempre é precedido pelo que
plantamos. Se você não tem sementes plantadas, com certeza também não
terá colheita apontada para o futuro.
Tudo que desce do céu é porque foi plantada uma semente antes na
Terra. Desde o Éden, Deus plantou uma semente quando vestiu Adão e a
mulher. Ele imolou um cordeiro e foi naquele dia instalado no mundo
espiritual a Redenção. A Redenção veio por uma semente. A semente
plantada hoje traz um território amanhã.

Eu não sei qual é o território que você sonha, também não sei quais
são as metas que você tem no seu espírito. Mas sei que quando Deus nos
pede uma semente, é porque Ele tem uma colheita no coração. Deus não
nos pediria nada, sem que antes tivesse uma provisão garantida.

Quando Deus pediu Isaque, Abraão subia de um lado com o menino e


o anjo subiu do outro lado com o cordeiro. Sempre será assim: de um
lado o pedido de Deus, do outro, a colheita se movendo. Deus tem
colheitas distintas e só teremos a resposta no nível da nossa mente. Deus
não nos pediria nada sem que Ele mesmo já não tivesse uma grande
provisão.

Não existe uma pessoa que faça essa prova com Deus, cada um no
nível da sua fé, mas que ao entrar no exercício da prova, não possa dizer
que provou do Senhor e viu que Ele é Bom.

“Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que


nele confia” (Salmos 34:8). “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim
nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do
céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar
suficiente para a recolherdes” (Malaquias 3:10). A plantação é livre,
mas a colheita é sempre obrigatória.
A função de Adão era honrar a Deus lavrando a terra e trazendo bom
resultado da terra que Deus lhe havia confiado. Era sua função como
semeador sair a semear. Mas o resultado da semente não foi bom. Porque
as sementes trazem resultados, mostram que a nossa conquista depende
do que se é lançado no solo. A Bíblia diz que o solo que recebe a Palavra
é o nosso coração. Coração é solo fértil tanto para frutos bons como para
frutos maus, para agradável e abrolhos.

Sabemos que tudo pode ser transformado pela Palavra, que palavras
são sementes. Palavras abençoam ou amaldiçoam, libertam ou aprisionam
as pessoas. Porém, existem decretos, sementes, que são para manifestar
conquistas, pois à medida em que plantamos, colhemos e adquirimos
respeito ou rejeição.

Claro que plantar a mente de Cristo em nós e em qualquer outro


indivíduo não é fácil. A Bíblia diz que encontramos diversos tipos de
terrenos, como citados na parábola do semeador (Mateus 13:1-43). Mas
também encontramos terrenos apropriados, corações abertos para receber
a Palavra e mudar de vida.

Tipos de terrenos

Terreno aberto

Encontramos pessoas que estão abertas e se deixam ser ministradas e


ajudadas. Nestas podemos plantar em abundância, pois são como a terra
que não mente seu fruto e cada área trabalhada responderá de acordo com
a semente plantada.

Isso não é complicado, pois ao longo da vida tenho discípulos


(líderes) que respondem de forma muito firme e tudo que damos para eles
realizarem têm êxito pleno.

Terreno desafiador

Alguns são desafiadores, estão semi-abertos e fechados, pois a vida


não foi muito fácil para estes nos quesitos família, escolaridade,
formação em geral.

Mas são fáceis de aprender e dispostos a corresponder ao


investimento feito. Tenho destes também em minha equipe. Líderes que
antes não possuíam nenhum tipo de expectativa, mas depois de
trabalhados, tornaram-se preciosos, como o puro diamante.

Terreno fechado

Esse é o território mais complicado, pois não depende de quem está


trabalhando, mas de quem está sendo trabalhado. Eles mentem o
resultado, agarram a semente, apossam-se dela, esperam o tempo
necessário, mas na hora de explodir a vida da semente, eles negam o
fruto. Sabemos que estes não querem ser ajudados, mesmo quando
aplicada todo tipo de ajuda.

Como bons agrônomos, aprendizes do Pai segundo João 15, fazemos


nossa parte, mas, infelizmente, teremos pessoas que não correspondem à
chamada nem são fiéis ao que lançamos de sementes sobre elas, são
territórios complicados e não estão muito atentos a responder. São como
sádicos, procuram alguém para punir as suas frustrações. É como um
mecanismo de defesa; alguém sempre é o culpado e eles são sempre
vítimas.
Quero dar-lhe um alerta: você encontrará vários tipos de territórios,
os abertos, os semi-abertos e fechados, os plenamente fechados... Cabe a
nós termos discernimento para reconhecer o terreno no qual estamos
trabalhando.

Nunca se queixe quando alguém não corresponder ao seu investimento,


pois as pistas sempre são dadas antes. Nós é que insistimos, fazemos o
trabalho da terceira milha (o que não é bíblico), e, quando frustrados,
descobrimos que Deus não nos mandou caminhar além da segunda milha.

Precisamos aprender que a nossa misericórdia nunca pode exceder a


do Senhor. Reafirmo: Isso não é bíblico! Caminhe a milha que Deus
mandou, mas não faça além do que Ele pede, pois Deus sabe que depois
da segunda milha o resultado é frustrado. E o alvo do Senhor não é que
andemos frustrados, mas que sejamos restituídos no território e levemos
outros a mesma experiência.
CAPÍTULO 9
HONRAR PARA SER RESTITUÍDO

De acordo com tudo o que aprendemos sobre a Gênese da Honra,


concluímos que se quisermos ser restituídos do que perdemos ou
deixamos de conquistar, precisamos honrar.

Existem níveis de desonra. Aprendemos que a primeira desonra foi


provocada no céu por Heilel Ben-Shachar. A segunda desonra foi no
Éden, provocada por Adão e a mulher, que passou a se chamar Eva, após
a queda. A terceira desonra foi em Israel, e a quarta, na equipe de Jesus.

Na equipe de Jesus, podemos identificar três níveis de desonra,


através da vida de Judas, Pedro e Tomé. Honrar para sair das forcas –
Judas “E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos
doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para
o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do
homem? E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-
lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo
sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse:
Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. E disse Jesus aos
principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham
ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?
Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as
mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.” (Lucas
22:47-53)

Quem foi Judas? Judas foi um dos primeiros Apóstolos a serem


ungidos no Planeta. Ele fazia parte da comissão do Homem mais
tremendo que passou pela Terra.

Judas possuía um poder de influência tremendo para trazer multidão,


porque sua mente brilhante absorveu o aprendizado de atrair multidão.

Porém, sua vida nos ensina que quanto mais poder galgamos, mais
perto da desonra podemos estar, principalmente se não estivermos
consolidados em nosso espírito. Poder e desonra caminham juntos. E
quando o poder está na alma e não é uma sedimentação do espírito, vem a
traição. Quando é o do Espírito, você passa por todas as intempéries e se
mantém fiel.

A Gênese da Honra é um romper com os medos para acatar as


novidades de Deus. Todos que entraram na desonra e fizeram a rota do
quebrantamento, através do arrependimento, foram restituídos. Mas
alguns são empedernidos, não conhecem a rota do favor, criam seus
próprios hábitos.

Há pessoas que gostam de construir em fundamentos alheios. Nisso


está a rota da desonra. Porque a desonra entrou na vida de Judas, ele
entrou na forca. Judas morreu enforcado, porque vendeu a unção. Ele
recebeu a sentença que ele mesmo escreveu e assinou.

Sabemos que Jesus é Deus de perdão. Se Judas tivesse se


arrependido, Deus o perdoaria. Mas ele não voltou por causa da equipe.
Ele viu quando Pedro lançou espada no servo e deve ter pensado no que
aconteceria com ele. O problema não está em Jesus, mas na equipe, nas
pessoas.
Inserimos outro evangelho que não é o de Yeshua. Revelamos como
somos enfermos quando não liberamos perdão. Quando estamos
magoados, nosso evangelho é particular, eliminamos o Evangelho do
Senhor Jesus, o Cristo. Parece que vivemos dentro de outra doutrina, que
não tem segmentação de força para dar.

O problema de Judas era não ter sedimentação para enfrentar os 12.


Tomé e Pedro também fizeram o mesmo. Uma desonra pode ser restituída
quando há arrependimento. Há como voltar a ser melhor do que éramos,
quando nos enfrentamos e temos coragem de encarar os que nos feriram.

Não podemos ter um evangelho particular. É a equipe que maltrata,


machuca, elimina, despreza. Há 12 que estão desprezados por nós porque
somos ruins, temos síndromes que nos seguem para uma ação maligna.

Pare um pouco e pense como você tem agido como pessoa. Que tipo
de ação você tem tido com a sua equipe? Até quando viveremos um
evangelho cheio de falhas, porque não temos coragem de cumprir os
princípios?

Judas começa com uma multidão, mas termina enforcado, sozinho, sem
ninguém. Quem enforcou Judas foi a desonra, a desobediência. Cada
desonra efetuada pode ser a confecção da corda que, posteriormente,
pode ir para o pescoço.

Judas negociou a unção

Negociar a unção é uma desonra, um desrespeito, porque ela não é


nossa. I João diz que a unção que está sobre nós não é nossa, mas vem da
parte de Deus. É uma unção inequívoca, é uma pérola que não pode ser
corrompida. A unção é extremamente poderosa, ela tem poder de quebrar
jugo, então precisamos entender o nível de unção que Jesus nos deu.

Judas negociou a unção por finanças. Assim como os irmãos de José o


negociaram por dinheiro. Ele era um dos 12 Apóstolos. As quatro
decepções mais ferrenhas que Jesus teve foi com os 12. Até onde estamos
comprometidos com a honra que pregamos? Quanto mais unção e poder
você tiver, mais perigo pode correr.

Deus não nos dá autorização para negociar o que Ele nos deu. O
homem de Deus deve ser inegociável. A unção não está em você para ser
negociada, ela não é sua, é de Deus. Não pode haver quebra de
obediência. Desobediência é crime, é pena. Judas quebrou princípios que
eram inegociáveis. Negociou Deus, pela Pessoa de Yeshua, e negociou a
unção que não era dele.

A desonra possui sócios. Há uma multidão pronta para desonra. Uma


multidão seguia Judas para torturar o Messias. Há pessoas que levantam
multidão para torturar sua liderança, ministrar contra você, contra sua
unção, falar mal dos seus princípios e quebrar o legado que Deus colocou
sobre você.

Você pode passar por uma humilhação de três dias, mas pode
ressuscitar. Fidelidade e honra são princípios de subsistência. Não há
como falar de fidelidade sem plantar a Gênese da Honra. Fidelidade e
honra são casadas, juntas, conjugadas. Vivemos em uma prova diária
como pessoa, cônjuge, sacerdote, pai. Precisamos ser aprovados.

Avalie-se e veja onde você está nesse processo. Qual a sua chamada?
O que você tem na sua vida que tem negociado a unção? A honra é a
permanência da base sólida. As pessoas que desonram saem da base. É
como alguém que decidiu construir sobre a rocha – honra, e alguém que
decidiu construir sobre areia – desonra.

Quando incorremos nesse setor, entramos em vergonha. A vergonha


nos leva a muitos sentimentos. O lugar do seu suicídio, depressão, medo,
pode ser a resposta do seu êxito. Todos que estão debaixo de vergonha
são visitados por atrocidades.

Quando a vergonha nos encontra, somos capazes de anular tudo o que


Deus nos deu. Vale a pena ser envergonhado por Deus, pois há honra
dupla na nossa direção. A vergonha do homem tem um peso, Deus tem
uma honra dupla. O que não podemos é esquecer que o manto e a unção
são inegociáveis. O problema de Judas foi a negociação.

Não temos o direito de prostituir o legítimo. Na direção da forca,


estão os que negociam a unção. Nem Deus evita uma forca na direção dos
que desonram. Onde há desonra, a forca não é evitada. Nosso discurso
deve ir além de uma palavra, deve ter resultado de ação. O resultado que
você dá prova o quanto você honra.

Honrar para vir cura e libertação – Tomé

“Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles
quando veio Jesus.

Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele


disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o
dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de
maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus
discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois
disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua
mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé
respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque
me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”
(João 20:24-29)

Na declaração de Tomé, havia mais do que uma desonra, porque ele


não era apenas o homem que estava provocando incredulidade, mas
provocou incredulidade porque foi o primeiro líder a afrontar os céus
não crendo ser Jesus que aparecera aos outros discípulos.

Tomé disse não crer que Jesus ressuscitara. Ele representa o


discipulado da desonra que quer tocar na ferida do líder. No terceiro dia,
a ferida está mais inflamada do que no primeiro e no segundo dia. No
terceiro dia, aparece a inflamação da ferida. Mas Tomé disse que queria
meter o dedo na ferida aberta de Jesus. Era isso que estava permeando os
pensamentos e o desejo dele, porque não havia processado que quando
Yeshua ressuscitou, estava plenamente sarado.

Há muitos esperando, na tocaia, para que você, como líder, exponha a


sua ferida para que possam colocar o dedo. Isso é desonra. Jesus disse a
Tomé que poderia colocar o dedo na ferida, pois ele havia ofendido a
santidade, a divindade. Algo extremamente doente. Onde há feridas, há
liderados, discípulos mexendo na área de sensibilidade do líder.

Há discípulos que esperam o momento chave para desonrar o líder.


São pessoas associadas a Tomé, são Dídimos da ferida, são gêmeos,
cúmplices das dores da maldade, gostam de penetrar na maldade e ainda
sorriem quando logram êxito na falha do líder.

As pessoas gostam de trabalhar na deficiência do outro. Observe


como um deficiente auditivo ou visual ou qualquer outro tipo de
deficiente, dificilmente é chamado pelo nome, mas pela deficiência. O
cego é chamado de ceguinho, o mudo de mudinho e assim por diante.
Ainda há muita deficiência de alma precisando de cura. E Tomé quis
trabalhar em cima da ferida do Mestre.

Jesus se ofendeu com Tomé, Ele reivindicou direito de honra. O


terceiro dia é o dia da dor. Muitos estão esperando a oportunidade da dor
do discipulador para golpeá-lo. Há pessoas que são sócias de Tomé.
Deus deixou registrado que ele era Dídimo, gêmeo, para que ficasse
registrado que não devemos falar de autoridade sem nenhum peso, sem
nenhuma responsabilidade.

Jesus autorizou Tomé a colocar o dedo para que soubesse que a ferida
que seria o prazer do discípulo para causar sofrimento no Messias, havia
sido curada. Romanos 8:11 diz que o mesmo Espírito que ressuscitou
Jesus Cristo de Nazaré nos ressuscitará também.

Seja você um líder curado no espírito, na alma e no corpo,


completamente irrepreensível em Cristo Jesus. Assim, os caçadores de
defeitos irão se decepcionar com você. Os promotores e declaradores
das doenças do líder não mais encontrarão nem doenças nem feridas
abertas.

Há discípulos querendo pegar o líder pelo que ele fala. Então, é


preciso vigiar 24h. Como sou um homem que, ao ministrar, solto mísseis
espirituais, às vezes, é um tanto complicado me segurar para não falar
algo que me comprometa. Não por mim, mas pelos plantonistas
problemáticos. Eu sei que Deus me deu o dom da palavra, mas também
sei do meu compromisso, que não posso usar esse dom para demolir
pessoas, mas sim para construir o Reino (Jeremias 1:8-14).

Precisamos descobrir que quando há arrependimento e renúncia, que


quando quebramos as expressões malignas, entra a providência divina.
Mas precisamos crer na verdade de Deus.

Tomé foi o primeiro homem do Planeta a reconhecer a identidade


messiânica de Yeshua, o senhorio de Jesus, quando declarou Deus meu,
Senhor meu, mas isso após o confronto. Todo confronto é semente para
cura. As pessoas quando não são confrontadas não são libertas nem
curadas. Então, peça a Deus uma sabedoria do Trono para confrontar, em
amor, as pessoas que precisam e promover libertação e cura sobre elas.

Através da declaração, da expressão, da sentença feliz para Tomé,


naquele momento, entrou na vida dele a identidade de Cristo. Nossas
declarações podem nos arrancar de cativeiros ou nos eternizar neles.
Quando Tomé reconheceu Jesus, não havia mais no coração dele desejo
de ver feridas. Podemos avaliar que quando nós somos libertos e
curados, a prosperidade nos assiste. Quanto mais libertação e cura, mais
prosperidade.

Honrar para ser restituído nos faz livres de níveis de incredulidade.


Sabemos que Tomé, apesar de amar Jesus, duvidou que Jesus poderia
ressuscitar. Quando a incredulidade entra em nossa vida, duvidamos das
pessoas que mais amamos. Isso faz com que façamos declarações que não
são boas, que nos levam a cativeiros. Somente Yeshua pode nos devolver
aos Códigos da Honra, à Gênese da Honra.
Quando um líder cai, a maioria das pessoas diz que já sabia e aponta o
dedo para a ferida, agindo como Tomé. Mas Deus quer mudar a sua sorte
e tirar todos os acusadores da sua direção.

Honrar para entrar em arrependimento – Pedro

“E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da


palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje,
me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou
amargamente.” (Lucas 22:61,62)

A Bíblia diz que Pedro, após desonrar Jesus, negando-o, chorou


amargamente. O choro amargo é uma dor insuportável da qual Deus quer
nos curar. Ele quer arrancar esse choro da nossa vida e da nossa história.
Existe um choro amargo que precisamos avaliar se é choro de infortúnio,
provas, testes divinos no caráter, como aconteceu com Jó, e qual é a
origem.

Muitos terão prazer de dizer, em rodas particulares, que nunca foram


discípulos de determinados líderes, porque estão sendo apertados,
confrontados; isso é maligno. Todos os plantadores da desonra estão
chamando à existência um choro insuportável.

Como alguém, que é chamado para ser Patriarca da Igreja, tem essa
atitude? A Bíblia diz que Yeshua entregou a chave do Reino na mão de
Pedro para que a Igreja fosse construída.

Uma mulher chegou diante de Pedro dizendo que ele era discípulo de
Jesus, mas Pedro, enraivecido disse não conhecer Jesus. Na direção de
cada traidor, existe um galo no mundo espiritual. Ai daquele para quem o
galo canta. O galo é um alerta, um sinalizador. O mundo espiritual tem
sinalizadores.

Se você não quer viver um choro amargo na sua vida, então não plante
desonra; e se plantou, faça como

Pedro, tenha coragem de entrar em arrependimento. Ele jamais


imaginaria que o Messias teria, novamente, uma conversa com ele.

Pedro havia ido na sepultura, mas Jesus não estava lá. Então, ele teve
três decepções. Uma quando o anjo disse que Jesus estaria na Galiléia,
ele foi atrás, mas Jesus não estava lá. Jesus tem Seus métodos de tratar
cada um no nível da sua necessidade.

Pedro havia estado na frente de uma fogueira. Só sai do choro amargo


quem for restituído. Quem não é restituído permanece no choro amargo.
Em uma fogueira,

Pedro ouviu, três vezes, que era um dos discípulos de Jesus. Em todas
as vezes, ele negou que não conhecia Jesus e que não era discípulo dele.
Por três vezes, Jesus não fala com Pedro.

Pedro, no seu dom de persuasão, conseguiu influenciar Tiago e João


para irem pescar. Quem estava ali era o discipulado, a família e a Igreja.
Os três Apóstolos estavam desistidos, homens líderes da linha de frente.
A família apostólica desistida, a Igreja desistida, os três ministérios mais
importantes desistidos. Jesus chega e diz: Filhos do Reino, filhos gerados
nas minhas entranhas. Não se aplica esse termo para qualquer tipo de
filho, só para filhos espirituais.

Jesus chegou a eles, perguntou o que tinham para comer, mas não
tinham nada. Jesus mandou que jogassem a rede para o outro lado. Porque
quando alguém está debaixo de desonra, só consegue ver um lado, só
Jesus pode mostrar o outro lado. Você não tem ideia de quantas vezes
eles jogaram as redes e não pegaram nada.

Todo pescador sabe que, durante o dia, os peixes descem para se


alimentar nas profundezas dos rios. Mas a Bíblia diz que eles jogaram a
rede no outro lado e pegaram 153 grandes peixes, 153 nações
representadas. Ali começava a restituição de Pedro, mostrando que
debaixo da palavra do Mestre, estava o êxito, e o trabalho dele daria
resultado.

Naquele momento, Pedro reconheceu que era Jesus. Então, a Igreja


começou a criar forças para nadar. Você pode imaginar como se deu tudo
isso? Ninguém jamais vira uma pescaria daquelas. Jesus não disse mais
nada, porque é específico. Ele entra na nossa direção para mudar a nossa
sorte e Ele espera a hora, porque sabe qual o momento certo.

A Bíblia diz que quando os discípulos voltaram, Jesus já estava com o


seu peixe, porque ele não Se alimenta de incredulidade, discursos
persuasivos, doenças da alma, pelo contrário, quando chegaram,
comeram do peixe de Yeshua, mas Yeshua não comeu do peixe deles. Ali
Yeshua mostrou aos discípulos que toda provisão vem do Senhor e não da
força do braço.

Não é a força do nosso braço que nos faz prosperar, mas Yeshua. A
Ele honra, glória, louvor, adoração para sempre. Muitas vezes, queremos
que Yeshua Se alimente do que estamos comendo, quando precisamos nos
alimentar do que já está preparado por Ele para nós.
Jesus foi a Pedro porque ele era o influenciador do discurso. Ele
persuadiu o discipulado – João, e a família – Tiago, a desistir. Jesus
rompeu o silêncio para entrar no Seu interesse. Ele não está interessado
em nossas mesmices ou caminhos repetitivos, por isso quer mudar a
nossa rota. Ele perguntou a Pedro se este O amava. Pedro respondeu que
sim, apesar de, com certeza, estar envergonhado.

Pedro, a Igreja, estava desistida. Jesus disse que apascentasse os


Seus cordeiros. Na segunda vez, Jesus fez a mesma pergunta, porque para
cada desonra, cada negação, uma restituição. Aí Jesus disse que
apascentasse Suas ovelhas. Na terceira vez, Pedro disse que o Senhor
sabia de tudo, aí já não era mais cordeiros, ovelha, mas rebanho, para
que houvesse restituição de tudo o que perdera.

Pedro não havia imaginado o que havia perdido. Mas Jesus cura a
memória dele. Na vida de Pedro, foi muito mais que uma restituição, mas
cura na memória. Quando Pedro estava diante da fogueira, negou Jesus
por três vezes. Jesus, diante do mesmo lugar onde ele foi ferido, trouxe
cura e restituição para que a honra voltasse a ser companheira de Pedro.

A partir daquele momento, a fogueira não teria mais a mesma


lembrança de negação para ele, mas de cura. Quando antes ele olhava
para uma fogueira, lembrava que havia negado Jesus. Após aquele
momento, ele lembraria a cura.

A promessa de Apocalipse é de que Deus enxugará toda lágrima de


nossos olhos. Toda angústia de espírito pode ser mudada por Jesus. Ele
enxuga as lágrimas dos filhos que são devolvidos à honra, aos princípios,
tirando os da rota de confusão, para que, em cada parada, as novidades
de Deus o acompanhem. Você saberá que foi o Senhor quem estabeleceu
novidades para você.

Se algum caminho roubou você, colocando outra mente, volte. Onde


você está? No propósito perto ou distante, volte, porque toda desonra
gera um choro amargo. Deus está dizendo que esse choro, a partir de
hoje, não será mais de confusão de mente, de alma afligida, se você
decidir voltar ao propósito e não trair mais a confiança do Messias.

Pedro, Tiago e João estavam entrando na desonra da desistência.


Deixar as redes de buscar vidas, para voltar ao secular! Jesus veio para
lhes devolver ao propósito e o mesmo quer fazer com cada um que tenha
entrado na mesma rota.

Porque Pedro honrou, teve colheita aprovada. Pedro se tornou líder


aprovado, por ser um homem de caráter restaurado. Tudo no Planeta se
move pelo princípio da honra, assim como toda catástrofe é resultado da
desonra.

Dois discípulos de Jesus foram restituídos, Tomé e Pedro, mas Judas


não. Negar a identidade é desacreditar a essência do que recebeu. Como
ter um projeto particular? Assim não somos capazes de provar a honra e
a fidelidade.

Identidade fala de caráter, características. Precisamos de caracteres


para formar frases, pensamentos. Nossas características expressam nossa
personalidade, quem somos. Precisamos de uma reavaliação, um
repensar de nossos passos, quem somos e o que temos.

Os lutos podem mudar a identidade. Quando você sofre uma decepção,


pode ter os valores alterados. As pessoas podem ir até você pensando
encontrar alguém que já não existe mais. Tomara que na sua vida seja
para melhor.

A Gênese da Honra é a devolução da identidade. É ter a identidade


sarada, de forma que as pessoas desejem a vida que você tem pelo
caráter de Deus (Tito 2:8). Onde há uma vergonha, há uma desonra no
palco da humanidade. Quando você faz uma coisa ruim, as coisas boas
são apagadas.

Quando você se olha por dentro, você se autoaprova ou você se


autorrejeita? Quando você se mergulha, quem é você? O que você quer?
Qual é o seu plano? Até onde você é confiável? Todos os dias somos
surpreendidos por nossas próprias novidades. Há coisas dentro de nós
que ninguém sabe, algumas nem nós mesmos, áreas que foram bloqueadas
pelo diabo e que nos fazem negar a nossa identidade.

Quando negociamos nossa identidade, quando características entram


em nossa história, vendemos o invendível. Imagine se Judas poderia
vender o Messias. Ele disse até quanto o Messias valia. Isso porque
quando negociamos nossa identidade, até o invendível perde o valor para
nós.

Quanto você ganharia por passar um dia com Jesus? Mas quantas
pessoas são capazes de dar preço ao que não tem preço. Um Apóstolo da
equipe de Jesus O vendeu. Porque a desonra nos leva a negociar o que
não é nosso.

Todo plano de Deus é um retorno à Gênese. Ninguém voltará à Gênese


sem treinar o caminho correto. O caminho correto é a honra, porque o
caminho incorreto foi a desonra. Quando as pessoas se movem do centro
do propósito, fazem a trilha da desonra. São verdades incutidas em nosso
caráter, as quais precisam nos avaliar. Quando mesclamos a nossa
identidade, vendemos o que não é vendável.

Como você pode negociar a bênção de ser homem de Deus, de ser


levita, de ser Pastor? Tudo porque a identidade está mesclada. É terrível
conviver com um líder mesclado, que todas as vezes que você vai à
direção dele, está mesclado. É bom conviver com um líder firme.

A fidelidade traz honra

A fidelidade traz honra. Nossa identidade não está à venda. Não


somos alegóricos, fundamentalistas, que colocamos as pessoas em um
quadrado e elas fazem o que queremos. Temos o direito de crescer.
Quando crescemos, provocamos o acréscimo do Reino, isso não nos dá
direito de promovermos rupturas.

É impossível você provocar desonra e não ter na sua rota uma forca. É
inevitável: as rotas da desonra nos colocam em níveis de forcas
diferenciados. As pessoas têm forcas particulares. Os pés na rota da
desonra caminham para uma forca particular que não é evitada por Deus.

Judas morreu enforcado porque traiu o Messias por um preço que


jamais seria justo. Não há preço para o manto, para a unção, para a
identidade. Não estamos para negócios nem para vendas. Quando Jesus
nos salvou, foi de verdade. A libertação, a cura e a restauração são
verdadeiras em nós. Mas, quanto vale o que você tem e o que você
recebeu?

Quando caminhamos na rota da honra somos devolvidos ao propósito.


Todos nós temos uma tendência a isolar pessoas, eliminá-las, a colocar o
dedo sobre pessoas, fazendo o mau uso da nossa ‘emprestada’ unção, que
está sobre nós por misericórdia, e humilhamos pessoas que nos servem e
seguem voluntariamente.

O que nos dá segurança de que as pessoas nos seguirão é porque


aceitaram Jesus e precisam de um líder. Por causa do princípio da honra,
seguimos o líder em honra e fidelidade. Então, a pessoa tem uma dívida
de gratidão com o líder. Porém, para alguns, gratidão tem prazo de
validade.

Há pessoas que depois de um tempo, perdem a gratidão. A Bíblia nos


ensina que é melhor obedecer do que sacrificar. Obediência é honra e
desobediência é desonra. Toda honra e toda desonra gestam um
sacrifício. Se a Igreja de Jesus tivesse estudado sobre honra há mais
tempo, não colheria tantas catástrofes buscando exigências de perfeição
que só nos levaram a quebra de princípios de honra e nos levaram a
níveis de desobediências. Isso tem dois significados: a perda que você
teve ou o que você deixou de ganhar.

O mundo espiritual é assim: há bênçãos prontas que podem ser


retardadas porque o princípio espiritual da obediência foi quebrado. A
promessa para comer o melhor da terra não é apenas para quem quer, mas
para quem obedecer. Não pense que o que você vive já é o suficiente e
que você pode agora sair por aí desonrando. Quando você entra em
obediência, os princípios se cumprem. Nossa esperança no discipulado
consiste no princípio de obediência. Quando as pessoas desobedecem, o
mundo espiritual da maldade se move.

Deus quer mudar a nossa vida e a nossa história. Para você evitar uma
catástrofe na sua direção, você deve evitar rotas de desobediência. A
síndrome de Judas, de traição imperdoável, entrou no arraial e levou a
apostasia a muitos.

Ninguém se enforca se não houver argumento. Que Deus o livre da


forca que foi construída por você mesmo. Precisamos voltar par o Éden
espiritual, para o lugar onde a vida de Deus corre. Assim não ficaremos
debaixo de vergonha.

O que fazer para não incorrer ao erro? Dar uma oportunidade ao


verdadeiro Evangelho. Rasgue seu evangelho particular e assuma o
verdadeiro Evangelho, o de Jesus. Eu só serei perdoado à medida que eu
perdoar. Quando perdoamos, plantamos sementes de perdão.

O que precisamos entender é que a nossa geração é a geração que


voltará a viver a essência da Palavra e que desfará a forca que estava na
nossa direção. A multidão que virá atrás de nós não será a multidão das
trevas, mas a multidão da luz. Todas as pessoas que desenham rotas
particulares entram em suas próprias masmorras.

Quando saímos do sobrenatural, entramos na rota de homens comuns.


Do trono à masmorra, existem alvos para desonrar você, sua chamada,
quem você é, sua essência.

Jesus é implacável com todos que desonram e não se arrependem. É


terrível vermos que pessoas de tamanha nobreza podem se tornar uma
escassez de valores.

Hoje vemos até filhos se levantando contra pais. Precisamos tomar


uma decisão.
Todas as pessoas que desonram entram em grades particulares,
mergulham em cadeias optativas; estão presas e anuladas porque fizeram
a rota da desonra. Muitos líderes têm perdido a cabeça, fazendo rotas
perigosas e levando muitos consigo. Há muitos líderes querendo mostrar
poder, menosprezando o manto.

A recompensa da honra é o êxito. A recompensa da desonra é o


fracasso. Alguns são gastadores da herança. Mas, onde há
arrependimento, há restituição. Volte à Gênese da Honra. Não se permita
ser uma pessoa que quando se fortalece, pensa que se basta e está
protegida, esquecendo-se do manto que há sobre a sua vida.

Seja sócio da honra e da fidelidade, porque todo mentor de desonra


fica só e os que lhe seguem também o abandonam. Não há como fugir da
desonra quando se constrói rotas próprias. A restituição só vem quando
lembramos onde caímos. Onde o inimigo ganhou vantagem, para você
entrar nessa rota? Quantas pessoas se fortalecem e criam seu próprio
caminho... Disseminam ira, punem o líder pelo que receberam. Nós não
podemos ser aproveitadores do Reino. Temos o direito de fazer nosso
próprio caminho, mas não temos o direito de desonrar aquele que nos
formou.

Uma atitude de desonra pode eliminar as suas conquistas. Então, não


deixe o diabo sabotar o seu manto, a sua unção e prendê-lo em uma
masmorra. Onde o diabo quis prendê-lo, busque libertação,
principalmente se você entrou nessa rota por inocência. A Palavra
liberta. João 15:3 diz que estamos limpos pela Palavra que recebemos. A
Palavra limpa, liberta, ela é poderosa para curar e restaurar. Não se suje
mais, liberte-se e permaneça limpo.
Mateus 5:8,9 diz que os limpos de coração verão a Deus. Quando
estamos limpos, descortinamos o sobrenatural na nossa vida. Todos os
que criam uma rebelião interior têm um mentor sobre a sua cabeça.
Precisamos vigiar e saber por onde estamos andando, qual o caminho que
o inimigo está traçando para nós. Os perigos estão diante de nós. Porém,
para cada perigo, a unção o capacita para quebrar os jugos.

A desonra rouba, elimina, execra a nossa autoridade. Não pense você


que as pessoas que desonram e, aparentemente, estão bem, estão
verdadeiramente bem, porque não é verdade. A desonra é uma célula
cancerígena. A desonra, quando entra na vida da pessoa, é como um
câncer espiritual que se instala; a pessoa terá que lutar a vida toda contra
ela. Você pode ser honrado como for, mas se você se misturar ao lugar da
desonra, não será poupado.

As pessoas que honram devem andar com as que sabem honrar. Não
podemos honrar e andar de mãos dadas com a desonra. Quantos líderes
extraordinários estão morrendo por causa de alguns que são promotores
da desonra. Quando você dá ouvidos às pessoas de desonra, você
também não será poupado. Se você for líder de honra, as pessoas
reconhecem quem você é por onde for. As pessoas de honra são
desejadas, respeitadas. Os curados evitam dar as mãos aos desordeiros.

A Bíblia diz com quem devemos andar e com quem não devemos
andar. As pessoas com quem andamos sinalizam quem somos. Quando
vamos nos associar a alguém, precisamos estudar primeiro quem é a
pessoa com a qual estamo-nos associando. Cuidado com as pessoas que o
cercam, elas podem ser um laço para a sua queda como líder. Lembre-se
de que, na cumplicidade, morreu Ananias, mas também morreu Safira.
O que mais faria Deus a um líder que decidiu andar na honra? O que
faria Deus a um líder que gosta de lançar farpas de desonra? Quando
desonramos, Deus apaga o nosso nome da história. Deus disse que
apagaria o nome de Abimeleque e de seus descendentes. Todas as
pessoas que saem pela desonra são apagadas no mundo espiritual.

Quando honramos, todo nosso caminho é restituído. Restituição é


devolução de crédito. Voltar à Gênese é ser devolvido ao princípio.
Seremos devolvidos à rota para que a nossa nação seja restituída. Não
estamos proibidos de criar rotas facilitadoras de uma grande colheita,
mas não podemos macular a identidade daqueles que nos cobrem. A
Bíblia diz que o que queremos que os homens nos façam, devemos fazer
primeiro. Não como plantar derrota e colher vitória. Toda semente dará
fruto segundo a sua espécie.

Que o Espírito Santo nos ajude em todas as nossas debilidades e tenha


misericórdia de nós para mudar a nossa sorte e a nossa história. Assim
poderemos construir uma nova história. Só Ele pode nos socorrer e nos
guardar. Desde o Éden, houve uma ordem para que o homem e a mulher
não comessem da árvore. Mas eles desonraram a Deus quando deram
ouvidos à serpente.

Guarde a sua mente em Deus. A mente é um tesouro que Deus nos deu,
e é o nosso Éden particular, somos uma espécie de Adão que precisa
regar adequadamente essa jóia que o Senhor nos entregou. A honra é a
obediência em operação. Onde há desobediência, há quebra de princípio;
onde há obediência, há justiça e colheita favorável.

Podemos plantar frutos agradáveis, ou frutos amargos. Hoje podemos


compreender esta palavra: “Se quiserdes e me obedecerdes, então
comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:19). Da mesma forma, se não
ouvirmos ao Senhor, comeremos o fruto da morte.

O que vimos é que na Gênese, o homem abriu essa legalidade para


trazer esse desconforto, e nos proibir de conquistas tão imensuráveis por
uma quebra de princípio. Também podemos observar que uma árvore,
coisa tão simples, se tornou o ponto chave da discórdia entre o homem e
a serpente, ambos e Deus.

A árvore tem dois sentidos: primeiro, o teste de caráter; segundo, a


prova à imagem e semelhança. Com quem nos parecemos? Para isso,
foram criadas as árvores frutíferas, as árvores para semente, e para
alimentar. Porém, no Éden, havia a árvore do teste. Essa prova estava
diante de Deus, do homem e do inimigo.

A árvore significava a Honra a Deus, ou a desonra ao Criador. Creio


que Deus não fez a árvore para queda, mas para eternizar o homem.
Porém, o sinal da desonra começou na Gênese. Agora entendemos por
que muitos não conseguem honrar líderes, nem obedecer a cadeias de
autoridade, pois desde o dia em que o homem comeu a desobediência, o
fruto do conhecimento do bem e do mal, carrega no seu genoma essa
essência de deslealdade, e se inclina para o mal. “Porque não faço o bem
que quero, mas o mal que não quero esse faço.” (Romanos 7:19)

Mas chegou a restituição para sermos honrados. A Bíblia diz que


fomos enxertados de volta boa oliveira, pois éramos zambujeiros. Mas
fomos replantados no Último Adão, Yeshua, e nos tornamos oliveira
saudável. Jesus limpou o nosso DNA, pois quem dEle como e dEle bebe,
passa da morte para a vida (Romanos 11:17-24).
A Gênese da Honra só foi possível quando Yeshua entrou em cena. A
Gênese da Honra é uma chamada de atenção, pois tudo começou no céu,
no Éden, em Israel, na Equipe de Jesus. Hoje temos o antídoto para que
tudo isso seja amenizado, resolvido e removido: a CRUZ.

O Calvário é a solução para devolução da honra, temos duas Gêneses,


uma é o começo no primeiro Adão e outra introduzida pelo Último Adão.
O que significa que nós podemos entrar na Gênese de Yeshua e sermos
totalmente libertos, comermos do Fruto Vivo, a Videira que a cada dia
nos deixa mais limpos, sem excessos no cará- ter e em tudo dependentes
do Pai.

Estamos todos os dias diante de uma decisão, a decisão da honra.


Todos os dias, Deus nos colocará diante da árvore da vida e da árvore do
conhecimento do bem e do mal. A árvore da vida nos levará a níveis de
honra, pois a essência é Jesus, a Árvore do conhecimento do bem e do
mal.

Nunca é exaustivo honrar, pois a recompensa é um refrigério. Quando


honramos, desatamos riquezas, pois a honra é princípio de prosperidade.
Não se anula conquistas quando se tem honra no território. A honra
beneficia indivíduos e consolida gerações.

Você e eu temos uma chamada: levarmos uma geração a honrar os que


estão sobre nós, e respeitar os que nos servem, pois já temos a revelação
crescente no nosso coração. Seremos a geração mais próspera do
Planeta, pois a honra traz colheita sem precedentes!
EPÍLOGO
Sei que você está impactado e desejoso de viver as experiências e o conteúdo
que estão neste livro. É claro que é possível e eu quero estimulá-lo a isso,
para que esses princípios estejam premiando a sua vida, história e geração.
Não há como alguém que mergulha nesses princípios não prosperar em
demasia em todas as áreas da sua vida.

Um dia, minha filha de11 anos, voltando de um Encontro de Honra (Encontro


de Servos), disse-me: Pai, aqui está sua serva para honrá-lo. Eu disse: Amém,
querida filha, que bom que você entendeu esse princípio. Então ela, de
imediato, retrucou: Vai ser difícil, mas vou conseguir!

De fato, praticar o exercício da honra é difícil, mas é possível! Sabemos que


muita coisa depende do nosso esforço, da nossa determinação e da disposição
de uma vida diferente.

Este livro não foi escrito para ser mais um compêndio na sua prateleira, mas
uma proposta de mudança de caráter e de resultados no dia a dia. Ninguém
está iludido que este é o tempo da prática da honra, mas é uma chamada à
prova do caráter, pois os que praticam a honra fazem um favor para si e seus
descendentes.

Vou compartilhar algo, para que edifique a sua fé. Eu não conhecia essa
revelação na profundidade que o Senhor me ministrou. Todo esse conteúdo me
fez ver, avaliar e repensar pontos na minha vida no quesito pessoal, familiar e
ministerial. Mas o que mais me impactou foi ver que eu tinha ensaios de honra
e não sabia consolidá-los. Depois que a revelação da Gênese da Honra saltou
ao meu coração, eu fiz caminhos de reconciliações e de arrependimentos para
consertar os caminhos tortuosos.

Desculpe-me, mas ainda falando da minha experiência, se eu pudesse, não


teria conhecido algumas pessoas, nem teria feito possíveis alianças com
outras, pois os caminhos são muito diferentes do que uma proposta de ajudar e
desatar pessoas para que cumpram o propósito. Tenho o perfil de
relacionamento com todos, mas hoje averiguo, examino, para não colocar em
risco a moeda que moverá o futuro: a credibilidade!

Hoje eu sei que a honra é uma atitude de nobreza na direção de alguém, porém
a Palavra nos ensina: Ao que é digno de honra! Existem pessoas e situações
que são dignas de honra, que merecem nosso carinho, respeito e investimento!
Porém, na nossa rota, aparecem pessoas, que a Bíblia diz: Quando for
possível, tenha paz com todos os homens. Infelizmente, não dá para manter
relacionamento com muitos, mas precisamos respeitar a todos. Isso é Gênese
da Honra.

Acredito que este livro fez bem a sua alma, edificou o seu espírito e o
devolveu para pontos de valores que não estavam mais sendo praticados, a
históricos que precisam ser vividos. Sei que quando as pessoas o abordarem
sobre o conteúdo deste livro, você terá uma experiência pessoal, e, como
disse minha filha: É difícil, mas eu vou conseguir. Assim também será na sua
vida!

A Igreja de Jesus perdeu muito do seu discurso e prática, pois muitos não
sabiam como ensinar, pois não tinham a referência da honra. Uma extinção de
valores chegou na nossa vida, sabotando o que Deus de fato tinha para nós e
nossa geração. Ficamos sem ensino e referências, e nos tornamos uma geração
confusa. Hoje, com a proposta do regresso à origem, torna-se um desafio e
uma luta de alma.

Acredito que, em breve, surgirá uma geração que estará dentro desses valores,
e a boa notícia é que você é peça principal em tudo que Deus está fazendo
para que um povo volte à Gênese da Honra, para, em Jesus, ser restituído da
árvore do conhecimento do bem e do mal, voltando a sua inocência, pureza,
valores e verdade!

A proposta é que hoje, mesmo secularizados, possamos entender que nossos


caminhos podem ser trilhados de forma diferente das pessoas comuns, que são
voltadas apenas para seu próprio ventre. A resposta será um povo comendo da
Árvore da Vida (Jesus) para que o retorno seja de fato, e a verdade que liberta
seja consolidada.

Você é um líder diferente, pois se chegou até o final deste livro, é porque
deseja ter e viver as essências que estão contidas nele, que não são uma
proposta alternativa, mas uma chamada divina, para que possamos ter de Deus
essa restituição tão almejada.

Podemos mergulhar em universos diferentes, e meu conselho é: Se você


desonrou de forma voluntária ou involuntária, volte ao princípio, à Gênese
para ser restituído e restituir, pois isso será vida para seu espírito e refrigério
para sua alma.

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