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Marcus Vinicius de Athaydes Liesenfeld
Rodrigo Medeiros de Souza
José Alessandro Candido da Silva
Edson Alves de Araújo
(Organizadores)
Conselho Editorial
Profa. Dra. Ageane Mota da Silva (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Acre)
Prof. Dr. Amilton José Freire de Queiroz (Universidade Federal do Acre)
Prof. Dr. Benedito Rodrigues da Silva Neto (Universidade Federal de Goiás – UFG)
Prof. Dr. Edson da Silva (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
Profa. Dra. Denise Jovê Cesar (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina)
Prof. Dr. Francisco Carlos da Silva (Centro Universitário São Lucas)
Prof. Dr. Humberto Hissashi Takeda (Universidade Federal de Rondônia)
Prof. Msc. Herley da Luz Brasil (Juiz Federal – Acre)
Prof. Dr. Jader de Oliveira (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Araraquara)
Prof. Dr. Jesus Rodrigues Lemos (Universidade Federal do Piauí – UFPI)
Prof. Dr. Leandro José Ramos (Universidade Federal do Acre – UFAC)
Prof. Dr. Luís Eduardo Maggi (Universidade Federal do Acre – UFAC)
Prof. Msc. Marco Aurélio de Jesus (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Rondônia)
Profa. Dra. Mariluce Paes de Souza (Universidade Federal de Rondônia)
Prof. Dr. Paulo Sérgio Bernarde (Universidade Federal do Acre)
Prof. Dr. Romeu Paulo Martins Silva (Universidade Federal de Goiás)
Prof. Dr. Renato Abreu Lima (Universidade Federal do Amazonas)
Prof. Dr. Rodrigo de Jesus Silva (Universidade Federal Rural da Amazônia)
C569
ISBN: 978-65-86283-76-1
DOI: 10.35170/ss.ed.9786586283761
www.sseditora.com.br
RESUMO
Os benefícios dos serviços ecossistêmicos da vegetação urbana podem ser observados no
bem-estar dos cidadãos, e na melhor qualidade de vida nas cidades. Cruzeiro do Sul,
Mâncio Lima e Rodrigues Alves são municípios do estado do Acre e se encontram bem em
meio à floresta Amazônica. Apesar dessa vantajosa localização, suas ruas são
aparentemente pouco arborizadas, embora vistas de cima as cidades exibam boa
quantidade de verde nos quintais dos habitantes. Este aparente paradoxo é um dos motivos
para a realização deste estudo. Tem os quintais destas cidades amazônicas maior riqueza
de espécies que as vias públicas? Dessa forma foi realizado levantamento da arborização
urbana (incluindo quintais particulares), dos três municípios em 107 quadras nas vias e 58
quintais particulares, e encontrados, ao todo, 790 indivíduos de plantas lenhosas (árvores
e arbustos) e palmeiras, somando 38 espécies em 15 famílias botânicas. Foi constatado
que nos três municípios os quintais são mais arborizados e com maior riqueza específica
que as vias públicas, resultado do plantio de frutíferas por parte dos moradores
(contribuição da sociedade). Infelizmente, para os três municípios, há maior abundância de
indivíduos e maior número de espécies exóticas, semelhante ao relatado para a maioria
das cidades amazônicas. Espécies exóticas causam danos, como invasões, perda de
biodiversidade local e alterações nos ciclos dos ecossistemas. Uma melhor gestão
ambiental dos municípios deverá priorizar espécies nativas e, também, considerar a
governança popular no planejamento da arborização.
Palavras-chave: Vegetação urbana, Governança social e Biodiversidade.
1. INTRODUÇÃO
Figura 1. Estado do Acre, lado esquerdo superior do mapa encontra-se a localização dos
municípios do Alto Juruá-AC.
Fonte: Adaptado Google Earth, UFV (2015).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. RESULTADOS
237
182
36
16 13
Figura 3. Frequência de indivíduos por espécie entre quintais e vias públicas (%), na
amostragem por município, no levantamento da arborização urbana, Alto Juruá, Acre (para
o número total de indivíduos por espécie, ver Tabela 2).
3.2. DISCUSSÃO
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