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ANEXO B
1 - GENERALIDADES
A preocupação com a segurança envolve um amplo espectro, desde o projeto do ambiente
de trabalho, ou seja, o navio, à sinalização apropriada (como, por exemplo, placas
indicando que o compartimento adjacente é um paiol de munição etc); da utilização de
material de consumo aprovado às técnicas de manutenção e estocagem apropriadas; do
controle de ruído ambiental à educação dos tripulantes, de modo a possibilitar a adoção de
normas e procedimentos capazes de criar e manter condições de trabalho saudáveis e
seguras a bordo.
Como regra geral, o projeto de um navio incorpora a experiência acumulada ao longo dos
anos, no que se refere à melhoria das condições de trabalho. Neste campo, é reduzida a
capacidade de manobra de um Comandante. Mas a atividade é ampla no que se refere à
manutenção das condições de segurança, tanto pela preservação das características de
construção, quanto pela adoção coletiva de procedimentos apropriados, de modo a tornar
as precauções de segurança parte do cotidiano da tripulação.
Os capítulos deste manual, em uma abordagem específica, apresentam aspectos que
influenciam diretamente a manutenção da segurança do pessoal e do material a
bordo, sem, entretanto, esgotar o assunto.
A segurança do pessoal e do material merece atenção especial, seja durante a realização de
uma faina, adestramento, ou simplesmente nos eventos de rotina em um navio atracado ou
em viagem. Qualquer um que constatar que a segurança está ou pode vir a ser ameaçada,
deve comunicar o fato imediatamente ao mais antigo presente, para que tome as
providências cabíveis, que podem significar, até mesmo, a interrupção da faina ou
exercício, até que a situação de perigo seja afastada.
Chama-se à atenção, em especial, para fainas como: de munição, transferência de
combustível, transferência de carga, reboque, operações aéreas, exercícios de tiro e etc.
Todas devem ser precedidas de “briefings”, onde os principais aspectos de segurança
sejam enfatizados. Após cada evento, realiza-se uma reunião de crítica (“debriefing”),
onde os acertos são realçados e os erros apontados. Deste modo, colhem-se ensinamentos
que aprimorarão a execução de tais fainas no futuro.
I) Não se deve ficar por dentro de cabo laborando ou na direção em que ele é
tracionado;
Figura 1
II) Não se deve aumentar a carga (esforço) num cabo depois de se travar ou de se
ter dado volta num cunho, cabeço ou similar;
III) É imperativo a presença de um observador de segurança em todos os casos em
que se laboram cabos; e
IV) Manter socairo mínimo de 2 metros.
3 - VIAS DE ACESSO
a) Colocar redes de segurança sob as pranchas utilizadas para entrada ou saída de bordo,
como proteção adicional para o pessoal em trânsito;
b) A condição de fechamento do material estabelecida pelo CAV deve ser rigorosamente
mantida (é importante conscientizar toda a tripulação quanto à necessidade de se
4 - SERVIÇOS DE PINTURA
a) Restos de tintas, trapos, estopas etc. devem ser armazenados em locais designados e
removidos ao término de cada serviço;
b) Colocar sinalização de segurança (proibido fumar, proibido serviços de corte e solda
etc.) alusiva ao serviço;
c) Utilizar iluminação à prova de explosão nas fainas de pintura em compartimentos
fechados;
d) A quantidade de tinta e solvente armazenada na área de trabalho deve ser a
correspondente para, no máximo, um dia de consumo;
e) O local do serviço deve estar provido de extintores de incêndio;
f) A Central do CAV deve ser informada das fainas de pintura que estão sendo realizadas
a bordo;
g) Os compartimentos fechados devem ser ventilados e ter a concentração de gases
monitorada durante o período de pintura;
h) Os envolvidos na pintura de compartimentos confinados utilizarão máscara (filtro
nasal);
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
a) BRASIL. Centro de Instrução Almirante Wandenkolk. Sistemas de Antenas de
Comunicações de Bordo. Rio de Janeiro, 1980.
b) EUA. United States Navy. NTTP 4-01.4 Underway Replenishment. Norfolk, 2009
c) BRASIL.Comando-em-Chefe da Esquadra. NORMESQ No 40-07A. Prevenção de
Acidentes em Navios durante os Períodos de Manutenção. Rio de Janeiro, 2005.
d) BRASIL.Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão. CAAML 1201.
Organização de Controle de Avarias. Rio de Janeiro, 2005.
e) EUA. Naval Education and Training Program Development Center. Naval Safety
Supervisor. Washington, D.C., 1985
f) EUA.Office of the Chief of Naval Operations. Navy Occupational Safety and Health
(NAVOSH). Washington, D.C., 1989.
g) GRÃ-BRETANHA. Ministry of Defence. BR-45 - Manual of Navigation. London, 1994.