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Tubarão
2017
LUIZ FELIPE MENEGAZ MEDEIROS
Tubarão
2017
A todos os professores que participaram desta
incrível jornada e exerceram seu papel para me
orientar da melhor maneira possível. Aos meus
familiares e amigos que sempre estiveram
comigo.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Professor Gercino Preve, pela sua ajuda no trabalho e a banca
avaliadora que com toda atenção puderam corrigir este trabalho de conclusão de curso.
Aos meus pais e todos os integrantes de minha família que sempre me apoiaram
para que esse sonho pudesse se tornar realidade, incentivando e apoiando do início ao fim
desta minha caminhada.
A minha namorada pelo empenho e dedicação no processo de elaboração e estudo
do assunto.
Ao meu amigo Guilherme por sua orientação em alguns detalhes do trabalho e a
todos os amigos que de alguma forma puderam contribuir para minha formação acadêmica
direta e indiretamente.
A Deus e a todas essas pessoas eu agradeço, muito obrigado!
“Quem tem fé, tem tudo”.
RESUMO
Nowadays in Brazil, the transportation matrix is strongly dependent of the modal road, what
is not a good perspective for a country so territorially big like ours. This strong dependency
becomes a problem when we take in consideration the logistic costs for big distances, and
when we put the wear we have in our road mesh. The solution to those logistic bottlenecks
would be migrated to other matrices, like the one this work is article is about, the rail transport
matrix. This modal could be economically viable to companies that make long distances
transportation. It has as a differential, the environmental issue, because the emissions of
carbon dioxide (C02) and carbon monoxide (CO) from the freight trains are way inferior
when compared to the trucks. This article talks about the railway matrix, its characteristics, a
comparison among Brazil's modals and developed countries, the methodology used, the
discussion and about the theme.
Tabela 1 – Extensão das malhas existentes no sistema ferroviário brasileiro (km) ................. 34
Tabela 2 – Vantagens x desvantagens do modal ferroviário .................................................... 41
Tabela 3 – Densidade das Malhas Ferroviárias ........................................................................ 46
LISTA DE ABREVIATIRAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 12
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 14
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................................... 14
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 16
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS FERROVIAS ............................................................. 16
2.2 A FERROVIA NO BRASIL ............................................................................................ 18
2.3 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA FERROVIÁRIO ................................................ 21
2.3.1 Tipos de locomotivas ................................................................................................... 24
2.3.1.1 Locomotiva a vapor .................................................................................................... 24
2.3.1.2 Locomotiva a diesel-elétricas ..................................................................................... 25
2.3.1.3 Locomotiva elétrica .................................................................................................... 26
2.3.2 Tipos de vagões ............................................................................................................ 27
2.4 ESTRUTURA FERROVIÁRIA ...................................................................................... 31
2.4.1 Ampliação do sistema ferroviário brasileiro ............................................................ 34
2.5 A IMPORTÂNCIA DAS FERROVIAS .......................................................................... 39
3 ANÁLISE DOS MODAIS FERROVIÁRIOS INTERNACIONAIS ........................... 42
3.1 MODAL FERROVIÁRIO EUROPEU............................................................................ 42
3.2 MODAL FERROVIÁRIO NORTE-AMERICANO ....................................................... 43
4 DISCUÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ........................................................................... 45
4.1 COMPARATIVO ENTRE OS PAÍSES .......................................................................... 45
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 50
ANEXOS ................................................................................................................................. 53
ANEXO A – RELATÓRIO CNT DE EMISSÕES DE CO2 .............................................. 54
12
1 INTRODUÇÃO
O transporte está ligado a qualquer atividade econômica, sem ele não temos
desenvolvimento do país. Para que o país se desenvolva, é de suma importância que o modal
de transporte seja eficiente, proporcionando facilidade de locomoção com preços dentro do
padrão. Uma matriz de transportes eficiente é de extrema importância para o desenvolvimento
social e econômico. Segundo Vianna (2007 p.69), “Os países que têm boa infraestrutura de
transportes não a têm por serem desenvolvidos. Antes, são desenvolvidos porque cuidaram,
no devido tempo, das suas estradas e das vias de transporte de todo tipo”.
A ferrovia tem grande vantagem sobre os outros modais de transportes terrestres
devido a sua grande capacidade de locomoção de carga e sua exclusividade com uma própria
via, não disputando lugar com outros tipos de transportes, evitando os atrasos de entregas.
Para Santos (2011, p. 3) “As ferrovias abriram as portas do mundo ao comércio e à
colonização”.
Ecologicamente falando, temos uma grande vantagem em utilizar o modal
ferroviário, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), os
gases liberados pela queima de combustíveis fósseis são responsáveis pelo aumento do efeito
estufa, sendo assim, tirando caminhões das rodovias e realocando as locomotivas para a
ferrovia, teríamos relativamente uma redução das emissões de poluente, tendo em vista que
um trem com 100 vagões ajuda a retirar 357 caminhões das estradas. Além disso, os vagões
de carga tem uma capacidade de carga maior que a de um caminhão, diminuindo
consideravelmente o fluxo nas rodovias, uma vez que um vagão de carga conta com a
capacidade de 100 toneladas contra as 28 toneladas de capacidade de um caminhão.
Uma desvantagem do transporte ferroviário é sua necessidade de integração com
outro modal de carga, já que ele não consegue atender os centros urbanos, sendo assim,
necessita do transporte de caminhões para dar sequência as suas entregas.
Segundo o estudo do Plano CNT de transportes e logísticas 2014, a malha
ferroviária nacional regulada pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT)
contava, em 2013 com uma extensão total de 28.190 quilômetros, a mesma quantidade de
1922. Ainda, segundo o estudo, no período de 2006 a 2012, os investimentos acumulados
realizados pelas concessionárias correspondem a um montante de 22,10 bilhões de reais, e que
apesar dos desenvolvimentos realizados, dos ganhos em segurança e eficiência, e no aumento
da demanda, ainda a muito a ser feito no setor ferroviário, pois além da melhoria dos serviços,
necessitam também de uma grande ampliação.
13
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
Este trabalho está estruturado em cinco capítulos, de acordo com o seu conteúdo a
fim de facilitar o entendimento.
O primeiro capítulo consta de uma breve introdução, justificativa, objetivos e a
metodologia de pesquisa;
O segundo capítulo aborda o referencial teórico. Ele aponta os principais
conceitos em relação às características do sistema de transporte ferroviário no Brasil através
de um estudo bibliográfico;
O terceiro capítulo analisa os sistemas de transportes internacionais através da
coleta de dados, a fim de responder os objetivos propostos;
O quarto capítulo conta com uma análise dos resultados obtidos e as discussões
geradas acerca do assunto;
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Por volta dos anos 600 A.C., na estrada de Diolkos, na Grécia Antiga, foi
utilizado o primeiro sistema de transporte com um mecanismo de carris que se movimenta
através de um trilho tracionado por animais e escravos, com uma extensão de 8 quilômetros
(SILVA).
No início do século XVI na Alemanha, foi desenvolvido um sistema de transporte
parecido com o de Diolkos, que era formado a partir de trilhos de madeira e puxado por tração
animal, que era um meio de transporte muito utilizado para a extração de minério e que ficou
conhecido como wagon ways (estrada de vagões) (SILVA).
Por volta do ano de 1776, esses trilhos de madeira começaram a ser substituídos
por trilhos de ferro, caracterizando assim a rail way (estrada de ferro). No ano de 1804 surgiu
a primeira locomotiva a vapor (figura 1) usando trilhos, que foi construída pelo engenheiro
inglês Richard Trevithick. A locomotiva conseguiu puxar cinco vagões com dez toneladas de
carga e setenta passageiros a uma velocidade de 8 quilômetros por hora. (SILVA).
No ano de 1812, outro inglês, John Blenkinshop, construiu uma locomotiva que
usava dois cilindros verticais que movimentavam um eixo, porém não teve sucesso também.
Foi somente no ano de 1814 que a primeira locomotiva com resultados concretos nasceu.
Chamada de Blucher, a locomotiva de George Stephenson destinada a transportar os materiais
da mina (figura 2), conseguiu puxar uma carga de trinta toneladas à velocidade de 6
quilômetros por hora (SILVA).
O início da era das ferrovias foi marcado no ano de 1830, quando foi inaugurada a
primeira linha férrea de longa distância para passageiros em escala comercial entre as cidades
de Liverpool e Manchester, na Inglaterra. No primeiro ano essa linha transportou 460.000
passageiros (SILVA).
bitola 1,63m e que foi percorrido a uma velocidade média de 38 quilômetros por hora. A
locomotiva que tracionava a composição era chamada de “A Baroneza” (figura 4), nome da
esposa do, agora, Barão de Mauá (BORGES NETO, 2012).
Figura 4 – A Baroneza
Foi só no ano de 1884 que a estrada de ferro chegou ao estado de Santa Catarina.
Segundo Borges Neto (2012 p. 14), “[...] em 1884, concluiu-se a Estrada de Ferro dona
Tereza Cristina, pioneira na Província de Santa Catarina, com extensão de 112 km [...] [...]
com objetivo de trazer carvão de pedra das minas para o Porto de Imbituba”. Hoje a ferrovia
Tereza Cristina conta com uma extensão de 164 quilômetros.
Fonte: https://portogente.com.br/colunistas/silvio-dos-santos/transporte-modal/portosde-
laguna-e-imbituba-24157 / (acesso em 2017).
Segundo Silveira (2002, p. 67) “A fase de estagnação durou até a década de 1960,
período em que o país passou a ter 38.287 quilômetros de linhas férreas, ou seja, em relação a
1930, houve apenas crescimento de 6.000 quilômetros.” Essa estagnação se deu devido ao
fato do desenvolvimento do sistema rodoviário no Brasil.
No ano de 1970 o sistema ferroviário brasileiro começa a desabar, justamente pelo
fato da concorrência direta com o setor do sistema rodoviário, sendo essa injusta levando ao
caso os investimentos iniciais, já que a malha rodoviária necessita de menos tempo e menos
dinheiro para ser implantada. Então, sem investimentos algum para a malha ferroviária, na
metade de 1990 começa um período de desestatização das ferrovias federais e estatuais,
desativando nesse período, em torno de 8.000 quilômetros de extensão ferroviária
(SILVEIRA, 2002).
21
Para Cabaña, “A malha ferroviária brasileira é obsoleta, com traçados antigos sem
a lógica da menor distância entre dois pontos, que correm lentos os enormes trens cargueiros.
Os serviços de passageiros praticamente acabaram, dando lugar ao transporte de carga”. Isso
se deu ao fato da falta de investimentos e planejamento no setor ferroviário durante sua época
de expansão, onde só se pensava em construir. Hoje conseguimos ver a falta que nos faz,
sendo ele um transporte ecológico e social, pois além de transportar um número grande de
pessoas e cargas, sua construção causa danos ambientais inferiores quando comparado a
construção de rodovias, e suas locomotivas poluem menos que os veículos que ali trafegam.
grande tecnologia na área férrea, usando assim, além do transporte de cargas, para pessoas
também (FREITAS).
O sistema ferroviário é caracterizado principalmente pela sua capacidade de
transportar grandes volumes com um uso racional de energia, especificamente em casos onde
as distâncias entre dois pontos são de médias a grandes. Além disso, apresenta uma segurança
superior ao modal rodoviário, incluindo um menor índice de acidentes, furtos e roubos
(ANTT).
Segundos dados da ANTT, são cargas típicas do modal ferroviário:
a) Produtos siderúrgicos;
b) Grãos;
c) Minério de ferro;
d) Cimento e cal;
e) Adubos e fertilizantes;
f) Derivados do petróleo
g) Calcário
h) Carvão mineral e clinquer; e
i) Contêineres.
Os vagões são classificados através de três letras e sete números, conforme indica
NBR 11691.
Hoje o sistema ferroviário brasileiro apresenta seus pontos positivos devido aos
resultados dos investimentos que a iniciativa privada trouxe para o setor. Através das
concessionárias, conseguimos aumentar os investimentos na manutenção das linhas
concedidas, a tonelagem transportada aumentou consideravelmente, e o nível de segurança
aumentou, esse comprovado pela diminuição no índice de acidentes (CNT).
Na década de 1960, a malha ferroviária chegou a possuir uma quilometragem total
de 38.287 quilômetros, e diminuindo para 28.942 quilômetros em 1980. Em 2012 a malha
ferroviária alcançou a quilometragem de 30.129 quilômetros, sendo uma densidade de 3,3
quilômetros de linhas férreo por mil km² de território, sendo menor que em 1960, porém
maior que em 1980. Essa redução da malha se deu devido ao fato de tentar eliminar vias
deficitárias e ramais ferroviários que eram antieconômicos, tentando assim reduzir o déficit do
setor no orçamento da união. De 1960 até 2012, foram desativados aproximadamente 8.000
quilômetros de linhas férreas. O gráfico 2 mostra a evolução da extensão de infraestrutura
ferroviária desde sua criação até os dias atuais (CNT).
32
Os ganhos na eficiência podem ser notados pelos gráficos a seguir, onde o gráfico
3 apresenta as reduções no índice de acidentes, que foi de 81%. O gráfico 4 mostra um
aumento de 133% na produção de tonelada quilômetro útil. O gráfico 5 demonstra o
crescimento dos investimentos para o setor, que foram possíveis pelos investimentos das
concessionárias. Esses investimentos foram primeiramente utilizados para recuperar a malha
ferroviária e material rodante, de 2000 a 2007, em seguida, prezaram-se pelo aumento da
capacidade e melhoria dos serviços operacionais, e hoje os investimentos são para superação
dos gargalos logísticos e expansão da malha (CNT).
A ferrovia que liga o Rio de Janeiro ao Espírito Santo terá como objetivo o acesso
aos portos dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, melhorando a logística de
importação e exportação de cargas da região sudeste. A proposta é conectar a malha
concedida à MRS Logística S.A., no município de Nova Iguaçu/RJ e à Estrada de Ferro
Vitória Minas concedida à Vale S.A., no município de Cariacica/ES. Será investido 7,8
bilhões de reais em uma extensão de 572 quilômetros (PIL 2015).
Fonte: Desconhecido
Nesse caso, seria indicado para uso do modal ferroviário, o transporte de grandes
volumes de cargas, com grandes distância a serem percorridas. O frete do sistema ferroviário
se baseia na quilometragem percorrida, e no peso da mercadoria (Guia do Transportador).
O setor oferece diretamente, ganhos de valor na produção nacional ao ofertar
serviços de transportes, e indiretamente viabiliza a interação do mercado e estimula a
realização de novos negócios, que ajudam na formação do produto interno bruto, PIB (CNT,
2014).
42
e 65 trens de passageiros por dia, que podem alcançar uma velocidade de 100 e 200 km por
hora respectivamente (G1 2016).
Os americanos tem paixão por trens desde o século 19, e foi a ferrovia responsável
de que os Estados Unidos se tornassem tão desenvolvidos economicamente como são hoje.
Baltimore and Ohio Railroad (B&O), foi a primeira companhia férrea dos Estados
Unidos, fundada em 1827, com seu primeiro trecho entre Baltimore e Ellicott’s Mills em 24
de maio de 1830, e posteriormente levou seus trilhos para a capital Washington D.C.
(NASCIMENTO, 2012).
Apesar do transporte ferroviário ter nascido na Europa, Os Estados Unidos tem
uma história tão forte com esse setor, que sua história se confunde com a história do país.
A maior malha ferroviária do mundo é a norte-americana, na casa dos 225 mil
quilômetros, fazendo o país liderar na movimentação de cargas. Segundo dados da
Association of American Railroads (AAR), retirado da ANTF, “as ferrovias dos Estados
Unidos transportaram 2.805.960 milhões de TKU, volume 5,7% inferior ao de 2014
(2.976.408 milhões de TKU)”.
Essa expansão tem sido mais para envolver uma melhora na eficiência das rotas já
existentes, ampliando a movimentação de cargas e a capacidade para transportar diferentes
tipos de cargas. Alguns trilhos já estão sendo construídos em pista dupla a fim de conseguir
atender a demanda de frente no país. Túneis estão sendo aumentados para acomodar
contêineres empilhados (AAR).
As ferrovias são a fundação para a economia da América. As estradas de ferro dos
Estados Unidos controlas um sistema de trilho completo e eficiente. Os gastos da indústria
ferroviários apoiam 274 bilhões na atividade econômica do país a cada ano. Sendo assim, para
cada dólar gasto com a ferrovia, dez dólares em atividades econômicas são gerados. De 1980
a 2015, as ferrovias de carga privada gastaram 630 bilhões de dólares de seus próprios fundos
em locomotivas, vagões de carga, trilhos, pontes, túneis e outras infraestruturas e
equipamentos.
O país investe pesado para melhor a infraestrutura ferroviária, que é uma ótima
fonte da economia americana. Só em 2015 os Estados Unidos gastaram cerca de 30 bilhões de
dólares para ´sustentar e melhorar a rede nacional (AAR).
44
Apesar das dimensões continentais que o Brasil possui, pouco é aproveitado nosso
território para o transporte ferroviário de cargas quando comparados com países de grande
extensão territorial que usam esse tipo de sistema. Demonstrando o gráfico abaixo,
conseguimos analisar a grande desproporção do uso de ferrovias no Brasil, quando
comparados com países que também possuem grandes extensões territoriais (IPEA).
um grande futuro, por possuir um país com grande extensão territorial e com valiosas e
variadas riquezas naturais.
Segundo a Revista Ferroviária (2010 p.78), em 1994, eram transportados nas
ferrovias brasileiras apenas 22,6% de todas as cargas, enquanto nos Estados Unidos, era
transportado 37,2%, já para o ano de 2001, as ferrovias brasileiras passaram a transportar
apenas 20%, enquanto nos Estados Unidos foi para 38%. Vimos que ao decorrer do tempo, o
Brasil está retraindo em um modal que cooperada para o desenvolvimento ao invés de avançar
frente a economia.
5 CONCLUSÃO
seria gasto com a reforma das rodovias, onde vimos que quando uma construção de rodovias
está sendo finalizada, já é necessário começar os trabalhos de recapagem do asfalto.
Apesar desse fato, o cenário parece animador para o setor, já que o plano de
investimentos em logística prevê um orçamento de 86,4 bilhões de reais para a ampliação e
modernização de mais de 7,5 mil quilômetros de linhas férreas, investimento esse que ligaria
as vias e dariam mais sentido para o traçado atual.
Em um desses investimentos, consta o projeto de construção da ferrovia
Bioceânica, também conhecida como ferrovia Transoceânica, ela irá beneficiar o comércio de
cinco nações sul-americanas: Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai e Brasil. O Brasil tem interesse
nesse projeto, pois ele conseguirá chegar ao oceano pacífico e atender o mercado asiático
(EBC).
O transporte por ferrovias é a saída mais evidente para o crescimento sustentável
na economia do nosso país. Se não for investido pesado nos trilhos para poder oferecer o
deslocamento rápido e barato para os produtos brasileiros, nosso país seguirá perdendo a
competitividade por deixar de aproveitar as conexões das regiões agrícolas com os portos.
Apesar de todos esses entraves, parece que estamos voltando para os trilhos, pois
vimos uma clara retomada nos investimentos, é uma pena ser para recuperar o tempo perdido,
onde os investimentos estão sendo para remover parte de entulhos sobre as vias, e não para a
ampliação das mesmas.
50
REFERÊNCIAS
FOLHA DE S. PAULO. Brasil tem apenas três linhas de trens para passageiros, 2007.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0508200714.htm>. Acesso em:
22 maio 2017
Globo. "Suíça inaugura túnel ferroviário mais longo do mundo"; G1, 2016. Disponível
em < http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/suica-inaugura-tunel-ferroviario-mais-
longo-do-mundo.html>. Acesso em 15 maio 2017.
JATOBA, Ivana. Eng.ª Civil MsC. Eng. Ambiental. Ferrovia e Sustentabilidade. Disponível
em: <http://www.universojatoba.com.br/sustentabilidade/preservacaoambiental/ferrovias-e-
sustentabilidade>. Acesso em: 25 maio 2017
SANTOS, Silvio dos. Transporte Ferroviário: Histórias e Técnicas. São Paulo: Cengage
Learning, 2011
SILVA, Júlio César Lázaro da. "Breve História das Ferrovias"; Brasil Escola. Disponível
em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/ferrovias.htm>. Acesso em 26 de abril de 2017.
TRANSPORTADOR, Guia do. Principais tipos de vagão de trem. 2010. Disponível em:
<http://www.guiadotrc.com.br/infra/vagoes.asp>. Aceso em 04 maio 2017.
ANEXOS
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