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Nível do óleo

Os frentistas dos postos geralmente são instruídos a oferecerem a verificação do nível


do fluido lubrificante por um motivo simples: a vareta indicadora quase sempre irá
acusar que há pouco óleo no motor. Isso acontece porque o líquido não desce
rapidamente até o cárter após o motor ter sido desligado: é preciso esperar até meia
hora para que todo o óleo escorra e seja possível verificar o nível.

Os resquícios de óleo indicarão o nível do fluido. Ele sempre deve estar acima do
mínimo (esquerda) ou encostado no máximo (direita) — Foto: Autoesporte

É possível fazer essa checagem na sua própria garagem. Basta apenas que o carro
esteja em um local plano, pois um desnível no solo pode fazer com que a vareta acuse
mais ou menos óleo que a realidade — basta imaginar um copo de água inclinado, com
menos líquido de um lado do que de outro.
O motor, naturalmente, precisa estar frio, então dê preferência para fazer a checagem
geral no período da manhã ou nos finais de semana, antes de usar o carro. Depois de
abrir o capô, localize a vareta indicadora (geralmente pintada em cores chamativas,
mas, na dúvida, consulte sua posição no manual do proprietário). Tenha em mãos um
pano de microfibra ou um pedaço de papel higiênico para fazer a limpeza da vareta.
Importante: não use tecidos que soltem fiapos, como estopa, pois eles podem ficar presos
na vareta e cair no óleo, com potencial para causar grandes prejuízos.
A checagem em si é simples: ao puxar a vareta com uma mão, use a outra com o pano
para limpá-la conforme a retira do motor. Isso elimina resíduos que iriam atrapalhar a
leitura. Após tirá-la completamente, coloque-a novamente no seu compartimento até o
fim e retire, dessa vez sem limpá-la.
Na ponta da vareta normalmente terá duas indicações: a mínima é aquela mais
próxima da ponta, enquanto a máxima é a que fica na parte superior. Os resquícios de
óleo indicam onde está o nível: ele sempre deve estar entre as duas marcas,
normalmente próximo da máxima.

Se houver menos ou mais óleo que o indicado o motor pode sofrer diferentes tipos de
danos. Mas evite completar o óleo com fluido novo, e só o faça emergencialmente: a
mistura de um lubrificante novo com o já usado no motor elimina qualquer propriedade
do fluido mais recente.
Outro detalhe é que o consumo de óleo em motores modernos é muito baixo: via de
regra, não há necessidade em completar o fluido dentro do intervalo de trocas. Se o seu
carro estiver perdendo óleo muito rapidamente, leve-o ao mecânico para que ele possa
identificar possíveis vazamentos.

Fluido de arrefecimento
Outro item favorito de nove entre dez postos de combustível, o fluido de arrefecimento
(que não é só água) nunca deve ter seu nível verificado e seu compartimento aberto
quando o motor está quente — e é exatamente isso que muitos frentistas ainda fazem.
Às vezes pode ser necessário limpar a parte de fora do reservatório do fluido de
arrefecimento para localizar as marcas de mínimo e máximo. E NUNCA abra o
compartimento com o motor quente — Foto: Autoesporte

Há dois problemas. O primeiro é o risco de queimaduras nas mãos ou até no rosto, já


que pode sair vapor ou mesmo jatos do fluido — uma mistura de água e etilenoglicol —
em alta pressão e temperatura após remover a tampa. O segundo envolve a ebulição
do líquido, que ocorre assim que a pressão do ar no compartimento cai após o
reservatório ser aberto. Essa ebulição gera bolhas que podem percorrer o circuito de
arrefecimento, atingirem as válvulas que fazem o controle do fluido e bloquearem elas
fechadas. Resultado: o motor pode superaquecer minutos após o funcionário do posto
ter "completado a água" do radiador.
Evitar tudo isso é fácil e nem será preciso sujar as mãos. Para verificar o fluido basta
encontrar a localização do reservatório (na dúvida, consulte o manual para não
confundir os tanques) e checar onde estão as marcas mínimo e máximo. O fluido deve
estar entre no meio das duas, ou próximo da linha superior.
Como o óleo, não é normal que o nível do fluido caia ao longo de sua vida útil. Mas neste
caso é possível completar até o máximo na sua própria casa. O motor precisa estar
frio e é preciso comprar o fluido de arrefecimento compatível com o seu veículo, conforme
indicação do manual do condutor. É possível comprar o líquido de duas maneiras: já
diluído, pronto para o uso, e concentrado, que deve ser misturado com água em uma
proporção indicada pela fabricante.
Atenção: seja para misturar com o fluido concentrado, seja para colocar direto no
reservatório, nunca coloque água de torneira no carro. Ela possui minerais que podem
danificar a médio e longo prazo seu motor e sistema de refrigeração. O recomendado é
usar água desmineralizada, que pode ser encontrada facilmente em lojas de
autopeças.
Fluido de freio
A checagem desse fluido tem sido cada vez mais difícil, com a redução do espaço no
cofre do motor e o próprio desinteresse do consumidor em fazer checagens por conta
própria. Mas o nível correto do fluido é essencial: pouco líquido pode prejudicar ou até
impedir que o carro freie de forma adequada.
A marcação de máximo no reservatório do fluido de freio nem sempre é legível. Um
sensor alerta no painel caso o nível esteja muito baixo — Foto: Autoesporte

Como outros líquidos, não há motivo para que o carro perca o fluido de freio dentro do
intervalo de troca, e qualquer nível que não seja o máximo ou próximo dele indica um
problema grave, que exige a verificação e reparo imediato.
O reservatório possui indicações de mínimo e máximo em sua parede, mas a
esmagadora maioria dos carros modernos possui uma proteção extra: um pequeno
sensor junto à tampa detecta se o líquido está perigosamente próximo do mínimo
e avisa o motorista por meio de uma luz-espia no painel.
Pneus
Muita gente acha que um pneu gasto é somente aquele careca, quando não há mais
sulcos aparentes. Mas a lei (e a segurança) têm o mínimo estabelecido: 1,6 mm. Se os
sulcos do composto estiverem mais rasos que isso, além da multa, você pode estar
correndo perigo, especialmente ao dirigir na chuva.
As letras TWI (em destaque) indicam onde está o ressalto (próximo ao dedo) no sulco
que alerta para o momento correto da troca do pneu — Foto: Autoesporte

No entanto as fabricantes de pneus já oferecem há muito tempo um indicador visual do


momento certo para a troca. Ele é chamado de TWI (indicador de desgaste da banda
de rodagem, em inglês) e é sempre indicado pelas próprias iniciais ou por um triângulo,
na lateral do pneu.
Após localizá-los, passe seu dedo nos sulcos exatamente ao lado da indicação. Você
vai notar um pequeno ressalto, uma espécie de "lombada", no fundo do sulco. Se o
topo desse ressalto estiver alinhado com a parte mais externa da banda de rodagem,
pode ir direto para o borracheiro: chegou a hora da troca.
Uma dica simples para facilitar a localização do ressalto, pelo menos nos pneus
dianteiros, é virá-los para fora, esterçando o volante todo para o lado. Lembre-se que
basta apenas um pneu ter alcançado o TWI para que o veículo já esteja irregular. E, na
hora da troca do pneu, valem as duas regras de ouro: 1- sempre fazer a reposição dos
pneus em pares no mesmo eixo e 2- colocar os compostos novos no eixo traseiro.
Palhetas
De longe, o item mais fácil de ser checado é, muitas vezes, o mais ignorado pelos
motoristas — especialmente em épocas de poucas chuvas. Verificar o desgaste delas
é simples: molhe o vidro, ou use o próprio lavador do para-brisas, e veja se elas estão
limpando a superfície corretamente, de ponta a ponta, sem vibrações ou ruídos.
Em muitos carros modernos não é possível erguer os braços dos limpadores sem
colocá-los em "modo de serviço/manutenção" — Foto: Autoesporte

É possível também verificar o desgaste da borracha visualmente, erguendo os braços


dos limpadores e procurando por partes da borracha ressecadas ou faltando. Não há
um prazo exato para a vida útil das palhetas, mas em carros que ficam a maior parte do
tempo no sol e com pouco uso dos limpadores elas normalmente duram um ano.
Levantar os braços e checar os danos ou mesmo para trocá-las é simples na maioria
dos carros, mas nos modelos mais modernos pode ser necessário colocá-las em modo
de serviço (também chamado de manutenção ou neve), quando o sistema levanta os
dois braços até eles ficarem perpendiculares à base. Isso acontece porque, em nome
da aerodinâmica, os limpadores estão ficando cada vez mais próximos (e ocultos pelo)
do capô, e nem sempre dá para erguer os braços sem que eles encostem na chapa.
O tal modo de serviço é acionado de diferentes maneiras nesses veículos, e podem
exigir até o acesso dessa função específica pelo sistema multimídia. Na maioria deles,
porém, acionar o recurso é simples: basta dar um toque na alavanca que aciona o
limpador do para-brisas com o veículo no modo acessório e motor desligado. Na
dúvida, já sabe: consulte o manual.
A marcação de máximo no reservatório do fluido de freio nem sempre é legível. Um
sensor alerta no painel caso o nível esteja muito baixo — Foto: Autoesporte

Como outros líquidos, não há motivo para que o carro perca o fluido de freio dentro do
intervalo de troca, e qualquer nível que não seja o máximo ou próximo dele indica um
problema grave, que exige a verificação e reparo imediato.
O reservatório possui indicações de mínimo e máximo em sua parede, mas a
esmagadora maioria dos carros modernos possui uma proteção extra: um pequeno
sensor junto à tampa detecta se o líquido está perigosamente próximo do mínimo
e avisa o motorista por meio de uma luz-espia no painel.
Pneus
Muita gente acha que um pneu gasto é somente aquele careca, quando não há mais
sulcos aparentes. Mas a lei (e a segurança) têm o mínimo estabelecido: 1,6 mm. Se os
sulcos do composto estiverem mais rasos que isso, além da multa, você pode estar
correndo perigo, especialmente ao dirigir na chuva.
As letras TWI (em destaque) indicam onde está o ressalto (próximo ao dedo) no sulco
que alerta para o momento correto da troca do pneu — Foto: Autoesporte

No entanto as fabricantes de pneus já oferecem há muito tempo um indicador visual do


momento certo para a troca. Ele é chamado de TWI (indicador de desgaste da banda
de rodagem, em inglês) e é sempre indicado pelas próprias iniciais ou por um triângulo,
na lateral do pneu.
Após localizá-los, passe seu dedo nos sulcos exatamente ao lado da indicação. Você
vai notar um pequeno ressalto, uma espécie de "lombada", no fundo do sulco. Se o
topo desse ressalto estiver alinhado com a parte mais externa da banda de rodagem,
pode ir direto para o borracheiro: chegou a hora da troca.
Uma dica simples para facilitar a localização do ressalto, pelo menos nos pneus
dianteiros, é virá-los para fora, esterçando o volante todo para o lado. Lembre-se que
basta apenas um pneu ter alcançado o TWI para que o veículo já esteja irregular. E, na
hora da troca do pneu, valem as duas regras de ouro: 1- sempre fazer a reposição dos
pneus em pares no mesmo eixo e 2- colocar os compostos novos no eixo traseiro.
Palhetas
De longe, o item mais fácil de ser checado é, muitas vezes, o mais ignorado pelos
motoristas — especialmente em épocas de poucas chuvas. Verificar o desgaste delas
é simples: molhe o vidro, ou use o próprio lavador do para-brisas, e veja se elas estão
limpando a superfície corretamente, de ponta a ponta, sem vibrações ou ruídos.
Em muitos carros modernos não é possível erguer os braços dos limpadores sem
colocá-los em "modo de serviço/manutenção" — Foto: Autoesporte

Os principais itens para incluir


na manutenção preventiva
1 - Freios
O fluido de freio deve ser trocado em média uma vez por ano. Discos
de freio, pastilhas, tambores e outras peças do sistema devem ser
revisados a cada 10 mil quilômetros.

2 - Troca de Óleo
Tanto o óleo lubrificante quanto o filtro do óleo precisam ser trocados
nas datas estabelecidas pela montadora, em média a cada 10 mil ou
a cada seis meses. Se isso não for feito, os danos ao motor podem
causar grandes prejuízos. Você também deve consultar o manual do
proprietário sobre as trocas de óleo da caixa e da direção hidráulica.

5 - Sistema de Arrefecimento
A cada 30 mil quilômetros é necessário executar uma limpeza no
sistema. Radiador e reservatório de expansão são as peças que
devem ser limpas. O fluido (água mais aditivo) é responsável pela
refrigeração e o perfeito funcionamento do motor. O aditivo do
radiador deve ser trocado também a cada 30 mil quilômetros.
4 - Filtro de Ar
Tipo de manutenção rápida, fácil e barata. A razão para substituir o
filtro de ar é muito simples: o fluxo de ar auxilia o motor a funcionar
com melhor performance, sem exigir muito desgaste. O ideal é que
um sistema de filtragem do ar seja substituído a cada ano, mas o
tempo de troca depende da utilização do veículo. Quanto mais usado
for o veículo, menor o prazo de troca do filtro.

5 - Filtro de combustível
O filtro de combustível é o guardião que evita a passagem de sujeira
do tanque do carro para o motor. Ele deve estar sempre em ótimo
estado. Ele deve ser trocado entre 10 mil e 15 mil quilômetros.

6 - Alinhamento e balanceamento
Para evitar o desgaste excessivo de pneus, alinhamento e
balanceamento são fundamentais. Recomenda-se executar o serviço
no máximo a cada 10 mil quilômetros, além de aproveitar e fazer o
rodizio dos pneus.

7 – Velas
As velas são fundamentais para o bom funcionamento do motor. Não
é preciso sentir uma falha para trocá-las. Elas podem estar
danificadas mesmo com o funcionamento aparentemente normal. A
substituição das velas deve ser feita exatamente na data estabelecida
pela montadora, que pode variar de 15 mil a 100 mil, conforme a
marca.

Dicas para manutenção do motor do carro


 Bicos injetores

Dificuldade de partida e consumo elevado de combustível podem indicar a necessidade

de limpeza dos bicos injetores. Para identificar o problema, é preciso medir a quantidade

de combustível injetado.

 Injeção direta

Alguns sistemas de injeção direta permitem reparos e troca de componentes. Por isso, é

fundamental ficar atento a possíveis defeitos e verificar esse componente sempre que
houver sinais de problema.

 Óleo do motor

Utilize apenas o óleo recomendado no manual do proprietário e faça as trocas no prazo

indicado. Jamais complete o nível. Em caso de vazamento, a dica para manutenção do

motor do carro é corrigir o problema e trocar o óleo.

 Mangueiras

As mangueiras de combustível e radiador possuem vida útil de, aproximadamente, cinco

anos. Para evitar fissuras e problemas, é indicado checar e trocar preventivamente esses

itens.

 Velas

Em média, a recomendação é verificar a vela a cada 10.000 km ou anualmente. Porém, é

fundamental conferir a vida útil da vela do seu carro no manual do proprietário e seguir a

recomendação.

 Correia dentada
Siga a indicação da fabricante do veículo para a troca da correia dentada e verifique com

o seu mecânico a necessidade de fazer a substituição de todas as peças do conjunto de

sincronização.

 Radiador

Verifique a proporção entre a água e o aditivo e faça a manutenção do sistema de

arrefecimento completo, observando a temperatura de trabalho do motor.

Cuidados do dia a dia com o motor do carro

Juntamente com os cuidados para manutenção do motor do carro, existem alguns

hábitos que aumentam a vida útil das peças e melhoram o funcionamento do veículo:

 Evite acelerar o carro imediatamente depois da partida ou desligamento;

 Faça a troca de óleo e filtro na quilometragem indicada;

 Utilize combustível de qualidade;

 Cheque o nível do óleo do reservatório de arrefecimento do motor.

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