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O início do diagnóstico

Em qualquer conserto, a perfeita comunicação entre o proprietário do veículo e o mecânico é


fundamental. Mas também é preciso estar sempre atento para filtrar as informações erradas.
Para ajudar nesse trabalho, é importante fazer algumas perguntas pontuais ao cliente:

Quando começou o problema?

Em que condição ele aparece?

Caso seja ruído, é uma batida, um chiado ou outro barulho?

Em qual lado do veículo ocorre?

Após essa pequena “entrevista”, o ideal é que o mecânico faça um teste de rodagem na
companhia do dono, até conseguir reproduzir o defeito reclamado. Também é muito
importante ficar atento e anotar todos os outros problemas que o carro apresente.

Para facilitar esse trabalho inicial, sempre recomendamos aos mecânicos que incentivem seus
clientes a conferir o nosso portal, em que existe uma categoria destinada aos proprietários. Os
artigos dessa seção contêm uma linguagem bem acessível para o aprendizado desse público.
Ele pode encontrar também diversas dicas e boas práticas para lidar com o veículo da melhor
forma.

Como exemplo, podemos utilizar o conteúdo especial sobre o sistema de freios. O cliente que
realiza essa leitura saberá expressar sua reclamação com muita facilidade. Muitas vezes, essa
maior interação aumenta a eficiência do diagnóstico e até a rapidez do conserto. Ele ainda vai
ficar bastante grato com essa demonstração de cuidado da sua parte.

Os principais problemas

Depois que voltar do teste de rodagem, o ideal é o mecânico fazer uma verificação completa
no sistema de freios, conferindo o acionamento do pedal, os componentes da parte dianteira,
o estado do fluido e depois percorrendo todo o circuito até chegar a cada uma das rodas.

A seguir, reunimos alguns dos principais problemas que costumam aparecer no sistema. Com
essas informações em mente, você poderá aprimorar as suas competências durante os
diagnósticos, tornando o seu trabalho mais rápido e certeiro. Confira!

Pedal duro

Essa é uma reclamação relativamente fácil de ser diagnosticada. Na maioria dos casos, o
problema é causado por alguma falha no principal multiplicador de forças do sistema: o
servofreio. Entre as principais situações, podemos destacar:
Válvula unidirecional obstruída;

Vazamentos na mangueira que conecta o componente ao motor;

Diafragma danificado;

Entupimento no filtro de ar da peça.

Pedal com curso longo

Aqui, você escutará a seguinte reclamação do proprietário: preciso pressionar o pedal quase
ou até o fim para conseguir frear o veículo, o que pode estar acontecendo? Essas falhas
costumam ser causadas principalmente pelo sistema hidráulico. Vamos relembrar as
principais:

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Vazamentos internos no cilindro mestre;

Problemas nas pinças de freio ou nos cilindros de roda;

Danos nas tubulações rígidas ou nos flexíveis;

Presença de ar no sistema hidráulico;

Folga incorreta entre os tambores e as lonas.

Pedal esponjoso

Sempre que é pressionado, o pedal apresenta um comportamento “esponjoso”, passando uma


sensação de insegurança ao dono do carro. Também recua à posição original com lentidão. Na
maioria dos casos, essa falha é provocada pela presença de ar dentro do sistema hidráulico.

Além disso, vale examinar o estado do fluido de freio. Com o passar do tempo, esse líquido
tende a acumular água. Para fazer um trabalho de qualidade (que, sabemos, é a sua
especialidade), o ideal é trocar todo o fluido de acordo com a classificação indicada no manual
do veículo e realizar a sangria do sistema.

Vibrações

Esse sintoma é caracterizado pela trepidação do pedal durante as frenagens. Porém, é preciso
tomar bastante cuidado ao examinar esse sintoma. Muitas vezes, é apenas um
desconhecimento do dono do veículo em relação ao funcionamento dos freios ABS, que
passaram a ser obrigatórios no Brasil desde 2014.
Quando esse sistema eletrônico está atuando, o motorista tende a sentir uma vibração no
pedal — e isso não é uma falha técnica. Mas existem outros tipos de vibrações no sistema de
freios que não tem nada a ver com o ABS e precisam ser checados com atenção redobrada:

Discos de freios empenados;

Cubos de rodas empenados;

Ovalizações nos tambores.

Desvios ao frear

Como acabam interferindo na direção, os desvios de trajetória durante as frenagens


costumam confundir os proprietários dos veículos. Uma causa bastante comum desse
problema são as manutenções feitas “pela metade”, como a troca de componentes dos freios
apenas de um lado do carro.

Pinça de freio com êmbolo travado ou vazamento de fluido nos cilindro de roda também são
elementos que contribuem para o desvio de trajetória em freadas de pânico.

Mas também podem indicar problemas muito mais sérios, como serviços no chassi que deram
errado ou carros recuperados de acidentes graves. O ideal é fazer uma análise cuidadosa na
oficina e, se ficar na dúvida, recorrer à ajuda de um especialista estrutural, levando o veículo
até ele.

Ruídos

Atualmente, essa é uma das maiores reclamações dos clientes. Mas o mecânico deve ter muito
cuidado no diagnóstico, porque o ruído pode estar sendo causado por outros componentes.
Quando o problema está realmente nos freios, as causas principais são as seguintes:

Discos de freio com superfícies irregulares;

Contato irregular das pastilhas com os discos;

Pastilhas flutuando nas pinças;

Pastilhas erradas para o veículo;

Pastilhas mal assentadas;

Pastilhas de baixa qualidade.

Problemas eletrônicos

Conforme destacamos, os freios ABS deixaram de ser um acessório de luxo e se tornaram um


equipamento obrigatório na frota nacional. Por isso, o mecânico precisa estar sempre atento
durante o diagnóstico e, principalmente, conhecer bem o sistema. Se tiver um scanner
adequado para fazer a checagem então, melhor ainda!

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