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Projeto em Ensino

de Ciências e Biologia

Steffany Freitas da
Silva

Profa. Dra. Luísa Dias Brito


Ciências Biológicas- Licenciatura
Universidade Federal de Alfenas
Live Pública URBE URGE - Ailton Krenak

”Tempo”

Já dizia Gilberto Gil: “dizem que tempo é rei, ó tempo


rei, ó temperei, transformai as velhas formas do viver”.
Essa frase, ditada em sua música, me fez refletir o
tempo nessa atividade proposta, já que o tempo é rei,
sinônimo de algo precioso, porque demandamos tanto
tempo sem ter tempo para nada?
Como diz meu amigo Ailton Krenak “nós não sabemos o
que fazer com o nosso tempo”. Após vivenciar reflexões à
cerca do portfólio construído por mim, pude perceber que o
tempo é demandado pelo nosso querer, pela nossa pressa,
pela nossa importância às coisas que nós damos, onde nós
falta paciência mediante às urgências do cotidiano, assim
como eu pude vivenciar sentada, nessa praça. Analisando
todos os aspectos e ao assistir a live de Ailton Krenak, me
chama atenção quando ele cita: “a natureza é nosso bem
comum, temos de voltar a ela e desenvolver processos
acessíveis a todos, pois é dessa forma que fazemos
mudanças”. Mediante disso, fico a relembrar quando me
deparei com a atividade 1, e em um dos meus relatos eu
analisei que até o ar daquela praça era limpo, estranho
isso, pois estava dentro da cidade, não era um espaço que
não devinha de poluição, por exemplo, mais agora posso
entender que sim, era limpo porque ali existia a valorização
do dia, existia alegria, formas de conexão, de estar com
pessoas sem relatar os problemas, estar ali somente por ter
flores, o vento das árvore e o barulho dos pássaros, estar
ali porque como o Airton fala, “abrir nossos olhos para
enxergamos o que estamos vivenciando e achando normal”,
pois podemos ver, assim como eu, que ali não precisamos
encarar a vida tão à sério, não precisamos ver a sujeira da
cidade como algo que tenhamos de encarar, abrir os olhos
e ver que isso é fora do normal.
Me chama atenção o relato desse ser sensacional e
de suas falas tão importantes, quando ele diz que nós
seres humanos estamos tão habituados com o ar
poluído das cidades, que quando isso é tirado de nós
(digo eu por conta própria, porque somente pude sentar
ali e perceber a vida simples, quando eu fui instigada à
isso, estranho né? Porque é uma coisa tão singela, mais
que não paramos para fazer) nós achamos estranho,
sentimentos falta dessa “sujeira cotidiana”.
Ailton me ajudou muito a refletir essas imagens quando
ele cita o “corpo da terra como cataporas”, porque estão
impregnadas manchas espalhadas pelo mundo, e que
essas manchas possuem estéticas, ideias, formas
culturais e políticas de se representar, pois essas
manchas determinas à todo tempo as características de
tal lugar, e nessa praça, a catapora está representada
como manchas boas que nós fazem bem, que nós
alegram por estar ali.
Nós precisamos se reconciliar com esse organismo vivo
do planeta: a Terra. Isso não sou eu quem diz, é o Ailton,
e eu concordo, precisamos nos conectar ao que é puro e
muita das vezes não valorizamos, pois já que o tempo é
rei, porque nunca tiramos um tempo para apreciar as
coisas ao nosso redor?
“(…) Eu não acredito que alguém sai do Brasil para
passear em Dubai.. é uma cafonice, um abismo.. porque
não podemos apreciar o que temos aqui?” Sim, você está
certo Ailton, e me pego pensando, porque nós temos que
sair da nossa zona de conforto para ir buscar felicidade
em coisas distantes? Não podemos sentar nessa praça,
tomar um sorvete, dar boas risadas e sermos felizes?
Realmente Gilberto Gil está certo, o tempo é rei. Ele é
precioso e não damos valor. É assim que Airton diz: abrir
os olhos para aquilo que vivenciamos e ainda achamos
normal.
O tempo é nada mais e nada menos a necessidade de dar
horas para aquilo que nos convém.

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