Você está na página 1de 85

Aptidão Física e Fatores de Risco Auto

Reportados: Estudo Descritivo com Idosos da


Região Norte de Portugal

Dissertação apresentada com vista à obtenção do 2º ciclo em


Atividade Física para a Terceira Idade, da Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto, ao abrigo do Decreto-Lei
nº 74/2006, de 24 de março, na redação dada pelo Decreto-
Lei nº 65/2018 de 16 de agosto.

Orientador: Professora Doutora Lucimere Bohn

Coorientador: Professor Doutor Jorge Augusto Pinto Silva Mota

Priscila Paiva

Porto, 2021
Paiva, P. (2021). Aptidão Física e Fatores de Risco Auto Reportados: Estudo
Descritivo com Idosos da Região Norte de Portugal. Dissertação de Mestrado
em Atividade Física para à Terceira Idade apresentada à Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto.

PALAVRAS-CHAVE: Terceira Idade, Envelhecimento, Força, Aptidão Aeróbia,


Vigilância, Cardiovascular

II
DEDICATÓRIA

Para todos que me chamam de “CILA”, pois tenho certeza de que tenho
morada eterna em seus corações.

III
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, Eraci e João Pedro, pois o suporte e o
apoio motivacional que me disponibilizaram foram essenciais para a conclusão
dessa etapa. Sou imensamente grata pelo amor incondicional que vocês têm
por mim.

Obrigada a todos da minha família por tudo que fizeram para me ajudar na
conclusão dessa etapa, principalmente às minhas parceiras de vida desde
sempre e para sempre Débora e Elisângela.

Obrigada à Professora Doutora Lucimere Bohn por me incentivar durante todo


esse percurso cheio de percalços, por não desistir e por não deixar que eu
desistisse mesmo nos momentos mais críticos. Obrigada por partilhar seu
conhecimento, por toda a atenção e disponibilidade ao longo de toda essa
caminhada.

Ao Professor Doutor Jorge Augusto Pinto Silva Mota por todo seu apoio, pela
partilha de informações e esclarecimentos que foram indispensáveis para a
conclusão dessa etapa.

Agradeço aos professores pelos ensinamentos e aos meus colegas de


mestrado que partilharam suas alegrias e frustrações ao longo desses anos,
em especial à menina Jussara, que além de colega de aula também foi colega
de quarto e amiga indispensável nos momentos mais críticos.

Obrigada Pedro Cachola pela disponibilidade e partilha de conhecimento para


me ajudar a concluir esse trabalho.

Agradeço à Lorraine por sempre me socorrer quando precisei, obrigada por


estar comigo nessa jornada e por usar da tua incrível inteligência e
conhecimento para me ajudar tanto.

V
Obrigada Ana Letycia, Camila, Luciani, Verena e Yndiara por todo suporte que
a amizade de vocês me proporcionou.

Agradeço à Sabrina Gomes por me auxiliar na busca do equilíbrio e da força


para seguir em frente.

Por fim, quero agradecer de todo o coração a todos que de alguma forma
fizeram parte da minha rede de apoio durante a concretização desse sonho e
dessa aventura que resolvi viver.

VI
Irmão, você não percebeu
Que você é o único representante
Do seu sonho na face da terra
Se isso não fizer você correr, chapa
Eu não sei o que vai
Somos maior, nos basta só sonhar, seguir
Então levanta e anda, vai, levanta e anda
Vai, levanta e anda, vai, levanta e anda

Emicida

VII
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... V

ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................... XI

ÍNDICE DE TABELAS ..................................................................................... XIII

RESUMO......................................................................................................... XV

ABSTRACT ................................................................................................... XVII

LISTA DE ABREVIATURAS ........................................................................... XIX

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 3

2.1. Envelhecimento na Europa e em Portugal ............................................ 5

2.2. Envelhecimento e Atividade Física ....................................................... 6

2.3. Aptidão Física ....................................................................................... 6

2.3.1. Aptidão Funcional Durante o Envelhecimento ................................ 8

2.3.2. Aptidão Funcional e Saúde Geral ................................................... 8

2.3.3. Aptidão Funcional e Qualidade de Vida .......................................... 8

2.3.4. Aptidão Funcional e Mobilidade Funcional ..................................... 9

2.3.5. Aptidão Funcional e Longevidade................................................... 9

2.3.6. Aptidão Funcional e Demência ..................................................... 10

2.4. Declínios da Aptidão Física ................................................................. 11

2.4.1. Declínio da Força.......................................................................... 11

2.4.2. Declínio no Equilíbrio .................................................................... 12

2.4.3. Declínio na Aptidão Cardiorrespiratória ........................................ 12

2.4.4. Composição Corporal ................................................................... 14

2.4.5. Declínio da Agilidade .................................................................... 15

2.4.6. Declínio da Flexibilidade ............................................................... 15

3. METODOLOGIA ....................................................................................... 17

IX
3.1. Desenho do Estudo e Participantes .................................................... 17

3.2. Recolha de Dados ............................................................................... 18

3.3. Métodos .............................................................................................. 18

3.3.1. Variáveis Sociodemográficas ....................................................... 18

3.3.2. Fatores de Risco e Histórico de Doença Cardiovascular .............. 18

3.3.3. Variáveis Antropométricas ............................................................ 18

3.3.4. Aptidão Física ............................................................................... 19

3.3.5. Procedimentos Estatísticos .......................................................... 21

4. RESULTADOS .......................................................................................... 23

5. DISCUSSÃO ............................................................................................. 45

6. CONCLUSÕES ......................................................................................... 51

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 53

X
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Classificação da Aptidão Cardiorrespiratória de acordo com os


percentis da população portuguesa e região geográfica .................................. 39
Figura 2. Classificação da Força dos Membros Inferiores de acordo com os
percentis da população portuguesa e região geográfica .................................. 40
Figura 3 – Classificação da Força dos Membros Superiores de acordo com os
percentis da população portuguesa e região geográfica .................................. 41
Figura 4. Classificação da Força dos Membros Superiores de acordo com os
percentis da população portuguesa e região geográfica .................................. 42
Figura 5. Classificação da Flexibilidade dos Membros Inferiores de acordo com
os percentis da população portuguesa e região geográfica ............................. 43
Figura 6. Classificação da Agilidade de acordo com os percentis da população
portuguesa e região geográfica ........................................................................ 44

XI
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Dados epidemiológicos, história de doença cardiovascular e fatores


de risco ............................................................................................................. 26
Tabela 2- Aptidão física dos idosos por região, sexo e faixa etária .................. 34

XIII
RESUMO

O objetivo desse estudo é descrever os níveis de aptidão física dos idosos


provenientes da Região Norte de Portugal. A amostra foi constituída por 693
idosos (idade média= 74,09 ± 6,59 anos; Mulheres= 70,40%) fisicamente
independentes para a realização das atividades da vida diária. A aptidão física
foi avaliada através do Senior Fitness Test. A prevalência de doenças
cardiovasculares e fatores de risco (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes
obesidade e tabagismo) foi auto reportada. Os homens, comparativamente às
mulheres, obtiveram melhor desempenho nos testes de aptidão
cardiorrespiratória (504,04 ± 148,13m versus 449,97 ± 149,80 m,
respetivamente; p=0,000), força dos membros superiores (19,39 ± 5,47 versus
17,76 ± 5,37; p<0,001), força de membros inferiores (17,13 ± 4,99 versus 15,69
± 5,5, respetivamente; p ˂0,01) e agilidade (6,49 ± 4,58 segundos versus 7,60
± 4,63 segundos, respetivamente; p˂0,05). Contrariamente, as mulheres,
comparativamente aos homens, demonstraram melhores resultados nos testes
de flexibilidade dos membros superiores (-16,37 ± 14,68 cm versus -22,01 ±
15,31 cm, respetivamente; p˂0,001) e inferiores (-5,94 ± 10,88 cm versus, -
10,77 ± 14,31cm respetivamente; p˂0,001). Observou-se também que todas as
componentes da aptidão física reduziam na medida em que a idade avançava.
A análise estratificada de acordo com a região geográfica mostrou que os
idosos com melhor aptidão física são os da região do Cávado, enquanto que os
idosos de Viana do Castelo e do Ave são os que apresentaram pior aptidão
física. Em relação aos fatores de risco, 27,80% auto reportaram ter hipertensão
arterial (Mulheres 26,40%, Homens: 24,90%, p = 0,218), 14,40% dislipidemia,
(Mulheres: 13,90%, Homens: 8,60%; p = 0,013), 13,20% diabetes (Homens:
14,20%, Mulheres: 10,70%; p = 0,659) e 29,21% obesidade (Homens: 29,90%,
Mulheres: 28,90%; p = 0,802).

PALAVRAS-CHAVE: Terceira Idade, Envelhecimento, Força, Aptidão Aeróbia,


Vigilância,Cardiovascular.

XV
ABSTRACT

The aim of this study is to describe physical fitness of the older adults from the
Northern Region of Portugal. The sample consisted of 693 older adults (mean
age= 74.09 ± 6.59 years; Female= 70.40%) physically independent to perform
daily living activities. Physical fitness was assessed using the Senior Fitness
Test. The prevalence of cardiovascular disease and risk factors (hypertension,
dyslipidemia, diabetes, obesity and smoking) was self-reported. Male,
compared to female, had higher cardiorespiratory fitness (504.04 ± 148.13 m
versus 449.97 ± 149.80m, respectively; p=0.000), upper body strength (19.39 ±
5.47 versus 17.76 ± 5.37; p<0.001), lower body strength (17.13 ± 4.99 versus
15.69 ± 5.5, respectively; p ˂0.01) and agility (6.49 ± 4.58 seconds versus 7.60
± 4.63 seconds, respectively; p˂0.05). In contrast, older female, compared to
older male, had higher upper (-16.37 ± 14.68 cm versus -22.01 ± 15.31 cm,
respectively; p˂0.001), and lower body flexibility (-5.94 ± 10.88 cm versus, -
10.77 ± 14.31cm respectively; p˂0.001). It was also observed that all
components of physical fitness decreased as age increased. Cávado was the
geographical region were older adults had the highest physical fitness scores,
while older adults from Viana do Castelo and Ave were those with the worst
physical fitness. Regarding the risk factors, 27.80% self-reported hypertension
(Female 26.40%, Male: 24.90%, p = 0.218), 14.40% dyslipidemia, (Female:
13.90%, Male: 8.60%; p = 0.013), 13.20% diabetes (Male: 14.20%, Female:
10.70%; p = 0.659) and 29.21% obesity (Male: 29.90%, Female: 28.90%; p =
0.802).

Keywords: Elderly, Aging, Strength, Aerobic Fitness, Surveillance,


Cardiovascular

XVII
LISTA DE ABREVIATURAS

AVD……………………Atividades da Vida Diária

HTA …………………..Hipertensão Arterial

IMC…………………….Índice de Massa Corporal

INE…………………….Instituto Nacional de Estatística

NUT……………………Nomenclaturas das Unidades Territoriais

SFT…………………….Senior Fitness Test

SPSS…………………..Statistical Package for the Social Sciences

WHO…………………...Word Health Organization

XIX
1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é uma realidade transversal a todos os


países (Khan, 2019). Nos últimos anos, em todo o mundo, o número de
pessoas com 60 anos ou mais aumentou consideravelmente e, em 2018, o
número de idosos ultrapassou o de crianças. De acordo com World Population
Prospects, o número de pessoas com mais de 65 anos poderá chegar a 1,5
bilhões entre os anos de 2019 e 2050 (Department of Economic Social Affairs
Population Division United Nations, 2019). O envelhecimento é uma
consequência do aumento da expectativa de vida da população, combinado
com o declínio das taxas de fecundidade (Pordata, 2019b). Portugal ocupa a
terceira posição no ranking de envelhecimento Europeu (Pordata, 2019a) e, de
acordo com dados demográficos do Instituto Nacional de Estatística, estima-se
que até 2080 a população idosa de Portugal seja de 2,8 milhões (INE, 2017a).

O processo de envelhecimento é acompanhado por declínios em


múltiplas esferas e, consequentemente, predispõe ao surgimento de limitações
que acabam por comprometer a qualidade de vida (Rikli & Jones, 1999c; Topp
et al., 2004). Diante dessa problemática, torna-se fundamental implementar
medidas de intervenção para prevenir ou retardar o surgimento do declínio
funcional, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos idosos
(Blagosklonny, 2010; Tosato et al., 2007).

A aptidão física, que se relaciona de forma importante tanto com a


qualidade de vida, como com a independência física, é uma das esferas muito
comprometidas com o desenrolar do processo de envelhecimento (Topp et al.,
2004). A aptidão física consiste na capacidade de realização de tarefas diárias
de maneira independente e segura, sem a presença de fadiga (Rikli & Jones,
1999c). Níveis ajustados nas componentes da aptidão física (isto é, força
muscular, aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade, agilidade e coordenação e
equilíbrio) desempenham um papel importante para a melhora/manutenção da
qualidade de vida dos idosos (Nawrocka et al., 2019). Uma aptidão física
adequada contribui para a melhoria da saúde física e mental dos idosos (Kim et

1
al., 2017). A avaliação sistemática da aptidão física através de estudos de
vigilância, é importante porque permite acompanhar o processo de
envelhecimento e identificar idosos que possam estar em risco de perda de
independência física. Nestas situações, os estudos de vigilância podem permitir
a implementação de programas de exercício físico assertivos, para aqueles
idosos que mais vulneráveis do ponto de vista físico. De acordo com o nosso
conhecimento, o último estudo de vigilância acerca da aptidão física nos idosos
a nível nacional, decorreu no ano de 2008 (Baptista et al., 2011).

Posto isto, o presente estudo tem como objetivo descrever os níveis de


aptidão física em idosos com idade superior a 65 anos da Região Norte de
Portugal e descrever a prevalência de doenças cardiovasculares e de fatores
de risco entre a mesma população.

2
2. REVISÃO DA LITERATURA

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo do


desenvolvimento humano que pode provocar mudanças no âmbito social,
psicológico e fisiológico (Charlier et al., 2015).

O envelhecimento populacional é uma das maiores transformações


sociais do século XXI. Estima-se que o número de idosos com 60 anos ou mais
duplique até 2050 e mais do que triplique em 2100 (Nações Unidas, 2020).
Importa ressaltar que a pandemia pela COVID-19 possa a vir interferir nestas
projeções, mas dados acerca desta temática ainda não estavam disponíveis no
momento da escrita deste documento.

O incremento no número de anos vividos parece não ter sido


acompanhado à mesma velocidade pela manutenção/aumento da qualidade de
vida (Brown, 2015). O número de idosos com limitações funcionais que
comprometem a qualidade de vida e propiciam o surgimento de comorbidades
retrata esta problemática (Topp et al., 2004). Diante dessa realidade, observa-
se a necessidade de medidas de intervenção para a preservação e melhora na
saúde e qualidade de vida do idoso (Blagosklonny, 2010; Tosato et al., 2007).

Um dos fatores determinantes da manutenção da qualidade de vida


durante o processo de envelhecimento é a prática regular de exercício físico
(Nawrocka et al., 2019). O exercício físico atua como um importante
componente para atenuar os declínios que surgem com o avanço da idade
(Paffenbarger et al., 1986), sendo capaz de desenvolver e/ou melhorar as
capacidades da aptidão física (força, aptidão cardiorrespiratória, equilíbrio e
flexibilidade) (Rikli & Jones, 1999a) e, consequentemente, a qualidade de vida
(Heydarnejad & Dehkordi, 2010; Rugbeer et al., 2017).

Chittrakul et al. (2020) observou que idosos submetidos a uma


intervenção de treino multicomponente, 3 vezes por semana, durante 4 meses,

3
obtiveram um aumento significativo na qualidade de vida comparativamente
aos idosos do grupo de controlo. De forma similar, Rugbeer et al. (2017)
realizaram um estudo com 84 idosos que praticaram exercícios de força,
resistência e mobilidade/equilíbrio durante 12 semanas. Os idosos foram
divididos em 2 grupos de treino multicomponente [um grupo treinou duas vezes
por semana (N=37) e o outro, três vezes por semana (N=47)]. Os idosos de
ambos os grupos reportaram melhoras significativas na qualidade de vida,
independentemente da frequência semanal de treino. Os programas de treino
aeróbios também contribuem para uma melhoria na qualidade de vida de
idosos. Por exemplo, um estudo realizado por Heydarnejad e Dehkordi (2010)
com 60 idosos, mostrou uma melhora significativa na qualidade de vida com
um programa de caminhada realizado 3 vezes por semana, durante 12
semanas.

Além do exercício físico, bons hábitos alimentares e a abstinência de


álcool e tabaco também possuem um papel importante no sentido de retardar
e/ou amenizar o surgimento dos declínios relacionados com o envelhecimento
(Paffenbarger et al., 1986) e preservar uma melhor qualidade de vida. Jiang e
Villareal (2019) descrevem que a combinação de uma abordagem combinada
de hábitos alimentares saudáveis, treino resistido e aeróbio tem um impacto
positivo na função física de idosos obesos. Outro estudo com 180 idosos
procurou comparar os efeitos da restrição calórica (mais ou menos severa)
combinada com a prática de exercícios aeróbios. Os resultados apresentados
mostram que tanto a restrição calórica menos severa como a mais severa
impactam positivamente na capacidade funcional dos idosos (Nicklas et al.,
2019).

Uma vida fisicamente ativa e com níveis ajustados de aptidão física pode
reduzir o risco de perda da independência nos idosos e minimizar os encargos
financeiros. A prática regular de atividade física, representa uma estratégia
importante do ponto de vista da saúde pública (Ding et al., 2016; Paterson &
Warburton, 2010), uma vez que as doenças associadas à inatividade física e à
baixa aptidão física têm um impacto importante na população em geral e nos

4
idosos, em particular (Arokiasamy et al., 2015; Marengoni et al., 2011). A
aptidão física adequada confere proteção para diversas condições de saúde
(Knapik et al., 2019). A monitorização da aptidão física permite acompanhar e
vigiar a evolução da mesma e também permite a deteção de idosos em risco
acrescido de desenvolvimento de síndromes geriátricas.

2.1. Envelhecimento na Europa e em Portugal

Há várias décadas observa-se o envelhecimento demográfico no mundo


todo, não sendo Portugal uma exceção. De acordo com os dados publicados
em 2018 pelo Instituto Nacional de Estatística, Portugal é terceiro país no
ranking de envelhecimento na União Europeia. Dados demográficos mostram o
aumento no número de idosos e a redução do número de jovens e pessoas em
idade ativa (PORDATA, 2021).

Na União Europeia, entre 2012 e 2017, o número de jovens sofreu uma


redução de 15,7% para 15,6%, enquanto o segmento idoso, aumentou de
18,2% para 19,7%. Em Portugal, o índice de envelhecimento, isto é, o número
de idosos para cada 100 jovens, aumentou de 133,5 em 2013, para 161,3 em
2019 (PORDATA, 2020). Consoante aos dados demográficos relativos aos
anos de 2017 a 2019, em Portugal, a expectativa de vida à nascença foi
estimada em 80,93 anos, sendo 77,95 anos para os homens e 83,51 anos para
as mulheres (INE, 2020). O aumento da expectativa de vida e a redução da
taxa de fecundidade explicam o quadro de envelhecimento (INE, 2017b).

5
2.2. Envelhecimento e Atividade Física

A atividade física é qualquer movimento corporal gerado pelos músculos


esqueléticos que tem como resultado um gasto de energia associado
(Caspersen et al., 1985). A prática regular de atividade física é um dos fatores
aliados para um envelhecimento bem-sucedido (Arem et al., 2015; Gopinath et
al., 2018; Sasaki, 2012).

A literatura mostra que pessoas fisicamente ativas tem uma taxa menor
de mortalidade por doenças não comunicáveis como cancro, diabetes e
doenças cardiovasculares (Saint-Maurice et al., 2018; Sakaue et al., 2020).
Também está descrito que a prática de atividade física é benéfica para a
capacidade funcional, reduzindo os riscos de limitações funcionais (McAuley et
al., 2006; Paterson & Warburton, 2010). de Melo et al. (2014) observaram a
associação entre atividade física e aptidão física em 60 idosos com mais de 65
anos. A atividade física foi avaliada através de pedómetros ao longo de 3 dias
consecutivos e a aptidão física, através do Senior Fitness Test. Os resultados
mostraram que os idosos que realizavam ≥ 6500 passos/dia apresentaram
melhor aptidão física em relação aos idosos que caminhavam <3000
passos/dia. De forma similar, um estudo realizado com 155 idosos portugueses
mostrou uma associação positiva entre os volumes de atividade física
moderada a vigorosa e o desempenho nos testes de aptidão física, o que
justifica a importância de incluir a atividade física na rotina dos idosos para
promover um envelhecimento saudável (Bravo et al., 2018)

2.3. Aptidão Física

A aptidão física, definida como um conjunto de atributos determinados pela


genética e pela prática de atividade física, determina o grau de dificuldade com
o qual os indivíduos realizam as atividades do quotidiano (Caspersen et al.,
1985). Os atributos da aptidão física estão relacionados com o desempenho
desportivo e com a saúde. A força muscular, aptidão cardiorrespiratória,

6
flexibilidade e composição corporal são os componentes da aptidão física
relacionados à saúde (Caspersen et al., 1985).

Especificamente em relação aos idosos, Rikli e Jones (1999c)


implementaram o conceito de aptidão funcional, também descrito como a
capacidade em realizar tarefas do cotidiano de maneira independente, com
segurança, sem a presença de fadiga. Para as autoras, a aptidão funcional
também deve incorporar os componentes coordenação e equilíbrio. O conceito
de aptidão funcional também é descrito como a capacidade de usufruir das
atividades de lazer e ser capaz de responder a uma situação de emergência
(Garber et al., 2011a).

Força muscular é definida como a quantidade máxima de força que um


grupo muscular ou um músculo pode gerar dentro de um padrão específico e
com determinada velocidade de movimento (Fleck & Kraemer, 2017). A aptidão
cardiorrespiratória é a capacidade de realizar exercícios dinâmicos de
intensidade moderada a elevada (Hawkins & Wiswell, 2003) envolvendo
grandes grupos musculares, por períodos de tempo prolongado (American
college of sports medicine, 2003). A flexibilidade diz respeito a capacidade
física de executar, de maneira voluntária, um movimento com uma amplitude
máxima podendo envolver uma ou um conjunto de articulações (Llano et al.,
2002). A composição corporal, considerando modelos de 3 componentes, diz
respeito a quantidade de massa muscular, massa gorda e tecido ósseo no
corpo humano. Por fim, o equilíbrio é a habilidade de manter o centro da massa
do corpo na base de sustentação, realizar o deslocamento do peso do corpo
com rapidez e precisão em diferentes direções a partir do seu centro,
movendo-se com segurança, à velocidade desejada, de maneira coordenada e
com capacidade de se ajustar às perturbações externas (Bruni et al., 2008).

7
2.3.1. Aptidão Funcional Durante o Envelhecimento

Um bom estado de saúde geral associado a um bom nível de capacidade


funcional permite ao idoso viver de maneira independente (Garber et al.,
2011a; Garber et al., 2011b). Por isso, são necessários níveis ajustados de
força muscular, flexibilidade, aptidão cardiorrespiratória, agilidade
motora/equilíbrio dinâmico e composição corporal apropriada (Rikli & Jones,
1999b).

2.3.2. Aptidão Funcional e Saúde Geral

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado de


bem-de estar físico, mental e social completo, não se caracterizando somente
como a ausência de doenças ou deficiências (de la Santé, 1999). Ainda, saúde
não é apenas definida como um objetivo a ser atingido, mas sim um recurso da
vida cotidiana. Por isso, saúde é um conceito que valoriza os recursos sociais,
individuas e as capacidades físicas (de la Santé, 1999).

Com o processo de envelhecimento, a saúde pode ser seriamente


comprometida, sendo a adoção de estilos de vida saudáveis uma estratégia
para ajudar a preservar a aptidão funcional e, consequentemente, a saúde
física e mental (Kim et al., 2017) e a qualidade de vida (Takata et al., 2010).

2.3.3. Aptidão Funcional e Qualidade de Vida

A qualidade de vida é uma perceção individual que engloba contextos


culturais e valores pessoais. A qualidade de vida está relacionada com
objetivos, expectativas e normas. É um conceito subjetivo amplo que inclui
saúde física, psicológica, independência, relações sociais, crenças, convicções

8
e aspetos importantes do meio ambiente (WHO, 1997 citado em Michalos
(2014).

O idoso, por diferentes motivos, fica mais suscetível a perder qualidade de


vida e, por essa razão, a inclusão de atividade física na sua rotina se faz
indispensável. Estudos mostram que idosos que cumprem as recomendações
da atividade física apresentam melhor qualidade de vida quando comparados a
idosos que não cumprem as recomendações (Kim et al., 2017; Nawrocka et al.,
2019). De forma similar, de Oliveira et al. (2019) observaram que idosos
fisicamente ativos, comparativamente a inativos, apresentavam melhor
qualidade de vida e independência funcional.

2.3.4. Aptidão Funcional e Mobilidade Funcional

Com o avanço da idade, a mobilidade funcional fica comprometida. Um


redução na mobilidade é um fator preditor de quedas, uma vez que
compromete o comprimento da passada, diminui a cadência e reduz a
velocidade da marcha (Rose, 2010). Baixos níveis de atividade física,
obesidade e sarcopenia estão diretamente ligados com a redução da
mobilidade (Brown & Flood, 2013; World Health Organization, 2015), tendo
como resultado o declínio da funcionalidade física nos idosos (Rikli & Jones,
1999a).

2.3.5. Aptidão Funcional e Longevidade

O desenvolvimento da medicina tem contribuído para o aumento da


longevidade, possibilitando o diagnóstico precoce e tratamento de doenças,
reduzindo a mortalidade precoce (Kumon et al., 2009). Além disso, fatores
socioambientais e comportamentais (Miura, 2011) também colaboram para
uma vida mais longeva.

9
A inatividade física, tabagismo, consumo excessivo de álcool e hábitos
alimentares incorretos, a longo prazo, têm repercussão negativa na
longevidade (Haveman-Nies et al., 2002). Observa-se também que diversas
doenças crónicas são agravadas precocemente devido a uma vida com
múltiplos fatores de stress (Fernandes, 2007). A atividade física parece estar
ligada a uma maior longevidade (Kohl et al., 2012) e a uma preservação da
qualidade de vida nos idosos que vivem mais anos (Virtuso et al., 2015).

2.3.6. Aptidão Funcional e Demência

O risco de desenvolvimento de doenças neuro degenerativas aumenta na


medida em que as pessoas envelhecem (Plassman et al., 2007). O conceito de
demência é caracterizado por um prejuízo na memória, no pensamento, no
julgamento e processamento de informações, além do desenvolvimento de
outros declínios cognitivos como afasia, apraxia, agnosia e essas condições
são suficientemente graves para afetar o desempenho social ou profissional
podendo causar algum grau de alteração de personalidade durante a ausência
de consciência (Valente, 2006). A manutenção da aptidão funcional e a prática
regular de exercício físico são ferramentas que contribuem para a prevenção
das funções cognitivas durante o processo de envelhecimento, para além de
contribuírem para a manutenção mais prolongada de função cognitiva em
sujeitos que apresentam declínio cognitivo ligeiro (Norton et al., 2014).
Observou-se que um estilo de vida fisicamente inativo, somado a reduzidos
níveis de aptidão funcional, está relacionado com uma maior incidência de
demência em idosos (Cunningham et al., 2020). A prática de exercício físico
atua na melhora das funções cognitivas através das alterações benéficas nas
funções cerebrais e também pode viabilizar a neurogénese (Horowitz et al.,
2020). Outro estudo, incluindo 875 idosos brasileiros (71,6 ± 7,9 anos), mostrou
a relação positiva entre o nível de atividade física e o estado da saúde mental.
Além disso, os autores verificaram uma maior prevalência de demência entre
os idosos fisicamente inativos (Benedetti et al., 2008).

10
Considerando estas evidências, torna-se fundamental manter bons níveis
de atividade física e de aptidão física pois ambas exercem um papel importante
na preservação da função cognitiva entre idosos (Paterson & Warburton, 2010).

2.4. Declínios da Aptidão Física

2.4.1. Declínio da Força

Com o processo de envelhecimento ocorre a redução da força muscular


e esse declínio pode propiciar diminuições significativas no desempenho das
estruturas musculares que podem causar sérios danos aos idosos como a
redução da mobilidade (Rizzoli et al., 2013), elevado risco de lesões
relacionadas a quedas. De facto, diversos estudos apontam que uma baixa
força muscular dos membros inferiores é preditor de quedas (El-Khoury et al.,
2013; Kwan et al., 2011). Destaca-se que a perda de massa muscular é mais
evidente nos membros inferiores comparativamente à força dos membros
superiores (Santos et al., 2013).

Com o acréscimo de anos vividos, a capacidade de produção de força


muscular fica diminuída porque há uma perda de moto neurónios e uma
redução consequente na área de secção transversa muscular (Fleck &
Kraemer, 2017; Gallahue et al., 2013; Roncato et al., 2014). O declínio da
massa muscular tem início a partir dos 50 anos, com uma taxa de redução de
1,4% ao ano. Entre os 60 e aos 80 anos, há uma redução de aproximadamente
40% da massa muscular (Deschenes, 2004). Relativamente ao sexo, após os
75 anos é possível identificar a redução de força entre 3% e 4% ao ano para
homens e entre 2,5% e 3% ao ano nas mulheres (Mitchell et al., 2012). Por
isso, o treino resistido é um elemento considerado fundamental para a
manutenção da saúde dos idosos (Paúl & Ribeiro, 2012). O treino de força

11
aumenta a força e a resistência muscular e, dessa forma, atua na manutenção
da saúde e na independência do idoso para a realização das tarefas diárias
(Lemmer et al., 2000). Observa-se também que a prática do treino resistido
reduz os fatores de risco para doenças cardiovasculares, cancro, diabetes e
osteoporose (Daniels et al., 2008; Liu & Latham, 2009; Martyn-St James &
Carroll, 2006; McDermott & Mernitz, 2006).

2.4.2. Declínio no Equilíbrio

O declínio no equilíbrio dinâmico e estático ocorre de forma progressiva


e envolve o envelhecimento dos sistemas sensoriais (visão, propriocepção e
sistema vestibular) e a redução das demais capacidades funcionais (Spirduso
et al., 2005). O declínio do equilíbrio é mais acentuado a partir do 60 anos
(Resende-Neto et al., 2016).

A diminuição do equilíbrio conjuntamente com alterações na marcha,


mobilidade e variáveis psicológicas (como o medo de cair) dentre outras,
determinam um aumento do risco de quedas (Rose, 2010), que por sua vez,
são as principais causas de incapacidade nas pessoas com mais de 65 anos
(Jin, 2018). Estudos mostram que 30% dos idosos caem pelo menos uma vez
ao ano (Tinetti, 2003). Estes indicadores revelam a importância da
implementação de estratégias com base nos elementos modificáveis para
prevenir as quedas (Jin, 2018), como programas de exercício físico incluindo
equilíbrio, força, resistência e flexibilidade (Nelson et al., 2007). Sherrington et
al. (2017) relatam que 3 horas por semana de exercício multicomponente pode
reduzir aproximadamente 21% a prevalência de quedas.

2.4.3. Declínio na Aptidão Cardiorrespiratória

Com o envelhecimento são observadas alterações nos sistemas


cardiorrespiratório e muscular que levam à uma perda da aptidão

12
cardiorrespiratória (Fleg et al., 2005). Adicionalmente, o declínio da capacidade
respiratória, resultante da rigidez progressiva da parede torácica e da redução
da força dos músculos respiratórios (Janssens, 2005; Sharma & Goodwin,
2006), determinam a redução da função pulmonar (Cohen, 2001). O declínio da
capacidade respiratória pode iniciar a partir dos 40 anos e é capaz de atingir
uma taxa redução de 30% aos 65 anos (Kostić et al., 2011).

O envelhecimento igualmente impacta no sistema circulatório. Do ponto de


vista do coração, a força de ejeção do ventrículo esquerdo reduz (Pugh & Wei,
2001), comprometendo o volume sistólico e aumentando a frequência cardíaca
(tanto de repouso como em esforços submáximas e maximais) para manter o
mesmo débito cardíaco (Lakatta, 1990). Do ponto de vista das artérias, há uma
perda na elasticidade arterial que leva ao aumento da pressão arterial sistólica
e a hipertrofia do ventrículo esquerdo, com aumento subsequente do risco de
eventos cardiovasculares (Pugh & Wei, 2001). Do ponto de vista do músculo
esquelético, são observadas perdas de massa muscular (referidas na seção da
força muscular) e diminuição consequente de capilares e enzimas oxidativas
(Silva, 2019). O conjunto de todas estas adaptações associadas ao
envelhecimento, refletem-se numa capacidade piorada de captação, transporte
e utilização do oxigénio. De facto, a medida que a idade aumenta, a
capacidade cardiorrespiratória tende a decrescer. A partir da sétima década, o
VO2 máximo reduz cerca de 8% por década nos homens e 10% nas mulheres
(Shephard, 1997).

Para contrariar este processo, o exercício físico regular melhora a aptidão


cardiorrespiratória (Hawkins & Wiswell, 2003). Um estudo realizado com 29
idosos mostrou que a realização de um programa de treino combinado de alta
intensidade, 2 vezes por semana, ao longo de 12 semanas aumentou a
capacidade aeróbica em 14% (Alcazar et al., 2019). De forma similar, Kohrt et
al. (1991) mostrou que um programa de marcha (12 semanas de treino, 3
vezes por semana, 45 minutos de duração e intensidade de 80% da frequência
cardíaca máxima) em pessoas com idades entre 60 e 71 anos melhorou o VO2
máximo em 24%.

13
2.4.4. Composição Corporal

A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de gordura no


corpo. Uma pessoa é considera obesa quando o valor do índice de massa
corporal (IMC; peso em quilogramas dividido pela estatura ao quadrado em
metros) for maior que 30 kg/m2 (Baumgartner et al., 1995; Kuczmarski, 1989).
Especificamente nos idosos, os pontos de corte do IMC para a avaliação
nutricional são baixo peso (IMC ˂22 kg/m 2), eutrofia (IMC entre 22 a 27 kg/m2)
e sobrepeso (IMC ˃27kg/m2) (Lipschitz, 1994). O IMC tem como objetivo
promover uma estimativa da composição corporal, porém é necessário cautela
na sua utilização com idosos, dada a redução da estatura associada ao
envelhecimento (Micozzi & Harris, 1990), a alteração no padrão de distribuição
da gordura (maior propensão de acúmulo na região abdominal) mesmo que o
peso seja mantido relativamente constante (Baumgartner et al., 1995;
Kuczmarski, 1989) e a diminuição da massa muscular e óssea (Chou et al.,
2012).

Condições ambientais, fatores genéticos e o desequilíbrio energético


podem explicar as transformações na composição corporal (Guo et al., 1999;
Haslam & James, 2005). Mudanças no estilo de vida dos idosos podem
provocar um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia levando ao
acúmulo excessivo de tecido adiposo e essa situação pode apressar o avanço
de doenças relacionadas ao envelhecimento (Tchkonia et al., 2010). A
obesidade está associada a várias doenças crônicas, incluindo hipertensão,
diabetes, doenças cardiovasculares e cancro (Agha & Agha, 2017), causando
também danos psicológicos e sociais e assim reduzindo a qualidade de vida e
a expectativa de vida dos idosos (Branca et al., 2007). Adicionalmente, a
redução da massa magra e da força muscular leva à sarcopenia, condição
relacionada a um pior estado de saúde geral (Rizzoli et al., 2013).

As mudanças que acontecem na composição corporal dão-se sobretudo


a partir dos 40 anos. Com o avanço da idade, ocorre um aumento de cerca de

14
20% a 30% da gordura corporal total, com uma taxa de aumento de 2% a 5%
por década (Tchernof & Després, 2013).

A prática do exercício físico não reduz de forma substancial o IMC e o


peso corporal de idosos (Villareal et al., 2011), mas é fortemente recomendada
para idosos obesos porque melhora a composição corporal e a função física
(Batsis et al., 2017). Importa ressaltar que o exercício físico quando combinado
com uma dieta equilibrada, resulta em alterações mais significativas da
composição corporal (Villareal et al., 2011).

2.4.5. Declínio da Agilidade

O envelhecimento causa uma importante redução no tempo de reação e,


mais uma vez, o declínio dos sistemas sensoriais influenciam na redução da
agilidade (Carter et al., 2001). O sistema vestibular é responsável pela deteção
dos movimentos do corpo, o sistema visual proporciona informações sobre a
localização do corpo no espaço e o sistema somatossensorial é responsável
pela diferenciação de posição e movimentos do corpo (Carter et al., 2001). A
agilidade também é influenciada pela flexibilidade e força muscular (Rocha,
1995). O treino multicomponente proporciona benefícios na agilidade do idoso
(Marques et al., 2011) e reduz o risco de queda (Reed-Jones et al., 2012).

2.4.6. Declínio da Flexibilidade

A preservação da mobilidade funcional contribui para a manutenção da


independência na realização das tarefas do cotidiano. A mobilidade está ligada
às capacidades funcionais, incluindo a flexibilidade (Rikli & Jones, 2013a).

A redução da capacidade de alongamento dos tecidos moles que


envolvem as articulações e a diminuição dos níveis de atividade física são
fatores responsáveis pela redução da flexibilidade. A região lombar e a anca,

15
por exemplo, podem perder cerca de 8-10 cm de flexibilidade em decorrência
do envelhecimento (Shephard, 1998). A diminuição da flexibilidade da
articulação do ombro e da anca diminuem cerca de 6 graus por década em
pessoas entre os 55 e os 86 anos de idade, independentemente do sexo
(Stathokostas et al., 2013). É importante relatar que, dependendo da
articulação, pode-se observar um declínio da flexibilidade de 20% a 50% entre
os 30 e 70 anos (Fatouros et al., 2006).

Pelos motivos citados acima, tendo em vista a necessidade da manutenção


da independência física do idoso, percebe-se a necessidade de incorporar
exercícios de flexibilidade dentro dos programas de exercício físico (US Dept of
Health Human Services, 2008).

A avaliação da aptidão física dos idosos é fundamental porque permite


observar o nível de aptidão física e comparar os mesmos relativamente aos
valores normativos da população. Ainda, a avaliação da aptidão física também
permite detetar idosos com piores indicadores de aptidão física e assim
desenvolver programas de treino específicos. Posto isto, o presente trabalho
tem por objetivo descrever a aptidão física e fatores de risco da população
idosa residente na região norte de Portugal. Adicionalmente, também é objetivo
de estudo observar a aptidão física de acordo com o distrito de proveniência,
sexo e escalão etário.

16
3. METODOLOGIA

3.1. Desenho do Estudo e Participantes

O presente estudo caracteriza-se como um estudo descritivo transversal,


com amostra de conveniência. Os idosos participantes eram provenientes de
centros de dia, universidades seniores e de programas de exercício físico da
região NUT III de Portugal (Porto, Aveiro, Ave, Cávado e Viana do Castelo).

A determinação das potenciais instituições participantes teve início em uma


busca na internet. O convite às instituições encontradas foi feito
telefonicamente. Aquelas que aceitaram participar, receberam a documentação
(i.e., desenho do estudo, objetivo, parecer da comissão de ética) por e-mail
para posteriormente serem agendados os dias de recolha de dados.

O critério de inclusão foi idade igual ou superior a 65 anos. Os critérios de


exclusão foram a dependência física impeditiva dos testes da bateria do Senior
Fitness Test, demência ou qualquer estado mental condicionante da
compreensão dos testes realizados, qualquer problema de saúde (incluindo
problemas osteoarticulares) para o qual a realização de atividade física fosse
contraindicada.

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Informado antes dos


dados serem recolhidos. O estudo foi aprovado pelo Instituto Português do
Desporto e Juventude (Sem número). Todos os procedimentos seguiram a
Declaração de Helsínquia.

17
3.2. Recolha de Dados

A recolha de dados foi realizada por seis avaliadores previamente treinados,


nas instalações de cada uma das instituições, tendo decorrido entre os meses
de Outubro de 2017 à Junho de 2018.

3.3. Métodos

3.3.1. Variáveis Sociodemográficas

As variáveis sociodemográficas, recolhidas sob forma de entrevista,


incluíram a região de proveniência (Porto, Aveiro, Ave, Cávado e Viana do
Castelo), idade, sexo e escolaridade.

3.3.2. Fatores de Risco e Histórico de Doença Cardiovascular

Os dados referentes a presença de diabetes, hipertensão arterial,


tabagismo, dislipidemia e história prévia de doença cardiovascular foram
recolhidos através do autorrelato do idoso e/ou com base nas informações
facultadas pelos respetivos responsáveis das instituições, através da consulta
dos ficheiros clínicos individuais.

3.3.3. Variáveis Antropométricas

O peso (Kg) foi medido através de uma balança (Tanita, Innerscan BF-
522W, Japão). A determinação da estatura (cm) foi realizada com um
estadiómetro (SECA 217, Alemanha).

18
O índice de massa corporal (IMC) foi calculado através da razão do peso
(Kg) pelo quadrado da altura (m2) e foi classificado de acordo com os critérios
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde para categorizar os idosos
em normal (IMC≤29 Kg/m2) e obesos (≥30 Kg/m2) (World Health Organization,
2000).

3.3.4. Aptidão Física

Para a avaliação da aptidão física foi utilizada a bateria Senior Fitness Test
(SFT) que é considerado um instrumento seguro para avaliar a aptidão física
em pessoas com 60 anos de idade ou mais (Rikli & Jones, 2013a). O protocolo
é constituído pelos seguintes testes:

1- Sentar e levantar da cadeira

Objetivo: Avaliar a força e a resistência dos membros inferiores.


Execução: realizar o maior número de repetições do gesto sentar e levantar em
30 segundos.

2- Flexão de antebraço

Objetivo: Avaliar a força de membros superiores.


Execução: realizar o máximo de flexões e extensões do antebraço em 30
segundos. As mulheres são avaliadas com halteres de 2,27 Kg e os homens
com de 3,63 Kg.

3- Sentar e alcançar

Objetivo: Avaliar a flexibilidade dos membros inferiores do corpo.


Execução: Sentados, com uma perna em extensão à frente, os participantes
devem alcançar a maior distância (cm) na direção dos dedos do pé com as
mãos sobrepostas. Os resultados podem ser positivos (+) se o participante

19
ultrapassar com as mãos a linha dos dedos do pé como também pode ser
negativo, que representa a distância que falta para o participante alcançar a
ponta do pé com as mãos.

4- Alcançar atrás das costas

Objetivo: Avaliar mobilidade e flexibilidade dos membros superiores.


Execução: Em pé, posicionar a mão preferida sobre o mesmo ombro, com os
dedos estendidos e com a intenção de alcançar o meio das costas de acordo
com as suas possibilidades, o cotovelo deve estar apontando para cima. A
outra mão deve ter a palma apontada para cima, dedos estendidos e no
sentido de tocar ou sobrepor os dedos médios de ambas as mãos. A distância
de sobreposição ou a distância entre as pontas dos dedos médios é medida e
pode ser um resultado negativo (-) que representa a distância que falta para os
dedos médios se encontrarem ou pode ser positiva (+) e representa a
sobreposição dos dedos médios.

5- Teste de 6 minutos de marcha

Objetivo: Avaliar a resistência aeróbia.


Execução: caminhar a maior distância possível durante seis minutos contínuos
ao longo de um percurso pré-estabelecido.

6- Ir e vir

Objetivos: Avaliar a agilidade, equilíbrio dinâmico e velocidade


Execução: a partir da posição sentado, ao sinal do avaliador, os participantes
devem se levantar, percorrer uma distância de 2,44 metros, contornar uma
marca (i.e., cone), regressar a cadeira e voltar a sentar no menor tempo
possível.

20
3.3.5. Procedimentos Estatísticos

A análise estatística foi realizada através do programa Statistical Package


for the Social Sciences (SPSS versão 26.0, Chicago, IL, USA). Para todas as
análises, o nível de significância foi de p<0.05.

A análise descritiva (média e desvio padrão) e os valores das frequências


absolutas e relativas foram utilizados para caracterizar a amostra.

Para as variáveis contínuas, a comparação entre grupos foi feita através do


test-t de Student e ANOVA. Para as variáveis categóricas e ordinais, a
comparação entre grupos foi realizada através do teste do chi-quadrado.

A amostra foi estratificada de acordo com o sexo, idade e região geográfica.


Os idosos também forma classificados de acordo com a aptidão física seguindo
os valores normativos (percentis 10, 25, 50, 75 e 90) da população portuguesa,
ajustados ao sexo e à idade (Marques, et al., 2004).

21
4. RESULTADOS

A amostra do estudo foi constituída por 693 idosos fisicamente


independentes da Região Norte de Portugal [Mulheres= 488 (70,40%)].

Os idosos eram provenientes do Porto (N:392; 56,6%), Aveiro (N:93;


13,4%), Viana do Castelo (N:63; 9,1%), Ave (N:83; 12%) e Cávado (N:62;
8,9%) (Tabela 1). O número de mulheres foi superior ao número de homens em
todos as regiões, porém a distribuição dos idosos de acordo com o sexo entre
2
regiões não foi diferente [( =: 3,413 (gl: 4); p=0,491)] (Tabela 1).

O intervalo etário foi de 65 a 95 anos, sendo a média de idade de 74,09


± 6,59 anos. Viana do Castelo foi a região em que a média de idade foi maior
(76,61 ± 8,42 anos) e a região do Cávado apresentou a média de idade mais
baixa (72,51 ± 6,30 anos). As diferenças nas médias de idade das regiões
acima referidos foram estatisticamente significativas (p= 0,005). Os idosos de
Viana do Castelo também apresentaram uma média de idade
significativamente superior à média de idade dos idosos do Porto (73,72 ± 6,15;
p= 0,012). Considerando a amostra total, a média de idade do sexo masculino
não foi estatisticamente diferente da média do sexo feminino (74,30 ± 6,31 e
74,01 ± 6,71, respetivamente; p=0,591). No Cávado, os homens eram
significativamente mais velhos do que as mulheres (p = 0,016) e em Viana do
Castelo, as mulheres eram significativamente mais velhas do que os homens
(p=0,012) (Tabela 1).

A estratificação da amostra total de acordo com o sexo e categoria de


2
idade não atingiu o nível de significância ( =1,761, (gl:2) e p=0,415), embora
seja observado uma maior concentração de participantes na categoria de 65-74
anos (287 mulheres e 114 homens; N total na categoria 65-74 anos= 401;
57,86%) (Tabela 1).

23
Considerando a totalidade da amostra, o nível de escolaridade mais
prevalente é o de até 4 anos (N= 310; 44,75%) (Tabela 1). A observação da
categoria etária de idosos com mais de 85 anos, permite notar que o nível de
escolaridade mais prevalente é o mais baixo (N=37; 71,2% dos idosos desta
categoria). A faixa etária dos 65-74 anos foi aquela em que a prevalência de
idosos com maior nível de escolaridade (i.e., mais do que 12 anos) foi superior
(N= 87; 70,73% dos idosos desta categoria). Importa referir que a quantidade
de pessoas que não informaram o seu nível de escolaridade foi de 26,40%
(N=183) da amostra total. A comparação da escolaridade de acordo com a
região de residência mostrou que o Cávado tem a maior prevalência de idosos
com até 4 anos de estudo (64,51%) e Aveiro, por sua vez, a menor prevalência
deste nível de escolaridade (40,86%). A região com a maior concentração de
idosos com mais de 12 anos de estudos é o Ave (38,55%), enquanto Viana do
Castelo tem a menor prevalência de idosos com esse nível de escolaridade
(3,2%) (Tabela 1). A distribuição dos níveis de escolaridade por escalão etário
2
é significativamente diferente [( =82,246 (gl: 12); p=0,000)].

A prevalência autor reportada de doença cardiovascular prévia na


amostra total foi 2,90% (N = 20), não existindo diferenças entre sexos
2
[( =1,087 (gl: 1); p=0,297)]. O escalão etário 75 e 84 anos apresentou uma
prevalência superior de eventos cardiovasculares (40%), seguido do escalão
2
65-74 anos (35%) e finalmente do escalão 85 anos ou mais (25%) [( =10,396
(gl: 2); p=0,006)]. A prevalência autor reportada de hipertensão arterial foi de
2
27,8% (N= 158), não existindo diferenças entre sexos [( =1,516 (gl: 1);
p=0,218)]. O escalão etário 65 a 74 anos apresentou a maior percentagem de
pessoas hipertensas (50%), seguido do escalão 75-84 anos (41,10%) e, por
2
fim, pelo escalão 85 ou mais anos 8,0%) [( =7,308 (gl: 2); p=0,026)]. O Ave
apresentou a maior prevalência de hipertensão arterial (32,50%), seguido do
2
Porto (27,39%) [( =1,158 (gl: 2); p=0,560)]. A prevalência da dislipidemia foi
de 14,4% (N= 82), sendo esta superior nas mulheres comparativamente aos
2
homens (13,9% e 8,6%, respetivamente) [( =6,161 (gl: 1); p=0,013)]. A
prevalência da dislipidemia foi homogénea entre os escalões etários
2
[( =4,619 (gl: 2); p=0,099)]. O Ave foi aquele que apresentou maior

24
2
prevalência (21,7%), seguido do Porto (14,5%) e Aveiro (7,5%) [( =7,130 (gl:
3); p=0,028)]. A prevalência da diabetes foi de 13,2% (N= 75), não existindo
2
diferenças na prevalência entre sexos [( =0,195 (gl: 1); p=0,659)], nem entre
2
escalões etários [( =0,063 (gl: 2); p=0,969)], nem por região geográfica
2
[( =,514 (gl: 2); p=0,773)]. Os idosos que se declaram fumadores
representam 2,3% (N= 13) da amostra total, sendo a prevalência de homens
2
fumadores (6,2%) superior à de mulheres (0,7%) [( =15,289 (gl: 1); p=0,000)].
A prevalência do tabagismo de acordo com o escalão etário não foi diferente
2
[( =4,493 (gl: 2); p=0,106)], assim como não o é relativamente à região
2
geográfica [( =,478 (gl: 2); p=0,787)]. Destaca-se que não existiam
informações acerca destes indicadores para os idosos de Viana do Castelo e
Cávado.

A prevalência de obesidade na amostra total foi de 29,2% (N= 189),


2
sendo esta de 28,9% nas mulheres e 29,9% nos homens [( =0,063 (gl: 1);
p=0,802)] (Tabela 1). A prevalência da obesidade relativamente aos escalões
etários mostrou que a mesma tende a ser superior no escalão mais velho, mas
2
a comparação entre grupos não é significativa (Tabela 1) [( =3,060 (gl: 2);
p=0,217)]. Por fim, a prevalência da obesidade de acordo com à região
2
geográfica também não é diferente [( =4,799 (gl: 4); p=0,309)].

25
Tabela 1- Dados epidemiológicos, história de doença cardiovascular e fatores de risco

Anos de Escolaridade História de Doença Cardiovascular e Fatores de Risco

Média de História de
Não Hipertensão
Região N Idade da 4 anos 5 a 9 anos +12 anos Doença Dislipidemia Diabetes Obesidade Tabagismo
informaram Arterial
Categoria Cardiovascular

277 124 32 44 77 5 70 47 35 63 2
Total 73,58 ± 6,28
(70,67%) (44,80%) (11,60%) (15,90%) (27,70%) (1,80%) (25,30%) (17,00%) (12,60%) (25,00%) (0,70%)

172 69 25 33 45 0 39 27 21 42 2
Mulheres 65-74 69,40 ± 2,74
(62,10%) (40,10%) (14,50%) (19,20%) (26,20%) (0%) (22,70%) (15,70%) (12,20%) (26,10%) (1,20%)
92 46 6 10 30 4 25 16 12 17 0
75-84 79,26 ± 2,58
(33,21%) (50,00%) (6,50%) (10,90%) (32,60%) (4,40%) (27,20%) (17,40%) (13,00%) (25,10%) (0%)
13 9 1 1 2 1 6 4 2 4 0
85+ 88,61 ± 2,84
(4,69%) (69,20%) (7,70%) (7,70%) (15,40%) (7,70%) (46,20%) (30,80%) (15,40%) (33,30%) (0%)
Porto 115 40 21 26 28 5 37 10 15 31 6
Total 74,07± 5,83
(29,33%) (34,80%) (18,30%) (22,60%) (24,30%) (4,40%) (32,20%) (8,70%) (13,00%) (29,00%) (5,20%)
65 20 13 18 14 2 18 7 8 14 5
65-74 69,90 ± 2,62
(56,53%) (30,80%) (20,00%) (27,70%) (21,50%) (3,10%) (27,70%) (10,80%) (12,30%) (23,00%) (7,70%)
Homens
46 17 8 8 13 1 17 2 7 17 1
75-84 78,63 ± 2,89
(40,00%) (37,00%) (17,40%) (17,40%) (28,20%) (2,20%) (37,00%) (4,30%) (15,20%) (39,50%) (2,20%)
4 3 0 0 1 2 2 1 0 0 0
85+ 89,50 ± 3,10
(3,47%) (75,00%) (0%) (0%) (25,00%) (50,00%) (50,00%) (25,00%) (0%) (0%) (0%)
392 164 53 70 105 10 107 57 50 94 8
Total 73,72 ± 6,15
(100%) (41,85%) (13,52%) (17,85%) (26,78%) (2,56%) (27,30%) (14,54%) (12,75%) (26,18%) (2,04%)
71 30 7 10 24 4 14 6 7 19 1
Total 73,77 ± 6,53
(76,34%) (42,25%) (9,85%) (14,10%) (33,80%) (5,60%) (19,70%) (8,50%) (9,90%) (29,70%) (1,40%)
Aveiro Mulheres
40 13 5 8 14 2 6 2 2 10 1
65-74 68,85 ± 2,83
(56,34%) (32,50%) (12,50%) (20,00%) (35,00%) (5,00%) (15,00%) (5,00%) (5,00%) (27,80%) (2,50%)

26
Anos de Escolaridade História de Doença Cardiovascular e Fatores de Risco

Média de História de
Não Hipertensão
Região N Idade da 4 anos 5 a 9 anos +12 anos Doença Dislipidemia Diabetes Obesidade Tabagismo
informaram Arterial
Categoria Cardiovascular
26 12 2 2 10 1 7 4 3 6 0
75-84 78,88 ± 2,73
(36,61%) (46,10%) (7,70%) (7,70%) (38,50%) (3,80%) (26,90%) (15,40%) (11,50%) (25,00%) (0%)
5 5 0 0 0 1 1 0 2 3 0
85+ 86,60 ± 2,07
(7,05%) (100%) (0%) (0%) (0% (20,00%) (20,00%) (0%) (40,00%) (75,00%) (0%)
22 8 2 3 9 3 10 1 5 9 2
Total 75,31 ± 6,89
(23,65%) (36,40%) (9,10%) (13,60%) (40,90%) (13,60%) (45,50%) (4,50%) (22,70%) (45,00%) (9,10%)
12 4 0 2 6 2 6 1 5 6 1
65-74 70,16 ± 3,51
(54,54%) (33,30%) (0%) (16,70%) (50,00%) (16,70%) (50,00%) (8,30%) (41,70% (54,50%) (8,30%)
Homens
6 2 1 1 2 1 3 0 0 3 0
75-84 78,66 ± 2,80
(27,27%) (33,30%) (16,70%) (16,70%) (33,30%) (16,70%) (50,00%) (0%) (0%) (50,00%) (0%)
4 2 1 0 1 0 1 0 0 0 1
85+ 85,75 ± 0,95
(18,19%) (50,00%) (25,00%) (0%) (25,00%) (0%) (25,00%) (0%) (0%) (0%) (25,00%)
93 38 9 13 33 7 24 7 12 28 3
Total 74,13 ± 6,61
(100%) (40,86%) (9,67%) (13,97%) (35,50%) (7,52%) (25,80%) (7,52%) (12,90%) (33,33%) (3,22%)
58 29 2 20 7 3 23 15 10 20 0
Total 75,08 ± 7,19
(69,88%) (50,00%) (3,40%) (34,50%) (12,10%) (5,20%) (39,70%) (25,9%) (17,20%) (35,10%) (0%)
29 9 2 13 5 1 8 4 5 7 0
65-74 68,65 ± 2,39
(50,00%) (31,00%) (6,90%) (44,80%) (17,30%) (3,40%) (27,60%) (13,8%) (17,20%) (25,00%) (0%)
Mulheres
21 14 0 5 2 1 11 7 4 10 0
75-84 79,85 ± 2,92
(36,20%) (66,70%) (0%) (23,80%) (9,50%) (4,80%) (52,40%) (33,3%) (19,00%) (47,60%) (0%)
8 6 0 2 0 1 4 4 1 3 0
Ave 85+ 85,87 ± 1,12
(13,80%) (75,00%) (0%) (25,00%) (0%) (12,50%) (50,00%) (50,00%) (12,50%) (37,50%) (0%)
25 10 1 12 2 0 4 3 3 5 2
Total 75,08 ± 5,72
(30,12%) (40,00%) (4,00%) (48,00%) (8,00%) (0%) (16,00%) (12,00%) (12,00%) (20,00%) (8,00%)
14 6 0 8 0 0 2 1 2 2 2
Homens 65-74 71,35 ± 2,59
(56,00%) (42,90%) (0%) (57,10%) (0%) (0%) (14,30%) (7,10%) (14,30%) (14,30%) (14,30%)
10 3 1 4 2 0 2 2 1 3 0
75-84 78,40 ± 2,06
(40,00%) (30,00%) (10,00%) (40,00%) (20,00%) (0%) (20,00%) (20,00%) (10,00%) (30,00%) (0%)

27
Anos de Escolaridade História de Doença Cardiovascular e Fatores de Risco

Média de História de
Não Hipertensão
Região N Idade da 4 anos 5 a 9 anos +12 anos Doença Dislipidemia Diabetes Obesidade Tabagismo
informaram Arterial
Categoria Cardiovascular
1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
85+ 94,00 ± 0
(4,00%) (100%) (0%) (0%) (0%) (0%) (0%) (0%) (0%) (0%) (0%)
83 39 3 32 9 3 27 18 13 25 2
Total 75,08 ± 6,75
(100%) (47,00%) (3,61%) (38,55%) (10,84%) (3,61%) (32,53%) (21,68%) (15,66%) (30,48%) (2,40%)
39 24 9 2 4 12
Total 71,05 ± 5,86 - - - - -
(62,90%) (61,50%) (23,10%) (5,10%) (10,30%) (32,40%)
32 20 9 2 1 10
65-74 68,75 ± 2,46 - - - - -
(82,05%) (62,50%) (28,10%) (6,30%) (3,10%) (32,30%)
Mulheres
5 4 0 0 1 2
75-84 79,00 ±3,80 - - - - -
(12,82%) (80,00%) (0%) (0%) (20,00%) (40,00%)
2 0 0 0 2 0
85+ 88,00 ± 0 - - - - -
(5,13%) (0%) (0%) (0%) (100%) (0%)
23 16 2 4 1 6
Cávado Total 75,00 ± 6,37 - - - - -
(37,10%) (69,60%) (8,70%) (17,40%) (4,30%) (27,30%)
10 7 1 2 0 2
65-74 69,30 ± 2,45 - - - - -
(43,47%) (70,00%) (10,00%) (20,00%) (0%) (22,20%)
Homens
12 9 1 2 0 4
75-84 78,25 ± 2,41 - - - - -
(52,17%) (75,00%) (8,3%) (16,70%) (0%) (33,30%)
1 0 0 0 1
85+ 93,00 ± 0 - - - - 0(0%) -
(4,36%) (0%) (0%) (0%) (100%)
62 40 11 6 5 18
Total 72,51 ± 6,30 - - - - -
(100%) (64,51%) (17,74%) (9,69%) (8,06%) (30,50%)
43 24 0 2 17 17
Total 78,41 ± 7,70 - - - - -
(68,25%) (55,80%) (0%) (4,70%) (39,50%) (39,50%)
Viana
14 5 0 1 8 4
do Mulheres 65-74 69,00 ± 3,46 - - - - -
(32,55%) (35,80%) (0%) (7,10%) (57,10%) (28,60%)
Castelo
18 10 0 1 7 8
75-84 80,22 ± 2,51 - - - - -
(41,86%) (55,55%) (0%) (5,57%) (38,88%) (44,40%)

28
Anos de Escolaridade História de Doença Cardiovascular e Fatores de Risco

Média de História de
Não Hipertensão
Região N Idade da 4 anos 5 a 9 anos +12 anos Doença Dislipidemia Diabetes Obesidade Tabagismo
informaram Arterial
Categoria Cardiovascular
11 9 0 0 2 5
85+ 87,45 ± 1,69 - - - - -
(25,59%) (81,80%) (0%) (0%) (18,20%) (45,50%)
20 5 1 0 14 7
Total 72,75 ± 8,81 - - - - -
(31,75%) (25,00%%) (5,00%) (0%) (70,00%) (35,00%)
13 2 0 0 11 4
65-74 67,23 ± 2,16 - - - - -
(65,00%) (15,40%) (0%) (0%) (84,60%) (30,80%)
Homens
4 1 1 0 2 1
75-84 78,00 ± 1,15 - - - - -
(20,00%) (25,00%) (25,00%) (0%) (50,00%) (25,00%)
3 2 0 0 1 2
85+ 89,66 ± 5,03 - - - - -
(15,00%) (66,70%) (0%) (0%) (33,30%) (66,70%)
63 29 1 2 31 24
Total 76,61 ± 8,42 - - - - -
(100%) (46,03%) (1,60%) (3,17%) (49,20%) (38,10%)
488 231 50 78 129 12 107 68 52 131 3
Total 74,01 ± 6,71
(70,40%) (47,33%) (10,24%) (16,00%) (26,43%) (2,50%) (26,40%) (13,90%) (10,70%) (28,90%) (0,60%)
287 116 41 57 73 3 53 33 28 73 3
65-74 69,16 ± 2,73
Mulheres (58,80%) (40,41%) (14,28%) (19,86%) (25,45%) (1,00%) (18,46%) (11,50%) (9,80%) (27,00%) (1,00%)
162 86 8 18 50 6 43 27 19 43 0
75-84 79,37 ± 2,68
(33,29%) (53,10%) (4,90%) (11,10%) (30,90%) (3,70%) (26,50%) (16,70%) (11,70%) (29,30%) (0%)
39 29 1 3 6 3 11 8 5 15 0
85 + 87,43 ± 2,25
Amostra (7,91%) (74,40%) (2,60%) (7,70%) (15,30%) (7,70%) (28,20%) (20,50%) (12,80%) (41,70%) (0%)
Total 205 79 27 45 54 8 51 14 23 58 10
Total 74,30 ± 6,31
(29,60%) (38,50%) (13,2%) (22,00%) (26,30%) (3,90%) (24,90%) (8,60%) (14,20%) (29,90%) (4,90%)
114 39 14 30 31 4 26 9 15 28 8
65-74 69,75 ± 2,81
Homens (55,60%) (34,20%) (12,30%) (26,30%) (27,20%) (3,50%) (22,80%) (7,90%) (13,27%) (25,90%) (7,00%)
78 32 12 15 19 2 22 4 8 28 1
75-84 78,51 ± 2,61
(38,04%) (41,00%) (15,40%) (19,20%) (24,40%) (2,60%) (28,20%) (5,12%) (10,30%) (37,30%) (1,30%)
13 8 1 0 4 2 3 1 0 2 1
85 + 89,00 ± 3,74
(6,36%) (61,50%) (7,70%) (0%) (30,80%) (15,4%) (23,10%) (7,70%) (0%) (18,20%) (7,70%)

29
Anos de Escolaridade História de Doença Cardiovascular e Fatores de Risco

Média de História de
Não Hipertensão
Região N Idade da 4 anos 5 a 9 anos +12 anos Doença Dislipidemia Diabetes Obesidade Tabagismo
informaram Arterial
Categoria Cardiovascular
693 310 77 123 183 20 158 82 75 189 13
Total 74,09 ± 6,59
(100%) (44,75%) (11,11%) (17,74%) (26,40%) (2,52%) (27,81%) (14,43%) (13,20%) (29,21%) (2,30%)

30
Os resultados relativos à aptidão física da amostra encontram-se na
Tabela 2. Considerando a totalidade da amostra, os homens apresentam
valores de aptidão cardiorrespiratória significativamente superiores aos valores
médios das mulheres (504,04 ± 148,13 versus 449,97 ± 149,80 m,
respetivamente; p=0,000). Na medida em que os idosos envelhecem, a aptidão
cardiorrespiratória diminui significativamente entre todas as categorias de idade
[65-74 anos (517,16 ± 118,99m), 75-84 anos (421,32 ± 157,59m), 85+ (271,26
± 119,73m); p=0,000)]. Os idosos do Cávado possuíam média superior de
aptidão cardiorrespiratória (555,70 ± 149,75) quando comparado aos idosos do
Porto (489,80 ± 128,63 m; p<0,01), Viana do Castelo (370,87 ± 174,42,
p<0,001) e Ave (296,51 ± 150,21m; p>0,001). Não foram significativas as
diferenças da aptidão cardiorrespiratória entre as regiões do Cávado e Aveiro
(p>0,05), Viana do Castelo e Ave e Porto e Aveiro (p>0,05) (Tabela 2).

No que diz respeito à força muscular de membros inferiores, os idosos


apresentam um desempenho significativamente superior ao das mulheres
(17,13 ± 4,99 versus 15,69 ± 5,5; p<0,01). Ainda, os idosos da categoria de
idade de 65-74 anos (17,25 ± 4,77) demonstraram resultados
significativamente superiores aos dos idosos da categoria de 75-84 anos (15,05
± 5,82; p<0,001) e 85+ (11,80 ± 5,13 p<0,001). As diferenças de força de
membros inferiores nas duas categorias mais velhas também foram
significativas (p<0,001). Em relação à força de MI de acordo com a região de
proveniência, Cávado (18,22 ± 4,46 repetições) e Porto (17,27 ± 5,38)
apresentam os melhores indicadores (p>0.05) e são significativamente
superiores as demais regiões [Aveiro (14,25 ± 4,21), Ave (13,63 ± 5,21) e Viana
do Castelo (12,86 ± 4,73); p<0.001], que por sua vez apresentam valores
médios não diferentes entre si (p>0.05).

De forma similar, os homens apresentaram valores de força de MS


significativamente mais elevados do que as mulheres

O melhor desempenho para força dos membros superiores foi


identificado nos homens (19,39 ± 5,47 versus 17,76 ± 5,37; p<0,001).
Novamente, os idosos mais jovens apresentaram indicadores

31
significativamente mais elevados do que os idosos mais velhos [65-74 anos
(19,51 ± 5,95), 75-84 anos (17,16 ± 5,63) 85 anos (13,23 ± 4,18), p<0,001]. As
diferenças entre as duas categorias mais velhas também foram significativas
(p<0,001).

Os idosos do Cávado (19,80 ± 5,08 repetições) e Porto (18,73 ± 5,63


repetições) apresentaram os valores mais elevados de força de membros
superiores e as diferenças entre estas duas regiões não foram significativas
(p>0,05). Os idosos do Ave (16,35 ± 5,31 repetições) e Viana do Castelo (16,85
± 5,48 repetições) foram os que tiveram menos força de MS, sendo estes
valores não diferentes entre si (p>0.05). Os valores do Ave foram
significativamente mais baixos do que os valores do Cávado e Porto (p<0,05
nas duas comparações); e os valores de Viana do Castelo foram
significativamente mais baixos do que do Cávado (p<0.05).

Em relação à agilidade, os homens foram significativamente mais


velozes do que as mulheres (6,79 ± 4,58 versus 7,60 ± 4,63 segundos,
respetivamente, p<0,05). Os resultados da agilidade de acordo com o escalão
etário apresentam o mesmo sentido de resultados reportados para a aptidão
cardiorrespiratória e força de membros superiores e inferiores (Tabela 2). Isto
é, na medida em que os idosos envelhecem, ficam menos ágeis (p<0,001 entre
as 3 categorias de idade). O Porto apresentou a média de agilidade mais baixa
(6,27 ± 2,73), seguido do Cávado (7,26 ± 5,33; p>0.05). Os valores reportados
pelos idosos do Porto foram significativamente mais baixos do que os
resultados do Ave (8,22 ± 4,96; p<0,01), Aveiro (8,25 ± 4,53; p<0,01) e Viana
do Castelo (11,79 ± 8,29; p<0,001). As diferenças entre os resultados de Aveiro
e Viana do Castelo também foram significativas (p<0.001), assim como as
diferenças entre os resultados entre Viana do Castelo e Ave (p<0,001).

As mulheres são mais flexíveis do que os homens tanto nos membros


superiores (p<0,001), como nos membros inferiores (p<0,001). Para a
flexibilidade dos membros inferiores, o escalão etário 65-74 anos apresenta
valores superiores comparativamente aos dois escalões mais velhos (p<0,001),
e a diferença entre os escalões mais velhos (isto é, entre 75-84 anos e 85+)

32
não atinge o nível de significância (p>0.05). A flexibilidade dos membros
superiores é tanto maior quanto mais novos forem os idosos e as diferenças
entre os escalões mais velhos também é significativa (p<0,001 entre as três
categorias de idade). Entre regiões geográficas, a comparação na flexibilidade
de membros superiores mostrou que apenas é significativa a diferença entre
Porto e Viana do Castelo (p<0,01) (Tabela 2). No que diz respeito à
flexibilidade de membros inferiores, as diferenças entre regiões não foram
significativas.

33
Tabela 2- Aptidão física dos idosos por região, sexo e faixa etária
Aptidão
Agilidade Força Flexibilidade
Cardiorrespiratória
Membros Membros Membros Membros
Região N
Inferiores Superiores Inferiores Superiores
277
Total 471,81 ± 127,62 6,52 ± 2,87 16,93 ± 5,46 18,28 ± 5,63 -6,19 ± 10,29 -14,67 ± 13,27
(70,67%)
172
65- 74 5,67 ± 1,56 17,75 ± 4,68 19,52 ± 5,07 -4,30 ± 9,32 -10,74 ± 12,07
Mulheres (62,10%) 512,55 ± 101,86
92
75-84 7,73 ± 3,88 15,59 ± 6,40 16,65 ± 5,84 -9,16 ± 11,04 -20,59 ± 12,83
(33,21%) 414,61 ± 135,02
13
85+ 329,57 ± 132,75 9,31 ± 3,34 14,92 ± 6,46 12,69 ± 5,45 -10,23 ± 11,71 -25,08 ± 12,02
(4,69%)
115
Porto Total 530,95 ±121,89 5,65 ± 2,25 18,08 ± 5,10 19,81 ± 5,50 -9,50 ± 14,39 -19,63 ± 14,98
(29,33%)
65
65-74 563,71 ± 104,00 5,01 ± 1,00 18,93 ± 4,70 20,07 ± 5,45 -7,28 ± 10,91 -15,01 ± 13,09
(56,53%)
Homens
46
75-84 502,99 ± 126,35 6,14 ± 2,06 17,18 ± 5,49 19,86 ± 5,44 -11,02 ±12,73 -25,77 ± 15,73
(40,00%)
4
85+ 326,67 ± 77,43 11,68 ± 8,87 14,00 ± 3,61 14,00 ± 6,00 -33,33 ± 54,08 -27,33 ± 4,62
(3,47%)
392
Total 489,80 ± 128,63 6,27 ± 2,73 17,27 ± 5,38 18,73 ± 5,63 -7,15 ± 11,70 -16,20 ± 13,99
(100%)
71
Aveiro Mulheres Total 485,93 ± 72,07 14,41 ± 3,97 17,98 ± 4,01 -4,21 ± 9,04 -16,73 ± 16,34
(76,34%) 8,17 ± 4,69
40
65-74 495,35 ± 62,25 6,40 ± 1,44 14,43 ± 4,02 19,14 ± 4,47 -3,15 ± 7,75 -10,93 ± 13,31
(56,34%)
26
75-84 471,89 ± 89,32 9,24 ± 5,32 14,62 ± 4,04 16,39 ± 2,84 -4,86 ± 10,20 -21,78 ± 13,91
(36,61%)

34
Aptidão
Agilidade Força Flexibilidade
Cardiorrespiratória
Membros Membros Membros Membros
Região N
Inferiores Superiores Inferiores Superiores
5
85+ 428,00 ± 0,00 17,40 ± 7,35 12,67 ± 3,79 16,75 ± 1,71 -10,50 ± 13,08 -41,25 ± 25,54
(7,05%)
22
Total 470, 47 ± 61,50 8,47 ± 4,12 13,71 ± 5,03 17,16 ± 5,30 -15,95 ± 14,72 -34,79 ± 16,16
(23,65%)
12
65-74 456,64 ± 70,57 8,41 ± 4,40 15,89 ± 5,25 18,45 ± 5,09 -11,09 ± 15,52 -33,55 ± 13,30
(54,54%)
Homens
6
75-84 506,33 ± 44,96 8,61 ± 4,67 11,80 ± 3,90 16,20 ± 6,50 -23,60 ± 3,78 -29,00 ± 6,08
(27,27%)
4
85+ 432,00 ± 0,00 8,47 ± 3,49 10,33 ± 3,79 14,00 ± 3,61 -21,00 ± 20,07 -49,00 ± 31,58
(18,19%)
93
Total 483,20 ± 70,00 8,25 ± 4,53 14,25 ± 4,21 17,79 ± 4,32 -6,93 ± 11,64 -20,86 ± 17,91
(100%)
58
Total 303,47 ± 149,82 8,37 ± 3,80 12,77 ± 5,56 15,21 ± 4,94 -7,66 ± 11,08 -18,76 ± 15,61
(69,88%)
29
65-74 365,21 ± 154,26 6,88 ± 2,55 15,03 ± 4,67 16,41 ± 4,42 -5,61 ± 11,54 -12,66 ± 4,26
(50,00%)
Mulheres
21
75-84 286,92 ± 149,58 9,62 ± 4,33 11,15 ± 5,56 14,86 ± 5,82 -8,69 ± 10,13 -24,57 ± 15,72
(36,20%)
8
85+ 210,71 ± 87,34 11,31 ± 4,30 8,00 ± 4,86 12,13 ± 2,36 -11,87 ± 11,73 -26,57 ± 11,73
(13,80%)
Ave
25
Total 275,00 ± 156,62 7,92 ± 6,83 15,63 ± 3,63 19,13 ± 5,26 -15,94 ± 11,84 -20,00 ± 14,96
(30,12%)
14
65-74 269,17 ± 155,51 6,87 ± 2,40 14,79 ± 3,96 18,15 ± 4,67 -15,07 ± 13,11 -17,29 ± 16,93
(56,00%)
Homens
10
75-84 333,75 ± 153,15 6,23 ± 0,64 16,80 ± 2,90 20,40 ± 5,95 -17,15 ± 11,10 -22,40 ± 11,97
(40,00%)
1
85+ 75,00 ± 0,00 39,48 ± 0,00 -- -16,00 ± 0,00 -34,00 ± 0,00
(4,00%) --

35
Aptidão
Agilidade Força Flexibilidade
Cardiorrespiratória
Membros Membros Membros Membros
Região N
Inferiores Superiores Inferiores Superiores
83
Total 296,51 ± 150,21 8,22 ± 4,96 13,63 ± 5,21 16,35 ± 5,31 -10,22 ± 11,89 -19,15 ± 15,33
(100%)
39
Total 560,91 ± 139,14 6,59 ± 2,53 17,95 ± 4,24 19,76 ± 4,68 -2,61 ± 9,48 -14,99 ± 12,34
(62,90%)
32
65-74 588,53 ± 95,13 5,95 ± 1,49 18,72 ± 3,85 20,84 ± 4,16 -2,57 ± 8,48 -11,97 ± 10,60
(82,05%)
Mulheres
5
75-84 480,40 ± 265,75 8,80 ± 4,36 15,20 ± 5,17 16,60 ± 2,88 -4,90 ± 16,21 -28,10 ± 14,03
(12,82%)
2
85+ 334,00± 57,98 10,96 ± 4,31 12,50 ± 0,71 11,00 ± 4,24 2,50 ± 0,71 -26,00 ± 5,66
(5,13%)
23
Cávado Total 545,80 ± 171,50 8,41 ± 8,16 18,71 ± 4,92 19,86 ± 5,83 -10,98 ± 14,98 -24,34 ± 10,03
(37,10%)
10
65-74 583,90 ± 144,67 6,81 ± 4,65 21,22 ± 4,60 21,89 ± 3,48 -2,05 ± 11,44 -19,45 ± 8,45
(43,47%)
Homens
12
75-84 507,70 ± 194,77 9,74 ± 10,25 17,00 ± 4,60 18,58 ± 7,09 -16,83 ± 14,11 -28,42 ± 9,69
(52,17%)
1
85+ -- -- 15,00 ± 0,00 17,00 ± 0,00 -30,00 ± 0,00 --
(4,36%)
62
Total 555,70 ± 149,75 7,26 ± 5,33 18,22 ± 4,46 19,80 ± 5,08 -5,87 ± 12,50 -18,53 ± 12,31
(100%)
43
Total 320,40 ± 162,88 13,53 ± 9,21 11,84 ± 4,90 15,85 ± 5,34 -7,66 ± 16,30 -24,06 ±18,11
(68,25%)
14
65-74 487,14 ± 130,89 8,07 ± 4,03 14,86 ± 4,44 21,08 ± 4,91 -2,61 ± 13,54 -13,58 ± 13,51
Viana do (32,55%)
Mulheres
Castelo 18
75-84 254,00 ± 112,91 13,47 ± 6,46 10,67 ± 4,72 13,78 ± 3,73 -7,82 ± 16,99 -27,86 ± 21,31
(41,86%)
11
85+ 210,82 ± 80,50 20, 68 ± 2,62 9,91 ± 4,28 13,55 ± 4,16 -13,36 ± 17,66 -31,36 ± 12,57
(25,59%)

36
Aptidão
Agilidade Força Flexibilidade
Cardiorrespiratória
Membros Membros Membros Membros
Região N
Inferiores Superiores Inferiores Superiores
20
Total 476,85 ±151,53 8,23 ± 4,32 15,05 ± 3,52 19,00 ± 5,28 -5,90 ± 13,68 -22,65 ± 16,40
(31,75%)
13
65-74 536,69 ± 92,10 6,48 ± 1,66 15,31 ± 3,61 20,31 ± 4,55 -4,69 ± 14,08 -16,00 ± 14,79
(65,00%)
Homens
4
75-84 442,50 ± 187,64 9,30 ± 4,71 16,50 ± 3,70 21,00 ± 3,00 -5,00 ± 17,34 -29,75 ± 9,54
(20,00%)
3
85+ 263,33 ± 142,86 14,38 ± 6,95 12,00 ± 0,00 11,33 ± 3,51 -12,33 ± 8,02 -42,00 ± 12,53
(15,00%)
63
Total 370,87 ± 174,42 11,79 ± 8,29 12,86 ± 4,73 16,85 ± 5,48 -7,08 ± 15,40 -23,59 ± 17,43
(100%)
488
Total 449,97 ± 149,80 7,60 ± 4,63 15,69 ± 5,51 17,76 ± 5,37 -5,94 ± 10,88 -16,37 ± 14,68
(70,40%)
287
65-74 501,17 ±112,63 6,04 ± 1,94 17,00 ± 4,71 19,37 ± 4,92 -4,01 ± 9,49 -11,31 ± 12,34
Mulheres (58,80%)
162
75-84 386,51 ± 152,89 8,86 ± 4,80 14,22 ± 6,04 15,99 ± 5,21 -8,17 ± 11,74 -22,39 ± 14,63
(33,29%)
39
85 + 268,02 ± 118,13 14,08 ±9,06 11,63 ± 5,62 13,16 ± 4,25 -10,40 ± 13,44 -29,14 ± 14,03
(7,91%)
Amostra 205
Total 504,04 ± 148,13 6,79 ± 4,58 17,13 ± 4,99 19,39 ± 5,47 -10,77 ± 14,31 -22,01 ± 15,31
Total (29,60%)
114
65-74 535,20 ± 133,03 5,92 ± 2,54 17,88 ± 4,88 19,85 ± 5,09 -7,88 ± 12,43 -17,67 ±14,37
Homens (55,60%)
78
75-84 488,63 ± 145,28 7,07 ± 4,76 16,70 ± 4,99 19,51 ± 5,76 -13,35 ± 13,03 -26,18 ± 13,57
(38,04%)
13
85 + 284,62 ± 133,70 14,31 ±10,72 12,40 ± 3,03 13,50 ± 4,09 -22,36 ± 27,48 -38,90 ±18,59
(6,36%)
693
Total 465,83 ± 151,19 7,36 ± 4,62 16,12 ± 5,40 18,24 ± 5,45 -7,38 ± 12,20 -18,10 ± 15,09
(100%)

37
As Figuras de 1 a 6 representam a prevalência dos idosos de acordo
com os percentis (percentil 10, percentil 25, percentil 50, percentil 75 e percentil
90) de aptidão física estabelecidos na literatura para a população portuguesa,
ajustada ao sexo e à idade (Marques et al., 2014) e à região geográfica.
Importa referir que o percentil 25 está descrito como o ponto de corte a partir
do qual a aptidão física é considerada adequada (Rikli & Jones, 1999c)

Com base no percentil 25, observa-se que 15,43% da totalidade da


amostra tem uma aptidão cardiorrespiratória abaixo do valor de referência
(Figura 1). Na região do Ave, 51,11% dos idosos estão abaixo do limite
desejado, enquanto no Cávado, 44,83% estão acima do percentil 90. Na
generalidade da amostra, 91,61% apresenta níveis de força dos membros
inferiores acima do valor desejado ( percentil 25) (Figura 2). Novamente, no
Ave, a prevalência de idosos com indicadores abaixo do ponto de corte (17,5%)
foi superior do que nas demais regiões. No que diz respeito à força de
membros superiores, observou-se que 11,42% dos idosos apresenta baixos
níveis, sendo que o Cávado é aquele em que os idosos são melhor
classificados (96,67%). A flexibilidade de membros superiores e inferiores foi a
capacidade em que se observou uma maior prevalência da totalidade dos
idosos abaixo do percentil 10 (25,79% e 25,39%, respetivamente). Por fim,
observa-se que na agilidade 17,38% dos idosos estão abaixo do esperado,
porém há uma grande variação entre as regiões

38
Figura 1 - Classificação da Aptidão Cardiorrespiratória de acordo com os percentis da população portuguesa e região
geográfica

39
Figura 2. Classificação da Força dos Membros Inferiores de acordo com os percentis da população portuguesa e região
geográfica

40
Figura 3 – Classificação da Força dos Membros Superiores de acordo com os percentis da população portuguesa e região
geográfica

41
Figura 4. Classificação da Força dos Membros Superiores de acordo com os percentis da população portuguesa e região
geográfica

42
Figura 5. Classificação da Flexibilidade dos Membros Inferiores de acordo com os percentis da população portuguesa e
região geográfica

43
Figura 6. Classificação da Agilidade de acordo com os percentis da população portuguesa e região geográfica

44
5. DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo verificar os níveis de aptidão física


e prevalência dos fatores de risco e de doenças cardiovasculares dos idosos
da Região Norte de Portugal. Para isso, foram avaliados 693 idosos (70,40%
mulheres) com intervalo etário entre 65 a 95 anos (média de idade: 74,09 ±
6,59 anos). Os resultados do estudo mostraram que os homens possuem
melhor desempenho na maioria das componentes da aptidão física, com a
exceção da flexibilidade dos membros inferiores e superiores, em que as
mulheres obtiveram melhores resultados. Também foi verificado que com o
avanço da idade, os declínios de todas as componentes da aptidão física se
intensificam. De uma maneira geral, os resultados com base na classificação
(através do percentil pré-determinado para essa população) mostrou que na
generalidade os idosos da nossa amostra estavam dentro dos níveis aceitáveis
de aptidão física.

Neste estudo, com a estratificação da amostra por regiões, os idosos


mais velhos são da região de Viana do Castelo com a média de idade de 76,61
± 8,42 anos, enquanto que os idosos mais novos são os residentes da região
do Cávado, com média de idade de 72,51 ± 6,30 anos. Esse resultado vai de
encontro aos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE,
2019), que mostram que a região de Viana do Castelo tem um índice de
envelhecimento superior ao da região do Cávado (189,4 e 130,60,
respetivamente) de acordo com o ranking de envelhecimento nacional.

Considerando a totalidade da amostra, o nível de escolaridade


predominante é o de até 4 anos (antiga 4ª classe). De acordo com dados
nacionais, é precisamente este nível de escolaridade mais prevalente no
escalão etário mais velho, isto é, nos idosos com mais de 85 anos (PORDATA).
De acordo com Prince et al. (2015) os baixos níveis de escolaridade estão
tipicamente ligados a fatores de risco para diversas doenças não
transmissíveis, como por exemplo, diabetes, hipertensão, cancro, doenças

45
cardiovasculares, pois são doenças que têm relação com fatores
comportamentais e estilo de vida.

Vários estudos apontam as doenças cardiovasculares como uma das


principais doenças que acometem os idosos durante o processo de
envelhecimento (Deo & Varosy, 2012; Lacey & Tabberer, 2005; Moran et al.,
2014; Prince et al., 2015). Contudo, no nosso estudo, a prevalência de doenças
cardiovasculares auto reportada foi de 2,90%. Esta prevalência é mais baixa
quando comparada a estudos anteriores, que mostraram prevalências de
22,90% (Massa et al., 2019) a 34,60% (Bourbon et al. (2019). Um potencial
fator de explicação para esta discrepância entre os nossos resultados
comparativamente a outros é a metodologia do estudo (i.e., auto reportado),
que pode estar associada a um erro de resposta.

Entre os diversos fatores de risco das doenças cardiovasculares, a


hipertensão arterial é um fator de risco frequentemente presente na população
idosa (da Silva Ferreira et al., 2016). A percentagem de idosos que reportaram
ter hipertensão arterial nesse estudo foi de 27,80%. Novamente, a
percentagem encontrada situa-se abaixo daquela indicada em estudos
anteriores (Massa et al., 2019; Mendes et al., 2012; Rodrigues et al., 2017).
Num outro estudo realizado em Portugal por Nunes et al. (2017), a prevalência
da HTA foi em 71,30% dos idosos com idade entre 65-74 anos. Novamente, a
diferença entre resultados pode ser explicada devido a metodologia utilizada.
Adicionalmente, é necessário considerar que a hipertensão arterial é uma
doença que as pessoas muitas vezes desconhecem por que é isenta de
sintomas detetáveis. Neste sentido, um estudo realizado por Jokisalo et al.
(2001) mostrou que em uma amostra de 1782 indivíduos com hipertensão
arterial, 56% destes desconheciam a existência da mesma. A prevalência de
hipertensão aumenta à medida que se avança para grupos etários mais velhos
(Espiga et al., 2007; Wu & Wang, 2019), porém resultados diferentes foram
encontrados nesse estudo, pois o escalão etário que apresentou a maior
percentagem de hipertensos foi o de 65-74 anos (50%), seguido pelo escalão
75-84 anos (41,10%) e o escalão >85 anos (8,0%). Podemos sugerir que os

46
idosos mais jovens podem ser mais sensíveis ao diagnóstico. Embora a
presença de demência fosse um critério de exclusão, importa destacar que não
foram recolhidas informações acerca do estado cognitivo dos idosos, o que
pode levar a um erro de resposta sobretudo importante nos idosos mais velhos.

Entre os idosos do nosso estudo, a prevalência da obesidade foi


27,27%. Este resultado é inferior aos 41,80% reportados entre idosos avaliados
em um inquérito sobre a prevalência de obesidade na população portuguesa
em 2015 (Gaio et al., 2018). Observamos uma prevalência de obesidade
ligeiramente superior nos homens comparativamente as mulheres, resultados
que não vão de encontro com os resultados de outros estudos (Baptista et al.,
2011; Oliveira et al., 2018).
Para a amostra total, a prevalência de dislipidemia foi de 14,40%, o que
também é bastante inferior quando comparado a estudos realizados com a
população portuguesa. Bourbon et al. (2019) relatam uma prevalência de
65,6% em idosos ≥ 65 anos. As mulheres tem uma maior prevalência de
dislipidemia quando comparado aos homens (16,7% e 8,6%, respetivamente) e
é possível encontrar na literatura estudos que confirmam esses resultados
(Bourbon et al., 2019; Cortez-Dias et al., 2013).
Os resultados auto reportados acerca da prevalência da diabetes
(13,20%) estão de certa forma alinhados com os resultados apresentados por
Bourbon et al. (2019), em que o grupo da faixa etária com mais de 65 anos
apresentou uma prevalência da diabetes de 15,08%. Não obstante, outros
estudos reportam prevalência superior entre idosos (~23%) (Barreto et al.,
2017).

Os resultados da aptidão física mostraram que os homens apresentaram


resultados ajustados (percentil 25 ou superior) em quase todas as
componentes, com exceção da flexibilidade. O desempenho dos homens é
superior aos das mulheres para aptidão cardiorrespiratória, força dos membros
superiores e inferiores e para agilidade, enquanto que as mulheres possuem
melhores resultados nos testes de flexibilidade dos membros superiores e

47
inferiores. Esses resultados são semelhantes aos de outros estudos realizados
com amostras de idosos portugueses. Por exemplo, Marques et al. (2014)
observaram que entre 4712 idosos, os homens também obtiveram resultados
superiores aos das mulheres para os mesmos testes.

O bom desempenho dos homens na grande maioria dos testes destaca-


se de maneira positiva, pois os componentes da aptidão física estão ligados a
um bom estado de saúde (Marques et al., 2014; Topp et al., 2004). Os
declínios da força dos membros inferiores (El-Khoury et al., 2013; Kwan et al.,
2011) e da agilidade (Carter et al., 2001; Reed-Jones et al., 2012) estão
diretamente vinculados a risco de quedas nos idosos, já o declínio da aptidão
cardiorrespiratória acaba por comprometer a realização das atividades da vida
diária (AVD) (Acree et al., 2006; Lobo et al., 2011). Outros declínios que
causam comprometimento para realização das atividades de vida diárias é a
redução da flexibilidade dos membros inferiores e superiores (Badley et al.,
1984; Dantas et al., 2002), componentes em que as mulheres atingiram taxas
superiores aos homens, esse resultado vai de encontro com estudos realizados
anteriormente (Baptista et al., 2011; Marques et al., 2014; Santos et al., 2012).
É importante relatar que para que os idosos obtenham/mantenham um estilo de
vida independente é essencial a preservação dos componentes da aptidão
física ((WHO), 2015; Rikli & Jones, 2013b).

Os nossos resultados mostraram que na medida em que a idade


aumenta, há uma redução progressiva em todos os componentes da aptidão
física. Ou seja, em todos os testes (aptidão cardiorrespiratória, força dos
membros superiores e inferiores, agilidade e flexibilidade dos membros
superiores e inferiores), ocorreu um declínio no desempenho, o que já tinha
sido previamente reportado (Gusi et al., 2012; Krause et al., 2009; Marques et
al., 2014). De acordo com Brown (2015); Milanovic et al. (2013); Virtuso et al.
(2015), os idosos mais velhos apresentam maiores declínios funcionais.

Marques et al. (2014) realizaram um estudo para traçar valores


normativos de aptidão física para idosos portugueses para as diferentes
variáveis da aptidão funcional. Os idosos avaliados no presente estudo foram

48
igualmente classificados de acordo com estes valores de referência. De uma
maneira geral, o desempenho dos idosos para todos os testes foi satisfatório,
com exceção da flexibilidade, em que os idosos obtiveram uma pior
classificação, ficando 51,18% da amostra total abaixo do percentil 25. Destaca-
se que na força dos membros inferiores, 91,61% dos idosos avaliados estavam
acima do percentil 25. Esses resultados estão parcialmente de acordo com os
resultados do estudo realizado por Baptista et al. (2011) que revelou que
58,70% dos idosos avaliados estavam abaixo do percentil 25 para o teste de
flexibilidade dos membros superiores e de maneira diferente do nosso estudo,
foi a agilidade que obteve o resultado mais positivo com 99,3%.

Limitações do Estudo

As principais limitações desse estudo são o número baixo de


participantes em determinadas categorias de idade, assim como a falta de
dados recolhidos para analisar o histórico de doenças cardiovasculares e
fatores de risco em algumas regiões. A recolha de informações auto reportada
também apresenta risco de ocultação de informações por falta de
conhecimento da existência de doenças por parte dos idosos. Por fim, a
natureza transversal do estudo não permite acompanhar a evolução da aptidão
física ao longo do tempo, representando apenas uma fotografia de um
momento particular do tempo. Adicionalmente, não temos informações acerca
da atividade física e comportamento sedentário, o que inviabiliza observar a
associação entre essas duas variáveis com a aptidão física.

A avaliação dos componentes da aptidão física nos idosos torna-se


importante para que seja possível identificar os declínios relacionados com o
processo de envelhecimento, para que a partir dos resultados seja possível
traçar estratégias para evitar a progressão/surgimento desses declínios através
da criação de programas específicos de exercício físico para essa população.
Futuros estudos podem contemplar a implementação de estratégias, como por

49
exemplo, programas de exercício físico, para melhorar a aptidão física
sobretudo de idosos que estão abaixo do percentil 25.

50
6. CONCLUSÕES

O presente estudo teve como objetivo descrever os níveis da aptidão


física dos idosos provenientes das Regiões Norte de Portugal. Os resultados
mostram que a aptidão física dos homens, de uma maneira geral, é melhor do
que a aptidão das mulheres, com exceção da flexibilidade de membros
superiores e inferiores.

Também foi possível observar que o processo de envelhecimento


intensifica o declínio de todas as componentes da aptidão física.

De acordo com os resultados obtidos, é possível verificar que grande


parte dos idosos estavam com os níveis de aptidão física considerados
aceitáveis para essa população (Percentil 25 ou mais).

51
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(WHO), W. H. O. (2015). World report on ageing and health Available at.


Geneva: World Health Organization Press: World Health Organization.
Acree, L. S., Longfors, J., Fjeldstad, A. S., Fjeldstad, C., Schank, B., Nickel, K.
J., Montgomery, P. S., & Gardner, A. W. (2006). Physical activity is
related to quality of life in older adults. Health Quality of Life Outcomes,
4, 37. doi:10.1186/1477-7525-4-37
Agha, M., & Agha, R. (2017). The rising prevalence of obesity: part A: impact on
public health. International Journal of Surgery. Oncology, 2(7), e17.
doi:10.1097/ij9.0000000000000017
Alcazar, J., Losa-Reyna, J., Rodriguez-Lopez, C., Navarro-Cruz, R., Alfaro-
Acha, A., Ara, I., García-García, F. J., Alegre, L. M., & Guadalupe-Grau,
A. (2019). Effects of concurrent exercise training on muscle dysfunction
and systemic oxidative stress in older people with COPD. Scandinavian
Journal of Medicine & Science in Sports, 29(10), 1591-1603.
doi:10.1111/sms.13494
American college of sports medicine, A. (2003). American college of sports
medicine fitness book. Champaign: Human Kinetics.
Arem, H., Matthews, C. E., & Lee, I. M. (2015). Physical activity is key for
successful aging-reply: Even a little is good. JAMA International
Medicine, 175(11), 1863. doi:10.1001/jamainternmed.2015.4750
Arokiasamy, P., Uttamacharya, U., Jain, K., Biritwum, R. B., Yawson, A. E., Wu,
F., Guo, Y., Maximova, T., Espinoza, B. M., Rodríguez, A. S., Afshar, S.,
Pati, S., Ice, G., Banerjee, S., Liebert, M. A., Snodgrass, J. J., Naidoo,
N., Chatterji, S., & Kowal, P. (2015). The impact of multimorbidity on
adult physical and mental health in low- and middle-income countries:
What does the study on global ageing and adult health (SAGE) reveal?
BMC Medicine, 13, 178. doi:10.1186/s12916-015-0402-8
Badley, E. M., Wagstaff, S., & Wood, P. H. (1984). Measures of functional
ability (disability) in arthritis in relation to impairment of range of joint
movement. Annals of the Rheumatic Diseases, 43(4), 563-569.
doi:10.1136/ard.43.4.563
Baptista, F., Silva, A., Santos, D., Mota, J., Santos, R., Vale, S., Ferreira, J.,
Raimundo, A., & Helena, M. (2011). Livro verde da aptidão física. Lisboa:
Instituto do Desporto de Portugal, I.P.
Barreto, M., Kislaya, I., Gaio, V., Rodrigues, A. P., Santos, A. J., Namorado, S.,
Antunes, L., Gil, A. P., Boavida, J. M., & Silva, A. C. (2017). Prevalência,
conhecimento e controlo da diabetes em Portugal: resultados do
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015).
Batsis, J. A., Gill, L. E., Masutani, R. K., Adachi-Mejia, A. M., Blunt, H. B.,
Bagley, P. J., Lopez-Jimenez, F., & Bartels, S. J. (2017). Weight loss
interventions in older adults with obesity: A systematic review of

53
randomized controlled trials since 2005. Journal of the American
Geriatrics Society, 65(2), 257-268. doi:10.1111/jgs.14514
Baumgartner, R. N., Heymsfield, S. B., & Roche, A. F. (1995). Human body
composition and the epidemiology of chronic disease. Obesity Research,
3(1), 73-95. doi:10.1002/j.1550-8528.1995.tb00124.x
Benedetti, T. R. B., Borges, L. J., Petroski, E. L., & Gonçalves, L. H. T. (2008).
Atividade física e estado de saúde mental de idosos. Revista de Saúde
Pública, 42, 302-307.
Blagosklonny, M. V. (2010). Why human lifespan is rapidly increasing: Solving
"longevity riddle" with "revealed-slow-aging" hypothesis. Impact Journals:
Aging, 2(4), 177-182. doi:10.18632/aging.100139
Bourbon, M., Alves, A. C., & Rato, Q. (2019). Prevalência de fatores de risco
cardiovascular na população portuguesa: Relatório estudo e_COR.
Branca, F. N. H., Nikogosian, H., & Lobstein, T. (2007). WHO. The challenge of
obesity in the WHO European region and the strategies for response.
WHO European report: Denmark (Vol. 1–76). Copenhagen.
Bravo, J. D., Raquel, G., Folgado, H. M., & Raimundo, A. M. (2018). Níveis de
atividade física e aptidão funcional em idosos da região do Alentejo,
Portugal. Revista Ibero-Americana de Saúde e Envelhecimento, 3(2),
955.
Brown, C. J., & Flood, K. L. (2013). Mobility limitation in the older patient: A
clinical review. Jama, 310(11), 1168-1177.
doi:10.1001/jama.2013.276566
Brown, G. C. (2015). Living too long: the current focus of medical research on
increasing the quantity, rather than the quality, of life is damaging our
health and harming the economy. EMBO Reports, 16(2), 137-141.
doi:10.15252/embr.201439518
Bruni, B. M., Granado, F. B., & Prado, R. A. (2008). Avaliação do equilíbrio
postural em idosos praticantes de hidroterapia em grupo. O Mundo da
Saúde São Paulo, 32(1), 56-63.
Carter, N. D., Kannus, P., & Khan, K. M. (2001). Exercise in the prevention of
falls in older people: a systematic literature review examining the
rationale and the evidence. Sports Medicine, 31(6), 427-438.
doi:10.2165/00007256-200131060-00003
Caspersen, C. J., Powell, K. E., & Christenson, G. M. (1985). Physical activity,
exercise, and physical fitness: Definitions and distinctions for health-
related research. Public Health Reports, 100(2), 126-131.
Cervi, A., Franceschini, S., & Priore, S. (2005). Critical analysis of the use of the
body mass index for the elderly. Revista de Nutrição, 18, 765-775.
Charlier, R., Mertens, E., Lefevre, J., & Thomis, M. (2015). Muscle mass and
muscle function over the adult life span: A cross-sectional study in
Flemish adults. Archives of Gerontology and Geriatrics, 61(2), 161-167.
doi:10.1016/j.archger.2015.06.009
Chittrakul, J., Siviroj, P., Sungkarat, S., & Sapbamrer, R. (2020). Multi-system
physical exercise intervention for fall prevention and quality of life in pre-
frail older adults: A randomized controlled trial. International Journal of
Environmental Research and Public Health, 17(9).
doi:10.3390/ijerph17093102

54
Chou, C. H., Hwang, C. L., & Wu, Y. T. (2012). Effect of exercise on physical
function, daily living activities, and quality of life in the frail older adults: a
meta-analysis. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 93(2),
237-244. doi:10.1016/j.apmr.2011.08.042
Cohen, M. (2001). Considerações pulmonares na terceira idade. In T. L.
Kauffman (Ed.), Manual de reabilitação geriátrica (pp. 25-29). Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan.
Cortez-Dias, N., Martins, S. R., Belo, A., & Fiúza, M. (2013). Caracterização do
perfil lipídico nos utentes dos cuidados de saúde primários em Portugal.
Revista Portuguesa de Cardiologia, 32(12), 987-996.
Cunningham, C., R, O. S., Caserotti, P., & Tully, M. A. (2020). Consequences of
physical inactivity in older adults: A systematic review of reviews and
meta-analyses. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports,
30(5), 816-827. doi:10.1111/sms.13616
da Silva Ferreira, R. S., da Graça, L. C. C., & Calvinho, M. d. L. S. E. (2016).
Therapeutic adherence of hypertensive patients in primary health care.
Revista de Enfermagem Referência, 4(8), 7.
Daniels, R., van Rossum, E., de Witte, L., Kempen, G. I., & van den Heuvel, W.
(2008). Interventions to prevent disability in frail community-dwelling
elderly: a systematic review. BMC Health Services Research, 8, 278.
doi:10.1186/1472-6963-8-278
Dantas, E. H. M., Pereira, S. A. M., Aragão, J. C., & Ota, A. H. (2002). A
preponderância da diminuição da mobilidade articular ou da elasticidade
muscular na perda da flexibilidade no envelhecimento. Fitness &
Performance.
de la Santé, O. M. (1999). Glossaire de la promotion de la santé. Genève:
Organisation Mondiale de la Santé.
de Melo, L. L., Menec, V. H., & Ready, A. E. (2014). Relationship of functional
fitness with daily steps in community-dwelling older adults. Journal of
Geriatric Physical Therapy, 37(3), 116-120.
doi:10.1519/JPT.0b013e3182abe75f
de Oliveira, L., Souza, E. C., Rodrigues, R. A. S., Fett, C. A., & Piva, A. B.
(2019). The effects of physical activity on anxiety, depression, and quality
of life in elderly people living in the community. Trends in Psychiatry and
Psychotherapy, 41(1), 36-42. doi:10.1590/2237-6089-2017-0129
Deo, R., & Varosy, P. D. (2012). Invited Commentary—Global Arrhythmia
Burden: The Public Health Implications of the Rise in Atrial Fibrillation
Comment on “The Increasing Burden of Atrial Fibrillation Compared With
Heart Failure and Myocardial Infarction”. Archives of Internal Medicine,
172(9), 741-742.
Department of Economic Social Affairs Population Division United Nations.
(2019). World population prospects 2019: highlights (ST/ESA/SER.
A/423).
Deschenes, M. R. (2004). Effects of aging on muscle fibre type and size. Sports
Medicine, 34(12), 809-824. doi:10.2165/00007256-200434120-00002
Ding, D., Lawson, K. D., Kolbe-Alexander, T. L., Finkelstein, E. A., Katzmarzyk,
P. T., van Mechelen, W., & Pratt, M. (2016). The economic burden of
physical inactivity: A global analysis of major non-communicable

55
diseases. The Lancet, 388(10051), 1311-1324. doi:10.1016/s0140-
6736(16)30383-x
El-Khoury, F., Cassou, B., Charles, M. A., & Dargent-Molina, P. (2013). The
effect of fall prevention exercise programmes on fall induced injuries in
community dwelling older adults: systematic review and meta-analysis of
randomised controlled trials. The BMJ, 347, f6234.
doi:10.1136/bmj.f6234
Espiga, M., Macedo, M. J. L., Silva, A. O., Alcântara, P., Ramalhinho, V., &
Carmona, J. (2007). Prevalência, conhecimento, tratamento e controlo
da hipertensão em portugal. Estudo PAP [2]. Revista Portuguesa
Cardiologia, 26(1), 21-39.
Fatouros, I. G., Kambas, A., Katrabasas, I., Leontsini, D., Chatzinikolaou, A.,
Jamurtas, A. Z., Douroudos, I., Aggelousis, N., & Taxildaris, K. (2006).
Resistance training and detraining effects on flexibility performance in the
elderly are intensity-dependent. Journal of Strength and Conditioning
Research, 20(3), 634-642. doi:10.1519/r-17615.1
Fernandes, A. A. (2007). Determinantes da mortalidade e da longevidade:
Portugal numa perspectiva europeia (UE15, 1991-2001). Análise Social,
183, 419-443.
Fleck, S. J., & Kraemer, W. J. (2017). Fundamentos do treinamento de força
muscular. Porto Alegre: Artmed Editora.
Fleg, J. L., Morrell, C. H., Bos, A. G., Brant, L. J., Talbot, L. A., Wright, J. G., &
Lakatta, E. G. (2005). Accelerated longitudinal decline of aerobic
capacity in healthy older adults. Circulation, 112(5), 674-682.
doi:10.1161/circulationaha.105.545459
Gaio, V., Antunes, L., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., Namorado, S., Rodrigues,
A. P., Santos, A., Nunes, B., & Dias, C. M. (2018). Prevalência de
excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015). Boletim
Epidemiológico Observações, 7(22), 29-33.
Gallahue, D. L., Ozmun, J. C., & Goodway, J. D. (2013). Compreendendo o
desenvolvimento motor-: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Porto
Alegre: AMGH Editora.
Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R., Franklin, B. A., Lamonte, M. J.,
Lee, I.-M., Nieman, D. C., & Swain, D. P. (2011a). American College of
Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for
developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and
neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing
exercise. Medicine and science in sports and exercise, 43(7), 1334-1359.
Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R., Franklin, B. A., Lamonte, M. J.,
Lee, I. M., Nieman, D. C., & Swain, D. P. (2011b). American College of
Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for
developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and
neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing
exercise. Med Sci Sports Exerc, 43(7), 1334-1359.
doi:10.1249/MSS.0b013e318213fefb
Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R., Franklin, B. A., Lamonte, M. J.,
Lee, I. M., Nieman, D. C., Swain, D. P., & American College of Sports, M.

56
(2011c). American College of Sports Medicine position stand. Quantity
and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory,
musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults:
guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc, 43(7), 1334-
1359. doi:10.1249/MSS.0b013e318213fefb
Gopinath, B., Kifley, A., Flood, V., & Mitchell, P. (2018). Physical activity as a
determinant of successful aging over ten years. Scientific Reports, 8.
doi:10.1038/s41598-018-28526-3
Guo, S. S., Zeller, C., Chumlea, W. C., & Siervogel, R. M. (1999). Aging, body
composition, and lifestyle: The fels longitudinal study. The American
Journal of Clinical Nutrition, Volume 70(3), 405-411.
Gusi, N., Prieto, J., Olivares, P. R., Delgado, S., Quesada, F., & Cebrián, C.
(2012). Normative fitness performance scores of community-dwelling
older adults in Spain. Journal of Aging and Physical Activity, 20(1), 106-
126. doi:10.1123/japa.20.1.106
Haeger, A., Costa, A. S., Schulz, J. B., & Reetz, K. (2019). Cerebral changes
improved by physical activity during cognitive decline: A systematic
review on MRI studies. NeuroImage: Clinical, 23, 101933.
doi:10.1016/j.nicl.2019.101933
Haslam, D. W., & James, W. P. (2005). Obesity. The Lancet, 366(9492), 1197-
1209. doi:10.1016/s0140-6736(05)67483-1
Haveman-Nies, A., de Groot, L., Burema, J., Cruz, J. A., Osler, M., & van
Staveren, W. A. (2002). Dietary quality and lifestyle factors in relation to
10-year mortality in older Europeans: The SENECA study. American
Journal of Epidemiology, 156(10), 962-968. doi:10.1093/aje/kwf144
Hawkins, S., & Wiswell, R. (2003). Rate and mechanism of maximal oxygen
consumption decline with aging: Implications for exercise training. Sports
Medicine, 33(12), 877-888. doi:10.2165/00007256-200333120-00002
Heydarnejad, S., & Dehkordi, A. H. (2010). The effect of an exercise program
on the health-quality of life in older adults. A randomized controlled trial.
Danish Medical Bulletin 57(1), A4113.
Horowitz, A. M., Fan, X., Bieri, G., Smith, L. K., Sanchez-Diaz, C. I., Schroer, A.
B., Gontier, G., Casaletto, K. B., Kramer, J. H., Williams, K. E., & Villeda,
S. A. (2020). Blood factors transfer beneficial effects of exercise on
neurogenesis and cognition to the aged brain. Science, 369(6500), 167-
173. doi:10.1126/science.aaw2622
INE. (2017a). Mantém-se o agravamento do envelhecimento demográfico, em
Portugal, que só tenderá a estabilizar daqui a cerca de 40 anos-
Projeções de População Residente 2015-2080. INE Lisboa. Relatorio de
Estagio apresentado a
INE. (2017b). Projeções de População Residente em Portugal.
Mantém-se o agravamento do envelhecimento demográfico, em Portugal, que
só tenderá a estabilizar daqui a cerca de 40 anos., disponível
INE. (2020). Tábuas de Mortalidade em Portugal.
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DEST
AQUESdest_boui=415515347&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt
Consult. 01/06/21, 2021, disponível

57
Janssens, J. P. (2005). Aging of the respiratory system: Impact on pulmonary
function tests and adaptation to exertion. Clinics in Chest Medicine,
26(3), 469-484, vi-vii. doi:10.1016/j.ccm.2005.05.004
Jiang, B. C., & Villareal, D. T. (2019). Therapeutic and lifestyle approaches to
obesity in older persons. Current Opinion in Clinical Nutrition and
Metabolic Care, 22(1), 30-36. doi:10.1097/mco.0000000000000520
Jin, J. (2018). Prevention of falls in older adults. JAMA, 319(16), 1734-1734.
doi:10.1001/jama.2018.4396
Jokisalo, E., Kumpusalo, E., Enlund, H., & Takala, J. (2001). Patients’ perceived
problems with hypertension and attitudes towards medical treatment.
Journal of Human Hypertension, 15(11), 755-761.
Jones, C. J., & Rose, D. J. (2005). Physical activity instruction of older adults.
Champaign, IL: Human Kinetics.
Khan, H. T. (2019). Population ageing in a globalized world: Risks and
dilemmas? Journal of Evaluation in Clinical Practice, 25(5), 754-760.
Kim, J., Im, J. S., & Choi, Y. H. (2017). Objectively measured sedentary
behavior and moderate-to-vigorous physical activity on the health-related
quality of life in US adults: The national health and nutrition examination
survey 2003-2006. Quality of Life Research, 26(5), 1315-1326.
doi:10.1007/s11136-016-1451-y
Knapik, A., Brzek, A., Famula-Waz, A., Gallert-Kopyto, W., Szydlak, D.,
Marcisz, C., & Plinta, R. (2019). The relationship between physical
fitness and health self-assessment in elderly. Medicine, 98(25), e15984.
doi:10.1097/MD.0000000000015984
Kohl, H. W., 3rd, Craig, C. L., Lambert, E. V., Inoue, S., Alkandari, J. R.,
Leetongin, G., & Kahlmeier, S. (2012). The pandemic of physical
inactivity: Global action for public health. The Lancet, 380(9838), 294-
305. doi:10.1016/s0140-6736(12)60898-8
Kohrt, W. M., Malley, M. T., Coggan, A. R., Spina, R. J., Ogawa, T., Ehsani, A.
A., Bourey, R. E., Martin, W. H., 3rd, & Holloszy, J. O. (1991). Effects of
gender, age, and fitness level on response of VO2max to training in 60-
71 yr olds. Journal of Applied Physiology, 71(5), 2004-2011.
doi:10.1152/jappl.1991.71.5.2004
Kostić, R., Uzunović, S., Pantelić, S., & Đurašković, R. (2011). A comparative
analysis of the indicators of the functional fitness of the elderly. Facta
universitatis: Series physical education and sport, 9, 161-171.
Krause, M. P., Januário, R. S., Hallage, T., Haile, L., Miculis, C. P., Gama, M.
P., Goss, F. L., & da Silva, S. G. (2009). A comparison of functional
fitness of older Brazilian and American women. Journal of Aging and
Physical Activity, 17(4), 387-397. doi:10.1123/japa.17.4.387
Kuczmarski, R. J. (1989). Need for body composition information in elderly
subjects. The American Journal of Clinical Nutrition, 50(5), 1150-1157.
doi:10.1093/ajcn/50.5.1150
Kumon, M. T., da Silva, V. P., da Silva, A. I., & Gomes, L. (2009). Centenários
no mundo: uma visão panorâmica. Revista Kairós: Gerontologia, 12(1),
213-232.
Kwan, M. M., Close, J. C., Wong, A. K., & Lord, S. R. (2011). Falls incidence,
risk factors, and consequences in Chinese older people: A systematic

58
review. Journal of the American Geriatrics Society, 59(3), 536-543.
doi:10.1111/j.1532-5415.2010.03286.x
Lacey, L., & Tabberer, M. (2005). Economic burden of post‐acute myocardial
infarction heart failure in the United Kingdom. European Journal of Heart
Failure, 7(4), 677-683.
Lakatta, E. G. (1990). Changes in cardiovascular function with aging. European
Heart Journal, 11(suppl_C), 22-29. doi:10.1093/eurheartj/11.suppl_C.22
Lemmer, J. T., Hurlbut, D. E., Martel, G. F., Tracy, B. L., Ivey, F. M., Metter, E.
J., Fozard, J. L., Fleg, J. L., & Hurley, B. F. (2000). Age and gender
responses to strength training and detraining. Medicine and Science in
Sports and Exercise, 32(8), 1505-1512. doi:10.1097/00005768-
200008000-00021
Lipschitz, D. A. (1994). Screening for nutritional status in the elderly. Primary
Care, 21(1), 55-67.
Liu, C. J., & Latham, N. K. (2009). Progressive resistance strength training for
improving physical function in older adults. The Cochrane Database of
Systematic Reviews, 2009(3), Cd002759.
doi:10.1002/14651858.CD002759.pub2
Llano, M., Manz, M., & Oliveira, S. (2002). Guia prático de actividade física na
terceira idade. Cacém: Colecção Fitness é Manz.
Lobo, A., Carvalho, J., & Santos, P. (2011). Comparison of functional fitness in
elderlies with reference values by Rikli and Jones and after one-year of
health intervention programs. The Journal of Sports Medicine and
Physical Fitness, 51(1), 111-120.
Marengoni, A., Angleman, S., Melis, R., Mangialasche, F., Karp, A., Garmen,
A., Meinow, B., & Fratiglioni, L. (2011). Aging with multimorbidity: A
systematic review of the literature. Ageing Research Reviews, 10(4),
430-439. doi:10.1016/j.arr.2011.03.003
Marques, E. A., Baptista, F., Santos, R., Vale, S., Santos, D. A., Silva, A. M.,
Mota, J., & Sardinha, L. B. (2014). Normative functional fitness standards
and trends of Portuguese older adults: cross-cultural comparisons.
Journal of Aging and Physical Activity, 22(1), 126-137.
doi:10.1123/japa.2012-0203
Marques, E. A., Mota, J., Machado, L., Sousa, F., Coelho, M., Moreira, P., &
Carvalho, J. (2011). Multicomponent training program with weight-
bearing exercises elicits favorable bone density, muscle strength, and
balance adaptations in older women. Calcified Tissue International,
88(2), 117-129. doi:10.1007/s00223-010-9437-1
Martyn-St James, M., & Carroll, S. (2006). High-intensity resistance training and
postmenopausal bone loss: A meta-analysis. Osteoporosis International
17(8), 1225-1240. doi:10.1007/s00198-006-0083-4
Massa, K. H. C., Duarte, Y. A. O., & Chiavegatto Filho, A. D. P. (2019). Analysis
of the prevalence of cardiovascular diseases and associated factors
among the elderly, 2000-2010. Ciência & Saúde Coletiva, 24(1), 105-
114. doi:10.1590/1413-81232018241.02072017
McAuley, E., Konopack, J. F., Morris, K. S., Motl, R. W., Hu, L., Doerksen, S.
E., & Rosengren, K. (2006). Physical activity and functional limitations in
older women: Influence of self-efficacy. The Journals of Gerontology

59
Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 61(5), P270-
P277. doi:10.1093/geronb/61.5.P270
McDermott, A. Y., & Mernitz, H. (2006). Exercise and older patients: Prescribing
guidelines. American Family Physician, 74(3), 437-444.
Mendes, E., Preto, L., Novo, A., Azevedo, A., Brás, M., & Prior, Â. (2012).
Obesidade e hipertensão arterial numa amostra de idosos
institucionalizados do Concelho de Bragança. Livro de Actas. Primeiras
Jornadas de Farmácia. Farmácia de hoje, Fármacos de amanhã., 88-92.
Michalos, A. C. (2014). Encyclopedia of quality of life and well-being research.
Dordrecht: Springer.
Micozzi, M. S., & Harris, T. M. (1990). Age variations in the relation of body
mass indices to estimates of body fat and muscle mass. American
Journal of Physical Anthropology, 81(3), 375-379.
doi:10.1002/ajpa.1330810307
Milanovic, Z., Pantelic, S., Trajkovic, N., Sporis, G., Kostic, R., & James, N.
(2013). Age-related decrease in physical activity and functional fitness
among elderly men and women. Clinical Interventions in Aging, 8, 549-
556. doi:10.2147/CIA.S44112
Mitchell, W. K., Williams, J., Atherton, P., Larvin, M., Lund, J., & Narici, M.
(2012). Sarcopenia, dynapenia, and the impact of advancing age on
human skeletal muscle size and strength; a quantitative review. Frontiers
in Physiology, 3, 260. doi:10.3389/fphys.2012.00260
Miura, K. (2011). Epidemiology and prevention of hypertension in Japanese:
How could Japan get longevity? European Association for Predictive,
Preventive and Personalised Medicine, 2(1), 59-64. doi:10.1007/s13167-
011-0069-y
Moran, A. E., Forouzanfar, M. H., Roth, G. A., Mensah, G. A., Ezzati, M.,
Flaxman, A., Murray, C. J., & Naghavi, M. (2014). The global burden of
ischemic heart disease in 1990 and 2010: the global burden of disease
2010 study. Circulation, 129(14), 1493-1501.
Nações Unidas, N. (2020). Níveis e tendências no envelhecimento
populacional. https://unric.org/pt/envelhecimento/ Consult. 03/05/20,
2021, disponível
Nawrocka, A., Polechonski, J., Garbaciak, W., & Mynarski, W. (2019).
Functional fitness and quality of life among women over 60 years of age
depending on their level of objectively measured physical activity.
International Journal of Environmental Research and Public Health,
16(6). doi:10.3390/ijerph16060972
Nelson, M. E., Rejeski, W. J., Blair, S. N., Duncan, P. W., Judge, J. O., King, A.
C., Macera, C. A., & Castaneda-Sceppa, C. (2007). Physical activity and
public health in older adults: recommendation from the American College
of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation,
116(9), 1094.
Nicklas, B. J., Brinkley, T. E., Houston, D. K., Lyles, M. F., Hugenschmidt, C. E.,
Beavers, K. M., & Leng, X. (2019). Effects of caloric restriction on
cardiorespiratory fitness, fatigue, and disability responses to aerobic
exercise in older adults with obesity: A randomized controlled trial. The

60
Journals of Gerontology: Series A 74(7), 1084-1090.
doi:10.1093/gerona/gly159
Norton, S., Matthews, F. E., Barnes, D. E., Yaffe, K., & Brayne, C. (2014).
Potential for primary prevention of Alzheimer's disease: An analysis of
population-based data. The Lancet Neurology, 13(8), 788-794.
doi:10.1016/s1474-4422(14)70136-x
Nunes, B., Barreto, M., Gil, A. P., Kislaya, I., Namorado, S., Antunes, L., Gaio,
V., Santos, A. J., Rodrigues, A. P., & Santos, J. (2017). Primeiro
Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico 2015: objetivos,
métodos e implementação. Comunicação apresentada em V Congresso
Nacional de Saúde Pública, 16-17 fevereiro 2017.
Oliveira, A., Araújo, J., Severo, M., Correia, D., Ramos, E., Torres, D., Lopes,
C., Lopes, C., Oliveira, A., Severo, M., Torres, D., Rodrigues, S., Ramos,
E., Vilela, S., Guiomar, S., Oliveira, L., Alarcão, V., Nicola, P., Mota, J.,
Teixeira, P., Soares, S., Andersen, L. F., & by the, I. A. N. A. F. C.
(2018). Prevalence of general and abdominal obesity in Portugal:
comprehensive results from the National Food, nutrition and physical
activity survey 2015–2016. BMC Public Health, 18(1), 614.
doi:10.1186/s12889-018-5480-z
Paffenbarger, R. S., Jr., Hyde, R. T., Wing, A. L., & Hsieh, C. C. (1986).
Physical activity, all-cause mortality, and longevity of college alumni.
New England Journal of Medicine, 314(10), 605-613.
doi:10.1056/nejm198603063141003
Paterson, D. H., & Warburton, D. E. (2010). Physical activity and functional
limitations in older adults: A systematic review related to Canada's
physical activity guidelines. International Journal of Behavioral Nutrition
and Physical Activity, 7, 38. doi:10.1186/1479-5868-7-38
Paúl, C., & Ribeiro, Ó. (2012). Aspetos biocomportamentais, psicológicos e
sociais do envelhecimento. Lisboa: Lidel
Manual de Gerontologia.
Plassman, B. L., Langa, K. M., Fisher, G. G., Heeringa, S. G., Weir, D. R.,
Ofstedal, M. B., Burke, J. R., Hurd, M. D., Potter, G. G., Rodgers, W. L.,
Steffens, D. C., Willis, R. J., & Wallace, R. B. (2007). Prevalence of
dementia in the United States: The aging, demographics, and memory
study. Neuroepidemiology, 29(1-2), 125-132. doi:10.1159/000109998
Pordata. (2019a). Indicadores de fecundidade: Índice sintético de fecundidade
e taxa bruta de reprodução–Portugal. Número médio de filhos por
mulher. PORDATA Consult. 19 jan 2021, disponível em
https://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+fecundidade+geral-618
Pordata. (2019b). Indicadores de fecundidade: Índice sintético de fecundidade
e taxa bruta de reprodução–Portugal. Número médio de filhos por
mulher. disponível
PORDATA. (2020). Indicadores de envelhecimento.
https://www.pordata.pt/Portugal/Indicadores+de+envelhecimento-526
Consult. 15/6/2020, 2020, disponível

61
PORDATA. (2021). Índice de envelhecimento.
https://www.pordata.pt/Europa/%c3%8dndice+de+envelhecimento-1609
Consult. 15/6/20, 2020, disponível
PORDATA, F. d. D. INE-Estimativas Anuais da População Residente.
https://www.pordata.pt.[acedidoa19dejaneirode2021.
Prince, M. J., Wu, F., Guo, Y., Gutierrez Robledo, L. M., O'Donnell, M., Sullivan,
R., & Yusuf, S. (2015). The burden of disease in older people and
implications for health policy and practice. The Lancet, 385(9967), 549-
562. doi:10.1016/s0140-6736(14)61347-7
Pugh, K. G., & Wei, J. Y. (2001). Clinical implications of physiological changes
in the aging heart. Drugs & Aging, 18(4), 263-276.
doi:10.2165/00002512-200118040-00004
Reed-Jones, R. J., Dorgo, S., Hitchings, M. K., & Bader, J. O. (2012). Vision
and agility training in community dwelling older adults: incorporating
visual training into programs for fall prevention. Gait & Posture, 35(4),
585-589. doi:10.1016/j.gaitpost.2011.11.029
Resende-Neto, A. G., Da Silva-Grigoletto, M., Silva Santos, M., & Cyrino, E. S.
(2016). Treinamento funcional para idosos: Uma breve revisão. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento, 24, 167-177. doi:10.18511/0103-
1716/rbcm.v24n3p167-177
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999a). Development and validation of a functional
fitness test for community-residing older adults. Journal of Aging and
Physical Activity, 7(2), 129-161. doi:10.1123/japa.7.2.129
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999b). Development and Validation of a Functional
Fitness Test for Community-Residing Older Adults. 7(2), 129.
doi:10.1123/japa.7.2.129
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999c). Functional fitness normative scores for
community-residing older adults, ages 60-94. Journal of Aging and
Physical Activity, 7(2), 162-181. doi:10.1123/japa.7.2.162
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (1999a). Development and validation
of a functional fitness test for community-residing older adults. Journal of Aging
and Physical Activity, 7, 129-161.
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (2013a). Development and validation of criterion-
referenced clinically relevant fitness standards for maintaining physical
independence in later years. Gerontologist, 53(2), 255-267.
doi:10.1093/geront/gns071
Rikli, R. E., & Jones, C. J. (2013b). Senior fitness test manual. Champaign:
Human kinetics.
Rizzoli, R., Reginster, J. Y., Arnal, J. F., Bautmans, I., Beaudart, C., Bischoff-
Ferrari, H., Biver, E., Boonen, S., Brandi, M. L., Chines, A., Cooper, C.,
Epstein, S., Fielding, R. A., Goodpaster, B., Kanis, J. A., Kaufman, J. M.,
Laslop, A., Malafarina, V., Manas, L. R., Mitlak, B. H., Oreffo, R. O.,
Petermans, J., Reid, K., Rolland, Y., Sayer, A. A., Tsouderos, Y., Visser,
M., & Bruyere, O. (2013). Quality of life in sarcopenia and frailty. Calcif
Tissue Int, 93(2), 101-120. doi:10.1007/s00223-013-9758-y
Rocha, P. E. C. P. (1995). Medidas e avaliação em ciências do esporte. Rio de
Janeiro: Sprint.

62
Rodrigues, A. P., Gaio, V., Kislaya, I., Graff-Iversen, S., Cordeiro, E., Silva, A.
C., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A. P., & Antunes, L. (2017).
Prevalência de hipertensão arterial em Portugal: resultados do primeiro
inquérito nacional com exame físico (INSEF 2015). Boletim
Epidemiológico Observações, 6(Supl 9), 11-14.
Roncato, M., Galarza, E., Freire, B., & Dias, C. (2014). Correlação da força e
composição corporal com a capacidade funcional em mulheres idosas.
Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 22, 122-130.
doi:10.18511/0103-1716/rbcm.v22n1p122-130
Rose, D. J. (2010). Fallproof!: a comprehensive balance and mobility training
program. Champaign: Human Kinetics.
Rugbeer, N., Ramklass, S., McKune, A., & van Heerden, J. (2017). The effect of
group exercise frequency on health related quality of life in
institutionalized elderly. The Pan African Medical Journal, 26, 35.
doi:10.11604/pamj.2017.26.35.10518
Saint-Maurice, P. F., Troiano, R. P., Matthews, C. E., & Kraus, W. E. (2018).
Moderate-to-vigorous physical activity and all-cause mortality: Do bouts
matter? Journal of the American Heart Association, 7(6).
doi:10.1161/jaha.117.007678
Sakaue, A., Adachi, H., Enomoto, M., Fukami, A., Kumagai, E., Nakamura, S.,
Nohara, Y., Kono, S., Nakao, E., Morikawa, N., Tsuru, T., Hamamura, H.,
Yoshida, N., & Fukumoto, Y. (2020). Association between physical
activity, occupational sitting time and mortality in a general population:
An 18-year prospective survey in Tanushimaru, Japan. European Journal
of Preventive Cardiology, 27(7), 758-766.
doi:10.1177/2047487318810020
Santos, D. A., Silva, A. M., Baptista, F., Santos, R., Vale, S., Mota, J., &
Sardinha, L. B. (2012). Sedentary behavior and physical activity are
independently related to functional fitness in older adults. Experimental
Gerontology, 47(12), 908-912. doi:10.1016/j.exger.2012.07.011
Santos, R. G. d., Tribess, S., Meneguci, J., Bastos, L. L. A. d. G., Damião, R., &
Virtuoso Júnior, J. S. (2013). Força de membros inferiores como
indicador de incapacidade funcional em idosos. Motriz: Revista de
Educação Física, 19, 35-42.
Sasaki, J. (2012). Physical activity and successful aging. Japanese Journal of
Geriatrics, 49(2), 171-174. doi:10.3143/geriatrics.49.171
Sharma, G., & Goodwin, J. (2006). Effect of aging on respiratory system
physiology and immunology. Clinical Interventions in Aging, 1, 253-260.
doi:10.2147/ciia.2006.1.3.253
Shephard, R. (1998). Aging and Exercise in: Encyclopedia of sports medicine
and science. TD Fahey ed. Internet society for sport science. Relatorio
de Estagio apresentado a
Shephard, R. J. (1997). Aging, physical activity, and health. Champaign: Human
Kinetics.
Sherrington, C., Michaleff, Z. A., Fairhall, N., Paul, S. S., Tiedemann, A.,
Whitney, J., Cumming, R. G., Herbert, R. D., Close, J. C. T., & Lord, S.
R. (2017). Exercise to prevent falls in older adults: an updated systematic

63
review and meta-analysis. British Journal of Sports Medicine, 51(24),
1750-1758. doi:10.1136/bjsports-2016-096547
Silva, L. G. d. (2019). A Fisiopatologia da sarcopenia e a sua associação com o
envelhecimento. Universidade de Coimbra. Relatorio de Estagio
apresentado a
Spirduso, W., Francis, K., & MacRae, P. (2005). Physical dimensions of aging.
Human Kinetics Publishers, 322(7290), 855.
Stathokostas, L., McDonald, M. W., Little, R. M., & Paterson, D. H. (2013).
Flexibility of older adults aged 55-86 years and the influence of physical
activity. Journal of Aging Research, 2013, 743843.
doi:10.1155/2013/743843
Takata, Y., Ansai, T., Soh, I., Awano, S., Yoshitake, Y., Kimura, Y., Sonoki, K.,
Kagiyama, S., Yoshida, A., Nakamichi, I., Hamasaki, T., Torisu, T.,
Toyoshima, K., & Takehara, T. (2010). Quality of life and physical fitness
in an 85-year-old population. Archives of Gerontology and Geriatrics,
50(3), 272-276. doi:10.1016/j.archger.2009.04.005
Tchernof, A., & Després, J. P. (2013). Pathophysiology of human visceral
obesity: an update. Physiological Reviews, 93(1), 359-404.
doi:10.1152/physrev.00033.2011
Tchkonia, T., Morbeck, D. E., Von Zglinicki, T., Van Deursen, J., Lustgarten, J.,
Scrable, H., Khosla, S., Jensen, M. D., & Kirkland, J. L. (2010). Fat
tissue, aging, and cellular senescence. Aging Cell, 9(5), 667-684.
doi:10.1111/j.1474-9726.2010.00608.x
Tinetti, M. E. (2003). Clinical practice. Preventing falls in elderly persons. The
New England Journal of Medicine, 348(1), 42-49.
doi:10.1056/NEJMcp020719
Topp, R., Fahlman, M., & Boardley, D. (2004). Healthy aging: Health promotion
and disease prevention. The Nursing Clinics of North America, 39(2),
411-422. doi:10.1016/j.cnur.2004.01.007
Tosato, M., Zamboni, V., Ferrini, A., & Cesari, M. (2007). The aging process
and potential interventions to extend life expectancy. Clinical
Interventions in Aging, 2(3), 401-412.
US Dept of Health Human Services. (2008). 2008 physical activity guidelines for
Americans. Washington, DC: US Dept of Health and Human Services.
Valente, J. (2006). Introdução e evolução histórica do conceito de demência.
Psicogeriatria. Coimbra: Psiquiatria Clinica, 343-356.
Villareal, D. T., Chode, S., Parimi, N., Sinacore, D. R., Hilton, T., Armamento-
Villareal, R., Napoli, N., Qualls, C., & Shah, K. (2011). Weight loss,
exercise, or both and physical function in obese older adults. The New
England Journal of Medicine, 364(13), 1218-1229.
doi:10.1056/NEJMoa1008234
Virtuso, J. F., Streit, I. A., de Rosso Krug, R., & Mazo, G. Z. (2015). Fatores
associados à longevidade em idosos praticantes de exercícios físicos:
um estudo descritivo. Estudos Interdisciplinares Sobre o
Envelhecimento, 20(1), 235-248.
World Health Organization. (2000). Obesity: preventing and managing the
global epidemic. Report of a WHO consultation. World Health
Organization Technical Report Series, 894, i-xii, 1-253.

64
World Health Organization. (2015). World report on ageing and health. Geneve:
World Health Organization.
Wu, X., & Wang, Z. (2019). Role of socioeconomic status in Hypertension
among Chinese middle-aged and elderly individuals. International
Journal of Hypertension, 2019, 6956023. doi:10.1155/2019/6956023

65

Você também pode gostar