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Jigoro Kano
MORELLI, Cleiton Ferreira. Desenvolvimento motor de crianças de 7 a 10 anos
praticantes de judô. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em
Educação Física. Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras. Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, 2022.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO............................................................................... 11
1.1 Apresentação................................................................................. 11
1.2 Justificativa..................................................................................... 13
1.3 Objetivos......................................................................................... 14
1.3.1 Objetivos Gerais............................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos..................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................... 15
2.1 Desenvolvimento motor.................................................................. 15
2.2 Habilidades motoras....................................................................... 19
2.3 Habilidades Motoras Especializadas............................................... 20
2.4 O Judô............................................................................................. 22
3 MÉTODOS..................................................................................... 24
3.1 Caracterização do Estudo............................................................... 24
3.2 Amostra e participantes .................................................................. 24
3.3 Instrumentos e procedimentos........................................................ 25
3.3.1 Teste de KTK (Körperkoordinations Test für Kinder)....................... 26
3.4 Análise estastítica........................................................................... 29
4 RESULTADOS............................................................................... 30
5 DISCUSSÃO.................................................................................. 34
6 CONCLUSÃO................................................................................. 38
REFERÊNCIAS.............................................................................. 39
ANEXO I........................................................................................ 42
ANEXO II........................................................................................ 43
ANEXO III....................................................................................... 45
11
1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
2010). Dessa forma, este estudo tem por objetivo analisar o desenvolvimento motor
de crianças praticantes e não praticantes de Judô da cidade de Toledo- PR.
1.2 Justificativa
1.3 OBJETIVOS
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.4 o Judô
3 MÉTODOS
Inicialmente foi realizado o contato prévio através de e-mail e por telefone para
ambas as instituições informando sobre a pesquisa e solicitando a autorização das
coordenações e direções. A coleta dos dados foi realizada no espaço das instituições,
sendo na área conjunta e tatame da sala de práticas de judô durante o período das
aulas. Os testes foram realizados em um único dia, sendo realizados em datas
distintas com os dois grupos.
Um anamnese adaptado de Carvalhal (2000) (ANEXO II) foi enviado aos pais
junto ao TCLE contendo perguntas sobre a rotina das crianças. Além disso a
anamnese também avaliou outras informações importantes da criança, sua família e
seu contexto social, o status socioeconômico da família (ABEP, 2019), nível de
escolaridade dos pais, entre outras informações. Também foi usado um questionário
sobre pratica de atividade física organizada (ANEXO III)
Neste estudo foi utilizado o Körperkoordinations Test für Kinder (KTK), o teste
apresenta confiabilidade ao investigar e classificar o nível de coordenação motora de
crianças da faixa etária do estudo em questão (Libardoni et al. 2020). Segundo Gorla
et al. (2014) o teste de KTK pode ser utilizado com crianças de 6 a 14 anos de idade,
e tem credibilidade ao seu propósito, atestando um grau de confiabilidade de 90%. O
teste tem 4 subtestes que avaliam diferentes habilidades, e tem duração de 10-15
minutos (GORLA et al., 2014)
26
(b)
(c)
(d)
sua direita e o segundo ponto quando se coloca em cima desta os dois pés. Para o
total somam-se os pontos das duas tentativas válidas.
4. RESULTADOS
Participaram deste estudo 27 indivíduos com média de idade 8,9 (±1,1) anos,
sendo 16 meninos (59,25%), com média de idade de 9,2 (±1) e 11 meninas (40,45%)
com média de idade de 8,5 (±1,2) anos. Na amostra total, a maioria apresentou ao
menos um familiar praticante, possui irmãos, com escolaridade dos pais nível superior
completo e classe social igual ou inferior a B.
Entre os meninos não houve diferença significativa na quantidade de membros
da família praticantes de exercício físico (p=0,50), porém entre a faixa etária de 7-8
anos a maioria dos familiares não pratica, enquanto no grupo de 9-10 anos a
proporção de familiares praticantes é maior. Apesar de não ser encontrada diferença
entre as idades (p=0,17), a maioria dos meninos possuem ao menos 1 irmão, 72,7%
nas idades de 9-10 anos e 60% nas idades de 7-8 anos. Em relação a escolaridade e
classificação econômica dos meninos, a maioria tem pelo menos 1 membro da família
com ensino superior, e pequena parte até ensino superior incompleto. Em relação a
classificação econômica a maioria meninos estão classificadas como Classe B e uma
pequena parcela como Classe A, e não houve diferença estatística na classificação
Social entre as idades de 7-8 e 9-10 anos (p=0,64).
Para as meninas, da faixa etária de 7-8 anos todas apresentam ao menos 1
familiar praticante de exercício físico, apesar de não ser a totalidade a faixa etária de
9-10 anos também apresenta majoritariamente familiares praticantes (83,3%). Sobre
a composição familiar, as meninas de 7-8 anos em sua maioria possuem irmãos, dado
que se encontra em proporções invertidas para a faixa etária de 9-10 anos. Na
escolaridade e classificação social do grupo feminino 100% do grupo possui familiares
com nível superior completo e estão classificadas em maioria como Classe B. Quando
comparadas as meninas de 7-8 anos com os meninos da mesma idade, apesar de
não haver diferença significativa (p=0,08) as porcentagens apresentam certa
relevância nas informações (Tabela 3).
31
5. DISCUSSÃO
em especial o Judô, para Paiva (2009), a eficácia das técnicas ou golpes depende da
capacidade coordenativa do indivíduo, ainda que a capacidade aeróbica e força sejam
importantes, a coordenação motora determina o aprendizado de gestos motores
precisos que buscam resultado ótimo sempre.
Collet et al., (2008) realizou um estudo com 243 estudantes de ambos os sexos
com crianças brasileiras, e utilizou-se do teste de KTK, além de instrumentos para
mensurar os níveis de atividade física semanal dos indivíduos, obteve resultados de
significância estatística quando comparadas as idades, com os mais novos obtendo
melhores pontuações e praticando mais horas de atividade que os indivíduos mais
velhos. Em semelhança ao estudo anterior, Lopes et al., (2009) conduziu um estudo
com 285 crianças da Região dos Açores na Europa, onde as acompanhou dos 6 aos
10 anos de idade utilizando-se do teste de KTK para observar os níveis de
coordenação motora. Segundo ao autor ao longo desses 3 anos puderam observar
uma diminuição no nível de prática esportiva associado a diminuição dos escores de
coordenação motora, evidenciando correlação nas duas variáveis.
Essas afirmações ganham representatividade quando avaliamos a população
em uma perspectiva geral, como o estudo conduzido por Gorla e colaboradores (2008)
com 283 escolares brasileiros de 6 a 8 anos, com resultados apontando diferença
significativa em todas as idades nos testes trave de equilíbrio e transposição lateral.
Collet et al., (2008) realizou um estudo com 243 estudantes de ambos os sexos
com crianças brasileiras, e utilizou-se do teste de KTK, além de instrumentos para
mensurar os níveis de atividade física semanal dos indivíduos, e identificou que, os
mais novos obtiveram melhores pontuações e praticaram mais horas de atividade que
os indivíduos mais velhos. Em semelhança ao estudo anterior, Lopes et al., (2009)
conduziu um estudo com 285 crianças da Região dos Açores na Europa, onde as
acompanhou dos 6 aos 10 anos de idade utilizando-se do teste de KTK para observar
os níveis de coordenação motora. Segundo ao autor ao longo desses 3 anos puderam
observar uma diminuição no nível de prática esportiva associado a diminuição dos
escores de coordenação motora, evidenciando correlação nas duas variáveis.
Os menores valores de quocientes motores relacionados a prática esportiva
não se caracterizam apenas pela ausência ou diminuição, mas também relacionando-
se a qualidade e diversidade dessas atividades, sendo a coordenação motora
altamente influenciável pela qualidade dos estímulos, quando respeitadas as
diferentes necessidades e fases de desenvolvimento (LOPES et al., 2009).
36
maior podem vir a evidenciar relevâncias maiores, além disso, a amostra é composta
por crianças praticantes de exercício físico regular, sendo necessária cautela ao
extrapolar as afirmações para outras populações.
Por fim, podemos evidenciar que depender apenas da evolução natural e do
desenvolvimento motor linear durante o crescimento não garante manutenção nos
níveis de coordenação motora das crianças, e as práticas corporais, de atividade
física organizada e esportiva são fatores imprescindíveis nesse ponto. Os pais sendo
a maior referência dos indivíduos nos primeiros anos de vida são a principal
ferramenta para a contemplação desses comportamentos, além disso quando
existem falhas no enredo familiar, social, econômico, políticas públicas de prática
esportiva como as da localidade da pesquisa se tornam eficientes na garantia de um
desenvolvimento motor adequado.
38
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
COLLET, C.; FOLLE, A.; PELOZIN, F.; BOTTI, M.; DO NASCIMENTO, J. V. Nível
de coordenação motora de escolares da rede estadual da cidade de Florianópolis.
Motriz, Rio Claro, v.14 n.4, p.373-380, out./dez. 2008
LIBARDONI, J.; DE MEDEIROS, P.; CARDOSO, F.; FORMIGA, N.; SOUZA, N.;
GORLA, J. Validação da estrutura fatorial do Körperkoordination Test für Kinder
(KTK) em escolares de 8 a 10 anos. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano.
v. 8, n. 3, 2020.
LOPES, V. P., RODRIGUES, L. P., MAIA, J. A., & MALINA, R. M. Motor coordination
as predictor of physical activity in childhood. Scandinavian Journal of Medicine &
Science in Sports, v. 1 n.7, 2009.
VIRGILIO, Stanlei. A arte do judô. 2. ed. Campinas: Papirus, 1986. 162 p. 153
ANEXO I - TCLE
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ANEXO II – ANAMNESE
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45