Você está na página 1de 5

EFB 502 – Química Geral

Primeiro Bimestre – 2017

Gabarito - lista de apoio - P1

1-
Considerando a transição de 3  2:
I = 6,561  10–7 m = 656,1 nm (vermelho)
EI = = 3,028  10–19 J
Considerando a transição de 5  4:
II = 4,051  10–6 m = 4051 nm (infravermelho)
EII = = 4,095  10–20 J
Portanto, a transição I, que envolve órbitas mais internas e menores comprimentos de onda,
emite fótons mais energéticos.

2-
a) Pela presença das linhas de emissão características de B e de C e total ausência das linhas
do gás A no espectro da lâmpada, podemos concluir que a mistura gasosa presente na
lâmpada contém os gases B e C.
b) A menor frequência corresponde à emissão de maior comprimento de onda, o que no caso
corresponde a 6680 Å (6680x10-10 metros), a energia associada a esse fóton é dada por: E =
2,98x10−19 J
c) 1 fóton ↔ 2,98 x 10-19 J
n fótons ↔ 1,5 x 10-3 J → 5,03 x 1015 fótons presentes nesse feixe

3-
a) Estimando graficamente:
Na  500 kJ/mol, P  1020 kJ/mol, N  1400 kJ/mol, Ne  2080 kJ/mol
b) Li, Na, Al (todos abaixo de 750 kJ/mol)
c) Os elementos da família 3A têm a sua E.I. inferior aquela esperada pela tendência periódica.
Isso se justifica pela configuração eletrônica "p1" =

Sendo este elétron mais fácil de remover pois está em orbital mais energético do que o "s".
Efeito semelhante se observa para os elementos da família 6A, com configuração "p4" =
↑↓ ↑ ↑

A queda da E.I. se justifica pela repulsão existente no último elétron do orbital, pois se encontra
emparelhado.

4-
a) A presença de elétrons desemparelhados.
b) Os paramagnéticos são: Ti, Co, Zr e diamagnético: Zn.
Portanto apenas o Zn pode ser usado em tais armamentos.
5-
a) O óxido de níquel, por apresentar paramagnetismo, devido aos seus elétrons
desemparelhados, interage mais fortemente com o campo aplicado. Mostra-se isso pelas
configurações eletrônicas:
O2-: [He]2s2 2p6

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓

Uma vez que o ânion O2- é diamagnético, a interação se dá pelo cátion:


Ni 2+ : [Ar]3d8

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑ ↑

O qual se trata de uma espécie paramagnética, pois apresenta elétrons desemparelhados. O


ânion Cl- também é uma espécie diamagnética, não apresentando elétrons desemparelhados:
Cl - : [Ne]3s2 3p6

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓

Os cátions Tl3+ e Ca2+ são diamagnéticos:


TI3+ : [Xe]4f145d10

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓

Ca 2+ : [Ne]3s23p6

↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓

b) Os cátions Tl3+ e Ca2+ não apresentam elétrons desemparelhados, sendo assim seus óxidos
e cloretos não são separáveis por interação magnética.

6-
a) Al3+ < Mg2+ < Na+ < K+, os três primeiros cátions são isoeletrônicos (têm 10 elétrons). O Al3+
tem a maior carga nuclear, 13 prótons, enquanto o Na+ tem a menor carga nuclear, 11 prótons.
O K+ é maior, pois tem um nível a mais do que os outros íons.
b) A segunda EI do sódio é maior, pois, o elétron está saindo do nível mais interno, assim como
no potássio. No entanto, o Na, por ser menor, sofre maior influência da carga nuclear que o K.
O Mg tem a menor EI, pois a retirada desse elétron produz um cátion com configuração de gás
nobre, facilitando a saída desse segundo elétron. Além disso, o Al, por ser menor que o Mg
sofre maior influência da carga nuclear.
7-
o  
a) Porque quando se remove o 1 e de um átomo, as repulsões entres os e restantes
diminuem, tornando-se maior a atração pela carga nuclear.

b) Observando-se o “salto” energético na tabela e no gráfico, quando é removido o e do nível
mais interno que a de valência, temos:
X ® 7e- de valência, Y ® 8e- de valência e Z ®1e- de valência
c) A carga nuclear e seu efeito sobre a eletrosfera aumentam ao longo do período, portanto
temos: rY  rX  rZ

8-
a) Considerando que uma maior dimensão do elemento resulta em maior “toxicidade” da
espécie, a propriedade que justifica a ordem acima é o raio atômico, o qual aumenta, de
maneira preponderante, com o aumento do número de níveis energéticos do átomo
(“camadas”) e diminui com o aumento da carga nuclear.
Para os elementos citados, temos:
Pd < Rh < Ru < Mo < Cs
Pd, Rh, Mo e Ru pertencem ao 5º período, possuindo o mesmo número de níveis energéticos,
porém devido ao aumento de carga nuclear, temos como resultado a sequência de raios: Pd
(Z = 46) < Rh (Z = 45) < Ru (Z = 44) < Mo (Z = 42). Cs pertence ao 6º período, sendo o maior
entre os elementos anteriores.
b) O elemento com menor energia de ionização (a qual apresenta periodicidade contrária ao
raio atômico) perderia elétrons mais facilmente, tornando-se um cátion, combinando com o O2-.
Dentre os considerados no problema, o césio é o que melhor preenche essas condições.

9-
a) Com o auxílio da tabela periódica tem-se que o raio do átomo é maior do que o raio do
cátion, desta forma rHg0 > rHg2+ e rCd0 > rCd2+.
A ordem ficará rcd2+ < rPb4+ < rHg2+< rI- < rCd0 < rTl+ < rHg0
O Cd2+ possui o menor raio, pois tem o menor número de níveis (4 níveis), já as espécies Pb4+,
Hg2+, I- e Cd0 possuem 5 níveis, no entanto, Pb4+ possui maior número de prótons e elétrons
(82p e 78e), aumentando a atração nuclear, ocasionando o menor raio entre estas espécies
com 5 níveis. Seguido de Hg2+ (80p e 78e), I- (53p e 54e) e Cd0 (48p e 48e).
Já o Tl+ e Hg0, possuem 6 níveis, apresentando assim os maiores raios, porém o Tl+ possui
maior número de prótons (81p e 80e), aumentando a atração nuclear, tornando menor que o
Hg0 (80p e 80e).
b) Considerando apenas o volume, a espécie que deverá sofrer difusão através da membrana
plasmática com maior facilidade será o Cd2+, pois é a menor espécie.

10-
a) Ordem crescente de raio atômico: B < Al < Ga < In
Todos os elementos pertencem à mesma família da tabela periódica (família 13). Neste caso, o
raio atômico aumenta com o aumento do período, pois aumenta o número de níveis de energia
ocupados.
b) O dopante mais eficiente deve ser o B, pois considerando a posição do silício na tabela
periódica em relação aos elementos em questão, o boro é o que tem o raio atômico menor que
o do silício.
c) In, pois apresenta menor energia de ionização, indicando maior tendência a perder elétrons.
11- Quanto maior a energia reticular, maior a temperatura necessária para romper o retículo
cristalino. Dos compostos listados, o CCl4 é molecular e portanto, apresenta baixo ponto de
fusão. Os demais compostos, iônicos, se diferenciam pelo cátion, possuindo o mesmo ânion,
cloreto. Quanto maior a carga do cátion (fator preponderante) e menor o seu raio, maior será o
ponto de fusão. Assim, tem-se:
KCl BaCl2 NaCl CaCl2
k 2k k 2k
ER = ER = ER = ER =
dKCl dBaCl dNaCl dCaCl

Em termos de carga K+ e Na+ < Ba2+ e Ca2+


Além disso,
rBa2  rCa2 rNa+ < rK +
5 níveis 3 níveis 2 níveis 3 níveis
Desta forma, segue a ordem crescente em relação ao ponto de fusão:
CCl4 < KCl < NaCl < BaCl2 < CaCl2

12-
a ) Cargas:

Por meio da análise de cargas verificamos que a energia reticular do MgF2 é a maior devido ao
maior produto das cargas (fator preponderante)  2   1  2 . No caso dos demais fluoretos
temos apenas cátions monopositivos e, portanto, a energia reticular deverá ser menor.
Por meio da análise dos raios iônicos (cátions e ânions), temos:

Raio do F : constante em todos os sais.
Raio dos cátions: variação conforme o número de níveis:

Assim, as energias reticulares observadas se justificam, pois são inversamente proporcionais


às correspondentes distâncias (raio do cátion + raio do ânion) entre os íons:
d LiF  d NaF  d KF
ERKF  ERNaF  ERLiF  ERMgF
2

As temperaturas de fusão são diretamente proporcionais às energias reticulares e, assim


teremos:
PFKF  PFNaF  PFLiF  PFMgF2
13-
a)
4k 1k 1k
ERZrF4 = dZr−F
ERLiF = dLi−F
ERCsF = dCs−F
Quanto maior a energia reticular, maior a energia necessária para fundir o material, assim:
ERZrF4 > ERLiF > ERCsF .
Justificativa:
A energia do ZrF4 é maior, devido ao maior produto das cargas.
Já no caso do CsF e LiF, o cátion Li+ (1 nível) é menor que o Cs+ (5 níveis), ou seja dCsF > dLiF,
e como d é inversamente proporcional à ER, temos ER LiF > ER RCsF.
b) O IF7, por ser formado apenas por não-metais.

14-
a) A alumina (Al2O3) é um composto formado por ligação iônica entre os íons Al3+ e O2-.
b) Compostos iônicos possuem uma forte atração entre os íons, o que determina suas
características físicas. Essa forte atração entre os íons forma um retículo cristalino,
responsável pela alta dureza e temperatura de fusão desses compostos devido à grande
dificuldade de separação das cargas. A alumina, por ser um composto iônico, apresenta alta
temperatura de fusão (Tfusão = 2072 oC) e alta dureza, tanto que é usada como abrasivo.
Quanto maior for a energia reticular, maior será a temperatura de fusão, pois mais difícil será a
quebra do retículo cristalino.
c) As diferenças de energias reticulares relacionam-se à carga dos íons e à distância entre
eles: quanto maiores forem o módulo das cargas e menores forem as distâncias, maiores serão
as energias e, consequentemente, suas temperaturas de fusão.
k .3 .2 6k k . 2 .1 2k k . 2 .1 2k
ERAl2O3 =
d AlO = d AlO ERSrBr2 =
d SrBr = d SrBr d d CaCl
ERCaCl2 = CaCl =
Como a influência da carga elétrica tem maior influência que a distância interiônica, a ordem
crescente de energia reticular é Al2O3 > SrBr2, CaCl2. Quanto aos óxidos SrBr2 e CaCl2, a
diferença entre eles deve-se aos tamanhos dos seus íons; como rSr2+ > rCa2+ e rBr- > rCl-,
então dSrBr > dCaCl e ERSrBr2 < ERCaCl2. Assim, a ordem final de energias reticulares é
Al2O3 > CaCl2 > SrBr2. Como a temperatura de fusão varia diretamente com a energia reticular,
a ordem solicitada é PFSrBr2 < PFCaCl2 < PFAl2O3.

Você também pode gostar