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Especialistas apresentam insatisfação por falta de uma declaração de emergência por parte da
OMS. Dados mostram o aumento dos casos da doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, no dia 21, que já foi notificada de 14.533
casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) no mundo, incluindo 5 mortes.
A falta de uma declaração de emergência por parte da OMS gera insatisfação aos especialistas
Para a médica Kavita Patel, especialista em políticas de saúde pública e ex-assessora da Casa
Branca durante a presidência de Barack Obama, uma das explicações para isso está no fato de
a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter declarado a varíola dos macacos uma
emergência internacional de saúde.
Segundo Patel, com a falta dessa declaração, afeta a cooperação global para lidar com o vírus,
como a distribuição equitativa das vacinas existentes entre os grupos de risco, o que ajudaria a
conter o aumento de casos.
"A falta de uma declaração de emergência nos deixa sem coordenação global, sem que o
dinheiro e os recursos necessários sejam estabelecidos", disse ela.
Ou seja, segundo os especialistas a falta de uma declaração de emergência por parte da OMS,
trás o desconhecimento perante a varíola dos macacos por parte dos cidadãos.
As vacinas
Atualmente, existem duas vacinas eficazes contra a varíola dos macacos. Uma delas, chamado
Jynneos, é recém-fabricada e só foi aprovado nos Estados Unidos e no Canadá. A outra é a
vacina ACAM 2000, usada contra a varíola tradicional.
Porém, segundo o professor Carlos Rodríguez-Díaz, as reservas de ambas são limitadas e, neste
momento, organizações internacionais de saúde e governos não podem realizar vacinações em
massa, o que deixa a população desprotegida.
O New York Times informou no início de julho que a empresa dinamarquesa que fabrica
Jynneos enviaria 2 milhões de doses para os EUA, mas isso não acontecerá até o final de 2022.
E ela só tem capacidade para fabricar menos de cinco milhões de vacinas a mais para o
restante do mundo. Enquanto isso, a vacina ACAM 2000 tem fortes efeitos colaterais que,
segundo Patel, podem representar risco de morte para pessoas imunocomprometidas.