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A REINVENÇÃO DO CORPO:

SEXUALIDADE E GÊNERO
NA EXPERIÊNCIA TRANSEXUAL
Berenice Bento
Copyright © dos autores

Editora Garamond Ltda


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Projeto Gráfico de Capa e Miolo


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Revisão
Shirley Lima
Argemiro Figueiredo

Editoração Eletrônica
Miguel Papi [Letra & Imagem]

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
DO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

B42r

Bento, Berenice
A reinvenção do corpo : sexualidade e gênero na experiência transe-
xual / Berenice Bento. - Rio de Janeiro : Garamond, 2006
256p. - (Sexualidade, gênero e sociedade)

Inclui bibliografia
ISBN 85-7617-100-7

1. Transexualismo. 2. Identidade sexual. 3. Sexo (Psicologia). 4. Sexo


(Diferenças). 5. Papel sexual. I. Título. II. Série. Apoio:
06-2565 CDD 306.7
CDU 392.6

17.07.06 21.07.06 015384


Dedico este livro a
Joel, Alec, Sara, Pedro, Carla, Maria,
Andréia, Helena, Manuela,Vitória, Bárbara, João,
Kátia, Patrícia, Marcela, Chus, Annabel, Marta
AGRADECIMENTOS

Este livro é uma versão de minha tese de doutorado, defendida em junho


de 2003, no Programa de Pós-Graduação de Sociologia da Universida-
de de Brasília/UnB. Professores, interlocutores, instituições e amigos
contribuíram para o resultado final deste trabalho.
Agradeço à Professora Doutora Deis Elucy, minha orientadora, por
me ensinar que fazer sociologia é um desafio apaixonante; às Professo-
ras Doutoras Tânia Navarro-Swain e Lourdes Bandeira, pelas críticas e
sugestões fundamentais ao desenvolvimento e conclusões apresentadas;
à Doutora Lola Luna, pelo apoio ao trabalho de campo na Espanha,
e ao Professor Doutor Carlos Benedito Martins, pelo apoio durante a
qualificação da tese.
Agradeço à CAPES, pelo financiamento da pesquisa no Brasil, e ao
CNPq, pela bolsa-sanduíche na Espanha.
Agradeço à equipe médica do Projeto Transexualismo/Hospital das
Clínicas de Goiânia, em especial à sua coordenadora, Dra. Mariluza
Terra.
Não seria possível ter levado esta investigação adiante sem o apoio
do antropólogo Pedro Paulo Gomes Pereira e do sociólogo Ricardo
Barbosa, interlocutores incansáveis e pacientes.
O trabalho de campo na Espanha contou com o apoio científico
e emocional do Dr. Vicent Batailler, de Manolo Martinez e Laura
Martinez. Agradeço a acolhida dos militantes do Coletivo Lambda de
Valência/Espanha.
Agradeço à minha filhinha Bárbara, que me acompanhou em cada
momento desta caminhada; à minha mãe Maria, por seu amor incondi-
cional; aos meus irmãos Tonho, Branco, Neném, Lula e Vené. Agradeço
ao seu Olavo (in memoriam), à dona Tereza, Olavinho, Zizia, Ritinha e
Zezé, por todo carinho e afeto de um longo e intenso convívio.
SUMÁRIO

PREFÁCIO 11

INTRODUÇÃO _19_

A CONSTRUÇÃO DA PESQUISA _27_

A INVENÇÃO DO TRANSEXUAL _39_

ESTUDOS DE GÊNERO: O UNIVERSAL,


O RELACIONAL E O PLURAL _69_

CORPO E HISTÓRIA _109_

O TRANSEXUAL OFICIAL E AS OUTRAS


TRANSEXUALIDADES _133_

A ESTÉTICA DOS GÊNEROS _161_

CORPO E SUBJETIVIDADE _181_

EXISTE UMA IDENTIDADE TRANSEXUAL? _203_

NOTAS FINAIS 227

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 237


PREFÁCIO
Deis Siqueira

O que é gênero? Como as identidades de gênero se articulam com a sexu-


alidade? Qual é a capacidade do sujeito em subverter normas de gênero?
Estas questões poderiam estar presentes de forma mais contundente nos
estudos feministas e nas reflexões sobre relações de gênero.
É nesse sentido que a pesquisa de Berenice Bento atualiza proble-
máticas, inauguradas pelas feministas, centradas em torno da relação
entre subordinação/opressão/exploração das mulheres. Isto porque ela
avança a discussão, direcionando debates: enfrenta, como objeto de
reflexão, a transexualidade.
É inevitável pontuar, para começar, que a autora não discute gênero
a partir da referência biológica, mas das performances que os sujeitos
atualizam em suas práticas cotidianas para serem reconhecidos como
membros legítimos do gênero com o qual se identificam. Assim, a re-
ferência biológica, como princípio, é tomada, ela mesma, como objeto
de crítica sociológica.
Durante muito tempo, os estudos sobre mulheres, em sua maio-
ria, foram prisioneiros de uma dicotomia que limitou a compreensão
dos processos relacionais, tensos, conflituosos, centrados em torno do
masculino e do feminino.

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Com base em uma leitura que identifica no patriarcado a expressão
única, ou primordial, da subordinação feminina, acabou-se por, em
boa medida, essencializar o feminino e tendeu-se a construir um outro
radical, absoluto: os homens.
Foram os estudos mais detidos sobre as relações entre os gêneros
que apontaram os limites dessa concepção binária. Passou-se a observar
que masculino e feminino se constroem relacionalmente, em contínuas
disputas de poder. Portanto, foi a partir dos estudos de gênero que se
pôde avançar na desnaturalização e na dessencialização das identidades
de gêneros.
No entanto, qual o espaço que se reservou, nessas reflexões articuladas
durante décadas sobre as relações de gênero, para as travestis, os/as tran-
sexuais, as lésbicas, os gays, os transgêneros, e tantas outras experiências
identitárias? Onde habitavam esses sujeitos nessas teorias e investigações?
Eles tenderam a não fazer parte deste universo conceitual.
Retomo aqui um pergunta que Berenice Bento se faz: até que ponto
o silêncio da Sociologia não contribuiu para a patologização dos gêneros
e das sexualidades que se organizam em divergência às normas de gênero
e à heteronormatividade? E até que ponto nossas dificuldades, de mu-
lheres dominantemente heterossexuais e hegemônicas no movimento
feminista inicial, as quais perduraram por muitos anos, não se refletiram
na construção acadêmico-científica das relações de gênero como objeto
de estudo nas Ciências Humanas?
De que lugar eu falo? Do lugar de feminista – movimento social/
inaugural militante – que, com muita luta, conseguiu transformar uma
“militância” em “objeto científico”. Falar de relações de gênero no início
dos anos 80, na Academia, era motivo de chacota.
Pois Berenice conseguiu, duas décadas depois desse nosso esforço
feminista inicial, dar um salto paradigmático. Ela indica novas possibili-
dades de reflexão sobre sexo, gênero e opção sexual. Porque seu trabalho
garante, com competência, que são lugares distintos. Nós, feministas,
partimos da opressão das mulheres. Fato histórico incontestável. Porém,
a autora avança: a opressão se dá não apenas sobre as mulheres, mas há
lugares infinitos de interlocuções/diálogos/possibilidades entre esses três
lugares: fato sociológico incontestável. Não se pode pensar gênero sem

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A REINVENÇÃO DO CORPO: SEXUALIDADE E GÊNERO NA EXPERIÊNCIA TRANSEXUAL

se pensar, simultaneamente em sexo e opção sexual. E a reflexão também


avança na possibilidade de interlocução entre as Ciências Humanas e as
Ciências Médicas.
Nesse lugar criativo e instigante, a autora, exercitando o delicioso
lugar que nos oferece a Sociologia Crítica, desenvolve um rico, criativo
e tenso debate com os teóricos que formularam teses sobre a transe-
xualidade, as quais foram aceitas como cânones. Sobretudo com as
Ciências Médicas/Biológicas. O dispositivo da transexualidade (como
Berenice nomeia os saberes que produziram as verdades sobre os corpos
transexuais) é chamado à cena.
Ao discutir a transexualidade como conflito identitário, e não como
enfermidade, a autora nos diz que o processo de organização social das
identidades é o mesmo, tanto para transexuais quanto para não-tran-
sexuais. A norma de gênero repete que somos o que nossas genitálias
informam. Esse sistema, fundamentado na diferença sexual, nos faz
acreditar que deve haver uma concordância entre gênero, sexualidade
e corpo. Vagina-mulher-emoção-maternidade-procriação-heterossexua-
lidade; pênis-homem-racionalidade-paternidade-procriação-heterosse-
xualidade. As instituições estão aí, normatizando, policiando, vigiando
os possíveis deslizes, os deslocamentos. Mas os deslocamentos existem.
Apresentam-se.
Mulheres que não querem ser mães, mulheres que amam mulheres,
homens e mulheres biológicos que reconstroem seus corpos e lutam
pelo reconhecimento de suas identidades de gênero e tantos outros
deslocamentos que nos revelam a ficção de pensar que os múltiplos
desejos que nos constituem são oriundos de nossas estruturas biológicas
e hormonais. São reais. E, portanto, objeto de reflexão sociológica.
Ademais, o texto que segue nos informa como os sujeitos sofrem
quando tentam construir suas identidades mediante deslocamentos.
Afinal, está-se diante da eficácia de ficções. Talvez essa seja a maior
contribuição do trabalho de Berenice: apontar como as instituições
sociais, os olhares inquisidores, os insultos, os protocolos médicos e a
escassez de categorias minimamente competentes para significar sen-
timentos são tecnologias discursivas que alcançam toda a sua eficácia
quando um sujeito olha ao seu redor e conclui: “Eu sou um anormal.”

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O sujeito localiza suas dores exclusivamente em sua subjetividade, não
conseguindo perceber os dispositivos sociais que atuam na produção
dessa verdade/lugar.
Para a autora, a despatologização da transexualidade significa politizar
o debate, compreender como o poder da medicalização/biologização das
condutas sexuais e dos gêneros ressignifica o pecaminoso no anormal,
deslocando o foco de análise do indivíduo para as relações hegemônicas
de poder, as quais constroem o normal e o patológico.
A eficácia das tecnologias discursivas é apresentada ao longo de todo
o livro. As falas dos informantes contam da impossibilidade da existência
de sujeitos que não se reconhecem em seus corpos. Bicho-de-sete-cabe-
ças, macho-fêmea, aberração da natureza... são algumas expressões que
os entrevistados utilizam para tentar encontrar uma nomeação para seus
sentimentos de descontinuidade. Nomear-se transexual não resolve o
problema totalmente.
Ao longo de três anos, Berenice Bento entrevistou transexuais no Bra-
sil, em Madri, Valência, Barcelona. O que poderia parecer um excesso,
justifica-se quando vemos emergir narrativas que remetem a uma mul-
tiplicidade de significações para a transexualidade. Se um dos objetivos
da autora era desconstruir a idéia de um sujeito transexual universal,
consagrado pelo dispositivo da transexualidade, ela logrou êxito. Alguns
pontos de unidade entre os sujeitos que vivem a experiência transexual,
tais como, o desejo de realizar a cirurgia de transgenitalização, não per-
mitem concluir a existência de uma “identidade transexual” (genérica,
absoluta, única).
A autora prefere falar de posições identitárias, apegos identitários
temporários, identidades rizomáticas, diversidade dos gêneros. Tran-
sexuais lésbicas, transexuais gays, transexuais que querem casar e re-
produzir o modelo de mulher subalterna ou de homem viril, mulheres
transexuais feministas, mulheres transexuais despolitizadas, transexuais
que acreditam que a cirurgia os conduzirá a uma humanidade negada,
transexuais que não querem a cirurgia e a denunciam como um engodo,
transexuais que reivindicam exclusivamente a mudança do nome e do
sexo nos documentos.
Desconfiar do conceito de identidade generalizante e problematizar a

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A REINVENÇÃO DO CORPO: SEXUALIDADE E GÊNERO NA EXPERIÊNCIA TRANSEXUAL

universalidade da experiência transexual foram atitudes que permitiram


que Berenice não se ancorasse no idêntico, mas insistisse na diferença.
E é neste momento, em particular, que nos surpreendemos. Quando
um entrevistado lhe afirma “sou transexual”, a autora não se limita a
tomar como dado essa afirmação de identidade e continua na busca
do que significa para aquele sujeito “ser transexual”. O diálogo entre a
Sociologia e a Antropologia é um dos belos eixos do texto.
O processo de desconstrução do transexual universal empreendido
pela autora me remete ao próprio processo de problematização da ca-
tegoria “mulher”, empreendido por várias teóricas feministas. Muitas
de nós concluímos que “ser mulher” não era o bastante para se falar de
uma identidade feminina. O fato de compartilharmos determinados
atributos biológicos, como a capacidade de gerar, não esgota as múl-
tiplas posições que os sujeitos mulheres assumem nas relações sociais,
quando se relaciona gênero à opção sexual, à etnia, ao nível educacio-
nal, à religião, às culturas nacionais e locais. Nesse processo analítico, a
identidade feminina fragmenta-se e o gênero se apresenta em toda a sua
plasticidade. Passamos a nos mover em terrenos mais escorregadios, em
que o conceito de identidade passa a nos orientar de maneira bastante
nebulosa, ainda que criativa e instigadora.
Nesse sentido, a contribuição do trabalho de Berenice Bento é in-
contestável. No processo de desconstrução do transexual universal, a
autora desenvolve uma rica reflexão sobre gênero e sexualidade. De fato,
a transexualidade é uma experiência que está localizada no gênero. As
cirurgias de transgenitalização e as outras mudanças que acompanham
o processo transexualizador nada revelam sobre a orientação sexual do
sujeito. A reivindicação dos/as transexuais é, sobretudo, o reconheci-
mento como membro do gênero com o qual se identifica, o qual estaria
em discordância com suas genitálias.
Conforme a autora demonstra, durante muitos anos a homossexua-
lidade entre transexuais foi negada. O reconhecimento da transexuali-
dade como uma questão de gênero nos leva a reconhecer que há muitas
possibilidades de se fazer gênero, para além de uma relação retilínea do
tipo mulher-feminino, homem-masculino, e também a discutirmos
os direitos sociais e políticos dos sujeitos que vivem o gênero fora do

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binarismo, como são as travestis, os transexuais, as transexuais, os
transgêneros.
Durante séculos, nós, mulheres, fomos prisioneiras do império
biológico. Dizia-se que não podíamos ocupar os espaços de poder no
mundo público porque éramos o que nosso útero determinava. Afir-
mava-se que nossa estrutura biológica nos conformava às tarefas de
pouca complexidade. Nós, feministas, politizamos o discurso médico,
apontamos o caráter ideológico de suas verdades inexoráveis. Por sua vez,
movimentos que se organizaram em torno da diversidade sexual também
articularam contra-discursos à heteronormatividade, desvinculando a
sexualidade da reprodução.
Nessas disputas, o que está em jogo é o próprio conceito de huma-
nidade. Não nos interessava pensá-lo como uma categoria abstrata,
universal, mas feita de carne, osso e sangue e que encontra sua mate-
rialidade no conceito de cidadania. A humanidade pode encontrar na
cidadania a possibilidade de existência, ou de inteligibilidade, como
afirma Berenice. Direito ao trabalho, à educação e também à identidade
de gênero, ao próprio corpo.
Há vários pontos de unidade entre o discurso feminista e o transe-
xual. O principal, ao meu ver, é a luta pelo direito ao próprio corpo. Às
mulheres, até hoje, no Brasil, é negado o direito ao aborto, por exem-
plo. Na questão reprodutiva, ainda somos escravas do nosso “destino
biológico”. Os/as transexuais também lutam para sair de um destino
existencial orientado pela genitália.
Trabalho de campo sem teoria é casa de palha. Ao primeiro vento
forte, sucumbe. Esse perigo aqui não existe. Berenice Bento foi buscar
nos teóricos queer campo de estudo e aportes teóricos pouco difundido
entre nós, brasileiros. A teoria da performance, de Judith Butler, articu-
lada, criativamente, com a teoria praxiológica de Pierre Bourdieu, com
as reflexões de Foucault sobre sexualidade e biopoder, a radicalidade
do pensamento de Beatriz Preciado, além de um intenso debate com
as formulações de outras teóricas feministas como Simone de Beauvoir
e Scott, resultam em um denso rigor interpretativo e criativo em in-
terlocução.
Não existe uma hierarquização entre teoria e trabalho de campo,

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A REINVENÇÃO DO CORPO: SEXUALIDADE E GÊNERO NA EXPERIÊNCIA TRANSEXUAL

porque um alimenta e é alimentado pelo outro. Essa dialética é pilar da


produção científica. Logo no início da obra, a autora lembra os percalços
de sua pesquisa e da tarefa nada fácil de repensar seu referencial teórico
a partir das informações oferecidas pelo campo. Também, durante seu
trabalho, enfrentou, de fato, suas hipóteses, preferindo os caminhos mais
tortuosos e as incertezas na produção do conhecimento. Na verdade, é
fundamental que se registre a coragem de Berenice. Ela não se limitou
às opções teóricas disponíveis, até porque a própria escolha do tema foi
uma grande surpresa. É importante lembrar que sua tese de doutorado,
na qual se ancora esta obra, foi a primeira na Sociologia brasileira a
tomar a transexualidade como “objeto” de estudo.
A publicação deste livro abre a possibilidade para que outras, muitas,
pessoas entrem em contato com as reflexões de fato inauguradas pela
autora. Tanto leitores interessados em avançar sobre as relações de gê-
nero, inicialmente representadas como “relações socialmente construídas
entre homens e mulheres” (feminismo), quanto sujeitos que desejam
melhor refletir as desconexões entre seus desejos e desencontros e os
valores hegemônicos. Sejam eles heterossexuais, homossexuais, bisse-
xuais, transexuais...
Para além das discussões teóricas, que são, realmente, de grande fôlego
e, portanto, paradigmáticas para as teorias feministas sobre as “relações
de gênero”, e do trabalho de campo consistente (o que lhe garante sua
cientificidade), este livro convoca, convida, chama reflexões em torno
dos significados da categoria ou do conceito de “humanidade”. Porque
ele extrapola a especificidade temática, na medida em que põe em debate
os próprios limites de um sistema classificatório hegemônico, o qual
estabelece que a humanidade deve ser classificada em torno do que são
homens e mulheres, tomando como dado primeiro, para processar tal
taxonomia, a diferença sexual/genitália. O livro cumpre e atualiza o
destino da Sociologia Crítica, pois denuncia que este sistema funciona
para um número reduzido de sujeitos. E, portanto, precariamente.

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