Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uma Introdução
1ª Ed - 2021
Sumário
A1 ) (a + b) + c = a + (b + c); M1 ) (a · b) · c = a · (b · c);
A2 ) a + b = b + a; M2 ) a · b = b · a;
A3 ) a + 0 = a; M3 ) a · 1 = a;
A4 ) a + (−a) = 0; D) a · (b + c) = a · b + a · c.
2
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
i) Temos
a · (−b) + a · b = a · (−b + b)
=a·0
= 0,
3
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
Exercícios
i) −a ∈ N;
ii) a = 0;
iii) a ∈ N
4
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
i) a + b ∈ N;
ii) a · b ∈ N.
5
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
6
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
7
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
√
Usaremos o símbolo a para indicar a raiz quadrada positiva de
√
um inteiro a. Para expressar este fato, escrevemos a = −b quando
√ √
b < 0 ou a = b se tivermos b > 0; assim, por exemplo, 64 = 8. É
claro que, se b = 0, temos (−b)2 = b2 = 0, e deste modo, podemos
√
definir 0 = 0.
Perceba que, se a for um inteiro qualquer, tem-se que a ⩽ |a| (e
também −a ⩽ |a|). De fato, se a for positivo, então a = |a|. Se a for
negativo, então −a é positivo e a < −a = |a|; logo, a ⩽ |a|. Além disso,
é óbvio que |a| = a, se a = 0.
√
Da discussão acima não é difícil de ver que |a| = a2 , pois |a| = a
quando a ⩾ 0 e |a| = −a quando a < 0, assim, em ambos os casos
|a|2 = a2 .
Proposição 1.2.6 Para todo número inteiro a, tem-se que −|a| ⩽ a ⩽ |a|.
i) −δ ⩽ a ⩽ δ;
ii) −a ⩽ δ e a ⩽ δ;
iii) |a| ⩽ δ.
8
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
Exercícios
f) Se a ⩽ b e b ⩽ a, então a = b;
a) |a + b| ⩽ |a| + |b|;
d) |a − b| ⩽ |a| + |b|.
|a · b| = |a| · |b|.
9
Capítulo 1. Aritmética dos Inteiros
a) |a| < 5;
b) |a| > 3;
c) |a − 2| ⩽ 1;
d) |a + 4| = 8;
e) |a − 5| = 10;
10
2
Indução Matemática
Proposição 2.1.1 Não existe nenhum número n natural tal que 0 < n < 1.
Prova Digamos que exista algum inteiro n tal que 0 < n < 1. Deste
modo, o conjunto S = {n; 0 < n < 1} é não vazio e limitado inferiormente
por 0, o que implica, pelo P.B.O, que S possui um menor elemento;
digamos a. Como a ∈ S, temos 0 < a < 1. Mas, deste modo, temos
0 < a2 < a < 1, o que, por sua vez, significa que a2 < a. Logo,
devemos ter a2 ∈ S, o que é um absurdo com a escolha de a como
menor elemento de S. Portanto, o resultado é verdadeiro. ■
O conjunto dos números inteiros também possui a propriedade
arquimediana. Vemos o seguinte teorema.
12
Capítulo 2. Indução Matemática
i) a ∈ S; e
i) p(a) é verdadeira; e
ii) sempre que p(n) for verdadeira, para todo n ⩾ a, tem-se p(n + 1)
verdadeira,
13
Capítulo 2. Indução Matemática
verdadeira, isto é,
S = {n ∈ Z; p(n) é verdadeira}.
Pelo item i), temos a ∈ S, pois p(a) é verdadeira; já pelo item ii), temos
que n + 1 ∈ S, sempre que n ∈ S, desde que a veracidade de p(n)
implique na de p(n + 1). Logo, pelo teorema 2.1.2, S é o conjunto de
todos os números inteiro maiores do que ou iguais a a. Portanto, p(n)
é verdadeira, para todo n ⩾ a. ■
Aproveitaremos agora para mostrar como aplicar o teorema acima.
1 + 3 + 5 + . . . + (2n − 1) = n2
i) Caso base:
14
Capítulo 2. Indução Matemática
i) Caso base:
(1 + h)n+1 = (1 + h)n · (1 + h)
= (1 + h)n + h · (1 + h)n
⩾ (1 + h · n) + h · (1 + h · n)
⩾ 1 + h · (n + 1) + h2 · n
⩾ 1 + h · (n + 1),
i) p(a) é verdadeira; e
ii) sempre que p(a), p(a + 1), . . . , p(n) forem verdadeiras, para todo
n, tem-se p(n + 1) verdadeira,
15
Capítulo 2. Indução Matemática
S = {n ∈ Z; p(n) é verdadeira}.
i) Caso base:
16
Capítulo 2. Indução Matemática
Veja que
Exercícios
(2n−1)n(2n+1)
c) 12 + 32 + 53 + . . . + (2n − 1)2 = 3 , para todo n ⩾ 1;
17
Capítulo 2. Indução Matemática
1 1 1 1
c) 1 + 22
+ 32
+ ... + n2
⩽2− n, para todo n ⩾ 1.
a) an = a1 + (n − 1)d;
(a1 +an )n
b) Sn = 2 , desde que Sn = a1 + a2 + . . . + an .
a) an = a1 qn−1 ;
n
b) Sn = a1 qq−1
−1
, desde que Sn = a1 + a2 + . . . + an .
18
Capítulo 2. Indução Matemática
S1 = a1 ,
S2 = S1 + a2 ,
S3 = S2 + a3 ,
..
.
Sn = Sn−1 + an ,
Pn
Definição 2.2.1 (Somatório) O somatório i=1 ai = Sn , em que Sn =
a1 + a2 + . . . + an , é definido por
P1
i) i=1 ai = a1 ; e
Pn+1 Pn
ii) i=1 ai = i=1 ai + an+1 .
Qn
Definição 2.2.2 (Produtório) O produtório i=1 ai = Pn , em que
Pn = a1 · a2 · . . . · an , é definido por
Q1
i) i=1 ai = a1 ; e
Qn+1 Qn
ii) i=1 ai = i=1 ai · an+1 .
19
Capítulo 2. Indução Matemática
i) 1! = 1; e
n
0 1
1 1 1
2 1 2 1
3 1 3 3 1
4 1 4 6 4 1
5 1 5 10 10 5 1
6 1 6 15 20 15 6 1
0 1 2 3 4 5 6
i
n
Representaremos cada um dos números acima pelo símbolo i que,
por sua vez, significa o elemento que está na linha (nível) n e coluna i
do triângulo; assim, por exemplo, 42 = 6.
Pascal.
n n n
Colocaremos 0 = n = 1, para n ⩾ i, e i = 0, para n < i.
20
Capítulo 2. Indução Matemática
P
Proposição 2.2.1 (Relação de Stifel) Seja ni = m m
k=1 i−1 , para m < n,
com n 0
0 = 1, para todo n ∈ N, e i = 0, para i > 0. Então
n n−1 n−1
= + .
i i i−1
21
Capítulo 2. Indução Matemática
n n!
= .
i i!(n − i)!
22
Capítulo 2. Indução Matemática
temos
n+1 n n
em que i = i + i−1 . Portanto, o teorema fica concluído. ■
Exercícios
a) am · an = am+n ;
b) (am )n = amn ;
c) (ab)n = an · bn ,
23
Capítulo 2. Indução Matemática
24
3
Divisão Euclidiana
3.1 Divisibilidade
Prova Como b | a, existe c tal que a = bc. Se, por ventura, tivermos
a < b, isto é, 0 < a < b, fica claro que 0 < c. Assim, 0 < ac < bc = a,
o que implica em 0 < c < 1; porém, isso é um absurdo, segundo a
proposição 2.1.1. Portanto, o resultado é verdadeiro. ■
26
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
ax + cy = b(sx + ty),
27
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Como a−b | a−b e a−b | an −bn , vemos que a−b | an+1 −bn+1 ,
o que garante o nosso resultado. ■
28
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
S = {a − bx; x ∈ Z}
i) Existência:
29
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
ii) Unicidade:
1 = (−3) · 0 + 1
5 = (−3) · (−1) + 2
−9 = (−3) · 4 + 3
30
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
como queríamos. ■
Exercícios
31
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Exercício 3.1.12 Mostre que 6 divide n(n + 1)(n + 2), para todo n ∈ N.
a) 10 | 11n − 1;
b) 13 | 92n − 24n;
c) 17 | 102n+1 + 72n+1 .
a) a − 2 | a3 + 4; b) a + 2 | a4 + 2a3 + a2 + 1.
a) 2 | a2 − a;
b) 3 | a3 − a;
c) 5 | a5 − a;
d) 7 | a7 − a;
32
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Exercício 3.1.17 Mostre, por indução, que o resto da divisão de 10n por
9 é 1, para todo n ∈ N.
i) d | a e d | b; e
ii) se c | a e c | b, então c | d.
33
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
i) Existência:
o que nos mostra que r ∈ I(a, b), pois é uma combinação linear de a, b.
Como 0 ⩽ r < d, vemos que r não pode ser positivo, pois teríamos
r ∈ S, o que seria uma contradição com o fato de d ser o menor membro
positivo de S; logo, r = 0. Deste modo, vemos que a = dq, o que
implica em d | a. Com argumento análogo, podemos concluir que d | b.
34
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
ii) Unicidade:
4 = 28(1) + 12(−2).
35
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Definição 3.2.3 (Primos entre si) Dois números inteiros a, b são ditos
primos entre si se tivermos (a, b) = 1.
36
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Algoritmo de Euclides
37
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
r1 , obtendo
38
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Temos
73 = 730 − 219(3)
= 730 − (7519 − 730 · 10)(3)
= 7519(−3) + 730(31)
= 7519(−3) + (8249 − 7519)(31)
= 8249(31) + 7519(−34),
Exercícios
a) (a + b, a − b) = 1 ou 2;
b) (a + b, a2 + b2 ) = 1 ou 2;
c) (2a + b, a + 2b) = 1 ou 3;
d) (a + b, a2 − ab + b2 ) = 1 ou 3;
39
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
a) (n + 1, n2 + n + 1) = 1;
b) (2n + 1, 9n + 4) = 1;
c) (n! + 1, (n + 1)! + 1) = 1.
Exercício 3.2.7 Mostre que (a, b, c) = ((a, b), c). (Generalize este resul-
tado.)
Exemplo 3.3.1 Observe que, se tivermos apenas que b | ac, não temos
garantia de que b | c; ilustremos isso com: 9 | 6 · 12, mas 9 ∤ 12, pois
(9, 6) ̸= 1.
40
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
1 = 1 · 1 = (ax + by)(ax ′ + cy ′ )
= a(axx ′ + cxy ′ + byx ′ ) + bc(yy ′ ),
segue-se ab | c. ■
41
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Prova Pelo teorema 3.2.2, temos que (na, nb) é o menor valor positivo
da forma anx + bny, logo
Exercícios
42
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
i) a | m e b | m; e
ii) se a | c e b | c, então m | c.
43
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
a b
q = q′ .
d d
a b a
| q′ e b
| q. Deste
Por sorte de termos d, d = 1, isto implica em d d
modo m = a
db | bq = m ′ .
′ Concluímos assim, que m é o mmc entre
a, b e, portanto, dm = |ab|. ■
Exemplo 3.4.2 Como (−12, 18) = 6, temos que [−12, 18] = 12·18
6 = 36.
ab
Outra consequência interessante do fato que [a, b] = (a,b) é que, se
[a, b] | c, temos que a | c e b | c. De fato, temos igualdade [a, b]k = c,
44
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
a b
para algum k ∈ Z. Como (a,b) e (a,b) são inteiros, vemos que
ab b a
k=a k =b k = c.
(a, b) (a, b) (a, b)
Logo, a | c e b | c.
Exercícios
45
Capítulo 3. Divisão Euclidiana
Exercício 3.4.2 Mostre que [a, b] = [−a, b] = [a, −b] = [−a, −b].
46
4
Os Números Primos
48
Capítulo 4. Os Números Primos
49
Capítulo 4. Os Números Primos
pα1 α2 αk
1 p2 . . . pk ,
i) Escrita:
n = pα1 α2 αk
1 p2 . . . pk .
ii) Unicidade:
β1 β2
n = pα1 α2 αr βs
1 p2 . . . pr = q1 q2 . . . q s ,
50
Capítulo 4. Os Números Primos
β1 β2
pα1 α2 αr βs
1 p2 . . . p r = p1 q 2 . . . q s .
Se α1 > β1 , cancelamos pβ 1
1 de ambos os membros da igualdade acima,
obtendo
pα
1
1 −β1 α2
p2 . . . p αr β2 β3 βs
r = q2 q3 . . . q s ,
que, por sua vez, é impossível porque agora p1 divide o lado esquerdo,
mas não o direito da igualdade acima. Pela mesma razão α1 < β1 não
pode acontecer, e assim, segue-se α1 = β1 . Agora cancelando p1 de
ambos os membros da igualdade, obtemos
β2
pα2 αr βs
2 . . . pr = q2 . . . q s .
51
Capítulo 4. Os Números Primos
d = pβ 1 β2 βk
1 p2 . . . p k ,
em que 0 ⩽ βi ⩽ αi , para i = 1, 2, . . . , k.
pβ 1 β2 βk γ 1 γ2 γr λ1 λ2 λs
1 p 2 . . . p k = q 1 q 2 . . . q r z1 z2 . . . z s
d = pβ 1 β2 βk
1 p2 . . . p k ,
com β ⩾ 0. ■
52
Capítulo 4. Os Números Primos
β1 βk
Teorema 4.1.4 Sejam n = pα1 αk
1 p2 α2 . . . pk e m = p1 p2 β2 . . . pk .
Mostre que, se γi = min{αi , βi }, tem-se
(n, m) = pγ 1 γ2 γk
1 p2 . . . p k .
Exercícios
Exercício 4.1.3 Seja p um número primo, tal que p = (a, b). Determine
os possíveis valores de (a2 , b).
53
Capítulo 4. Os Números Primos
β1 βk
Exercício 4.1.10 Sejam n = pα1 αk
1 p2 α2 . . . pk e m = p1 p2 β2 . . . pk .
Mostre que, se γi = max{αi , βi }, tem-se
[n, m] = pγ 1 γ2 γk
1 p2 . . . p k .
a2 ⩽ ab = n,
√
isto é, a ⩽ n.
Por termos a > 1, sabemos, pelo Teorema Fundamental da Aritmé-
tica, que existe um primo p que configura na sua fatoração primária
√
de a, de modo que, p ⩽ a ⩽ n. Agora, veja que, como p | a e a | n,
segue-se que p | n. Portanto, existe um primo p divisor de n, tal que
√
p ⩽ n. ■
54
Capítulo 4. Os Números Primos
√
Solução Temos 316 = 17,776 . . .. Dos primos menores do que ou
iguais a 17 somente 2 divide 316, isto é, 316 = 2 · 158. Para 158, temos
√
158 = 12,567 . . .. Dos primos menores do que ou iguais a 12, apenas
2 divide 158, isto é, 158 = 2 · 79. Como 79 é primo (faça o teste), vemos
que 316 = 2 · 2 · 79 = 22 · 79. ■
O resultado acima também nos apresenta um teste de primalidade,
√
pois se n não é divisível por nenhum primo p tal que p ⩽ n, este não
é composto, logo, é primo.
O Crivo de Eratóstenes
55
Capítulo 4. Os Números Primos
√
Solução Temos que p ⩽ 30 = 5,477 . . ., assim, p = 2, 3, 5 e 7 são
primos. Agora seguindo os procedimentos acima e destacando na cor
vermelha os número eliminados no processo, obtemos
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
P = p1 p2 . . . pn + 1.
56
Capítulo 4. Os Números Primos
2 | (n + 1)! + 2 = an + 1
3 | (n + 1)! + 3 = an + 2
4 | (n + 1)! + 4 = an + 3
..
.
n | (n + 1)! + n = an + (n − 1)
(n + 1) | (n + 1)! + (n + 1) = an + n,
57
Capítulo 4. Os Números Primos
Exercícios
58
5
Funções
Prova De fato, desde que f não seja a função identicamente nula, exite
n ∈ N tal que f(n) ̸= 0. Deste modo, f(n) = f(1 · n) = f(1) · f(n), o
que implica em f(1) = 1. ■
60
Capítulo 5. Funções
Deste modo,
α
f(pα1 α2 αk α1 α2 k−1 αk
1 p2 . . . pk ) = f(p1 p2 . . . pk−1 pk )
α
= f(pα1 α2 k−1 αk
1 p2 . . . pk−1 )f(pk )
α
= f(pα1 α2 k−1 αk
1 )f(p2 ) . . . f(pk−1 )f(pk ),
em que d é um divisor de n.
61
Capítulo 5. Funções
d = pγ 1 γ2 γk λ1 λ2 λl
1 p2 . . . p k q 1 q 2 . . . q l ,
com 0 ⩽ γi ⩽ αi e 0 ⩽ λj ⩽ βj .
Pondo d = d1 d2 , tais que d1 = pγ 1 γ2 γk λ1 λ2 λl
1 p 2 . . . p k e d2 = q 1 q 2 . . . q l ,
vemos que d1 | m e d2 | n; além disso, como os pi ’s e os qj ’s são distintos,
só podemos ter (d1 , d2 ) = 1. ■
também é multiplicativa.
62
Capítulo 5. Funções
= F(m)F(n),
Solução Temos
X
F(5 · 6) = f(d)
d|30
como desejávamos. ■
63
Capítulo 5. Funções
Exercícios
Exercício 5.1.2 Seja g uma função aritmética tal que g(1) = 1 e sempre
que n > 1 tem-se g(n) = 0. Mostre que g é multiplicativa.
64
Capítulo 5. Funções
P
cujo significado de d|n 1 é a soma de tantos 1’s quanto for a quantidade
de divisores de n. Mostraremos abaixo que a função τ é multiplicativa,
com
X
τ(n) = f(d),
d|n
= τ(m) · τ(n),
como queríamos. ■
65
Capítulo 5. Funções
τ(pα1 α2 αk α1 α2 αk
1 p2 . . . pk ) = τ(p1 )τ(p2 ) . . . τ(pk ).
como desejávamos. ■
66
Capítulo 5. Funções
= 1 + 2 + 3 + 6 + 9 + 18.
Deste modo,
X
σ(n) = f(d),
d|n
em que f(d) = d.
P
Prova Como σ(n) = d|n f(d) e f é a função identidade, que, por
sua vez é multiplicativa, pelo teorema 5.1.2, podemos concluir que
σ(m · m) = σ(m) · σ(n), sempre que (m, n) = 1. ■
67
Capítulo 5. Funções
pα+1 − 1
1 + p + p2 + . . . + pα = .
p−1
pα+1 −1
1 + pi + p2i + . . . + pα
i =
i
.
pi − 1
σ(pα1 α2 αk α1 α2 αk
1 p2 . . . pk ) = σ(p1 )σ(p2 ) . . . σ(pk ),
obtemos
como desejado. ■
68
Capítulo 5. Funções
Exercícios
a) n = 1856; c) n = 3145;
b) n = 2514; d) n = 7654.
√
Exercício 5.2.2 Seja n um inteiro positivo. Mostre que, n é racional
se, e somente se, n é um quadrado perfeito; isto, é n = m2 para algum
inteiro m.
69
Capítulo 5. Funções
a
q⩽ ⩽ q + 1.
b
a a
Chamaremos b de parte inteiro de b. A propósito, poderíamos
ter posto uma definição com ⌊x⌋, para todo número real x, no entanto,
para os nossos fins, achamos que isso não seria necessário.
6 · 1, 6 · 2, . . . , 6 · 16
70
Capítulo 5. Funções
Prova Façamos
jak
a=b +r com 0 ⩽ r ⩽ b − 1.
b
71
Capítulo 5. Funções
Da mesma forma
$ %
jak a
=c b
+ r′ com 0 ⩽ r ′ ⩽ c − 1.
b c
Como de 0 ⩽ r ⩽ b − 1 e 0 ⩽ r ′ ⩽ c − 1, obtemos 0 ⩽ br ′ + r ⩽ bc − 1,
podemos concluir, portanto, que o nosso resultado é verdadeiro. ■
72
Capítulo 5. Funções
então,
n
n! = 1p · 2p · . . . · p · d1
p
n
! · p ⌊ p ⌋ · d1
n
=
p
j k
n
em que (p, d1 ) = 1. Os múltiplos de p entre 1 e p são
j k
n
p
1p, 2p, . . . , p.
p
temos j k
n n n
= 2
! · p p2 · d2 ,
p p
em que (p, d2 ) = 1. Assim
j k
n ⌊ np ⌋+ pn2
n! = · p · d1 · d2 .
p2
X
k
n
ep (n!) = ,
pi
i=1
73
Capítulo 5. Funções
escrever
∞
X
n
ep (n!) = .
pi
i=1
Solução Claro que será igual ao número α tal que 10α | 357!. Como
10α = (2 · 5)α = 2α · 5α . Basta calcularmos o expoente de 5; no nosso
caso e5 (357!) = 87, isto é, 357! termina em 87 zeros. ■
Exercícios
74
6
Equações Diofantinas
ax + by = c,
em que x, y ∈ Z.
Teorema 6.1.1 Sejam a, b inteiros, não ambos nulos, com d = (a, b).
Então, a equação diofantina ax + by = c tem solução se, e somente, se
(a, b) | c.
ou seja, d | c.
Agora se d | c, temos c = dq, para algum q ∈ Z. Uma vez que
d = (a, b), sabemos que existem x ′ , y ′ tais que d = ax ′ + by ′ , logo,
dq = a(qx ′ ) + b(qy ′ ), isto é
c = ax0 + by0 ,
76
Capítulo 6. Equações Diofantinas
com t ∈ Z.
Assim, a(x − x0 ) = b(y0 − y). Como d = (a, b), existem q, q ′ tais que
a = dq e b = dq ′ , com (q, q ′ ) = 1; logo,
com t ∈ Z.
b
Obviamente que o par de número inteiros x = x0 + d t, y = y0 − a
dt
satisfaz a equação ax + by = c, pois
b a
a x0 + t + b y0 − t = ax0 + by0 = c.
d d
77
Capítulo 6. Equações Diofantinas
a b
Por favor, tenha cuidado com a escrita d e d, pois, neste caso, elas
não representam frações, mas sim números inteiros.
com t ∈ Z.
Exercícios
78
Capítulo 6. Equações Diofantinas
7x + 4y = 1.
79
Capítulo 6. Equações Diofantinas
com 0 ⩽ m < b e n ∈ Z.
i) Existência:
am + bn = c,
i) Existência:
80
Capítulo 6. Equações Diofantinas
81
Capítulo 6. Equações Diofantinas
82
Capítulo 6. Equações Diofantinas
c ⩾ (a − 1)(b − 1).
m n 7m − 4n
1 1 7(1) − 4n = 3
2 1, 2, 3 7(2) − 4n = 10, 6, 2
3 1, 2, 3, 4, 5 7(3) − 4n = 17, 13, 9, 5, 1
Veja que L(7, 4) = {1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 13, 17}. Além disso, perceba que,
para todo c ⩾ (7 − 1)(4 − 1) = 18 os números da forma c = 7m + 4n
estão em S(a, b). ■
Perceba que N0 = S(a, b) ∪ L(a, b). (Essa união é disjunta.)
83
Capítulo 6. Equações Diofantinas
com t ⩾ 0 e n − at ⩾ 0.
com t ⩾ 0 e n − at ⩾ 0. ■
84
Capítulo 6. Equações Diofantinas
Exercícios
Exercício 6.2.3 Para quais valores de c a equação 14x + 18y = c não tem
solução em N0 .
Exercício 6.2.5 Um cinema cobre 18 reais por adulto e 7,50 por criança.
Numa noite arrecadou-se 900 reais. Quantas crianças e adultos foram
ao cinema nessa noite?
85
7
Congruência dos Inteiros
i) a ≡ a (mod m);
87
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
88
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
b, b + 1, b + 2, . . . , b + (m − 1),
89
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
−10 = 5(−2) + 0
−19 = 5(−4) + 1
17 = 5(3) + 2
13 = 5(2) + 3
9 = 5(1) + 4.
90
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Exercícios
a) 13 ≡ 1 (mod 2);
b) −2 ≡ −1 (mod 3);
d) 22 ≡ 7 (mod 5).
91
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
a) 27 ≡ 5 (mod m);
b) 13 ≡ 29 (mod m);
d) 51 ≡ −9 (mod m).
i) m | (a − b) + (c − d) = (a + c) − (b + d), consequentemente
a + c ≡ b + d (mod m);
92
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
93
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Exemplo 7.2.4 Vemos que 8 · 5 ≡ 2 · 5 (mod 15); como (5, 15) = 5, temos
8 ≡ 2 (mod 3).
94
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Exercícios
95
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
96
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
m m m
x0 , x0 + , x0 + 2 , . . . , x0 + (d − 1) ,
d d d
97
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
m m m
x0 , x0 + , x0 + 2 , . . . , x0 + (d − 1) .
d d d
Agora, se x0 + rj m m
d ≡ x0 + ri d (mod m), com 0 ⩽ ri < rj ⩽ d − 1,
98
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Exercícios
a) 9x ≡ 5 (mod 25);
b) 6x ≡ 3 (mod 9);
c) 6x ≡ 21 (mod 18);
d) 3x ≡ 5 (mod 7);
99
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x≡2 (mod 3)
x≡3 (mod 5)
x≡2 (mod 7)
x ≡ b1 (mod m1 )
x ≡ b2 (mod m2 )
..
.
x ≡ br (mod mr )
x = b1 M1 y1 + b2 M2 y2 + . . . + br Mr yr ,
100
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x = b1 M1 y1 + b2 M2 y2 + . . . + br Mr yr .
x = b1 M1 y1 + b2 M2 y2 + . . . + br Mr yr ≡ bi Mi yi (mod mi ).
x≡2 (mod 3)
x≡3 (mod 5)
x≡2 (mod 7).
101
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x ≡ b1 (mod m1 )
x ≡ b2 (mod m2 ).
102
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x≡4 (mod 8)
x≡6 (mod 6).
x = 24k ′ + 12,
103
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x ≡ b1 (mod m1 )
x ≡ b2 (mod m2 )
..
.
x ≡ br (mod mr )
104
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
x≡5 (mod 6)
x≡3 (mod 10)
x≡8 (mod 15).
15k ≡ −5 (mod 6)
15k ≡ −3 (mod 10).
105
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Exercícios
17x ≡ 3 (mod 2)
17x ≡ 3 (mod 3)
17x ≡ 3 (mod 5)
17x ≡ 3 (mod 7).
106
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
Perceba que pela definição acima que os possíveis valores que r pode
assumir são 0, 1, 2, . . . , m − 1; isto é, há m classes residuais módulo m.
Anotaremos por r = {a; a ≡ r (mod m)} a classe residual r, ou, em
outras palavras, o conjunto de todos os inteiros a que deixam resto r
quando divididos por m. Deste modo, as m classes residuais módulo
m são
107
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
ou ainda,
0 = {a; a = 3q}
1 = {a; a = 3q + 1}
2 = {a; a = 3q + 2}.
ii) a = b se a ∩ b ̸= ∅;
S
iii) a∈N a = Z.
108
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
i) a + b = a + b;
ii) a · b = a · b.
+ 0 1 2 3 · 0 1 2 3
0 0 1 2 3 0 0 0 0 0
1 1 2 3 0 1 0 1 2 3
2 2 3 0 1 2 0 2 0 2
3 3 0 1 2 3 0 3 2 1
em que a + b = a + b e a · b = a · b. ■
Exercícios
109
Capítulo 7. Congruência dos Inteiros
110
8
Critérios de Divisibilidade
a = an bn + an−1 bn−1 + . . . + a2 b2 + a1 b + a0 ,
em que b ⩾ 2, an ̸= 0, n ⩾ 0 e 0 ⩽ a0 , a1 , . . . , an < b.
e consequentemente
a = an bn + an−1 bn−1 + . . . + a2 b2 + a1 b + a0 .
a = an bn + an−1 bn−1 + . . . + a2 b2 + a1 b + a0
= cn bn + cn−1 bn−1 + . . . + c2 b2 + c1 b + c0 ,
o que nos dá
112
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
an bn + an−1 bn−1 + . . . + a2 b2 + a1 b + a0 ,
14 = 2(7) + 0
7 = 2(3) + 1
3 = 2(1) + 1
1 = 2(0) + 1.
113
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
Solução Temos
2834 = 8(354) + 2
354 = 8(44) + 2
44 = 8(5) + 5
5 = 8(0) + 5.
Solução Temos
5031 = 12(419) + 3
419 = 12(34) + 11
34 = 12(2) + 10
2 = 12(0) + 2.
Exercícios
114
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
115
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
116
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
Exercícios
117
Capítulo 8. Critérios de Divisibilidade
118
9
Fermat e Wilson
a, 2a, . . . , (p − 1)a.
120
Capítulo 9. Fermat e Wilson
Exercícios
a) 7x ≡ 12 (mod 17);
b) 4x ≡ 11 (mod 19).
121
Capítulo 9. Fermat e Wilson
1, 2, . . . , p − 1
(p − 2) · (p − 3) · . . . · 3 · 2 ≡ 1 (mod p),
122
Capítulo 9. Fermat e Wilson
Exercícios
123
Capítulo 9. Fermat e Wilson
Exercício 9.2.5 Mostre que n > 1 é primo se, e somente se, (n − 2)! ≡ 1
(mod n).
124
10
Euler
1 m + 1 2m + 1 . . . (n − 1)m + 1
2 m + 2 2m + 2 . . . (n − 1)m + 2
3 m + 3 2m + 3 . . . (n − 1)m + 3
.. .. .. .. ..
. . . . .
r m + r 2m + r . . . (n − 1)m + r
.. .. .. .. ..
. . . . .
m 2m 3m ... mn.
126
Capítulo 10. Euler
φ(pα ) = φ(p · p · . . . · p)
= φ(p) · φ(p) · . . . · φ(p)
= (p − 1) · (p − 1) · . . . · (p − 1)
= pα−1 (p − 1),
como queríamos. ■
Teorema 10.1.2 Se n = pα α2 αr
1 · p2 · . . . · pr , então
1
φ(n) = pα
1
1 −1
(p1 − 1)pα
2
2 −1
(p2 − 1) . . . prαr −1 (pr − 1).
127
Capítulo 10. Euler
como queríamos. ■
Exemplo 10.1.2 Para 136 = 23 ·17, vemos que φ(23 ·17) = φ(23 )φ(17) =
23−1 (2 − 1) · 171−1 (17 − 1) = 2 · 16 = 38.
Exercícios
128
Capítulo 10. Euler
Exercício 10.1.3 Mostre que não nenhum inteiro n tal que φ(n) = 14.
129
Capítulo 10. Euler
assim,
como queríamos. ■
ou
52 = 5φ(6) ≡ 1 (mod 6).
130
Capítulo 10. Euler
131
Capítulo 10. Euler
Exercícios
132