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Poinsétia - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Poinsétia

Classificação científica

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae
Género: Euphorbia
Espécie: E. pulcherrima
Nome binomial

Euphorbia pulcherrima
(Willd. Ex Klotzsch, 1834)

A poinsétia, também designada pelos nomes de bico-de-papagaio, rabo-de-arara e papagaio (no Brasil), cardeal, flor-do-natal,


ou estrela-do-natal é uma planta originária doMéxico, onde é espontânea. O seu nome científico é Euphorbia pulcherrima, que
significa “a mais bela (pulcherrima) das eufórbias”.

É uma planta muito utilizada para fins decorativos, especialmente na época do Natal, devido às suas folhas semelhantes a pétalas
de flores vermelhas. Como é uma planta de dia curto, floresce exactamente no solstício de Inverno que coincide com o Natal (no
hemisfério norte – o que explicaria porque essa planta não é tão identificada com o Natal no Brasil).

Efectivamente, aquilo que muitas pessoas julgam ser flores são apenas brácteas modificadas que envolvem as pseudo-
umbelas onde estão as pequenas flores, envolvidas por uma camada de tecido verde e uma glândula amarela que nasce apenas
num dos lados da flor.

História

Vinda da América Central, mais especificamente da região de Taxco del Alarcon, a planta era denominada pelos astecas de
“cuetlaxochitl”. A planta era utilizada por este povo para a produção de tintas usadas na cosmética e tingimento de tecidos, além de
usarem a sua seiva na produção de medicamentos contra a febre. Ainda hoje se utilizam aí as poinsétias de brácteas
esbranquiçadas para a produção de cremes depilatórios, além do seu cultivo para a formação de sebes.

Terá sido talvez a partir do século XVII que a planta começa a ter um significado natalício, quando frades franciscanos começam a
utilizá-la numa procissão desta quadra, designada por “Festa de Santa Pesebre”. As brácteas vermelhas começaram a ser
associadas simbolicamente, pela sua forma, à estrela de Belém.
As brácteas vermelhas parecem pétalas que rodeiam as pseudo-umbelas onde estão as pequenas flores,

envolvidas por uma camada verde e uma glândula amarela que nasce unilateralmente.

Os floricultores, especialmente os da Escandinávia e da Califórnia, foram os responsáveis pela obtenção de variedades cultivares
mais adaptadas à decoração doméstica, quer pelo tamanho (já que estas plantas chegam a formar abustos ramificados que
atingem 3 m de altura, principalmente se plantadas no exterior), quer pela coloração e padrão de cores presente nas brácteas. Há,
assim, poinsétias cor-de-laranja, verde pálido, marmoreadas, salpicadas, etc.

O nome poinsétia (poinsettia, em inglês) deriva do nome de Joel Roberts Poinsett, que foi o primeiro embaixador dos Estados
Unidos da América no México. Impressionado pelas cores das brácteas, Poinsett enviou alguns exemplares em 1829 para a estufa
de sua casa, onde se desenvolveram com facilidade. Poinsett ofereceu muitas destas plantas a amigos que também se
interessavam pelo cultivo de flores, como John Bartram que, por sua vez, doou alguns pés da planta para Robert Buist, dono de um
viveiro. Este último, desconhecendo o nome científico Euphorbia pulcherrima dado pelo taxonomista alemão Klotzsch em 1833,
decidiu vendê-la com o nome Euphorbia poinsettia.

Perigos

A seiva leitosa da planta, constituída por um tipo de látex irritante, em contacto com a pele e mucosas provoca inflamações,  dor  e 
comichão, podendo causar também irritação nos olhos, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldades na visão. A sua
ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia. É falso, no entanto, que possa provocar a morte. A atribuição de propriedades
letais à poinsétia terá tido origem num boato que terá começado nos Estados Unidos com a morte de uma criança de dois anos
em 1919, depois de esta ter comido uma folha de poinsétia. Estudos sobre a toxicidade desta planta parecem indicar que só após a
ingestão de grandes quantidades (mais de algumas centenas das suas folhas) é que a vida de alguém poderia estar em risco. A
razão desta crença pode dever-se ao facto de a maioria das euforbiáceas, família de que a poinsétia faz parte, serem altamente
venenosas.

Lendas

Arbusto de poinsétia
Uma lenda mexicana tenta explicar a associação feita entre esta planta e o Natal. Uma menina, de nome Pepita, não sabia o que
oferecer ao menino Jesus por ocasião da missa de Natal. Não podendo adquirir uma oferta digna da sua vontade, expõe o seu
problema ao seu primo, Pedro, que a acompanhava a caminho da igreja. Este consola-a e diz-lhe que é o amor com que se dá uma
oferta que valoriza a mesma, especialmente aos olhos de Deus. Pepita deixa-se convencer e vai recolhendo plantas vulgares das
margens do caminho por onde passa. Quando chega à igreja, dá-se conta da pobreza da sua oferta e chora de tristeza. Tenta, no
entanto, oferecer os pálidos ramos com todo o amor da sua alma. Então, frente a toda a congregação reunida no templo, as folhas
dos ramos ficam tingidos de uma cor brilhante e vermelha. O povo reunido para a eucaristia fica espantado e declara o
acontecimento como um milagre.

Segundo outra versão desta lenda, as flores-do-natal irrompem do chão molhado pelas lágrimas da criança.

Ver também

 Outras Euphorbia

Bico-de-Papagaio
A planta conhecida como bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) recebe também outros nomes populares: poinsétia, poinsétia-branca
e folha-de-sangue, de acordo com a variedade, que determina as cores de suas brácteas (brancas, róseas ou vermelhas). Planta da
família das Euforbiáceas, o bico-de-papagaio apresenta uma característica muito interessante: o que parecem ser as pétalas das flores, na
verdade, são brácteas, ou seja, são folhas modificadas. Isso ocorre porque as verdadeiras flores da planta são pequeninas e quase
insignificantes, não apresentando cores e formas atraentes para os polinizadores. Assim, as brácteas, coloridas e exóticas cumprem a
função de atrair os insetos e aves responsáveis pela polinização da planta. O bico-de-papagaio é originário da América do Norte, México,
apresenta porte arbustivo podendo atingir até 3 metros de altura. As variedades vermelha e branca (Euphorbia pulcherrima e Euphorbia
pulcherrima 'Ecke's White') produzem flores no inverno, já a Euphorbia pulcherrima 'Rosea' produz flores quase o ano inteiro. Propagam-se
por meio da estaquia de galhos e precisam de sol pleno para se desenvolver bem, em clima quente e úmido, de preferência.

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