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T e o l o g ia S is t e m á t i c a 77

na seguinte máxima: “O caráter do homem só se faz para ele, não através


dele” . Daí ele mudaria a dieta do homem ou o seu ambiente, como um meio
de form ar o caráter do homem. Mas Jesus ensina que o que contam ina não
vem de fora, mas de dentro (Mt. 15.18). Porque o caráter é o resultado da
vontade, é verdadeira a máxima de Heráclito: fjQoç àvSpmjtco Saí^cov = o cará-
ter do homem é o seu destino.

b)

“O incentivo vem do eu da alma: o resto não tem valor”. O mesmo vento


pode dirigir dois navios em direções opostas conform e a posição das velas.
A mesma apresentação exterior pode resultar na recusa de G e o r g e W a s h i n g t o n
e na aceitação de Benedito A r n o l d o sobre o suborno visando à traição do seu
país. Richard Lovelace de Cantuária: “As paredes de pedra não fazem uma
prisão, nem as barras de ferro um a cela carcerária; as mentes inocentes e
tranqüilas tomam isso como um erem itério” . J o n a t h a n E d w a r d s fez os motivos
serem causa eficiente quando eles só eram causa finai. Não devemos inter-
pretar o motivo com o se fo sse uma locom otiva. É sem pre uma fa lh a do
homem quando ele se torna um ébrio: A bebida nunca tom a o homem; o
homem é que tom a a bebida. Os homens que negam o demérito estão pron-
tos para reivindicar o mérito. Eles apresentam os outros como responsáveis,
senão eles mesm os. B o w n e : “ A pura arbitrariedade e a pura necessidade são
igualm ente incompatíveis com a razão. Deve haver uma lei da razão na m en-
te na qual a volição não pode interferir e deve tam bém haver o poder de nós
mesm os determ inarmos concordem ente”. B o w n e , Principies o f Ethics, 135 -
“Se a necessidade é algo universal, então a crença na liberdade também
é necessária. Todos admitem a liberdade de pensamento, de modo que só
se nega a liberdade executiva” . B o w n e , Theory o f Thought and Knowledge,
239-244 - “Todo sistema de filosofia deve invocar a liberdade de solucionar o
problema do erro ou causar o naufrágio da própria razão ... Nossas faculda-
des são para a verdade, mas podem ser em pregadas descuidadam ente, ou
voluntariam ente mal empregadas e daí nasce o erro ... Não necessitamos de
leis do pensamento, mas do autocontrole segundo elas”.
Na escolha entre os motivos, a vontade decide p o ru m deles, a saber, o da
escolha. F a i r b a i r n , Philos. o f Christian Reiigion, 76 - “Conquanto os m o t i v o s
podem ser necessários, eles não precisam necessariam ente sê-lo. A vontade
seleciona os motivos; não são os motivos que a selecionam. A hereditariedade

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