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Você está recebendo três textos. Para realizar as atividades que serão solicitadas, leia
todos eles quantas vezes forem necessárias, para que você os compreenda mais e melhor.
Em seguida, responda às atividades com calma e atenção, voltando aos textos sempre que
precisar.
Além dos textos, há dois links que você deve copiar e colar na barra de pesquisa do
Google para acessar e assistir dois vídeos. É bom que assista mais de uma vez. Em
seguida, faça as atividades solicitadas sobre esses vídeos.
Você deve devolver suas atividades prontas até o dia 05 de outubro de 2020. Envie para
ilse@ufg.br. Já estou aguardando ansiosamente suas respostas.
Profa. Ilse Leone
TEXTO I
LIVRO - A troca
Lygia Bojunga
Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia
degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro,
olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos
eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de
uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me
levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e
pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito
de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me
dava.
Mas, como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca:
comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar
a casa onde ela vai morar.
TEXTO II
https://www.google.com/search?
TEXTO III
MENINO DE 8 ANOS ESCREVE LIVRO SOBRE ROTINA DAS CRIANÇAS NA
PANDEMIA
Mudança abrupta de agenda motivou o desabafo de Yalle Tárique
Franco Adailton
Yalle Tárique, 8, tinha uma rotina comum a boa parte das crianças de sua idade
frequentava a escola, fazia caratê, aulas de música, brincava ao ar livre e via os amigos
diariamente. De repente, ele se viu confinado, restrito a aparelhos eletrônicos, livros e a
interagir pessoalmente só com a família.
A mudança abrupta de agenda, devido à pandemia do novo coronavírus, motivou
o garoto a escrever o "Diário de uma Quarentena - o dia a dia de uma criança na
pandemia", por ora publicado em posts na rede social Instagram, com mais de 1.300
seguidores, para desabafar os sentimentos.
O que, inicialmente, não passava de uma brincadeira de criança rendeu o convite
para a concretização de um livro a ser lançado na Fliquinha, o espaço dedicado ao público
infantil na Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira - Bahia), no ano que vem – a
edição 2020 foi cancelada.
"Tudo começou com uma carta que escrevi para meu tio Caco, que estava
internado na UTI por causa do coronavírus. Eu estava muito triste porque nos falávamos
sempre, por telefone. Escrevi orando por ele, que ele ia melhorar e tudo ia passar logo",
contou.
A partir daí, a mãe do garoto, a cantora Rebeca Tárique, passou a observar que o
filho passava mais tempo escrevendo ao computador, quando Yalle avisou que pretendia
escrever um livro sobre a angústia das crianças neste contexto de pandemia. "Como está
todo mundo afetado, de várias formas, com os nervos à flor da pele por causa da
pandemia, muitos pais têm ficado impacientes", conta a mãe. "Quando nós lemos o que
ele escreveu, foi que nos colocamos no lugar dele".
Desde a carta para o tio, o computador outrora usado para joguinhos online virou
ferramenta de trabalho. No primeiro post, um dia após completar 8 anos, Yalle escreveu
um apelo aos adultos. "Nós, as crianças, estamos entediadas nesta quarentena. Então,
ficamos agoniados, nervosos. Por isso, se não vemos os colegas, ficamos muito mal
educados. Tenham paciência e evite (sic) se exceder com os pequenos, mesmo que eles
te tirem do sério", escreveu o garoto.
Yalle lembra que teve uma festinha online de aniversário, mas lamentou a
ausência do contato com os convidados. "O que eu mais senti falta foi do abraço, do
contato com a minha família e com os meus amigos", diz o menino, que cursa o segundo
ano do ensino fundamental, em Salvador.
A mãe conta que, além do contato com ela e com o avô, com quem também mora,
Yalle tem utilizado a internet para ver os amigos. "A única atividade que ele manteve foi
das aulas online, mas não é a mesma coisa".
A repercussão das publicações foi o impulso para que Yalle passasse de uma rotina
entediante para uma sequência de entrevistas à imprensa baiana. Além do assédio dos
jornalistas, passou a receber livros infantis de presente.
Agora, a mãe está às voltas para fazer o livro do filho sair das telas para o papel.
"Eu não sei nem por onde começar. Não tenho nenhuma vivência com o mercado
editorial, mas vou ter que me virar para fazer o projeto dele virar realidade. Ser mãe é
isso, né”, diz Rebeca.
Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2020/08/menino-de-8-anos-escreve-
livro-sobre-rotina-das-criancas-na-pandemia.shtml Acesso em 08 set, 2020.
VÍDEO I
https://www.youtube.com/watch?v=Kf1xxvgR4j8&t=96s
1) Você concorda com o youtuber Nikolas Ferreira que a campanha dos/as
atores/atrizes da Rede Globo é uma hipocrisia? Por quê?
2) Você acha que, durante todo esse período de isolamento social, apenas as pessoas
que tinham necessidade vital saíram de casa? Ou você viu, soube de pessoas que
poderiam ficar em casa e não ficaram? O que pensa sobre isso?
VÍDEO II
https://www.youtube.com/watch?v=9a4QI7aTq4Y
Esse vídeo é uma narrativa na perspectiva do futuro: como se a pandemia já tivesse
passado e alguém estivesse contando como foi esse período.
Se você fosse contar essa história para alguém daqui uns 10 ou 15 anos, que história você
contaria? Escreva essa narrativa. Conte o que você viveu, como viveu e entendeu esse
período. O que você viu, o que sentiu. O que percebeu acontecer com as pessoas, com o
mundo. Pense que você está contando uma história para alguém que não viveu essa época.
BOM TRABALHO!!!